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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Habacuque 1 1-17 - O PROFETA SE QUEIXA DA JUSTIÇA E DEUS RESPONDE.

Sobre o livro de Habacuque.
Em nosso pequeno e humilde estudo, estaremos agora segmentando e refletindo no livro de Habacuque, um dos chamados profetas menores.
Estaremos nos apoiando no texto da BEG, inclusive em seus comentários. Caso desejarem maior aprofundamento, recomendamos ver essa introdução na própria BEG e em outras fontes recomendadas.
Autor/características gerais:
·           O profeta Habacuque.
·           O significado do seu nome é incerto. Ele pode estar ligado:
ü  Com a raiz hebraica "abraçar" que pode fazer referência à aceitação do Senhor por Habacuque.
ü  Ou com o nome da uma planta assíria chamada "hambakuku" que pode sugerir a penetração da cultura assíria na sociedade de Judá.
·           Viveu no período do reinado de Joaquim (608-598 a.C.).
·           Foi contemporâneo mais jovem de Jeremias.
·           Possuía um zelo ardente pela glória do Senhor.
·           Provavelmente trabalhava em Jerusalém, pois ele estava profundamente preocupado com assuntos relacionados a ela.
·           Recorda-nos a BEG que sua "sentença" (1.1) é incomum no sentido de que não é primeiramente uma palavra dirigida ao povo, mas uma resposta às suas próprias perguntas dolorosas.
·           Habacuque parece ter escrito aos judaítas que ainda estavam vivendo na Terra Prometida (as tribos do norte haviam sido levadas para o cativeiro em 722 a.C.).
ü  Os judaitas haviam cometido graves violações da aliança, incluindo violência entre si e perversão da justiça (1.2-4), de tal maneira que Deus estava a ponto de julgá-los severamente com a sentença de exilá-los da Terra Prometida (o exílio aconteceu em 597 a.C.).
Propósito:
Guiar Israel em direção à fé em Deus durante as provações da conquista e do exílio babilônico ao exibir o empenho e a determinação pessoal do profeta.
Data: 605-600 a.C.
Verdades fundamentais – conforme a BEG:
·           Deus nunca tolerará o pecado grave entre o seu povo.
·           Deus pode usar incrédulos perversos para castigar o seu povo.
·           Os fiéis deveriam reconhecer honestamente perante Deus as várias dificuldades que enfrentam.
·           Os fiéis deveriam aprender a confiar em Deus, mesmo quando as circunstâncias são difíceis.
Contextualização – conforme a BEG:
A única evidência objetiva para datar a atividade profética de Habacuque é fornecida por 1.6. A referência aos babilônios (lit., "caldeus") como o novo poder ameaçador do mundo indica um período anterior à subjugação de Judá pelos exércitos de Nabucodonosor.
Essa ameaça virou realidade em 597 a.C., quando os babilônios tomaram Jerusalém e deportaram o jovem rei Joaquim para a Babilônia (2Rs 24.8-17).
Habacuque viveu no período do reinado de Joaquim (608-598 a.C.) e foi um contemporâneo mais jovem de Jeremias.
Um acontecimento importante durante esse período foi a derrota do Faraó Neco e seu exército egípcio pelo príncipe Nabucodonosor da Babilônia em Carquemis no ano de 605 a.C.
Pouco tempo após a Babilônia ter obtido essa vitória sobre o Egito, Judá e vários outros reinos foram dominados pelos poderosos babilônios.
Uma data entre 605 e 600 a.C. pode, portanto, ser uma suposição apropriada do período em que Habacuque teve a sua inspirada visão.
Durante esse período, os babilônios se tornaram a força dominante no cenário internacional, eliminando impiedosamente qualquer oposição (1.5-17).
O reinado perverso de Joaquim formou um triste contraste com o do seu pai, o bondoso rei Josias (veja Jr 22.13-19,25-26). Foi um período de deterioração espiritual no qual o povo da aliança foi perdendo progressivamente o seu caráter único (1.2-4).
Propósito e características:
Em muitos aspectos, Habacuque lembrava muito o seu contemporâneo Jeremias, pois ele estava profundamente preocupado com a desobediência do povo de Deus e com as dificuldades que
, num período muito breve, eles enfrentariam.
A preocupação de Habacuque é mais demonstrada em diálogos com Deus, bem como persistentes súplicas a ele (2.1-2; 3.2,16), do que em pregação profética.
O livro registra como o profeta mudou da profunda aflição e dúvida para a crença e a esperança por meio da oração a Deus.
Habacuque, um homem com uma paixão ardente pela honra do seu sagrado Deus (1.12; 3.3), viveu uma profunda crise espiritual devido à aparente indiferença de Deus para com a terrível situação espiritual no meio do seu povo (1.2-4).
A ausência de vida pactual e de obediência aos termos da aliança não era algo apenas perigoso para o povo de Deus, mas também um insulto ao próprio Senhor da aliança e uma rejeição a ele.
Uma vez que apenas a intervenção divina poderia reverter essa situação letal, Habacuque urgente e persistentemente (mas aparentemente em vão) clamou ao juiz celestial (1.2).
Em resposta, o Senhor revelou que os babilônios, que estavam então aparecendo na cena da História (1.6), seriam usados como o seu instrumento de castigo. Essa cura parecia ainda pior do que a doença, e aumentou a aflição do profeta (1.5-17).
Como poderia o santo Deus, para quem é impossível tolerar o que é errado (1.3-13), usar esse povo malvado para o cumprimento dos seus propósitos?
Deus realmente mantém a diferença entre o bem e o mal no resultado da História?
Convencido de que os acontecimentos da História não eram determinados pelo destino, mas pelo Deus vivo de Israel, Habacuque determinou-se a esperar esperançosamente pelo Senhor até receber uma resposta para as suas dolorosas perguntas (2.1).
A resposta ou revelação subsequente do Senhor (lit., "visão"; veja 2.2-3) proporciona ao seu povo urna perspectiva verdadeira do resultado prometido da História.
Ela não esclarece todas as questões dolorosas, mas ensina o segredo da vida da aliança no aqui e agora da História (2.3-4); ou seja, perseverança, paciência e expectativa esperançosa em esperar o cumprimento da promessa infalível do Senhor.
Apesar da inescrutabilidade dos seus meios, os propósitos de Deus são consistentes e culminarão em vida eterna para os fiéis e justos, mas resultarão em angústia e morte para os autossuficientes e arrogantes (2.4-19).
A presença do Senhor no seu templo confirma o seu domínio sobre a História e fornece a garantia de que, no final, a sua legítima reivindicação do mundo todo será reconhecida universalmente (2.14,20; Is 45.21-25; 1Co 15.28).
A revelação da orientação intencional da História pelo Senhor transformou a queixa de Habacuque num hino de oração, louvor e alegria (3.2-20). Em vez de aguardar passivamente pela intervenção divina, ele começou a orar positivamente para que o Senhor agisse novamente de acordo com seus poderosos feitos e com suas qualidades, como demonstrados no êxodo e no Sinai.
Na sua oração, o futuro se moveu para o presente.
Com antecipação, ele celebrou a vinda do Senhor (3.3-7) e o seu conflito (3.8-12) e triunfo sobre toda oposição na natureza e na História (3.13-15).
Nada, nem mesmo a possibilidade das mais severas calamidades, poderia diminuir a imensa alegria de Habacuque na expectativa da salvação que estava por vir, garantida pela fidelidade do Senhor para com ele mesmo e sua revelação (3.17-19).
Cristo em Habacuque – conforme a BEG:
·           Paulo e o escritor de Hebreus citaram Hc 2.4 (Rm 1.17; Hb 10.37-38).
·           Assim como Habacuque (cap. 1), Paulo estava convencido de que a maldade e o pecado são incompatíveis com a santidade de Deus e isso só pode ser resolvido por meio de intervenção divina.
·           A palavra profética de Habacuque (cap. 2) revela em princípio o meio pelo qual Deus irá finalmente lidar, por meio de Cristo, com a incompatibilidade entre pecado e santidade.
·           A cruz de Cristo e o julgamento final em seu retorno são cumprimentos dessa revelação. Paulo, como Habacuque, afirmou que a verdadeira vida só é possível numa relação de total dependência do Senhor.
·           Essa dependência, baseada na fidelidade de nosso Deus, transforma a nossa existência neste mundo, enchendo a nossa vida de alegria e esperança na expectativa do cumprimento final de todas as suas promessas (cap. 3; cf. 2.3).
·           Dessa maneira, Habacuque pode ser chamado de bisavô da Reforma.
·           Os conceitos principais de sua pregação, assumidos por Paulo, influenciaram profundamente homens como Lutero e Calvino e se tornaram divisas-chave na fé da Reforma.
·           Apenas a fé - a confiança perseverante e obediente no Deus de Habacuque, o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo - fornece a chave para a existência significativa no mundo durante este período entre a primeira vinda de Cristo e o seu retorno.
Esboço proposto em capítulos, conforme a BEG:
I. TÍTULO (1.1)
II. A PRIMEIRA QUEIXA E A SUA RESPOSTA (1.2-11)
III. A SEGUNDA QUEIXA E A SUA RESPOSTA (1.12-2.20)
IV. ORAÇÃO DE ENCERRAMENTO DE RESOLUÇÃO E FÉ (3.1-19)
I. TÍTULO (1.1).
O versículo de abertura dá origem ao título do livro ao apresentar Habacuque como autor e profeta.
A sentença, ou peso (NVI), ou, "oráculo" que viu o profeta Habacuque. Esse termo “oráculo” pode significar "levantar a voz" e é geralmente, embora não sempre, um termo técnico para um oráculo de julgamento contra uma nação estrangeira (p. ex., Is 13.1; 15.1; Na 1.1).
A palavra foi revelada, literalmente, "viu". A palavra lembra o leitor do recebimento sobrenatural da revelação divina pelo profeta, ou seja, veio da parte de Deus.
II. A PRIMEIRA QUEIXA E A SUA RESPOSTA (1.2-11).
Até o verso 11, veremos que Habacuque queixou-se de que a perversidade havia crescido em Judá com pouca resposta de Deus. Deus, em resposta, prometeu punir a maldade de Judá pelo envio dos babilônios.
A primeira seção do livro diz respeito ao problema da perversidade em Judá. Ela é dividida em duas seções principais: a queixa de Habacuque a respeito da maldade (1.2-4) e a resposta de Deus ao profeta (1.5-11) que gerarão as duas divisões, a seguir: A. A queixa de Habacuque a respeito de Judá (1.2-4) – veremos agora; e, B. A resposta divina a respeito do julgamento babilônio (1.5-11) – veremos agora.
A. A queixa de Habacuque a respeito de Judá (1.2-4).
Vejamos a queixa de Habacuque a respeito de Judá. A pecaminosidade de muitos em Judá afligia e chocava o profeta.
Muitos em Judá já não viviam de acordo com as condições das alianças com Abraão, Moisés e Davi.
Habacuque estava ainda mais preocupado com a aparente falta de resposta do Senhor ao pecado de Judá. Violações flagrantes da aliança requeriam maldições e julgamentos (Gn 18.25; Dt 28.15-68; 30.11-19).
O profeta, portanto, suplicou ao Senhor em linguagem semelhante à dos salmos, de lamento individual, para reparar uma situação aparentemente incorrigível.
Até quando clamarei e não me escutarás? Era a pergunta honesta de alguém que tinha suportado muito sofrimento. Essa pergunta é característica dos salmos de lamentos (SI 13.2; 62.3; Ir 47.6), e até mesmo os mártires no céu fazem essa pergunta (Ap 6.10).
Com os motivos apropriados, essa questão indica fidelidade em sua súplica ao Senhor como o juiz final. Ele estava clamando, era o brado de alguém em profunda aflição (p. ex., SI 22.24; 30.2), mas Deus não parecia escutá-lo. O seu clamor era em gritos e ele bradava violência e onde estava Deus que não salvava?
Essas palavras expressam a dolorosa experiência da aparente indiferença e inatividade do Senhor em face do sofrimento não merecido. O termo “violência!” resume a violação deliberada, brutal e insensível dos direitos e privilégios do povo de Deus e sua exploração e opressão por alguns judaítas poderosos.
Habacuque estava incomodado com a iniquidade que via seguida da opressão. Era somente destruição e violência, contenda e litígio. Quem pode suportar isso, sendo Deus nosso Senhor? O coração do profeta não queria sossego, pois sabia que Deus estava no controle de tudo.
Também não entendia porque Deus não agia ou mudava aquele quadro terrível. A impressão que temos é que em determinados momentos, Deus afrouxa mesmo para que se encha a medida de sua ira quando então não haveria mais retorno, nem volta para o povo que estava desenfreadamente entregue ao pecado.
Terrível coisa é cair nas mãos de si mesmo! Terrível coisa é quando tudo o que se faz de errado dá certo e ainda prospera todo mal. Isso é um péssimo sinal de que o juízo está às portas e sem misericórdias.
Por causa da falta da justiça, a lei, obviamente se afrouxava. A diretriz e o padrão divino para a vida pactual era a Lei de Moisés, da maneira como ela foi moldada por meio de revelações adicionais por meio da aliança com Davi.
Habacuque não tinha em mente a perfeição moral (um padrão que ninguém poderia atingir). Antes, ele se referia àqueles que aceitavam a lei do Senhor como a norma para suas vidas e esforçavam-se por obedecer com fé.
A lei se afrouxava e a justiça nunca se manifestava a favor do justo que era cercado pelo ímpio, sem piedade. Ele mesmo distorcia a justiça para benefício próprio – vs. 4.
B. A resposta divina a respeito do julgamento babilónio (1.5-11).
Dos versos 5 ao 11, veremos a resposta divina a respeito do julgamento babilônia. O profeta informou que o Senhor enviaria os babilônios para julgar o seu povo pela sua perversidade.
O Senhor nunca é indiferente aos pecados do seu povo. Antes, ele é ativo numa escala universal para realizar o triunfo do seu reino e a queda dos ímpios. O triunfo do seu reino, no entanto, requer o expurgo dos ímpios que estão dentro dele.
Deus começa a sua resposta chamando a atenção do profeta e de todo o povo de Deus que sofria injustamente para ver, olhar, maravilhar e se admirar porque haveria ele naqueles dias de fazer uma obra incrível que causaria admiração entre todos.
O profeta instou o povo a prestar atenção no espetáculo do método justo e sagrado de Deus de lidar com o pecador Judá. A vitória dos ímpios sobre "aquele que é mais justo" (vs. 13) colocaria uma pedra de tropeço na fé entre o público de Habacuque.
Mais tarde, Paulo usou esse versículo para instar os judeus do seu tempo a não se escandalizarem perante o espetáculo da crucificação do justo Jesus (At 13.41).
Deus comumente faz uso de pessoas ímpias para alcançar os seus justos objetivos (p. ex., At 4.27-28), incluindo o julgamento e a disciplina do seu povo.
Deus controla toda força na História, incluindo a força militar que estava aparecendo no horizonte da História nos dias da Habacuque: os agressivos babilônios. Ele os haveria de suscitá-los para apoderarem-se de moradas que não eram deles. As ações do inimigo arrogante eram determinadas apenas pelo que eles julgavam que aumentaria a sua própria importância.
Nos versos 8 e 9, podemos ver o uso de imagens poéticas vívidas retratando a velocidade e a determinação desses guerreiros ferozes e opressores:
·           Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, e mais espertos do que os lobos à tarde.
·           Os seus cavaleiros espalham-se por toda parte.
·           Os seus cavaleiros virão de longe e voarão como águias que se apressam a devorar.
·           Todos virão para fazer violência.
·           Os seus rostos buscarão o vento oriental, e reunirão os cativos como areia.
Os ameaçadores exércitos babilônios olhavam os obstáculos como desafios e tratavam os seus adversários com desprezo. Por isso que escarneceriam dos reis, dos príncipes de Judá e de todas as suas fortalezas.
Eles mesmos estavam confiados em seu poder que era o seu próprio deus, embriagados por ele, passavam como o vento causando grande destruição.
III. A SEGUNDA QUEIXA E A SUA RESPOSTA (1.12-2.20).
Habacuque queixou-se de que os babilônios eram ainda mais perversos que os judaítas. Deus prometeu que no final os babilónios seriam destruídos.
Veremos dos versos 12 ao 20, a segunda queixa e a sua resposta.
Tendo relatado a maneira como Deus enviaria os babilônios para punir Judá, Habacuque passou para um segundo lamento sobre a aparente injustiça dessa resposta de Deus.
É provável que alguma incursão ou injustiça babilônica em relação à Judá após a primeira queixa e resposta (1.1-10) tenha estimulado Habacuque a fazer essa queixa.
Essa seção se divide em duas seções: a queixa do profeta a respeito dos babilónios (1.12-2.1) e a resposta de Deus (2.2-20), que formarão nossa divisão proposta, conforme a BEG: A. A queixa de Habacuque a respeito dos babilônios (1.12-2.1) – veremos agora; e B. A resposta divina a respeito do julgamento dos perversos (2.2-20).
A. A queixa de Habacuque a respeito dos babilônios (1.12-2.1).
Do verso 12, até o primeiro versículo do próximo capítulo, veremos a queixa de Habacuque a respeito dos babilônios. O profeta se perguntava por que Deus usaria os ímpios babilônios para castigar o seu próprio povo.
Esse modo de agir violava o caráter de Deus? O lamento de Habacuque refletia a sua profunda perplexidade.
Habacuque se dirige a Deus, primeiro invocando a sua santidade que logo o remete para a convicção de que a atual experiência dolorosa não seria o fim, segundo invocando o fato de ele ser uma rocha na qual se poderia confiar e ter proteção - Gn 49.24; Dt 32.4.
O Senhor da aliança estava lá desde o começo. Como Senhor da História e do seu povo, ele teve a liberdade de escolher seus agentes de castigo.
Se Deus é tão puro de olhos que não pode ver, nem tolerar o mal, como poderia suportar e se calar quando o ímpio devorava aquele que era mais justo do que ele? – vs. 13.
Conforme a BEG, o profeta enfrentou um problema teológico sério: Deus é puro e santo; portanto, num sentido, ele não pode tolerar o pecado. Ainda assim, Deus usou os traiçoeiros babilônios como instrumento de castigo.
A dificuldade de conciliar a intolerância de Deus em relação ao pecado com a sua aparente tolerância, e até mesmo o uso, dos ímpios, está no cerne de muitos lamentos bíblicos.
O fato de saber que Deus é soberano e bom leva ao problema desorientador de como o mal se encaixa em seus planos. Tão importante quanto é debater honestamente essa questão, ela no final leva aquele que verdadeiramente acredita, a uma fé e confiança humildes, assim como aconteceu com Habacuque (3.1-19).
Habacuque faz uma acusação ousada. Ele argumentou que, se o Senhor tolerasse as ações perversas dos babilônios, ele seria o responsável pelo que aconteceria com as suas vítimas.
A violência estava privando os seres humanos de sua dignidade como imagens de Deus (Gn 1.26) e os tratando como criaturas que haviam sido sujeitas a eles na criação (SI 8.6-8).
»HABACUQUE [1]
Hb 1:1 O oráculo que o profeta Habacuque viu.
Hb 1:2 Até quando Senhor,
clamarei eu,
 e tu não escutarás?
ou gritarei a ti:
Violência!
e não salvarás?
Hb 1:3 Por que razão me fazes ver a iniqüidade, e a opressão?
Pois a destruição e a violência estão diante de mim;
há também contendas,
e o litígio é suscitado.
Hb 1:4 Por esta causa
a lei se afrouxa,
e a justiça nunca se manifesta;
porque o ímpio cerca o justo,
de sorte que a justiça é pervertida.
Hb 1:5 Vede entre as nações, e olhai;
maravilhai-vos e admirai-vos;
porque realizo em vossos dias uma obra,
que vós não acreditareis,
quando vos for contada.
Hb 1:6 Pois eis que suscito os caldeus,
essa nação feroz e impetuosa,
que marcha sobre a largura da terra
para se apoderar de moradas que não são suas.
Hb 1:7 Ela é terrível e espantosa;
dela mesma sai o seu juízo e a sua dignidade.
Hb 1:8 Os seis cavalos são mais ligeiros do que os leopardos,
se mais ferozes do que os lobos a tarde;
os seus cavaleiros espalham-se por toda a parte;
sim, os seus cavaleiros vêm de longe;
voam como a águia que se apressa a devorar.
Hb 1:9 Eles todos vêm com violência;
a sua vanguarda irrompe como o vento oriental;
eles ajuntam cativos como areia.
Hb 1:10 Escarnecem dos reis, e dos príncipes fazem zombaria;
eles se riem de todas as fortalezas;
porque, amontoando terra, as tomam.
Hb 1:11 Então passam impetuosamente, como um vento,
e seguem, mas eles são culpados, esses cujo próprio poder
e o seu deus.
Hb 1:12 Não és tu desde a eternidade,
 ó Senhor meu Deus, meu santo?
Nós não morreremos.
Ó Senhor, para juízo puseste este povo;
e tu, ó Rocha, o estabeleceste para correção.
Hb 1:13 Tu que és tão puro de olhos que não podes ver o mal,
e que não podes contemplar a perversidade,
por que olhas pára os que procedem aleivosamente, e te calas
enquanto o ímpio devora aquele que
e mais justo do que ele.
Hb 1:14 E farias os homens como os peixes do mar,
como os répteis, que não têm quem os governe,
Hb 1:15 Ele a todos levanta com o anzol,
apanha-os com a sua rede;
e os ajunta na sua rede varredoura;
por isso ele se alegra e se regozija.
Hb 1:16 Por isso sacrifica à sua rede,
e queima incenso à sua varredoura;
porque por elas enriquece a sua porção,
e abundante a sua comida.
Hb 1:17 Porventura por isso continuara esvaziando a sua rede
e matando sem piedade os povos?
Dos versos 15 ao 17, ele usa termos que são imagens de pesca, incluindo a satisfação de uma pesca bem-sucedida por parte do Senhor que significa uma aniquilação cruel de outras nações.
Na Babilônia, a pesca era importante em áreas com suprimento abundante de água. A arte babilônica também retratou prisioneiros de guerra em redes (veja Jr 16.16 e 2.1).
No entanto, agora o pescador era o Senhor que a todos levantará com seu anzol e apanhá-los-á em sua rede.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Dia 4 – A CAMINHADA DA UNIDADE - DESAFIOS

Resultado de imagem para UNIDOS EM CRISTODeixe-me voltar à pergunta de ontem: Judas era de Deus e se desviou ou Judas sempre foi do diabo? Como manter a unidade quando estamos vivendo com filhos do diabo que querem satisfazer os desejos de seu pai? Quando o Senhor fez esta oração (Jo 17), Jesus ainda não tinha sido traído por Judas. Ele conhecia a Judas e, creio, jamais deixou de amá-lo e incentivá-lo. Creio que Jesus não o tratou com desprezo, nem desdem, mas com muito amor. Na hora da traição de Judas, Jesus o chamou de amigo: “E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi; e beijou-o. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus, e o prenderam.” (Mt 26:).

Jesus sabia o que Judas estava para fazer e que as Escrituras iriam se cumprir com a traição por suas mãos. Jesus jamais deixou de amá-lo, mas deixou-o livre para agir. Não creio que o incentivou, nem que o usou, mas deixou-o livre. Agiu com amor, mas este ingrato, filho das trevas, rejeitou o seu amor e amou mais os seus próprios interesses.
Em nossa caminhada da unidade, poderemos ter entre nós Judas e muitos outros filhos do mundo e não filhos da luz. Mateus e Lucas nos falam dos filhos do mundo e dos filhos da luz em parábolas de Jesus uma sobre o joio e o trigo e outra sobre os filhos do mundo serem mais espertos e sagazes que os filhos da luz.
“O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno; “ (Mateus 13:38). “E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz. ” (Lucas 16:8).
A diferença entre os filhos que se refere Mateus de Lucas é que em Mateus, no grego, os filhos são do mundo e em Lucas, os filhos são desta presente era escatológica, dos tempos do fim, dos últimos dias. Em Mateus os filhos são do reino, isto é, a idéia do reino abrange o inteiro cosmos, o universo, os céus e a terra e em Lucas, os filhos são da luz mesmo. Ambos são termos sinônimos e o significado é que há dois tipos de pessoas em um mesmo ambiente.

Ambos estão juntos e o desafio é a unidade. Não estamos sendo chamados para separarmos o trigo do joio, mas para vivermos em união, seguindo o exemplo maior que Jesus nos deu de que convivendo com o inimigo, não permitiu que houvesse desunião entre os seus discípulos. na hora certa, os que não são da luz se separarão da luz, mas para seu próprio tormento.

Naum 3 1-19 - A DESTRUIÇÃO COMPLETA DOS ASSÍRIOS - COLHERAM O QUE SEMEARAM!

Estamos concluindo o livro de Naum que é apresentado como profeta de Deus, e Nínive, como o objeto de sua mensagem de severo julgamento. Veremos agora o último capítulo e a última parte, em continuação.
V. A ZOMBARIA DA CONDENADA NÍNIVE (2.11-3.19) - continuação.
Como dissemos, Naum zombou da condenada Nínive. Estamos vendo, portanto, até o verso 9, a zombaria da condenada Nínive.
Estamos dando continuidade à divisão proposta pela BEG, conforme estamos seguindo: A. Sarcasmo contra Nínive, o leão (2.11-13) – já vista; B. O "ai" sobre Nínive, uma cidade destruída (3.1-7) – veremos agora; C. Sarcasmo contra Nínive, uma cidade como Tebas (3.8-17) – veremos agora; e, D. Aplausos para Nínive, uma cidade fatalmente ferida (3.18-19) – veremos agora.
B. O "ai" sobre Nínive, uma cidade destruída (3.1-7).
O capítulo começa com um "ai" sobre Nínive, uma cidade destruída.
Naum pronunciou um "ai" sobre a capital assíria, zombando de Nínive, pois a sua glória em breve seria derrubada pelos babilônicos. O pronunciamento consistiu de:
·         Uma acusação (v. 1).
·         O julgamento (vs. 2-3).
·         Uma acusação (v. 4).
·         O julgamento (vs. 5-7).
Uma acusação (v. 1).
Como já vimos anteriormente, um “ai” introduz uma terrível ameaça.
Nesse caso direcionado à cidade sanguinária. A acusação enfatiza a crueldade impiedosa da qual os assírios se gabavam abertamente em seus registros oficiais.
Isaías também acusou Jerusalém de maneira semelhante (Is 1.15).
A cidade estava cheia de mentiras e de rapina, além do roubo. Diplomacia enganadora caracterizava os acordos internacionais dos ninivitas (Is 36.16-17) que em sua cobiça insaciável, os assírios constantemente faziam mais e mais vítimas roubando e saqueando tudo quanto fosse possível.
O julgamento.
Nos versos 2 e 3, Naum descreveu a destruição de Nínive com um dos mais vívidos retratos de uma cena de batalha no Antigo Testamento.
Conforme a BEG, o ritmo de staccato (um tipo de articulação que na música resulta em notas muito curtas), a economia de palavras e os detalhes repulsivos criam uma imagem dos exércitos assírios reduzindo populações inteiras a "massa de cadáveres" (v. 3).
Uma acusação.
O profeta retornou à acusação ou razão para o julgamento. Era por causa da multidão dos pecados da meretriz mui graciosa, da mestre de feitiçarias. Ela acabou vendendo as nações com as suas fornicações e as famílias pelas suas feitiçarias.
A imagem muda e Nínive é comparada a uma bela e sedutora "prostituta", que escraviza "povos" e "gentes".
Jerusalém também foi descrita corno urna prostituta devido à sua infidelidade ao Senhor (Ez 16; 23; Os 1). A guerra, o comércio e o serviço aos deuses estavam intimamente relacionados no mundo antigo.
Naum apresentou uma caracterização irônica da religião pagã de Nínive (Is 47.11-15; cf. Ap 17.5).
O julgamento.
O Senhor, por causa disso estaria contra ela – vs. 5. A profecia retorna ao julgamento apropriado para a acusação anterior.
O Senhor iria levantar as abas de saia dela para expor a todos a sua vergonha. Faz referência à humilhação pública com a qual as prostitutas eram punidas e com a qual as mulheres de comunidades que quebraram a aliança eram ameaçadas em inscrições fora da Bíblia (veja Is 47.2-3).
Por causa de seus pecados, continua o Senhor dizendo que lançaria sobre ela coisas abomináveis e iria envergonhá-la e coloca-la como espetáculo.
A imagem da prostituta permanece. Ela seria feita objeto de desprezo e um exemplo para desencorajar conduta semelhante por parte de outras pessoas.
A consequência disso seria que todos que a vissem fugiriam dela e diriam que Nínive estava destruída. A visão seria tão terrível que nem aquele que lamenta e nem o consolador fariam o que era esperado deles.
C. Sarcasmo contra Nínive, uma cidade como Tebas (3.8-17).
Dos versos 8 ao 17, veremos o sarcasmo contra Nínive, uma cidade como Tebas.
O julgamento de Nínive não poderia ser evitado, do mesmo modo que a força de Tebas não havia protegido essa fortaleza egípcia contra a Assíria. Nínive compartilharia o mesmo destino da magnífica Tebas.
Com certeza, ela não seria melhor do que a cidade de Nô-Amom. Ou, "Tebas". "Nô-Amom" (hebraico) significa "a cidade de (deus) Amom".
Essa antiga e magnífica metrópole do Alto Egito foi conquistada pelos assírios em 663 a.C., apesar de sua posição estratégica no Nilo, com uma defesa natural de águas dos fossos e canais como muralhas. Conforme a BEG, a menção da derrota de Tebas posiciona o ministério de Naum após 663 a.C.
Tebas tinha à sua disposição recursos naturais e fortes aliados políticos (Etiópia, Egito, Pute – de localização incerta – e a Líbia), mas estes de nada adiantaram.
No entanto, de nada adiantaram e os seus conquistadores não mostraram misericórdia para com as crianças – despedaçadas nas entradas de todas as ruas - e trataram de maneira agressiva os nobres e outros homens notáveis. Ela foi toda levada para o desterro
A aflição dela seria enorme e tentaria se esconder e se fortalecer por causa de seu inimigo cruel. Ela estaria toda embriagada, provavelmente se refere ao cálice da ira do Senhor, do qual todos os que o desafiam são forçados a beber (Is 51.17-23).
Em seu sofrimento, Nínive tentaria se esconder e procurar refúgio, mas apenas o Senhor pode prover porto seguro em tempos difíceis (1.7). Comparado a ele, o mais poderoso é fraco e vulnerável (vs. 12-17).
As suas fortalezas agora eram comparadas as figueiras com figos temporãos que caem facilmente com uma sacudidela. Essa imagem enfatiza tanto a conveniência quanto o fácil acesso às fortalezas normalmente impenetráveis.
O povo, que deveria ser forte e estar defendendo a cidade varonilmente, era como as mulheres e as suas portas, que deveriam estar fechadas impedindo a entrada de quem quer que fosse, estavam abertas aos seus inimigos – vs. 13.
Em face do inimigo que se aproximava, todas as tropas assírias eram como mulheres - não treinadas e, portanto, ineficientes para a guerra. Todas as barreiras para inibir o progresso do inimigo - como portões e barras - haviam sido eliminadas.
Esforços frenéticos seriam feitos para "fortifica(r)... fortalezas" e preparar-se para um longo período de cerco. Os imperativos são irônicos, e os vs. 14-17 refletem o humor de uma canção de zombaria.
Mesmo os esforços mais vigorosos para evitar a invasão de nada serviriam. A cidade e o seu povo sucumbiriam ao fogo e à espada.
Ainda que seus negociantes se multiplicassem mais do que as estrelas dos céus, a locusta se espalharia e voaria – vs. 16. Naum se referiu às extensivas atividades comerciais da Assíria que haviam trazido riqueza para Nínive. Sob pressão externa, o egoísmo desses comerciantes se tornaria claro. Eles seriam como os gafanhotos que aqui simbolizavam aqueles que agarrariam qualquer coisa que pudessem e desapareceriam.
Comparados também com os gafanhotos eram os seus príncipes e chefes. Esses dois termos são muito incomuns no hebraico e podem até mesmo ser palavras emprestadas do assírio.
Elas provavelmente representam importantes oficiais do governo do vasto império, os quais correriam em busca de segurança quando a situação ficasse Perigosa, o que contribuiria para a situação precária da cidade.
No momento de perigo, as riquezas. O poder e a organização falhariam miseravelmente e cada um sairia fugindo dali levando o que conseguissem, sem qualquer compromisso com nada, apenas com si mesmo.
D. Aplausos para Nínive, uma cidade fatalmente ferida (3.18-19).
Finalizando o capítulo e o livro, os versos 18 e 19 concluem com salvas e aplausos irônicos para Nínive, uma cidade fatalmente ferida.
A finalização do julgamento divino do opressor cruel levaria ao regozijo entre todas as nações oprimidas pela Assíria. Esses versículos formam uma conclusão apropriada para a zombaria de Nínive presente nessa seção.
Os seus pastores dormirão e os seus ilustres repousarão fazendo com que o povo se espalhe pelos montes sem ninguém que possa ajuntá-los e conduzi-los. Está aqui uma metáfora bem conhecida para indicar aqueles que governam, aqui ela indica os oficiais subordinados do rei assírio.  Eles dormitam e o povo se espalha são eufemismos para se referir à morte.
»NAUM [3]
Na 3:1 Ai da cidade ensangüentada!
Ela está toda cheia de mentiras e de rapina!
da presa não há fim!
Na 3:2 Eis o estrépito do açoite,
e o estrondo das rodas,
os cavalos que curveteiam
e os carros que saltam;
Na 3:3 o cavaleiro que monta,
a espada rutilante,
a lança reluzente,
a, multidão de mortos,
o montão de cadáveres,
e defuntos inumeráveis;
tropeçam nos cadáveres;
Na 3:4 tudo isso por causa
da multidão dos adultérios,
da meretriz formosa,
da mestra das feitiçarias,
que vende nações por seus deleites,
e famílias pelas suas feitiçarias.
Na 3:5 Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos exércitos;
e levantarei as tuas fraldas sobre a tua face;
e às nações mostrarei a tua nudez,
e seus reinos a tua vergonha.
Na 3:6 Lançarei sobre ti imundícias
e te tratarei com desprezo,
e te porei como espetáculo.
Na 3:7 E há de ser todos os que te virem fugirão de ti, e dirão:
Nínive esta destruída; quem terá compaixão dela?
Donde te buscarei consoladores?
Na 3:8 És tu melhor do que Tebas, que se sentava à beira do Nilo,
cercada de águas, tendo por baluarte o mar,
e as águas por muralha,
Na 3:9 Etiópia e Egito eram a sua força, que era inesgotável;
Pute e Líbia eram teus aliados.
Na 3:10 Todavia ela foi levada, foi para o cativeiro;
também os seus pequeninos foram despedaçados nas entradas
de todas as ruas, e sobre os seus nobres
lançaram sortes,
e todos os seus grandes foram presos em grilhões.
Na 3:11 Tu também serás embriagada,
e ficarás escondida;
e buscarás um refúgio do inimigo.
Na 3:12 Todas as tuas fortalezas
serão como figueiras com figos temporãos;
sendo eles sacudidos,
caem na boca do que os há de comer.
Na 3:13 Eis que as tuas tropas no meio de ti são como mulheres;
as portas da tua terra estão de todo abertas
aos teus inimigos;
o fogo consome os teus ferrolhos.
Na 3:14 Tira água para o tempo do cerco;
reforça as tuas fortalezas; entra no lodo,
pisa o barro, pega na forma para os tijolos.
Na 3:15 O fogo ali te consumirá;
a espada te exterminará;
ela te devorará como a locusta.
Multiplica-te como a locusta,
multiplica-te como o gafanhoto.
Na 3:16 Multiplicaste os teus negociantes
mais do que as estrelas do céu;
a locusta estende as asas e sai voando.
Na 3:17 Os teus príncipes são como os gafanhotos,
e os teus chefes como enxames de gafanhotos,
que se acampam nas sebes nos dias de frio;
em subindo o sol voam,
e não se sabe o lugar em que estão.
Na 3:18 Os teus pastores dormitam, ó rei da Assíria;
os teus nobres dormem,
o teu povo está espalhado pelos montes,
sem que haja quem o ajunte.
Na 3:19 Não há cura para a tua ferida;
a tua chaga é grave.
Todos os que ouvirem a tua fama
baterão as palmas sobre ti;
porque, sobre quem não tem passado
continuamente a tua malícia?
A imagem do pastor é transferida para incluir a imagem do povo como rebanho, ou seja, refere-se às tropas (vs. 13) ou à população em geral que, com a derrota e perda dos seus líderes, estavam "dispersas".
A "ferida" incurável e a "chaga" fatal de Nínive seriam recebidas com aplausos de todos, menos pelos assírios.
O Deus zeloso e vingador de Israel finalmente colocaria um fim à "crueldade sem fim" e à maldade que haviam causado sofrimento por toda parte.
A visão de Naum teve o seu cumprimento inicial em 612 a.C., mas ela aguarda o seu cumprimento final na segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Maranata!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Dia 3/40 - DIFICULDADES COM A UNIDADE ENTRE OS FILHOS DE DEUS E OS DO DIABO.


Resultado de imagem para unidade cristã “E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. Não rogo somente por estes, mas, também por aqueles  que vierem a crer em mim por intermédio da sua palavra ; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó pai em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido  a glória que me tens dado, para que sejam um como nos o somos; eu neles e tu em mim. A fim de que sejam aperfeiçoados na unidade , para que o mundo conheça que tu me enviaste, e o amaste como tu também amaste a mim.” (Jo 17. 19-23)

Ele o Senhor se santificou a si mesmo para que nós fôssemos santificados. E se ele não tivesse se santificado, como poderia eu ser santificado? Ele se santificou a si mesmo, foi o que disse o Senhor, mas e eu, posso me santificar a mim mesmo? Não creio ser capaz de me santificar a mim mesmo. A oração de Jesus foi para que eu fosse santificado na verdade.
É ele, o Senhor, a verdade. Não pode haver santificação fora da verdade, fora de Cristo! Achamos que nos santificarmos é nos guardarmos de pecar e vivermos vida irrepreenssível, mas será que é isso? Eu posso não pecar de alguma forma? Acostumado a pecar e de natureza pecadora, posso viver sem pecar?
O rogo do Senhor não foi somente por aqueles que o Pai lhe tinha dado em resposta às suas orações feitas por uma noite inteirinha de oração: “E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus.” (Lc 6:12). O seu rogo abrangeu também a nós, escolhidos, também, pelo Pai.
Foi o Pai quem enviou a Jesus os doze, como é o Pai quem nos envia a Jesus. E Judas, foi o Pai quem o enviou? De certa forma sim, pois que nada acontece sem que Deus o consinta. Não era ele o filho da perdição? De quem era filho Judas? Por criação, certamente, era filho de Deus, mas desviou-se da verdade, aliás, jamais se firmou na verdade. Seu pai portanto era o diabo.
Quem tem o pai por diabo, quer viver para satisfazer-lhe os desejos, pois é homicida e não se firma na verdade, em Cristo. “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.”( João 8:44).
Judas era de Deus e se desviou ou Judas sempre foi do diabo? Como manter a unidade quando estamos vivendo com filhos do diabo que querem satisfazer os desejos de seu pai?
Jesus, o Pai e o Espírito Santo sabiam quem era do diabo, mesmo assim, viveu e conviveu o filho do diabo com os filhos de Deus até o fim, quando Cristo, finalmente, foi traído pelo filho da perdição, Judas, e morreu na cruz.
O ensino deles – do Pai, do Filho e do Espírito Santo – é que deveremos viver com eles até o fim, podendo eles na caminhada nos trair, meter as mãos em nossas bolsas e nos roubar, nos enganar, mentir, comer conosco, participar das mesmas coisas, das mesmas jornadas, desafios, sem sabermos ao certo quem são.

No entanto, no final, sim no final, vem o juízo de Deus e sem misericórdia. Estes serão separados, atados e lançados no fogo, onde o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará – Is 66.24.