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domingo, 24 de maio de 2015

Daniel 7:1-28 - AS VISÕES DE DANIEL - OS QUATRO ANIMAIS.

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12.
Começaremos agora vendo as suas visões. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Parte II - AS VISÕES (7.1-12.13)
As visões de Daniel descrevem o futuro do povo de Deus olhando para além dos anos de exílio. Deus revelou a Daniel que quatro grandes impérios controlariam Israel e perseguiriam os israelitas. Nesses capítulos, Daniel muda das narrativas históricas para os relatos de visões.
Essas visões dependem dos dois temas centrais estabelecidos nos primeiros seis capítulos do livro:
ü  O Deus de Israel estava no controle de todas as nações.
ü  Daniel era digno de confiança como um intransigente profeta de Deus.
Esses capítulos preparam um Israel exilado para a longa espera pela restauração e para as dificuldades que viriam sob o controle de poderes estrangeiros.
Elas encorajam também o povo de Deus a não desistir da esperança de que o reino de Deus viria ao término dessas aflições.
Daniel mencionou quatro tópicos principais:
ü  Os quatro animais (7.1-28).
ü  Um carneiro e um bode (8.1-27).
ü  As "setenta semanas" (9.1-27).
ü  O futuro do povo de Deus (10.1-12.13).
Esta segunda parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em quatro seções: A. A visão dos quatro animais (7.1-28) – veremos agora; B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27); C. A visão das setenta semanas (9.1-27); e, D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13) – a quarta seção também será dividida em quatro partes: 1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1) ; 2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20); 3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3); e, 4. A mensagem final a Daniel (12.4-13).
A. A visão dos quatro animais (7.1-28).
Veremos no capítulo 7, de apensas 28 versículos, a visão dos quatro animais. Daniel relata o seu sonho com quatro animais.
O sonho traça a história de reinos estrangeiros até que seus domínios terrestres são entregues a "um como o Filho do Homem" e aos santos.
O capítulo começa falando que Daniel teve, na sua cama, sonhos e visões, no primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia.
Conforme a BEG, não se sabe se a corregência de Belsazar e Nabonido teve início no mesmo ano da ascensão de Nabonido (556 a.C.) ou alguns anos mais tarde. Qualquer que seja o caso, entendemos que os acontecimentos desse capítulo (e do cap. 8) devem ser cronologicamente colocados entre os acontecimentos dos caps. 4-5.
Em sua visão noturna, Daniel viu quatro animais se agitando no Mar Grande. Se essa é uma referência ao mar Mediterrâneo ou não, é irrelevante. O que está claro é que o mar é simbólico da inquietação característica das nações pecaminosas opressoras de Israel. Veja a interpretação dada no v. 17 e em Is 17.12-13; 57.20. Provavelmente, seja mesmo a representação de todos os povos, nações, tribos e línguas da face da terra.
Eram os quatro ventos que agitavam esse Mar Grande de onde subiram do mar quatro animais.
Esses quatro animais representam quatro reinos (vs. 17,23). Está claro que existe uma estreita correspondência entre os quatro reinos representados na visão da imagem de Nabucodonosor no cap. 2 e aqueles simbolizados pelos quatro animais nesse capítulo.
 A BEG recomenda, para melhor entendimento, um exame para a identificação dos quatro reinos, em seu quadro "Visões em Daniel', que se localiza em Dn 7.
O primeiro anima era como leão com asas de águia.
O leão com "asas de águia" é um símbolo apropriado para o Império Babilônico (cf. Jr 50.44; Ez 17.3). Leões alados eram uma forma comum de arte babilônica, frequentemente colocados na entrada de edifícios públicos importantes.
Foram-lhe arrancadas as asas e lhe foi dada mente de homem. Talvez isso seja uma referência à humilhação de Nabucodonosor e sua posterior restauração após um período de sete anos de insanidade (4.1-37).
O segundo animal era como um urso.
O Império Medo-Persa é simbolizado por um animal com apetite voraz. O lado levantado pode representar a posição superior da Pérsia e as três costelas possivelmente apontam para a conquista da Pérsia da Lídia (546 a.C.), da Babilônia (539 a.C.) e do Egito (525 a.C.).
O terceiro anima era como um leopardo com quatro asas e quatro cabeças.
O Império Grego era simbolizado por um leopardo, conhecido pela sua rapidez. Alexandre o Grande (356-323 a.C.) conquistou o Império Persa com grande rapidez. Ele se confrontou com os persas em três batalhas principais:
(1)    Junto ao rio Granico (334 a.C.) através da qual conquistou a entrada na Ásia Menor.
(2)    Em Issus (333 a.C.) quando conseguiu ocupar a Síria, Canaã e o Egito.
(3)    em Arbela (331 a.C.) ele destruiu o último exército persa e seguiu em direção à Índia.
Logo depois de sua morte prematura, com a idade de trinta e três anos, o império que ele havia estabelecido dividiu-se em quatro partes:
1.      A Macedônia sob Cassandro.
2.      A Trácia e a Ásia Menor sob Lisímaco.
3.      A Síria sob Seleuco.
4.      O Egito sob Ptolomeu.
O quarto animal tinha dentes de ferro e dez chifres e era terrível, espantoso e sobremodo forte.
A História tem revelado que esse animal não identificado representa Roma, o império que finalmente assimilou as várias partes do dividido Império Grego.
Os dez chifres simbolizam os dez reis ou reinos que se originaram do Império Romano (v. 24). Não está claro se esses chifres são sucessivos ou simultâneos.
Alguns sugerem que eles representam uma segunda fase do quarto império, um "Império Romano revivificado" dos últimos tempos, mas não há nenhuma evidência de tal distinção.
Os dez chifres são anteriores ao "pequeno chifre" – vs. 8 -, o qual arranca três deles. Aqui está uma nova fase do quarto império. Muitos intérpretes têm sugerido que o pequeno chifre simboliza o aparecimento do anticristo (2Ts 2.3-4,8). Se o for, essa é primeira referência escriturística ao anticristo. Também a simbologia usada sugere que esse chifre se refere a um indivíduo e não a um reino. Nesse chifre havia olhos como os de homem e uma boca que proferia palavras insolentes.
Ele continua olhando e viu que foram postos tronos e nele se assentou o Ancião de Dias. O título "Ancião de Dias" ocorre na Bíblia apenas nesse capítulo (vs. 13,22). Uma expressão semelhante aparece em textos ugaríticos para designar o grande Deus El.
É claramente usado como uma designação para Deus, que se assenta para julgar e subentende que o Senhor é eterno ou que tem governado desde tempos imemoriais.
Embora Deus se apresente a Daniel em magnífica glória, ele ainda se revela numa forma humana reconhecível, para que Daniel pudesse compreender o que via.
A revelação do trono divino lembra a visão de Ezequiel (Ez 1.15-28) Como em outras partes do mundo antigo, o trono divino é apresentado como tendo rodas como um trono-carruagem móvel usado mais especificamente em batalhas.
Motivos semelhantes estão por trás do pilar de fogo que orientou Israel durante o Êxodo (Ex 13.21-22). 7.10 e se abriram os livros. Veja 12.1 (veja também Êx 32.32; SI 149.9; Is 4.3; 65.6; MI 3.16; Lc 10.20; Ap 5.1-5; 6.12-16; 20.12).
Ele continuava olhando por causa da voz insolente que aquele chifre proferia e viu que o animal foi morto, o seu corpo desfeito e ele foi entregue para ser queimado.
Um contraste é estabelecido entre a destruição total do quarto reino e a medida de continuidade conferida aos reinos precedentes, à medida que os seus povos e costumes eram absorvidos pelos reinos que se sucediam.
Com relação aos outros animais, o domínio lhes fora tirado e suas vidas foram prolongadas por um tempo e tempos.
Ele continuava olhando em suas visões e agora via que vinha com as nuvens do céu, um como o Filho do Homem. Essa expressão pode significar simplesmente "um homem". O equivalente hebraico é usado para Daniel em 8.17e também muitas vezes para Ezequiel, contemporâneo de Daniel (p. ex., Ez 2.1,3,6).
Em contraste com os animais que governavam mal a terra, esse "um" presidirá sobre a criação como Deus havia planejado antes da queda; ele terá domínio sobre todos os animais (Gn 1.26-28; SI 8).
Daniel pode ter sido a mais antiga testemunha desse uso especial da expressão "filho do homem". A literatura apocalíptica judaica posterior, escrita entre o Antigo e o Novo Testamento, recorre a essa passagem e fala do "filho do homem" como um ser humano sobrenatural que traz o poder do céu para a terra.
Daniel viu alguém como um homem, ou seja, alguém que poderia ser comparado a um homem, mas que, de certo modo, era qualitativamente diferente (v. 14).
A expressão "filho do homem" é usada sessenta e nove vezes nos Evangelhos sinóticos e doze vezes no Evangelho de João para referir-se a Cristo. Ela é, de fato, o título mais comum usado por Jesus em referência a si mesmo.
Em outras passagens do Antigo Testamento, apenas com referência a Deus é dito que ele aparece sobre as nuvens (SI 104.3; Is 19.1).
Esse "um como o Filho do Homem" origina-se no céu e vem por iniciativa divina. Ele é idêntico à pedra cortada da montanha, mas não por mãos humanas (2.45; 7.14).
A ele foram dados o domínio e a glória, e o reino para que os povos, nações e os homens de todas as línguas o servissem, torando o seu domínio eterno, que não haverá de passar e cujo reino jamais será abalado, como os dos homens. Deus lhe dá a vice-regência sobre todas as nações e Ele cumpre o governo simbólico da pedra cortada da montanha (2.44-45).
O "Filho do Homem", na visão de Daniel, não era outro senão o grande filho de Davi, o Messias. Isaías também falou de seu reino como não tendo fim (Is 9.7).
Jesus claramente confirmou essa relação messiânica numa alusão a essa passagem. Por isso, foi acusado de blasfêmia pelos líderes religiosos do seu tempo (Mt 26.64-65; Mc 14.62-64).
A partir do verso 15, Daniel fala que aquelas visões o deixaram cansado e o seu espírito alarmado causando-lhe muita perturbação. Daniel ficou horrorizado com o que viu e pediu ao anjo que elucidasse a visão – vs. 16.
Em resposta a Daniel este alguém (o qual ele chegou perto – vs. 16) o atendeu e lhe explicou, fazendo-o compreender e interpretar todas essas coisas.
Ele começa a lhe explicar a partir do vs. 17 falando que os quatro animais serão quatro reinos que se levantarão na terra. Também fala – vs. 18 - que os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre e de eternidade a eternidade.
Não os anjos, mas verdadeiros crentes serão os que participarão da responsabilidade de administrar o reino (1Co 6.1-11; 2Tm 2.12; Ap 22.5). Há uma estreita identificação entre o "Filho do Homem” como rei (vs. 13-14) e os "santos do Altíssimo" como aqueles que participam do seu reino.
Daniel relata uma informação adicional a respeito do pequeno chifre (v. 8) em relação ao povo de Deus (cf. Ap 13.7). Daniel de fato se inquietou com aquele desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal que era diferente de todos os outros, muito terrível, com dentes de ferro, unhas de bronze e que devorava e fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobejava.
Também queria saber mais sobre os dez chifres e, especialmente, de um que surgiu e que ao subir, derrubou logo três e possuía aquela boca insolente e parecia mais robusto do que todos os seus companheiros.
Na sua visão o incomodava saber que ele fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles até que veio o Ancião de Dias – vs. 22 – e fez justiça aos santos do Altíssimo e, desta forma, chegou o tempo em que os santos possuirão o reino para sempre.
Em atendimento a Daniel aquele ser lhe disse que o quarto animal seria um quarto reino na terra que seria mesmo diferente de todos os demais e que devoraria toda a terra pisando e fazendo em pedaços quem encontrasse pelo caminho.
Ele continua explicando que os dez chifres eram dez reis que se levantarão daquele mesmo reino e que ainda um outro rei se lentaria deles e abateria logo três ao subir. São características dele – vs. 24 e 25:
·         É diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.
·         Proferirá palavras contra o Altíssimo.
·         Consumirá os santos do Altíssimo.
·         Cuidará em mudar os tempos e a lei.
·         Os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.
Essa intervenção de Deus na História levará àquela realidade que o Novo Testamento chama de "reino de Deus" (sugestão da BEG para leitura de seu artigo teológico "O reino de Deus", em Mt 4).
Embora o pequeno chifre (vs. 8) viesse a prevalecer durante um tempo contra o povo de Deus, no final ele cairia sob o seu julgamento (cf. Zc 14.1-4; Ap 13.7-17; 19-20).
O pequeno chifre de fala insolente perseguirá o povo de Deus por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. A palavra "tempo" é a mesma palavra usada em 4.16,23 e, como nessas passagens (4.16) pode ser entendida como representando um período de um ano (cf. Ap 12.14).
Entretanto, é mais bem compreendido como um período simbólico de tempo que será encurtado quando Deus subitamente intervier.
No verso 26, ele fala que apesar disso tudo, o tribunal se assentará em juízo e lhe tirará o domínio para o destruir e para o desfazer até o fim, ou seja, ninguém o abaterá, senão Deus.
O tribunal do céu (veja o v. 10). 7.27 serão dados ao povo dos santos. Depois que o povo de Deus enfrentar as provações dos reinos opressores, esse povo reinará para sempre.
Dn 7:1 No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia,
teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça.
Então escreveu o sonho, e relatou a suma das coisas.
Dn 7:2 Falou Daniel, e disse:
Eu estava olhando, numa visão noturna,
e eis que os quatro ventos do céu agitavam
o Mar Grande.
Dn 7:3 E quatro grandes animais, diferentes uns dos outros,
subiam do mar.
Dn 7:4 O primeiro era como leão,
e tinha asas de águia;
enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas,
e foi levantado da terra,
e posto em dois pés como um homem;
e foi-lhe dado um coração de homem.
Dn 7:5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal,
semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado,
tendo na boca três costelas entre os seus dentes;
e foi-lhe dito assim:
Levanta-te, devora muita carne.
Dn 7:6 Depois disto, continuei olhando,
e eis aqui outro, semelhante a um leopardo,
e tinha nas costas quatro asas de ave; t
inha também este animal quatro cabeças;
e foi-lhe dado domínio.
Dn 7:7 Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas,
e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso,
e muito forte, o qual tinha grandes dentes de ferro;
ele devorava e fazia em pedaços,
e pisava aos pés o que sobejava;
era diferente de todos os animais que apareceram antes dele,
e tinha dez chifres.
Dn 7:8 Eu considerava os chifres,
e eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno,
diante do qual três dos primeiros chifres
foram arrancados;
e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem,
e uma boca que falava grandes coisas.
Dn 7:9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos,
e um ancião de dias se assentou;
o seu vestido era branco como a neve,
e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima;
o seu trono era de chamas de fogo,
e as rodas dele eram fogo ardente.
Dn 7:10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele;
 milhares de milhares o serviam,
e miríades de miríades assistiam diante dele.
Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos.
Dn 7:11 Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras
que o chifre proferia;
estive olhando até que o animal foi morto,
e o seu corpo destruído;
pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo.
Dn 7:12 Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio;
todavia foi-lhes concedida prolongação de vida
por um prazo e mais um tempo.
Dn 7:13 Eu estava olhando nas minhas visões noturnas,
e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem;
e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele.
Dn 7:14 E foi-lhe dado domínio, e glória,
e um reino, para que todos os povos, nações
e línguas o servissem;
o seu domínio é um domínio eterno, que não passará,
e o seu reino tal, que não será destruído.
Dn 7:15 Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo,
e as visões da minha cabeça me perturbavam.
Dn 7:16 Cheguei-me a um dos que estavam perto,
e perguntei-lhe a verdadeira significação de tudo isso.
Ele me respondeu e me fez saber a interpretação das coisas.
Dn 7:17 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis,
que se levantarão da terra.
Dn 7:18 Mas os santos do Altíssimo receberão
o reino e o possuirão para todo o sempre, sim,
para todo o sempre.
Dn 7:19 Então tive desejo de conhecer a verdade
a respeito do quarto animal,
que era diferente de todos os outros,
sobremodo terrível, com dentes de ferro e unhas de bronze;
 o qual devorava, fazia em pedaços,
e pisava aos pés o que sobrava;
Dn 7:20 e também a respeito dos dez chifres que ele tinha na cabeça,
e do outro que subiu e diante do qual caíram três, isto é,
daquele chifre que tinha olhos,
e uma boca que falava grandes coisas,
e parecia ser mais robusto do que os seus companheiros.
Dn 7:21 Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre
fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles,
Dn 7:22 até que veio o ancião de dias,
e foi executado o juízo a favor
dos santos do Altíssimo;
e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino.
Dn 7:23 Assim me disse ele:
O quarto animal será um quarto reino na terra,
o qual será diferente de todos os reinos;
devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.
Dn 7:24 Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino
se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro,
o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.
Dn 7:25 Proferirá palavras contra o Altíssimo,
e consumirá os santos do Altíssimo;
cuidará em mudar os tempos e a lei;
os santos lhe serão entregues na mão
por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.
Dn 7:26 Mas o tribunal se assentará em juízo,
e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer
até o fim.
Dn 7:27 O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos
debaixo de todo o céu serão dados
ao povo dos santos do Altíssimo.
O seu reino será um reino eterno,
e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.
Dn 7:28 Aqui é o fim do assunto.
Quanto a mim, Daniel,
os meus pensamentos muito me perturbaram
e o meu semblante se mudou;
mas guardei estas coisas no coração.
Pensamentos a respeito de Israel caindo sob opressão repetida e prolongada de poderes estrangeiros ainda perturbavam Daniel, embora o resultado final fosse a intervenção divina que resultaria na vitória do povo de Deus.
Daniel mencionou isso para informar a seus leitores que ele não se alegrava com o prospecto de tal futuro para o povo de Deus. A despeito de sua autoridade nas cortes gentílicas da Babilônia e da Pérsia, ninguém poderia, com justiça, acusá-lo de trair sua lealdade para com o povo de Deus. Ele falou sobre esses acontecimentos futuros com pesar.
O importante é que no final, no tempo de Deus, e essa é nossa esperança, o reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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sábado, 23 de maio de 2015

"No essencial, unidade; Nas opiniões, liberdade; Em todas as coisas o amor".

"NO ESSENCIAL, UNIDADE; NAS OPINIÕES, LIBERDADE; EM TODAS AS COISAS, O AMOR"

Introdução

A divisa acima, tema desse artigo, é um dos principais lemas do movimento designado em seu tempo como “A Reforma Presente”. Ele teve início no século XIX e só no século seguinte ficou conhecido como “Movimento de Restauração” ou “Movimento Stone-Campbell”. Seus principais líderes foram Barton Stone, Thomas Campbell e, especialmente, Alexander Campbell. “A Reforma” de Stone e Campbell buscava a unidade da igreja e uma "volta à Bíblia”. Nessa busca pela unidade cristã, os “reformadores”, assim eram chamados os pioneiros do nosso movimento, aceitaram como princípio o famoso “Provérbio de Maldenius”:

“Na unidade dos fundamentos, na liberdade dos não-fundamentos, em todas as coisas caridade”.1


O irmão J. H. Garrison escreveu que Rupertus Maldenius sussurrou esse provérbio às gerações futuras por volta de 1627 ou 1628, durante a Guerra dos Trinta Anos, e cinqüenta anos mais tarde Richard Baxter fez uma referência a ele.2 Esse conflito armado teve início em 1618 por causa de diferenças religiosas entre católicos e protestantes e é uma conseqüência da Reforma Protestante. Essa “guerra religiosa” promoveu grandes matanças, verdadeiros banhos de sangue, e a paz só veio com o “Tratado de Westphalia” em 1648.3

O “Provérbio de Maldenius” sintetiza o que os pioneiros pensavam sobre a busca pela unidade cristã. E, além disso, reflete o que o Novo Testamento ensina sobre o assunto, pois suas páginas mostram que os Apóstolos e as igrejas bíblicas não concordavam em tudo. Pelo contrário, naquilo que era essencial eles tinham unidade, mas nas opiniões usufruíam da liberdade que há no Espírito. Portanto, os princípios contidos nele são bíblicos. No Brasil esse provérbio ficou conhecido na seguinte versão: “No essencial, unidade; Nas opiniões, liberdade; Em todas as coisas, o amor”.4 Confira abaixo como explicamos esse lema.

No Essencial, Unidade.

Certa vez perguntaram a Alexander Campbell quem é um cristão e ele respondeu dizendo “que um cristão é todo aquele que crê em seu coração que Jesus de Nazaré é o Messias, o Filho de Deus vivo, que se arrepende de seus pecados e lhe obedece em todas as coisas de acordo com a medida do seu conhecimento e com toda sua vontade.” Para ele o reconhecimento de Cristo como Messias era a base para se unir à igreja. Assim, o essencial para nós é a confissão de fé afirmando o senhorio de Jesus Cristo.


Como Alexander Campbell, também ensinamos que não se deve exigir nada mais para aceitar alguém na comunhão, pois a irmandade não pode ser condicionada a credos humanos. Portanto, podemos resumir dizendo que nas crenças essenciais nós temos unidade com todos os discípulos de Cristo:

“Há um só corpo e um só Espírito - assim como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós” (Efésios 4:4-6).

No entanto, reconhecemos que há diferenças doutrinárias entre os cristãos e que elas são, muitas vezes, a causa de inúmeras divisões na Igreja de Deus em Cristo Jesus. Por outro lado, entendemos que a busca pela unidade da Igreja de Cristo no século XXI, que é a vontade de Deus para nós em todos os tempos, passa, sem dúvida, pela concordância nas doutrinas essenciais e pela tolerância nas doutrinas secundárias.

Uma doutrina essencial é “aquela que tem um impacto significativo sobre o nosso pensamento sobre outras doutrinas ou em como vivemos a vida cristã”.5 Sabemos se uma doutrina é essencial pelo fato dela “estar presente em várias culturas, por sua aplicação universal, por ter um fator reconhecidamente por base, sua ligação indissolúvel com uma experiência essencial e sua posição final dentro da revelação progressiva”.6


Baseados nisso podemos considerar como exemplos de doutrinas essenciais da fé cristã os seguintes ensinos: a autoridade da Bíblia; a Trindade; a divindade de Cristo; a necessidade de uma expiação pelos pecados dos homens e a satisfação deles por meio da morte de Cristo; a justificação pela fé e não por obras; a ressurreição de Cristo; o sacerdócio universal dos crentes; a prática do batismo; o ser humano como macho e fêmea; a imortalidade da alma; o castigo eterno dos ímpios.

Nas Opiniões, Liberdade.

Quando Alexander Campbell publicou o “Sistema Cristão” foi muito criticado e acusado de criar novas doutrinas para a Igreja. A crítica serviu para distinguir entre a revelação essencial que forma a Igreja e a validade relativa das doutrinas secundárias. Ele disse:

“Nós falamos por nós mesmos e ainda que estejamos dispostos a dar a nossa declaração de fé e do nosso conhecimento do sistema cristão, nos posicionamos firmemente contra a imposição dogmática de nossos pontos de vista, ou de quaisquer outros falíveis e mortais, como condição ou fundamento de união e cooperação”.

A tolerância e o apreço às opiniões dos demais nos enriquecem. Porém, as opiniões - fruto das diferentes interpretações que certos textos bíblicos permitem - devem ser mantidas como tal e nunca como artigos de fé. Elas até podem ser aceitas como expressões de valor da fé, mas não como uma condição para a comunhão. Se aprendermos a distinguir o essencial do secundário permaneceremos unidos. A nossa união não está fundamentada na uniformidade doutrinária, mas no amor de Cristo e isso se evidencia na grande diversidade do nosso movimento (e das igrejas do Novo Testamento). Portanto, nas crenças secundárias, não essenciais, nós somos tolerantes com todos os irmãos em Cristo:

“Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas... Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está de pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar... De maneira que cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus... Bem-aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come é condenado... e tudo que não provém de fé é pecado” (Romanos 14:1,4,12,22b,23).

Uma doutrina secundária, diferentemente da essencial, é “aquela que não é tão impactante sobre o nosso pensamento a respeito de outras doutrinas ou em como vivemos a vida cristã”.7 São exemplos de doutrinas secundárias: a forma de governo da Igreja; quando se dá o batismo com o Espírito Santo; diferenças quanto aos dons carismáticos; a periodicidade da Ceia do Senhor; o papel da mulher na Igreja; o estilo de adoração e louvor; diferenças relacionadas ao conceito de santidade; a designação dada a Igreja; o significado do batismo cristão; diferenças quanto ao Milênio e a Grande Tribulação; a extensão da expiação. Reconhecemos que os cristãos podem “divergir sobre o grau de importância que deve ser atribuída a qualquer uma das doutrinas acima, levando em conta as circunstâncias históricas e necessidades da igreja num dado momento. No entanto, podemos divergir nessas doutrinas, sem contudo deixar de ter uma comunhão verdadeira e genuína, concordando nas demais”.8

Em Todas as Coisas, o Amor.

O amor é a ponte entre o essencial e o secundário, entre o absoluto e o relativo, entre o básico e o derivado, entre o divino e o humano. É o amor de Jesus em nós que permite que haja unidade na Igreja, pois basta estar presente em um pequeno grupo nas casas (ou célula) para observar que não há duas pessoas que estejam de acordo em tudo. Pense em uma congregação inteira? E se ela tiver centenas ou milhares de membros? Imagine, então, a Igreja de Cristo sobre toda a face da terra? Há uniformidade? Como poderemos estar unidos sem o amor de Cristo? Reflita sobre isso.
Existe, ainda, a possibilidade de alguém desenvolver uma “vida religiosa disciplinada” (falsa espiritualidade) sem ter o amor e justiça de Deus. Essa pessoa até pode falar em línguas, profetizar, saber todos os mistérios, ter grande conhecimento (inclusive bíblico, doutrinário ou teológico) e fazer grandes coisas. Porém, sem o amor de Jesus ele seria um discípulo verdadeiro? O Novo Testamento diz que tal pessoa é vã, efêmera e passageira como o som que sai do badalar dos sinos. Aos olhos de Deus ele não é nada:

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei” (1Coríntios 13:1-2).

Portanto, em todas as coisas nós devemos sempre demonstrar o amor de Jesus. “O amor é o cartão de identidade do cristão!”

Notas:
  1. HALEY, T. P. Unity in Diversity (Relatório Convenção Centennial, 1910 – ed. W. R. Warren), disponível na Internet, pág. 01.
  2. GARRISON, J. H. (Editor Christian-Evangelist), Christian Union: A Historical Study, disponível na Internet, pág. 37.
  3. CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, pág. 990.
  4. Também encontramos as seguintes variações: “No essencial, unidade; No secundário, tolerância; Em tudo, amor” ou "No essencial, unidade; Nos não-essenciais, tolerância; Em tudo, amor” .
  5. GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática, pág. 09
  6.  ERICKSON, Millard J. Introdução à Teologia Sistemática, pág. 33 a 37.
  7. GRUDEM, ob. cit., pág. 09. 8. Ob. cit., pág. 09 e 10.
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Daniel 6:1-28 - DANIEL NA COVA DOS LEÕES.

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Estamos vendo agora as suas narrativas. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Esta primeira parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em seis seções: A. a defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – já vimos; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49) – já vimos; C. Livramento da fornalha (3.1-30) – já vimos; D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37) – já vimos; E. O julgamento de Belsazar (5.1-31) –já vimos; e, F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28) – veremos agora, finalizando essa primeira parte.
F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28).
Neste capítulo, veremos Dario constituindo sobre o seu reino 120 sátrapas, três presidentes e um deles sobre todos os demais que se reportaria diretamente ao rei.
Daniel era daqueles que sobrepujava a todos os demais em sabedoria, conhecimento, inteligência, empatia, simpatia, eficiência, eficácia, produtividade, organização, administração, honestidade, capacidades de interpretações de sonhos e resoluções de mistérios porque nele, diz a Bíblia, havia um espírito excelente – vs. 3.

Foi desejo do rei então constituí-lo sobre todos os demais de forma que a ele reportassem antes de irem ao rei, justamente para o rei não sofrer danos, seja em sua imagem, seja em seus tesouros e negócios.
Há muitos fatos e aspectos interessantes a serem explorados neste evento, principalmente os relacionados à história, à cultura, à religião e outros detalhes, mas não temos tempo para isso, portanto serei bem objetivo e preciso.
Para princípio de conversa, Daniel era um jovem de alta estirpe, um nobre. Foi levado jovem ao cativeiro e lá viveu até ao final de sua vida. Uma vida inteirinha no cativeiro! Aqui neste contexto, Daniel está já com seus 85 anos de idade, mas como se percebe ainda muitíssimo produtivo.
Dario, que tanto pode ser um nome como um título, segundo os Persas, que significa “senhor” e “rei” estava aqui neste contexto com aproximadamente uns 62 anos de idade e tinha um grande desafio. Quem de fato conquistou a Babilônia foi Ciro que nesta época tinha uns 25 anos, mas o primeiro rei dos Medos e Persas foi Dario. A profecia do próprio Daniel vai se cumprindo, pois o metal nobre, o ouro, vai dando lugar ao metal mais inferior, a prata, que simboliza o peito e os braços da estátua do sonho de Nabucodonosor, que Daniel interpretou seu sonho.
Ele quer administrar e evitar dano, ou seja, fuga de capitais relacionadas à perda de impostos e assim divide seu reino e estabelece tarefas. Ele, Dario, o rei, mais 3 presidentes e mais 120 príncipes têm a missão de administrarem o reino. Os 120 príncipes deveriam prestar contas aos presidentes e estes ao rei Dario.
Daniel, diz a palavra de Deus, com seu espírito excelente, se destaca sobre os demais, sobre todos, sobre os presidentes e sobre os príncipes. Com certeza deve ter sido um destaque fora de sério a ponto do rei Dario querer constituí-lo como uma espécie de primeiro-ministro que estaria subordinado somente ao rei e todos as outras autoridades a ele deveriam prestar contas.
A inveja tomou conta de todos os presidentes e dos príncipes e juntos buscaram de todas as formas encontrarem falhas em sua administração, mas não conseguiram (reparem que assim também tentaram com o Senhor Jesus e nada foi achado).
O que fazer então? Traçaram um plano fantástico e triunfal e não haveria como Daniel escapar. O plano era perfeito e bem executado, Daniel jamais conseguiria sair dessa. O cerco foi armado e o plano executado com sucesso total (reparem que também armaram um plano contra Jesus e na hora acharam um motivo para crucificá-lo).
Como eles conheciam a vida de oração de Daniel, procuraram envolver o rei em um cerimonial, por eles inventado, justamente para alcançarem Daniel.
Eles pediram ao rei que assinasse um interdito real que não poderia ser revogado falando que por 30 dias somente o rei deveria ser adorado em todo seu reino.
Daniel soube do interdito, mas não se acovardou, pelo contrário, abriu as janelas de seu quarto e adorou o Criador e isso como fazia de costume três vezes ao dia.
Permanecer em pé seria uma postura normal para a oração (1Cr 23.30; Ne 9), ao passo que ajoelhar-se e prostrar-se demonstrava uma humildade pessoal apropriada para circunstâncias particularmente solenes (1 Rs 8.54; Ed 9.5; SI 95 6; Lc 22.41; At 7.60; 9.40). Evidentemente os hábitos de oração de Daniel eram de conhecimento público, um sinal de sua genuína piedade.
Entregaram a Daniel para o rei o acusando de terem transgredido uma lei criada especificamente para aprisionarem e executarem o ancião Daniel.
Ao se aproximarem do rei foram logo tratando de menosprezá-lo ou humilhá-lo perante o rei com certo preconceito e inveja, pois que ao se referirem a ele diziam – vs. 13 – aquele que é dos exilados do rei.
Essa identificação étnica de Daniel é, provavelmente, indicativa do preconceito contra os judeus por parte dos outros oficiais (cf. 3.8). O fato de que a identidade étnica de Daniel fosse amplamente conhecida revela que ele não havia comprometido a sua herança em favor do sucesso no cativeiro — uma importante lição para os leitores.
Dario imediatamente percebeu que havia sido vítima de uma intriga por parte de seus oficiais para apanhar Daniel numa armadilha. Sua apreciação por Daniel permaneceu inabalável.
Contra a sua própria vontade, Dario foi obrigado a agir de acordo com o decreto. No entanto, ele tinha esperança de que o Deus de Daniel interviesse em favor do seu servo fiel.
O rei então selou com seu próprio anel e com o dos seus grandes. O anel com sinete e os cilindros de selar eram usados comumente pelos assírios, babilônios e persas. O anel e o cilindro eram estampados sobre argila ainda moldável deixando a marca pessoal do proprietário do selo. Violar qualquer coisa que houvesse sido selada desse modo seria uma transgressão da lei.
O rei gostava muito de Daniel e se esforçou para livrá-lo, mas como foi bem armado e executado não houve saída: foi executado! Colocaram-no na cova dos leões e fecharam a boca da cova dos leões com uma enorme pedra. Selaram a pedra com o selo real e o inferno todo foi comemorar a derrota de Daniel e o triunfo do plano maligno que urdiram (não foi semelhantemente o mesmo que aconteceu com Jesus quando com a morte de Jesus todo o inferno passou a festejar imaginado que tinham conquistado uma grande vitória contra Deus?).
O rei ficou tão triste com a execução de Daniel que passou a noite em claro, em jejum e sem as costumeiras festas que eram feitas para o rei. Ao amanhecer o rei foi correndo à cova dos leões na esperança de que Deus tivesse ouvido e poupado a Daniel.
Clamou por ele, Daniel, falando de Deus e de lá de dentro a voz de Daniel é ouvida:
21 Então Daniel falou ao rei: O rei, vive para sempre!
22 O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.
Diz a palavra de Deus que o rei se alegrou tanto, mas na mesma hora mandou executar os que intentaram contra Daniel e os leões devoraram todos eles. Deve ter sido uma cena terrível.
25 Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: A paz vos seja multiplicada.
26 Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque:
* ele é o Deus vivo e
* que permanece para sempre, e
* o seu reino não se pode destruir, e
* o seu domínio durará até o fim.
27   * Ele salva,
* livra, e
* opera sinais e maravilhas no céu e na terra;
* ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões.
O último versículo fala de que Daniel prosperou tanto no reinado de Dario como no do Ciro, que substituiu a Dario.
Assim como nas narrativas anteriores, o Senhor se revelou como sendo maior que qualquer governador ou reino humano, pois a sua soberania se estende sobre a natureza e a História. Mas esse decreto foi muito além das confissões anteriores no reconhecimento de Deus como uma divindade viva, que permanece e salva, cujo reino é eterno e não será destruído.
O decreto de Dario não implica que ele tenha realmente se convertido do seu politeísmo pagão para a fé somente no Deus de Daniel, assim como tampouco o fez a proclamação de Ciro de que Deus o havia instruído a enviar os judeus de volta para casa (Ed 1.3-4; Is 44.28; 45.4).
Como já dissemos, no verso 28 está dito que Daniel prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa.
O tema principal das bênçãos de Deus sobre Daniel (“Daniel prosperou”) aparece novamente. Daniel permaneceu fiel, recusando-se a fazer concessões. Por essa razão, ele se ergue em proeminência sob ambos os reis, da Babilônia e da Pérsia. Esse fato exaltou Daniel como um israelita fiel cujas profecias poderiam ser aceitas como confiáveis.
Eu me alegro muito com a vida de Daniel que mesmo em já tão avançada idade era homem fiel e exemplar em toda a casa de Deus e servindo à nação.
A nossa nação precisa e espera que haja homens como Daniel que possam temer a Deus, honrar ao rei e ser produtivo. A nossa nação precisa de homens fiéis e trabalhadores, produtivos e os melhores para serem postos como administradores que exerçam a justiça e o juízo.
Ele prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro. Ou, "Dario, ou seja, o reinado de Ciro". A frase pode ser entendida de duas maneiras, nos fala a BEG:
(1)     Daniel prosperou sob o reinado de Gobrias, assim como sob Ciro.
(2)     Daniel prosperou sob o reinado de Dario, mesmo sob o reinado de Ciro. Nesse último caso, Dario o medo e Ciro seriam entendidos como dois nomes para o mesmo governante.
Na verdade, Dario, o medo não é citado em outras fontes históricas existentes fora das Escrituras, nem parece haver qualquer intervalo entre Belsazar/Nabonido e a ascensão de Ciro da Pérsia. Dario, o medo, poderia também ser um título real para Ciro, fundador do império Persa.
Também pode ser, nos lembra a BEG, que fosse uma designação para Gobrias, um general que desertou de Nabucodonosor, alistou-se sobre Ciro e liderou a conquista da Babilônia pela Pérsia, sendo posteriormente designado por Ciro como governador dos territórios babilônicos que haviam sido conquistados pela Pérsia.
Dn 6:1 Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino
cento e vinte sátrapas, que estivessem por todo o reino;
Dn 6:2 e sobre eles três presidentes,
dos quais Daniel era um;
a fim de que estes sátrapas lhes dessem conta,
e que o rei não sofresse dano.
Dn 6:3 Então o mesmo Daniel sobrepujava
a estes presidentes e aos sátrapas;
porque nele havia um espírito excelente;
e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino:
Dn 6:4 Nisso os presidentes e os sátrapas
procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino
mas não podiam achar ocasião ou falta alguma;
porque ele era fiel,
e não se achava nele nenhum erro nem falta.
Dn 6:5 Pelo que estes homens disseram:
Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel,
a menos que a procuremos no que diz respeito
a lei do seu Deus.
Dn 6:6 Então os presidentes e os sátrapas foram juntos ao rei,
e disseram-lhe assim:
Ó rei Dario, vive para sempre.
Dn 6:7 Todos os presidentes do reino, os prefeitos e os sátrapas,
os conselheiros e os governadores, concordaram em que o rei
devia baixar um decreto
e publicar o respectivo interdito,
que qualquer que, por espaço de trinta dias,
fizer uma petição a qualquer deus,
ou a qualquer homem, exceto a ti, ó rei,
seja lançado na cova dos leões.
Dn 6:8 Agora pois, ó rei, estabelece o interdito, e assina o edital,
para que não seja mudado,
conforme a lei dos medos e dos persas,
que não se pode revogar.
Dn 6:9 Em virtude disto o rei Dario assinou o edital e o interdito.
Dn 6:10 Quando Daniel soube que o edital estava assinado,
entrou em sua casa, no seu quarto em cima,
onde estavam abertas as janelas que davam
para o lado de Jerusalém;
e três vezes no dia se punha de joelhos e orava,
e dava graças diante do seu Deus,
como também antes costumava fazer.
Dn 6:11 Então aqueles homens foram juntos,
e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Deus.
Dn 6:12 Depois se foram à presença do rei
e lhe perguntaram no tocante ao interdito real:
Porventura não assinaste um interdito pelo qual todo homem
que fizesse uma petição a qualquer deus,
 ou a qualquer homem por espaço de trinta dias,
exceto a ti, ó rei,
fosse lançado na cova dos leões?
Respondeu o rei, e disse:
Esta palavra é certa, conforme a lei dos medos e dos persas,
que não se pode revogar.
Dn 6:13 Então responderam ao rei, dizendo-lhe
Esse Daniel, que é dos exilados de Judá,
e não tem feito caso de ti, ó rei, nem do interdito
que assinaste;
antes três vezes por dia faz a sua oração.
Dn 6:14 Ouvindo então o rei a notícia,
 ficou muito penalizado, e a favor de Daniel propôs
dentro do seu coração livrá-lo;
e até o pôr do sol trabalhou para o salvar.
Dn 6:15 Nisso aqueles homens foram juntos ao rei,
e lhe disseram:
Sabe, ó rei, que é lei dos medos e persas que nenhum
interdito ou decreto que o rei estabelecer,
se pode mudar.
Dn 6:16 Então o rei deu ordem, e trouxeram Daniel,
e o lançaram na cova dos leões.
Ora, disse o rei a Daniel:
O teu Deus, a quem tu continuamente serves,
ele te livrará.
Dn 6:17 E uma pedra foi trazida e posta sobre a boca da cova;
e o rei a selou com o seu anel e com o anel dos seus grandes,
para que no tocante a Daniel nada se mudasse:
Dn 6:18 Depois o rei se dirigiu para o seu palácio,
e passou a noite em jejum;
e não foram trazidos à sua presença instrumentos de música,
e fugiu dele o sono.
Dn 6:19 Então o rei se levantou ao romper do dia,
e foi com pressa à cova dos leões.
Dn 6:20 E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste;
e disse o rei a Daniel:
Ó Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus,
a quem tu continuamente serves,
tenha podido livrar-te dos leões?
Dn 6:21 Então Daniel falou ao rei:
Ó rei, vive para sempre.
Dn 6:22 O meu Deus enviou o seu anjo,
e fechou a boca dos leões,
e eles não me fizeram mal algum;
porque foi achada em mim inocência diante dele;
e também diante de ti, ó rei, não tenho cometido
delito algum.
Dn 6:23 Então o rei muito se alegrou,
e mandou tirar a Daniel da cova.
Assim foi tirado Daniel da cova,
e não se achou nele lesão alguma,
porque ele havia confiado em seu Deus.
Dn 6:24 E o rei deu ordem, e foram trazidos aqueles homens
que tinham acusado Daniel,
e foram lançados na cova dos leões,
eles, seus filhos e suas mulheres;
e ainda não tinham chegado ao fundo da cova
quando os leões se apoderaram deles,
e lhes esmigalharam todos os ossos.
Dn 6:25 Então o rei Dario escreveu
a todos os povos, nações e línguas que moram
em toda a terra:
Paz vos seja multiplicada.
Dn 6:26 Com isto faço um decreto,
pelo qual em todo o domínio do meu reino
os homens tremam e temam perante
o Deus de Daniel;
porque ele é o Deus vivo,
e permanece para sempre;
e o seu reino nunca será destruído;
o seu domínio durará até o fim.
Dn 6:27 Ele livra e salva,
e opera sinais e maravilhas no céu e na terra;
foi ele quem livrou Daniel do poder dos leões.
Dn 6:28 Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario,
e no reinado de Ciro, o persa.
Lições a aprender:
1º). Que há um Deus nos céus e na terra que tem controle sobre todas as coisas. Deus tem domínio sobre todos os reinos, pessoas, governos, autoridades, etc. Logo, ele pode incliná-los para onde quiser e como quiser.
Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer.” (Pv 21:1).
Ele tem controle sobre o coração do filho, da filha, do amigo, do inimigo, do chefe, do esposo, da esposa, do rei, do credor, do devedor, do ladrão, do policial, da autoridade, do servo, do leão, do cavalo, do boi e de todo ser vivo que respira ou dos seres espirituais, sejam principados, poderes, potestades e domínios, está nas mãos do Senhor que os pode inclinar para onde ele quiser
2º). Que devemos ser fiéis em toda a casa de Deus – faça sempre o seu melhor para Deus, isto é, fazer o melhor é sempre o melhor a ser feito.
3º). Que pode se levantar todo o império, reino, presidentes e príncipes e juntos urdirem e tramarem toda espécie de mal contra nós por causa de nossa fidelidade a Deus e por causa de estarmos sendo os melhores e os destaques naquilo que Deus nos tem colocado para fazermos.
Que podem até prosperarem por um momento sendo o caso tido como perdido, mas no final, Deus se levantará a nosso favor e estará mudando a nossa sorte para a sua honra e glória.
4º). Que quem faz uso do mal para crescer ou prosperar ou quem intenta contra um servo de Deus fiel e ligado ao trono da graça não será tido por inocente, pois sobre estes o juízo é sem misericórdia.
Dizem (eu ouvi isso do Pr. Josué Gonçalves) que o crente que ora é como um fio descascado de alta tensão ligado direto entre ele e o Trono da Graça: ai dos que nele tocarem! Serão imediatamente eletrocutados. Cuidado!
Aqueles 2 presidentes e os 120 príncipes sofreram as consequências de seu plano maligno. O Diabo é tão sujo que primeiro ele diz assim: rouba, rouba, ninguém tá vendo. Ai o pobre coitado vai e rouba e ai o Diabo chega ao policial e diz: olha ele roubou, ele roubou. O policial vai e prende o meliante. Ai ele diz ao meliante: vai, vai, seu bobão, se suicida, se suicida, para deixar de ser besta...
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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