terça-feira, 26 de maio de 2015
terça-feira, maio 26, 2015
Jamais Desista
Daniel 9:1-27 - AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL 9
Como já dissemos,
estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes
principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 – já vista - e as suas visões, do 7 ao 12.
Continuaremos
vendo agora as suas visões. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus
amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as
nações.
Parte II - AS VISÕES
(7.1-12.13) – continuação.
Como também já
dissemos, as visões de Daniel descrevem o futuro do povo de Deus olhando para
além dos anos de exílio. Deus revelou a Daniel que quatro grandes impérios
controlariam Israel e perseguiriam os israelitas. Nesses capítulos,
Daniel muda das narrativas históricas para os relatos das visões.
Essas visões dependem dos dois temas
centrais estabelecidos nos primeiros seis capítulos do livro:
ü
O
Deus de Israel estava no controle de todas as nações.
ü
Daniel
era digno de confiança como um intransigente profeta de Deus.
Esses capítulos preparam um Israel exilado
para a longa espera pela restauração e para as dificuldades que viriam sob o
controle de poderes estrangeiros.
Elas encorajam também o povo de Deus a não
desistir da esperança de que o reino de Deus viria ao término dessas aflições.
Daniel mencionou quatro tópicos principais:
ü
Os
quatro animais (7.1-28) – já vimos.
ü
Um
carneiro e um bode (8.1-27) – já vimos.
ü
As
"setenta semanas" (9.1-27) – veremos
agora.
ü
O
futuro do povo de Deus (10.1-12.13).
Esta segunda
parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em quatro
seções: A. A visão dos quatro animais (7.1-28) – já vista; B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27) – já vimos; C. A visão das setenta
semanas (9.1-27) – veremos agora; e, D.
A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13) – a quarta seção também
será dividida em quatro partes: 1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1); 2.
De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20); 3. O governo de Antíoco IV
Epífanes (11.21-12.3); e, 4. A mensagem final a Daniel (12.4-13).
C. A visão das
setenta semanas (9.1-27).
Veremos no capítulo 9 a famosa e importante
visão das setenta semanas de Daniel. Daniel registra o relato de uma revelação
que recebeu a respeito da profecia de Jeremias sobre os setenta anos de
desolação de Jerusalém.
Como vimos, Jeremias e Daniel aqui estão
intimamente ligados e Daniel procurará entender e nos explicará sua visão.
A visão seguiu-se a uma oração de Daniel na
qual ele confessa a justiça da desolação de Jerusalém e busca o favor de Deus
para a restauração da cidade e do templo.
Essa visão revelou que o tempo do exílio de
Judá foi prolongado porque o povo de Deus ainda não havia se arrependido dos
pecados que havia trazido o exílio para eles.
Foi no primeiro ano do reinado de Dario,
filho de Assuero, que Daniel diz ter entendido pelos livros de que o número de
anos de desolação que falara Jeremias seria de 70 anos.
O termo "Assuero" (não a mesma
pessoa mencionada em Et 1.1) pode ser um título real e não um nome pessoal. O
primeiro ano do reinado de Dario foi 539 a.C.
Daniel estava preocupado, pois os setenta
anos se aproximavam do fim, mas os israelitas não estavam preparados para
voltar para a Terra Prometida. (Veja Jr 25.11-12; 29.10.)
A BEG nos diz que os intérpretes discordavam
quanto às datas do começo e do fim desse período de setenta anos, e também sobre
se eles devem ou não ser entendidos como um número inteiro, sugerindo um
período de vida humano ou um período exato de tempo.
Alguns datam o período a partir de 586 a.C.
(a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor) até 515 a.C. quando a restauração
do templo foi terminada sob Zorobabel (Ed 6.13-18; Zc 1.12).
Outros datam o início desse período a
partir do ano em que Daniel foi levado cativo (604 a.C.). Daniel também estava,
sem dúvida, consciente de que Isaías havia profetizado o término do exílio de
Israel durante o governo persa de Ciro (Is 44.28; 45.1-13).
Como Daniel aparentemente fez aqui, o
escritor de Crônicas cita a libertação de Israel por Ciro em 539 a.C. como
cumprimento da profecia de Jeremias (2Cr 36.21).
Na literatura do antigo Oriente Próximo,
setenta anos era um período de tempo padrão durante o qual um deus puniria o
seu povo por deslealdade.
Esse período poderia ser estendido ou
encurtado de acordo com as reações do povo. Por essa razão não é de se
estranhar que haveria certa flexibilidade nas diferentes maneiras utilizadas
pelos escritores bíblicos na aplicação desse número à história de Israel.
Com esse entendimento e a falta de preparo
do povo, Daniel se inquietou e foi buscar Deus dirigindo o seu rosto ao Senhor,
para buscá-lo com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza. Ele foi orar ao
Senhor seu Deus, e confessando, disse ao Senhor sua oração – vs. 3 e 4.
Ela ficou registrada dos versos 4 ao 19. A
oração de Daniel, conforme nos fala a BEG, está baseada na compreensão da
relação pactual do Senhor com o seu povo (bênção para a obediência, maldição
para a desobediência; veja especialmente os vs. 5,7,11-12,14; Lv 26.14-45; Dt
28.15-68; 30.1-5). Para uma oração semelhante, veja Ne 9.
Conforme a BEG, essa oração de Daniel contém
quatro partes:
(1)
Adoração
(vs. 4).
(2)
Confissão
de pecado (vs. 5-11a).
(3)
Reconhecimento
da justiça de Deus em seu julgamento do pecado (vs. 11b-14).
(4)
Apelo
à misericórdia de Deus baseado no cuidado pelo seu nome, reino e vontade (vs.
15-19).
São características da sua oração, a qual
acaba se tornando modelo de oração eficiente para todos nós:
·
Baseia-se
nas promessas de Deus (vs. 2).
·
Foi
pronunciada num espírito de contrição e humildade (vs. 3).
·
Fornece
um modelo para os elementos apropriados de uma oração eficiente.
Daniel ainda estava orando ao Senhor quando
subitamente lhe apareceu Gabriel que ele já tinha visto antes em suas visões e
o tocou à hora da oblação da tarde. Ele fez questão de ressaltar que ele veio
voando rapidamente – vs. 21. Ele o chamou de varão ou de o homem Gabriel.
Gabriel, então, afirma a ele o propósito de
sua vinda: torná-lo sábio e entendido. Ele explica – vs. 23 – que no princípio
das suas súplicas, saiu a ordem, e ele veio, para declarar a ele o significado
da visão. Nesse momento, ele elogia Daniel dizendo que ele era muito amado e o
exorta a considerar, pois, a palavra que ele explicará permitindo a ele
entender a visão.
O termo “SETENTA SEMANAS” representa a
tradução literal (ou "setenta setes"), significando quatrocentos e
noventa anos (9.24-27). Os setenta anos de exílio (vs. 2) são multiplicados
sete vezes de acordo com o padrão das maldições pactuais (Lv 26.14,21,24,28).
Deus prolongou o exílio por causa da
contínua pecaminosidade de Israel. Assim corno os setenta anos de exílio
preditos por Jeremias provavelmente exprimiam uma fórmula padrão, o período de
quatrocentos e noventa anos possivelmente representava também uma fórmula
padrão.
Por exemplo, o livro não canônico jubileus,
que data do período intertestamentário, estrutura toda a História em períodos
de quatrocentos e noventa anos.
É possível, portanto, que Daniel tivesse em
mente não um cálculo preciso de anos, mas segmentos de tempo amplamente
definidos.
Essa extensão de tempo não era absoluta;
poderia ser aumentada se o povo continuasse a rebelar-se, ou diminuída, caso se
arrependesse.
Seis itens deveriam ser cumpridos durante
esse período de "setenta ‘setes’" – vs. 24:
1.
Fazer
cessar a transgressão.
2.
Dar
fim aos pecados.
3.
Expiar
a iniquidade.
4.
Trazer
a justiça eterna.
5.
Selar
a visão e a profecia.
6.
Ungir
o santíssimo.
Como observamos em todas as profecias do
Antigo Testamento sobre a restauração do exílio nos últimos dias, esses seis
itens são cumpridos na obra de Cristo ao trazer o reino de Deus.
O Novo Testamento nos ensina sobre o reino
de Deus:
·
Que
o reino foi inaugurado na primeira vinda de Cristo.
·
Que
o reino continua agora.
·
Que
o reino alcançará a consumação no retorno de Cristo.
Portanto, alguns aspectos dessas predições
são mais estreitamente relacionados com a primeira vinda de Cristo, outras com
a segunda vinda e outros ainda, serão cumpridas por ambas, a primeira e a
segunda vindas.
Dos versos de 25 a 27, Gabriel ajuda Daniel
a entender melhor as 70 semanas. Essas "setenta semanas" dos anos
estão divididas em três subunidades de quarenta e nove anos ("sete ‘semanas’";
vs. 25), quatrocentos e trinta e quatro anos ("sessenta e duas
semanas" vs. 26) e sete anos ("uma semana" vs. 27).
Os intérpretes diferem sobre se essas
subunidades devem ser vistas como uma sequência contínua ou como subunidades
separadas por intervalos de tempo.
Muitas tentativas têm sido feitas para
entender essa cronologia como um número preciso de anos, mas todas elas deixam
de alcançar uma precisão devido ao fato de que esses números são tomados como números
inteiros de períodos representativos de tempo.
Embora os cálculos de Daniel não devam ser
tomados como precisos, o padrão básico de sua predição pode ser compreendido
sem cairmos em especulação.
A ordem para reconstruir Jerusalém (vs. 25)
foi seguida de "sete 'semanas", ou quarenta o nove anos (vs. 25) na
ocasião em que a reconstrução de Jerusalém foi completada (veja Ed e Ne).
A reconstrução de Jerusalém foi seguida por
"sessenta e duas ‘semanas’", ou quatrocentos e trinta e quatro anos (vs.
25), sendo que nesse tempo o Ungido foi morto (vs. 26). A "semana"
única foi cumprida durante o tempo, ou perto do tempo do ministério terreno de
Cristo (vs. 27).
Conforme a BEG, há duas possibilidades de
interpretarmos essa figura do ungido ou do príncipe do vs. 25:
(1)
Ele
é o Messias, o Cristo.
(2)
Ele
é um rei a quem Deus escolheu como o instrumento para realizar a sua vontade
(cf. Is 45.1).
Embora a maioria dos intérpretes assuma que
no vs. 25 o ungido e o príncipe sejam a mesma pessoa, há algum desacordo quanto
a se essa figura é ou não idêntica à pessoa ou pessoas referidas como "o
ungido" e o "príncipe" no vs. 26.
Depois de sessenta e duas semanas:
·
O
Ungido será morto, e já não haverá lugar para ele.
·
O
povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário.
·
O
fim virá como uma inundação:
ü
Guerras
continuarão até o fim.
ü
Desolações
foram decretadas.
·
E
ele fará um pacto firme com muitos por uma semana.
·
No
meio da semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta.
·
E
numa ala do templo será colocado o sacrilégio terrível, até que chegue sobre ele
o fim que lhe está decretado.
No vs. 26, o príncipe parece agir contra
Deus. Se ambos os versículos fazem referência ao mesmo governante, é mais
provável que ele não deve ser equiparado ao Messias.
A frase “será morto o Ungido” – vs. 26 - seria, ou uma referência à
crucificação de Cristo, ou ao julgamento que Deus traria sobre o rei que havia
ultrapassado os limites como instrumento de julgamento apontado por Deus.
Conforme a BEG, o povo de um príncipe que
há de vir que destruirá a cidade e o santuário é uma referência ao grego
Antíoco IV Epífanes como precursor do general romano Tito, ou diretamente a
Tito e/ou aos seus exércitos que destruíram Jerusalém em 70 d.C.
Será ele, o príncipe, que fará uma firme
aliança com muitos, por uma semana. O antecedente mais provável de
"ele" é o "Ungido" ou o "príncipe" (vs. 26), nesse
caso fica melhor o príncipe. É comum interpretar essa afirmação como descritiva
de um acordo que o anticristo estabelecerá com o povo judeu que voltará a
reunir-se na terra de Israel durante o período de "tribulação".
Esse príncipe, na metade da semana, fará
cessar o sacrifício e a oferta de manjares, ou seja, isso pode ser uma
referência ao término do sistema sacrificial do Antigo Testamento com a morte
de Cristo. É também possível que se refira à profanação do templo por Antíoco
IV Epífanes ou por Tito (vs. 26).
Alguns intérpretes assumem, conforme a BEG,
a posição menos provável de que seja uma referência à proibição feita pelo
anticristo de "sacrifícios e ofertas" (talvez significando prática
religiosa em geral) pelo povo judeu novamente reunido após três anos e meio (Ap
11.2; 12.6,14) do período da "tribulação".
filho de
Assuero, da linhagem dos medos,
o
qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus.
Dn 9:2 no ano
primeiro do seu reinado,
eu,
Daniel, entendi pelos livros que o número de anos,
de
que falara o Senhor ao profeta Jeremias,
que
haviam de durar as desolações de Jerusalém,
era
de setenta anos.
Dn 9:3 Eu,
pois, dirigi o meu rosto ao Senhor Deus,
para
o buscar
com
oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza.
Dn
9:4 E orei ao Senhor meu Deus, e confessei, e disse:
Ó Senhor,
Deus grande e tremendo,
que
guardas o pacto e a misericórdia
para
com os que te amam
e
guardam os teus mandamentos;
Dn
9:5 pecamos e cometemos iniqüidades,
procedemos
impiamente, e fomos rebeldes,
apartando-nos
dos teus preceitos e das tuas ordenanças.
Dn
9:6 Não demos ouvidos aos teus servos,
os
profetas, que em teu nome falaram
aos
nossos reis, nossos príncipes,
e
nossos pais,
como também a
todo o povo da terra.
Dn 9:7 A ti,
ó Senhor, pertence
a
justiça, porém a nós a confusão de rosto,
como
hoje se vê;
aos homens de
Judá, e aos moradores de Jerusalém,
e
a todo o Israel;
aos de perto
e aos de longe,
em
todas as terras para onde os tens lançado
por
causa das suas transgressões
que
cometeram contra ti.
Dn 9:8 Ó
Senhor, a nós pertence a confusão de rosto,
aos
nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais,
porque
temos pecado contra ti.
Dn 9:9 Ao
Senhor, nosso Deus, pertencem
a
misericórdia e o perdão;
pois
nos rebelamos contra ele,
Dn
9:10 e não temos obedecido à voz do Senhor,
nosso
Deus, para andarmos nas suas leis,
que
nos deu por intermédio de seus servos,
os
profetas.
Dn 9:11 Sim,
todo o Israel tem transgredido a tua lei,
desviando-se,
para não obedecer à tua voz;
por
isso a maldição, o juramento que está escrito
na
lei de Moisés, servo de Deus,
se
derramou sobre nós;
porque
pecamos contra ele.
Dn 9:12 E ele
confirmou a sua palavra, que falou contra nós,
e
contra os nossos juízes que nos julgavam,
trazendo
sobre nós um grande mal;
porquanto
debaixo de todo o céu nunca se fez
como
se tem feito a Jerusalém.
Dn 9:13 Como
está escrito na lei de Moisés,
todo
este mal nos sobreveio;
apesar
disso, não temos implorado o favor do Senhor
nosso
Deus, para nos convertermos
das
nossas iniqüidades,
e para
alcançarmos discernimento na tua verdade.
Dn 9:14 por
isso, o Senhor vigiou sobre o mal,
e
o trouxe sobre nós; pois justo é o Senhor, nosso Deus,
em
todas as obras que faz;
e
nós não temos obedecido à sua voz.
Dn 9:15 Na
verdade, ó Senhor, nosso Deus,
que
tiraste o teu povo da terra do Egito com mão poderosa,
e
te adquiriste nome como hoje se vê,
temos
pecado, temos procedido impiamente.
Dn
9:16 e Senhor, segundo todas as tuas justiças,
apartem-se
a tua ira e o teu furor
da
tua cidade de Jerusalém,
do
teu santo monte;
porquanto por
causa dos nossos pecados,
e por causa
das iniqüidades de nossos pais,
tornou-se
Jerusalém e o teu povo
um opróbrio
para todos os que estão
em
redor de nós.
Dn 9:17
Agora, pois, ó Deus nosso,
ouve
a oração do teu servo,
e
as suas súplicas,
e
sobre o teu santuário assolado
faze
resplandecer o teu rosto,
por
amor do Senhor.
Dn
9:18 Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos, e ouve;
abre
os teus olhos, e olha para a nossa desolação,
e
para a cidade que é chamada pelo teu nome;
pois não lançamos as nossas súplicas
perante
a tua face fiados em nossas justiças,
mas
em tuas muitas misericórdias.
Dn
9:19 Ó Senhor, ouve;
ó
Senhor, perdoa;
ó
Senhor, atende-nos
e
põe mãos à obra sem tardar,
por
amor de ti mesmo, ó Deus meu,
porque a tua
cidade e o teu povo se chamam
pelo
teu nome.
Dn 9:20
Enquanto estava eu ainda
falando
e orando, e confessando o meu pecado,
e
o pecado do meu povo Israel,
e lançando a
minha súplica perante a face do Senhor,
meu
Deus, pelo monte santo do meu Deus,
Dn 9:21 sim
enquanto estava eu ainda falando na oração,
o
varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão
ao
princípio, veio voando rapidamente,
e
tocou-me à hora da oblação da tarde.
Dn 9:22 Ele me instruiu, e falou comigo,
dizendo:
Daniel, vim
agora para fazer-te sábio e entendido.
Dn 9:23 No
princípio das tuas súplicas, saiu a ordem,
e
eu vim, para to declarar, pois és muito amado;
qconsidera,
pois, a palavra e entende a visão.
Dn 9:24 Setenta
semanas estão decretadas
sobre
o teu povo,
e
sobre a tua santa cidade,
para
fazer cessar a transgressão,
para
dar fim aos pecados,
e
para expiar a iniqüidade,
e
trazer a justiça eterna,
e
selar a visão e a profecia,
e
para ungir o santíssimo.
Dn 9:25 Sabe
e entende:
desde
a saída da ordem
para
restaurar e para edificar Jerusalém
até
o ungido, o príncipe,
haverá
sete semanas,
e
sessenta e duas semanas;
com
praças e tranqueiras se reedificará,
mas
em tempos angustiosos.
Dn 9:26 E
depois de sessenta e duas semanas
será
cortado o ungido,
e
nada lhe subsistirá;
e o povo do
príncipe que há de vir
destruirá
a cidade e o santuário,
e
o seu fim será com uma inundação;
e
até o fim haverá guerra;
estão
determinadas assolações.
Dn 9:27 E ele
fará um pacto firme com muitos por uma semana;
e
na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação;
e
sobre a asa das abominações virá o assolador;
e
até a destruição determinada,
a
qual será derramada sobre o assolador.
Depois de ele cessar o sacrifício e a
oblação virá o assolador nas asas da abominação. É muito provável, esclarece a
BEG, que Daniel tenha descrito a destruição do templo sob o governo de Antíoco
IV Epífanes ou sob Tito, e não ações de um futuro anticristo.
Frases semelhantes a "uma abominação
que causa desolação" ocorrem em 8.13, 11.31; 12.11, assim como em 1
Macabeus 1.54 (um livro apócrifo).
Dn 8.13 e 1Macabeus 1.54 se referem às
atividades de Antíoco IV. Daniel usou a mesma linguagem para descrever aquele
que profanaria o templo numa época próxima à do Messias. Jesus aludiu a essa
abominação em Mt 24.15, Mc 13.14.
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segunda-feira, 25 de maio de 2015
segunda-feira, maio 25, 2015
Jamais Desista
Daniel 8:1-27 - AS VISÕES DE DANIEL - UM CARNEIRO E UM BODE.
Como já dissemos,
estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes
principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 – já vista - e as suas visões, do 7 ao 12.
Continuaremos
vendo agora as suas visões. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus
amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as
nações.
Parte II - AS VISÕES
(7.1-12.13) – continuação.
Como também já
dissemos, as visões de Daniel descrevem o futuro do povo de Deus olhando para
além dos anos de exílio. Deus revelou a Daniel que quatro grandes impérios
controlariam Israel e perseguiriam os israelitas. Nesses capítulos,
Daniel muda das narrativas históricas para os relatos das visões.
Essas visões dependem dos dois temas
centrais estabelecidos nos primeiros seis capítulos do livro:
ü
O
Deus de Israel estava no controle de todas as nações.
ü
Daniel
era digno de confiança como um intransigente profeta de Deus.
Esses capítulos preparam um Israel exilado
para a longa espera pela restauração e para as dificuldades que viriam sob o
controle de poderes estrangeiros.
Elas encorajam também o povo de Deus a não
desistir da esperança de que o reino de Deus viria ao término dessas aflições.
Daniel mencionou quatro tópicos principais:
ü
Os
quatro animais (7.1-28).
ü
Um
carneiro e um bode (8.1-27).
ü
As
"setenta semanas" (9.1-27).
ü
O
futuro do povo de Deus (10.1-12.13).
Esta segunda
parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em quatro
seções: A. A visão dos quatro animais (7.1-28) – já vista; B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27) - veremos agora; C. A visão das setenta
semanas (9.1-27); e, D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13) – a
quarta seção também será dividida em quatro partes: 1. A mensagem do anjo para
Daniel (10.1-11.1); 2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20); 3. O
governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3); e, 4. A mensagem final a Daniel
(12.4-13).
B. A visão de um
carneiro e um bode (8.1-27).
Veremos no capítulo 8, Daniel, doravante,
usando a língua hebraica, pois ele havia escrito os trechos de 2.4 a 7.28 em
aramaico (2.4). Aqui, veremos a sua visão de um carneiro e de um bode, ou seja,
o profeta registrou a visão a respeito do tratamento do povo de Deus sob os
medo-persas e os gregos.
O capítulo começa identificando os eventos
no tempo, no terceiro ano do reinado de Belsazar, segundo ele, depois daquela
que lhe apareceu no princípio. Isto é, dois anos após o sonho de Daniel no cap.
7 (7.1).
Daniel experimentou uma viagem visionária
semelhante à de Ezequiel (Ez 3.10-15). Na cidadela de Susã que é província de
Elão. No tempo de Daniel, Susã era a capital de Elão, cerca de 360 km a leste
da Babilônia. O texto não esclarece se na ocasião Elão era independente ou
aliado da Babilônia ou da Média.
Posteriormente, entretanto, como uma das
cidades reais, Susã tornou-se a capital diplomática e administrativa do Império
Persa (cf. Et 1.2; Ne 1.1).
Dessa vez, ele estava junto ao rio Ulai.
Esse canal perto de Susã ligava dois rios que corriam para o golfo Persa.
Ele levanta os seus olhos e vê diante do
rio um carneiro com dois chifres bem altos, sendo um mais alto que o outro. Ele
identifica o carneiro e seus chifres como um símbolo dos reis do Império
Medo-Persa. A história medo-persa esclarece esse simbolismo de um ser mais alto
do que o outro e que o mais alto subiu por último.
Conforme a BEG, os medos tornaram-se fortes
e independentes da Assíria depois de 631 a.C. Os persas começaram como um
segmento insignificante do Império Medo, mas obtiveram o controle quando Ciro
(que reinou entre 559-530 a.C.), de Ansã (no Elão), colocou a Média sob seu
controle (550 a.C.). Ciro acrescentou à sua lista de títulos também o de
"rei dos medos".
Portanto, ambos os chifres eram longos, mas
aquele que representava a Pérsia era mais longo, pois era superior em poder, e
cresceu mais tarde porque chegou ao poder depois do outro.
Ele viu – vs. 4 – que o carneiro dava
marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul. Inicialmente Ciro
conquistou a Ásia Menor; depois tanto o norte quanto o sul da Mesopotâmia.
Governantes subsequentes estenderam o controle medo-persa até o Oriente. E
assim, se engrandecia.
O império persa tornou-se maior e mais
poderoso do que qualquer império anterior na história do antigo Oriente Próximo.
Daniel estava olhando e pensando quando
surge – vs. 5 - um bode que vinha do ocidente e que tinha um chifre notável
entre os olhos. O vs. 21 identifica o bode como sendo a Grécia e o chifre
notável entre os olhos como o seu primeiro rei.
O simbolismo é uma descrição clara da
ascensão do Império Grego sob a liderança do Alexandre o Grande (356-323 a.C). Sobre
seu reino se fala que ele avançava sobre toda a terra, mas sem tocar no chão.
Isso descreve, figuradamente, a rapidez espantosa das conquistas de Alexandre (7.6).
Em apenas três anos, ele foi capaz de derrotar o poderoso Império Persa.
O império de Alexandre, comparado a um bode
que se engrandeceu sobremaneira, rapidamente sobrepujou o Império Persa em
tamanho. Por volta de 327 a.C., Alexandre havia avançado para o Oriente até o
que é hoje o Afeganistão e daí seguiu para o vale do rio Indo.
Quando suas próprias tropas se recusaram a
avançar ainda mais para o Oriente, Alexandre voltou para a Babilônia, onde
morreu com a idade de trinta e três anos. Em seu lugar saíram quatro chifres
notáveis.
O vs. 22 indica que esses quatro chifres
simbolizam os quatro reinos que emergiram do império de Alexandre, mas eram
inferiores em poder em relação ao seu domínio anterior.
Continua a BEG a nos ensinar que os documentos
históricos indicam que depois de um tempo de luta interna, quatro dos generais
de Alexandre conseguiram assegurar porções do Império Grego anterior como seus
próprios reinos.
O verso 9 fala que ainda de um deles saiu
um chifre pequeno que cresceu muito para o sul e para o oriente e também para a
terra formosa.
O v. 23 indica que esse chifre representa um
governante perverso que se levantaria num dos quatro reinos gregos após um grande
intervalo de tempo ("no fim do seu reinado").
A descrição das ações desse governante (vs.
9-14,23-25) o identifica como Antíoco IV Epífanes, o governante do reino
selêucida de 175 a 164 a.C.
Esse chifre não deve ser identificado com o
"pequeno chifre" de 7.8, o qual se levantaria durante o período
romano, e não grego para a terra gloriosa. Nessa expressão, Daniel demonstra o
seu amor pela Terra Prometida.
O seu crescimento notável foi até atingir o
exército dos céus – vs. 10 -, ou as estrelas (cf. Jr 33.22), simbolizando o
povo de Deus (cf. 12.3; Gn 12.3; 15.5; Êx 12.41) e/ou o exército celestial (Is
14.13; veja também 2Macabeus 9.10 [um livro apócrifo]).
As moedas de Antíoco traziam uma estrela
acima da sua cabeça. Epífanes significa "Deus manifesto". O ataque
contra o povo de Deus representava um ataque contra o próprio céu.
Além de seu crescimento até os céus, também
a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Essa é uma
descrição simbólica da severa perseguição sofrida pelo povo de Deus sob o
governo de Antíoco IV Epífanes, que tentou abolir o culto e o modo de vida
tradicional de Israel (cf. 11.21-35; 1 Macabeus 1.10-64 [um livro apócrifo]).
Ainda continuou a crescer e engrandeceu-se
até ao príncipe do exército – vs. 11. O príncipe deve ser entendido como Deus,
o Senhor dos Exércitos. Confira com o vs. 25 em que a designação é
"Príncipe dos príncipes".
Antíoco IV adotou o nome de Epífanes
("Deus manifesto") e se via como uma manifestação encarnada de Zeus
(o principal deus do panteão grego).
Tão notável foi seu crescimento maligno que
ele inclusive tirou o sacrifício diário. (Veja os vs. 12-13, 11.31.) Antíoco IV
ordenou a interrupção de todas as observâncias cerimoniais relacionadas ao
culto ao Senhor no templo de Jerusalém e nas cidades de Judá. Até o lugar do
seu santuário foi deitado abaixo.
Antíoco IV não apenas entrou no Santo dos
Santos e saqueou os vasos de ouro e prata, como também erigiu um altar a Zeus
sobre o altar do Senhor no átrio do templo e ofereceu porcos sobre ele.
O verso 12 fala que por isso o exército lhe
foi entregue, com o sacrifício diário. O povo de Deus foi subjugado pelo chifre
que começara pequeno (vs. 9), Antíoco IV. Isso causou a interrupção das
observâncias regulares no templo.
Por causa de sua transgressão e ousadia
(loucura ou insensatez), lançou a verdade por terra e fez tudo conforme o seu
agrado e ainda prosperou em seus propósitos malignos.
A visão retrata o aparente sucesso dos atos
iníquos de Antíoco IV (o chifre que começou pequeno). Esse sucesso incluiu a
destruição de cópias das Escrituras hebraicas (cf. 1 Macabeus 1.56-57 [um livro
apócrifo]).
Um dos santos (Daniel ouviu e registrou)
perguntou (eles conversavam entre si) até quando duraria essa visão que
mostrava eles sendo pisados relativamente:
·
Ao
holocausto contínuo.
·
À
transgressão assoladora.
·
À
entrega do santuário e do exército.
A resposta da duração disso foi dada a
Daniel: até duas mil e trezentas tardes e manhãs. No Antigo Testamento, a
expressão "tardes e manhãs" ocorre apenas aqui e no v. 26.
Alguns a entendem como uma referência aos
sacrifícios da tarde e da manhã (cf. Ex 29.38-42). Nesse caso, ela
representaria um mil cento e cinquenta dias.
Outros a compreendem simplesmente como uma
expressão para dois mil e trezentos dias. Uma vez que o início da perseguição
de Antíoco IV poderia ser ligado a qualquer um de vários incidentes que haviam
começado já em 171 a.C., é difícil determinar qual interpretação da expressão
deve ser preferida.
O número vinte e três pode ser simbólico de
um período fixo, como na literatura apocalíptica extra bíblica.
Após este período de 23 x 1000 tardes e
manhãs, o santuário seria purificado. O templo foi purificado e rededicado sob
a liderança de Judas Macabeu no dia 25 de dezembro de 165 a.C. (11.34; cf. Zc
9.13-17).
Daniel teve a visão e procurou entendê-la. Nisso
se apresentou diante dele um como que semelhança de homem. Daniel ouviu uma voz
de homem entre as margens do Ulai e esta gritou para o Gabriel dizendo-lhe que
fizesse Daniel entender.
Esse anjo, Gabriel, é mencionado quatro
vezes nas Escrituras (9.21; Lc 1.11,19,26). O nome indica aquele que é forte no
Senhor (Gabriel significa "força de Deus") em razão do seu
relacionamento com ele.
Daniel ficou amedrontado quando Gabriel se
aproximou dele e caiu com seu rosto em terra, mas ele lhe disse, dirigindo-se a
ele como filho do homem e lhe falando para ele entender.
O "homem forte de Deus" (significado
do nome de Gabriel) estava falando a esse nobre mortal dizendo-lhe que aquela
visão se referia ao tempo do fim. Ou seja – vs. 19 -, "ao tempo
determinado do fim" - expressão que não tem necessariamente a ver com o
tempo do fim absoluto da História. Ela ocorre em 11.27,35 em contextos que
provavelmente se referem ao fim da perseguição sob Antíoco IV.
Ele estava falando do que haveria de
acontecer no último tempo da ira. O "tempo da ira" – vs. 19 - pode se
referir ao tempo do julgamento de Deus sobre o seu povo Israel durante sua
sujeição aos babilônios, persas e gregos.
Ele explica que aquele carneiro que ele
tinha visto que tinha dois chifres eram os reis da Média e da Pérsia e o bode
peludo era o rei da Grécia.
Com o intuito de prosperar, ele enganará a
muitos, e se considerará superior aos outros. Destruirá muitos que nele confiam
e se insurgirá contra o Príncipe dos príncipes. Apesar disso, ele será
destruído, mas não pelo poder dos homens.
Alguns intérpretes detectam uma figura do
anticristo nas descrições do chifre nesse capítulo (vs. 8), considerando
Antíoco IV como um protótipo de qualquer oponente poderoso contra o povo de
Deus no futuro.
Antíoco IV não foi assassinado nem morreu
em batalha. Sua morte em 164 a.C. resultou de uma doença física ou nervosa.
Para relatos variados sobre a sua morte, veja 1 Macabeus 6.1-16; 2Macabeus
9.1-28 (ambos são livros apócrifos).
apareceu-me
uma visão, a mim, Daniel,
depois
daquela que me apareceu no princípio.
Dn 8:2 E na
visão que tive,
parecia-me
que eu estava na cidadela de Susã,
na
província de Elão;
e
conforme a visão, eu estava junto ao rio Ulai.
Dn 8:3
Levantei os olhos, e olhei,
e
eis que estava em pé diante do rio um carneiro,
que
tinha dois chifres; e os dois chifres eram altos;
mas
um era mais alto do que o outro,
e
o mais alto subiu por último.
Dn 8:4 Vi que
o carneiro dava marradas para o ocidente,
e
para o norte e para o sul;
e
nenhum dos animais lhe podia resistir,
nem
havia quem pudesse livrar-se do seu poder;
ele,
porém, fazia conforme a sua vontade,
e
se engrandecia.
Dn 8:5 E,
estando eu considerando,
eis
que um bode vinha do ocidente sobre a face
de
toda a terra, mas sem tocar no chão;
e
aquele bode tinha um chifre notável entre os olhos.
Dn 8:6 E
dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres,
ao
qual eu tinha visto em pé diante do rio,
e
correu contra ele no furor da sua força.
Dn 8:7 Vi-o
chegar perto do carneiro;
e,
movido de cólera contra ele, o feriu,
e
lhe quebrou os dois chifres;
não
havia força no carneiro para lhe resistir,
e
o bode o lançou por terra, e o pisou aos pés;
também não
havia quem pudesse livrar o carneiro
do
seu poder.
Dn 8:8 O
bode, pois, se engrandeceu sobremaneira;
e
estando ele forte, aquele grande chifre foi quebrado,
e
no seu lugar outros quatro também notáveis
nasceram
para os quatro ventos do céu.
Dn 8:9 Ainda
de um deles saiu um chifre pequeno,
o
qual cresceu muito para o sul, e para o oriente,
e
para a terra formosa;
Dn
8:10 e se engrandeceu até o exército do céu;
e
lançou por terra algumas das estrelas
desse
exército, e as pisou.
Dn 8:11 Sim,
ele se engrandeceu até o príncipe do exército;
e
lhe tirou o holocausto contínuo,
e
o lugar do seu santuário foi deitado abaixo.
Dn 8:12 E o
exército lhe foi entregue,
juntamente
com o holocausto contínuo,
por
causa da transgressão;
lançou a
verdade por terra; e fez o que era do seu agrado,
e
prosperou.
Dn 8:13
Depois ouvi um santo que falava;
e
disse outro santo àquele que falava:
Até
quando durará a visão relativamente
ao
holocausto contínuo e à transgressão assoladora,
e
à entrega do santuário e do exército,
para
serem pisados?
Dn 8:14 Ele
me respondeu:
Até
duas mil e trezentas tardes e manhãs;
então
o santuário será purificado.
Dn 8:15
Havendo eu, Daniel, tido a visão, procurei entendê-la,
e
eis que se me apresentou como que
uma
semelhança de homem.
Dn 8:16 E
ouvi uma voz de homem entre as margens do Ulai,
a
qual gritou, e disse:
Gabriel,
faze que este homem entenda a visão.
Dn 8:17 Veio,
pois, perto de onde eu estava;
e
vindo ele, fiquei amedrontado,
e
caí com o rosto em terra.
Mas ele me
disse:
Entende,
filho do homem,
pois
esta visão se refere ao tempo do fim.
Dn 8:18 Ora,
enquanto ele falava comigo,
caí
num profundo sono, com o rosto em terra;
ele,
porém, me tocou, e me pôs em pé.
Dn 8:19 e
disse:
Eis
que te farei saber o que há de acontecer
no
último tempo da ira;
pois
isso pertence ao determinado tempo do fim.
Dn 8:20
Aquele carneiro que viste,
o
qual tinha dois chifres, são estes
os
reis da Média e da Pérsia.
Dn 8:21 Mas o
bode peludo é o rei da Grécia;
e
o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei.
Dn 8:22 O ter
sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele,
significa
que quatro reinos se levantarão da mesma nação,
porém
não com a força dele.
Dn 8:23 Mas,
no fim do reinado deles,
quando
os transgressores tiverem chegado ao cúmulo,
levantar-se-á
um rei, feroz de semblante
e
que entende enigmas.
Dn
8:24 Grande será o seu poder, mas não de si mesmo;
e
destruirá terrivelmente, e prosperará,
e
fará o que lhe aprouver;
e
destruirá os poderosos e o povo santo.
Dn
8:25 Pela sua sutileza fará prosperar o engano
na
sua mão; no seu coração se engrandecerá,
e
destruirá a muitos que vivem
em
segurança;
e
se levantará contra o príncipe dos príncipes;
mas
será quebrado sem intervir
mão
de homem.
Dn 8:26 E a
visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira.
Tu,
porém, cerra a visão, porque se refere
a
dias mui distantes.
Dn 8:27 E eu,
Daniel, desmaiei,
e
estive enfermo alguns dias;
então
me levantei e tratei dos negócios do rei.
E espantei-me
acerca da visão,
pois
não havia quem a entendesse.
No verso 26, Gabriel fala que a visão das
tardes e das manhãs que ele recebera era verdadeira, mas que deveria ser
selada, pois se referia a um futuro bem distante.
Conforme a BEG, o "selo" era
utilizado tanto para autenticar ou confirmar algo, como para fechar ou para
guardar em segurança algo confidencial ou sob custódia. O segundo sentido
parece ser o mais apropriado nesse contexto (6.17).
Literalmente, “[a visão] se refere a muitos
dias". Repare:
·
As
conquistas de Alexandre (333-323 a.C.) ocorreram quase dois séculos depois da
visão de Daniel (c. 550 a.C.).
·
Antíoco
IV reinou cerca de um século e meio depois de Alexandre (171-164 a.C.).
Daniel – vs. 27 -, ficou exausto e doente
por vários dias por causa da visão. Depois ele se levantou e voltou a cuidar dos
negócios do rei. Ele conclui o capítulo dizendo que ficou assustado com a visão
que estava muito além de sua humilde compreensão.
...