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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Isaías 66:1-24 - O SENHOR VEM E COM ELE A SALVAÇÃO E O JUÍZO!



Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui, no último capítulo do livro de Isaías, capítulo 66 e nas seguintes partes, nesse momento concluindo-as:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
D. O caminho de arrependimento e restauração que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração (56:1 – 66:24).
2. O arrependimento que leva à restauração (59:1-66:24).
b. Arrependimento e resposta 2 - 63:7-66:24.
Como já dissemos, a partir de 63:7 até 66:24 estamos vendo o arrependimento e a resposta 2 e assim, concluindo o livro de Isaías. Nesse ponto, Isaías está repetindo o padrão básico de arrependimento e lamento seguido pela garantia de Deus de que ele restauraria o seu povo.
(2) A resposta de julgamento e salvação vindos de Deus - 65:1-66:24 - continuação.
Como já dissemos, estamos finalizando essa parte (2) onde Isaías explica a maneira pela qual Deus responderia ao clamor por socorro vindo dos exilados arrependidos.
Ela foi dividida em duas partes principais: (a) Julgamento e salvação (65:1 – 66:17) – já iniciamos, mas concluiremos agora; e (b) O novo mundo de bênçãos (66:18-24) – veremos e concluiremos agora.
(a) Julgamento e salvação (65:1 – 66:17) – continuação.
Já falamos que de 65:1 a 66:17 estaremos vendo o profeta falando do julgamento e da salvação futuros. A grande promessa de Deus é a de libertar o seu povo e destruir todos, de qualquer parte do mundo, que se opuserem a ele.
Uma vez que o novo cosmos, em sua totalidade, é o templo de Deus, e a terra é parte desse templo cósmico (60:13), não há necessidade de um templo construído por homens na terra. Que casa poderia ser edificada pelos homens a Deus? Como poderíamos dar-lhe lugar de descanso?
Todas as coisas, inclusive os céus e a terra, foram feitas por ele mesmo e se não é ele, nenhuma delas pode subsistir, pois ele a criou e ele a sustenta com seu poder. Até o fôlego dos homens que lhe permite à vida é pertencente a Deus. No entanto, apesar disso tudo, de sua grandeza e de sua transcendência, ele diz que habita com o humilde e com o contrito de espírito que teme e que treme de sua palavra.
Essa terminologia do abatido e que treme é encontrada também em Ed 9:4; 10:13. Ela equivale aos adoradores de Deus que devem adorá-lo de verdade, ou seja "em espírito e em verdade" (Jo 4:24; Fp 2:12; I Jo 2:17).
Há um cuidado especial por parte de Deus para com os verdadeiros homens que o buscam e se incomodam com a sua situação atual de pecado em que vivem.
Nos vs. 3 e 4, o Senhor deixa claro que detesta expressões religiosas vazias, bem como o paganismo (1:11-14; 65:3-5) que apenas são caminhos do homem para tentar enganá-lo como se isso fosse mesmo possível.
Embora oferecessem bois, cordeiros e grãos, o sacrifício não era feito com um coração contrito. A escolha deles não era nunca, jamais, o Senhor , mas os seus próprios caminhos reprováveis.
O Senhor está falando aos que tremem da palavra de Deus para que prestem atenção a seus irmãos que os odeiam e que para longe os lançam por causa do nome do Senhor.
Mas é o Senhor -  vs. 6 – que dá o pago aos seus inimigos. Essa profecia contra os idólatras hipócritas em Israel e que perseguiam os servos de Deus encontrou cumprimento pelos séculos durante os quais Israel foi oprimido por poderes estrangeiros. A queda do templo em 70 d.C. (Mt 24:1-2) e a volta de Cristo também cumprem esse julgamento (II Ts 1:7-10).
No vs. 7, o nascimento de uma nova comunidade viria de maneira tão rápida e dramática que seria indolor (65:25). Muitos a aplicam essa passagem a restauração de Israel em 14/05/1948, quando se tornou novamente em estado reconhecido internacionalmente pela ONU.
Seria Deus quem faria nascer a nação. Como ele é o Senhor da história e das nações, ele é quem governa todas as coisas.
A ordem era para se regozijar com Jerusalém e se alegrar com ela e de fato, todos os que a amam se alegraram muito com ela sendo restaurada. O mesmo também se deu na época de Esdras e Neemias que fizeram com que ela, que se encontrava em ruínas, fosse reerguida para a glória de Deus.
Jerusalém é personificada como a mãe do povo de Deus (vs. 8,10) que traz em seus seios o alimento aos seus filhos, o cuidado e a proteção materna, bem assim suas consolações de forma que a vida flua renovando e fazendo crescer e se desenvolver os que dela se nutrem. A paz transbordará dela como um rio e os seus filhos, os verdadeiros adoradores e sua descendência (vs. 22), estarão diante do Senhor para sempre.
O Senhor compara o seu terno amor com o de uma mãe que está a consolar os seus filhos. Será em Jerusalém que eles, os filhos, serão consolados.
Ao ver isso os fiéis muito se alegrarão e se renovarão para uma nova e vívida esperança baseada na palavra do Senhor que os renovará, mas que será um terror para todos os seus inimigos – vs. 14.
O Senhor virá com fogo – vs 15. Luz e nuvens de tempestade, respectivamente (Dt 33:26; Sl 18:10; 63:18), sendo ambos símbolos comuns da vinda de Deus em julgamento (10:17-18; 29:6; 30:27-28; 64:1-3). Isaías orou para que Deus interviesse em tal julgamento e salvação (64:1-3).
Com fogo e com espada – o Senhor é o Guerreiro Divino (27:1; 31:8; 34:5; Ap 19:11-18) - virá o Senhor em juízo contra toda a carne - todos os homens, os falsos adoradores (veja o contraste com o vs. 23; veja também Jr 9:2) -, como um torvelinho, ou seja, com a rapidez e a truculência de uma tempestade (Jr 4:13).
Serão consumidos todos os que aborrecendo ao Senhor, escolhem os seus caminhos em práticas que o Senhor detesta.
(b) O novo mundo de bênçãos (66:18-24).
Agora, Isaías, nos últimos versículos falará do glorioso novo mundo. Isaías encerra o seu livro com uma profecia que descreve o clímax do julgamento e da salvação de Deus: os novos céus e a nova terra.
Somente Deus conhece as nossas obras e os nossos pensamentos a ponto de saber dos atos corretos e do verdadeiro espírito dos adoradores aceitáveis. Deus usa esses santos para evangelizar o mundo (vs. 19) e cumprir a palavra da pregação. Ele ainda ajuntará todas as nações e línguas para verem a sua glória e nele se alegrarem sobremaneira. (Zc 8:23; Ap 7:9).
Os atos de julgamento do Senhor serão sobre os falsos adoradores e a libertação concedida pertencerá aos verdadeiros adoradores. Os que sobreviverem à perseguição (vs. 5; Mt 24:9-14) levarão a glória de Deus às nações (vs. 18) e farão nascer o novo tempo (vs. 7-11). Quão formosos são os pés dos que anunciam as boas novas, que faz ouvir a salvação – Is 52:7; Rm 10:15; Ef 6:15.
As nações se submeterão ao Senhor e se alegrarão pelos seus atos poderosos. Elas levantarão a voz e cantarão com alegria, por causa da glória do Senhor - 24:14-16. Provavelmente os gentios – vs. 20 - trarão os israelitas dispersos de volta ao templo (43:5; 60:4,9, Rm 11:13) da mesma forma que os filhos de Israel traziam as suas ofertas em vasos limpos à casa do Senhor. Ou seja, os trarão salvos e libertos pela palavra da pregação do evangelho a todos os povos.
Alguns deles serão tomados para sacerdotes e levitas, diz o Senhor no vs. 21. O fato que em Cristo Jesus agora o sacerdócio é universal e aplicável a todos os crentes.
Is 66:1 Assim diz o Senhor:
O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés.
Que casa me edificaríeis vós?
e que lugar seria o do meu descanso?
Is 66:2 A minha mão fez todas essas coisas,
e assim todas elas vieram a existir, diz o Senhor;
mas eis para quem olharei:
para o humilde e contrito de espírito,
que treme da minha palavra.
Is 66:3 Quem mata um boi é como o que tira a vida a um homem;
quem sacrifica um cordeiro,
como o que quebra o pescoço a um cão;
quem oferece uma oblação,
como o que oferece sangue de porco;
quem queima incenso,
como o que bendiz a um ídolo.
Porquanto eles escolheram os seus próprios caminhos,
e tomam prazer nas suas abominações,
Is 66:4 também eu escolherei as suas aflições,
farei vir sobre eles aquilo que temiam;
porque quando clamei, ninguém respondeu;
quando falei, eles não escutaram,
mas fizeram o que era mau aos meus olhos,
e escolheram aquilo em que eu não tinha prazer.
Is 66:5 Ouvi a palavra do Senhor, os que tremeis da sua palavra:
Vossos irmãos, que vos odeiam e que para longe vos lançam
por causa do meu nome, disseram:
Seja glorificado o Senhor, para que vejamos a vossa alegria;
mas eles serão confundidos.
Is 66:6 uma voz de grande tumulto vem da cidade,
uma voz do templo, ei-la, a voz do Senhor,
que dá a recompensa aos seus inimigos.
Is 66:7 Antes que estivesse de parto, deu à luz;
antes que lhe viessem as dores, deu à luz um filho.
Is 66:8 Quem jamais ouviu tal coisa? quem viu coisas semelhantes?
Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia?
nasceria uma nação de uma só vez?
Mas logo que Sião esteve de parto, deu à luz seus filhos.
Is 66:9 Acaso farei eu abrir a madre, e não farei nascer?
diz o Senhor. Acaso eu que faço nascer, fecharei a madre?
diz o teu Deus.
Is 66:10 Regozijai-vos com Jerusalém, e alegrai-vos por ela,
vós todos os que a amais; enchei-vos por ela de alegria,
todos os que por ela pranteastes;
Is 66:11 para que mameis e vos farteis dos peitos
das suas consolações; para que sugueis,
e vos deleiteis com a abundância
da sua glória.
Is 66:12 Pois assim diz o Senhor:
Eis que estenderei sobre ela a paz como um rio,
e a glória das nações como um ribeiro que trasborda;
então mamareis, ao colo vos trarão,
e sobre os joelhos vos afagarão.
Is 66:13 Como alguém a quem consola sua mãe,
assim eu vos consolarei;
e em Jerusalém vós sereis consolados.
Is 66:14 Isso vereis e alegrar-se-á o vosso coração,
e os vossos ossos reverdecerão como a erva tenra;
então a mão do Senhor será notória aos seus servos,
e ele se indignará contra os seus inimigos.
Is 66:15 Pois, eis que o Senhor virá com fogo,
e os seus carros serão como o torvelinho,
para retribuir a sua ira com furor,
e a sua repreensão com chamas de fogo.
Is 66:16 Porque com fogo e com a sua espada entrará o Senhor
em juízo com toda a carne; e os que forem mortos
pelo Senhor serão muitos.
Is 66:17 Os que se santificam, e se purificam para entrar nos jardins
após uma deusa que está no meio,
os que comem da carne de porco, e da abominação,
e do rato, esses todos serão consumidos,
diz o Senhor.
Is 66:18 Pois eu conheço as suas obras e os seus pensamentos;
vem o dia em que ajuntarei todas as nações e línguas;
e elas virão, e verão a minha glória.
Is 66:19 Porei entre elas um sinal, e os que dali escaparem,
eu os enviarei às nações, a Társis, Pul, e Lude,
povos que atiram com o arco, a Tubal e Javã,
até as ilhas de mais longe, que não ouviram
a minha fama, nem viram a minha glória;
e eles anunciarão entre as nações a minha glória.
Is 66:20 E trarão todos os vossos irmãos, dentre todas as nações,
como oblação ao Senhor; sobre cavalos, e em carros,
e em liteiras, e sobre mulas, e sobre dromedários,
os trarão ao meu santo monte, a Jerusalém,
diz o Senhor,
como os filhos de Israel trazem as suas ofertas
em vasos limpos à casa do Senhor.
Is 66:21 E também deles tomarei alguns para sacerdotes
e para levitas, diz o Senhor.
Is 66:22 Pois, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer,
durarão diante de mim, diz o Senhor,
assim durará a vossa posteridade e o vosso nome.
Is 66:23 E acontecerá que desde uma lua nova até a outra,
e desde um sábado até o outro, virá toda a carne
a adorar perante mim, diz o Senhor.
Is 66:24 E sairão, e verão os cadáveres dos homens
que transgrediram contra mim;
porque o seu verme nunca morrerá,
nem o seu fogo se apagará;
e eles serão um horror para toda a carne.
O Senhor promete fazer novos céus e nova terra e assim, como é certo isso pois sua boca o disse, assim, dessa forma, ele diz que estarão diante dele a nossa posteridade e o nosso nome. Essa é uma promessa de continuidade do povo de Deus (65:18-19; Jr 31:35-36) que em Cristo é perpetuada na família divina – Jo 1:12. Nesse novo tempo, a adoração será universal a Deus nos momentos determinados por ele (Zc 14:16).
Já o vs 24, o último desse livro espetacular, é bastante aterrador, uma vez que surge a imagem dum campo onde os corpos impuros serão queimados tornando-se símbolo da punição e da angústia eternas (48:22; 57:20; Mc 9:47-48) onde o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo apagará.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Isaías 65:1-25 - DEUS CRIARÁ NOVOS CÉUS E NOVA TERRA.

Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui no capítulo 65 e nas seguintes partes:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
D. O caminho de arrependimento e restauração que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração (56:1 – 66:24).
2. O arrependimento que leva à restauração (59:1-66:24).
b. Arrependimento e resposta 2 - 63:7-66:24.
Como já dissemos, a partir de 63:7 até 66:24 estaremos vendo o arrependimento e a resposta 2 e assim, concluindo o livro de Isaías. Nesse ponto, Isaías está repetindo o padrão básico de arrependimento e lamento seguido pela garantia de Deus de que ele restauraria o seu povo.
(2) A resposta de julgamento e salvação vindos de Deus - 65:1-66:24.
Nós acabamos de ver – 63:7 a 64:12 - a última oração do profeta, que se constituiu num lamento modelar para levar os exilados ao arrependimento.
Agora, entraremos na parte (2) que ocupará os últimos capítulos de Isaías, que abrangerá os capítulos de 65:1 a 66:24. Veremos a resposta de julgamento e salvação vindos de Deus.
Isaías explica a maneira pela qual Deus responderia ao clamor por socorro vindo dos exilados arrependidos.
Dividiremos esses capítulos em duas partes principais: (a) Julgamento e salvação (65:1 – 66:17) e (b) O novo mundo de bênçãos (66:18-24).
(a) Julgamento e salvação (65:1 – 66:17)
Estamos finalmente chegando ao final desse livro espetacular, principalmente por causa de suas profecias feitas tão remotamente, mas como se estivessem sendo feitas à época dos fatos, sendo o profeta um dos que presenciaram o futuro e tinha um excelente dom de redação. Se na sua época ele tivesse uma máquina fotográfica, seria capaz de tirar fotos do futuro, de tão incríveis que são suas profecias.
Deste verso primeiro deste capítulo, até o 17, do próximo, veremos o profeta falando do julgamento e da salvação futuros. A grande promessa de Deus é a de libertar o seu povo e destruir todos, de qualquer parte do mundo, que se opusessem a ele.
Nos primeiros sete versos deste, veremos a resposta de Deus de que os rebeldes são rejeitados; depois do oito ao 16, de que são salvos o restante fiel.
Em contraste com 64:7, onde ninguém havia que invocasse o Senhor, Deus foi achado por quem por ele não buscavam, nem por ele perguntavam. Fora achado por um povo que não se chamava pelo seu nome.
Sem dúvidas, essa é uma referência aos gentios (42:1; 49:6; 52:15; 66:8). O ministério de Paulo cumpriu essa profecia (Rm 10:20). Aqueles que anteriormente não eram povo de Deus, são hoje a sua nação santa (I Pe 2:9-10).
A essa nação que não se chamava pelo seu nome ele disse: “Eis-me aqui.” – vs. 2. Foi ela ainda repetida duas vezes com o propósito de ênfase. É a  presença de Deus que garante a salvação.
Deus estendia o dia todo as suas mãos a um povo rebelde e contradizente. Diferentemente do povo (1:15) cujas mãos estavam repletas de sangue e a procura por Deus era falsa, o Senhor buscava com avidez e amor o seu povo para com ele ter um relacionamento sério, maduro e produtivo.
O desejo deles era de apenas andarem segundo os seus próprios caminhos e pensamentos – vs. 2 – e de contínuo apenas provocavam o Senhor diante de sua face. O ímpio não escondia os seus atos religiosos ofensivos: sacrificando em jardins (uma referência às religiões de fertilidade) e queimando incenso sobre tijolos (uma prática de adoração pagã talvez associada ao culto à Rainha dos Céus - cf. Jr 44.17-19 – em altares de tijolos. Literalmente "sobre tijolos". Os babilônios ofereciam incenso a "todo o exército dos céus" (Jr 19:13) sobre tijolos ou nos telhados.
O problema de Israel vem desde a época de Josué, de juízes quando cobiçaram tremendamente um rei para a nação deles, não por que isso estaria sendo algo errado, mas por que eles queriam ser como as outras nações. O erro deles não era a monarquia, mas a monarquia como as nações tinham os seus reis. Israel invejou as nações e queria ser parecida com elas, por isso que rejeitaram o Senhor e o seu reino.
Os babilônios ofereciam os seus incensos nos telhados e Israel queria fazer o mesmo, sempre imitando e aprendendo o que não era bom para praticarem e provocarem à ira o Deus de Israel.
Entre as sepulturas e junto aos lugares secretos, eles passavam a noite com o propósito de consultar os espíritos dos mortos (8:19; 29:4) e assim provocarem ainda mais a ira de Deus. Também se deleitavam com práticas proibidas na lei de Moisés, como comer carne de porco (66:3,17; Lv 11:7-8; Dt 14:8). Deus estava descontente com os sacrifícios coletivos que eles faziam.
O objetivo deles era demonstrar um conhecimento oculto e desenvolverem uma espécie de aparência de santidade. Esses idólatras, tal qual os fariseus da época de Jesus, consideravam-se melhores que os outros (veja Lc 18.9-14). Jesus chamou os fariseus de filhos do diabo (Jo 8:44) e esses do que deveriam ser chamados também? Deus estava sendo provocado e eles eram como fumaça em seu nariz, como um fogo que ardia o dia todo, metáforas da provocação da ira de Deus.
Assim como as cortes reais mantinham registro de crimes não punidos, do mesmo modo o livro celestial registra o pecado (cf. Êx 32:32; Ml 3:16). O Senhor não se calaria, mas pagaria – vs. 6 – aplicando neles o princípio da retribuição (Ob 15; Cl 6:7; I Pe 1:17; Ap 20:12-13; 22:12).
Não se engane os homens que pensam que podem fazer qualquer coisa sem que haja consequências de seus atos. As iniquidades deles, dos pais estavam sendo medidas e Deus estaria esperando o tempo certo da retribuição. Não há escape para os rebeldes: seriam eles rejeitados!
Quanto ao restante fiel, a história seria outra. Do verso 8 ao 16, veremos a promessa da bênção de Deus sobre os seus servos e a garantia de julgamento do apóstata.
No verso 8, o vinho representa os servos fiéis do Senhor e o cacho de uvas representa os israelitas apóstatas. Os servos, os remanescente (1:2) e os estrangeiros (veja 56:6), somente esses não seriam destruídos.
A descendência de Jacó é produzida e selecionada apenas dos remanescentes. A descendência de Jacó é literalmente a "semente", uma forma coletiva singular (cf. Jr 31:36). A profecia encontra o seu cumprimento no remanescente que voltou do exílio, mas Cristo, e os batizados nele, são o seu cumprimento final (Cl 3:16,26-29). Serão estes, os eleitos, que possuirão e herdarão o reino (14:25; 57:13; Ob 19-21).
Sarom – vs. 10 - um vale viçoso, localizado próximo ao mar Mediterrâneo e a oeste do monte Carmelo, é uma metáfora da transformação da criação do Senhor.
A escolha é feita por Deus, somente os remanescentes é que seriam salvos e abençoados, tudo parece apontar unicamente para cima e para a soberania de Deus, mas repare que o verso 10 diz que as bênçãos são para o seu povo que o buscou.
E quanto aos que não buscaram, nem se arrependeram, os rebeldes? O povo que era rebelde (vs. 1-7) em lugar da verdadeira adoração do Senhor (2:2), eles se submetiam aos deuses do destino: à Fortuna, a falsa deusa da boa sorte e ao Destino, o falso deus do destino.
Em consequência, seriam eles destinados à espada, à matança, pois que houve tempos em que o Senhor os chamou e falou, mas seus corações estavam ocupados demais com as coisas malignas, ou seja, com o que era mau aos seus olhos e a escolha deles era para aquilo que Deus não tinha prazer.
O Senhor fala no verso 13 de que faria então distinção entre eles, de forma que os seus servos iriam se satisfazer, mas os rebeldes iriam padecer a ponto de deixarem os seus nomes para maldição.
Os eleitos (vs. 9) usarão os nomes dos apóstatas como uma fórmula de maldição ao invocar julgamento sobre outros.
Para os vencedores, o prêmio da salvação de Deus da verdade, literalmente, o "Deus do amém" (cf. II Co 1:20; Ap 3:14). O Senhor se mostrará fiel à sua palavra. Até as angústias passadas estarão escondidas aos seus olhos.
Há tantas promessas de Deus em Isaías! Há tantas palavras de julgamento em Isaías! Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito está a dizer nas Sagradas Letras e se converta e se arrependa enquando ainda dá tempo.
Os novos céus e a nova terra.
Do verso 17 ao 25 deste capítulo, veremos os novos céus e a nova terra! É Deus quem cria todas as coisas, inclusive novos céus e nova terra. O novo ato de Deus é experimentado agora em suas bênçãos. (42:9; 43:18-19; 48:6; 60:19-22; II Pe 3:13; Ap 21:1).
Das coisas passadas, das adversidades e desgraças, jamais haverá novamente memória delas. Isso não significa um apagão geral com perda de identidade e do senso de pertencimento ao mundo, a Deus e ao tempo.
Deus colocou no coração dos homens a eternidade, mas estamos presos, momentaneamente, no tempo e no espaço, assim, mesmo sabendo de que um dia morreremos, sabemos de alguma forma que seremos ressuscitados por ele, para vivermos eternamente com ele. É muita glória que apenas sentimos seu frescor de bem longe, mas é só por uns instantes...
Os santos, os eleitos, os remanescentes, os que o buscam, devem celebrar agora a vinda da salvação (66:10) e se alegrarem perpetuamente, pois que ele cria para Jerusalém motivos de exultação e para o povo, motivos de grande gozo – vs 18. Isaías faz alusão à linguagem de Gn 1:1 para atrair a atenção para a renovação radical do mundo que acontecerá quanto a restauração do seu povo for completada (Rm 8:18-25).
Deus exultará em Jerusalém e se alegrará no seu povo e doravante nunca mais se ouvirá voz de choro, nem de clamor – vs. 19; Ap 21:4.
O fato de não haver mais ali nem crianças, nem velhos, trata-se apenas de declarações poéticas que expressam a vida sem fim que chegará no clímax da restauração após o exílio. Elas prometem uma vida significativa e abençoada para todos, em contraste com a doença e a morte prematura que resultaram da maldição de Deus (Dt 28:20-22).
Por isso que edificarão casas e as habitarão e plantarão vinhas e comerão dos seus frutos, o que hodiernamente nem sempre é uma garantia. Nem todos os que constroem, nem os que plantam são os que desfrutam, por causa do pecado, da presença do mal e da morte no mundo, decorrentes das maldições de Deus.
Como é triste edificar para outros habitarem e plantar para outros desfrutarem. Isso terá um fim uma vez que os dias de cada um de nós será como o das árvores e os seus escolhidos poderão gozar por longo tempo das obras de suas mãos – vs. 22.
Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, pois que serão a descendência bendita do Senhor. O oposto do julgamento de Deus sobre a existência humana (Gn 3:16-18). Tanto eles quanto seus descendentes serão abençoados pelo Senhor (cf. 61:9).
Is 65:1 Tornei-me acessível aos que não perguntavam por mim;
fui achado daqueles que não me buscavam.
A uma nação que não se chamava do meu nome eu disse:
Eis-me aqui, eis-me aqui.
Is 65:2 Estendi as minhas mãos o dia todo a um povo rebelde,
que anda por um caminho que não é bom,
após os seus próprios pensamentos;
Is 65:3 povo que de contínuo me provoca
diante da minha face, sacrificando em jardins
e queimando incenso sobre tijolos;
Is 65:4 que se assenta entre as sepulturas,
e passa as noites junto aos lugares secretos;
que come carne de porco,
 achando-se caldo de coisas abomináveis
nas suas vasilhas;
Is 65:5 e que dizem:
Retira-te, e não te chegues a mim,
porque sou mais santo do que tu.
Estes são fumaça no meu nariz, um fogo que arde o dia todo.
Is 65:6 Eis que está escrito diante de mim:
Não me calarei, mas eu pagarei, sim,
deitar-lhes-ei a recompensa no seu seio;
Is 65:7 as suas iniqüidades, e juntamente as iniqüidades
de seus pais, diz o Senhor,
os quais queimaram incenso nos montes,
e me afrontaram nos outeiros;
pelo que lhes tornarei a medir as suas obras
antigas no seu seio.
Is 65:8 Assim diz o Senhor:
Como quando se acha mosto num cacho de uvas, e se diz:
Não o desperdices, pois há bênção nele;
assim farei por amor de meus servos,
para que eu não os destrua a todos.
Is 65:9 E produzirei descendência a Jacó,
e a Judá um herdeiro dos meus montes;
e os meus escolhidos herdarão a terra
e os meus servos nela habitarão.
Is 65:10 E Sarom servirá de pasto de rebanhos,
e o vale de Acor de repouso de gado, para o meu povo,
que me buscou.
Is 65:11 Mas a vós, os que vos apartais do Senhor,
os que vos esqueceis do meu santo monte,
os que preparais uma mesa para a fortuna,
e que misturais vinho para o Destino
Is 65:12 também vos destinarei à espada,
e todos vos encurvareis à matança;
porque quando chamei, não respondestes;
quando falei, não ouvistes,
mas fizestes o que era mau aos meus olhos,
e escolhestes aquilo
em que eu não tinha prazer.
Is 65:13 Pelo que assim diz o Senhor Deus:
Eis que os meus servos comerão, mas vós padecereis fome;
eis que os meus servos beberão, mas vós tereis sede;
eis que os meus servos se alegrarão,
mas vós vos envergonhareis;
Is 65:14 eis que os meus servos cantarão pela alegria
de coração, mas vós chorareis pela tristeza
de coração, e uivareis pela angústia de espírito.
Is 65:15 E deixareis o vosso nome para maldição
aos meus escolhidos; e vos matará o Senhor Deus,
mas a seus servos chamará por outro nome.
Is 65:16 De sorte que aquele que se bendisser na terra será bendito
no Deus da verdade; e aquele que jurar na terra,
jurará pelo Deus da verdade;
porque já estão esquecidas as angústias passadas,
e estão escondidas dos meus olhos.
Is 65:17 Pois eis que eu crio novos céus e nova terra;
e não haverá lembrança das coisas passadas,
nem mais se recordarão:
Is 65:18 Mas alegrai-vos e regozijai-vos perpetuamente
no que eu crio; porque crio para Jerusalém
motivo de exultação e para o seu povo
motivo de gozo.
Is 65:19 E exultarei em Jerusalém, e folgarei no meu povo;
e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor.
Is 65:20 Não haverá mais nela criança de poucos dias,
nem velho que não tenha cumprido os seus dias;
porque o menino morrerá de cem anos;
mas o pecador de cem anos será amaldiçoado.
Is 65:21 E eles edificarão casas, e as habitarão;
e plantarão vinhas, e comerão o fruto delas.
Is 65:22 Não edificarão para que outros habitem;
não plantarão para que outros comam;
porque os dias do meu povo serão
como os dias da árvore,
e os meus escolhidos gozarão por longo tempo
das obras das suas mãos:
Is 65:23 Não trabalharão debalde, nem terão filhos para calamidade;
porque serão a descendência dos benditos do Senhor,
e os seus descendentes estarão com eles.
Is 65:24 E acontecerá que, antes de clamarem eles, eu responderei;
e estando eles ainda falando, eu os ouvirei.
Is 65:25 O lobo e o cordeiro juntos se apascentarão,
o leão comerá palha como o boi;
e pó será a comida da serpente.
Não farão mal nem dano algum
em todo o meu santo monte, diz o Senhor.
Assim, antes de clamarem e ainda estando eles falando, o Senhor já estaria vindo com a resposta e com a providência. Uma figura que significa que não haverá tempo para tristeza entre a oração e o louvor (30:19; 58:9). Hoje sofremos e padecemos em oração, muitas vezes sem entender porque o socorro tardou ou porque o Senhor não respondeu ou porque ainda fez outra coisa que não esperávamos. 
Nesse tempo, haverá paz na criação, paz para a comunidade redimida (11:6-9).  O pó será a comida da serpente, uma alusão a Gn 3:14. A maldição de Satanás será finalmente consumada. Nem mal nem dano algum se fará em todo santo monte. Significa ausência de toda desgraça e injúria para todo o sempre!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

DICA DO DIA - DEVOLUÇÃO DE 30% DO ICMS - Nota Fiscal Paulista - NFP

"Galera vou mandar uma noticia ótima p quem compra na net. Espalhem!


Se você tem costume de comprar em sites da internet (Americanas, Submarino, Shoptime, etc), e em outras empresas que tem sede em SP, certamente você deve ter um valor a RECEBER da Secretaria de Fazenda de lá.


O governo de SP criou um programa que DEVOLVE 30% do ICMS para incentivar consumidor pedir a nota fiscal. Como a maioria dessas empresas dos sites tem a sede em SP, quem compra tem direito.


Basta você entrar no site abaixo e fazer seu cadastro!


Já na primeira consulta você descobre se tem direito, após isso já tem suas compras cadastradas pelo CPF desde o primeiro semestre de 2007 e verifica o valor total do saldo a receber. 


Tendo crédito, basta fazer a transferência para sua conta bancária.
O site é:  www.nfp.fazenda.sp.gov.br.


O caminho é esse: Produtos e Serviços > Nota Fiscal Paulista: tem um link escrito "pessoa física cadastre aqui". 


Em SP tem isso e a sede de varias lojas eh la. Espalhem!


E verdade! Pra quem compra na net!!!!
Abraço!" 
(Dica do Gustavo - família Miranda, em BSB).

Isaías 64:1-12 - DEUS É O OLEIRO E NÓS O BARRO.

Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui no capítulo 64 e nas seguintes partes:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
D. O caminho de arrependimento e restauração que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração (56:1 – 66:24).
2. O arrependimento que leva à restauração (59:1-66:24).
b. Arrependimento e resposta 2 - 63:7-66:24.
Como já dissemos, a partir de 63:7 até 66:24 estaremos vendo o arrependimento e a resposta 2 e assim, concluindo o livro de Isaías. Nesse ponto, Isaías está repetindo o padrão básico de arrependimento e lamento seguido pela garantia de Deus de que ele restauraria o seu povo.
(1) Lamento e arrependimento - 63:7-64:12 - continuação.
Desde o verso 7, do capítulo anterior até ao final deste capítulo, estaremos vendo, em continuação, a última oração do profeta, que se constitui num lamento modelar para levar os exilados ao arrependimento.
Percebe-se no texto de Is 64 uma linguagem nostálgica com saudosas lembranças de um tempo que parece ter acabado por causa do momento pelo que passavam. O grande desejo era poder resgatar esse tempo.
No verso primeiro, ele parecesse referenciar ao dia da manifestação gloriosa de Deus no Sinai quando o escritor de Hebreus narrou sendo aquele dia um dia terrível em que os israelitas pediram e Deus se agradou que jamais ele se manifestasse daquela forma teofânica novamente – Hb 12:18-29.
O fogo é uma evidência da presença divina (Êx 19:18; Hb 12:18), especialmente no julgamento (Hb 12:29). O desejo da manifestação do Senhor ali, conforme o próprio verso bíblico, era para que Deus fizesse notório o seu nome entre os seus adversários de modo que à presença de Deus, as nações tremeriam.
Ele está se recordando e fazendo o povo refletir sobre o êxodo (Dt 10:21; Sl 66:3-6; 106:22) e sobre um Deus poderoso e imanente. Pelo fato de a humanidade depravada fabricar ídolos, surgem as proibições religiosas (Êx 20:3), mas as declarações teológicas não reconhecem outro deus verdadeiro além do Senhor (43:11; Dt 4:35).
Há nele o reconhecimento da soberania de Deus e de sua imanência a qual tanto o povo desejava. Ele conhecia o Senhor como aquele que opera a favor daqueles que nele esperam. Ou seja, no Senhor a nossa esperança jamais será perdida. No tempo certo, mesmo que tudo pareça contrário, Deus se manifestará ainda que de forma teofânica, se necessário.
Deus jamais iria desamparar aqueles que o buscam, que amam a sua justiça, que se lembram dos seus caminhos – vs. 5. Por isso que Deus mesmo sai ao encontro desses.
Ele procura fazer o povo reconhecer que o seu estado atual é devido ao seu pecado e a sua insistente permanência nele, apesar dos constantes avisos de Deus para abandonarem as transgressões e praticarem a justiça. A pergunta difícil para ele era se ainda haveria oportunidade para a salvação deles por causa disso tudo que estava ocorrendo – “acaso seremos salvos?” – vs. 5.
Há confissões de todo o tipo nesse momento. Confissão de rebelião (53.6) e de impureza (Lv 13.45; Ag 2.13-14). O profeta procurava levá-los a sentirem o peso do pecado. Isaías ora, mas fala em nome do povo e no seu lugar intercede. Estavam se achando imundos, ou seja, não se encontravam numa situação adequada para receber a presença de Deus, embora a desejassem muito.
Até as suas justiças eles a tinham como um trapo da imundícia. O termo é singular. Algumas versões antigas entendiam a expressão como uma referência aos panos manchados pelo sangue da menstruação. Se for esse o caso, é um paralelo correto para o termo "imundo" (Lv 15:19-24; Ez 36:17).
Em consequência disso, eles se sentiam murchos como as folhas e as suas iniquidades então seriam como um vento que os arrebatavam para uma situação ainda pior e mais merecedora do juízo divino, do justo julgamento de Deus (1:30; 40:7,24).
Estando assim, como invocariam a Deus? Como se depertariam e como fariam para deterem a fúria de Deus? O fato de Deus esconder o seu rosto deles, mais fazia eles serem consumidos por causa de suas iniquidades – vs. 7. Era um ciclo vicioso: o pecado os afastava de Deus e quanto mais afastados, mais pecavam.
Depois da confissão, o pedido de socorro, como de um filho perdido ao seu Pai pedindo ajuda e socorro. Deus é o nosso Pai tanto por criação, como, agora, em Cristo Jesus, por adoção. Eles pediam a ele e novamente levantavam a figura do Deus soberano onde eles seriam o barro e Deus o oleiro. Eles reconheciam que a vida deles era pura graça e misericórdia de Deus criador e sustentador de toda a vida nessa terra.
O pedido deles, no verso 9, era para Deus não se enfurecer tanto (com base na promessa de 54:7-8), a ponto de esquecê-los perpetuamente por causa da iniquidade deles (com base na promessa de 43:25). Eles pediam e faziam Deus se lembrar que eles eram o seu povo.
As cidades santas, faladas neste capítulo, como cidades de Deus, se tornaram em deserto – “Sião está feita um ermo, Jerusalém uma desolação” – vs. 10. Eles se lembravam do templo que já não mais existia e que neles os seus pais o louvavam. Já havia se passado pelo menos uma geração entre esses que falavam e a queda do templo em 586 a. Todos os lugares aprazíveis tinham se tornado em ruínas – vs. 11.
Is 64:1 Oh! se fendesses os céus, e descesses,
                e os montes tremessem à tua presença,
                               Is 64:2 como quando o fogo pega em acendalhas,
                                               e o fogo faz ferver a água, para fazeres notório
                                                               o teu nome aos teus adversários,
                                               de sorte que à tua presença tremam as nações!
                Is 64:3 Quando fazias coisas terríveis, que não esperávamos,
                               descias, e os montes tremiam à tua presença.
                Is 64:4 Porque desde a antigüidade não se ouviu,
                               nem com ouvidos se percebeu,
                               nem com os olhos se viu um Deus além de ti,
                                               que opera a favor daquele que por ele espera.
                Is 64:5 Tu sais ao encontro daquele que,
                               com alegria, pratica a justiça,
                                               daqueles que se lembram de ti nos teus caminhos.
                               Eis que te iraste, porque pecamos;
                                               há muito tempo temos estado em pecados;
                                                               acaso seremos salvos?
                Is 64:6 Pois todos nós somos como o imundo,
                               e todas as nossas justiças como trapo da imundícia;
                               e todos nós murchamos como a folha,
                               e as nossas iniqüidades, como o vento, nos arrebatam.
                Is 64:7 E não há quem invoque o teu nome, que desperte, e te detenha;
                               pois escondeste de nós o teu rosto e nos consumiste,
                                               por causa das nossas iniqüidades.
                Is 64:8 Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai;
                               nós somos o barro, e tu o nosso oleiro;
                                               e todos nós obra das tuas mãos.
                Is 64:9 Não te agastes tanto, ó Senhor,
                               nem perpetuamente te lembres da iniqüidade;
                                               olha, pois, nós te pedimos,
                                                               todos nós somos o teu povo.
                Is 64:10 As tuas santas cidades se tornaram em deserto,
                               Sião está feita um ermo, Jerusalém uma desolação.
                Is 64:11 A nossa santa e gloriosa casa,
                               em que te louvavam nossos pais, foi queimada a fogo;
                                               e todos os nossos lugares aprazíveis
                                                               se tornaram em ruínas.
                Is 64:12 Acaso conter-te-ás tu ainda sobre estas calamidades,
                               ó Senhor? ficarás calado, e nos afligirás tanto?
O capítulo termina com um lamento e uma provocação a Deus. Havia neles o reconhecimento de que a situação somente poderia mudar se Deus agisse e por isso procuravam de todos os meios como que despertá-lo a favor deles.
No entanto, não era Deus quem dormia, mas eles que se encontravam bêbados do sono do pecado e da rejeição ao conhecimento de Deus.
Isaías sabia disso e sofria, mas lutava em oração pelo povo de Deus. Ele também sabia quem era o seu Deus e o quão graciosos e misericordioso ele era.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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