Estamos
no penúltimo capítulo de Esdras, na segunda parte onde Esdras deu continuidade
aos trabalhos dos primeiros exilados que regressaram.
Parte
II – O REGRESSO DE ESDRAS E A RECONSTRUÇÃO DO POVO DE DEUS COMO NAÇÃO – 7:1 –
10:44.
B. A reconstrução
do Povo de Deus como nação – 9:1 a 10:44.
A
reconstrução do Povo de Deus como nação, ou seja, dos remanescentes do
pós-exílio ou da nova nação unificada de Israel. Primeiro Esdras se preocupou
com a questão física do templo e agora era a hora de tratar da purificação dos
judeus que haviam regressado.
Também
dividimos essa parte “B”, para melhor compreensão assunto em duas outras
partes. 1. A reação de Esdras aos casamentos mistos – 9:1-15. 2 A reação do
povo a Esdras – 10:1-44.
1. A reação de
Esdras aos casamentos mistos – 9:1-15.
Esdras
ficou sabendo que a maioria dos judeus que regressaram havia se casado com
mulheres de fora do povo de Israel e havia adotado suas práticas religiosas. A reação
de Esdras a essa corrupção da comunidade é enérgica.
Poderemos
perceber na narrativa uma sequência lógica do texto. Primeiro ele recebe a
notícia trágica – vs 1 e 2. Segundo, ele reage a isso e se entristece muito –
vs 3 e 4. Terceiro, ele toma a atitude de buscar ao Senhor e confessar a ele os
pecados de toda a nação – vs 5 ao 15.
No
vs 1, ele diz que acabadas, pois, estas coisas, quatro meses e meio depois da sua
chegada - cf. 8.31; 10.9 - os seus príncipes vieram a ele com uma grave notícia
relacionada aos seus relacionamentos amorosos.
Esdras
havia voltado a Jerusalém como governador e também para ensinar a lei, e,
talvez em resposta ao seu ensino, os líderes o colocaram a par de um pecado que
vinha sendo tolerado há algum tempo a qual era a mistura das raças, mas não se
tratava de algum problema étnico, mas sim religioso, como os versículos
subsequentes indicam (vs. 10-12, confirmados pelo Novo Testamento - I Co 7:39).
Dos
povos relacionados no vs 1, na época de Esdras, somente haviam os amonitas, os
moabitas e os egípcios. Os outros povos citados, cananeus, heteus, ferezeus e
jebuzeus habitavam a Terra Prometida no tempo da conquista. As proibições aos casamentos mistos são
encontrados nos textos bíblicos de Ex 34:10-16; Dt 7:1-4).
Como
já deve ter ficado claro, o problema não era étnico, mas religioso. Podemos nos
misturar a outras raças e culturas, mas o fator das outras religiões pode se constituir
em grande laço tanto ao homem quanto às mulheres, tanto aos mais simples,
quanto aos príncipes e magistrados – vs 2.
A
primeira reação de Esdras aos pecados do povo foi se entristecer e lamentar
pelos judeus. Ele rasga as suas vestes e
o seu manto o qual era uma maneira típica de expressar tristeza profunda – II Sm
13:19 – também foi ao extremo de sua indignação ao arrancar os cabelos da sua cabeça
e também de sua barba – essa expressão de tristeza somente aparece aqui nessa
passagem, em toda a Bíblia. Mais para frente, é curiosos observar que Neemias enfrentará
o mesmo problema, mas em vez de arrancar seus próprios cabelos, arrancará os
cabelos dos seus transgressores - Ne 13:.25.
Em
todo lugar há os remanescentes... aqui há um grupo que não havia se casado com
gente de outras nações se juntou a Esdras em sua dor. Esses judeus haviam
temido ao Senhor e guardado sua lei - Is 66:2. Com ele ficaram – vs 4 – até o sacrifício
da tarde, o qual era realizado por volta das três horas da tarde. Este era um
período não apenas de sacrifício, mas também de oração - Sl 141:2 “Suba a minha oração perante a tua face como
incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde.”.
De
uma tristeza profunda e reflexiva, vem um pedido intercessório de perdão – vs 5
ao 15 - para ele e toda a nação que estava apenas recomeçando e não poderia ser
assim.
Ajoelhado
(humildade) e de mãos estendidas (petição) – vs 5 -, Esdras se derrama como a
cera diante do sol da presença do Senhor.
Aquele
valente e ousado Esdras que teve vergonha de pedir a Artaxerxes proteção para a
viagens de volta – 8:22 - agora, experimenta um outro tipo de vergonha associada
à culpa resultante do pecado. As iniquidades se multiplicaram acima da nossa
cabeça e a nossa culpa cresceu até aos céus, dizia ele em confissão.
Há
uma progressão em sua fala quando primeiro fala de "iniquidade" (a
transgressão da lei) e depois da "culpa" (a condição e os sentimentos
resultantes) que também pode ser comparada, primeiro com o fato de ser "sobre
a nossa cabeça" e depois de ir "até aos céus".
Percebe-se
no texto que Esdras estava profundamente consciente da culpa do povo diante de
Deus. Observe também a mudança repentina de "eu" para "nós"
– “Meu Deus”, “Estou...”, “... porque as nossas”, “...e a nossa culpa...”,
dentro do mesmo parágrafo.
Apesar
de Esdras não ser pessoalmente culpado do pecado específico em questão, ele se
identificou com o povo em seu pecado, como o fez Neemias com referência à usura
– Ne 5:1-13 -, como fez Daniel 9:4-19, e, como faria o servo sofredor – o Messias
- que estava por vir - Is 53:12; II Co 5:21.
A
condição dos judeus que haviam regressado como beneficiários do favor de Deus
estava em risco. A justiça exigia o extermínio total do povo de Deus, - mas a
graça preservou um remanescente. Por meio desse remanescente, o Messias viria e
a redenção seria realizada (Is 1.9;10.20-22).
Assim
como havia sido destruído no passado devido à infidelidade do povo à aliança, o
templo podia ser destruído novamente em decorrência de uma infidelidade pactual
semelhante. No entanto, ali estava o templo que iria receber o Messias e
depois, sim, seria destruído, como profetizado e anunciado pelo próprio Senhor
em sua primeira vinda.
Nunca
foram fieis à aliança ao Senhor, apesar da possibilidade da obediência, por
isso até ao dia de hoje permanecem sem nada do que os levou a ser a nação que
trouxe o Messias ao mundo.
Lamentavelmente,
serão enganados por um falso messias aos quais lhe darão crédito para sua
própria ruina e destruição final. Talvez o próprio templo seja reerguido, mas
somente para as profecias se cumprirem e trazerem pela segunda vez o Messias que
veio e que disse que voltaria.
A
graça de Deus – vs 8 – se manifestou a eles, aos remanescentes e Esdras alude a
isso reivindicando estabilidade (como se fosse mesmo uma estaca, daquelas que
se usavam para fixar as tendas – Is 54:2 – ou para pendurar objetos – Is 22:23)
para assim alumiar os seus olhos – a esperança.
Apesar
de ter sido restaurado à sua terra, o povo de Deus não era politicamente
independente – eles eram servos, vs 9 -, como havia sido durante a monarquia. Mesmo
sendo servos, não desamparou Deus a eles, antes foi misericordioso e favorável
a eles perante os reis da Pérsia. A palavra traduzida como
"desamparou" é o mesmo termo traduzido como "deixamos" no v.
10 e em outros versículos (p. ex., 2Cr 29.6).
A
promessa de Deus de não desamparar a nação era, como todas as bênçãos
tipológicas da aliança mosaica, de ordem condicional – vs 10.5. Se Israel
abandonasse a Deus e a aliança, mostrando-se negligente à lei, perderia o
direito às bênçãos e experimentaria as maldições (Dt 28:20; 29:24-25; 31:16-17).
Por
fim, Deus desertou a nação para executar a sua justiça sobre Israel e para
prefigurar o que acontecerá no dia do julgamento com todos os que se
encontrarem diante de Deus com base em sua própria observância da lei.
Esdras
estava apavorado – vs 10 – pois a nação havia se afastado de modo tão evidente
dos mandamentos de Deus que as maldições da aliança poderiam sobrevir ao povo a
qualquer momento.
Os
versos 11 e 12 são um resumo da teologia da separação encontrada em vários
outros textos – Lv 18:25; Dt 4:5; 7:3; 18:9; 27:23; II Re 21:16 – que enfatiza,
como já dissemos não aspectos étnicos, mas religiosos. Casamentos mistos
poderiam resultar no abandono da adoração ao Deus vivo. Quem primeiro falou do
assunto foi Moisés – Dt 7:1-3 -, mas outros profetas também reiteraram essa
ideia em suas pregações – Mt 2:11,12; 9:13,14.
Ed
9:1 Acabadas, pois, estas coisas, chegaram-se a mim os príncipes, dizendo:
O povo de Israel, os sacerdotes
e os levitas,
não se têm
separado dos povos destas terras,
seguindo
as abominações dos cananeus, dos heteus,
dos
perizeus, dos jebuseus, dos amonitas, dos
moabitas,
dos egípcios, e dos amorreus.
Ed 9:2 Porque tomaram das suas
filhas para si e para seus filhos,
e assim se
misturou a linhagem santa com os povos dessas
terras;
e até os príncipes e magistrados foram os
primeiros
nesta transgressão.
Ed 9:3 E, ouvindo eu tal coisa,
rasguei as minhas vestes
e o meu manto, e
arranquei os cabelos da minha cabeça
e
da minha barba, e sentei-me atônito.
Ed 9:4 Então se ajuntaram a mim
todos os que tremiam das palavras
do Deus de Israel
por causa da transgressão
dos
do cativeiro; porém eu permaneci sentado
atônito
até ao sacrifício da tarde.
Ed 9:5 E perto do sacrifício da
tarde me levantei da minha aflição,
havendo já
rasgado as minhas vestes e o meu manto, e me pus
de
joelhos, e estendi as minhas mãos
para
o SENHOR meu Deus;
Ed 9:6 E disse:
Meu Deus! Estou
confuso e envergonhado, para levantar a ti
a minha face, meu
Deus; porque as nossas iniquidades
se multiplicaram
sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem
crescido
até aos céus.
Ed 9:7 Desde os dias de nossos
pais até ao dia de hoje
estamos em grande
culpa, e por causa das nossas iniquidades
somos entregues,
nós e nossos reis e os nossos sacerdotes,
na
mão dos reis das terras, à espada, ao cativeiro,
e
ao roubo, e à confusão do rosto, como hoje se vê.
Ed 9:8 E agora, por um pequeno
momento, se manifestou a graça da
parte do SENHOR,
nosso Deus, para nos deixar alguns que
escapem, e para
dar-nos uma estaca no seu santo lugar;
para
nos iluminar os olhos, ó Deus nosso,
e para nos dar um
pouco de vida na nossa servidão.
Ed 9:9 Porque somos servos;
porém na nossa servidão não nos
desamparou o
nosso Deus; antes estendeu sobre nós a sua
benignidade
perante os reis da Pérsia,
para
que nos desse vida,
para levantarmos
a casa do nosso Deus, e para restaurarmos
as
suas assolações; e para que nos desse uma parede
de
proteção em Judá e em Jerusalém.
Ed 9:10 Agora, pois, ó nosso
Deus, que diremos depois disto?
Pois deixamos os
teus mandamentos,
Ed 9:11 Os quais mandaste pelo
ministério de teus servos, os profetas,
dizendo: A terra
em que entrais para a possuir, terra imunda
é
pelas imundícias dos povos das terras, pelas suas abominações com que,
na sua corrupção
a
encheram, de uma extremidade à outra.
Ed 9:12 Agora, pois, vossas
filhas não dareis a seus filhos,
e suas filhas não
tomareis para vossos filhos,
e
nunca procurareis a sua paz e o seu bem;
para
que sejais fortes, e comais o bem da terra,
e
a deixeis por herança a vossos filhos para sempre.
Ed 9:13 E depois de tudo o que
nos tem sucedido por causa das nossas
más obras, e da
nossa grande culpa, porquanto tu,
ó
nosso Deus, impediste que fôssemos destruídos,
por
causa da nossa iniquidade,
e
ainda nos deste um remanescente como este.
Ed 9:14 Tornaremos, pois, agora
a violar os teus mandamentos
e a aparentar-nos
com os povos destas abominações?
Não te indignarias
tu assim contra nós até de todo nos
consumir,
até que não ficasse remanescente
nem
quem escapasse?
Ed 9:15 Ah! SENHOR Deus de
Israel, justo és, pois ficamos
qual um
remanescente que escapou, como hoje se vê;
eis
que estamos diante de ti, na nossa culpa,
porque
ninguém há que possa estar
na
tua presença, por causa disto.
O
exílio, como já falamos, foi uma execução da justiça divina e a restauração do
povo de Deus, com os remanescentes, se deu com base na sua graça e na promessa
da aliança abraâmica – Dt 4:25 a 31.
O
temor de Esdras, e estava ele certo em seu modo de pensar, era que a
transgressão presente da aliança pudesse resultar em um julgamento definitivo
do povo de Deus. De fato, o julgamento novamente aconteceu destruindo toda a nação
– Lc 20:9-19; Hb 8:13 -, mesmo assim, ainda houve um outro remanescente
escolhido pela graça soberana de Deus – Rm 11:1-5.
Esdras,
no verso 15, parece cansado e desanimado, sabendo que a justiça viria sobre
eles apesar de tudo, por isso que não se nota nele nenhuma esperança. Ele não
pede perdão nem restauração, pois já crê piamente que a justiça prevalecerá e o
juízo de Deus será inevitável. No entanto, como bem salienta a BEG, “onde
abundou o pecado, superabundou a graça” – Rm 5:20.
Se você crê na oração, então se junte a nós em nossa campanha de oração!
Eu acredito na oração! Sabe por quê? Por que Deus controla todas as coisas e tudo está em seu controle! Quando ele nos leva à oração, é porque ele quer nos conceder um privilégio fantástico de participar com ele da regência e do governo de todas as coisas, conosco! Por isso que entendo que isso é um privilégio! Não podemos orar de nós mesmos, nem carne alguma é chamada a oração, mas respondemos ao chamado de Deus pela fé nele, pelo Espírito Santo que nos move a orar! Simples assim! Ele nos quer abençoar e nos levanta para orar. Não fique de fora dessa grande oportunidade!
Agora,
estamos na segunda parte onde Esdras deu continuidade aos trabalhos dos
primeiros exilados que regressaram.
Parte II – O REGRESSO DE ESDRAS E A
RECONSTRUÇÃO DO POVO DE DEUS COMO NAÇÃO – 7:1 – 10:44.
A.
O regresso de Esdras – 7:1 a 8:36.
Como
já vimos, dividimos essa segunda parte em duas outras partes.
A.O
regresso de Esdras – 7:1 a 8:36 – iremos concluir agora.
B.A
reconstrução do Povo de Deus como nação (os remanescentes do pós-exílio ou da
nova nação unificada de Israel) – 9:1 a 10:44.
A. O regresso de
Esdras – 7:1 a 8:36 - continuação.
Também
dividimos essa parte “A”, para melhor compreensão assunto em cinco outras
partes.
1.A
apresentação de Esdras – 7:1-10 – já vista.
2.A
comissão de Esdras – 7:11 – 26 – já vista.
3.A
doxologia de Esdras – 7:27 – 28 – já vista.
4.Os
companheiros de Esdras – 8:1-14 – veremos agora.
5.A
chegada de Esdras – 8:15-36 – veremos e concluiremos agora.
4. Os companheiros de
Esdras – 8:1-14
Nem
todos os exilados regressaram em resposta ao decreto de Ciro, em 538 a.C. Um
segundo grupo bem menor acompanhou Esdras cerca de oitenta anos depois da volta
dos primeiros judeus.
5. A chegada de
Esdras – 8:15-36.
Esdras
se recorda dos seus preparativos, da viagem e da chegada em Jerusalém.
Esdras
não achou nenhum dos filhos de Levi – vs. 15 – quando ajuntou o povo por três
dias perto do rio que corre para Aava (cidade desconhecida). Sua intenção era
ter mais levitas:
üPara
o serviço no templo.
üPara
serviços gerais – vs. 17.
üPara
os serviços de realização dos sacrifícios –vs. 35.
üPara
fazerem parte de uma caravana para a Terra Prometida, como aconteceu no êxodo
do Egito e no primeiro retorno da Babilônia.
Por
isso que, nos versos 16 e 17, ele envia um grupo de homens influentes, sábios,
para que talvez pudessem persuadir alguns levitas a voltarem com ele.
Ele
os enviou a Ido, chefe em Casifia. Diz-nos a BEG, que não se sabe ao certo a
sua localização, mas talvez se tratasse de Ctsifon, junto ao rio Tigre, no
norte da Babilônia (literalmente, “Casifia o lugar”). Uma vez que “o lugar” –
Dt 12:5; Jr 7:2,3 - se referia a um lugar santo, ao que parece Casifia era o
local de um santuário.
A
sua esperança era encontrar ali os levitas de que tanto precisava. Seu propósito
logrou grande êxito e pode dali voltar com 38 levitas, 3 líderes levíticos
importantes e 220 servos do templo. Esdras confiava tanto em Deus e nas suas
orações, que Deus o usava – ele tinha ententido que tudo isso se devia a
generosa mão de Deus.
Assim
como o Senhor moveu o coração:
üDe
Ciro – 1:1.
üDos
primeiros judeus que regressaram – 1:5.
üDe
Artaxerxes – 7:27.
Também,
o mesmo Senhor, moveu esses levitas para aceitarem o seu chamado, o que o legitimou
nas suas ações.
Esdras
entendia como ninguém que o seu sucesso se devia ao controle providencial de
Deus!
Em
função de sua pregação e testemunho diante do rei afirmando que Deus era com os
que o buscam para o bem deles e que a sua força e ira era contra todos os que o
abandonam, Esdras se sentiu totalmente constrangido diante do rei em lhe pedir
apoio militar na sua jornada.
O
perigo era muito real e o desafio enorme. O fracasso ali seria muito cruel para
toda a nação e propósitos. Em função disso, esse líder fantástico, colocou todo
o seu povo em humilhação e em jejum para pedirem a Deus uma jornada feliz para
todos eles. O propósito do jejum era, humilhando-se, fazer um pedido a Deus –
II Cr 20:3 (Então Jeosafá temeu, e pôs-se
a buscar o SENHOR, e apregoou jejum em todo o Judá.).
O
verso 23 é fantástico: jejuamos, pedimos a Deus e ele nos atendeu! Simples
assim!
Depois,
separou ele doze dos principais (12 sacerdotes e 12 12 levitas – vs. 35),
homens fieis e que guardariam a importância das contribuições – uma quantia
enorme, vs. 26 – até que fossem pesados na presença dos principais sacerdotes,
e dos levitas nas câmaras da Casa do Senhor – vs. 29.
De
onde vieram tantas contribuições? Os reis persas eram conhecidos por sua grande
riqueza e generosidade para com as religiões dos povos sob seu domínio e também
nesses tempos já haviam famílias bem abastadas na Babilônia.
A
recomendação a eles - os que estavam guardando e vigiando esse tesouro - está
nos vs. 28, 29 de que santos seriam ao Senhor.
A
santidade
üÉ
um atributo do Senhor – Lv 19:2 – e, por extensão, de qualquer pessoa ou coisa
consagrada a ele, especialmente:
·Dos
sacerdotes – Lv 21:6.
·Dos
levitas – Nm 3:11-13 (aqui o verbo “tomar”, no sentido de “separar”, significa,
literalmente “santificar”).
·Dos
utensílios do templo – Ex 30:22-29.
A
preocupação de Esdras, e por isso a ordem rígida sobre o assunto, era que o
contato entre o santo e o profano poderia ter consequências trágicas.
Partiram
dali, do rio Aava, no dia 12/01, em direção à Jerusalém e novamente a boa mão
do Senhor os conduziu livrando eles dos inimigos e dos que armavam ciladas no
caminho.
Ed
8:1 Estes, pois, são os chefes das casas paternas
e esta a genealogia dos que
subiram comigo de Babilônia
no reinado do rei
Artaxerxes:
Ed 8:2 Dos filhos de Finéias,
Gérson; dos filhos de Itamar, Daniel;
dos filhos de
Davi, Hatus; Ed 8:3 Dos filhos de Secanias,
e dos filhos de
Parós, Zacarias,
e
com ele, segundo a genealogia, se contaram
até
cento e cinqüenta homens.
Ed 8:4 Dos filhos de
Paate-Moabe, Elioenai, filho de Zacarias,
e com ele
duzentos homens.
Ed 8:5 Dos filhos de Secanias, o
filho de Jeaziel,
e com ele
trezentos homens.
Ed 8:6 E dos filhos de Adim,
Ebede, filho de Jônatas,
e com ele
cinqüenta homens.
Ed 8:7 E dos filhos de Elão,
Jesaías, filho de Atalias,
e com ele setenta
homens.
Ed 8:8 E dos filhos de Sefatias,
Zebadias, filho de Micael,
e com ele oitenta
homens.
Ed 8:9 Dos filhos de Joabe,
Obadias, filho de Jeiel,
e com ele
duzentos e dezoito homens.
Ed 8:10 E dos filhos de
Selomite, o filho de Josifias,
e com ele cento e
sessenta homens.
Ed 8:11 E dos filhos de Bebai,
Zacarias, o filho de Bebai,
e com ele vinte e
oito homens.
Ed 8:12 E dos filhos de Azgade,
Joanã, o filho de Hacatã,
e com ele cento e
dez homens.
Ed 8:13 E dos últimos filhos de
Adonicão, cujos nomes eram estes:
Elifelete, Jeiel
e Semaías, e com eles sessenta homens.
Ed 8:14 E dos filhos de Bigvai,
Utai e Zabude,
e com eles
setenta homens.
Ed
8:15 E ajuntei-os perto do rio que vai a Aava,
e ficamos ali acampados três
dias. Então atentei para o povo e para os
sacerdotes, e não
achei ali nenhum dos filhos de Levi.
Ed 8:16 Enviei, pois, Eliezer,
Ariel, Semaías, Elnatã, Jaribe, Elnatã,
Natã, Zacarias e
Mesulão, os chefes; como também a
Joiaribe,
e a Elnatã, que eram entendidos.
Ed 8:17 E enviei-os com mandado
a Ido, chefe em Casifia;
e falei a eles o
que deveriam dizer a Ido e aos seus irmãos,
servidores
do templo, em Casifia, que nos
trouxessem
ministros para a casa do nosso Deus.
Ed 8:18 E trouxeram-nos, segundo
a boa mão de Deus sobre nós,
um homem
entendido, dos filhos de Mali, filho de Levi, filho
de
Israel, a saber: Serebias, com os seus filhos
e
irmãos, dezoito;
Ed 8:19 E a Hasabias, e com ele
Jesaías, dos filhos de Merari,
com seus irmãos e
os filhos deles, vinte;
Ed 8:20 E dos servidores do
templo que Davi
e os príncipes
deram para o ministério dos levitas,
duzentos
e vinte servidores do templo;
que
foram todos mencionados por seus nomes.
Ed
8:21 Então apregoei ali um jejum junto ao rio Aava,
para nos humilharmos diante da
face de nosso Deus,
para lhe pedirmos
caminho seguro para nós,
para
nossos filhos e para todos os nossos bens.
Ed 8:22 Porque tive vergonha de
pedir ao rei, exército e cavaleiros
para nos
defenderem do inimigo pelo caminho;
porquanto
tínhamos falado ao rei, dizendo:
A mão do nosso
Deus é sobre todos os que o buscam,
para
o bem deles; mas o seu poder
e a sua ira
contra todos os que o deixam.
Ed 8:23 Nós, pois, jejuamos, e
pedimos isto ao nosso Deus,
e moveu-se pelas
nossas orações.
Ed
8:24 Então separei doze dos chefes dos sacerdotes:
Serebias, Hasabias, e com eles
dez dos seus irmãos.
Ed 8:25 E pesei-lhes a prata, o
ouro e os vasos;
que eram a oferta
para a casa de nosso Deus, que ofereceram
o
rei, os seus conselheiros, os seus príncipes e todo o
Israel
que ali se achou.
Ed 8:26 E pesei em suas mãos
seiscentos e cinqüenta talentos
de prata, e em
vasos de prata cem talentos, e cem talentos
de
ouro, Ed 8:27 E vinte bacias de ouro, de mil
dracmas,
e dois vasos de bom metal lustroso,
tão
precioso como ouro.
Ed 8:28 E disse-lhes:
Vós sois santos
ao SENHOR, e são santos estes utensílios,
como também esta
prata e este ouro, oferta voluntária,
oferecida
ao SENHOR Deus de vossos pais.
Ed 8:29 Vigiai, pois, e
guardai-os até que os peseis na presença
dos chefes dos
sacerdotes e dos levitas, e dos chefes dos pais
de
Israel, em Jerusalém,
nas
câmaras da casa do SENHOR.
Ed 8:30 Então os sacerdotes e os
levitas receberam o peso da prata,
do ouro e dos
utensílios, para os trazerem a Jerusalém,
à
casa de nosso Deus.
Ed
8:31 E partimos do rio Aava, no dia doze do primeiro mês,
para irmos a Jerusalém; e a mão
do nosso Deus estava sobre nós,
e livrou-nos da
mão dos inimigos, e dos que nos armavam
ciladas
pelo caminho.
Ed 8:32 E chegamos a Jerusalém,
e repousamos ali três dias.
Ed 8:33 E no quarto dia se pesou
a prata, o ouro e os utensílios,
na casa do nosso
Deus, por mão de Meremote,
filho
do sacerdote Urias; e com ele Eleazar,
filho
de Finéias, e com eles Jozabade, filho de Jesuá,
e
Noadias, filho de Binui, levitas.
Ed 8:34 Tudo foi contado e
pesado; e todo o peso foi registrado
na mesma ocasião.
Ed 8:35 E os exilados, que vieram do
cativeiro,
ofereceram holocaustos ao Deus de Israel,
doze
novilhos por todo o Israel,
noventa e seis
carneiros, setenta e sete cordeiros,
e
doze bodes em sacrifício pelo pecado;
tudo
em holocausto ao SENHOR.
Ed 8:36 Então deram as ordens do
rei aos seus sátrapas,
e aos
governadores dalém do rio;
e
estes ajudaram o povo e a casa de Deus.
Ao
chegarem em Jerusalém, repousaram ali 3 dias e no quarto pesaram as
contribuições na Casa do Senhor e entregaram toda a prata, todo ouro e todos os
objetos a Meremote, filho do sacerdote Urias; e com ele Eleazar, filho de
Finéias, e com eles Jozabade, filho de Jesuá, e Noadias, filho de Binui,
levitas.
Tudo
deu certo como haviam orado ao Senhor e jejuado. A oração e o jejum foram
eficazes e Deus atendeu ao pedido deles por uma jornada segura e pela
preservação dos utensílios.
Depois
disso, ofereceram holocaustos correspondentes às provisões que haviam recebido –
7:17. Essa correspondência retrata, nas palavras da BEG, o sucesso absoluto.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
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É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
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A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...