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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Jó 40:1-24 - DEUS COMEÇA SEU SEGUNDO DISCURSO E JÓ SE DIZ VIL


Parte IV – OS MONÓLOGOS – 29:1 A 42:6.
C. As respostas de Deus – 38:1 a 42:6.
Deus estava falando com Jó corrigindo-o e convocando-o a um serviço fiel. Podemos reparar que Deus nem menciona o assunto do seu sofrimento, muito menos dá uma resposta à pergunta que os seus conselheiros e o próprio Jó consideram tão importante – a razão para o seu sofrimento.
A lição que fica e que já falamos disso é que a confiança em Deus e a gratidão decorrentes devem estar impregnadas em nossas mentes e corações independentemente de quaisquer fatos, sejam eles bons ou não, quer tenham ou não explicações.
A parte “C” foi também dividida: 1. O primeiro discurso de Deus – 38:1 a 40:2 – estamos concluindo. 2. A humildade de Jó – 40:3-5 – veremos agora. 3. O segundo discurso de Deus – 40:6 a 41:34 – iniciaremos neste capítulo. 4. O arrependimento de Jó – 42:1-6.
1. O primeiro discurso de Deus – 38:1 a 40:2 - continuação.
Os versos 1 e 2 deste capítulo são um resumo do primeiro discurso de Deus que deve ser comparado com a sua respectiva abertura em 38:2. Ambas as partes se referem às declarações infelizes feitas por Jó durante os seus momentos de dúvida. Por pura graça e misericórdia, Deus poupava Jó, apesar de tudo.
2. A humildade de Jó – 40:3-5.
Reparem no que diz em primeiro lugar Jó para Deus quando Deus lhe passa um corretivo dizendo que seria falta de sabedoria querer, imaginar, mesmo pensar, quanto mais agir contendendo contra o Todo-Poderoso.
Deus ainda diz mais: quem argui assim a Deus, responda por isso.
A ação de Jó estava ali exposta por Deus, contender! O objeto de sua ação para quem ele se voltava em contenda era Senhor que aqui se manifesta como o Todo-Poderoso, ou seja, o Deus Onipotente.
O resultado analisado por Deus de tal atitude é falta de sabedoria, ou seja, insensatez. Ao se pronunciar contra Jó, Deus estava se pronunciando contra todos os homens que passam ou não por tais situações.
Jamais poderemos nos igualar com Deus e colocá-lo num lugar de disputa conosco, em igualdade ou em proximidade. A imanência de Deus é um ato seu de misericórdia para conosco e não uma desculpa nossa para o nivelarmos aos nossos conceitos.
Deus também é transcendente de forma a jamais alcançarmos ele em seus atributos, quer seja eles comunicáveis, quer não sejam. Quando nos referirmos a Deus, devemos em primeiro lugar colocá-lo e considerá-lo acima de quaisquer suspeitas.
Não podemos negociar com Deus em questões de justiça, de bondade, de juízo, de amor, de verdade. Seja Deus sempre “imexível”, intocável, superior, acima de quaisquer suspeita.
Deus estava ensinando isso para Jó, para mim e para você humano, filo de Adão, quer seja joio, quer seja trigo.
A resposta de Jó foi incrível. Jó parece esquecer sua obsessão pela sua justificação e se humilha temerosamente diante de Deus. A primeira palavra que saiu da boca dele foi uma confissão do que ele era e a partir daquilo, ele mesmo insinuava, todo o resto. Ele estava confessando que era, no mínimo, maligno e descabida toda sua fala. Disse Jó de si mesmo: eu sou vil!
É o reconhecimento claro e evidente de que ele era pecador, tinha um coração perverso de natureza – Depravação Total – e, portanto, precisava da misericórdia, do amor e do perdão de Deus para, no mínimo, continuar ali ouvindo Deus falar.
Novamente, reforço: Deus nunca explicou nada, não estava explicando nada e não explicará nada do por que Jó estava passando por tudo aquilo. Isso é importante de sabermos, principalmente por causa de nossa natureza investigativa que quer de todo jeito encontrar razões.
O recado claro de Deus para Jó, em primeiro lugar e para nós, em segundo plano,  era para confiarmos nele de todo CAFE – isso mesmo: Coração, Alma, Forças e Entendimento!
Jó até tinha razão por algumas de suas queixas e por defender a sua consciência pela qual não se sentia acusado, mas ele já estaria passando dos limites e para sustentar suas justificativas, agora iria partir para acusações – vs8 -, o que bem percebeu Eliú, o mais jovem e mais sábio deles e repreendeu Jó.
3. O segundo discurso de Deus – 40:6 ao 41:37.
Do vs 6 a 41:34, teremos o segundo discurso de Deus, no qual ele começa do mesmo jeito do primeiro (40:6,7 com 38:1-3). Não obstante, uma nova linha de raciocínio aborda o problema de Jó com a justiça de Deus em julgar os ímpios.
Naquele primeiro discurso, Deus tinha se revelado como o Senhor da natureza onde Jó tinha sido intimado a ver Deus como o Criador e aqui, no segundo, ele é o Senhor do reino moral, o Salvador.
Os versos de 8 ao 14 se constituem num prólogo para as descrições dos monstros espantosos, o hipopótamo e o crocodilo. Enfatizam o poder de Deus sobre as forças poderosas do mal – vs 14. Deve-se concluir, diz a BEG, que esses monstros representam essas forças.
No entanto, veremos no vs 11, do próximo capítulo que a despeito dessas forças e de seu poder, ele, Deus, é soberano sobre tudo o que está debaixo dos céus.
Deus continua a falar a Jó e a repreendê-lo por seu comportamento. Jó irá demonstrar ter um coração arrependido e se voltará para Deus não endurecendo o seu coração, mas se arrependendo e sendo curado.
Jó 40:1 Respondeu mais o SENHOR a Jó, dizendo:
                Jó 40:2 Porventura o contender contra o Todo-Poderoso é sabedoria?
                               Quem argui assim a Deus, responda por isso.
Jó 40:3 Então Jó respondeu ao SENHOR, dizendo:
                Jó 40:4 Eis que sou vil;
                               que te responderia eu?
                                               A minha mão ponho à boca.
                Jó 40:5 Uma vez tenho falado, e não replicarei;
                               ou ainda duas vezes, porém não prosseguirei.
Jó 40:6 Então o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
                Jó 40:7 Cinge agora os teus lombos como homem;
                               eu te perguntarei, e tu me explicarás.
                Jó 40:8 Porventura também tornarás tu vão o meu juízo,
                               ou tu me condenarás, para te justificares?
                Jó 40:9 Ou tens braço como Deus,
                               ou podes trovejar com voz como ele o faz?
                Jó 40:10 Orna-te, pois, de excelência e alteza;
                               e veste-te de majestade e de glória.
                Jó 40:11 Derrama os furores da tua ira,
                               e atenta para todo o soberbo, e abate-o.
                Jó 40:12 Olha para todo o soberbo, e humilha-o,
                               e atropela os ímpios no seu lugar.
                Jó 40:13 Esconde-os juntamente no pó;
                               ata-lhes os rostos em oculto.
                Jó 40:14 Então também eu a ti confessarei
                               que a tua mão direita te poderá salvar.
                Jó 40:15 Contemplas agora o beemote, que eu fiz contigo,
                               que come a erva como o boi.
                Jó 40:16 Eis que a sua força está nos seus lombos,
                               e o seu poder nos músculos do seu ventre.
                Jó 40:17 Quando quer, move a sua cauda como cedro;
                               os nervos das suas coxas estão entretecidos.
                Jó 40:18 Os seus ossos são como tubos de bronze;
                               a sua ossada é como barras de ferro.
                Jó 40:19 Ele é obra-prima dos caminhos de Deus;
                               o que o fez o proveu da sua espada.
                Jó 40:20 Em verdade os montes lhe produzem pastos,
                               onde todos os animais do campo folgam.
                Jó 40:21 Deita-se debaixo das árvores sombrias,
                               no esconderijo das canas e da lama.
                Jó 40:22 As árvores sombrias o cobrem, com sua sombra;
                               os salgueiros do ribeiro o cercam.
                Jó 40:23 Eis que um rio transborda, e ele não se apressa,
                               confiando ainda que o Jordão se levante até à sua boca.
                Jó 40:24 Podê-lo-iam porventura caçar à vista de seus olhos,
                               ou com laços lhe furar o nariz?
As forças do mal não são as forças, como se forças fossem, autônomas e capazes de fazer dano de qualquer jeito, podendo inclusive surpreender a Deus.
Nos filmes, a fortaleza do bem é sempre segura e praticamente inexpugnável até que surge do meio deles mesmos um dos seres que, contrariado por algum motivo, resolve abrir as brechas da fortaleza para o inimigo e com ele aliançar-se.
Então, começa-se uma verdadeira guerra entre o bem e o mal, onde quase sempre o bem triunfa no final, embora possa perder muitas batalhas no caminho.
Em Jó, Deus é soberano absoluto e está acima dessas forças, como veremos no próximo capítulo.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Jó 39:1-30 - DEUS CONTINUA COM SEU DISCURSO SOBRE SUA CRIAÇÃO

Parte IV – OS MONÓLOGOS – 29:1 A 42:6.
C. As respostas de Deus – 38:1 a 42:6.
Vimos que a confiança em Deus e a gratidão decorrentes devem estar impregnadas em nossas mentes e corações independentemente de quaisquer fatos, sejam eles bons ou não.
Por isso que Jó está aprendendo que terá de deixar a defesa, incluindo o desejo ardente de ser justificado, nas mãos de um Deus bom e soberano, cujos caminhos não podem ser sondados, mas a quem se deve, não obstante, temer e em que se deve confiar.
Ainda estamos vendo o tópico das respostas de Deus que tiveram a seguinte divisão que estamos seguindo: 1. O primeiro discurso de Deus – 38:1 a 40:2 – começamos no capítulo anterior e continuaremos nele neste capítulo. 2. A humildade de Jó – 40:3-5. 3. O segundo discurso de Deus – 40:68 a 41:34. 4. O arrependimento de Jó – 42:1-6.
1. O primeiro discurso de Deus – 38:1 a 40:2 - continuação.
Repetindo o que já disse: em resumo, veremos no primeiro discurso de Deus, que ele exporá a fraqueza e a insensatez de Jó e o convocará a retirar as acusações que havia feito contra ele.
Em todos os versos deste capítulo 39 a temática girará em torno de animais e de seus comportamentos os quais Jó deve pouco ou nada conhecer.
Os animais representam a criação animada de Deus, daqueles que tem vida. Com suas vidas e seus processos eles participam da natureza gerando nela mais vida e fazendo as coisas acontecerem de forma cíclica onde a cada ciclo tudo vai se renovando.
Assim, a natureza, independente da administração do homem, vai seguindo o seu curso e mantendo o seu equilíbrio natural, num ciclo de morte e vida, de renovação e de sustentabilidade natural.
Na verdade, o homem longe de Deus mais parece com um vírus mortal que está se espalhando sobre a terra destruindo-a.
Em minha cosmovisão, o homem é sim a coroa da criação e feito mesmo à imagem e à semelhança do seu Criador, no entanto, devemos levar em conta a queda deste homem e com sua queda, sua natureza passou a ser cem por cento depravada e totalmente inclinada para o mal, para o pecado, para a destruição.
É somente em Cristo Jesus que há um resgate desse homem, vírus, uma cura para ele de sua chaga mortal.
Há cientistas que defendem o processo evolutivo ou a evolução das espécies de forma que entendem que o homem nem é coroa da criação nem semelhança e imagem de seu Criador, mas tão simplesmente uma evolução, algo melhorado.
No entanto, nesta lógica há uma incoerência tremenda... Estranho...se o homem é o melhor da evolução, como pode ser ele o vírus? Ou como pode ele evoluir não evoluindo, mas regredindo? Não faz sentido...
Prefiro, intelectualmente crer na Depravação Total do homem (este sim, é o vírus) e em Cristo o seu resgate (este sim, humano verdadeiramente), ai sim faz sentido.
Muitos filmes exploram essa ideia do homem-vírus, principalmente filmes de ET ou de AI (Inteligência Artificial) e assim procuram exterminar aqueles que estão exterminando a terra.
O próprio Senhor falou em Apocalipse sobre o fim dos que destroem a terra: “Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.” - Ap 11:18.
Deus jamais precisou do homem para salvar sua criação, sua natureza, a terra e o universo, nem jamais precisará!
Deus ao discursar e explicar certas coisas, expunha a ignorância de Jó, a sua fraqueza e a sua estupidez. Como poderia Jó retrucar o seu Criador? O que sabia ele de tudo que estava sendo ensinado?
Jó 39:1 Sabes tu o tempo em que as cabras montesas têm filhos,
                ou observastes as cervas quando dão suas crias?
                Jó 39:2 Contarás os meses que cumprem,
                               ou sabes o tempo do seu parto?
                Jó 39:3 Quando se encurvam, produzem seus filhos,
                               e lançam de si as suas dores.
                Jó 39:4 Seus filhos enrijam, crescem com o trigo;
                               saem, e nunca mais tornam para elas.
                Jó 39:5 Quem despediu livre o jumento montês,
                               e quem soltou as prisões ao jumento bravo,
                Jó 39:6 Ao qual dei o ermo por casa,
                               e a terra salgada por morada?
                Jó 39:7 Ri-se do ruído da cidade;
                               não ouve os muitos gritos do condutor.
                Jó 39:8 A região montanhosa é o seu pasto,
                               e anda buscando tudo que está verde.
                Jó 39:9 Ou, querer-te-á servir o boi selvagem?
                               Ou ficará no teu curral?
                Jó 39:10 Ou com corda amarrarás, no arado, ao boi selvagem?
                               Ou escavará ele os vales após ti?
                Jó 39:11 Ou confiarás nele, por ser grande a sua força,
                               ou deixarás a seu cargo o teu trabalho?
                Jó 39:12 Ou fiarás dele que te torne o que semeaste
                               e o recolha na tua eira?
Jó 39:13 A avestruz bate alegremente as suas asas,
                porém, são benignas as suas asas e penas?
                Jó 39:14 Ela deixa os seus ovos na terra,
                               e os aquenta no pó,
                Jó 39:15 E se esquece de que algum pé os pode pisar,
                               ou que os animais do campo os podem calcar.
                Jó 39:16 Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus;
                               debalde é seu trabalho, mas ela está sem temor,
                Jó 39:17 Porque Deus a privou de sabedoria,
                               e não lhe deu entendimento.
                Jó 39:18 A seu tempo se levanta ao alto;
                               ri-se do cavalo, e do que vai montado nele.
Jó 39:19 Ou darás tu força ao cavalo,
                ou revestirás o seu pescoço com crinas?
                Jó 39:20 Ou espantá-lo-ás, como ao gafanhoto?
                               Terrível é o fogoso respirar das suas ventas.
                Jó 39:21 Escarva a terra, e folga na sua força,
                               e sai ao encontro dos armados.
                Jó 39:22 Ri-se do temor, e não se espanta,
                               e não torna atrás por causa da espada.
                Jó 39:23 Contra ele rangem a aljava,
                               o ferro flamante da lança e do dardo.
                Jó 39:24 Agitando-se e indignando-se, serve a terra,
                               e não faz caso do som da buzina.
                Jó 39:25 Ao soar das buzinas diz: Eia!
                               E cheira de longe a guerra, e o trovão dos capitães,
                                               e o alarido.
Jó 39:26 Ou voa o gavião pela tua inteligência,
                e estende as suas asas para o sul?
Jó 39:27 Ou se remonta a águia ao teu mandado,
                e põe no alto o seu ninho?
                Jó 39:28 Nas penhas mora e habita; no cume das penhas,
                               e nos lugares seguros.
                Jó 39:29 Dali descobre a presa;
                               seus olhos a avistam de longe.
                Jó 39:30 E seus filhos chupam o sangue,
                               e onde há mortos, ali está ela.
As palavras do Criador calavam a Jó! Não tinha ele muitas perguntas para fazer e não queria ele justificar-se diante de Deus alegando também sua inocência e justiça própria?
No verso 3, do próximo capítulo, Jó falará a Deus. Vejamos no que consistirá essa sua fala!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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domingo, 17 de agosto de 2014

CRISTÃOS - PEQUENOS CRISTOS.

O QUE SÃO CRISTÃOS?
São pequenos cristos, ou cristos em formação. Veja o que o apóstolo Paulo fala em Gl 4:19 - como me angustio até que Cristo seja formado em vós!
E você que já tem Cristo formado em ti, que cresceu e que se tornou maduro, que tal ter mais paciência com quem ainda está em formação? Paciência, amor, carinho,respeito, consideração, uma mão amiga, uma palavra de incentivo, uma demonstração de afeto, uma correção e uma disciplina com amor,  ...
Deus levantou líderes, teólogos, pastores, mestres, por causa de seu povo e não o seu povo para você se sentir exaltado. "Deus sempre pensava em seu povo e não em um líder em especial, pelo contrário, o líder era levantado e sustentado por Deus, por causa de seu povo".

O REINO ETERNO DE DAVI - Reflexões bíblicas em I e II de Samuel - http://www.ossemeadores.com.br/ebook-o-reino-eterno-de-davi-reflexoes-biblicas-nos-livros-de-i-e-ii-de-samuel-pr-24-383895.htm


Agora, veja este vídeo e veja como os cristãos devem tratar os outros cristãos na caminhada cristã:
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Publicação by Ricardo Oliveira.

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Jó 38:1-41 - DEUS RESPONDE A JÓ DO MEIO DE UM REDEMOINHO

Parte IV – OS MONÓLOGOS – 29:1 A 42:6.
C. As respostas de Deus – 38:1 a 42:6.
Nos monólogos, vimos o discurso final de Jó e depois os quatro discursos de Eliú e agora fechando esta parte, veremos as respostas de Deus.
Diz-nos a BEG: até esse momento, Deus tinha permanecido em silêncio. Embora os leitores saibam, desde o começo, que Deus tem propósitos mais elevados para o caso específico do sofrimento em Jó, Jó não estava a par dessa informação.
Agora Deus fala com ele, corrigindo-o e convocando-o a um serviço fiel. Deus nem menciona o assunto do seu sofrimento, muito menos dá uma resposta à pergunta que os seus conselheiros e o próprio Jó consideram tão importante – a razão para o seu sofrimento.
Isso também deveria estar presente em nossas vidas quando passamos por situações semelhantes. Nada adianta ficar querendo entender quando nem sabemos o mínimo para perguntar corretamente.
A confiança em Deus e a gratidão decorrentes devem estar impregnadas em nossas mentes e corações independentemente de quaisquer fatos, sejam eles bons ou não.
Jó aprende que terá de deixar a defesa, incluindo o desejo ardente de ser justificado, nas mãos de um Deus bom e soberano, cujos caminhos não podem ser sondados, mas a quem se deve, não obstante, temer e em que se deve confiar.
Igualmente será ela dividida em partes: 1. O primeiro discurso de Deus – 38:1 a 40:2. 2. A humildade de Jó – 40:3-5. 3. O segundo discurso de Deus – 40:68 a 41:34. 4. O arrependimento de Jó – 42:1-6.
1. O primeiro discurso de Deus – 38:1 a 40:2.
Em resumo, veremos no primeiro discurso de Deus, que ele exporá a fraqueza e a insensatez de Jó e o convocará a retirar as acusações que havia feito contra ele.
O verso primeiro começa expondo o nome do Senhor como o nome da aliança (Yahweh), provavelmente porque o autor era israelita e por meio de quem essa revelação divina estava sendo mediada.
Há tantas maneiras que o Senhor lhe poderia aparecer teofanicamente, no entanto, escolheu para aquele momento especial com Jó justamente um redemoinho. Era do meio dele que ele lhe falava.
Redemoinho, todos sabemos, é vento em movimento, normalmente circular e afunilado que tem sua ponta tocando a terra e a sua boca aberta em direção ao céu, sempre em movimento.
Não se dá para saber se ele lhe falava estando ali no meio imóvel ou se era o próprio redemoinho que falava, mas esta foi a forma que Deus se manifestou e que ficou registrada na Bíblia para nossa leitura e reflexão.
E os amigos de Jó, viram ou ouviram alguma coisa? Jó em momento algum duvidou, nem perguntou ao redemoinho quem lhe falava, mas sabia tratar-se de Deus.
Era claramente uma manifestação teofânica de Deus com um propósito específico, pois Deus se dirigia a ele somente e a mais ninguém.
Jó estava cheio de perguntas, no entanto, nenhuma foi capaz de pronunciar diante do Senhor. Repetindo o que já disse antes, nem Jó, nem os seus amigos eram conhecedores e capazes de dar explicações corretas sobre o que estava acontecendo, por isso que não tinham nem respostas, nem sabiam quais seriam as perguntas certas a se fazer naqueles momentos.
Também o Senhor nada respondeu das dúvidas de Jó, nem deu explicação alguma para o seu sofrimento ou para a sua situação ou porque ele estaria passando por tudo aquilo, antes fez questionamentos e mais questionamentos a Jó que nada sabia que responder. Ficou totalmente mudo, sem palavras!
Que isso nos sirva de lição para nossas vidas aqui nesta terra e neste pequeno espaço de tempo desprezível. Tanto o nosso espaço que ocupamos quanto o tempo, se fossem consideradas medidas astronômicas, seríamos todos desprezíveis.
A primeira coisa que Deus faz é perguntar quem é o atrevido a falar palavras sem conhecimento. Estava ele se referindo a Eliú, certamente, pois fora o último a falar.
Depois se dirige a Jó e pede a ele que cinja os seus lombos como homem, que ele, o Senhor, começara a perguntar, e ele Jó, a ensiná-lo!
Deus desafiou Jó a ensiná-lo! – vs 3. Seria possível? Óbvio que se trata de uma figura de linguagem e que é impossível Jó ensinar qualquer coisa a quem é o próprio ensino em pessoa, ali em um redemoinho. A ironia aqui não se trata de sarcasmo, antes um lembrete amoroso de que Deus é o Criador!
Deus começa então a lhe fazer perguntas de todas as espécies e nenhuma delas Jó sabe coisa alguma, nem sonhava com as perguntas, imagine com as respectivas respostas.
Dos versos 4 ao 30, O Senhor revela a sua soberania sobre o mundo natural:
·         Como criador da terra, do mar, do dia e da noite – vs 4-7; 8-11; 12-15.
·         Como Senhor da natureza inanimada – vs 16 – 38.
·         Como Senhor da natureza animada – 38:39 – 39:30.
Jó 38:1 Depois disto o SENHOR respondeu a Jó
                de um redemoinho, dizendo:
                               Jó 38:2 Quem é este que escurece o conselho
                                               com palavras sem conhecimento.
                Jó 38:3 Agora cinge os teus lombos, como homem;
                               e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.
                Jó 38:4 Onde estavas tu, quando eu fundava a terra?
                               Faze-mo saber, se tens inteligência.
                Jó 38:5 Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes?
                               Ou quem estendeu sobre ela o cordel.
                Jó 38:6 Sobre que estão fundadas as suas bases,
                               ou quem assentou a sua pedra de esquina.
                 Jó 38:7 Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam,
                               e todos os filhos de Deus jubilavam.
                Jó 38:8 Ou quem encerrou o mar com portas,
                               quando este rompeu e saiu da madre.
                Jó 38:9 Quando eu pus as nuvens por sua vestidura,
                               e a escuridão por faixa.
                Jó 38:10 Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos.
                Jó 38:11 E disse:
                               Até aqui virás, e não mais adiante,
                                               e aqui se parará o orgulho das tuas ondas.
                Jó 38:12 Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada,
                               ou mostraste à alva o seu lugar.
                Jó 38:13 Para que pegasse nas extremidades da terra,
                               e os ímpios fossem sacudidos dela.
                Jó 38:14 E se transformasse como o barro sob o selo,
                               e se pusessem como vestidos.
                Jó 38:15 E dos ímpios se desvie a sua luz,
                               e o braço altivo se quebrante.
                Jó 38:16 Ou entraste tu até às origens do mar,
                               ou passeaste no mais profundo do abismo.
                Jó 38:17 Ou descobriram-se-te as portas da morte,
                               ou viste as portas da sombra da morte.
                Jó 38:18 Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra?
                               Faze-mo saber, se sabes tudo isto.
                Jó 38:19 Onde está o caminho onde mora a luz?
                               E, quanto às trevas, onde está o seu lugar.
                Jó 38:20 Para que as tragas aos seus limites,
                               e para que saibas as veredas da sua casa.
                Jó 38:21 De certo tu o sabes, porque já então eras nascido,
                               e por ser grande o número dos teus dias!
                Jó 38:22 Ou entraste tu até aos tesouros da neve,
                               e viste os tesouros da saraiva.
                Jó 38:23 Que eu retenho até ao tempo da angústia,
                               até ao dia da peleja e da guerra.
                Jó 38:24 Onde está o caminho em que se reparte a luz,
                               e se espalha o vento oriental sobre a terra.
                Jó 38:25 Quem abriu para a inundação um leito,
                               e um caminho para os relâmpagos dos trovões.
                Jó 38:26 Para chover sobre a terra, onde não há ninguém,
                               e no deserto, em que não há homem.
                Jó 38:27 Para fartar a terra deserta e assolada,
                               e para fazer crescer os renovos da erva.
                Jó 38:28 A chuva porventura tem pai?
                               Ou quem gerou as gotas do orvalho.
                Jó 38:29 De que ventre procedeu o gelo?
                               E quem gerou a geada do céu.
                Jó 38:30 Como debaixo de pedra as águas se endurecem,
                               e a superfície do abismo se congela.
                Jó 38:31 Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo
                               ou soltar os cordéis do Órion.
                Jó 38:32 Ou produzir as constelações a seu tempo,
                               e guiar a Ursa com seus filhos.
                Jó 38:33 Sabes tu as ordenanças dos céus,
                               ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra.
                Jó 38:34 Ou podes levantar a tua voz até às nuvens,
                               para que a abundância das águas te cubra.
                Jó 38:35 Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam:
                               Eis-nos aqui.
                Jó 38:36 Quem pôs a sabedoria no íntimo,
                               ou quem deu à mente o entendimento.
                Jó 38:37 Quem numerará as nuvens com sabedoria?
                               Ou os odres dos céus, quem os esvaziará.
                Jó 38:38 Quando se funde o pó numa massa,
                               e se apegam os torrões uns aos outros.
                Jó 38:39 Porventura caçarás tu presa para a leoa,
                               ou saciarás a fome dos filhos dos leões.
                Jó 38:40 Quando se agacham nos covis,
                               e estão à espreita nas covas.
                Jó 38:41 Quem prepara aos corvos o seu alimento,
                               quando os seus filhotes gritam a Deus e andam vagueando,
                                               por não terem o que comer?
São somente, neste capítulo, uns 32 pontos de interrogação que correspondem, obviamente, a 32 perguntas que Deus está fazendo a Jó sem que ele saiba responder a uma delas sequer.
Era como se Deus estivesse dizendo por meio dessas perguntas que ele não tinha condições de entender ainda que Deus lhe explicasse todas elas, portanto o melhor que poderia fazer é confiar.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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sábado, 16 de agosto de 2014

Jó 37:1-24 - ELIÚ FINALIZA SEU DISCURSO - A GRANDEZA DE DEUS

Nossa localização na leitura atual: Parte IV – OS MONÓLOGOS – 29:1 A 42:6.
B. Os discursos de Eliú – 32:1 a 37:24.
Como já visto, essa seção “B. Os discursos de Eliú – 32:1 a 37:24” foi subdividida em 5 partes: 1. Introdução aos seus discursos – 32:1-5 – já vista. 2. O primeiro discurso – 32:6 – 33:33 – já vista. 3. O segundo discurso – 34:1 – 37 – já vista. 4. O terceiro discurso – 35:1 – 16 – já vista. 5. O quarto discurso – 36:1 – 37:24 – concluiremos agora.
5. O quarto discurso – 36:1 – 37:24 - continuação.
Estamos finalizando todos os discursos e aqui Eliú tem se concentrado no sofrimento de Jó pela perspectiva da justiça perfeita e do poder absoluto de Deus.
A última parte dos discursos de Eliú, antes da fala de Deus, foi dividida em 5 subpartes. a. Apologia – 36:1-4 – já vista; b. Lembrança das palavras equivocadas de Jó – 36:5-15 – já vista; c. Chamado ao arrependimento – 36:16-21 – já vista; d. Explicação de como os propósitos divinos são incompreensíveis – 36:22-37:13 – continuaremos vendo agora; e. Nova chamada ao arrependimento – 37:14-24 – estaremos concluindo, em seguida.
d. Explicação de como os propósitos divinos são incompreensíveis – 36:22-37:13 - continuação
Eliú continua suas explicações para Jó procurando fazer com que ele acredite ainda mais na soberania de Deus, mesmo quando não parecer que algo tenha mesmo sentido ou propósitos.
Há propósitos no sofrimento? É uma pergunta que tem causado muitas discussões filosóficas, principalmente quando defendemos um Deus Todo-Poderoso que é amor e bondade pura.
No entanto, se reparamos bem, a própria inquietação com a questão já não é algo humano? Por que se inquietar com propósitos se não há propósitos? Por que invocar tanto as injustiças quando nem na justiça cremos?
Somente se inquietam com tais questões como propósitos, justiças quem está mesmo buscando a Deus, mesmo que este alegue peremptoriamente ser não crente.
Até o verso 13, Eliú está falando de fenômenos que acontecem todos os dias na criação e entre os animais que o homem não tem participação alguma.
Algum dia, Deus chamou o homem para comunicar sua preocupação com a órbita de um determinado ser celestial ou por causa de algum problema quântico em suas leis físicas-químicas que regem o universo?
Nossa história aqui na terra, registrada, não tem mais de 6000 anos (embora alguns cientistas – não todos – aleguem registros de milhões de anos) pelo menos a parte  histórica registrada por meio da escrita mais complexa.
Somos tão jovens em questões de unidades astronômicas, quer pelo seu tamanho físico que ocupa no espaço, quer por sua dimensão desprezível no tempo, e, arrogantes, nessa nave espacial gigante chamada terra que não pilotamos, que já achamos que podemos ajudar a Deus na regência e no governo do seu mundo.
No entanto, sabemos tão pouco de nós mesmos que ainda vai mais milhares de anos até aprendermos que sem Deus não somos, nem podemos fazer coisa alguma.
e. Nova chamada ao arrependimento – 37:14-24.
Eliú agora fará uma chamada de Jó ao arrependimento. Neste momento, a ligação com os discursos divinos – do capítulo 38 ao 41 – se tornará mais nítida.
Eliú não tenta explicar o sofrimento de Jó. Ele reconhece que a justiça de Deus não trabalha segundo o que pode sugerir um entendimento superficial da sabedoria proverbial, mas também sabe que Deus é justo.
A justiça de Deus é um de seus atributos comunicáveis com os homens que eu atribuo como inegociável. Se estamos falando de Deus, Deus é a própria justiça. Portanto, qualquer questionamento relacionado à justiça, não pode ser feito senão partindo do pressuposto de que a justiça perfeita pertence a Deus.
Se vamos questionar a Deus e colocá-lo num tribunal chamando os advogados e os promotores, não estaremos falando de Deus, mas de um ser que carece de um Deus perfeito e justo que seja árbitro e juiz para decidir toda demanda contra ele. Isso mesmo já é um absurdo.
Não temos como discutir sobre a justiça, por exemplo com um não crente, pois a própria justiça perde o sentido. O que é justiça? O que é ser justo? Afinal, o que é mesmo discussão?
Sua solução é que Jó reconheça como é pequeno seu entendimento acerca dos caminhos de Deus.
Ao assim fazer, Jó perderá sua base, seu significado, seu sentido e terá de reconhecer, no mínimo, sua ignorância e necessidade de uma salvador, mediador, redentor.
Eliú encerra sua fala com a sua análise final da questão. Quando não se pode entender os caminhos de Deus, o caminho da sabedoria não é desafiar Deus ou acusá-lo de injustiça, o que seria um absurdo.
Pelo contrário, os sábios irão temê-lo ou reverenciá-lo ainda mais. Essa resposta é exigida de Jó.
Jó 37:1 Sobre isto também treme o meu coração,
                e salta do seu lugar.
Jó 37:2 Atentamente ouvi a indignação da sua voz,
                e o sonido que sai da sua boca.
Jó 37:3 Ele o envia por debaixo de todos os céus,
                e a sua luz até aos confins da terra.
Jó 37:4 Depois disto ruge uma voz;
                ele troveja com a sua voz majestosa;
                               e ele não os detém quando a sua voz é ouvida.
Jó 37:5 Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente;
                faz grandes coisas, que nós não podemos compreender.
                Jó 37:6 Porque à neve diz:
                               Cai sobre a terra; como também à garoa e à sua forte chuva.
                Jó 37:7 Ele sela as mãos de todo o homem,
                               para que conheçam todos os homens a sua obra.
                Jó 37:8 E as feras entram nos seus esconderijos
                               e ficam nas suas cavernas.
                Jó 37:9 Da recâmara do sul sai o tufão,
                               e do norte o frio.
                Jó 37:10 Pelo sopro de Deus se dá a geada,
                               e as largas águas se congelam.
                Jó 37:11 Também de umidade carrega as grossas nuvens,
                               e esparge as nuvens com a sua luz.
                Jó 37:12 Então elas, segundo o seu prudente conselho,
                               se espalham em redor, para que façam tudo
                               quanto lhes ordena sobre a superfície do mundo na terra.
                Jó 37:13 Seja que por vara, ou para a sua terra,
                               ou por misericórdia as faz vir.
Jó 37:14 A isto, ó Jó, inclina os teus ouvidos;
                para, e considera as maravilhas de Deus.
                Jó 37:15 Porventura sabes tu como Deus as opera,
                               e faz resplandecer a luz da sua nuvem?
                Jó 37:16 Tens tu notícia do equilíbrio das grossas nuvens
                               e das maravilhas daquele
                                               que é perfeito nos conhecimentos?
                Jó 37:17 Ou de como as tuas roupas aquecem,
                               quando do sul há calma sobre a terra?
                Jó 37:18 Ou estendeste com ele os céus,
                               que estão firmes como espelho fundido?
                Jó 37:19 Ensina-nos o que lhe diremos:
                               porque nós nada poderemos pôr em boa ordem,
                                               por causa das trevas.
                Jó 37:20 Contar-lhe-ia alguém o que tenho falado?
                               Ou desejaria um homem que ele fosse devorado?
                Jó 37:21 E agora não se pode olhar para o sol,
                                que resplandece nas nuvens, quando o vento,
                                               tendo passado, o deixa limpo.
                Jó 37:22 O esplendor de ouro vem do norte;
                               pois, em Deus há uma tremenda majestade.
                Jó 37:23 Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar;
                               grande é em poder; porém a ninguém oprime em juízo
                                               e grandeza de justiça.
                Jó 37:24 Por isso o temem os homens;
                               ele não respeita os que se julgam sábios de coração.
Encerrada a fala de Eliú, de forma bem sábia, mostrando para Jó nossa pequenez e insignificância em querer entender as coisas de Deus, será o próprio Senhor agora a entrar no discurso, mas este somente se referirá a Jó.
Eliú o mais jovem deles pode ensinar como prometera no início de seus discursos um pouco de sabedoria para Jó e seus amigos.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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