Estamos no último discurso de Moisés àquela segunda
geração que estava prestes a entrar em Canaã. A impressão que temos lendo este
capítulo é que estamos lendo o Novo Testamento, principalmente o apóstolo
Paulo.
Moisés está neste momento dando continuidade ao seu
discurso com a finalidade de que o povo reafirmasse seu compromisso pactual –
28:1 – 30:20. O presente capítulo, o 30, faz parte do chamado à renovação, que
se iniciou no 29:2 e será concluído agora no 30, vs. 1-20, o qual também é
chamado de o quarto discurso de Moisés.
Este chamado à renovação foi dividido em 6 seções.
Nela já vimos, no capítulo 29, o prólogo, vs. 2-8; as condições, vs. 9-18; as
maldições, vs. 19-19. Já no capítulo 30, finalizando esta parte, em continuação,
veremos, agora, as bênçãos, vs. 1-10; a oferta, vs. 11-18 e, finalmente, as
testemunhas, vs. 19 e 20.
O início do capítulo 30 nos lembra Jeremias
29:11-14. Vejamos:
Jeremias 29:11 Porque eu bem sei os pensamentos que tenho
a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos
dar o fim que esperais.
Jeremias 29:12 Então me invocareis, e ireis, e orareis a
mim, e eu vos ouvirei.
Jeremias 29:13 E buscar-me-eis, e me achareis, quando me
buscardes com todo o vosso coração.
Jeremias 29:14 E serei achado de vós, diz o SENHOR, e
farei voltar os vossos cativos e congregar-vos-ei de todas as nações, e de
todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos
ao lugar de onde vos transportei.
O próprio discurso de Moisés, repetindo o que já
disse no capítulo anterior, segue os padrões de como eram feitas essas alianças
à época, com prólogo, condições, maldições, bênçãos, oferta e, não podendo
faltar, as testemunhas da aliança que estava sendo feita.
As bênçãos estavam dispostas e entregues ao povo de
Deus que ele tanto amava, mas com condições sem as quais não haveria como
abençoá-los. Tem gente que pensa que porque é filho está isento de obedecer e
pode fazer qualquer coisa que o papai está com ele.
Terrível engano de quem pensa assim, aliás chega a
ser até doentio e maligno tal pensamento. Não somos filhos de Deus para
fazermos nossa vontade, antes filhos de Deus para cumprir a vontade de Deus e
não a nossa.
O objetivo maior aqui era a aliança com Deus sendo
as bênçãos consequências da obediência natural a Deus e as maldições justamente
o contrário. Não estavam aliançando-se com Deus por causa da bênção, nem era
ela o principal, mas consequência natural.
Quem segue e está de olho na bênção, está com o
espírito voltado não à aliança, mas à recompensa e o resultado será cair na
maldição, por que não seria capaz o homem de obedecer a lei como deveria. Por
isso que veio Cristo e cumpriu toda a lei e desfrutou de todas as bênçãos
decorrentes.
Deus prometeu que circuncidaria os nossos corações
já no momento daquele discurso. Isso revelava já que a obediência não seria
alcançada pelas obras, mas pela fé. Somente Deus seria capaz de dar ao homem
condições para ele ser salvo.
Paulo interpreta perfeitamente e aplica de forma
surpreendente o trecho de Deuteronômio 30:11-18 - que fala da oferta, no caso
da aliança que estamos analisando -, ao falar da salvação em Romanos 10. Ler Dt
30:11-18 é como ler Rm 10. Assim, é pela fé que nascemos, pois o homem estava
morto, não se podia salvar e precisava de um salvador.
1.O homem estava
morto por causa do pecado!
2.O homem não
podia salvar a si mesmo e em sua tentativa inventou a religião: que é a busca
de Deus pelo homem, por isso existem tantas...
3.Deus proveu,
então para o homem, a sua salvação como proveu no Jardim do Éden, a sua
vestimenta. Era ali o Espírito Santo dizendo ao homem que viria de Deus a sua
salvação e cobertura.
É isso que vai
falar Romanos 10. Eu separei um acróstico: EPOCIS para me lembrar dessa
palavra. E – enviar – P – pregar – O – ouvir – C – crer – I – invocar – S –
salvar.
üQuem salva e
envia é Deus!
üQuem prega é o
homem: Deus escolheu o homem para levar a palavra de salvação dos homens!
üQuem ouve, crê e
depois invoca é aquele que recebe a pregação da fé; Deus, em seguida salva.
Reparem
na figura acima contendo um quadro
demonstrativo da salvação de almas, conforme Rm 10.
Como serão
salvos se não invocarem ao Senhor? Como haverão de invocá-lo se não crerem? E
como irão crer, como irão ter a fé desenvolvida, se não ouvirem a pregação da
Palavra de Deus? E como ouvirão se não houver quem pregue? Mas como pregarão se
não forem enviados?
A finalidade da
pregação é para que os ouvintes, aqueles que estão mortos em seus pecados,
recebam a palavra de Deus, que gerará neles vida – à semelhança dos ossos secos
de Ezequiel no capítulo 37 -, ouçam o evangelho, invoquem ao Senhor e assim,
recebam a salvação de suas almas.
Bebel[1]
entendeu perfeitamente isso. Ela assimilou tão bem a mensagem de Romanos 10 que
eu fiquei pasmo. Eu somente podia crer que isso não era obra humana, mas do
Espírito de Deus que ali a estava ensinando e revelando a ela coisas profundas
do reino de Deus, com certeza ela estava com mais conteúdo bíblico do que
muitos pregadores e pastores por ai. Realmente, fiquei surpreso pela sua
capacidade de entender e assimilar a palavra que era falada sobre Romanos 10.
Nascemos pela fé
gerada por Deus por meio da pregação! A pregação é a semente de Deus. O
pregador é o que lança a semente: a palavra de Deus pregada! O ouvido é por
onde a semente entra; o coração é a terra onde ela é gerada por Deus e a boca é
por onde o salvo e regenerado invoca e faz confissão do Senhor. Vejam o que diz
Paulo:
Rm
10:5 Ora, Moisés escreveu
que o homem que praticar a justiça decorrente da lei
viverá por ela.
Rm
10:6 Mas a justiça decorrente da fé assim diz:
Não perguntes em teu coração:
Quem subirá ao
céu?, isto é,
para
trazer do alto a Cristo;
Rm 10:7 ou: Quem
descerá ao abismo?, isto é,
para
levantar Cristo dentre os mortos.
Rm 10:8 Porém que se diz?
A palavra está
perto de ti,
na tua boca e no
teu coração; isto é,
a
palavra da fé que pregamos.
Rm
10:9 Se, com a tua boca,
confessares Jesus como Senhor
e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou
dentre os mortos,
serás
salvo.
Rm10:10 Porque com o coração
se crê para justiça
e com a boca
se confessa a respeito da salvação.
Então,
entendemos pela palavra acima, que a fé é gerada pela pregação da palavra de
Deus.
Se
você hoje é crente, saiba que você o é por que alguém pregou o evangelho para
você e você creu na mensagem do evangelho. Também pode ser que você tenha tido
contato com o evangelho pela palavra escrita, a Bíblia ou por algum sermão ou
por algum escrito ou porção da palavra de Deus que gerou em você a fé que hoje
você tem e que, talvez, nem saiba que tem.
Eu
agora pergunto a você que está lendo este texto: você tem fé em Deus?
A
fé que você tem foi dada a você gratuitamente por Deus: é a pura graça de Deus!
A nossa fé vem:
1.
Da graça de Deus ( Efésios 2:8 ; Romanos 12:3 )
2.
Da Palavra de Deus ( Romanos 10:17 ; 2 Timóteo 3:15 ).
3.
Da obra de Deus ( 1 João 5:1 ; Colossenses 2:12 ).
Dt
30:1 E será que, sobrevindo-te todas estas coisas,
a bênção ou a maldição, que
tenho posto diante de ti,
e te recordares delas entre
todas as nações, para onde te lançar
o SENHOR teu
Deus,
Dt 30:2 E te converteres ao
SENHOR teu Deus,
e deres ouvidos à sua voz,
conforme a tudo o que eu te ordeno hoje,
tu e teus filhos,
com todo o teu coração,
e
com toda a tua alma,
Dt 30:3 Então o SENHOR teu Deus
te fará voltar do teu cativeiro,
e se compadecerá
de ti, e tornará a ajuntar-te dentre todas as
nações entre as
quais te espalhou o SENHOR teu Deus.
Dt 30:4 Ainda que os teus
desterrados estejam na extremidade do céu,
desde ali te
ajuntará o SENHOR teu Deus, e te tomará dali;
Dt 30:5 E o SENHOR teu Deus te
trará à terra que teus pais
possuíram, e a
possuirás; e te fará bem, e te multiplicará
mais
do que a teus pais.
Dt 30:6 E o SENHOR teu Deus
circuncidará o teu coração,
e o coração de
tua descendência, para amares ao SENHOR
teu
Deus com todo o coração, e com toda a tua alma,
para
que vivas.
Dt 30:7 E o SENHOR teu Deus porá
todas estas maldições
sobre os teus
inimigos, e sobre os teus odiadores,
que
te perseguiram.
Dt 30:8 Converter-te-ás, pois, e
darás ouvidos à voz do SENHOR;
cumprirás todos
os seus mandamentos que hoje te ordeno.
Dt 30:9 E o SENHOR teu Deus te
fará prosperar em toda a obra das
tuas mãos, no
fruto do teu ventre, e no fruto dos teus animais,
e
no fruto da tua terra para o teu bem;
porquanto o
SENHOR tornará a alegrar-se em ti
para
te fazer bem, como se alegrou em teus pais,
Dt 30:10 Quando deres ouvidos à
voz do SENHOR teu Deus,
guardando os seus
mandamentos e os seus estatutos,
escritos
neste livro da lei, quando te converteres
ao
SENHOR teu Deus com todo o teu coração,
e
com toda a tua alma.
Dt
30:11 Porque este mandamento, que hoje te ordeno,
não te é encoberto, e tampouco
está longe de ti.
Dt 30:12 Não está
nos céus, para dizeres:
Quem
subirá por nós aos céus, que no-lo traga,
e
no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Dt
30:13 Nem tampouco está além do mar, para dizeres:
Quem
passará por nós além do mar, para que no-lo
traga,
e no-lo faça ouvir,
para
que o cumpramos?
Dt 30:14 Porque esta palavra
está mui perto de ti,
na tua boca, e no
teu coração, para a cumprires.
Dt 30:15 Vês aqui, hoje te tenho
proposto
a vida e o bem, e
a morte e o mal;
Dt 30:16 Porquanto te ordeno
hoje
que ames ao
SENHOR teu Deus,
que andes nos
seus caminhos,
e que guardes os
seus mandamentos, e os seus estatutos,
e
os seus juízos,
para que vivas,
e te
multipliques,
e
o SENHOR teu Deus
te
abençoe na terra a qual entras a possuir.
Dt 30:17 Porém se o teu coração
se desviar,
e não quiseres
dar ouvidos, e fores seduzido para te
inclinares
a outros deuses, e os servires,
Dt 30:18 Então eu vos declaro
hoje que, certamente, perecereis;
não prolongareis
os dias na terra a que vais,
passando
o Jordão, para que, entrando nela,
a
possuas;
Dt
30:19 Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós,
de que te tenho proposto a vida
e a morte, a bênção e a maldição;
escolhe pois a
vida, para que vivas, tu e a tua descendência,
Dt 30:20 Amando ao SENHOR teu
Deus,
dando ouvidos à sua voz,
e achegando-te a ele;
pois ele é a tua
vida,
e o prolongamento
dos teus dias;
para que fiques
na terra que o SENHOR jurou a teus pais,
a Abraão, a Isaque, e a Jacó,
que lhes havia de dar.
Quanto às testemunhas, ele mesmo invoca os céus e a
terra, obra da criação divina, para serem suas testemunhas de que ele estava
propondo a vida e a morte, a bênção e a maldição, condicionadas à obediência ou
não.
Podemos ver outros exemplos nas Escrituras onde a
criação de Deus é chamada para testemunhar contra o seu povo como se vê em
Isaias 1:2 e Miquéias 1:2.
[1]Bebel é minha filha de 9 anos que assimilou bem o EPOCIS e como se dá o
envio, a pregação, o ouvir, o crer, o invocar e o ser salvo ao final.
[2]Trecho em itálico: Extraído do livro CRESCENDO A FÉ, DIMINUI A DÚVIDA –
APRENDA COMO CONTROLAR O NÍVEL DA SUA Fé, de Daniel Deusdete.
O último discurso de Moisés àquela segunda geração
que estava prestes a entrar em Canaã está sendo proclamado.
Moisés está neste momento fazendo com que o povo
reafirmasse seu compromisso pactual – 28:1 – 30:20. No presente capítulo, o 29,
veremos em mais detalhes o chamado à renovação – 29:2 – 30:20, o qual também é
chamado de o quarto discurso de Moisés.
Este chamado à renovação está dividida em 6 outras
seções. Nela veremos o prólogo, vs. 2-8; as condições, vs. 9-18; as maldições, vs.
19-19. Já no capítulo 30, finalizando esta parte, em continuação veremos, as
bênçãos, vs. 1-10; a oferta, vs. 11-18 e, finalmente, as testemunhas, vs. 19 e
20.
No prólogo, Moisés começa a demonstrar para eles
como Deus tem sido misericordioso e gracioso para com todo o povo a ponto de
com eles estar firmando sua aliança. O próprio discurso de Moisés segue os
padrões de como eram feitas essas alianças à época, com prólogo, condições,
maldições, bênçãos, oferta e, não podendo faltar, as testemunhas da aliança que
estava sendo feita.
Tudo vem do Senhor que tudo controla e administra e
é soberano sem no entanto vilipendiar a sua criatura ou ferir a justiça, a
sabedoria, a bondade e o amor. Reparem no verso 4 quando Moisés lhes explica a
razão de eles até aquele momento não entenderem, nem verem, muito menos ouvirem
ao Senhor.
Comparem com Jesus Cristo explicando as Escrituras
aos seus dois discípulos no caminho de Emaús quando ele lhes falava e ardia no
coração deles, mas não percebiam que se tratava do Senhor. Eles somente vieram
a compreendê-lo quando o Espírito Santo lhes abriu o entendimento para
compreenderem.
Isso se encontra em Lucas, no capítulo 24. No vs. 25,
desse capítulo 24, Jesus os chama de néscios e tardos em compreenderem tudo o
que a respeito dele estava escrito e no vs. 31 está escrito que foram abertos
os seus olhos e a partir dali o conheceram, mas quando o conheceram ele
desapareceu da vista deles.
O conhecimento disso deve nos ajudar na vida da
oração porque a conversão também vem do Senhor e ela não vem da cooperação do
homem com Deus, mas de Deus. A salvação do homem é monergista.
Não somente conversão, mas todas as outras coisas,
tudo está nas mãos de Deus e nós em suas mãos e mesmo assim temos respeitadas
as nossas vontades de forma que não somos marionetes, mas criaturas livres para
agirmos.
No entanto, não posso deixar aqui o entendimento de
que creio no livre-arbítrio que eu não creio. O homem que precisa de salvação
está morto em seus delitos e pecados e jamais pode responder a Deus e com ele
cooperar na questão da salvação.
Primeiro, Deus o salva. Depois de salvo, ele até
pode morrer como aconteceu com aquele nosso irmão que morreu na cruz, ao lado
esquerdo de Jesus; se não morrer imediatamente depois de salvo, poderá viver
para ser conforme Cristo ou até que este seja formado nele – Gl 4:19.
Depois do prólogo, vem as condições onde Deus de sua
parte será o Deus da nação e eles lhe deveriam a obediência. Se não
obedecessem, viriam as maldições decorrentes e se obedecessem, as bênçãos da
obediência. As bênçãos, a oferta e as testemunhas veremos no próximo capítulo.
Não podemos deixar de perceber que o discurso estava
sendo feito à segunda geração que ia de pessoas que tinham todas as idades
desde os mais jovens até os mais velhos que deveriam estar ali na faixa dos 60
anos, sendo Moisés, Josué e Calebe vivos e os únicos mais velhos dentre o povo
todo.
O restante todo morreu no deserto conforme Moisés
estava lhes falando e eles estavam vendo. Moisés estava perto dos 120 anos e os
outros dois tinham mais de 80 anos cada um e o restante do povo, o mais velho
deles estava ali com seus sessenta anos e tudo viram e tudo ouviram, mas não
tinha participado da aliança, razão porque ainda estavam vivos.
Por isso que era necessária a renovação ou
ratificação da aliança com eles todos. Moisés sabia da importância daquele
momento e a ele se dedicava em nome de Deus e para a glória de Deus. Eles
entendiam o que se passava e eles estavam se mostrando interessados e queriam
fazer essa aliança.
Dt
29:1 Estas são as palavras da aliança que o SENHOR ordenou a Moisés
que fizesse com os filhos de
Israel, na terra de Moabe,
além da aliança que fizera com eles em Horebe.
Dt
29:2 E chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhes:
Tendes visto tudo quanto o
SENHOR fez perante vossos olhos,
na terra do
Egito, a Faraó, e a todos os seus servos,
e
a toda a sua terra;
Dt 29:3 As grandes provas que os
teus olhos têm visto,
aqueles sinais e
grandes maravilhas;
Dt 29:4 Porém não vos tem dado o
SENHOR
um coração para
entender, nem olhos para ver,
nem ouvidos para
ouvir, até ao dia de hoje.
Dt 29:5 E quarenta anos vos fiz
andar pelo deserto;
não se
envelheceram sobre vós as vossas vestes,
e nem se
envelheceu o vosso sapato no vosso pé.
Dt 29:6 Pão não comestes, e
vinho e bebida forte não bebestes;
para que
soubésseis que eu sou o SENHOR vosso Deus.
Dt 29:7 Vindo vós, pois, a este
lugar, Siom, rei de Hesbom,
e Ogue, rei de
Basã, nos saíram ao encontro, à peleja,
e
nós os ferimos;
Dt 29:8 E tomamos
a sua terra e a demos por herança
aos
rubenitas, e aos gaditas,
e
à meia tribo dos manassitas.
Dt
29:9 Guardai, pois, as palavras desta aliança, e cumpri-as,
para que prospereis em tudo
quanto fizerdes.
Dt 29:10 Vós todos estais hoje
perante o SENHOR vosso Deus;
os capitães de
vossas tribos, vossos anciãos,
e
os vossos oficiais, todos os homens de Israel;
Dt 29:11 Os vossos meninos, as
vossas mulheres, e o estrangeiro
que está no meio
do vosso arraial; desde o rachador da vossa lenha
até ao tirador da vossa água;
Dt 29:12 Para entrardes na
aliança do SENHOR teu Deus,
e no seu
juramento que o SENHOR
teu
Deus hoje faz convosco;
Dt 29:13 Para que hoje te
confirme por seu povo,
e ele te seja por
Deus, como te tem dito, e como jurou a teus
pais,
Abraão, Isaque e Jacó.
Dt 29:14 E não somente convosco
faço esta aliança e este juramento;
Dt 29:15 Mas com
aquele que hoje está aqui em pé conosco perante
o SENHOR nosso Deus, e com aquele que
hoje
não está aqui conosco.
Dt 29:16 Porque vós sabeis como
habitamos na terra do Egito,
e como passamos
pelo meio das nações pelas quais passastes;
Dt 29:17 E vistes as suas
abominações, e os seus ídolos, o pau e a
pedra, a prata e
o ouro que havia entre eles,
Dt 29:18 Para que entre vós não
haja homem, nem mulher,
nem família, nem
tribo, cujo coração hoje se desvie do SENHOR
nosso Deus, para que vá servir aos deuses
destas
nações;
para
que entre vós não haja raiz que dê veneno e fel;
Dt
29:19 E aconteça que, alguém ouvindo as palavras desta maldição,
se abençoe no seu coração,
dizendo: Terei paz, ainda que ande
conforme o
parecer do meu coração;
para
acrescentar à sede a bebedeira.
Dt 29:20 O SENHOR não lhe
quererá perdoar; mas fumegará
a ira do SENHOR e
o seu zelo contra esse homem,
e toda a maldição
escrita neste livro pousará sobre ele;
e o SENHOR
apagará o seu nome de debaixo do céu.
Dt 29:21 E o SENHOR o separará
para mal, de todas as tribos de Israel,
conforme a todas as maldições da aliança escrita no livro desta lei.
Dt 29:22 Então dirá à geração
vindoura, os vossos filhos,
que se levantarem
depois de vós, e o estrangeiro que virá de
terras
remotas, vendo as pragas desta terra,
e as suas
doenças, com que o SENHOR a terá afligido;
Dt 29:23 E toda a sua terra
abrasada com enxofre, e sal, de sorte
que não será
semeada, e nada produzirá, nem nela crescerá erva
alguma; assim como foi a destruição de
Sodoma
e de Gomorra, de Admá e de Zeboim,
que
o SENHOR destruiu na sua ira e no seu furor.
Dt 29:24 E todas as nações
dirão:
Por que fez o
SENHOR assim com esta terra?
Qual foi a causa
do furor desta tão grande ira?
Dt 29:25 Então se dirá:
Porquanto
deixaram a aliança do SENHOR Deus de seus
pais,
que com eles tinha feito, quando os tirou do
Egito;
Dt 29:26 E foram, e serviram a
outros
deuses, e se inclinaram diante deles;
deuses que eles
não conheceram, e nenhum dos quais lhes
tinha
sido dado. Dt 29:27 Por isso a ira do SENHOR
se
acendeu contra esta terra, para trazer sobre ela
toda
a maldição que está escrita neste livro.
Dt 29:28 E o SENHOR os arrancou
da sua terra com ira,
e com indignação,
e com grande furor, e os lançou em outra
terra
como neste dia se vê.
Dt 29:29 As coisas encobertas
pertencem ao
SENHOR nosso Deus,
porém as reveladas
nos pertencem a
nós e a nossos filhos
para
sempre, para que cumpramos todas as palavras
desta
lei.
O capítulo 29 termina com o vs. 29 nos falando de
coisas encobertas e de coisas reveladas o qual é muito usado na teologia para
defender a ideia da vontade secreta – decretatória – de Deus em contraste com a
vontade revelada – prescritiva.
Há um excelente artigo teológico na BEG, quando fala
de Êx 18, chamado de “A Vontade de Deus” que vale a pena a sua leitura e
reflexão. Vamos então agora ler, estudar, aprender, refletir e emitir nossas
opiniões em colaboração:
As Escrituras se
referem à vontade de Deus de várias maneiras. Uma vez que até mesmo a vontade
humana apresenta várias facetas, não devemos nos surpreender ao descobrir que a
vontade de Deus é bastante complexa. Tradicionalmente, a teologia reformada
enfatiza dois sentidos segundo os quais devemos entender a vontade de Deus.
Alguns teólogos reformados falam, ainda, de um terceiro sentido.
Em primeiro
lugar, as Escrituras nos falam da vontade decretiva de Deus. Trata-se do seu
decreto eterno de tudo o que deve ocorre na História, "seu eterno
propósito, segundo o conselho da sua vontade, pelo qual, para a sua própria
glória, ele predestinou tudo o que acontece" (BC 7). Nesse sentido, a
vontade de Deus é imutável e não pode, de maneira nenhuma, ser frustrada.
Aquilo que Deus decretou acontecerá exatamente do modo como ele ordenou.
A vontade
decretiva de Deus não pode ser conhecida de antemão, exceto por vislumbres
revelados nas profecias relativamente raras que Deus confirma por promessa ou
juramento. Mesmo nessas profecias pouco frequentes, apenas os parâmetros mais
gerais podem ser discernidos. O restante do plano eterno de Deus por meio do
qual ele ordena o universo permanece oculto dos seres humanos até que se
desdobre na História. Por esse motivo, somos chamados a confiar na bondade de
Deus, segundo a qual ele fará todas as coisas cooperarem para o nosso bem (Rm
8.28).
Em segundo
lugar, podemos falar da vontade normativa ou preceptiva de Deus, ou seja, a sua
vontade que se expressa em preceitos ou mandamentos. A vontade normativa
consiste, portanto, nos requisitos morais de Deus que ele torna conhecidos em
sua revelação geral e especial e é tema de várias passagens das Escrituras (1Cr
13.2; Ed 7.18; Rm 12.2; Ef 5.17; Cl 1.9; 1Ts 4.3-6; 5.16-18). Esse sentido da
vontade de Deus é conhecido em parte por meio da revelação natural ou geral.
Pode ser conhecido mais plenamente pelo estudo da Escrituras, onde se encontra
registrado. Na verdade, um dos propósitos centrais da revelação é nos ensinar a
vontade normativa de Deus.
Por fim, várias
tradições cristãs falam da vontade desiderativa de Deus como o seu desejo em
relação a coisas que jamais acontecerão e o seu pesar em relação as coisas que
já aconteceram. Por vezes, esse conceito é combinado com a ideia de que Deus
não pode fazer o que bem lhe aprouver, o que é contrário às Escrituras (SI
115.3). Não obstante, por vezes Deus expressa verdadeiramente esse tipo de
desejo e pesar (p. ex., Gn 6.6-7; 2Sm 24.16; Ez 18.23,32; 33.11).
Essas expressões
não são contrárias à sua vontade decretiva — Deus não é obrigado a fazer certas
coisas acontecerem contra a sua vontade. Antes, a vontade desiderativa de Deus
é intimamente relacionada à sua vontade normativa no sentido de que revela o
seu desejo sincero de que seus preceitos sejam obedecidos. As expressões de
desejo e pesar de Deus também mostram a sua misericórdia e o seu plano gracioso
para com suas criaturas, mesmo quando estas se rebelam contra ele. Por exemplo,
Deus disse a Moisés para se afastar, pois ele --- Deus — estava preste a
destruir a Israel (Êx 32.9-10). No entanto, depois de ouvir a oração de Moisés,
Deus teve compaixão e "se arrependeu... do mal que dissera havia de fazer
ao povo" (Êx 32.14). Deus também disse a Ezequiel que não tinha prazer na
morte dos perversos (Ez 33.11); antes, o seu desejo era que se arrependessem.
Seu desejo é expresso com frequência em ocasiões nas quais o evangelho é oferecido
(1Tm 2.4). Deus expressou preocupação até mesmo pela cidade pagã perversa de
Nínive (Jn 4.11). Jesus disse a uma Jerusalém personificada que reuniria os
filhos dela sob suas asas se ela tivesse sido receptiva (Mt 23.37). Alguns
intérpretes também consideram passagens como 1Tm 2.4 e 2Pe 3.17 expressões da vontade
desiderativa de Deus.
É possível ter
um amplo conhecimento da vontade desiderativa de Deus; ela é revelada em suas
emoções, ações, instruções e providência. Podemos descobrir o que Deus deseja
de nós e para nós ao estudar o seu caráter e os seus preceitos. Quando
discernirmos a vontade de Deus dessas maneiras, deveríamos ser levados a
servi-lo com gratidão e sinceridade.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
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A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...