Image by Bruce from Pixabay
Sempre foi procedimento padrão
para Satanás e seus servos atacarem argumentos fortes em favor da verdade como
se fossem fracos e errados. No mundo de hoje, observe com atenção qualquer
‘princípio’ ou ‘lei’ que Satanás esteja usando, como “tudo é relativo” ou
“discurso de ódio”. É o oposto que será verdade. O objetivo deste artigo é
abordar a questão do ódio. As atuais leis contra o “discurso de ódio” e os
“crimes de ódio” têm a clara implicação de que é errado odiar, odiar qualquer
coisa (geralmente são usadas contra os valores bíblicos). Tais leis representam
uma rebelião aberta contra o Soberano Criador do universo, porque Ele odeia, e
nos ordena a odiar.
Para começar, a natureza do
amor verdadeiro é geralmente mal compreendida. Se você ama alguém, você tem que
ser contra qualquer coisa que prejudique ou faça mal a essa pessoa. O amor de
Deus inclui necessariamente odiar o mal, por causa das consequências do mal que
prejudicarão a Sua ‘imagem’, as pessoas que Ele ama. Em Deuteronômio 33.2-3 a
“lei ardente” é uma expressão do amor de Deus pelo povo. Precisamente porque
Ele está preocupado com o nosso verdadeiro bem-estar, o Criador impõe as
consequências terrenas dos nossos pecados.
Hebreus 1.8-9 cita o Salmo
45.6-7, declarando que se refere a Deus, o Filho: entre outras coisas,
afirma-se que Ele odeia a 'iniquidade' (Salmo 45.7), enquanto a tradução para o
grego tem 'anomia'. ' (Hebreus 1.9). O próprio Cristo glorificado declara que
odeia as obras dos nicolaítas (Apocalipse 2.6). Jeová odeia o roubo (Isaías
61.8), o divórcio (Malaquias 2.16) e sete outras transgressões: “olhos altivos;
língua mentirosa; mãos que derramam sangue inocente; coração que traça planos
perversos; pés que se apressam a correr para o mal; a testemunha falsa que fala
mentiras; aquele que provoca discórdia entre irmãos” (Provérbios 6.16-19). “O
temor de Jeová é odiar o mal”, e a Sabedoria odeia: “orgulho; arrogância; o mau
caminho; a boca perversa” (Provérbios 8.13; e veja 9.10). No Salmo 97.10 temos
uma ordem: “Vós que amais a Jeová, odiai o mal!” Romanos 12.9 nos diz para
abominar o que é maligno; algo maligno é agressivamente mau. Vamos obedecer?
O Salmo 5.5 nos informa que
Jeová odeia todos os que praticam a iniquidade. Temos o hábito de ensinar que
Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Parece que sim, até certo ponto. Mas
quando alguém decide se juntar a Satanás, e faz questão de praticar o mal, esse
alguém atrai a ira de Deus. O Salmo 34.16 diz assim: “A face de Jeová está
contra os que praticam o mal, para apagar da terra a memória deles” (citado em
1 Pedro 3.12). Ora, para apagar a memória de alguém você deve começar apagando
a própria pessoa. Quando uma pessoa escolhe se tornar um aliado do mal, ela
está desafiando o Criador a matá-la. (Veja Salmos 26.5; 31.6; 101.3; 119.104,
113, 128, 163 — esses textos nos ajudam a entender a atitude de Davi no Salmo
139.21-22; é porque eles agem com malvadas intenções [versículo 20] que ele os
odeia.) Devemos aprender a odiar o pecado, o mal em toda e qualquer forma,
incluindo Satanás e seus anjos.
Considere Mateus 25.41: Então
Ele (o Filho do homem sentado no Seu trono de glória) dirá também aos que estão
à Sua esquerda: “Seus malditos! Apartem-se de mim para dentro do fogo eterno
que foi preparado para o diabo e seus anjos.” O Lago de fogo e enxofre foi
preparado para Lúcifer (agora Satanás) e aqueles anjos que se juntaram à sua
rebelião (cerca de um terço dos seres angélicos – Apocalipse 12.4). Os seres
humanos que tomam partido com Satanás (existem várias maneiras de fazer isso)
também compartilharão seu destino. O significado básico da palavra traduzida
como ‘anjo’ é ‘mensageiro’; muitos seres humanos são mensageiros de Satanás.
Como eles estão além da recuperação (Mateus 25.41, 2 Pedro 2.4, Apocalipse
20.10), estamos em uma guerra sem piedade, sem quartel, até a morte. Permanecer
passivo quando alguém está determinado a te matar é pedir a morte. Mas se você
é um soldado, isso é um abandono do dever. De acordo com o Salmo 78.9-10, Deus
tem uma visão negativa de tal atitude.
O Texto Sagrado é claro: o
caráter de Deus não muda, não pode ser alterado. Em Malaquias 3.6 o próprio
Jeová declara que não muda. Tiago 1.17 afirma a mesma coisa em outras palavras.
Hebreus 13.8 afirma algo semelhante a respeito de Jesus Cristo. Vamos dar
atenção especial a 2 Timóteo 2.13. “Se somos infiéis, Ele permanece fiel; Ele
não pode negar-se a si mesmo.” Ele não pode negar-se a si mesmo – não é óbvio?
Ele não pode ir contra a Sua própria natureza, a Sua própria essência; é uma
coisa que Deus não pode fazer. Ele é a Verdade e, portanto, não pode ser
infiel. É precisamente por essa razão que Ele é incapaz de mentir (Tito 1.2).
Ter a mente de Cristo é pensar como Ele (1 Coríntios 2.16), e Filipenses 2.5
coloca isso como uma ordem: “Haja em vocês a mesma maneira de pensar que houve
também em Cristo Jesus”. Se o Soberano Jesus odeia, nós também havemos de
odiar; isto é, odiar o que Ele odeia.
Agora consideremos
Deuteronômio 7.9-10: “Saibam, portanto, que Jeová, o seu Deus, é Deus; Ele é o
Deus fiel que mantém a aliança e a misericórdia por mil gerações com aqueles
que O amam e guardam os Seus mandamentos; e Ele retribui aqueles que O odeiam no
rosto, para destruí-los. Ele não demorará a retribuir no rosto aquele que O
odeia.” Se Deus retribui ao Seu odiador com destruição, e sem demora, então Ele
não oferece salvação a esse odiador.[1] Óbvio. 2 Pedro 2.17 afirma isto a respeito
dos aliados do mal descritos nos versículos 9-17: “para os quais a mais negra
escuridão está reservada eternamente”.[2] Encontramos a mesma expressão em Judas 13.
Com uma reserva eterna como essa, quais são as suas chances?
João 3.16 declara que dar o
Seu Filho foi uma expressão do amor de Deus pelo mundo. Portanto, Ele oferece
salvação àqueles a quem ama, não àqueles a quem odeia. Quem decide odiar a Deus
recebe o ódio de volta, e fica sem salvação. Em João 6.44 (e versículo 65) o
Senhor Jesus declara: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o
trouxer”, e deveria ser óbvio que o Pai não atrairá alguém a quem Ele odeia.
João 3.36 também vai direto ao ponto: “O que crê para dentro do Filho tem vida
eterna, mas o que desobedece ao Filho não verá a vida, mas a ira de Deus
permanecerá sobre ele.” Acaso o Pai iria trazer alguém que permanece sob Sua
ira? Como? O Texto declara que tal pessoa não verá a vida – nunca. Caro leitor,
se você pertence a Jesus, precisa entender que está em uma guerra, uma guerra
contra um inimigo implacável.
Leis como o “discurso de ódio”
e o “crime de ódio” são meras expressões do ódio de Satanás por Deus e por
todos os que são criados à imagem de Deus. Visto que todos os valores bíblicos
são expressões da preocupação de Deus pelo nosso bem-estar, Satanás odeia esses
valores e motiva os seus servos a trabalharem contra eles. Em Mateus 10.22 e
Marcos 13.13, o Soberano Jesus disse: “Sereis odiados de todos por causa do meu
nome”. Já acontece em muitos lugares que qualquer pessoa que tome uma posição
pública em defesa dos valores bíblicos é vituperada pelos meios de comunicação
– alguns já foram para a prisão em países que outrora foram ‘cristãos’. O mundo
já não é ‘pós-moderno’, está tornando-se cada vez mais anticristão. O outro
lado nos acusa de ódio para esconder o fato de que são eles os que odeiam, e o
seu ódio é virulento, amargamente hostil. Estão preparados para usar a
violência na sua oposição aos valores de Deus.
Então, o que nós podemos fazer
a respeito disso? Considere Lucas 10.19: “Atenção, eu estou dando[3]
a vocês a autoridade para pisotear serpentes e escorpiões, bem como sobre todo
o poder do inimigo, e nada poderá lhes fazer mal algum”. A última cláusula é
claramente sobre defesa, sobre proteção a nós mesmos. Em Mateus 28.18, o
Soberano Jesus afirma que Ele detém “toda a autoridade no céu e sobre a terra”;
então Ele é claramente competente para delegar parte dessa autoridade para nós.
Pois então, como funciona, na prática, a “autoridade sobre todo o poder do
inimigo”? Autoridade controla poder. Devemos usar a nossa autoridade para
proibir o uso do poder de Satanás, com referência a situações específicas – na
minha experiência, temos de ser específicos. Podemos limitar o que o inimigo
faz, mas não o colocar completamente fora de ação, ou pelo menos é o que
entendo. Mas como devemos fazer isso?
Na armadura descrita em
Efésios 6 encontramos “a espada do Espírito” (versículo 17). Uma espada é uma
arma de ataque, embora também seja usada para defesa. O Texto nos diz que essa
espada é “a ρημα de Deus” – ρημα, não λογος. É a Palavra de Deus falada ou
aplicada. Realmente, para que serve uma espada deixada na bainha? Por mais
maravilhosa que seja a nossa espada (Hebreus 4.12), para produzir efeito ela
tem que sair da bainha. A Palavra precisa ser falada ou escrita – aplicada de
uma maneira específica.[4]
Agora considere Efésios 3.20:
“Agora, Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que
pedimos ou imaginamos, de acordo com o poder que está operando em nós”. Efésios
1.19 fala da “incomparável grandeza do poder dEle dentro de nós que estamos
crendo” – observe que o verbo está no presente; ter crido ontem não vai
funcionar, devemos crer hoje. Este tremendo poder que Deus derrama para dentro
de nós, ao passo que cremos, excede a nossa capacidade de imaginação. Pois bem,
meu horizonte pessoal é limitado e definido pela minha capacidade de imaginar.
Qualquer coisa que eu não consigo imaginar fica fora do meu horizonte, e
portanto, obviamente, não vou pedi-la. Confesso com tristeza que ainda não
cheguei a um nível espiritual onde possa liberar esse poder – ainda estou por
fazer com que a verdade contida neste versículo funcione para mim. Mas entendo
que a verdade aqui afirmada é literal, e só espero que outros cheguem lá antes
de mim (para que eu possa aprender com eles), se eu continuar demorando. O objetivo
principal do exercício (versículo 21) é que Deus receba glória [não que eu me
divirta, embora se algum dia eu chegar lá certamente me divertirei muito!], e
na medida em que não colocamos Seu poder em nós para trabalhar, estamos
privando-O da glória que Ele poderia e deveria ter.
Considere Provérbios 28.1 –
“Os ímpios fogem embora ninguém os persiga, mas os justos são corajosos como um
leão”. Pode ter sido assim nos dias de Salomão, mas os tempos mudaram. Hoje em
dia é o povo de Satanás que é ousado. Não é assim que deveria ser. O Soberano
Jesus disse que Seus discípulos são “o sal da terra” e “a luz do mundo” (Mateus
5.13-14). Tanto o sal quanto a luz são agressivos. Se você colocar um pouco de
sal em uma panela de arroz, ele tempera todo o conteúdo. A escuridão é apenas a
ausência de luz. Se você acender a luz em um quarto escuro, a escuridão
desaparecerá. Diante da perseguição, os primeiros cristãos oraram: “Agora,
Senhor, considera as ameaças deles, e concede aos Teus servos que anunciem a
Tua Palavra com toda a ousadia” (Atos 4.29). E Deus atendeu ao seu pedido!
Chegou a hora de fazermos nós a mesma coisa.
[1]
Em Joel 3.4 Jeová se expressa assim: “De fato,
que tendes vós a ver comigo, ó Tiro e Sidom, e todas as regiões da Filístia? Vocês querem retaliar contra mim? Pois se
retaliarem contra mim, ágil e veloz farei tornar a vossa retaliação sobre a
vossa própria cabeça.” Deus demonstra a mesma atitude que em Deuteronômio 7.10 – Ele não tolera
a perversidade.
[2]
Essa escuridão está associada ao reino de
Satanás, porque “Deus é luz e Nele não há escuridão alguma” (1
João 1.5). Peter afirma que eles compartilharão o mesmo destino de seu chefe.
[3]
Em vez de 'estou dando', talvez 2,5% dos
manuscritos gregos, de qualidade objevamente inferior, trazem 'dei' (como na NVI, NASB, LB,
TEV, etc.) - um sério erro. Jesus disse isso talvez cinco meses antes de Sua morte
e ressurreição, dirigindo-se aos setenta (não apenas aos doze). O Senhor está
falando sobre o futuro, não sobre o passado; um futuro que nos inclui a nós!
[4]
Na Bíblia temos muitos
exemplos de pessoas que colocaram o poder de Deus em ação ao falar. Nosso mundo
começou com uma palavra criativa de Deus – falada
(Gênesis, 1.3, 6, 9, 11, 14, 20, 24, 26; e veja Hebreus 11.3). Moisés
falou muito. Elias falou (1 Reis 17.1, 18.36, 2 Reis 1.10). Eliseu falou (2
Reis 2.14, 21, 24; 4.16, 43; 6.19). Jesus falou muito. Ananias falou (Atos
9.17). Pedro falou (Atos 9.34, 40). Paulo falou (Atos 13.11; 14.3, 10; 16.18;
20.10; 28.8). Em suma, temos de falar!
0 comentários:
Postar um comentário
Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.