terça-feira, 12 de maio de 2015
terça-feira, maio 12, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 43:1-27 - O RETORNO DA GLÓRIA DE DEUS!
Ressaltamos que já vimos:
·        
Os
oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação
do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·        
Uma
seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição
de outras nações.
E agora, estamos vendo a terceira e última
parte de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas futuras
bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio).
3. O retorno da glória de Deus (43.1-27).
Veremos nesse capítulo fantástico o retomo
da glória de Deus. 
Aquele ser que guiava Ezequiel continuou a
conduzi-lo e agora estava sendo levado para a porta leste, a porta do oriente e
ali surge diante dele a glória do Deus de Israel que vinha do caminho do
oriente. Impressionou-o a voz como de muitas águas e a terra sendo
resplandecida com a sua própria glória.
Anteriormente Ezequiel tivera uma visão da
glória do Senhor deixando Jerusalém (10.18-22; 11.22-24), aqui, ele testemunhou
o seu retorno. 
A glória chegou do leste, a mesma direção
que havia tomado ao partir (11.23). Era da mesma aparência a visão que teve
quando Deus veio destruir a cidade, como aquelas que teve junto ao rio Quebar e
ele, não resistindo, caiu com o seu rosto em terra – vs. 3.
A glória do Senhor também havia enchido o
tabernáculo e o templo de Salomão quando de sua dedicação (Êx 40.34-35; 1Rs
8.10-11; 2Cr 5.13-14, 7.1-2; cf. Is 60.1-3). Veja também o texto de 11.22-25,
conforme já falamos acima. E agora ela entrava no templo pelo caminho da porta
oriental.
O templo do período da restauração não foi
construído segundo o modelo da visão de Ezequiel; era uma estrutura mais
modesta que o templo de Salomão (Ed 3.12-13; Ag 2.3). Entretanto, Ageu predisse
que a glória do segundo templo excederia a do primeiro (Ag 2.7-9). 
Essa esperança da glória de Deus vindo ao
segundo templo foi cumprida além da expectativa quando Jesus fez morada entre o
povo e a sua glória foi revelada (Jo 1.14); ele próprio era o esplendor da
glória de Deus, a expressão exata do seu ser (Hb 1.3). 
Entrou no templo e encheu também o templo.
Foi nesse instante que ouviu uma voz que vinha de dentro do templo de um ser
que falava com ele.
E ele lhe disse que este era o lugar do seu
trono e o lugar para a sola dos seus pés onde, ali, viveria para sempre, entre
os israelitas. O templo de Jerusalém era o lugar onde Deus tinha o seu trono;
ele estava entronizado acima da arca no Lugar Santíssimo (1Sm 4.4; 2Sm 6.2; 2Rs
19.15; 1Cr 13.6; SI 80.1; 99.1; 132.13-14; Is 37.16). 
Por causa de sua moradia junto com eles, a
nação de Israel jamais contaminaria o seu santo nome, nem eles nem seus reis,
mediante a sua prostituição e os ídolos sem vida de seus reis em seus
santuários nos montes – vs. 7.
Nos vs. 8 e 9, ele fala de uma intimidade
tão grande com os israelitas que o que separavam eles era uma parede e foi por
ela que ele viu ou ouviu que eles contaminaram o seu santo nome com suas
práticas repugnantes. Eles deveriam se afastar dessas práticas, de seus ídolos
sem vida e ele viveria para sempre com eles.
Hoje, em Cristo Jesus, nenhuma barreira há
mais entre nós e nosso Deus e o convite de Hebreus 10.19 é de ousadia para
entrarmos no Santo dos Santos onde lá temos um Sumo Sacerdote para sempre.
Ezequiel, sendo tratado aqui de filho do
homem, deveria descrever o templo para a nação de Israel para que eles ficassem
envergonhados dos seus pecados. Eles deveriam analisar o modelo e serem
observados se iriam ou não ficarem envergonhados. Se ficassem, deveria o filho
do homem mostrar a planta do templo - sua disposição, suas saídas e suas
entradas — toda a sua planta e todas as suas estipulações e leis. Deveria ele
por escrito essas coisas diante deles para que fossem fiéis à planta e
seguissem as suas estipulações – vs. 11.
Como os modelos dos santuários, as plantas
para o templo na visão de Ezequiel eram de origem divina. (40.1-48.35). Como
Moisés, que havia dado a Israel as leis para o tabernáculo, Ezequiel viu a
promessa apenas a distância, numa visão (Nm 27.12-13; Dt 32.52; 34.4). 
O verso 12 fala claramente que essa era a
lei do templo! A visão do templo que foi concedida a Ezequiel é o único código
de lei cerimonial da Bíblia não proveniente da boca de Moisés. Como Moisés,
Ezequiel recebeu a lei durante a sua permanência numa alta montanha (40.2; Êx
25.9,40). 
Em seguida – vs. 13 ao 17 - continua o ser
angelical as suas medições falando das medidas do altar e de suas
características, envolvendo a fornalha do altar, a saliência superior, suas
abas, calhas, degraus. 
O altar era construído como uma série de
plataformas, cada uma menor que a imediatamente inferior, reminiscência dos
zigurates mesopotâmicos. Os rabinos antigos tiveram muitas discussões sobre
esse altar, uma vez que a sua construção contrariava a ordem de que o altar não
deveria ter degraus (Êx 20.24-26).
Dos versos 18 ao 27, são dadas determinações
para a consagração do altar. Quanto à aspersão do sangue, veja Êx 29.16; Lv
4.6; 5.9. 
O novilho para a oferta pelo pecado no
lugar determinado da área do templo, deveria ser queimado fora do santuário - (Êx
29.14; Lv 4.12,21; 8.17; 9.11; 16.27.) O escritor de Hebreus entendeu essas
instruções como um aspecto da oferta que Cristo fez de si mesmo (Hb 13.11-13).
Os regulamentos que deveriam ser seguidos
no sacrifício dos holocaustos e na aspersão do sangue no altar, quando ele
fosse construído, deveriam ser:
·        
No
primeiro dia um novilho era sacrificado como oferta pelo pecado (vs. 18-21).
·        
No
segundo um bode era oferecido (vs. 22-24). 
·        
Nos
dias restantes, um bode, um novilho e um carneiro eram oferecidos (vs. 25-26). 
Depois desse período de consagração, as
oferendas regulares poderiam ter início (vs. 27). Compare com os sete dias de
dedicação do templo de Salomão (2Cr 7.8-9): 
“Salomão consagrou a parte central do pátio, que ficava na frente do
templo do Senhor, e ali ofereceu holocaustos e a gordura das ofertas de
comunhão, pois o altar de bronze que Salomão tinha construído não comportava os
holocaustos, as ofertas de cereal e as porções de gordura.
Durante
sete dias, Salomão, juntamente com todo o Israel, celebrou a festa; era uma
grande multidão, gente vinda desde Lebo-Hamate até o ribeiro do Egito.”
Os sacerdotes que não eram membros do clã
de Zadoque (43.19) haviam sido impedidos de servir como sacerdotes - 44.15.  
Ez 43:1 Então me levou à porta, 
à porta que
dá para o oriente. 
Ez
43:2 E eis que a glória do Deus de Israel 
vinha
do caminho do oriente; 
e a sua voz
era como a voz de muitas águas, 
e
a terra resplandecia com a glória dele. 
Ez 43:3 E a
aparência da visão que tive 
era
como a da visão que eu tivera 
quando
ele veio destruir a cidade; 
eram
as visões como a que tive junto ao rio Quebar; 
e
caí com o rosto em terra. 
Ez 43:4 E a
glória do Senhor entrou no templo 
pelo
caminho da porta oriental. 
Ez 43:5 E
levantou-me o Espírito, 
e
me levou ao átrio interior; 
e
eis que a glória do Senhor encheu o templo. 
Ez 43:6 Então
ouvi uma voz que me foi direita de dentro do templo; 
e
um homem se achava de pé junto de mim. 
Ez 43:7 E disse-me: 
Filho do
homem, este é o lugar do meu trono, 
e
o lugar das plantas dos meus pés, 
onde
habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; 
e
os da casa de Israel não contaminarão 
mais
o meu nome santo, 
nem
eles nem os seus reis, 
com as suas
prostituições e com os cadáveres 
dos
seus reis, nos seus altos, 
Ez
43:8 pondo o seu limiar ao pé do meu limiar, 
e
os seus umbrais junto aos meus umbrais, 
e
havendo apenas um muro entre mim e eles. 
Contaminaram
o meu santo nome com as abominações 
que
têm cometido; 
por
isso eu os consumi na minha ira. 
Ez 43:9 Agora
lancem eles para longe de mim 
a
sua prostituição e os cadáveres dos seus reis; 
e
habitarei no meio deles para sempre. 
Ez 43:10 Tu
pois, ó filho do homem, 
mostra
aos da casa de Israel o templo, 
para
que se envergonhem das suas iniqüidades; 
e
meçam o modelo. 
Ez 43:11 E se
eles se envergonharem de tudo quanto têm feito, 
faze-lhes
saber a forma desta casa, 
a
sua figura, as suas saídas e as suas entradas, 
e
todas as suas formas; todas as suas ordenanças 
e todas as
suas leis; escreve isto à vista deles, 
para
que guardem toda a sua forma, 
e
todas as suas ordenanças e as cumpram. 
Ez 43:12 Esta é a lei do templo: 
Sobre o cume
do monte todo o seu contorno em redor será santíssimo. 
Eis
que essa é a lei do templo. 
Ez 43:13 São
estas as medidas do altar em côvados 
(o
côvado é um côvado e um palmo): 
a parte
inferior 
será
de um côvado de altura e um côvado de largura, 
e a sua
borda, junto a sua extremidade ao redor, 
de
um palmo; e esta será a base do altar. 
Ez 43:14 E do
fundo, desde o chão até a saliência de baixo, 
será
de dois côvados, e de largura um côvado; 
e desde a
pequena saliência até a saliência grande 
será
de quatro côvados, e a largura de um côvado. 
Ez 43:15 E o
altar superior 
será
de quatro côvados; 
e
da lareira do altar para cima se levantarão quatro pontas. 
Ez 43:16 E a
lareira do altar 
terá
doze côvados de comprimento, 
e
doze de largura, quadrado nos quatro lados. 
Ez 43:17 E a
saliência 
terá
catorze côvados de comprimento e catorze de largura, 
nos seus
quatro lados; e a borda, ao redor dela, 
será
de meio côvado; 
e o fundo
dela 
será
de um côvado, ao redor; 
e
os seus degraus darão para o oriente. 
Ez 43:18 E disse-me: 
Filho do
homem, assim diz o Senhor Deus: 
São
estas as ordenanças para o altar, 
no
dia em que o fizerem, para oferecerem sobre ele 
holocausto
e para espargirem sobre ele sangue. 
Ez 43:19 Aos
sacerdotes levitas que são da linhagem de Zadoque, 
os
quais se chegam a mim para me servirem, 
diz
o Senhor Deus, 
darás
um bezerro para oferta pelo pecado. 
Ez 43:20 E
tomarás do seu sangue, 
e
o porás sobre as quatro pontas do altar, 
sobre
os quatro cantos da saliência 
e
sobre a borda ao redor; 
assim
o purificarás e os expiarás. 
Ez 43:21
Então tomarás o novilho da oferta pelo pecado, 
o
qual será queimado no lugar da casa para isso ordenado, 
fora
do santuário. 
Ez 43:22 E no
segundo dia oferecerás um bode, 
sem
mancha, para oferta pelo pecado; 
e
purificarão o altar, como o purificaram com o novilho. 
Ez 43:23
Quando acabares de o purificar, 
oferecerás
um bezerro, sem mancha, 
e
um carneiro do rebanho, sem mancha. 
Ez 43:24
Trá-los-ás, pois, perante o Senhor; 
e
os sacerdotes deitarão sal sobre eles, 
e
os oferecerão em holocausto ao Senhor. 
Ez 43:25
Durante sete dias prepararás cada dia um bode 
como
oferta pelo pecado; 
também
prepararão eles um bezerro, 
e
um carneiro do rebanho, sem mancha. 
Ez 43:26 Por
sete dias expiarão o altar, 
e
o purificarão; assim o consagrarão. 
Ez 43:27 E,
cumprindo eles estes dias, será que, 
ao
oitavo dia, 
e
dali em diante, 
os sacerdotes
oferecerão sobre o altar 
os
vossos holocaustos e as vossas ofertas pacíficas; 
e
vos aceitarei, diz o Senhor Deus. 
Durante sete dias os sacerdotes deveriam
estar fazendo propiciação pelo altar, purificando-o e assim eles estariam consagrando-o.
No final desses dias de consagração, a partir do oitavo dia, os sacerdotes
apresentariam os holocaustos e os sacrifícios de comunhão sobre o altar. 
Assim, Deus os aceitaria, essa era a
palavra final deste capítulo, vs. 26 e 27.
...
 
 










 

 
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2 comentários:
Não posso afirmar com toda a segurança, mas tenho forte impressão de que o que fez os israelitas recuarem diante do Templo de Ezequiel, foi justamente o que se encontra no versículo 12:"... toda a área ao redor, no topo do monte, será santíssima." Isso requeria compromisso de santidade para toda a nação. Diante disso, eles preferiram recuar. Hoje, depois do Sacrifício do Nosso Senhor Jesus Cristo, a Obra Santificadora do Espírito nos capacita para vivermos em santidade, desde que ofereçamos nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional.
Excelente estudo :)
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.