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sábado, 28 de novembro de 2015

Atos 27 1-44 - NAVIO DE ALEXANDRIA NAUFRAGA NO MAR - NENHUMA VÍTIMA!

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 27, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 27
Atos 27 é a história da viagem de Paulo à Itália, de navio, sendo que há um naufrágio com perda total da carga e do navio, mas de nenhuma das 276 almas.
Fiquei curioso com o detalhe das 276 almas. Isto mostra meticulosidade e muita atenção nos detalhes. Com certeza quem contou ou prestou atenção a isso, estava bem atento a tudo. Parece-me com Lucas mesmo.
Paulo tinha a garantia pessoal de Cristo de que ele daria testemunho dele em Roma e como se não bastasse um anjo lhe aparece e lhe afirma que vai à Roma e que nenhum dos 276 passageiros daquele navio se perderiam, mas seriam dados a ele.
Um homem de Deus, acompanhado de outros homens de Deus, anjos e ministrações proféticas, uma tempestade muito terrível, muitas almas humanas, 276 presos, guardas, a tripulação. Era esse o ambiente e as circunstâncias que Paulo estava ali administrando e glorificando ao Senhor.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – já vimos; C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22) – já vimos; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14) – já vimos; E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32) – já vimos; F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16) – começaremos a ver agora; e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16).
Lucas registra que Paulo apelou para César. Ele foi entregue a um centurião chamado Júlio que pertencia ao Regimento Imperial. Essa viagem para Roma foi muito perigosa, mas Deus protegeu a vida de Paulo, da tripulação do navio, de todos os passageiros e o evangelho continuou a ser espalhado.
O navio em que embarcaram se chamava Adramitino. Esse nome se refere à Adramítio, uma cidade da Mísia que estava situada ao sudeste de Trôade, defronte à ilha de Lesbos. O navio iria para alguns lugares da Ásia e saíram ao mar, estando com eles, na viagem, Aristarco, um macedônio de Tessalônica. Paulo viajou com dois companheiros: Lucas, o médico (CI 4.14), e Aristarco (Cl 4.10; Fm 24) de Tessalônica.
Esse capítulo está repleto de termos náuticos e direções, evidenciando que o autor foi testemunha ocular dos acontecimentos.
No dia seguinte ao embarque chegaram a Sidom. Um porto fenício, distante cerca de 110 km ao norte de Cesareia e 40 km ao norte de Tiro (21.3). Enquanto o navio recebia carregamento adicional, Paulo aproveitou para visitar um grupo de cristãos que moravam ali. Isso somente foi possível, graças a generosidade de Júlio, o centurião.
Depois, passaram ao norte de Chipre. Isto é, navegaram perto da costa, ao longo da extremidade leste da ilha de Chipre, pois desse modo o navio ficava protegido dos ventos de verão e outono que vinham do oeste.
Em seguida atravessaram o mar aberto ao longo da Cilicia e Panfilia. O navio seguiu pela costa da Síria em direção ao norte, passando por Antioquia da Síria, e depois contornou para oeste, passando por Atália da Panfilia, até chegar a Mirra, a cidade mais importante da província da Lida nos dias de Paulo. Mirra era um importante porto para navios graneleiros que navegavam entre Alexandria e Roma.
Em Mirra, na Lícia, trocaram de navio e embarcaram num navio alexandrino. A navegação estava muito vagarosa, difícil por causa dos ventos contrários e Paulo já advertida a todos que a viagem seria complicada mesmo, inclusive com perdas e prejuízos para a carga e suas vidas – vs. 10.
Dessa vez, o centurião não mais ouviu a Paulo, mas passou a dar ouvidos aos conselhos do piloto e do dono do navio. O capitão e o proprietário (mestre) do navio desejavam alcançar o porto que ficava em Fenice, maior e mais seguro, cerca de 65 km a oeste; porém, passando além do cabo de Matala, o navio ficaria exposto aos ventos vindos do noroeste.
Estava tudo indo bem com o vento sul e até já pensavam que tinham alcançado o que desejavam e assim levantaram as âncoras e foram navegando pela costa de Creta, mas logo veio um vento muito forte, chamado Nordeste e o navio foi arrastado pela tempestade, as manobras foram suspensas e ele ficou totalmente à deriva.
Devido ao perigo das tempestades violentas que ocorriam no mar Mediterrâneo, os navios antigos carregavam cordas que, em caso de emergência, eram amarradas de uma lateral à outra do navio, passando por baixo do casco, o que ajudava a reforçar a embarca contra o vento e as ondas.
Temendo que o navio pudesse se desviar do curso e parar em Sirte, uma região cheia de bancos de areia que ficava no norte da África, os marinheiros parecem ter baixado algum objeto na parte posterior do navio que passou a oferecer resistência permitindo o  progresso da embarcação.  
O perigo não havia passado e o castigo da tempestade era muito forte e assim, já em desespero, começaram a lançar fora a carga do navio. No terceiro dia dessa situação, lançaram fora a armação do navio.
O sol não surgia, nem estrelas à noite, mas somente havia tempestade forte de tal modo que toda a esperança de salvamento já também estava indo embora.
Paulo censura a atitude deles de não terem dado ouvidos a ele e aconselhou-os a comerem e se fortalecerem e deu uma palavra profética de que nenhum deles se perderia, mas o navio seria inteiramente destruído.
Ele então explicou a eles porque tinha falado aquilo e aproveitou para pregar o evangelho a todos. Ele dizia que um anjo de seu Deus a quem adorava tinha surgido a ele de noite e lhe falado que pela graça de Deus, ele tinha dado todos quantos navegam naquele barco com ele. Deus, em sua graça e providência, estaria salvando a vida de todos.
Em seguida os fortaleceu e pediu que cobrassem ânimo, pois tudo se sucederia como ele estava falando. Eles deveriam ser arrastados para alguma ilha próxima - a ilha de Malta, no sul da Sicília.
Já era a décima quarta noite e ainda estavam sendo levados de um lado para o outro no mar Adriático quando os marinheiros imaginaram que estavam próximos da terra.
Começaram a medir a profundidade e ela ia diminuindo e veio temor sobre eles de que o navio pudesse se espatifar em pedras e lançaram quatro âncoras para prender o navio ali. Também começaram a baixar o bote salva-vidas com o pretexto de lançar âncoras da proa.
Paulo novamente advertiu o centurião e os soldados que se eles saíssem do navio, estariam correndo sérios riscos. Acatando os conselhos de Paulo, cortaram as cordas do bote salva-vidas e este caiu no mar.
Paulo insistia que eles comessem e se fortalecessem e voltou a afirmar que ninguém iria se perder, exceto o navio. Veja o vs. 34 “nenhum de vós perderá nem mesmo um fio de cabelo”. Deus controla até mesmo os mais ínfimos detalhes da vida de uma pessoa (Lc 21.18). É tão bom descansarmos na soberania, na sabedoria e na bondade de Deus diante de todas as circunstâncias.
Paulo já estava dominando a cena. Ele tomou do pão, deu graças a Deus diante de todos, partiu o pão e começaram a comer. O resultado foi que todos comeram e se fortaleceram. À bordo havia ao todo umas duzentas e setenta e seis pessoas.
O número exato de passageiros ligado à construção da frase na primeira pessoa do plural indica que Lucas foi testemunha ocular e companheiro de Paulo durante a viagem. Tal quantidade de pessoas a bordo de um navio antigo como esse não era incomum, pois alguns navios desse período tinham capacidade de carga muito maior do que essa.
Em seguida, estando todos saciados, lançaram ao mar todo o trigo que carregavam. Quando amanheceu viram uma enseada com uma praia e para ali resolveram tentar conduzir o navio, se isso fosse mesmo possível. Cortaram as âncoras e tentaram, mas o navio encalhou num banco de areia. Era este um lugar onde duas correntes se encontravam.
Refere-se ao canal estreito que hoje recebe o nome de baía de São Paulo, situado entre a ilha de Malta e a ilha de Salmoneta, onde as correntes criam bancos de areia. Esse detalhe náutico indica que Lucas foi testemunha ocular desse acontecimento.
Ali, preso, o navio sofrendo o efeito e a violência das ondas e correntes, não resistiu e começou a partir-se. Vendo isso, os soldados resolveram matar os prisioneiros todos para impedir que fugissem.
Ainda bem que Júlio, o centurião, estava ali e queria preservar a vida de Paulo e os impediu de executar o seu plano. Ele ordenou aos que sabiam nadar que se lançassem ao mar e nadassem em direção à terra. Os que não sabiam nadar, deveriam se salvar segurando em objetos como tábuas, pedaços do navio e assim, todos chegaram a salvo em terra. Nenhuma daquelas vidas se perdeu e eu creio que nenhum fio de cabelo deles ficou naquele mar.
At 27:1 E, como se determinou que navegássemos para a Itália,
entregaram Paulo e alguns outros presos a um centurião
por nome Júlio, da corte augusta.
At 27:2 E, embarcando em um navio de Adramítio,
que estava prestes a navegar em demanda dos portos
pela costa da Ásia,
fizemo-nos ao mar, estando conosco Aristarco,
macedônio de Tessalônica.
At 27:3 No dia seguinte chegamos a Sidom,
e Júlio, tratando Paulo com bondade,
permitiu-lhe ir ver os amigos e receber deles
os cuidados necessários.
At 27:4 Partindo dali, fomos navegando a sotavento de Chipre,
porque os ventos eram contrários.
At 27:5 Tendo atravessado o mar ao longo da Cilícia e Panfília,
chegamos a Mirra, na Lícia.
At 27:6 Ali o centurião achou um navio de Alexandria
que navegava para a Itália,
e nos fez embarcar nele.
At 27:7 Navegando vagarosamente por muitos dias,
e havendo chegado com dificuldade defronte de Cnido,
não nos permitindo o vento ir mais adiante,
navegamos a sotavento de Creta, à altura de Salmone;
At 27:8 e, costeando-a com dificuldade,
chegamos a um lugar chamado Bons Portos,
perto do qual estava a cidade de Laséia.
At 27:9 Havendo decorrido muito tempo
e tendo-se tornado perigosa a navegação,
porque já havia passado o jejum,
Paulo os advertia, At 27:10 dizendo-lhes:
Senhores, vejo que a viagem vai ser com avaria
e muita perda não só para a carga e o navio,
mas também para as nossas vidas.
At 27:11 Mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao dono do navio
do que às coisas que Paulo dizia.
At 27:12 E não sendo o porto muito próprio para invernar,
os mais deles foram de parecer que daí se fizessem ao mar
para ver se de algum modo podiam chegar a Fênice,
um porto de Creta que olha para o nordeste
e para o sueste, para ali invernar.
At 27:13 Soprando brandamente o vento sul,
e supondo eles terem alcançado o que desejavam,
levantaram ferro e iam costeando Creta bem de perto.
At 27:14 Mas não muito depois desencadeou-se do lado da ilha
um tufão de vento chamado euro-aquilão;
At 27:15 e, sendo arrebatado o navio e não podendo navegar
contra o vento,
cedemos à sua força e nos deixávamos levar.
At 27:16 Correndo a sota-vento de uma pequena ilha chamada Clauda,
somente a custo pudemos segurar o batel,
At 27:17 o qual recolheram,
usando então os meios disponíveis para cingir o navio;
e, temendo que fossem lançados na Sirte,
arriaram os aparelhos e se deixavam levar.
At 27:18 Como fôssemos violentamente açoitados pela tempestade,
no dia seguinte começaram a alijar a carga ao mar.
At 27:19 E ao terceiro dia,
com as próprias mãos lançaram os aparelhos do navio.
At 27:20 Não aparecendo por muitos dia nem sol nem estrelas,
e sendo nós ainda batidos por grande tempestade,
fugiu-nos afinal toda a esperança de sermos salvos.
At 27:21 Havendo eles estado muito tempo sem comer,
Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse:
Senhores, devíeis ter-me ouvido e não ter partido de Creta,
para evitar esta avaria e perda.
At 27:22 E agora vos exorto a que tenhais bom ânimo,
pois não se perderá vida alguma entre vós,
mas somente o navio.
At 27:23 Porque esta noite me apareceu um anjo do Deus
de quem eu sou e a quem sirvo, At 27:24 dizendo:
Não temas, Paulo,
importa que compareças perante César,
e eis que Deus te deu
todos os que navegam contigo.
At 27:25 Portanto, senhores, tende bom ânimo;
pois creio em Deus
que há de suceder assim como me foi dito.
At 27:26 Contudo é necessário irmos dar em alguma ilha.
At 27:27 Quando chegou a décima quarta noite,
sendo nós ainda impelidos pela tempestade no mar de Ádria,
pela meia-noite,
suspeitaram os marinheiros a proximidade de terra;
At 27:28 e lançando a sonda, acharam vinte braças;
passando um pouco mais adiante,
e tornando a lançar a sonda,
acharam quinze braças.
At 27:29 Ora, temendo irmos dar em rochedos,
lançaram da popa quatro âncoras,
e esperaram ansiosos que amanhecesse.
At 27:30 Procurando, entrementes, os marinheiros fugir do navio,
e tendo arriado o batel ao mar sob pretexto de irem lançar âncoras pela proa,
At 27:31 disse Paulo ao centurião e aos soldados:
Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos.
At 27:32 Então os soldados cortaram os cabos do batel e o deixaram cair.
At 27:33 Enquanto amanhecia,
Paulo rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo:
É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis em jejum,
não havendo provado coisa alguma.
At 27:34 Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa,
porque disso depende a vossa segurança;
porque nem um cabelo cairá
da cabeça de qualquer de vós.
At 27:35 E, havendo dito isto,
tomou o pão, deu graças a Deus na presença de todos
e, partindo-o começou a comer.
At 27:36 Então todos cobraram ânimo
e se puseram também a comer.
At 27:37 Éramos ao todo no navio
duzentas e setenta e seis almas.
At 27:38 Depois de saciados com a comida,
começaram a aliviar o navio,
alijando o trigo no mar.
At 27:39 Quando amanheceu,
não reconheciam a terra;
divisavam, porém, uma enseada com uma praia,
e consultavam se poderiam nela encalhar o navio.
At 27:40 Soltando as âncoras,
deixaram-nas no mar, largando ao mesmo tempo as amarras do leme;
e, içando ao vento a vela da proa,
dirigiram-se para a praia.
At 27:41 Dando, porém, num lugar onde duas correntes se encontravam,
encalharam o navio;
e a proa, encravando-se, ficou imóvel,
mas a popa se desfazia com a força das ondas.
At 27:42 Então o parecer dos soldados era
que matassem os presos para que nenhum deles fugisse,
escapando a nado.
At 27:43 Mas o centurião,
querendo salvar a Paulo,
estorvou-lhes este intento;
e mandou que os que pudessem nadar fossem os primeiros
a lançar-se ao mar
e alcançar a terra;
At 27:44 e que os demais se salvassem,
uns em tábuas
e outros em quaisquer destroços do navio.
Assim chegaram todos à terra salvos.
Houve até um levante dos guardas que queriam dar fim nos presos por medo deles escaparem, mas o intento maligno foi contido e Paulo foi salvo da morte. Ah como seria bom se andássemos de fé em fé crendo que Deus está no controle de tudo!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.