O
livro de Ester foi escrito – desconhece-se o autor, embora a tradição judaica
atribua ela a um judeu persa que morava em Susã – foi escrito muito
provavelmente, conforme a BEG, em 331 a.C.
A
Bíblia em Ordem Cronológica aponta que a história de Ester se deu em 483 a.C.,
na época em que houve o início do reinado de Assuero (Xerxes), mas não menciona
quando, nem por quem ela tenha sido escrita.
Percebe-se
no texto alguns interesses do autor como pela origem e pela observância da
Festa do Purim, o seu profundo nacionalismo e o seu grande conhecimento dos
costumes, da geografia e da corte persa.
O
propósito que se vê em Ester é estabelecer a Festa de Purim como um memorial
pelo livramento que Deus concedeu ao seu povo e como um lembrete para que
permanecessem fiéis a ele mesmo quando estivessem vivendo sob opressão.
São
verdades fundamentais compartilhadas pela BEG:
·Por
vezes, o povo de Deus sofrerá intensamente nas mãos dos inimigos de Deus, em
especial, devido a perseguição de Satanás pela semente messiânica.
·Deus
preservará o seu povo nos seus períodos de grande opressão.
·O
Senhor derrotará aqueles que oprimem o seu povo, tirará o povo do seu estado de
humilhação e o exaltará.
·O
povo de Deus deve buscar a ajuda de Deus e permanecer fiel a ele apesar das
provações nos sofrimentos.
·O
povo de Deus deve celebrar com fidelidade as maravilhas dos livramentos que
Deus operou no passado a fim de ter ânimo para enfrentar as provações do
presente.
O
livro de Ester, conforme a BEG, é reconhecido pela sua riqueza literária, que
funciona como o principal veículo para o significado religioso do livro. É uma
narrativa envolvente e detalhada que se concentra nas ações e nos papéis dos
seus personagens.
Não
posso deixar de expor aqui a grande contribuição da BEG sobre a análise literária
deste livro, conforme segue abaixo estruturada de forma mais tópica e metódica
que contribuirá muito para expormos nossas ideias e reflexões neste fantástico
livro que é uma verdadeira obra hebraica de arte bíblica literária.
O
autor escreveu uma história cheia de tensão ao registrar literariamente as
reviravoltas, os grandes contrastes, as repetições/duplicações, a predição nos
destinos de seus personagens, bem como nas suas expectativas e papéis
frequentemente irônicos.
Os
impressionantes contrastes:
·Entre
as descrições dos banquetes de Assuero e
de Vasti, sendo o primeiro, descrito com muitos detalhes e o segundo, de modo
tão sucinto (1:1-8; 1:9).
·Entre
o retrato inicial do rei, como um potentado poderoso e magnífico e a
subsequente revelação de sua incompetência e falta de poder (1:1-8; 1:13,14).
·Entre
a reação do rei à recusa de Vasti em aparecer diante dele e ao espontâneo
aparecimento de Ester à sua presença (1:11-21; 5:1-3).
·Entre
o destino planejado por Hamã e o que de fato aconteceu (6:4-12).
As
grandes reviravoltas (claramente podemos perceber a mão de Deus em sua
providência – ver também a oração de Ana em I Sm 2:1-10):
·A
cena patética na qual Hamã roga pela misericórdia de Ester, somente para ser
acusado de tentativa de estupro (7:7-9).
·As
reviravoltas peculiares que aconteceram entre os decretos de Hamã (3:12-4.3) e
o de Mordecai (8:9-7).
·A
justiça poética contida no enforcamento de Hamã na mesma forca que ele
alegremente havia preparado para Mordecai (7:9-10; 8:1-2; 9:25).
As
repetições ou duplicações (muito comum na literatura hebraica que serve para
entrelaçar as várias partes da história):
·O
posicionamento simétrico das três referências às crônicas no livro (2:23; 6:1;
10:2).
·Os
três pares de banquetes que marcam as duas celebrações de Purim do livro:
üO
início (de Assuero; 1 3-4; 5-8).
üO
meio (de Ester; 5.4-8; 7.1-10).
üO
final (9.18-32).
·Os
motivos dos banquetes em 1:9; 2:18, 3:15; 8:17; 9:17.
·A
menção tripla quanto ao tamanho do império de Assuero (1:1; 8:9; 9:30).
·A
repetida promessa a Ester de "até metade do reino" (5:3,6; 7:2;
9:12).
·A
insistente repetição de que os hebreus não tocavam nos despojos de seus
inimigos (9:10,15,16).
·Os
dois relatos sobre a identidade secreta de Ester (2:10,20).
·As
duas vezes em que as virgens foram reunidas (2:8,19).
·As
duas interações de Hamã com sua esposa e seus amigos (5:10-14; 6:13-14).
·As
duas vezes em que a cabeça de Hamã foi coberta (6:12; 7:8).
·Os
decretos conflitantes com relação ao destino dos judeus (3:12-14; 8:9-14;
1:22).
·As
duas referências à diminuição do furor de Assuero (2:1; 7:10).
·A
dupla lembrança da permanência das leis dos medos e dos persas (1:19; 8:8).
·A
recorrência do número sete (1:5,10,14; 2:9,16).
·As
repetidas vezes em que Ester obteve o favor das pessoas e teve seus desejos
atendidos (2:9,15,17; 5:2,8; 7:3; 8:9).
·O
resumo de toda a história em 9.24-25.
A
predição (técnica literária usada no livro de Ester):
·A
mais impressionante é a previsão da esposa de Hamã ao lhe dizer
"certamente, cairás", pelo fato de Mordecai ser um judeu (6:13).
O
autor foi realmente muito feliz ao escrever Ester demonstrando ser:
·Um
mestre do suspense que soube conduzir muito bem a narrativa (p. ex., o
adiamento do pedido de Ester que aumentou a tensão).
·Um
hábil condutor do tempo no que diz ao kronos – tempo e ao kairos – oportunidade
– nas suas referências que descrevem os acontecimentos na História (1:1-2) e no
realce do tema da providência de Deus agindo na História, de forma que consegue
manter o ritmo e o movimento da narrativa. Exemplos:
ü"passadas
estas coisas" [2:1];
ü"quando"
[2:15];
ü"então"
12:18];
ü"quando"
[2:19];
ü"naqueles
dias" [2:21];
üe
"depois" [3:11]
O
escritor de Ester associou criativamente os nomes de dois dos principais
personagens, Hamã e Mordecai, a fim de enfatizar o conflito entre ambos e entre
aqueles que representavam (2:5-6; 3:1), especificamente os amalequitas e os
judeus, respectivamente.
As
semelhanças quanto à fraseologia, ao cenário, à trama e à ênfase também sugerem
que a história de José ofereceu um importante modelo para o autor estruturar
esse relato (observe, p. ex., as semelhanças entre 2:2-4 e Gn 41:34-37; 3:10 e
Gn 41:42; e 8:6 e Gn 44:34).
Por
fim, em seus propósitos e características, a BEG contribui significativamente
para a boa compreensão dessa importante leitura em apresentar vários temas
importantes que estão entrelaçados ao longo de todo o livro:
·Festas
ou banquetes estabelecem o cenário para cada ação principal na narrativa,
conduzindo à celebração máxima de Purim e contrastando com o tema do jejum
(4.3,16; 9.31).
·Lealdades
conflitantes e obediência versus desobediência aparecem ao longo de todo o
livro.
·A
desobediência inicial de Vasti, no cap. 1, estabelece o cenário para os
desafios que se apresentam:
üA
Ester quanto a obedecer a Mordecai (2.10,20; 4.8-16) e a se posicionar contra a
lei (4.11,16, 5.1-2).
üPara
a recusa de Mordecai de se submeter a Hamã, que foi interpretada como
desobediência por parte de todos os judeus (3.2-8).
üPara
a disposição de Mordecai para executar todas as instruções de Ester (4.17) de
servir tanto ao rei persa quanto aos maiores interesses dos judeus.
·A
inviolabilidade dos judeus, mais explicitamente declarada em 4.14, é tanto o
fundamento para a narrativa como uma razão para o contínuo significado do livro
entre a comunidade de fé.
·O
descanso e o alívio da opressão dos inimigos que a Festa de Purim comemora
(9.16,22; cf. Dt 25.19).
Iremos
também seguir a divisão de capítulos proposta pela BEG para termos um
referencial de qualidade em nossos estudos e reflexões.
Feito
esse pano de fundo sobre a história de Ester que cronologicamente está inserida
dentro de Esdras e Neemias Iremos, agora, refletir em cada um de seus
capítulos. Como juntamos os três livros Esdras, Neemias e Ester,
Esdras-Neemias, foram até a parte IV e agora iremos continuar com a Parte V – A
HISTÓRIA DE ESTER – Et 1:1 a 10:3
Repare
que:
üEm
Esdras, Dario era o rei dos persas.
üEm
Ester, Xerxes era Assuero, filho de Dario.
üEm
Neemias, Artaxerxes, filho de Xerxes, era o rei.
Creio que todos eles – Dario, Ester, Xerxes (Assuero),
Ciro, Neemias, Artaxerxes , ainda Daniel e seus amigos - eram contemporâneos,
pelo menos foram em alguns momentos de suas vidas.
Parte V – A HISTÓRIA DE ESTER – Et 1:1 a 10:3.
Dividiremos
essa última parte de nosso estudo em 6 partes.
(1)Introdução
e contexto – 1:1-22.
(2)O
primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel – 2:1 – 3:15.
(3)O
conflito entre Hamã e Mordecai – 4:1 – 5:14.
(4)O
triunfo de Mordecai sobre Hamã – 6:1 – 7:10.
(5)O
segundo decreto do rei resulta em salvação para Israel – 8:1 – 9:32.
(6)Epílogo
– 10:1-3.
Ester 1:1-22 - O
livro de Ester (uma hebraica obra prima literária)
Começaremos
a bela história bíblica narrada no livro de Ester.
O
livro começa com uma descrição do pano de fundo dos principais acontecimentos
da narrativa e tudo começa aqui com a bela rainha Vasti sendo deposta, abrindo,
assim, caminho para Ester tornar-se rainha.
Deus
não é mencionado uma única vez neste livro, no entanto, esses incríveis
acontecimentos devem ser entendidos como o resultado da providência divina, que,
no final, contribuíram para livrar os judeus da aniquilação certa.
Podemos
igualmente fazer um paralelo com os judeus de sua época e os fariseus que
pensavam terem encurralado a Jesus Cristo em seus raciocínios e pegadas para
fazê-lo cair, no entanto, a sabedoria de Deus é mais alta do que a astúcia de
Satanás e dos homens, e o resultado era um grande livramento ou uma saída
espetacular – alguns exemplos: a mulher pega em adultério – Jo 8:1-11; a
questão do tributo – Mt 22:15-22; os saduceus e a ressurreição – Mt 22:23-32.
Também
temos outros casos bíblicos como foi a tentativa de se matar Moisés, o grande
libertador de Israel do Egito; a igual tentativa de se matar o Messias, por
parte de Herodes que mandou matar todas as crianças até dois anos de idade;
temos ainda Daniel na cova dos leões, etc.
Foram
tantas as vezes que o povo de Deus se viu numa situação que não havia saída e
Deus proveu o livramento espetacular.
O
fato de Deus não ser mencionado não significa que Deus não foi honrado, pelo
contrário. Quando exaltamos a verdade, a justiça, o juízo e o amor, do que
estamos mesmo falando se não de Deus? Um político ou uma autoridade qualquer
pode muito bem fazer um discurso espetacular que é uma verdadeira pregação
evangélica exaltando essas coisas sem ao menos dizer uma única vez o nome de
Deus.
Como
também há verdadeiros déspotas que podem exaltar o nome de Deus em tudo e na
verdade seu discurso ser originado do inferno e a ele destinado.
Assuero,
como já falamos, é também conhecido como Xerxes (485/6-465 a.C.). Ele era o rei
persa mencionado em Ed 4.6, reconhecido por consolidar o império de seu pai,
Dario, por seus bem sucedidos planos de construção e por sua guerra contra os
gregos no período de 480-470 a.C.
É
ele, como também já dissemos, que enfrenta o
grande guerreiro destemido Leônidas, líder dos 300, no filme “300”, em
2007 (Sinopse: Em 480 antes de Cristo,
durante a famosa batalha de Thermopylae, o rei de Esparta, Leônidas (Gerard
Butler), lidera seu exército contra o avanço dos Persas, comandados por Xerxes
(Rodrigo Santoro). Na História, a batalha ficou marcada por ter inspirado toda
a Grécia a se unir, o que ajudou a solidificar o conceito de democracia que se
conhece hoje. Adaptação dos quadrinhos criados por Frank Miller.).
Esse
grande número de divisões - cento e vinte e sete províncias - dentro dos vinte
maiores distritos administrativos, ou sátrapas no domínio persa, ilustra a
grandeza daquele império.
É
interessante lembrar que Daniel, com seus 85 anos, foi um líder que no governo
do pai de Xerxes, Dario, teve de enfrentar a cova dos leões por inveja dos
presidentes e dos sátrapas daquela ocasião uma vez que Dario pensava em
estabelecê-lo sobre todos.
Na época, todo o reino era
governado por 120 sátrapas e sobre estes haviam três presidentes e acima dos presidentes,
somente havia o rei Dario. Daniel, por causa do espirito excelente que nele
havia – Dn 6:3 – iria ser promovido para ser o maioral de todos, inclusive
acima dos presidentes e dos sátrapas.
Eles fizeram uma armadilha para ele
de tal forma que também parecia impossível de sair dela, mas Deus o livrou da
cova dos leões e no seu lugar, foram colocados vivos os seus acusadores que
enfrentaram a morte certa naquela terrível cova dos leões.
O
império dos persas se estendia desde a Índia até a Etiópia - país ao sul do
Egito, situado na parte norte da atual República do Sudão e a atual Etiópia e
se estabelecia na cidadela de Susã – 1:2.
Essa
acrópole (cidadela na parte mais elevada das cidades da Grécia), o palácio
fortificado, se elevava a quase 40m acima da cidade adjacente de Susã, era uma
das três capitais persas e residência real de inverno. É distinguida do
restante de Susã em 3:12; 8:9; 9:3. Atualmente é uma cidadela de muito
interesse arqueológico e, desde 1851, foi escavada diversas vezes.
A
história tem uma origem no tempo e no espaço e aconteceu – vs. 3 - no terceiro
ano do reinado de Xerxes, ou seja, de 483 a 482 aC, numa grande festa que tinha
a finalidade, conforme alguns estudiosos, de planejar as campanhas da Pérsia
contra os gregos (482-479 a.C.) que, no final das contas, falharam.
Eles
(Xerxes, os presidentes e os sátrapas, príncipes) já estavam todos reunidos ali
por mais de 180 dias – vs. 4 – comemorando e vendo as riquezas da glória do seu
reino e o esplendor da sua excelente grandeza.
E
aconteceu uma extravagante festa de sete dias no pátio do jardim do palácio
real que foi o ápice das celebrações. Os ricos detalhes sobre os vasos para
beber e a abundância do vinho destacam a profusa generosidade do rei.
Vasti
– vs. 9 - nome, possivelmente relacionado à palavra persa que significa "a
amada" ou "a melhor", não é encontrado em nenhum outro lugar,
mulher bela e atraente, também tinha dado um banquete às mulheres na casa real
do rei Assuero.
No
sétimo dia da sua grande festa, estando já seu coração muito alegre, resolveu
convidar a rainha Vasti para exibir sua beleza diante de todos e ela recusou a
vir. Provavelmente porque o rei queria que ela se apresentasse nua diante de
todos, usando apenas a sua coroa, no entanto isso não pode ser comprovado. O
fato é que ela desobedeceu a ordem real e por isso foi deposta, por causa de
sua insubordinação (por volta de 484-483 a.C.).
Assuero
ficou muito irado e indignado com aquilo e procurou conselhos com seus
conselheiros – vs. 13-14; astrólogos e os sete principais príncipes – para
saber exatamente o que iriam fazer, ou seja "a direção correta a
seguir" (I Cr 12:32) com Vasti.
Um
grande e temível rei, poderoso, cheio de esplendor, de glórias e agora
encurralado numa situação a qual não sabia resolver e que dizia respeito ao
comportamento de sua esposa. Ironicamente, teve ele de se aconselhar sobre como
lidar com isso.
Havia
um temor presente que poderia se espalhar por todo o reino relativo ao
comportamento de outras mulheres em quererem imitar Vasti e Memucã, um nobre
próximo a Assuero (vs. 14), sugeriu que o rei promulgasse um edito real que não
poderia ser revogado pelos persas e medos, proibindo para sempre que Vasti
entrasse novamente à presença do rei.
A
incontestável natureza da lei real é uma importante característica na trama da
história (4:11; 8:8; Dn 6:8). O decreto para banir Vasti e transferir sua
posição para alguém melhor (no sentido de ser mais bela ou mais obediente) era
irrevogável.
Seu
parecer agradou e foi acatado por todos e assim, conforme pensavam, caiu o
temor das outras mulheres que não ousariam enfrentarem seus maridos, ou seja,
doravante todas as mulheres dariam honra a seus maridos – vs. 20.
O
rei fez segundo a palavra de Memucã – vs. 21. O sistema postal persa, conhecido
por sua eficiência, foi usado para anunciar o inalterável decreto real por todo
reino – 3:12-14; 8:9-10; 9:20,30.
Et 1:1 E sucedeu nos dias de Assuero,
o
Assuero que reinou desde a Índia até Etiópia,
sobre
cento e vinte e sete províncias,
Et
1:2 Que, assentando-se o rei Assuero no trono do seu reino,
que
estava na fortaleza de Susã,
Et
1:3 No terceiro ano do seu reinado, fez um banquete a todos
os
seus príncipes e seus servos, estando assim perante ele
o
poder da Pérsia e Média e os nobres
e
príncipes das províncias,
Et
1:4 Para mostrar as riquezas da glória do seu reino,
e
o esplendor da sua excelente grandeza,
por
muitos dias, a saber:
cento
e oitenta dias.
Et
1:5 E, acabados aqueles dias, fez o rei um banquete a todo o povo
que
se achava na fortaleza de Susã,
desde
o maior até ao menor, por sete dias,
no
pátio do jardim do palácio real.
Et
1:6 As tapeçarias eram de pano branco, verde, e azul celeste,
pendentes
de cordões de linho fino e púrpura, e argolas
de
prata, e colunas de mármore; os leitos de ouro e de prata,
sobre
um pavimento de mármore vermelho,
e
azul, e branco e preto.
Et
1:7 E dava-se de beber em copos de ouro,
e
os copos eram diferentes uns dos outros;
e
havia muito vinho real, segundo a generosidade do rei.
Et
1:8 E o beber era por lei, sem constrangimento;
porque
assim tinha ordenado o rei expressamente
a
todos os oficiais da sua casa, que fizessem
conforme
a vontade de cada um.
Et
1:9 Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres,
na
casa real, do rei Assuero.
Et
1:10 E ao sétimo dia, estando já o coração do rei alegre do vinho,
mandou
a Meumã, Bizta, Harbona, Bigtá, Abagta,
Zetar
e Carcas, os sete camareiros que serviam
na
presença do rei Assuero,
Et
1:11 Que introduzissem na presença do rei a rainha Vasti,
com
a coroa real, para mostrar aos povos e aos príncipes
a
sua beleza, porque era formosa à vista.
Et
1:12 Porém a rainha Vasti recusou vir conforme a palavra do rei,
por
meio dos camareiros; assim o rei muito se enfureceu,
e
acendeu nele a sua ira.
Et
1:13 Então perguntou o rei aos sábios que entendiam dos tempos
(porque
assim se tratavam os negócios do rei na presença de
todos
os que sabiam a lei e o direito;
Et
1:14 E os mais chegados a ele eram:
Carsena,
Setar, Admata, Társis, Meres, Marsena, e Memucã,
os
sete príncipes dos persas e dos medos,
que
viam a face do rei, e se assentavam
como
principais no reino),
Et
1:15 O que, segundo a lei, se devia fazer à rainha Vasti, por não ter
obedecido
ao mandado do rei Assuero,
por
meio dos camareiros.
Et
1:16 Então disse Memucã na presença do rei e dos príncipes:
Não
somente contra o rei pecou a rainha Vasti,
porém
também contra todos os príncipes, e contra
todos
os povos que há em todas
as
províncias do rei Assuero.
Et
1:17 Porque a notícia do que fez a rainha chegará
a
todas as mulheres, de modo que aos seus olhos desprezarão
a
seus maridos quando ouvirem dizer:
Mandou
o rei Assuero que introduzissem à sua presença
a
rainha Vasti, porém ela não veio.
Et
1:18 E neste mesmo dia as senhoras da Pérsia e da Média
ouvindo
o que fez a rainha, dirão o mesmo a todos os
príncipes
do rei; e assim haverá
muito
desprezo e indignação.
Et
1:19 Se bem parecer ao rei, saia da sua parte um edito real,
e
escreva-se nas leis dos persas e dos medos,
e
não se revogue, a saber:
que
Vasti não entre mais na presença do rei Assuero,
e
o rei dê o reino dela a outra que seja
melhor
do que ela.
Et
1:20 E, ouvindo-se o mandado, que o rei decretara
em
todo o seu reino (porque é grande), todas as mulheres
darão
honra a seus maridos, desde a maior
até
à menor.
Et
1:21 E pareceram bem estas palavras aos olhos do rei
e
dos príncipes; e fez o rei conforme a palavra de Memucã.
Et
1:22 Então enviou cartas a todas as províncias do rei,
a
cada província segundo a sua escrita,
e
a cada povo segundo a sua língua;
que
cada homem fosse senhor em sua casa,
e
que se falasse conforme a língua do seu povo.
A história continua sendo narrada e agora
estamos com Ester que teve a sua vida escrita na história de Israel como uma
mulher que galgou a mais alta posição mundial pela grande e maravilhosa
providência de Deus que para com ela tinha um grande propósito: livrar Israel
da destruição certa.
Certamente ela e os personagens dessa
história foram contemporâneos de Esdras e Neemias, pelo menos em alguns
momentos dessa vida.
Também ali estavam aqueles que vimos
perseguindo desde que começamos em Gênesis: a semente messiânica! Ela estava em
Zorobabel que depois passou para Abiúde, Eliaquim, Azor – Mt 1:13.
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Colabore: faça sua oferta voluntária! Entre em contato conosco para isso: +55-61-995589682
Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
Não esqueça de citar a fonte quando for fazer citações, referências em seus posts, pregações e livros. Acompanhe-nos no YouTube e em nossas redes e mídias sociais. Ajude-nos com suas orações!
As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
O DIA DE PENTECOSTES
-
*O DIA DE PENTECOSTES - em que pentecostais e reformados concordam e
discordam.*
Domingo 31 de maio é o dia de Pentecostes em 2020, de acordo com o
calendá...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...
1 comentários:
Excelente explicação :)
Postar um comentário
Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.