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quinta-feira, 31 de março de 2016

Apocalipse 2 1-29 - A PRIMEIRA E A SEGUNDA MORTE.

Como dissemos, o propósito de Apocalipse, conforme a BEG, é estimular a fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção em Cristo. Estamos vendo o capítulo 2/22.
Breve síntese do capítulo 2.
Neste capítulo João fala às igrejas de Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira e mantém uma estrutura padrão das escritas com uma introdução simples e pequena exaltando uma qualidade de Jesus Cristo.
Em seguida, ele fala de cada uma que ele “conhece” algo como as suas obras, a sua tribulação, o lugar onde habita e outras coisas relativas à cada igreja, depois vem uma palavra de exortação, ou consolo ou edificação ou de advertência; depois, uma promessa sempre endereçada ao vencedor.
Eu percebo aqui que não estamos esquecidos de Deus mas dele somos conhecidos – eu conheço as – tanto quando estamos sendo fiéis como quando estamos sendo infiéis, amando mais o presente século. Outra coisa que percebo nestas cartas é a promessa feita “ao vencedor!”.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
B. Exortação às sete igrejas (2.1-3.22).
Dos vs. 2.1 ao 3.22, veremos as exortações às sete igrejas. Cristo demonstra cuidado pelas igrejas ao endereçar uma carta a cada uma de acordo com suas necessidades, incluindo recomendações e censuras assim como exortações e promessas.
Ele demonstra um conhecimento detalhado da situação individual de cada uma ("Conheço": 2.2,9,13,19; 3.1,8,15). Todas as sete cartas aludem a circunstâncias e tradições de cada cidade em particular.
Ao mesmo tempo, todas as igrejas são incluídas num chamado universal à fidelidade e a perseverança até que as promessas cheguem ao seu cumprimento na Jerusalém celestial.
As lutas das igrejas contrastam com a paz e a satisfação no final, como retratada em 21.1-22.5. As exortações de cada carta são reforçadas por alusões iniciais aos elementos da visão majestosa de 1.12-20.
A escolha de exatamente sete igrejas sugere a ampla relevância da mensagem (1.4). Cada mensagem, conforme a BEG, apresenta o mesmo estilo básico:
(1)   Endereçamento: "ao anjo da igreja em... escreve".
(2)   Identificação de Cristo aludindo à sua majestade demonstrada em 1.12-20: "estas coisas diz..."
(3)   Asseveração de conhecimento: "Conheço".
(4)   Avaliação: censuras e/ou elogios.
(5)   Promessa ou ameaça: normalmente "dar-lhe-ei".
(6)   Promessa "ao vencedor".
(7)   Exortação a ouvir: "Quem tem ouvidos".
Note-se que os elementos (6) e (7) podem ocorrer em ordem inversa e que o elemento (5) pode estar misturado com o (4).
As suas palavras são endereçadas às igrejas visíveis em cada localidade. Nem todos nessas igrejas eram verdadeiros crentes. Assim sendo, há uma ênfase nas ameaças de castigo e na necessidade de perseverança em todas essas cartas às igrejas (A BEG recomenda seu excelente artigos teológico "A igreja visível e a invisível", em 1 Pe 4, e "A perseverança e a preservação dos santos", em Fp 1).
Nos dois gráficos, a seguir, veremos um resumo dessas sete cartas contendo diversas informações úteis para plena compreensão de seu teor.



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Ao anjo da igreja em Éfeso.
A CIDADE – A cidade de Éfeso era a principal cidade da província romana chamada Ásia, do tamanho do estado do Ceará, nela estava situado o templo da deusa Diana, considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, e orgulho dos efésios, também segundo uma lenda, a cidade era a guardiã da estátua de Júpiter que caíra do céu. “O escrivão da cidade, tendo apaziguado o povo, disse: Senhores, efésios: quem, porventura, não sabe que a cidade de Éfeso é a guardiã do templo da grande Diana e da imagem que caiu de Júpiter? ” (At. 19:35) O templo de Júpiter, no entanto, ficava em frente a cidade de Listra. (At. 14:13).
Era uma cidade envolvida em ocultismo e magia negra, porém ali o apóstolo Paulo fundou a igreja autêntica. O próprio apóstolo João escolheu Éfeso como centro de seu trabalho na Ásia, e Maria, mãe de Jesus, como passara a morar com João após a crucificação, possivelmente viveu Éfeso os últimos dias de sua vida. Atualmente a cidade Éfeso é só ruínas. Apocalipse 2:1Ele começa com a igreja em Éfeso.”[2]
Ainda sobre a cidade, anteriormente, Éfeso havia mudado a sua localização por causa de um gradual depósito de sedimento ou limo que obstruía o rio que cortava a cidade, o Caister. A cidade havia sido "movida" de sua localização anterior. Por analogia, Cristo ameaça mover a igreja a não ser que seu povo se arrependa.
Sobre os nicolaítas citados, eles se referem a um grupo herético, provavelmente adepto de práticas semelhantes ao ensino de Babão e Jezabel. Essa seita foi fundada Seita fundada por Nicolau de Antioquia, infiltrada na igreja de Éfeso e Pérgamo, que procurava entrar em compromisso com o paganismo, a fim de permitir que os cristãos participassem em algumas das atividades sociais e religiosas da sociedade. O termo “nicolaítas” pode ser uma forma helenizada de Balaão, sendo assim, as duas seitas citadas podem ser a mesma. (ver nota de rodapé 32).
Qualidades:
­   Era autêntica e ensinava a doutrina verdadeira.
­   Era uma igreja de muito trabalho e esforço.
­   Tinha paciência e perseverança.
­   Pôs a prova os maus crentes.
­   Sofreu mas não se cansou.
­   Não permitiu os maus na comunhão da igreja.
­   Odeia as obras dos nicolaítas
Seita fundado por Nicolau de Antioquia, infiltrada na igreja de Éfeso e Pérgamo, que procurava entrar em compromisso com o paganismo, a fim de permitir que os cristãos participassem em algumas das atividades sociais e religiosas da sociedade. O termo “nicolaítas” pode ser uma forma helenizada de Balaão, sendo assim, as duas seitas citadas podem ser a mesma.
Defeito:
­   Deixou o primeiro amor. – Cuidou da doutrina e da disciplina mas esqueceu as primeiras obras.
Consequências:
­   Virei em breve quando não esperas.
­   Tirarei do teu lugar o teu castiçal.

Conselhos:
­   Lembra de onde caístes.
Esta era a igreja dos apóstolos, que começou no dia do Pentecostes, uma igreja que nasceu com milagres e avivamento, mas com o passar do tempo foi perdendo o seu poder e se tornou uma igreja ortodoxa e sem amor, que punia severamente aqueles que falhavam.
­   Arrepende-te.
Este mesmo conselho consta em outras cartas do Senhor às igrejas.
­   Pratica as primeiras obras.
Este aviso dado a igreja de Éfeso, tem sido um alerta para cada cristão zeloso, que procura andar com Deus. Sempre procurar retornar ao primeiro amor, retomar as primeiras obras e buscar o reavivamento antes que esfrie e se torne um crente sem vida.
Recompensa
­   Ao vencedor … árvore da vida … paraíso de Deus:
A recompensa aguarda os vencedores que perseveram no amor e na verdade. Aqueles que desistem, abandonando para sempre o seu amor, não receberão o galardão. Jesus descreve a comunhão com Deus em termos que nos lembram do jardim do Éden. Por causa do pecado, o homem foi expulso do jardim em que Deus andava (Gênesis 3:22-24,8). Aqueles que andam com Deus têm a esperança da vida no paraíso do Senhor.
Ao anjo da igreja em Esmirna.
A CIDADE – Das sete, esta é a única cidade que permanece até hoje com a grandeza que tinha no tempo de João. Atualmente chama-se Izmir e é a maior cidade da Turquia Asiática. Esmirna era o centro do ministério e o lugar do martírio de Policarpo, que fora separado para o episcopado pelo apóstolo João. A carta a esta igreja é a mais resumida das sete e não contém nenhuma repreensão.
Características:
­   Jesus conhecia:
       As suas obras.
       As suas tribulações.
       A sua pobreza, mas era ela rica.
­   Jesus aconselhava:
       Não temer as coisas que havia de padecer.
       Avisando que o diabo lançaria alguns na prisão.
O grupo de membros da sinagoga judaica em Esmirna era composto de judeus que haviam recusado a mensagem a respeito da vinda do Messias. Embora professassem cultuar a Deus, a oposição que faziam aos cristãos demonstrava que eles, de fato, estavam sob o poder satânico das trevas (2Co 4.4).
       Prevendo que teriam uma tribulação de dez dias.
       Que fosse fiel até a morte.
A cidade de Esmirna se orgulhava de sua fidelidade à Roma.
A deusa Cibele, de Esmirna, era retratada nas moedas com uma coroa que reproduzia as ameias da cidade. Era dito que a construções no monte Pagos se assemelhavam a uma coroa. Em contraste com essas alegações, Jesus prometeu dar-lhes a verdadeira coroa.
Alguns teólogos entendem que o período da Igreja de Esmirna foi o tempo dos mártires. Nesse tempo, os cristãos eram perseguidos e mortos, jogados nas arenas de leões, crucificados ou queimados em fogueiras. Conforme as tradições todos os apóstolos que andavam com Jesus morreram como mártires, com exceção de dois: Judas Iscariotes, que traiu Jesus e acabou se enforcando, e João, que após ser exilado na ilha de Patmos, obteve a liberdade e morreu de morte natural. Com os demais apóstolos ocorreu o seguinte:
(1)            Paulo – Não era apóstolo oficialmente, foi considerado apóstolo dos gentios por causa da sua grande obra missionária nos países gentílicos. Foi decapitado em Roma por ordem de Nero.
(2)            Matias – Ficou no lugar de Judas Iscariotes, foi martirizado na Etiópia.
(3)            Simão – O zelote, foi crucificado.
(4)            Tiago (O mais Jovem) – Pregou na Palestina e no Egito, sendo ali crucificado.
(5)            Tiago (O mais Velho) – Pregou em Jerusalém e na Judéia. Foi decapitado por Herodes.
(6)            Mateus – Morreu como mártir na Etiópia.
(7)            Tomé – Pregou na Pérsia e na Índia, sendo martirizado perto de Madras no monte de São Tomé.
(8)            Bartolomeu – Serviu como missionário na Armênia, sendo golpeado até a morte.
(9)            Filipe – Pregou na Frígia e morreu como mártir em Hierápolis.
(10)        André – Pregou na Grécia e Ásia Menor. Foi crucificado.
(11)        Simão Pedro – Pregou entre os judeus chegando até a Babilônia, esteve em Roma, onde foi crucificado com a cabeça para baixo.
Eles consideravam uma honra poderem servir ao Senhor com a sua própria vida. “Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará;” 2 Timóteo 2:12. Hoje, teríamos a mesma disposição? Abrir mão de nossas vidas por amor a Cristo podendo passar pela morte não é fácil não, mas sabemos que isso é pura graça de Deus e, se preciso, também teremos a mesma honra.
Recompensa
­   Vs. 11 – “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.”
A primeira morte representa a experiência normal de morte nesta criação, o que, em certo sentido, é preliminar. No final dos tempos, todos os que tiverem morrido serão ressuscitados e julgados (Jo 5.28-29). Os incrédulos que forem ressuscitados serão condenados e morrerão uma segunda e final morte: o castigo eterno (20:6,14; 21:8). Os crentes serão ressuscitados para a vida, o que evitará essa segunda morte.
Os perseguidores aos cristãos de todos os tempos podem até causar a primeira morte, mas os fiéis não sofrerão a segunda morte (veja Mateus 10:28).
Ao anjo da igreja em Pérgamo.
A CIDADE – Ficava situada à beira de Caico, a cidade era famosa não somente pela biblioteca de duzentos mil volumes, mas também pelo magnífico templo ao deus Esculápio, a quem se atribuía a cura de doentes e a ressurreição dos mortos.
Do nome da cidade vem o termo “pergaminho”. Esta cidade era um lugar de imoralidade, mais de que qualquer outra cidade de então. O Senhor mandou dizer a igreja desta cidade: “…eu sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás.”
Pérgamo também possuía o mais antigo templo da Ásia Menor dedicado ao culto do imperador.
Qualidades:
­   Sei as tuas obras.
­   Reténs o Meu Nome.
­   Não negaste a minha fé.
­   Antipas minha fiel testemunha foi morto entre vós.
Defeitos:
­   Tens lá os que seguem a doutrina de Balaão.
Como registrado em Nm 22.5, Balaão deu a Balaque os conselhos que levaram ao incidente descrito em Nm 25.1-4.
Jezabel (2.20) e outros cristãos professos das sete igrejas estavam se entregando aos prazeres oferecidos pelo ambiente pagão em que viviam (17.1-19.10).
Assim, a menção a Balaão introduz o tema geral da tentação de fazer concessões ao mundo, o que resulta em ser apanhado na armadilha de suas idolatrias.
­   Tens os que seguem a doutrina dos nicolaítas.
Os nicolaítas representavam uma seita fundada por Nicolau de Antioquia, infiltrada na igreja de Éfeso e Pérgamo, que procurava entrar em compromisso com o paganismo, a fim de permitir que os cristãos participassem em algumas das atividades sociais e religiosas da sociedade. O termo “nicolaítas” pode ser uma forma helenizada de Balaão, sendo assim, as duas seitas citadas podem ser a mesma.
Conselhos:
­   Arrepende-te.
Consequências:
­   Virei contra ti e batalharei com espada da minha boca.
Recompensa
­   O maná escondido.
Aqueles que recusassem qualquer participação na mesa dos demônios seriam sustentados pelo maná de Deus. Jesus é o maná dado pelo Pai (veja João 6:31-65). Ele sustenta os fiéis e lhes dá vida. A mensagem de Jesus continua oculta para os sábios deste mundo (veja 1 Coríntios 2:6-10).
Talvez também seja uma alusão ao maná preservado no Santo dos Santos do Tabernáculo (Êx 16.33-35; Hb 9.4). Cristo prometeu nutrir os fiéis com um suprimento inesgotável de alimento celestial e espiritual (Jo 6.32-58).
­   Uma pedrinha branca com um nome novo escrito:
Um nome novo, frequentemente, sugeria uma nova direção na vida, especialmente de uma pessoa abençoada por Deus (exemplos: Abrão > Abraão; Sarai > Sara; Jacó > Israel). Em Isaías 62:2-4, Desamparada e Desolada recebem nomes novos: Minha-Delícia e Desposada, mostrando a bênção de estar com Deus. Veja, também, 3:12.
Assim, dar um nome era um exercício de autoridade sobre aquele que estava sendo nomeado (p. ex., Gn 2.19-20; Mt 1.25). Ao renomear os fiéis, Jesus confirma como propriedade sua aqueles que estão sob sua autoridade.
Em certas circunstâncias, conhecer o nome de um ser era a maneira de obter poder sobre ele ou ela (Mc 5.9). Ao manter secreto esse novo nome, Jesus assegura que os crentes não cairão nunca sob o poder do inimigo.
A pedrinha branca pode incluir vários significados, conforme os costumes da época.
ü  Pedras brancas foram usadas para indicar a inocência de pessoas acusadas de crimes; Jesus inocenta os seus seguidores fiéis.
ü  Pedras brancas foram dadas a escravos libertados para mostrar sua cidadania; os fiéis não são mais escravos do pecado, pois se tornaram cidadãos da pátria celestial (Filipenses 3:20).
ü  Elas foram usadas pelos romanos como um tipo de ingresso para alguns eventos; Jesus permite os fiéis a entrarem na presença dele para o seu banquete (veja 19:6-9).
ü  Também foram dadas aos vencedores de corridas e aos vitoriosos em batalha. Os fiéis são vencedores que receberão o prêmio (2 Timóteo 4:7-8).
Ao anjo da igreja em Tiatira.
A CIDADE – A rica cidade de Tiatira era conhecida como um centro comercial, no fértil vale do rio Lico. Era também, a cidade de Lídia, a qual, talvez tratando do seu ofício de vender púrpura (At.16), ouviu a pregação do apóstolo Paulo e foi salva.
Não sabemos se foi ela quem levou o evangelho a Tiatira; o certo é que o Evangelho chegou até lá, e que havia uma próspera igreja na cidade.
Tiatira possuía uma famosa corporação de artesãos que trabalhavam com bronze
Qualidades:
­   A sua caridade (amor).
­   O seu serviço, fé e paciência.
­   As suas últimas obras eram maiores do que as primeiras.
Defeitos:
­   Tolerava Jezabel, mulher que se dizia profetiza, ensinava e enganava os servos do Senhor, para que se prostituissem e comessem dos sacrifícios da idolatria.
­   Não se arrependeu, apesar de ter sido dado tempo suficiente a ela.
Sobre Jezabel temos as seguintes referências: 1Rs 16 31; 19.1-2; 21.5-26; 2Rs 9.30-37. Essa mulher era chamada Jezabel porque, como a figura homônima do Antigo Testamento, ela seduzia o povo à imoralidade sexual e à idolatria, os dois tipos mais importantes de prazer na Ásia Menor pagã. Veja ainda 14.8; 17.1-19.10.
Consequências;
­   Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação. Ferirei de morte os seus filhos.
Conforme aqueles que creem que essas igrejas representam a igreja ao longo dos tempos, desde a sua origem, o período desta igreja é maior de todos. Foi a época em que as trevas cobriram a verdadeira igreja.
A idolatria, o culto às relíquias e aos santos, o sacrifício da missa, o batismo de crianças, o celibato clerical e muitos outros dogmas de homens foram introduzidos no seio da igreja e a verdadeira doutrina foi sucumbida.
Recompensas
­   Autoridade sobre as nações.
Os cristãos perseguidos foram vítimas da maldade dos homens poderosos deste mundo, até do poder do governo. Mas os vencedores dominariam sobre as nações com o poder do Ungido de Deus (compare a linguagem deste texto com Salmo 2:8-9).
Jesus daria aos fiéis o privilégio de participar deste vitorioso reino messiânico (veja 5:9-10; Romanos 5:17; Efésios 2:6).
A promessa do vs. 28 diz que Jesus nos daria a mesma autoridade que recebeu de seu Pai. Também, ainda, nos daria a estrela da manhã – vs. 28. Jesus é a estrela da manhã (22:16; veja 2 Pedro 1:19). Qual maior recompensa para o vencedor do que chegar ao eterno dia iluminado para sempre pela luz de Jesus? Na Bíblia, o termo grego é usado apenas aqui e em 22.16, onde ele se refere a Jesus.
Ap 2:1 Ao anjo da igreja em Éfeso escreve:
Estas coisas diz
aquele que conserva na mão direita as sete estrelas
e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:
Ap 2:2 Conheço as tuas obras,
tanto o teu labor como a tua perseverança,
e que não podes suportar homens maus,
e que puseste à prova os que a si mesmos
se declaram apóstolos e não são,
e os achaste mentirosos;
Ap 2:3 e tens perseverança,
e suportaste provas por causa do meu nome,
e não te deixaste esmorecer.
Ap 2:4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
Ap 2:5 Lembra-te, pois, de onde caíste,
arrepende-te
e volta à prática das primeiras obras;
e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro,
caso não te arrependas.
Ap 2:6 Tens, contudo, a teu favor
que odeias as obras dos nicolaítas,
as quais eu também odeio.
Ap 2:7 Quem tem ouvidos,
ouça o que o Espírito diz às igrejas:
Ao vencedor,
dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida
que se encontra no paraíso de Deus.
Ap 2:8 Ao anjo da igreja em Esmirna escreve:
Estas coisas diz
o primeiro e o último,
que esteve morto e tornou a viver:
Ap 2:9 Conheço a tua tribulação,
a tua pobreza (mas tu és rico)
e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus
e não são,
sendo, antes, sinagoga de Satanás.
Ap 2:10 Não temas as coisas que tens de sofrer.
Eis que o diabo está para lançar em prisão
alguns dentre vós,
para serdes postos à prova,
e tereis tribulação de dez dias.
Sê fiel até à morte,
e dar-te-ei a coroa da vida. Ap 2:11
Quem tem ouvidos,
ouça o que o Espírito diz às igrejas:
O vencedor
de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.
Ap 2:12 Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve:
Estas coisas diz
aquele que tem a espada afiada de dois gumes:
Ap 2:13 Conheço o lugar em que habitas,
onde está o trono de Satanás,
e que conservas o meu nome
e não negaste a minha fé,
ainda nos dias de Antipas,
minha testemunha,
meu fiel,
o qual foi morto entre vós,
onde Satanás habita.
Ap 2:14 Tenho, todavia, contra ti algumas coisas,
pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão,
o qual ensinava a Balaque a armar ciladas
diante dos filhos de Israel
para comerem coisas sacrificadas aos ídolos
e praticarem a prostituição.
Ap 2:15 Outrossim, também tu
tens os que da mesma forma
sustentam a doutrina dos nicolaítas.
Ap 2:16 Portanto,
arrepende-te;
e, se não, venho a ti sem demora
e contra eles pelejarei com a espada
da minha boca.
Ap 2:17 Quem tem ouvidos,
ouça o que o Espírito diz às igrejas:
Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido,
bem como lhe darei uma pedrinha branca,
e sobre essa pedrinha escrito um nome novo,
o qual ninguém conhece,
exceto aquele que o recebe.
Ap 2:18 Ao anjo da igreja em Tiatira escreve:
Estas coisas diz
o Filho de Deus,
que tem os olhos como chama de fogo
e os pés semelhantes ao bronze polido:
Ap 2:19 Conheço as tuas obras,
o teu amor,
a tua fé,
o teu serviço,
a tua perseverança
e as tuas últimas obras,
mais numerosas do que as primeiras.
Ap 2:20 Tenho, porém, contra ti
o tolerares que essa mulher, Jezabel,
que a si mesma se declara profetisa,
não somente ensine, mas ainda seduza
os meus servos a praticarem
a prostituição e a comerem coisas
sacrificadas aos ídolos.
Ap 2:21 Dei-lhe tempo para que se arrependesse;
ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição.
Ap 2:22 Eis que a prostro de cama,
bem como em grande tribulação
os que com ela adulteram,
caso não se arrependam das obras
que ela incita.
Ap 2:23 Matarei os seus filhos,
e todas as igrejas conhecerão
que eu sou aquele que sonda mentes e corações,
e vos darei a cada um segundo as vossas obras.
Ap 2:24 Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira,
a tantos quantos não têm essa doutrina
e que não conheceram, como eles dizem,
as coisas profundas de Satanás:
Outra carga não jogarei sobre vós;
Ap 2:25 tão-somente conservai o que tendes,
até que eu venha.
Ap 2:26 Ao vencedor,
que guardar até ao fim as minhas obras,
eu lhe darei autoridade sobre as nações,
Ap 2:27 e com cetro de ferro as regerá
e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro;
Ap 2:28 assim como também eu recebi de meu Pai,
dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã.
Ap 2:29 Quem tem ouvidos,
ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Uma coisa é certa: Jesus se encontra no meio dos sete candeeiros, ou seja, todas as igrejas que levam o seu nome, de um jeito ou de outro, são dele, apesar dos defeitos, vícios, erros que carregam. Se devemos temer diante de Deus com relação a cada ser criado, pois nele se encontra a imagem e a semelhança do Criador, como não devemos tratar nossos irmãos que estão enganados em igrejas totalmente desviadas da verdade, apesar de carregarem de alguma forma o nome do Senhor?
Sobre a postagem de hoje, os méritos são:
·         Da Bíblia de Estudo de Genebra.
·         Dos sites:
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete.
http://www.jamaisdesista.com.br


...
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quarta-feira, 30 de março de 2016

PAI E FILHO PREGANDO JUNTOS - EFÉSIOS 6.1-4


O Pr. Sabino e seu filho Sabino Junior pregaram juntos, em 27 de março de 2016, com base no texto bíblico de Efésios 6.1-4. 

Ouça a pregação ministrada que, na verdade, foi uma continuação da pregação iniciada no último dia do Acampamento de Família que ocorreu nos dias 24, 25, 26 e 27 de março, no Acampamento Gileade. 

O áudio dessa gravação foi produzido no culto à noite na sede do Ministério Mais de Deus. É necessário um pouco de paciência devido à qualidade do audio, mas dá para ouvir e entender.

Link do áudio da pregação de pai e filho juntos: https://www.dropbox.com/s/p4gwsd502igfa1y/Voz%20106%20%28online-audio-converter.com%29.mp3

...

Sem dúvida, é uma excelente oportunidade para você poder refletir e melhorar seu relacionamento em família. Eu, minha esposa e filha fomos tremendamente impactados. O bom nisso tudo é a cura que traz para nós e não o peso por termos errado ou falhado em algum momento.

O que mais me chamou a atenção nisso, foi o fato de que Deus nos ama apesar de nós, ou seja, pai e filhos são falhos e estão juntos e não em conflito. Muita paciência, amor, fé e confiança é necessário nesse relacionamento. Quando as coisas esquentam muito em casa, por um motivo o outro eu logo faço a invocação de quem é o maior em nossa casa? O filho? O pai?

Não, nenhum dos dois, mas o Espírito Santo! Ele deve mesmo ser o maioral e aí, os dois tem de se curvar e enfiar o rabinho embaixo das pernas e sair de fininho. Sobre os relacionamentos ainda, gostaria de recomendar o seguinte sermão: https://pt.scribd.com/doc/101584623/Pregacao-O-relacionamento-e-uma-construcao-Mt-7-24-27 e a apresentação em power point desse sermão: https://pt.scribd.com/doc/101590060/Pregacao-O-relacionamento-e-uma-construcao-Mt-7-24-27-ppt

Ah, como me angustio até que Cristo seja formado em cada um de vós, pais e filhos - adaptado de Gl 4.19.

  1. Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
  2. Honra a teu pai e a tua mãe {que é o primeiro mandamento com promessa},
  3. para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.
  4. E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.
...

Apocalipse 1 1-20 - NÃO VIVEMOS EM UM MUNDO MANIQUEÍSTA, DEUS É SOBERANO!

Qual o propósito de Apocalipse? Conforme a BEG, estimular a fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção em Cristo.
Ela também ainda fala das suas verdades fundamentais:
1.       A igreja enfrenta muito sofrimento neste mundo pecaminoso.
2.       Deus requer arrependimento sincero e fidelidade paciente da parte de seu povo.
3.       Deus governa a História de tal modo que o mal não prevalecerá contra a igreja.
4.       Jesus retornará em glória trazendo castigo final para o ímpio e bênção final para o justo que triunfar.
Eu não creio em um reino dividido em que duas forças se opõem para conquistar o mundo. Eu creio na soberania de Deus e no seu reino único. Assim, jamais mesmo haverá triunfo do mal.
Há tanto o que falar, meditar, estudar, aprofundar-se que se déssemos corda à nossa imaginação não haveriam livros no mundo inteiro para conter todos os nossos comentários. Não é esta a minha intenção, mas chamar a atenção dos leitores naquilo que fui chamado a atenção e assim compartilhar nossa visão.
Por exemplo, no início, bem no começo: foi Deus quem deu a revelação ou o apocalipse. Deus deu para seu filho, Jesus Cristo – também Deus - para mostrar aos seus servos o futuro. Jesus envia um anjo – o seu anjo – que notifica seu servo João. João, então, atesta tanto a palavra de Deus como o testemunho de Jesus Cristo quanto a tudo que viu.
Deus – Jesus Cristo – Anjo – João – as sete igrejas. Deus deu o apocalipse para Jesus Cristo. Jesus Cristo envia seu anjo para notificar João. O anjo notifica João. João atesta a palavra de Deus, o testemunho de Jesus Cristo e comunica às sete igrejas a mensagem que Deus deu.
I. INTRODUÇÃO (1.1-8).
João estabeleceu o cenário para sua epístola exaltando a Cristo como a fonte de sua revelação e identificando-se a si mesmo e seus destinatários.
João inicia o seu livro com uma abertura bastante elaborada. Sua introdução se divide em três partes, as quais veremos agora: um prólogo (vs. 1-3), saudações (vs. 4-5a) e louvor (vs. 5b-8).
A. Prólogo (1.1-3).
Esses três primeiros versículos orientam o leitor a respeito do conteúdo que podem esperar.
É colocada ênfase na autoridade divina da mensagem, no seu caráter de certeza (observe a palavra "devem" no vs. 1) e na sua relevância crucial (vs. 3).
Deus providenciou o processo de comunicação com todo cuidado:
·       A mensagem originou-se em Deus, o Pai.
·       Ela foi dada a Jesus Cristo.
·       Ela foi comunicada a João por intermédio de um anjo (vs. 1).
·       João testificou escrevendo-a (vs. 2).
·       Todos são incentivados a ler e ouvir (vs. 3).
A revelação é de Jesus Cristo que foi dada por seu Pai para ser mostrada aos seus servos o que em breve 1.1 em breve - veja 22.6,7,10,12,20 – irá acontecer.
A guerra espiritual acontece ao longo de toda a história da igreja e as sete igrejas logo experimentariam todas as dimensões do conflito.
Além do mais, os "últimos dias" mencionados nas profecias do Antigo Testamento haviam sido inaugurados na ressurreição de Cristo (At 2.16-17).
O tempo de espera está terminando e Deus está conduzindo a fase final de sua batalha vitoriosa contra o mal. Segundo esse cálculo, hoje é "a última hora" (1 Jo 2.18). Aqui, a BEG recomenda seu excelente artigo teológico "O plano das eras", em Hb 7.
É João aqui quem dá testemunho de Jesus Cristo – vs. 2. Em consequência da atual realidade de perseguição (17.6), o tema de testemunho ecoa ao longo de todo o livro do Apocalipse.
Jesus Cristo é a testemunha proeminente (1.5; 3.14; 19.11), e imitá-lo pode incluir o martírio (12.11). Apocalipse é, em si mesmo, um testemunho destinado a fortalecer o testemunho de seus leitores.
João logo proclama uma bem-aventurança aos que lerem sua carta ou as palavras desta profecia. Apocalipse pronuncia não apenas a condenação dos infiéis, mas também a bênção aos fiéis (14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14; Mt 5.3).
João chamou seus escritos nesta carta de proféticos – vs. 2 - veja 22.7-10,18-19. Semelhante a muitas profecias do Antigo Testamento, Apocalipse combina visões do futuro com exortações à fidelidade.
A profecia é urna forma distinta e inspirada de testemunho cristão (1.2). Também a bênção se estende aos que ouvem e guardam as coisas escritas. O Apocalipse não tem o propósito de estimular a fantasia de seus leitores, mas de fortalecer o coração deles.
B. Saudações (1.4-5a).
Essa saudação – vs. 4 - segue o estilo formal de uma carta grega: identifica o autor e os destinatários.
Ela está endereçada às sete igrejas da província da Ásia - veja 1.11; 2.1-3.22. Apocalipse é organizado em setes, o número simbólico da completude proveniente da semana original da criação (Gn 2.2-3).
A escolha de sete igrejas expressa a importância da mensagem para todas as igrejas (1.1,3; 2.7,11,17,29; 3.6,13,22; 22.7,11-14,16,18-21).
A província romana da Ásia localizava-se onde hoje fica a Turquia ocidental.
Ele os saúda com a graça e a paz por parte. Observe a origem da graça e paz da Trindade: Deus o Pai ("Daquele que é.. "), o Filho (1.5) e o Espírito (cf. 2Co 13.14; 1Pe 1.1-2).
·       Daquele que é, que era, e que há de vir. Semelhante ao nome divino em Êx 3.14-15.
·       Dos sete espíritos que estão diante do trono, ou, "Espírito sétuplo". O Espírito Santo é descrito como sete vezes pleno (veja Zc 4.2,6).
·       De Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra.
Sobre o Filho, João diz que ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue, e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém.
Os papéis-chave de Jesus Cristo nesse livro são antecipados nessa descrição.
ü  Fiel testemunha.
ü  Primogênito.
ü  Soberano.
Porque todas as coisas subsistem em Cristo (Cl 1.17), o simbolismo trinitário dos vs. 4.5; 4.1-5.14 forma a base para o livro. Pelo fato de a Trindade ser profundamente misteriosa, o simbolismo de Apocalipse tem uma profundidade inexaurível.
C. Louvor (1.5b-8).
O Apocalipse inicia com o louvor a Deus, que é semelhante ao início da maioria das cartas de Paulo. Os temas de soberania de Deus e redenção, bem como da segunda vinda de Cristo repetem-se ao longo de todo o livro.
O tema de culto e louvor a Deus estende-se por todo o livro (p. ex., 4.8,11; 5.9-14; 7.12; 11.15-17; 12.10-12; 15.3-4; 19.1-8) porque o louvor é parte integrante da guerra espiritual.
Ao explicar que somos reino e sacerdotes para servir a Deus e Pai, João aplicou a passagem de Êx 19.6 a todos os crentes de todas as nações porque eles coletivamente gozam do governo de Deus e como sacerdotes têm acesso íntimo a ele (Hb 10.19-22; 1 Pe 2.5-9).
No futuro, eles reinarão com ele (2.26-27; 3.21; 5.10; 20.4,6). Os propósitos de redenção que estavam incorporados no êxodo de Israel do Egito foram cumpridos por meio de Cristo (5.9-10).
O tema do culto sacerdotal e do acesso a Deus é complementar ao tema do templo em Apocalipse.
João anuncia que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém
O retorno de Cristo para trazer o castigo aos seus inimigos encorajava João e seus leitores durante a perseguição que sofriam (a BEG recomenda aqui a leitura de seu excelente artigo teológico "O julgamento final", em Jd).
No vs. 8, Jesus se identifica:
·       Como o Alfa e o Ômega".
A primeira e a última letra do alfabeto grego. Deus é o Alfa (Criador) e o Ómega (Consumador).
·       Como “o que é, o que era e o que há de vir”.
É Senhor de tudo: passado, presente e futuro - como é sugerido pela afirmação: "aquele que é e que era e que há de vir" (cf. o vs. 4; 4.1-5.14). Sua soberania na criação garante o cumprimento de seus propósitos na nova criação (Rm 8.18-25).
No futuro Deus virá para consumar todos os seus propósitos (21.1-22.5; veja o artigo teológico "O reino de Deus", em Mt 4).
·       Como o Todo-poderoso.
II. VISÕES (1.9-22.5).
Sete ciclos de visões altamente simbólicas sobre os desafios e as bênçãos presentes e futuros são descritos para encorajar os crentes a permanecerem fiéis a Cristo enquanto passam por sofrimento e para adverti-los sobre o perigo de abandonarem a Cristo. Uma oitava visão descrevendo a nova Jerusalém também é apresentada.
Veremos, nesta longa parte II, que vai de 1.9 a 22.5 essas 7+1 visões. Nesses capítulos, João compõe o corpo principal de sua carta relatando a série de visões que ele teve. Esse material se divide em três seções principais: uma visão de Cristo (1.9-20), exortações às sete igrejas (2.1-3.22) e uma série de sete visões celestiais (4.1-22.5). Elas formarão nossa divisão proposta, seguindo a BEG: A. A visão de Cristo: O Rei, Sacerdote e Juiz (1.9-20) – veremos agora; B. Exortação às sete igrejas (2.1-3.22); e, C. Visões celestiais (4.1-22.5).
A. A visão de Cristo: O Rei, Sacerdote e Juiz (1.9-20).
Desde o vs. 9 ao 20, veremos essa visão espetacular de Cristo como Rei, Sacerdote e Juiz. Cristo aparece como Rei majestoso e juiz do universo e aquele que dirige as igrejas (1.12-20).
João representa toda a igreja. Ele se identifica como nosso irmão e companheiro:
·       Na aflição.
·       No reino.
·       Na perseverança.
A exortação prática à perseverança e a permanecer fiel em meio da perseguição percorre todo o Apocalipse (2.2-3,13,19; 3.10; 6.11; 13.10; 14.12; 16.15; 18.4; 20.4; 22.7,11,14).
Patmos era uma pequena ilha na costa ocidental da Ásia Menor. Em Patmos estava localizada uma colónia penal romana que era usada para aprisionar pessoas consideradas perigosas para a boa ordem. João diz estar nessa ilha por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.

João explica que foi arrebatado, em espírito. O Espírito concedeu visões a João e o transportou para pontos especiais dos quais ele podia contemplá-las (4.2; 17.3; 21.10).
O dia desse arrebatamento de espírito se deu no dia do Senhor. Domingo, o dia do culto cristão celebrando a ressurreição de Cristo. A celebração do domingo antecipa a celebração da vitória final de Deus (19.1-10).
João diz que ouviu por trás dele uma grande voz, como de trombeta. A voz de Cristo. Vozes e ruídos altos indicam o poder e a relevância universal das mensagens e dos acontecimentos (1.15; 4.1,5; 5.2,12; 6.1; 7.2,10; 8.5,13; 10.3; 11.12,15,19; 12.10; 14.7,9,15,18; 19.1,3,6,17).
A voz dizia para ele escrever num livro tudo o que via e ouvia e depois enviar às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodicéia.
Curioso, João se volta para conferir quem era que estava falando com ele e ele vê sete candeeiros de ouro. Os candeeiros simbolizam as igrejas em sua função de levar a luz ou testemunhar (1.20; Mt 5.14-16).
Cristo caminha entre as igrejas como Senhor, Pastor e Sacerdote, assim como a nuvem da glória de Deus condescendeu habitar no tabernáculo e no templo, ambos os quais tinham candeeiros (Êx 25.31-40; 1Rs 7.49).
O caráter de Deus como luz (1Jo 1.5) é supremamente manifesto em Cristo (Jo 1.4-5; 8.12; 9.5; At 26.13), mas também se reflete de várias maneiras em sua criação:
·       Em anjos flamejantes (10.1; Ez 1 13).
·       Na luz natural (21.23; Gn 1.3).
·       Nos candeeiros do templo.
·       Nas igrejas.
·       Em cada pessoa individualmente (Mt 5.14-16).
Desse modo, Cristo apresenta o padrão no qual todo o destino do universo é resumido (Ef 1.10; Cl 1.16-17).
Dos vs. 13 ao 18, Cristo aparece em glória avassaladora (cf. 21.22-24). As características de 1.12-16 lembram Ez 1.25-28; Dn 7.9-10; 10.5-6, mas também incluem algumas semelhanças mais antigas com muitos dos aparecimentos de Deus no Antigo Testamento.
A visão mostra Cristo como juiz e aquele que governa - primeiro sobre todas as igrejas (1.20-3.22), mas também sobre todo o universo (1.17-18; 2.27; 3.21).
Sua divindade, autoridade e conquista da morte garantem a vitória final (vs. 17-18; 17.14; 19.11-16).
Essa visão da soberania de Deus exercida por meio de Cristo é o ponto central e fundamental da mensagem do Apocalipse.
A impetuosidade guerreira de Cristo antecipa o seu papel na batalha final (19.11-21) mas também olha para trás, para as batalhas de Deus no Antigo Testamento (Êx 15.3; Dt 32.41-42; Is 59.17-18; Zc 14 3).
Cristo estava no meio dos candeeiros, ou seja, ele se encontra no meio de suas igrejas. Essas são as características que João viu naquele que estava no meio dos candeeiros:
·       Um semelhante a filho de homem,
·       Ele estava vestido de uma roupa talar.
·       Ele estava cingido à altura do peito com um cinto de ouro.
·       A sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve.
·       Os seus olhos como chama de fogo.
·       Os seus pés, semelhantes a latão reluzente que fora refinado numa fornalha.
·       A sua voz como a voz de muitas águas.
Agora compare com a visão do anjo que teve Daniel no capítulo 10, provavelmente do anjo Gabriel. Esses vs. 5-6, do capítulo 10 de Daniel, dão uma visão detalhada dele (Dn 9.21) ou daquele que falou por Gabriel (Dn 8.16).
A aparência dele era semelhante à da glória do Senhor (Ez 1.26-28; Ap 1.12-16). Para outras referências a anjos, podemos ver em Jz 13.6; Ez 9.2-3; 10.2; Lc 24.4. Reparemos melhor em sua aparência incrível:
·       Vestido de linho.
·       Lombos cingidos com ouro fino de ufaz.
·       Corpo era como o berilo.
·       Rosto como um relâmpago.
·       Olhos eram como tochas de fogo.
·       Braços e pés como o brilho de bronze polido.
·       Voz das suas palavras como a voz duma multidão.
Quando João teve a sua visão, do mesmo modo que Daniel, ele caiu no chão, aos pés do Senhor, como morto. No entanto, o Senhor pôs nele a sua destra e lhe disse palavras de encorajamento e ele se fortaleceu. Ele disse: - Não temas; eu sou o primeiro e o último. Eu sou o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do inferno.
Ele é o primeiro e o último, ou, essencialmente o mesmo que "o Alfa e o Ômega", uma descrição atribuída ao Pai no vs. 8 (cf. 2.8; 22.13; Is 41.4; 44.6; 48.12). Apocalipse indica a divindade de Cristo dando-lhe o mesmo título de Deus, o Pai (1.8; 22.13), indicando na visão dos vs. 13-16 que ele compartilha dos atributos de Deus assim como compartilha também de sua soberania (22.1).
Ele é aquele que vive. A ressurreição e a nova vida de Cristo fornecem nova vida para o seu povo (2.8; 5.9-10; 20.4-5) e a renovação do próprio mundo (22.1-2).
Ele é também aquele que tem as chaves da morte. Essa frase antecipa 20.14.
Jesus pede a João que escreva todas as coisas que tem visto, as que são e as que depois dessas hão de suceder. Uma referência ao passado, presente e futuro. Cada seção do Apocalipse contém referências significativas aos três períodos.
No vs. 20, Jesus explica a João o mistério das sete estrelas que estavam na destra dele e dos sete candeeiros de ouro. As estrelas são os anjos e os candeeiros as igrejas. A palavra grega empregada aqui significa "mensageiros". Pode se referir a mensageiros humanos, especificamente aos pastores das igrejas, ou a seres sobrenaturais A proeminência de anjos no Apocalipse apoiaria, nesse caso, a última hipótese (22.6; Dn 10.10-21; comparar com 2.1,8,12,18; 3.1,7,14).
Ap 1:1 Revelação de Jesus Cristo,
que Deus lhe deu
para mostrar aos seus servos
as coisas que em breve devem acontecer
e que ele,
enviando por intermédio do seu anjo,
notificou ao seu servo João,
Ap 1:2 o qual atestou
a palavra de Deus
e o testemunho de Jesus Cristo,
quanto a tudo o que viu.
Ap 1:3 Bem-aventurados
aqueles que leem
e aqueles que ouvem as palavras da profecia
e guardam as coisas nela escritas,
pois o tempo está próximo.
Ap 1:4 João,
às sete igrejas que se encontram na Ásia,
graça e paz a vós outros,
da parte daquele que é,
que era
e que há de vir,
da parte dos sete Espíritos
que se acham diante do seu trono
Ap 1:5 e da parte de Jesus Cristo,
a Fiel Testemunha,
o Primogênito dos mortos
e o Soberano dos reis da terra.
Àquele que nos ama,
e, pelo seu sangue,
nos libertou dos nossos pecados,
Ap 1:6 e nos constituiu reino,
sacerdotes para o seu Deus e Pai,
a ele
a glória
e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!
Ap 1:7 Eis que vem com as nuvens,
e todo olho o verá,
até quantos o traspassaram.
E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele.
Certamente. Amém!
Ap 1:8 Eu sou o Alfa e Ômega,
diz o Senhor Deus,
aquele que é,
que era
e que há de vir,
o Todo-Poderoso.
Ap 1:9 Eu, João,
irmão vosso
e companheiro
na tribulação,
no reino
e na perseverança,
em Jesus,
achei-me na ilha chamada Patmos,
por causa da palavra de Deus
e do testemunho de Jesus.
Ap 1:10 Achei-me em espírito,
no dia do Senhor,
e ouvi, por detrás de mim,
grande voz,
como de trombeta,
Ap 1:11 dizendo:
O que vês escreve em livro
e manda às sete igrejas:
Éfeso,
Esmirna,
Pérgamo,
Tiatira,
Sardes,
Filadélfia
e Laodicéia.
Ap 1:12 Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado,
vi sete candeeiros de ouro
Ap 1:13 e, no meio dos candeeiros,
um semelhante a filho de homem,
com vestes talares
e cingido, à altura do peito,
com uma cinta de ouro.
Ap 1:14 A sua cabeça e cabelos
eram brancos como alva lã, como neve;
os olhos,
como chama de fogo;
Ap 1:15 os pés,
semelhantes ao bronze polido,
como que refinado numa fornalha;
a voz,
como voz de muitas águas.
Ap 1:16 Tinha na mão direita
sete estrelas,
e da boca
saía-lhe uma afiada espada de dois gumes.
O seu rosto
brilhava como o sol na sua força.
Ap 1:17 Quando o vi,
caí a seus pés como morto.
Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo:
Não temas;
eu sou o primeiro
e o último
Ap 1:18 e aquele que vive;
estive morto,
mas eis que estou vivo
pelos séculos dos séculos
e tenho as chaves da morte
e do inferno.
Ap 1:19 Escreve, pois,
as coisas que viste,
e as que são,
e as que hão de acontecer depois destas.
Ap 1:20 Quanto ao mistério das sete estrelas
que viste na minha mão direita
e aos sete candeeiros de ouro,
as sete estrelas
são os anjos das sete igrejas,
e os sete candeeiros
são as sete igrejas.
As coisas que viste, as que são e as que hão de acontecer depois destas foi dito a João que escrevesse. Assim, devemos estudar o apocalipse tendo em vista esta dica.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
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terça-feira, 29 de março de 2016

GÊNERO FLUIDO - UM DIA HOMEM, OUTRO MULHER

A que ponto chegamos e isso ainda vai evoluir para patamares mais "livres", sim, livres de Deus, de Jesus Cristo, de religião, da moral, da Lei, da Bíblia.

A moda hoje é ser livre... Liberdade total! No entanto, quem de fato é livre? Aquele que faz o que quer, do jeito que quer e ninguém tem nada a ver com isso ou aquele que em tudo se domina?

Quem faz o que quer, na hora que quer é escravo e não livre. É escravo de seus desejos, de seu corpo, da moda, da nova onda.

Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres! (Jo 8.36).

Veja esse vídeo interessante da Psicóloga Marisa Lobo bastante esclarecedor sobre o assunto:
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