Como dissemos, o propósito de Apocalipse, conforme a BEG, é estimular a
fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a
História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção
em Cristo. Estamos vendo o capítulo 2/22.
Breve
síntese do capítulo 2.
Neste capítulo João fala às igrejas de Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira
e mantém uma estrutura padrão das escritas com uma introdução simples e pequena
exaltando uma qualidade de Jesus Cristo.
Em seguida, ele fala de cada uma que ele “conhece” algo como as suas
obras, a sua tribulação, o lugar onde habita e outras coisas relativas à cada
igreja, depois vem uma palavra de exortação, ou consolo ou edificação ou de
advertência; depois, uma promessa sempre endereçada ao vencedor.
Eu percebo aqui que não estamos esquecidos de Deus mas dele somos
conhecidos – eu conheço as – tanto quando estamos sendo fiéis como quando
estamos sendo infiéis, amando mais o presente século. Outra coisa que percebo
nestas cartas é a promessa feita “ao vencedor!”.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
B. Exortação às sete igrejas (2.1-3.22).
Dos vs. 2.1 ao 3.22, veremos as exortações
às sete igrejas. Cristo demonstra cuidado pelas igrejas ao endereçar uma carta
a cada uma de acordo com suas necessidades, incluindo recomendações e censuras
assim como exortações e promessas.
Ele demonstra um conhecimento detalhado da
situação individual de cada uma ("Conheço": 2.2,9,13,19; 3.1,8,15).
Todas as sete cartas aludem a circunstâncias e tradições de cada cidade em
particular.
Ao mesmo tempo, todas as igrejas são
incluídas num chamado universal à fidelidade e a perseverança até que as
promessas cheguem ao seu cumprimento na Jerusalém celestial.
As lutas das igrejas contrastam com a paz e
a satisfação no final, como retratada em 21.1-22.5. As exortações de cada carta
são reforçadas por alusões iniciais aos elementos da visão majestosa de
1.12-20.
A escolha de exatamente sete igrejas sugere
a ampla relevância da mensagem (1.4). Cada mensagem, conforme a BEG, apresenta
o mesmo estilo básico:
(1)Endereçamento:
"ao anjo da igreja em... escreve".
(2)Identificação
de Cristo aludindo à sua majestade demonstrada em 1.12-20: "estas coisas
diz..."
(3)Asseveração
de conhecimento: "Conheço".
(4)Avaliação:
censuras e/ou elogios.
(5)Promessa
ou ameaça: normalmente "dar-lhe-ei".
(6)Promessa
"ao vencedor".
(7)Exortação
a ouvir: "Quem tem ouvidos".
Note-se que os elementos (6) e (7) podem
ocorrer em ordem inversa e que o elemento (5) pode estar misturado com o (4).
As suas palavras são endereçadas às igrejas
visíveis em cada localidade. Nem todos nessas igrejas eram verdadeiros crentes.
Assim sendo, há uma ênfase nas ameaças de castigo e na necessidade de
perseverança em todas essas cartas às igrejas (A BEG recomenda seu excelente
artigos teológico "A igreja visível e a invisível", em 1 Pe 4, e
"A perseverança e a preservação dos santos", em Fp 1).
Nos dois gráficos, a seguir, veremos um
resumo dessas sete cartas contendo diversas informações úteis para plena
compreensão de seu teor.
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Ao anjo da igreja em Éfeso.
“A
CIDADE – A cidade de Éfeso era a principal cidade da província romana chamada
Ásia, do tamanho do estado do Ceará, nela estava situado o templo da deusa
Diana, considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, e orgulho dos
efésios, também segundo uma lenda, a cidade era a guardiã da estátua de Júpiter
que caíra do céu. “O escrivão da cidade, tendo apaziguado o povo, disse:
Senhores, efésios: quem, porventura, não sabe que a cidade de Éfeso é a guardiã
do templo da grande Diana e da imagem que caiu de Júpiter? ” (At. 19:35) O
templo de Júpiter, no entanto, ficava em frente a cidade de Listra. (At.
14:13).
Era
uma cidade envolvida em ocultismo e magia negra, porém ali o apóstolo Paulo
fundou a igreja autêntica. O próprio apóstolo João escolheu Éfeso como centro
de seu trabalho na Ásia, e Maria, mãe de Jesus, como passara a morar com João
após a crucificação, possivelmente viveu Éfeso os últimos dias de sua vida.
Atualmente a cidade Éfeso é só ruínas. Apocalipse 2:1Ele começa com a igreja em
Éfeso.”[2]
Ainda sobre a cidade, anteriormente, Éfeso
havia mudado a sua localização por causa de um gradual depósito de sedimento ou
limo que obstruía o rio que cortava a cidade, o Caister. A cidade havia sido
"movida" de sua localização anterior. Por analogia, Cristo ameaça
mover a igreja a não ser que seu povo se arrependa.
Sobre os nicolaítas citados, eles se
referem a um grupo herético, provavelmente adepto de práticas semelhantes ao
ensino de Babão e Jezabel. Essa seita foi fundada Seita fundada por Nicolau de Antioquia, infiltrada na igreja
de Éfeso e Pérgamo, que procurava entrar em compromisso com o paganismo, a fim
de permitir que os cristãos participassem em algumas das atividades sociais e
religiosas da sociedade. O termo “nicolaítas” pode ser uma forma helenizada de
Balaão, sendo assim, as duas seitas citadas podem ser a mesma. (ver nota de
rodapé 32).
Qualidades:
Era
autêntica e ensinava a doutrina verdadeira.
Era
uma igreja de muito trabalho e esforço.
Tinha
paciência e perseverança.
Pôs
a prova os maus crentes.
Sofreu
mas não se cansou.
Não
permitiu os maus na comunhão da igreja.
Odeia
as obras dos nicolaítas
Seita
fundado por Nicolau de Antioquia, infiltrada na igreja de Éfeso e Pérgamo, que
procurava entrar em compromisso com o paganismo, a fim de permitir que os
cristãos participassem em algumas das atividades sociais e religiosas da
sociedade. O termo “nicolaítas” pode ser uma forma helenizada de Balaão, sendo
assim, as duas seitas citadas podem ser a mesma.
Defeito:
Deixou
o primeiro amor. – Cuidou da doutrina e da disciplina mas esqueceu as primeiras
obras.
Consequências:
Virei
em breve quando não esperas.
Tirarei
do teu lugar o teu castiçal.
Conselhos:
Lembra
de onde caístes.
Esta
era a igreja dos apóstolos, que começou no dia do Pentecostes, uma igreja que
nasceu com milagres e avivamento, mas com o passar do tempo foi perdendo o seu
poder e se tornou uma igreja ortodoxa e sem amor, que punia severamente aqueles
que falhavam.
Arrepende-te.
Este
mesmo conselho consta em outras cartas do Senhor às igrejas.
Pratica
as primeiras obras.
Este
aviso dado a igreja de Éfeso, tem sido um alerta para cada cristão zeloso, que
procura andar com Deus. Sempre procurar retornar ao primeiro amor, retomar as
primeiras obras e buscar o reavivamento antes que esfrie e se torne um crente
sem vida.
Recompensa
Ao
vencedor … árvore da vida … paraíso de Deus:
A
recompensa aguarda os vencedores que perseveram no amor e na verdade. Aqueles
que desistem, abandonando para sempre o seu amor, não receberão o galardão.
Jesus descreve a comunhão com Deus em termos que nos lembram do jardim do Éden.
Por causa do pecado, o homem foi expulso do jardim em que Deus andava (Gênesis
3:22-24,8). Aqueles que andam com Deus têm a esperança da vida no paraíso do
Senhor.
Ao anjo da igreja em Esmirna.
A CIDADE – Das sete, esta é a única cidade
que permanece até hoje com a grandeza que tinha no tempo de João. Atualmente
chama-se Izmir e é a maior cidade da Turquia Asiática. Esmirna era o centro do
ministério e o lugar do martírio de Policarpo, que fora separado para o
episcopado pelo apóstolo João. A carta a esta igreja é a mais resumida das sete
e não contém nenhuma repreensão.
Características:
Jesus
conhecia:
•As
suas obras.
•As
suas tribulações.
•A
sua pobreza, mas era ela rica.
Jesus
aconselhava:
•Não
temer as coisas que havia de padecer.
•Avisando
que o diabo lançaria alguns na prisão.
O
grupo de membros da sinagoga judaica em Esmirna era composto de judeus que
haviam recusado a mensagem a respeito da vinda do Messias. Embora professassem
cultuar a Deus, a oposição que faziam aos cristãos demonstrava que eles, de
fato, estavam sob o poder satânico das trevas (2Co 4.4).
•Prevendo
que teriam uma tribulação de dez dias.
•Que
fosse fiel até a morte.
A
cidade de Esmirna se orgulhava de sua fidelidade à Roma.
A
deusa Cibele, de Esmirna, era retratada nas moedas com uma coroa que reproduzia
as ameias da cidade. Era dito que a construções no monte Pagos se assemelhavam
a uma coroa. Em contraste com essas alegações, Jesus prometeu dar-lhes a
verdadeira coroa.
Alguns teólogos entendem que o período da
Igreja de Esmirna foi o tempo dos mártires. Nesse tempo, os cristãos eram
perseguidos e mortos, jogados nas arenas de leões, crucificados ou queimados em
fogueiras. Conforme as tradições todos os apóstolos que andavam com Jesus
morreram como mártires, com exceção de dois: Judas Iscariotes, que traiu Jesus
e acabou se enforcando, e João, que após ser exilado na ilha de Patmos, obteve
a liberdade e morreu de morte natural. Com os demais apóstolos ocorreu o seguinte:
(1)Paulo – Não era apóstolo oficialmente,
foi considerado apóstolo dos gentios por causa da sua grande obra missionária
nos países gentílicos. Foi decapitado em Roma por ordem de Nero.
(2)Matias – Ficou no lugar de Judas
Iscariotes, foi martirizado na Etiópia.
(3)Simão – O zelote, foi crucificado.
(4)Tiago (O mais Jovem) – Pregou na
Palestina e no Egito, sendo ali crucificado.
(5)Tiago (O mais Velho) – Pregou em
Jerusalém e na Judéia. Foi decapitado por Herodes.
(6)Mateus – Morreu como mártir na Etiópia.
(7)Tomé – Pregou na Pérsia e na Índia,
sendo martirizado perto de Madras no monte de São Tomé.
(8)Bartolomeu – Serviu como missionário na
Armênia, sendo golpeado até a morte.
(9)Filipe – Pregou na Frígia e morreu como
mártir em Hierápolis.
(10)André – Pregou na Grécia e Ásia Menor.
Foi crucificado.
(11)Simão Pedro – Pregou entre os judeus chegando
até a Babilônia, esteve em Roma, onde foi crucificado com a cabeça para baixo.
Eles consideravam uma honra poderem servir
ao Senhor com a sua própria vida. “Se sofrermos, também com ele reinaremos; se
o negarmos, também ele nos negará;” 2 Timóteo 2:12. Hoje, teríamos a mesma
disposição? Abrir mão de nossas vidas por amor a Cristo podendo passar pela
morte não é fácil não, mas sabemos que isso é pura graça de Deus e, se preciso,
também teremos a mesma honra.
Recompensa
Vs.
11 – “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de
nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.”
A primeira morte representa a experiência
normal de morte nesta criação, o que, em certo sentido, é preliminar. No final
dos tempos, todos os que tiverem morrido serão ressuscitados e julgados (Jo
5.28-29). Os incrédulos que forem ressuscitados serão condenados e morrerão uma
segunda e final morte: o castigo eterno (20:6,14; 21:8). Os crentes serão
ressuscitados para a vida, o que evitará essa segunda morte.
Os perseguidores aos cristãos de todos os
tempos podem até causar a primeira morte, mas os fiéis não sofrerão a segunda
morte (veja Mateus 10:28).
Ao anjo da igreja em Pérgamo.
A CIDADE – Ficava situada à beira de Caico,
a cidade era famosa não somente pela biblioteca de duzentos mil volumes, mas
também pelo magnífico templo ao deus Esculápio, a quem se atribuía a cura de
doentes e a ressurreição dos mortos.
Do nome da cidade vem o termo “pergaminho”.
Esta cidade era um lugar de imoralidade, mais de que qualquer outra cidade de
então. O Senhor mandou dizer a igreja desta cidade: “…eu sei onde habitas, que
é onde está o trono de Satanás.”
Pérgamo também possuía o mais antigo templo
da Ásia Menor dedicado ao culto do imperador.
Qualidades:
Sei
as tuas obras.
Reténs
o Meu Nome.
Não
negaste a minha fé.
Antipas
minha fiel testemunha foi morto entre vós.
Defeitos:
Tens
lá os que seguem a doutrina de Balaão.
Como
registrado em Nm 22.5, Balaão deu a Balaque os conselhos que levaram ao
incidente descrito em Nm 25.1-4.
Jezabel
(2.20) e outros cristãos professos das sete igrejas estavam se entregando aos
prazeres oferecidos pelo ambiente pagão em que viviam (17.1-19.10).
Assim,
a menção a Balaão introduz o tema geral da tentação de fazer concessões ao
mundo, o que resulta em ser apanhado na armadilha de suas idolatrias.
Tens
os que seguem a doutrina dos nicolaítas.
Os
nicolaítas representavam uma seita fundada por Nicolau de Antioquia, infiltrada
na igreja de Éfeso e Pérgamo, que procurava entrar em compromisso com o
paganismo, a fim de permitir que os cristãos participassem em algumas das
atividades sociais e religiosas da sociedade. O termo “nicolaítas” pode ser uma
forma helenizada de Balaão, sendo assim, as duas seitas citadas podem ser a
mesma.
Conselhos:
Arrepende-te.
Consequências:
Virei
contra ti e batalharei com espada da minha boca.
Recompensa
O
maná escondido.
Aqueles
que recusassem qualquer participação na mesa dos demônios seriam sustentados
pelo maná de Deus. Jesus é o maná dado pelo Pai (veja João 6:31-65). Ele
sustenta os fiéis e lhes dá vida. A mensagem de Jesus continua oculta para os
sábios deste mundo (veja 1 Coríntios 2:6-10).
Talvez
também seja uma alusão ao maná preservado no Santo dos Santos do Tabernáculo
(Êx 16.33-35; Hb 9.4). Cristo prometeu nutrir os fiéis com um suprimento
inesgotável de alimento celestial e espiritual (Jo 6.32-58).
Uma
pedrinha branca com um nome novo escrito:
Um
nome novo, frequentemente, sugeria uma nova direção na vida, especialmente de
uma pessoa abençoada por Deus (exemplos: Abrão > Abraão; Sarai > Sara;
Jacó > Israel). Em Isaías 62:2-4, Desamparada e Desolada recebem nomes
novos: Minha-Delícia e Desposada, mostrando a bênção de estar com Deus. Veja,
também, 3:12.
Assim,
dar um nome era um exercício de autoridade sobre aquele que estava sendo
nomeado (p. ex., Gn 2.19-20; Mt 1.25). Ao renomear os fiéis, Jesus confirma
como propriedade sua aqueles que estão sob sua autoridade.
Em
certas circunstâncias, conhecer o nome de um ser era a maneira de obter poder
sobre ele ou ela (Mc 5.9). Ao manter secreto esse novo nome, Jesus assegura que
os crentes não cairão nunca sob o poder do inimigo.
A pedrinha branca pode incluir
vários significados, conforme os costumes da época.
üPedras
brancas foram usadas para indicar a inocência de pessoas acusadas de crimes;
Jesus inocenta os seus seguidores fiéis.
üPedras
brancas foram dadas a escravos libertados para mostrar sua cidadania; os fiéis
não são mais escravos do pecado, pois se tornaram cidadãos da pátria celestial
(Filipenses 3:20).
üElas
foram usadas pelos romanos como um tipo de ingresso para alguns eventos; Jesus
permite os fiéis a entrarem na presença dele para o seu banquete (veja 19:6-9).
üTambém
foram dadas aos vencedores de corridas e aos vitoriosos em batalha. Os fiéis
são vencedores que receberão o prêmio (2 Timóteo 4:7-8).
Ao anjo da igreja em Tiatira.
A CIDADE – A rica cidade de Tiatira era
conhecida como um centro comercial, no fértil vale do rio Lico. Era também, a
cidade de Lídia, a qual, talvez tratando do seu ofício de vender púrpura
(At.16), ouviu a pregação do apóstolo Paulo e foi salva.
Não sabemos se foi ela quem levou o
evangelho a Tiatira; o certo é que o Evangelho chegou até lá, e que havia uma
próspera igreja na cidade.
Tiatira possuía uma famosa corporação de
artesãos que trabalhavam com bronze
Qualidades:
A
sua caridade (amor).
O
seu serviço, fé e paciência.
As
suas últimas obras eram maiores do que as primeiras.
Defeitos:
Tolerava
Jezabel, mulher que se dizia profetiza, ensinava e enganava os servos do Senhor,
para que se prostituissem e comessem dos sacrifícios da idolatria.
Não
se arrependeu, apesar de ter sido dado tempo suficiente a ela.
Sobre
Jezabel temos as seguintes referências: 1Rs 16 31; 19.1-2; 21.5-26; 2Rs
9.30-37. Essa mulher era chamada Jezabel porque, como a figura homônima do
Antigo Testamento, ela seduzia o povo à imoralidade sexual e à idolatria, os
dois tipos mais importantes de prazer na Ásia Menor pagã. Veja ainda 14.8;
17.1-19.10.
Consequências;
Eis
que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação.
Ferirei de morte os seus filhos.
Conforme aqueles que creem que essas
igrejas representam a igreja ao longo dos tempos, desde a sua origem, o período
desta igreja é maior de todos. Foi a época em que as trevas cobriram a verdadeira
igreja.
A idolatria, o culto às relíquias e aos
santos, o sacrifício da missa, o batismo de crianças, o celibato clerical e
muitos outros dogmas de homens foram introduzidos no seio da igreja e a verdadeira
doutrina foi sucumbida.
Recompensas
Autoridade
sobre as nações.
Os cristãos perseguidos foram vítimas
da maldade dos homens poderosos deste mundo, até do poder do governo. Mas os
vencedores dominariam sobre as nações com o poder do Ungido de Deus (compare a
linguagem deste texto com Salmo 2:8-9).
Jesus daria aos fiéis o privilégio de
participar deste vitorioso reino messiânico (veja 5:9-10; Romanos 5:17; Efésios
2:6).
A promessa do vs. 28 diz que Jesus nos daria
a mesma autoridade que recebeu de seu Pai. Também, ainda, nos daria a estrela
da manhã – vs. 28. Jesus é a estrela da manhã (22:16; veja 2 Pedro 1:19). Qual
maior recompensa para o vencedor do que chegar ao eterno dia iluminado para
sempre pela luz de Jesus? Na Bíblia, o termo grego é usado apenas aqui e em
22.16, onde ele se refere a Jesus.
Ap 2:1 Ao anjo da igreja em Éfeso escreve:
Estas coisas diz
aquele que conserva na mão
direita as sete estrelas
e que anda no meio dos sete
candeeiros de ouro:
Ap 2:2 Conheço as tuas
obras,
tanto o teu labor como a
tua perseverança,
e que não podes suportar homens maus,
e que puseste à prova os
que a si mesmos
se declaram apóstolos e não
são,
e os achaste mentirosos;
Ap 2:3 e tens perseverança,
e suportaste provas por
causa do meu nome,
e não te deixaste
esmorecer.
Ap 2:4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
Ap 2:5 Lembra-te, pois, de onde caíste,
arrepende-te
e volta à prática das
primeiras obras;
e, se não, venho a ti e
moverei do seu lugar o teu candeeiro,
caso não te arrependas.
Ap 2:6 Tens, contudo, a teu
favor
que odeias as obras dos
nicolaítas,
as quais eu também odeio.
Ap 2:7 Quem tem ouvidos,
ouça o que o Espírito diz às igrejas:
Ao vencedor,
dar-lhe-ei que se alimente
da árvore da vida
que se encontra no paraíso
de Deus.
Ap 2:8 Ao anjo da igreja em Esmirna escreve:
Estas coisas diz
o primeiro e o último,
que esteve morto e tornou a
viver:
Ap 2:9 Conheço a tua tribulação,
a tua pobreza (mas tu és
rico)
e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram
judeus
e não são,
sendo, antes, sinagoga de
Satanás.
Ap 2:10 Não temas as coisas
que tens de sofrer.
Eis que o diabo está para
lançar em prisão
alguns dentre vós,
para serdes postos à prova,
e tereis tribulação de dez dias.
Sê fiel até à morte,
e dar-te-ei a coroa da
vida. Ap 2:11
Quem tem ouvidos,
ouça o que o Espírito diz às igrejas:
O vencedor
de nenhum modo sofrerá dano
da segunda morte.
Ap 2:12 Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve:
Estas coisas diz
aquele que tem a espada
afiada de dois gumes:
Ap 2:13 Conheço o lugar em
que habitas,
onde está o trono de
Satanás,
e que conservas o meu nome
e não negaste a minha fé,
ainda nos dias de Antipas,
minha testemunha,
meu fiel,
o qual foi morto entre vós,
onde Satanás habita.
Ap 2:14 Tenho, todavia,
contra ti algumas coisas,
pois que tens aí os que
sustentam a doutrina de Balaão,
o qual ensinava a Balaque a
armar ciladas
diante dos filhos de Israel
para comerem coisas
sacrificadas aos ídolos
e praticarem a
prostituição.
Ap 2:15 Outrossim, também
tu
tens os que da mesma forma
sustentam a doutrina dos nicolaítas.
Ap 2:16 Portanto,
arrepende-te;
e, se não, venho a ti sem
demora
e contra eles pelejarei com
a espada
da minha boca.
Ap 2:17 Quem tem ouvidos,
ouça o que o Espírito diz às igrejas:
Ao vencedor, dar-lhe-ei do
maná escondido,
bem como lhe darei uma
pedrinha branca,
e sobre essa pedrinha
escrito um nome novo,
o qual ninguém conhece,
exceto aquele que o recebe.
Ap 2:18 Ao anjo da igreja em Tiatira escreve:
Estas coisas diz
o Filho de Deus,
que tem os olhos como chama
de fogo
e os pés semelhantes ao
bronze polido:
Ap 2:19 Conheço as tuas
obras,
o teu amor,
a tua fé,
o teu serviço,
a tua perseverança
e as tuas últimas obras,
mais numerosas do que as
primeiras.
Ap 2:20 Tenho, porém, contra
ti
o tolerares que essa mulher, Jezabel,
que a si mesma se declara
profetisa,
não somente ensine, mas
ainda seduza
os meus servos a praticarem
a prostituição e a comerem
coisas
sacrificadas aos ídolos.
Ap 2:21 Dei-lhe tempo para que se arrependesse;
ela, todavia, não quer arrepender-se da sua
prostituição.
Ap 2:22 Eis que a prostro
de cama,
bem como em grande
tribulação
os que com ela adulteram,
caso não se arrependam das
obras
que ela incita.
Ap 2:23 Matarei os seus
filhos,
e todas as igrejas
conhecerão
que eu sou aquele que sonda
mentes e corações,
e vos darei a cada um segundo as vossas obras.
Ap 2:24 Digo, todavia, a
vós outros, os demais de Tiatira,
a tantos quantos não têm
essa doutrina
e que não conheceram, como
eles dizem,
as coisas profundas de
Satanás:
Outra carga não jogarei
sobre vós;
Ap 2:25 tão-somente
conservai o que tendes,
até que eu venha.
Ap 2:26 Ao vencedor,
que guardar até ao fim as minhas obras,
eu lhe darei autoridade
sobre as nações,
Ap 2:27 e com cetro de
ferro as regerá
e as reduzirá a pedaços
como se fossem objetos de barro;
Ap 2:28 assim como também
eu recebi de meu Pai,
dar-lhe-ei ainda a estrela
da manhã.
Ap 2:29 Quem tem ouvidos,
ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Uma coisa é certa: Jesus se encontra no meio dos sete candeeiros, ou
seja, todas as igrejas que levam o seu nome, de um jeito ou de outro, são dele,
apesar dos defeitos, vícios, erros que carregam. Se devemos temer diante de
Deus com relação a cada ser criado, pois nele se encontra a imagem e a
semelhança do Criador, como não devemos tratar nossos irmãos que estão
enganados em igrejas totalmente desviadas da verdade, apesar de carregarem de
alguma forma o nome do Senhor?
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O Pr. Sabino e seu filho Sabino Junior pregaram juntos, em 27 de março de 2016, com base no texto bíblico de Efésios 6.1-4.
Ouça a pregação ministrada que, na verdade, foi uma continuação da pregação iniciada no último dia do Acampamento de Família que ocorreu nos dias 24, 25, 26 e 27 de março, no Acampamento Gileade.
Sem dúvida, é uma excelente oportunidade para você poder refletir e melhorar seu relacionamento em família. Eu, minha esposa e filha fomos tremendamente impactados. O bom nisso tudo é a cura que traz para nós e não o peso por termos errado ou falhado em algum momento.
O que mais me chamou a atenção nisso, foi o fato de que Deus nos ama apesar de nós, ou seja, pai e filhos são falhos e estão juntos e não em conflito. Muita paciência, amor, fé e confiança é necessário nesse relacionamento. Quando as coisas esquentam muito em casa, por um motivo o outro eu logo faço a invocação de quem é o maior em nossa casa? O filho? O pai?
Qual o propósito de Apocalipse? Conforme a BEG, estimular a fidelidade a
Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a História e
certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção em Cristo.
Ela também ainda fala das suas verdades fundamentais:
1.A igreja enfrenta muito sofrimento neste mundo
pecaminoso.
2.Deus requer arrependimento sincero e fidelidade
paciente da parte de seu povo.
3.Deus governa a História de tal modo que o mal não
prevalecerá contra a igreja.
4.Jesus retornará em glória trazendo castigo final
para o ímpio e bênção final para o justo que triunfar.
Eu não creio em um reino dividido em que duas forças se opõem para
conquistar o mundo. Eu creio na soberania de Deus e no seu reino único. Assim,
jamais mesmo haverá triunfo do mal.
Há tanto o que falar, meditar, estudar, aprofundar-se que se déssemos
corda à nossa imaginação não haveriam livros no mundo inteiro para conter todos
os nossos comentários. Não é esta a minha intenção, mas chamar a atenção dos
leitores naquilo que fui chamado a atenção e assim compartilhar nossa visão.
Por exemplo, no início, bem no começo: foi Deus quem deu a revelação ou
o apocalipse. Deus deu para seu filho, Jesus Cristo – também Deus - para
mostrar aos seus servos o futuro. Jesus envia um anjo – o seu anjo – que
notifica seu servo João. João, então, atesta tanto a palavra de Deus como o
testemunho de Jesus Cristo quanto a tudo que viu.
Deus – Jesus Cristo – Anjo – João – as sete igrejas. Deus deu o
apocalipse para Jesus Cristo. Jesus Cristo envia seu anjo para notificar João.
O anjo notifica João. João atesta a palavra de Deus, o testemunho de Jesus
Cristo e comunica às sete igrejas a mensagem que Deus deu.
I. INTRODUÇÃO (1.1-8).
João estabeleceu o cenário para sua
epístola exaltando a Cristo como a fonte de sua revelação e identificando-se a
si mesmo e seus destinatários.
João inicia o seu livro com uma abertura
bastante elaborada. Sua introdução se divide em três partes, as quais veremos
agora: um prólogo (vs. 1-3), saudações (vs. 4-5a) e louvor (vs. 5b-8).
A. Prólogo (1.1-3).
Esses três primeiros versículos orientam o
leitor a respeito do conteúdo que podem esperar.
É colocada ênfase na autoridade divina da
mensagem, no seu caráter de certeza (observe a palavra "devem" no vs.
1) e na sua relevância crucial (vs. 3).
Deus providenciou o processo de comunicação
com todo cuidado:
·A
mensagem originou-se em Deus, o Pai.
·Ela
foi dada a Jesus Cristo.
·Ela
foi comunicada a João por intermédio de um anjo (vs. 1).
·João
testificou escrevendo-a (vs. 2).
·Todos
são incentivados a ler e ouvir (vs. 3).
A revelação é de Jesus Cristo que foi dada
por seu Pai para ser mostrada aos seus servos o que em breve 1.1 em breve -
veja 22.6,7,10,12,20 – irá acontecer.
A guerra espiritual acontece ao longo de
toda a história da igreja e as sete igrejas logo experimentariam todas as
dimensões do conflito.
Além do mais, os "últimos dias"
mencionados nas profecias do Antigo Testamento haviam sido inaugurados na
ressurreição de Cristo (At 2.16-17).
O tempo de espera está terminando e Deus
está conduzindo a fase final de sua batalha vitoriosa contra o mal. Segundo
esse cálculo, hoje é "a última hora" (1 Jo 2.18). Aqui, a BEG recomenda
seu excelente artigo teológico "O plano das eras", em Hb 7.
É João aqui quem dá testemunho de Jesus
Cristo – vs. 2. Em consequência da atual realidade de perseguição (17.6), o
tema de testemunho ecoa ao longo de todo o livro do Apocalipse.
Jesus Cristo é a testemunha proeminente
(1.5; 3.14; 19.11), e imitá-lo pode incluir o martírio (12.11). Apocalipse é,
em si mesmo, um testemunho destinado a fortalecer o testemunho de seus
leitores.
João logo proclama uma bem-aventurança aos
que lerem sua carta ou as palavras desta profecia. Apocalipse pronuncia não
apenas a condenação dos infiéis, mas também a bênção aos fiéis (14.13; 16.15;
19.9; 20.6; 22.7,14; Mt 5.3).
João chamou seus escritos nesta carta de
proféticos – vs. 2 - veja 22.7-10,18-19. Semelhante a muitas profecias do
Antigo Testamento, Apocalipse combina visões do futuro com exortações à
fidelidade.
A profecia é urna forma distinta e
inspirada de testemunho cristão (1.2). Também a bênção se estende aos que ouvem
e guardam as coisas escritas. O Apocalipse não tem o propósito de estimular a fantasia
de seus leitores, mas de fortalecer o coração deles.
B. Saudações (1.4-5a).
Essa saudação – vs. 4 - segue o estilo
formal de uma carta grega: identifica o autor e os destinatários.
Ela está endereçada às sete igrejas da
província da Ásia - veja 1.11; 2.1-3.22. Apocalipse é organizado em setes, o
número simbólico da completude proveniente da semana original da criação (Gn
2.2-3).
A escolha de sete igrejas expressa a
importância da mensagem para todas as igrejas (1.1,3; 2.7,11,17,29; 3.6,13,22;
22.7,11-14,16,18-21).
A província romana da Ásia localizava-se
onde hoje fica a Turquia ocidental.
Ele os saúda com a graça e a paz por parte.
Observe a origem da graça e paz da Trindade: Deus o Pai ("Daquele que é..
"), o Filho (1.5) e o Espírito (cf. 2Co 13.14; 1Pe 1.1-2).
·Daquele
que é, que era, e que há de vir. Semelhante ao nome divino em Êx 3.14-15.
·Dos
sete espíritos que estão diante do trono, ou, "Espírito sétuplo". O
Espírito Santo é descrito como sete vezes pleno (veja Zc 4.2,6).
·De
Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o
soberano dos reis da terra.
Sobre
o Filho, João diz que ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do
seu sangue, e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A
ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém.
Os
papéis-chave de Jesus Cristo nesse livro são antecipados nessa descrição.
üFiel
testemunha.
üPrimogênito.
üSoberano.
Porque
todas as coisas subsistem em Cristo (Cl 1.17), o simbolismo trinitário dos vs.
4.5; 4.1-5.14 forma a base para o livro. Pelo fato de a Trindade ser profundamente
misteriosa, o simbolismo de Apocalipse tem uma profundidade inexaurível.
C. Louvor (1.5b-8).
O Apocalipse inicia com o louvor a Deus,
que é semelhante ao início da maioria das cartas de Paulo. Os temas de
soberania de Deus e redenção, bem como da segunda vinda de Cristo repetem-se ao
longo de todo o livro.
O tema de culto e louvor a Deus estende-se
por todo o livro (p. ex., 4.8,11; 5.9-14; 7.12; 11.15-17; 12.10-12; 15.3-4;
19.1-8) porque o louvor é parte integrante da guerra espiritual.
Ao explicar que somos reino e sacerdotes para
servir a Deus e Pai, João aplicou a passagem de Êx 19.6 a todos os crentes de
todas as nações porque eles coletivamente gozam do governo de Deus e como
sacerdotes têm acesso íntimo a ele (Hb 10.19-22; 1 Pe 2.5-9).
No futuro, eles reinarão com ele (2.26-27;
3.21; 5.10; 20.4,6). Os propósitos de redenção que estavam incorporados no
êxodo de Israel do Egito foram cumpridos por meio de Cristo (5.9-10).
O tema do culto sacerdotal e do acesso a
Deus é complementar ao tema do templo em Apocalipse.
João anuncia que ele vem com as nuvens, e
todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da
terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém
O retorno de Cristo para trazer o castigo
aos seus inimigos encorajava João e seus leitores durante a perseguição que
sofriam (a BEG recomenda aqui a leitura de seu excelente artigo teológico
"O julgamento final", em Jd).
No vs. 8, Jesus se identifica:
·Como
o Alfa e o Ômega".
A
primeira e a última letra do alfabeto grego. Deus é o Alfa (Criador) e o Ómega
(Consumador).
·Como
“o que é, o que era e o que há de vir”.
É
Senhor de tudo: passado, presente e futuro - como é sugerido pela afirmação:
"aquele que é e que era e que há de vir" (cf. o vs. 4; 4.1-5.14). Sua
soberania na criação garante o cumprimento de seus propósitos na nova criação
(Rm 8.18-25).
No
futuro Deus virá para consumar todos os seus propósitos (21.1-22.5; veja o
artigo teológico "O reino de Deus", em Mt 4).
·Como
o Todo-poderoso.
II. VISÕES (1.9-22.5).
Sete ciclos de visões altamente simbólicas
sobre os desafios e as bênçãos presentes e futuros são descritos para encorajar
os crentes a permanecerem fiéis a Cristo enquanto passam por sofrimento e para
adverti-los sobre o perigo de abandonarem a Cristo. Uma oitava visão
descrevendo a nova Jerusalém também é apresentada.
Veremos, nesta longa parte II, que vai de 1.9
a 22.5 essas 7+1 visões. Nesses capítulos, João compõe o corpo principal de sua
carta relatando a série de visões que ele teve. Esse material se divide em três
seções principais: uma visão de Cristo (1.9-20), exortações às sete igrejas
(2.1-3.22) e uma série de sete visões celestiais (4.1-22.5). Elas formarão
nossa divisão proposta, seguindo a BEG: A. A visão de Cristo: O Rei, Sacerdote
e Juiz (1.9-20) – veremos agora; B.
Exortação às sete igrejas (2.1-3.22); e, C. Visões celestiais (4.1-22.5).
A. A visão de Cristo: O Rei, Sacerdote e Juiz (1.9-20).
Desde o vs. 9 ao 20, veremos essa visão
espetacular de Cristo como Rei, Sacerdote e Juiz. Cristo aparece como Rei
majestoso e juiz do universo e aquele que dirige as igrejas (1.12-20).
João representa toda a igreja. Ele se
identifica como nosso irmão e companheiro:
·Na
aflição.
·No
reino.
·Na
perseverança.
A
exortação prática à perseverança e a permanecer fiel em meio da perseguição
percorre todo o Apocalipse (2.2-3,13,19; 3.10; 6.11; 13.10; 14.12; 16.15; 18.4;
20.4; 22.7,11,14).
Patmos era uma pequena ilha na costa
ocidental da Ásia Menor. Em Patmos estava localizada uma colónia penal romana
que era usada para aprisionar pessoas consideradas perigosas para a boa ordem. João
diz estar nessa ilha por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.
João explica que foi arrebatado, em
espírito. O Espírito concedeu visões a João e o transportou para pontos
especiais dos quais ele podia contemplá-las (4.2; 17.3; 21.10).
O dia desse arrebatamento de espírito se
deu no dia do Senhor. Domingo, o dia do culto cristão celebrando a ressurreição
de Cristo. A celebração do domingo antecipa a celebração da vitória final de
Deus (19.1-10).
João diz que ouviu por trás dele uma grande
voz, como de trombeta. A voz de Cristo. Vozes e ruídos altos indicam o poder e
a relevância universal das mensagens e dos acontecimentos (1.15; 4.1,5; 5.2,12;
6.1; 7.2,10; 8.5,13; 10.3; 11.12,15,19; 12.10; 14.7,9,15,18; 19.1,3,6,17).
A voz dizia para ele escrever num livro
tudo o que via e ouvia e depois enviar às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a
Laodicéia.
Curioso, João se volta para conferir quem
era que estava falando com ele e ele vê sete candeeiros de ouro. Os candeeiros
simbolizam as igrejas em sua função de levar a luz ou testemunhar (1.20; Mt
5.14-16).
Cristo caminha entre as igrejas como
Senhor, Pastor e Sacerdote, assim como a nuvem da glória de Deus condescendeu
habitar no tabernáculo e no templo, ambos os quais tinham candeeiros (Êx
25.31-40; 1Rs 7.49).
O caráter de Deus como luz (1Jo 1.5) é
supremamente manifesto em Cristo (Jo 1.4-5; 8.12; 9.5; At 26.13), mas também se
reflete de várias maneiras em sua criação:
·Em
anjos flamejantes (10.1; Ez 1 13).
·Na
luz natural (21.23; Gn 1.3).
·Nos
candeeiros do templo.
·Nas
igrejas.
·Em
cada pessoa individualmente (Mt 5.14-16).
Desse modo, Cristo apresenta o padrão no
qual todo o destino do universo é resumido (Ef 1.10; Cl 1.16-17).
Dos vs. 13 ao 18, Cristo aparece em glória
avassaladora (cf. 21.22-24). As características de 1.12-16 lembram Ez 1.25-28;
Dn 7.9-10; 10.5-6, mas também incluem algumas semelhanças mais antigas com
muitos dos aparecimentos de Deus no Antigo Testamento.
A visão mostra Cristo como juiz e aquele
que governa - primeiro sobre todas as igrejas (1.20-3.22), mas também sobre
todo o universo (1.17-18; 2.27; 3.21).
Sua divindade, autoridade e conquista da
morte garantem a vitória final (vs. 17-18; 17.14; 19.11-16).
Essa visão da soberania de Deus exercida
por meio de Cristo é o ponto central e fundamental da mensagem do Apocalipse.
A impetuosidade guerreira de Cristo
antecipa o seu papel na batalha final (19.11-21) mas também olha para trás,
para as batalhas de Deus no Antigo Testamento (Êx 15.3; Dt 32.41-42; Is
59.17-18; Zc 14 3).
Cristo estava no meio dos candeeiros, ou
seja, ele se encontra no meio de suas igrejas. Essas são as características que
João viu naquele que estava no meio dos candeeiros:
·Um
semelhante a filho de homem,
·Ele
estava vestido de uma roupa talar.
·Ele
estava cingido à altura do peito com um cinto de ouro.
·A
sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve.
·Os
seus olhos como chama de fogo.
·Os
seus pés, semelhantes a latão reluzente que fora refinado numa fornalha.
·A
sua voz como a voz de muitas águas.
Agora compare com a visão do anjo que teve
Daniel no capítulo 10, provavelmente do anjo Gabriel. Esses vs. 5-6, do
capítulo 10 de Daniel, dão uma visão detalhada dele (Dn 9.21) ou daquele que
falou por Gabriel (Dn 8.16).
A aparência dele era semelhante à da glória
do Senhor (Ez 1.26-28; Ap 1.12-16). Para outras referências a anjos, podemos
ver em Jz 13.6; Ez 9.2-3; 10.2; Lc 24.4. Reparemos melhor em sua aparência
incrível:
·Vestido
de linho.
·Lombos
cingidos com ouro fino de ufaz.
·Corpo
era como o berilo.
·Rosto
como um relâmpago.
·Olhos
eram como tochas de fogo.
·Braços
e pés como o brilho de bronze polido.
·Voz
das suas palavras como a voz duma multidão.
Quando João teve a sua visão, do mesmo modo
que Daniel, ele caiu no chão, aos pés do Senhor, como morto. No entanto, o
Senhor pôs nele a sua destra e lhe disse palavras de encorajamento e ele se
fortaleceu. Ele disse: - Não temas; eu sou o primeiro e o último. Eu sou o que
vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves
da morte e do inferno.
Ele é o primeiro e o último, ou, essencialmente
o mesmo que "o Alfa e o Ômega", uma descrição atribuída ao Pai no vs.
8 (cf. 2.8; 22.13; Is 41.4; 44.6; 48.12). Apocalipse indica a divindade de
Cristo dando-lhe o mesmo título de Deus, o Pai (1.8; 22.13), indicando na visão
dos vs. 13-16 que ele compartilha dos atributos de Deus assim como compartilha
também de sua soberania (22.1).
Ele é aquele que vive. A ressurreição e a
nova vida de Cristo fornecem nova vida para o seu povo (2.8; 5.9-10; 20.4-5) e a
renovação do próprio mundo (22.1-2).
Ele é também aquele que tem as chaves da
morte. Essa frase antecipa 20.14.
Jesus pede a João que
escreva todas as coisas que tem visto, as que são e as que depois dessas hão de
suceder. Uma referência ao passado, presente e futuro. Cada seção do Apocalipse
contém referências significativas aos três períodos.
No vs. 20, Jesus explica
a João o mistério das sete estrelas que estavam na destra dele e dos sete
candeeiros de ouro. As estrelas são os anjos e os candeeiros as igrejas. A
palavra grega empregada aqui significa "mensageiros". Pode se referir
a mensageiros humanos, especificamente aos pastores das igrejas, ou a seres
sobrenaturais A proeminência de anjos no Apocalipse apoiaria, nesse caso, a
última hipótese (22.6; Dn 10.10-21; comparar com 2.1,8,12,18; 3.1,7,14).
Ap 1:1 Revelação de Jesus Cristo,
que Deus lhe deu
para mostrar aos seus
servos
as coisas que em breve
devem acontecer
e que ele,
enviando por intermédio do seu anjo,
notificou ao seu servo
João,
Ap 1:2 o qual atestou
a palavra de Deus
e o testemunho de Jesus
Cristo,
quanto a tudo o que viu.
Ap 1:3 Bem-aventurados
aqueles que leem
e aqueles que ouvem as palavras da profecia
e guardam as coisas nela escritas,
pois o tempo está próximo.
Ap 1:4 João,
às sete igrejas que se encontram na Ásia,
graça e paz a vós outros,
da parte daquele que é,
que era
e que há de vir,
da parte dos sete Espíritos
que se acham diante do seu
trono
Ap 1:5 e da parte de Jesus
Cristo,
a Fiel Testemunha,
o Primogênito dos mortos
e o Soberano dos reis da
terra.
Àquele que nos ama,
e, pelo seu sangue,
nos libertou dos nossos pecados,
Ap 1:6 e nos constituiu reino,
sacerdotes para o seu Deus e Pai,
a ele
a glória
e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!
Ap 1:7 Eis que vem com as nuvens,
e todo olho o verá,
até quantos o traspassaram.
E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele.
Certamente. Amém!
Ap 1:8 Eu sou o Alfa e Ômega,
diz o Senhor Deus,
aquele que é,
que era
e que há de vir,
o Todo-Poderoso.
Ap 1:9 Eu, João,
irmão vosso
e companheiro
na tribulação,
no reino
e na perseverança,
em Jesus,
achei-me na ilha chamada
Patmos,
por causa da palavra de
Deus
e do testemunho de Jesus.
Ap 1:10 Achei-me em espírito,
no dia do Senhor,
e ouvi, por detrás de mim,
grande voz,
como de trombeta,
Ap 1:11 dizendo:
O que vês escreve em livro
e manda às sete igrejas:
Éfeso,
Esmirna,
Pérgamo,
Tiatira,
Sardes,
Filadélfia
e Laodicéia.
Ap 1:12 Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado,
vi sete candeeiros de ouro
Ap 1:13 e, no meio dos
candeeiros,
um semelhante a filho de
homem,
com vestes talares
e cingido, à altura do
peito,
com uma cinta de ouro.
Ap 1:14 A sua cabeça e
cabelos
eram brancos como alva lã,
como neve;
os olhos,
como chama de fogo;
Ap 1:15 os pés,
semelhantes ao bronze
polido,
como que refinado numa
fornalha;
a voz,
como voz de muitas águas.
Ap 1:16 Tinha na mão direita
sete estrelas,
e da boca
saía-lhe uma afiada espada
de dois gumes.
O seu rosto
brilhava como o sol na sua
força.
Ap 1:17 Quando o vi,
caí a seus pés como morto.
Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo:
Não temas;
eu sou o primeiro
e o último
Ap 1:18 e aquele que vive;
estive morto,
mas eis que estou vivo
pelos séculos dos séculos
e tenho as chaves da morte
e do inferno.
Ap 1:19 Escreve, pois,
as coisas que viste,
e as que são,
e as que hão de acontecer depois destas.
Ap 1:20 Quanto ao mistério das sete estrelas
que viste na minha mão direita
e aos sete candeeiros de ouro,
as sete estrelas
são os anjos das sete
igrejas,
e os sete candeeiros
são as sete igrejas.
As coisas que viste, as que são e as que hão de acontecer depois destas
foi dito a João que escrevesse. Assim, devemos estudar o apocalipse tendo em
vista esta dica.
A que ponto chegamos e isso ainda vai evoluir para patamares mais "livres", sim, livres de Deus, de Jesus Cristo, de religião, da moral, da Lei, da Bíblia.
A moda hoje é ser livre... Liberdade total! No entanto, quem de fato é livre? Aquele que faz o que quer, do jeito que quer e ninguém tem nada a ver com isso ou aquele que em tudo se domina?
Quem faz o que quer, na hora que quer é escravo e não livre. É escravo de seus desejos, de seu corpo, da moda, da nova onda.
Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres! (Jo 8.36).
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