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sábado, 30 de janeiro de 2016

Colossenses 1 1-29 - A SUPREMACIA E A SUFICIÊNCIA DE CRISTO.

O propósito da epístola aos colossenses foi o de afirmar e explicar a supremacia e a suficiência de Cristo em oposição a todos os outros poderes e tentativas para obter a salvação. Estamos no capítulo 1/4.
Breve síntese do capítulo 1.
Esta é mais uma epístola escrita da prisão por Paulo que não se sentia prisioneiro apesar de preso. Somente não se sente prisioneiro estando preso quem verdadeiramente está livre, livre em Cristo Jesus.
Há muitos de nós que se sentem livres de cadeias e prisões, mas estão na escravidão servindo o pecado da murmuração, da reclamação. Paulo, embora preso era livre. 

Colossenses é uma epístola que fala da supremacia e da suficiência de Cristo em relação à salvação do homem.
Supremacia porque nada é maior, nem melhor, nem superior ao método de Deus – Cristo Jesus! Suficiente porque basta Cristo e nada mais para salvar o homem de seus pecados.
Estamos agora segmentando Colossenses. O conhecimento de Paulo de Cristo e da obra de Deus é espetacular.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
I. INTRODUÇÃO (1.1-14).
Paulo cumprimentou os colossenses e contou a eles do seu louvor e suas orações a Deus em favor deles. Paulo iniciou a epístola com as saudações costumeiras (vs. 1-2) e assegurou aos colossenses de suas ações de graças (vs. 3-8) e orações (vs. 9-14) em favor deles.
A divisão da introdução ficará da seguinte forma: A. Saudação (1.1-2) – veremos agora; B. Relato a respeito da ação de graças (1.3-8) – veremos agora; e, C. Relato a respeito da intercessão (1.9-14) – veremos agora.
A. Saudação (1.1-2).
Como costumava fazer em suas cartas, Paulo cumprimentou os colossenses. Ele se identificou como Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus – não foi uma conquista humana – e apresentou a Timóteo, sem nada falar dele.
A sua carta foi dirigida aos santos e fiéis irmãos em Cristo de Colossos. A eles, Paulo ministrou, como de costume a graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus.
Paulo elogiou os colossenses não somente porque eles tinham sido feitos “santos” - separados do mundo - em Cristo, mas também porque eles tinham permanecido "fiéis” a Cristo apesar dos falsos ensinos que haviam penetrado nessa região.
A sinceridade de Paulo é demonstrada pelo fato de que em outras circunstâncias ele não era tão positivo sobre a situação de seus leitores (p. ex., Cl 1.6).
B. Relato a respeito da ação de graças (1.3-8).
Dos vs. de 3 a 8, Paulo faz um relato a respeito da ação de graças. Para expressar a sua genuína apreciação pelos serviços deles a Cristo, Paulo mencionou que ele dava graças pela obra da graça de Deus na vida dos membros dessa igreja.
Um ensino que estava circulando em Colossos questionava se Cristo sozinho era suficiente para uma vida fiel e salvação final. Nessa breve expressão “fé em Cristo Jesus” – vs. 4 - Paulo lembrou a seus leitores que o que eles já tinham "em Cristo” era suficiente e completo.
Não somente Paulo tinha ouvido falar da fé deles, mas também do amor por todos os santos e isso por causa da esperança que lhes estava reservada nos céus. Fé – Amor - Esperança.
Essas qualidades formam a base para o agradecimento de Paulo e são fundamentais para o seu entendimento da vida cristã (veja Rm 5.2-5; Co1 13.13; Cl 5.5-6; lTs 1.3; 5.8; cf. Hb 10.22-24).
Elas são dons de Deus, não virtudes produzidas pelos próprios cristãos. Paulo enfatizou a soberania de Deus em dar a salvação, bem como a segurança dos cristãos no relacionamento que eles tinham com Cristo (Ef 1.4; 2.8).
Em todo o mundo o evangelho ia frutificando e crescendo. O povo ouvia e entendia a graça de Deus em toda a sua verdade, por isso que se espalhava entre eles também. O instrutor deles tinha sido Epafras que também falou a Paulo e a Timóteo do amor que eles tinham no Espírito. Apesar do seu foco em Cristo, Paulo expressou a firme convicção de que o Espírito Santo realizava a santificação na igreja (aqui expressa pelo "amor" cristão). Veja Cl 5.22-23; Cl 5.22.
C. Relato a respeito da intercessão (1.9-14).
Era por isso que Paulo, desde o dia em que ouvira falar deles, não cessava de orar por eles. Apesar das boas informações que tinha recebido, Paulo entendia que os cristãos colossenses tinham constante necessidade da ajuda de Deus. Paulo os assegurou de que orava continuamente por eles.
A sua oração era para que fossem cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, em toda a sabedoria e entendimento espiritual.
Os colossenses haviam se deparado com falsos ensinos que afirmavam fornecer discernimento especial e revelações. Paulo disse que eles deviam receber do Espírito esse tipo de conhecimento. Ele se contrapôs a esse falso ensino ao chamar a atenção para a verdadeira origem do conhecimento.
Paulo desejava que eles vivessem de maneira digna do Senhor para poder agradá-lo e dessa forma, frutificando em toda boa obra, com alegria, dando graças ao Pai. Essas são características da vida cristã que agradam a Deus.
Para contrapor-se aos falsos ensinos em Colossos, Paulo apresentou uma perspectiva positiva da vida cristã. Essas descrições eram particularmente relevantes para a situação em Colossos, mas elas também apontavam para as características que todo cristão deveria esforçar-se para manifestar.
Num sentido rigoroso, é impossível para os cristãos viverem uma vida que seja digna da posição que eles têm em Cristo. Antes do retorno de Cristo, nós não podemos e não iremos agradar a Deus em todas as coisas que fizermos. No entanto, essa perfeição é o nosso objetivo, e nós poderemos sempre melhorar nas nossas tentativas para servir a Cristo de maneira fiel.
Ou seja, jamais atingiremos a meta, mas sempre correremos atrás dela. Vejamos o que ele nos diz que devemos fazer em Colossenses 1:10-12:
·           Viver de maneira digna do Senhor.
·           Em tudo agradá-lo.
ü  Frutificando em toda boa obra.
ü  Crescendo no conhecimento de Deus.
ü  Fortalecendo-se com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tivessem toda a perseverança e paciência com alegria.
ü  Dando graças ao Pai, que é aquele quem nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz.
Por isso deveríamos dar graças ao Pai que nos fez idôneos para participarmos da herança dos santos no reino da luz. O falso ensino em Colossos resultou em covardia perante os seres cósmicos que eram tidos como tendo poderes sobre os cristãos. (2.16,18,20-23).
Foi por isso que aqui Paulo usou a palavra “idôneos". Nenhum poder no universo pode invalidar as credenciais daqueles que estão “em Cristo" (vs. 2,41. A BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico “A união com Cristo", em Cl 6.
Ele, Jesus Cristo, nos libertou ou nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados – vs. 13 e 14.
Essa linguagem lembra a salvação de Israel por Deus da escravidão do Egito e mais tarde do cativeiro na Babilônia. Paulo via a humanidade fora de Cristo como estando desamparadamente sob o "reino das trevas", o governo perverso de Satanás (Ef 2.1-3; 6.11).
Os cristãos são libertos deste mundo perverso (Gl 1.4) e levados para o reino e a proteção do Filho de Deus.
A imagem dos "santos na luz" (vs. 12) é apropriada aqui, pois em outra parte Paulo falou da luz do evangelho brilhando na escuridão e penetrando o véu que cobria o coração daqueles que estavam perecendo (2Co 3.15; 4.4-6; 6.14; Ef 5.8-14; Fp 2.15; lTs 5.5).
Fomos resgatados do domínio das trevas e transportados para o reino do Filho do seu amor, ou do seu Filho amado. Observe o retrato de Jesus nos Evangelhos sinóticos como o amado de Deus (Mt 3.17; 17.5; Mc 1.11; 9.7; Lc 3.22), bem como o rico cenário do Antigo Testamento do qual essa designação emerge (Dt 18.15; SI 2.7; Is 42.1).
É nele que temos a redenção – vs. 14. Em outra carta Paulo falou da redenção como um acontecimento futuro, um tempo quando os cristãos irão experimentar a emancipação do seu corpo no retorno de Cristo (Rm 8.23).
Aqui a redenção está descrita como algo que já foi efetuado porque nós já recebemos o perdão dos nossos pecados (observe o padrão "outrora... mas agora" de 1.21-22,26; 2.13,17,20; 3.10).
Reparem nas palavras “resgatados” e “transportados” no particípio passado indicando que a ação não se deu pelo pecador, mas por aquele que o salvou.
II. A SUPREMACIA DE CRISTO (1.15-23).
O falso ensino em Colossos era desacreditado pela supremacia de Cristo sobre todas as coisas, incluindo todo poder tanto na antiga quanto na nova criação.
Paulo rompeu numa doxologia em louvor da majestade e glória de Jesus. Muitos intérpretes acreditam que Paulo estava se apropriando de um antigo hino cristão.
Ao apontar para a supremacia de Cristo tanto na criação (vs. 15-17) quanto na redenção (vs. 18-19), ele indicou o elemento que faltava no falso ensino em Colossos: uma visão apropriada da pessoa de Cristo.
Com uma visão correta de Cristo, os colossenses seriam capazes de resistir aos falsos ensinos que os estavam perturbando (vs. 20-23).
Além do mais, ao escrever na forma de um hino, Paulo os convidava a adorar o Filho de Deus, e não simplesmente a uma obediência doutrinária a ele.
A divisão dessa parte ficará, conforme a BEG, da seguinte maneira: A. Cabeça de toda a criação (1.15-17) – veremos agora; B. Cabeça da igreja (1.18-20) – veremos agora; e, C. Implicações práticas (1.21-23) – veremos agora.
A. Cabeça de toda a criação (1.15-17).
Paulo primeiro exaltou a supremacia de Cristo sobre todas as coisas criadas, incluindo os poderes cósmicos.
Cristo é a imagem perfeita do Deus invisível. Cristo é a "imagem de Deus" no sentido de que ele é o ser humano perfeito, o último Adão (Rm 5.14; 1 Co 15.45).
No entanto, Cristo também se encaixa nessa definição no sentido de que ele é Deus encarnado. A divindade de Cristo (Rm 9.5; Fp 2.6; Tt 2.13) tinha uma importância prática para Paulo.
Sendo Deus quanto à natureza, Cristo revela Deus, o qual não pode ser visto e nem conhecido (1Tm 1.17; 6.16). Esse pensamento é paralelo ao material de Jo 1.1-18 e Hb 1.3.
Os colossenses deveriam procurar Deus em Cristo sobre tudo o mais, porque somente nele a imagem de Deus estava perfeitamente preservada.
Além da imagem perfeita, ele é o primogênito de toda a criação. Paulo não quis dizer simplesmente que o Filho foi o primeiro ser criado, pois isso contradiria os vs. 16-17.
À luz das claras afirmações da divindade de Cristo em outra parte no Novo Testamento (a BEG recomenda novamente a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "Jesus Cristo, Deus e homem", em Jo 1), é melhor entender o termo "primogênito" como  significando "o filho favorecido que é o principal herdeiro de um patrimônio familiar" (p. ex., Ex 4.22; SI 89.27).
O termo primogênito é empregado em colossenses para indicar posição. Porque ele é especialmente amado pelo seu Pai (vs. 13), e porque nele, por ele e para ele, foram criadas todas as coisas (vs. 16-17), Jesus exerce toda a autoridade sobre a criação e desfruta de todos os direitos sobre ela.
Foi nele que foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Porque ele é tanto o agente como o objetivo da criação, Cristo é Senhor sobre tudo o que existe, até mesmo da hierarquia angélica que os colossenses pensavam que precisavam aplacar ou reverenciar. Cristo é o Senhor dos anjos, não um ser igual a eles.
Além disso, ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste – vs. 17. Uma forte reafirmação da prioridade temporal e supremacia cósmica de Cristo, esse versículo explicita o que estava implícito no vs. 16: Cristo é temporalmente (no tempo) anterior a toda a criação. Ele não é um ser criado. Não pode ser dito, como Ário (c. 250-336 d.C.) foi o último a afirmar, que "houve um tempo em que ele não existia" (PNPN 2, vol. 14, pp. 53).
O pensamento de que Jesus é, o tempo todo, o princípio sustentador e unificador do universo é ecoado em Hb 1.2-3.
B. Cabeça da igreja (1.18-20).
Tendo afirmado a supremacia de Cristo sobre a criação, Paulo se voltou para a supremacia de Cristo sobre a nova criação, no centro do qual é seu corpo, a igreja.
Paulo explicou essa imagem em Ef 1.21-23 e desenvolveu suas implicações em Ef 4.15; 5.23.
A ressurreição de Jesus marcou o início de uma nova criação (2 Co 5.17). Como o primeiro a ressuscitar da morte, Jesus inaugurou o novo tempo antecipado pela profetas do Antigo Testamento (At 2.29-36; 13.32-35) e moldou uma nova humanidade nele para substituir a antiga em Adão.
Sua ressurreição é tanto uma antecipação quanto uma garantia da ressurreição que todos os cristãos um dia irão desfrutar (Rm 8.29; 1Co 15.20-28; Hb 1.6; 12.23).
Sem diminuir da glória que o Filho preexistente já tinha com o Pai, o Novo Testamento ensina que a ressurreição de Cristo o destinava a uma posição superior e conquistou para ele um nome ainda maior (At 13.33-34; Rm 1.4; Ef 1.20-23; Fp 2.1-11; Hb 1.4-5).
Pela virtude de sua ressurreição da morte, Jesus Cristo é o Senhor do universo que ele criou, sustenta e redimiu. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia. Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude – vs. 18,19; ver também 2.9. No grego “pleroma” tudo o que Deus é, e tem está contido em Cristo cabalmente.
Como nele há o pleroma de Deus, é por meio dele que ele, Deus, está reconciliando consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz – vs. 20.
Esse é o ponto alto dessa seção escrita na forma de um hino. A queda da humanidade no pecado (a BEG sugere ler seu excelente artigo teológico "A criação, a queda e redenção", em Gn 3) trouxe consigo a corrupção de toda a criação, tanto a visível como a invisível (Gn 3; Rm 5.12; 8.20; Ef 2.2; 6.12).
Por meio da encarnação de Cristo, de sua morte expiatória e de sua ressurreição gloriosa:
·         Está garantida a continuação do seu reino e seu retorno em glória.
·         Está satisfeita a justiça de Deus (Rm 3.21-26).
·         Está restaurada a paz entre Deus e a humanidade (2Co 5.17-21).
·         Está assegurada a glorificação final da ordem criada (Rm 8.18-21).
·         Estão circunscritos (2.15) e destruídos (2Pe 2.4; Jd 6) os poderes dos seres de espírito rebelde.
C. Implicações práticas (1.21-23).
Depois de considerar a majestade de Cristo na criação e na igreja da nova criação, Paulo voltou a focalizar a sua discussão nos cristãos de Colossos. Outrora inimigos de Deus e alienados de sua vida, eles agora estavam reconciliados com Deus e eram chamados a serem fiéis a Cristo.
Antes eram estranhos e estavam separados de Deus e, em suas mentes (ou no entendimento), eram inimigos por causa das obras malignas. Veja também 2.13; Ef 2.2-3; 4.17-19.
O texto pode indicar ou que nossa alienação mental de Deus tem raiz no comportamento ou que ele é expresso pelo comportamento. O ponto essencial é que os nossos pensamentos e ações conspiram juntos contra Deus.
Antes, separados de Deus, agora reconciliados pelo corpo físico de Cristo, ou no corpo da sua carne – vs. 22. A morte de Jesus em carne significa que a reconciliação que Deus efetuou não é simplesmente uma questão de pacificação cósmica de poderes hostis.
Ela também proporciona a renovação pessoal e a purificação daqueles que aceitam o evangelho e se firmam nele (2.13; Rm 5.6-11; Ef 2.4-10).
Antes separados, agora reconciliados para sermos apresentados diante dele:
ü  Santos.
ü  Inculpáveis.
ü  Livres de qualquer acusação.
Isso se permanecermos alicerçados e firmes na fé, não nos deixando afastar da esperança do evangelho. A fé salvadora é a fé que persevera e suporta (vs. 11) e que está ancorada na esperança (vs. 5).
Ao contrário do que os inimigos de Paulo ensinavam, a verdadeira fé e esperança estão somente em Cristo. Essa relação com Cristo é confirmada pela fé e pela esperança e não pela prática de disciplinas ascéticas rigorosas.
Essa esperança do evangelho, que eles ouviram e que foi proclamado a todos os que estão debaixo do céu. Esse é o evangelho do qual Paulo, tinha se tornado ministro e que foi pregado a toda criatura.
Uma alusão a uma das condições a ser cumprida antes da consumação dos tempos: a proclamação do evangelho para o mundo inteiro (1.6; Mt 24.14; Mc 13.10). Essa passagem fala disso como já tendo sido completado, assim como faz o livro de Atos (At 1.8; 13.47; 28.28-31).
Aqui Paulo fez uso de uma hipérbole (um exagero intencional visando causar efeito). E ainda, ao exercer o seu ministério nos centros urbanos do Império Romano, Paulo via a si mesmo (e aos outros apóstolos) como tendo alcançado o mundo civilizado (At 19.10; Rm 15.18-25) desse modo tornando possível o iminente retorno de Cristo.
III. MINISTÉRIO DE PAULO AOS COLOSSENSES (1.24-2.7)
O ministério de Paulo à igreja foi planejado para convencer os colossenses a se afastarem do falso ensino que estava sendo ministrado entre eles. Dos vs. 1.24 a 2.7, veremos o ministério de Paulo aos colossenses.
Paulo relembrou aos colossenses da extensão cósmica do senhorio de Cristo (1.15-20), e do modo como a obra redentora de Cristo relacionava-se com a vida deles (1.21-23).
Nesse ponto, ele voltou-se para o seu próprio papel no plano redentor de Deus e o relacionamento que ele esperava que essa carta iria estabelecer entre ele e os colossenses (muitos dos quais ele nunca havia encontrado), para persuadi-los a deixar o cativeiro das “filosofias” que predominava entre eles (2.8).
Dado o contexto dessa passagem, que enfatiza a suficiência total de Cristo, bem como o que Paulo disse em outras partes (p. ex., Rm 3.21-26; 2Co 5.17-21), as palavras de Paulo não significam que a obra salvadora de Cristo na cruz não teve mérito suficiente para assegurar a nossa salvação.
Se a passagem for considerada como dizendo que as aflições da igreja acrescentam mérito além do que já foi conquistado por Cristo, ela está sendo seriamente mal interpretada.
Antes, o que "resta" das aflições de Cristo é por causa da necessidade divinamente apontada de que os cristãos devem suportar aflições, as quais a igreja é chamada para sofrer por Cristo e com ele (2Co 4.7-12; 1 Ts 3.2-4).
Num sentido real, esse sofrimento permanente da igreja como o corpo de Cristo é identificado com os sofrimentos do próprio Cristo (cf. At 9.4).
Paulo pode ter tido como objetivo aqui a intensificação dos sofrimentos que o povo de Deus terá de suportar nos últimos dias (Mt 24.21-22), os estágios finais da História, que foram precedidos pela morte e ressurreição de Cristo (Rm 13.11-14; 1Co 7.29).
Esse é o motivo pelo qual Paulo sofria "por amor” à igreja (2Tm 2.10; veja também Ef 3.13). Como um servo do evangelho, Paulo regozijava-se pela oportunidade de participar nos sofrimentos do povo de Deus.
Paulo se tornou ministro de acordo com a responsabilidade por Deus a ele atribuída de apresentar-lhes plenamente a palavra de Deus, o mistério que esteve oculto durante épocas e gerações, mas que agora foi manifestado a seus santos – vs. 25 e 26.
Essa palavra “mistério” era muito usada na religião pagã do século 1 para se referir aos ensinamentos secretos que eram passados para alguns poucos (geralmente mediante o pagamento de uma taxa) iniciados, mas foi com alguma ironia que Paulo aplicou esse termo à revelação do Filho de Deus que foi gratuitamente colocada à disposição das nações (1.27; 2.2; 4.3; Ef 1.9; 3.3-4,9; 5.32; 6.19).
No vocabulário de Paulo, "mistério" refere-se ao que antes estava oculto no conselho de Deus, mas que agora foi revelado, ou seja, o modo pelo qual o reino de Deus foi estendido às nações dos gentios no período do Novo Testamento.
A maior parte do propósito de Deus para os gentios estava escondida deles antes da vinda de Jesus. As gerações anteriores tiveram permissão para andar "nos seus próprios caminhos" (At 14.16; veja Rm 1.24-32; Ef 2.12).
O Antigo Testamento falou mediante sombras, sinais e alusões a respeito de um dia em que Deus levaria os gentios para o reino de Deus por meio do Messias (p. ex., Gn 12.3; Zc 9.9-10).
No entanto, o próprio Paulo teve de aprender que a maioria dos judeus rejeitaria o evangelho e que os gentios o aceitariam em grande número (At 13.46).
Nesse sentido, a maneira e a condição pelo qual a inclusão dos gentios ocorreria durante o período do Novo Testamento tinham sido amplamente ocultas. Isso foi revelado somente para os apóstolos e profetas do Novo Testamento, e explicado por eles (Ef 3.5-6).
Deus quis dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em nós, a esperança da glória.
CRISTO EM NÓS, A ESPERANÇA DA GLÓRIA!
Assim, nós proclamamos, advertindo e ensinando cada um com toda a sabedoria, a fim de que possamos apresentar todo homem perfeito em Cristo – Gl 2.20 – e para isso, nós agora, os vivos, nos esforçamos, lutando conforme a sua força, que atua poderosamente em cada crente no Senhor. (Cl 1.27-29).
Cl 1:1 Paulo,
                apóstolo de Cristo Jesus,
                               por vontade de Deus,
e o irmão Timóteo,
                Cl 1:2 aos santos
                e fiéis irmãos em Cristo
                               que se encontram em Colossos,
                                               graça e paz a vós outros,
                                                               da parte de Deus,
                                                                              nosso Pai.
Cl 1:3 Damos sempre graças a Deus,
                Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
                               quando oramos por vós,
                                               Cl 1:4 desde que ouvimos
                                                               da vossa fé em Cristo Jesus
                                                               e do amor que tendes
para com todos os santos;
Cl 1:5 por causa da esperança que vos está preservada
                nos céus, da qual antes ouvistes
                               pela palavra da verdade do evangelho,
                                               Cl 1:6 que chegou até vós;
                                               como também, em todo o mundo,
                                                               está produzindo fruto e crescendo,
                                               tal acontece entre vós,
                                                                desde o dia em que ouvistes
                                                               e entendestes a graça de Deus na verdade;
                                               Cl 1:7 segundo fostes instruídos por Epafras,
                                                               nosso amado conservo
                                                               e, quanto a vós outros,
                                                                              fiel ministro de Cristo,
                                                               Cl 1:8 o qual também nos relatou
                                                                              do vosso amor no Espírito.
Cl 1:9 Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos,
                não cessamos de orar por vós
                e de pedir que
                               transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade,
                               em toda a sabedoria
                               e entendimento espiritual;
                                               Cl 1:10 a fim de viverdes de modo digno do Senhor,
                               para o seu inteiro agrado,
                               frutificando em toda boa obra
                               e crescendo no pleno conhecimento de Deus;
                               Cl 1:11 sendo fortalecidos com todo o poder,
                                               segundo a força da sua glória,
                                               em toda a perseverança
                                               e longanimidade;
                                               com alegria,
                                               Cl 1:12 dando graças ao Pai,
                                                               que vos fez idôneos
                                                                              à parte que vos cabe
da herança dos santos na luz.
Cl 1:13 Ele nos libertou
                do império das trevas
                e nos transportou
                               para o reino do Filho do seu amor,
                                               Cl 1:14 no qual temos
                                                               a redenção,
                                                               a remissão dos pecados.
Cl 1:15 Este é a imagem do Deus invisível,
o primogênito de toda a criação;
Cl 1:16 pois, nele, foram criadas
                todas as coisas, nos céus
                e sobre a terra,
                               as visíveis
                               e as invisíveis,
                               sejam tronos,
                               sejam soberanias,
                               quer principados,
                               quer potestades.
Tudo foi criado
                por meio dele
                e para ele.
Cl 1:17 Ele é        antes de todas as coisas.
Nele,      tudo subsiste.
Cl 1:18 Ele é        a cabeça do corpo, da igreja.
Ele é o princípio,
o primogênito de entre os mortos,
                para em todas as coisas ter a primazia,
                               Cl 1:19 porque aprouve a Deus que,
                                               nele, residisse toda a plenitude
                                               Cl 1:20 e que, havendo feito a paz
                                                               pelo sangue da sua cruz,
                                                               por meio dele,
                                                                              reconciliasse consigo mesmo
                                                                                              todas as coisas,
                                                                                              quer sobre a terra,
                                                                                              quer nos céus.
Cl 1:21 E a vós outros também que, outrora,
                éreis estranhos
                e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas,
Cl 1:22 agora, porém,
                vos reconciliou
                               no corpo da sua carne,
                                               mediante a sua morte,
                                                               para apresentar-vos perante ele
                                                                              santos,
                                                                              inculpáveis
                                                                              e irrepreensíveis,
                               Cl 1:23 se é que permaneceis na fé,
                                               alicerçados e firmes,
                                               não vos deixando afastar da esperança do evangelho
                                                               que ouvistes
                                                               e que foi pregado
                                                                              a toda criatura debaixo do céu,
                                                                              e do qual eu, Paulo,
me tornei ministro.
Cl 1:24 Agora, me regozijo
                nos meus sofrimentos por vós;
                e preencho o que resta das aflições de Cristo,
                               na minha carne,
                               a favor do seu corpo,
                                               que é a igreja;
                               Cl 1:25 da qual me tornei ministro
                                               de acordo com a dispensação da parte de Deus,
                                                               que me foi confiada a vosso favor,
                                                                              para dar pleno cumprimento
                                                                                              à palavra de Deus:
Cl 1:26 o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações;
                agora, todavia, se manifestou aos seus santos;
                               Cl 1:27 aos quais Deus quis dar a conhecer
                                               qual seja
                                                               a riqueza da glória deste mistério
                                                                              entre os gentios,
                                                               isto é,
                                                                              Cristo em vós,
                                                                                              a esperança da glória;
Cl 1:28 o qual nós anunciamos,
                advertindo a todo homem
                e ensinando a todo homem em toda a sabedoria,
                               a fim de que apresentemos
                                               todo homem
                                                               perfeito em Cristo;
Cl 1:29 para isso é que eu também
                me afadigo,
                esforçando-me o mais possível,
                               segundo a sua eficácia
                                               que opera eficientemente em mim.
Confesso aos amados que esta epístola é muito interessante apesar de muito complexa e segmentá-la corretamente é uma grande tarefa. Fiquemos à vontade para criticar visando oferecermos o melhor conteúdo possível aos irmãos.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete. 
...
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Filipenses 4 1-23 - ALEGRIA, ALEGRIA... É SÓ ALEGRIA! MAS CUIDADO COM O "MIM"

Como dissemos, Paulo escreveu essa epístola para agradecer aos filipenses pela solidariedade enquanto esteve na prisão e animá-los a se unirem e a se ajudarem mutuamente em Cristo. Estamos no capítulo 4/4.
Breve síntese do capítulo 4.
Que maravilha de versículo bíblico (Fp 4.4) quando diz para nos alegrarmos e repete novamente, “alegrai-vos”. Sabem por que devemos nos alegrar diante do Senhor? É porque não estamos abandonados à nossa própria sorte, antes Deus está no controle de tudo e de todas as coisas.
Se Deus está no controle, por que andarmos sem moderação e ansiosos? A ansiedade não provem do Espírito de Deus e nada acrescenta a nossa fé e vida, antes é sugadora de nosso bem estar diante de Deus.
Eu chamo tais sugadores de MIM – Meus Inimigos mortais!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. RESISTINDO AO ERRO (3.1-4.1) - continuação.
Nós dissemos que Paulo desejava muito que os filipenses resistissem ao legalismo assim como ao antinomianismo (3.17-4.1). Eles precisavam viver na vida presente com os olhos fixos no objetivo do seu futuro, no retorno de Cristo.
A seguinte divisão, conforme a BEG, é a que estamos seguindo: A. Contra os legalistas (3.1-11) – já vimos; B. Vivendo agora para o futuro (3.12-16) – já vimos; C. Contra os libertinos (3.17-4.1) – concluiremos agora;
C. Contra os libertinos (3.17-4.1) continuação.
Nós já vimos que dos vs. 3.17 ao 4.1, Paulo está falando contra os libertinos.
Com base no que precede, esse versículo – vs. 4.1 - é uma ponte entre os ensinamentos de Paulo nos capítulos anteriores e seus comentários mais pessoais no cap. 4.
Ele sauda os seus amados e saudosos irmãos que eram para ele motivo de grande alegria e coroa e os exorta a permanecer, deste modo, firmes.
Essa frase pode ser traduzida "permanecei firmes desse modo", porque Paulo pode estar antecipando as exortações que viriam a seguir, especialmente as árduas dos vs. 2-3.
Isso ajuda a explicar a presença de seis termos de afeição no vs. 1 (“irmãos”, “amados”, “mui saudosos”, “minha alegria”, “e coroa”, “amados”). O desafio a "permanece(r) firme" volta a 1.27 (onde o mesmo imperativo é usado) e baseia-se imediatamente na declaração de esperança em 3.20-21.
É especialmente em vista do retorno de Cristo que Paulo chamou seus leitores de sua "alegria e coroa" (cf. lTs 2.19-20). Poderíamos nós também, no presente século sentirmos o mesmo que Paulo.
V. EXORTAÇÕES (4.2-9).
Paulo pediu, nesses versos de 2 a 9, harmonia, serviço e amor na igreja de Filipos, ou seja, Paulo continuou seus ataques ao legalismo e ao antinomianismo (a crença de que os cristãos não estão sujeitos à lei moral de Deus) com uma série de exortações específicas e apropriadas para a igreja em Filipos.
Ele faz um rogo duplo a Evódia e a Síntique. Paulo usou súplica em vez de comando, e seu método de se dirigir a uma mulher de cada vez fortaleceu o apelo.
Evódia e Síntique. Essas mulheres não são mencionadas em nenhum outro lugar no Novo Testamento. Ambas eram corajosas companheiras de trabalho de Paulo e aparentemente eram pessoas de grande influência na igreja.
Seu apelo era que elas vissem concordemente. Deriva de phroneo (pense); veja o vs. 1.7. A principal preocupação de Paulo não era a de que elas pensassem "concordemente" (no grego essa palavra não existe), mas que elas tivessem a atitude elogiada em 2.2. A atitude delas era crucial para a unidade da igreja.
Também ele se dirigiu afetuosamente ao seu companheiro de jugo. Ou, "leal Sízigo". Refere-se ou a uma pessoa em particular, talvez com esse nome, ou aos membros da igreja de um modo geral, todos os quais eram responsáveis por trabalhar pela unidade (1.27-2.18). A tarefa de ajudar essas mulheres concorda com a metáfora.
Clemente não aparece em nenhum outro lugar no Novo Testamento. Essa expressão combina mais com a palavra "contender” do que com a mais remota "ajudar". Ele os consola dizendo que seus nomes estão no Livro da Vida. Os nomes de todos os eleitos de Deus estão escritos neste livro (Ap 3.5; 20.15).
É no verso quatro que ele fala duplamente em se alegrar. Esse tema da alegria é proeminente em Filipenses.
Depois de dar a eles o comando de se alegrarem é que ele fala a eles sobre a moderação. A palavra grega denota magnanimidade, ou um espírito perdoador, do qual Jesus nos dá o exemplo supremo (2Co 10.1).
Essa pessoa não insiste em seus direitos (2.1-4). Somente essas pessoas aprendem o segredo da alegria.
A moderação deles seria conhecida e manifesta de todos, pois perto está o Senhor. Isso pode ser entendido de duas maneiras: temporalmente, como referindo-se à vinda de Jesus (3.20-21), que fornece esperança em meio aos sofrimentos, ou especialmente, em termos da presença de Cristo habitando em nós e o efeito de sermos unidos a ele (1.1).
Agora ele exorta com firmeza dizendo e orientando os Filipos de não andarem ansiosos. O presente do imperativo pode sugerir descontinuar uma prática de preocupação (com relação a certos obstáculos como conflitos e perseguições).
O mesmo verbo foi usado em 2.20 com relação a uma preocupação amorosa pelos outros. Aqui ele indica ansiedade que é incompatível com a confiança em Deus (o mesmo verbo ocorre em Mt 6.25).
Como no vs. 4 (e 3.1), Paulo não estava colocando o peso de um mandamento sobre os seus leitores. Nem todo tipo de ansiedade é pecado (veja 1Co 12.25; Fp 2.20, onde os mesmos verbos descrevem o cuidado que os crentes tinham pelos outros; cf. as emoções de Jesus em Lc 22.44).
Em vez disso, Paulo estava encorajando seus leitores a adotarem uma perspectiva mais positiva sobre as suas circunstâncias em vez de se entregarem a uma preocupação irracional.
A linguagem de Paulo foi deliberadamente todo-inclusiva; não deve haver restrições na aplicação.
Reparem que Deus nunca fica ansioso ou entra em ansiedade. Se Deus não fica ansioso de jeito nenhum e nós somos dele, para ele e feitos por meio dele, para louvor de sua glória, também nós não devemos ser, nem ter ansiedades.
A ansiedade traz o problema que ainda nem existe para um nível de existência que afeta todo nosso ser, sem nos dar a chance de vencer. A ansiedade é uma péssima escolha!
Ao invés da ansiedade, a orientação é que as nossas petições, pela oração e pela súplica, sejam conhecidas diante de Deus, mas com ações de graças.
Os quatro termos usados aqui formam dois dísticos (petição e oração; súplica e ações de graça). Paulo não estava definindo tipos diferentes de oração, se bem que poderíamos assim definir: petição, seria o pedido a ser feito; oração,  nossa atitude 24 h diante de Deus; súplica, nosso rogo mais insistente diante do Senhor e ação de graça, nossa atitude de gratidão contínua diante de Deus em todas as coisas. Em vez disso, o agrupamento de palavras reflete a importância que ele dava à prática da oração.
Apresentar "petições" em oração nos dá um escape para a ansiedade (1Pe 5.7). Fazer isso "com ações de graças" é em si mesmo um antídoto para a preocupação.
Em sendo assim, óbvio, a paz de Deus que excede todo o entendimento – vs. 7 – guardará os nossos corações e mentes no Senhor. Essa é a resposta direta à oração da ansiedade. Aquilo que não pode ser totalmente compreendido pode de qualquer modo ser profundamente experimentado por aqueles que estão em Cristo Jesus (1.2; cf. Ef 3.18-19).
Concluindo essas exortações – vs. 8 -, Paulo convidou seus leitores a uma vida de obediência, a resposta certa para a paz de Deus.
As virtudes listadas aqui não são exaustivas, mas representativas, e elas são expressas de várias maneiras (observe a expressão repetida "tudo o que é").
O pensamento focalizado nessas coisas não é um fim em si mesmo, mas é a preparação para uma ação intencional (vs. 9).
Assim, estamos livres para pensarmos em coisas boas e virtuosas. Se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
·         Tudo o que é verdadeiro.
Veja Ef 4.24-25.
·         Tudo o que é honesto (NVI) ou respeitável (ARA).
A palavra grega subjacente (semnos) é traduzida "respeitáveis" em 1Tm 3.8,11.
·         Tudo o que é justo.
·         Tudo o que é puro.
Veja 1Tm 5.22; Tt 2.5.
·         Tudo o que é amável.
Termo usado somente aqui em toda a Bíblia.
·         Tudo o que é de boa fama.
Também termo usado somente aqui.
Os filipenses deviam ser guiados tanto pelos ensinamentos de Paulo como pelo seu exemplo, especialmente o seu amor por eles (1.3-8; 2.12; 4.1).
Assim fazendo, o Deus da paz será conosco sempre. Uma promessa muito maior do que "a paz de Deus" (vs. 7), o cumprimento do qual depende da obediência.
VI. AGRADECIMENTOS (4.10-20).
Paulo agradeceu aos filipenses pelo apoio que eles lhe haviam dado enquanto ele esteve na prisão.
Nesses versículos de gratidão e agradecimento – vs. 10 ao 20 -, Paulo volta ao tema do cap. 1: a parceria dos filipenses com ele no evangelho (1.5), especialmente como expressado mediante o apoio financeiro. Ele focalizou sobre duas coisas: alegria (4.10-13) e companheirismo (4.14-20).
A. Alegria (4.10-13).
Dos vs. 10 ao 13, a alegria. Paulo primeiro focalizou em como Deus havia dado a ele contentamento em suas circunstâncias.
A última parte do versículo 10 “mas vos faltará oportunidade” acrescenta uma qualificação, sem a qual a primeira parte pareceria uma repreensão.
Paulo diz ter aprendido a contentar-se com as circunstâncias relacionadas à sua vida. Esses versículos não negam a realidade das necessidades de Paulo, mas, em vez disso, testemunhavam de que ele se contentava em viver tanto em abundância quanto em escassez.
Dotado do poder e da atitude de Cristo (2.5; 3.10), Paulo era capaz de enfrentar todas as circunstâncias com alegria. Ele queria inculcar a mesma lição nos seus leitores (vs. 6-7,19).
Eu também antes me angustiava com o fracasso, com o insucesso, com as decepções da vida nas indas e vindas ao trabalho, na igreja, em casa, na vida social, mas agora, não. Isso não mais me aborrece, pois que confio no Senhor que tanto pode me exaltar me colocando no topo do mundo, como me pode abater até eu me tornar em nada.
O que importa é que eu estou a seu serviço para cumprir o meu chamado de anunciar o evangelho a todas as criaturas. No tempo certo, não importa se nessa vida ou não, ele me glorificará para sua própria glória.
Eu aprendi que não sou eu o administrador-mor de minha vida, mas o Senhor; logo, ele pode fazer comigo o que desejar, eu não irei lamentar, nem murmurar e ainda estarei contente.
B. Parceria (4.14-20).
Nesse ponto, Paulo agradeceu pela parceria que os filipenses haviam desenvolvido com ele mediante o apoio ao seu ministério – vs. 14 ao 20.
Paulo entendeu que eles fizeram bem ao se associarem com ele em suas tribulações. O termo grego “associar” é relacionado com a palavra "cooperação" ou "parceria" (1.5). A qualificação dos vs. 10-13 fez com que Paulo reconhecesse que ele havia estado em real necessidade (1.17).
Também foi ele ajudado pelos filipenses no início do evangelho. Ou seja, a chegada do evangelho a Filipos (1.5), quando ele partiu da Macedônia.
Durante a sua segunda viagem missionária, Paulo deixou a Macedônia para ir a Atenas e à Acaia (16.40-18.18). Mesmo antes de o apóstolo ter deixado a Macedônia, os filipenses foram extraordinariamente e repetidamente generosos com ele.
Como esclarecido enfaticamente no vs. 18, nesse momento Paulo estava amplamente suprido e não queria criar dificuldades para os recursos da igreja.
No entanto, a principal causa de sua alegria (vs. 10) não era que as suas necessidades haviam sido supridas, mas porque ele percebia a doação dos filipenses como um ato de adoração que era agradável a Deus (Hb 13.15-16) e pela qual Deus os abençoaria ricamente (2Co 9).
Paulo exalta o seu Deus diante deles como aquele que haveria de supri-los em cada uma de suas necessidades. Essa passagem se refere tanto às necessidades espirituais como às materiais (vs. 6-7). A promessa é para as pessoas que estão em Cristo Jesus (1.1; 4.21).
Essa atribuição é uma resposta à promessa do vs. 19. Amém! Quando o 'amém" está no início de uma frase, como geralmente acontece nos Evangelhos, ele aponta para a autoridade e confiabilidade do que está para ser dito (p. ex., Jo 3.3, traduzido como “Em verdade").
Quando usado no final de uma frase, como aqui e frequentemente nas epistolas, ele expressa uma resposta de confiança e compromisso com o que foi dito. É uma declaração que confirma a confiabilidade e a seriedade do que foi declarado.
VII. SAUDAÇÕES FINAIS E BÊNÇÃO (4.21-23).
Paulo fez algumas observações finais, incluindo saudações e bênçãos. São suas saudações finais e bênçãos. Paulo terminou essa carta de sua maneira costumeira: com saudações e uma bênção.
Aqui – vs. 21 -, como em qualquer outro lugar, isso “irmãos” se refere aos crentes companheiros de ambos os sexos. Era frequente que Paulo se dirigisse aos filipenses com esse termo (p. ex., 1.12; 3.1) que se acham com ele.
Ele continua sua saudação falando de todos os santos. Isso aponta para a solidariedade corporativa dos crentes, tanto entre si como entre as igrejas locais, nesse caso Filipos e Roma, especialmente os da casa de César. Não eram membros da família real, mas servos no palácio. Eles eram os crentes romanos com quem Paulo tinha mais contato (1.13).
O caráter do grego nessa expressão “com o vosso espírito” (o plural "vosso"; o singular "espírito") é influenciado pelo uso hebraico. “Espírito” não indica um segmento do eu, mas todo o eu visto de uma maneira particular. Essa expressão (encontrada também em Cl 6.18) é virtualmente equivalente à mais comum “com você" (p. ex., Cl 4.18; lTs 5.28).
 Fp 4:1 Portanto, meus irmãos,
                amados e mui saudosos,
                minha alegria e coroa,
                sim, amados,
                               permanecei, deste modo,
                                               firmes no Senhor.
Fp 4:2 Rogo a Evódia e rogo a Síntique
                pensem concordemente, no Senhor.
Fp 4:3 A ti, fiel companheiro de jugo,
                também peço que as auxilies,
                               pois juntas se esforçaram comigo no evangelho,
                                               também com Clemente
                                               e com os demais cooperadores meus,
                                                               cujos nomes se encontram no Livro da Vida.
Fp 4:4 Alegrai-vos sempre no Senhor;
                outra vez digo:
                               alegrai-vos.
Fp 4:5 Seja a vossa moderação
                conhecida de todos os homens.
                               Perto está o Senhor.
Fp 4:6 Não andeis ansiosos de coisa alguma;
                em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições,
                               pela oração
                               e pela súplica,
                                               com ações de graças.
                               Fp 4:7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
                                               guardará o vosso coração
                                                               e a vossa mente em Cristo Jesus.
Fp 4:8 Finalmente, irmãos,
                tudo o que é verdadeiro,
tudo o que é respeitável,
tudo o que é justo,
tudo o que é puro,
tudo o que é amável,
tudo o que é de boa fama,
se alguma virtude há
e se algum louvor existe,
                seja isso o que ocupe o vosso pensamento.
Fp 4:9 O que também aprendestes,
e recebestes,
e ouvistes,
e vistes em mim,
                isso praticai;
                               e o Deus da paz será convosco.
Fp 4:10 Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor
                porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado;
                o qual também já tínheis antes,
                               mas vos faltava oportunidade.
                Fp 4:11 Digo isto, não por causa da pobreza,
                               porque aprendi a viver contente
                                               em toda e qualquer situação.
               Fp 4:12 Tanto sei estar humilhado
               como também ser honrado;
               de tudo e em todas as circunstâncias,
                               já tenho experiência,
               tanto de fartura
               como de fome;
               assim de abundância
               como de escassez;
               Fp 4:13 tudo posso
                               naquele que me fortalece.
Fp 4:14 Todavia, fizestes bem,
                associando-vos na minha tribulação.
                               Fp 4:15 E sabeis também vós, ó  Filipenses,
                                               que, no início do evangelho,
quando parti da Macedônia,
                                                               nenhuma igreja se associou comigo
no tocante a dar e receber,
                                                                              senão unicamente vós outros;
Fp 4:16 porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez,
                mas duas, o bastante para as minhas necessidades.
Fp 4:17 Não que eu procure o donativo,
                mas o que realmente me interessa
                               é o fruto que aumente o vosso crédito.
Fp 4:18 Recebi tudo
e tenho abundância;
estou suprido,
                desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte
                               como aroma suave,
                               como sacrifício aceitável
                               e aprazível a Deus.
Fp 4:19 E o meu Deus,
                segundo a sua riqueza em glória,
                               há de suprir,
                                               em Cristo Jesus,
                                                               cada uma de vossas necessidades.
Fp 4:20 Ora, a nosso Deus e Pai
                seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!
Fp 4:21 Saudai cada um dos santos
                em Cristo Jesus.
Os irmãos que se acham comigo
                vos saúdam. F
p 4:22 Todos os santos
                vos saúdam,
                               especialmente os da casa de César.
Fp 4:23 A graça
                do Senhor Jesus Cristo
                               seja com o vosso espírito.
Você já viu e reparou com que devemos ocupar nossas mentes e pensamentos? Então dê uma olhada no vs 8 e vamos aprender a pensar!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete. 
...
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