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sábado, 14 de novembro de 2015

Atos 13.1-52 - MISSÕES COM ORAÇÃO E JEJUM - ESSE É O MÉTODO EFICIENTE.

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 13, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 13
Tudo aqui começa com jejum e oração. Eles estavam servindo ao Senhor e o Espírito Santo diz a eles para apartarem a Barnabé e Saulo para uma obra que ele os tinha chamado. Eles jejuam, oram, os outros impõem as suas mãos sobre eles e os despedem a fim de que cumpram o respectivo chamado de cada um.
Eu acho incrível este início porque não é de qualquer jeito que iremos fazer a obra do Senhor. Eles estavam debaixo de cobertura espiritual e saíram abençoados e prontos para cumprirem tudo que o Senhor desejava.
Em sua missão quando anunciavam o evangelho ao procônsul Sérgio Paulo, homem inteligente, havia uma oposição que procurava distrair e tirar a atenção. Também nós em nossas missões devemos estar atentos a estes desvios e, com sabedoria e poder de Deus, repreender todo levante contrário.
Elimaz, o mágico, aquele que se lhes opunha, ficou cego e isto maravilhou ao procônsul que creu e assim foi alcançado pelo Senhor.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31)
Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Veremos desde o primeiro versículo do capítulo 13 ao último do 28, o testemunho apostólico aos confins da terra.
Nesse ponto, Lucas passa a registrar o terceiro e mais importante estágio da propagação do evangelho às nações gentias (3.1-7.60; 8.1-11.18). Pedro já havia aberto o evangelho aos gentios (10.1-11.18), porém agora a atenção se volta para Paulo, que prossegue com essa missão apostólica.
Dividiremos, seguindo sempre a divisão proposta da BEG, esta última parte IV em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – começaremos ver agora; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35); C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22); D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28).
Até o próximo capítulo, estaremos vendo a primeira viagem missionária de Paulo. Esses capítulos descrevem a primeira de quatro viagens em que Paulo cumpre a missão do apóstolo às nações. Paulo e Barnabé alcançam Chipre e a Galácia.
Naquela igreja de Antioquia havia profetas e mestres, entre eles:
ü  Barnabé.
ü  Simeão - um homem de pele escura (niger é o termo latino para "negro") que pode ter vindo da África. Possivelmente era o mesmo Simão Cireneu registrado em Lc 23.26, cujos filhos, Alexandre e Rufos, estavam entre os cristãos da igreja em Roma (Mc 15.21; cf. Rm 16.13).
ü  Lúcio de Cirene - Cirene era a capital da província romana de Cirenaica (a atual Líbia).
ü  Manaém - um cristão que, de acordo com o que se dizia, era irmão de criação de Herodes Antipas. Não sabemos como Manaém (o nome em grego do hebraico Menahem) ouviu o evangelho e se converteu ao Senhor.
ü  E por fim, Saulo.
Eles estavam orando e jejuando, conforme o Espírito Santo os conduzia a isso e o Espírito Santo disse para eles que fossem separados Barnabé e Saulo, pois Deus tinha uma obra especial para eles.
Primeiro oraram e jejuaram, depois impuseram as mãos sobre eles e os enviaram, conforme tinha solicitado o Espírito de Deus.
Jejum e especialmente oração eram práticas vitais dos cristãos, conforme registrado em Atos (2.42; 3.1; 4.24; 6.4; 10.31; 14.23; 28.8).
Reconhecendo que o Espírito Santo separou Barnabé e Paulo, a imposição de mãos foi uma certificação oficial do chamado do Espírito (vs. 2) e à missão que estavam para realizar (vs. 4; cf. 14.23; 1Tm 4.14).
Enviados pelo Espírito de Deus, desceram a Selêucia e dali, navegaram para Chipre.
Selêucia era o porto da cidade de Antioquia, distante 25 km a oeste de Antioquia e cerca de 8 km ao norte do rio Orontes. Já Chipre era uma ilha próxima à costa da Fenícia (atual Síria), habitada em sua maioria por gregos, mas também havia muitos judeus ali.
Eles então chegaram a Salamina. Eles navegaram cerca de 210 km na direção sudoeste, para a cidade de Salamina, que ficava na costa leste de Chipre. Salamina era a cidade mais importante da província de Chipre nesse tempo, cuja capital era Pafos, que ficava no outro extremo da ilha, aproximadamente 145 km a sudoeste.
Por aonde iam, pregavam o evangelho e iam constituindo igrejas. Em Salamina, João estava com eles como auxiliar e o lugar preferido das pregações eram as sinagogas dos judeus.
Viajaram por toda a ilha e chegaram a Pafos. Ali havia um certo judeu, mágico. Além de "mágico", o termo grego magos também pode significar "homem sábio" (Mt 2.1) e "feiticeiro". Embora a feitiçaria fosse proibida no judaísmo, algumas pessoas a praticavam mesmo assim.
O nome do judeu era Barjesus. Um falso profeta cujo nome vem de Bar (no aramaico, significa "filho de") e de Jesus (no hebraico, Josué). Ele era mago e falso profeta (vs. 6 - NVI). Também ele era assessor do procônsul Sérgio Paulo.
Possivelmente Lúcio Sérgio Paulo, que havia sido um oficial durante o reinado de Cláudio e depois se tornou procônsul (governador de uma província senatorial, que respondia diretamente ao senado de Roma) em Pafos, capital de Chipre. A Palestina, por sua vez, era uma província imperial, cujo procurador respondia diretamente ao imperador.
O procôncul era um homem culto e tinha mandado chamar a Barnabé e Saulo porque queria conhecer melhor o caminho e a fé. No entanto, Elimas, outro nome para Barjesus, que estava presente na corte do procônsul, tentava impedir Sérgio de crer na mensagem cristã.
Foi nesse momento que Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo olhou firmemente para Elimas e o repreendeu.
Saulo era o seu nome judeu e Paulo o seu nome gentio romano. Muitos judeus desse tempo tinham dois nomes (p. ex., Simão Pedro).
Como cidadão romano, Paulo tinha dois nomes, possivelmente três, e já usava o seu nome romano antes mesmo da conversão de Sérgio Paulo.
A partir desse ponto, Lucas deixa de escrever "Barnabé e Saulo" e passa a registrar "Paulo e Barnabé", exceto quando esses missionários retornam à igreja em Jerusalém, para a qual Barnabé era o líder da dupla (14.14).
A repreensão de Paulo foi forte. Ele o chamou de filho do diabo e inimigo de tudo o que era justo, estando cheio de todo engano e maldade. Ele fez uma pergunta retórica a ele dizendo até quando iria ele continuar pervertendo os retos caminhos de Deus e sobre ele emitiu um juízo que se cumpriu de imediato. A mão do Senhor foi sobre ele e ele ficou cego por um tempo.
Diante disso, o procônsul creu, profundamente impactado com o ensino do Senhor.
De Pafos, dirigiram-se a Perge da Panfilia. A cidade de Perge estava localizada na costa sul da Ásia Menor, a noroeste de Chipre, pertencendo à província romana da Panfilia, uma região de economia bastante pobre. Perge situava-se a 8 km do litoral e cerca de 20 km a nordeste do porto de Atália.
João que era auxiliar deles – vs. 5 – os acompanhou até aqui e voltou para Jerusalém. Eles, de Perge foram para a Antioquia da Pisídia. Essa Antioquia estava localizada na Frigia, perto da fronteira com a Pisídia. No entanto, como já havia outra cidade chamada Antioquia na Frigia, esta, por estar mais próxima da Pisídia, acabou ficando conhecida como “Antioquia da Pisídia". Situava-se cerca de 160 km ao norte de Perga e sua altitude era cerca de 1.110 m acima do nível do mar.
Foi num sábado que eles chegaram na sinagoga e se assentaram.  Foi somente depois da leitura da lei e dos profetas que os chefes das sinagogas ofereceram a oportunidade a eles para uma palavra de encorajamento.
Um culto de adoração regular nas sinagogas desse tempo incluía:
ü  A leitura do credo (Dt 6.4).
ü  A oração das "dezoito bênçãos".
ü  Uma leitura da lei.
ü  Uma leitura dos profetas.
ü  Uma exposição seguida de aplicação (Lc 4.16-30).
ü  E uma bênção de encerramento.
Paulo aceitou a oferta do chefe da sinagoga e começou a pregar. Ele começa invocando os israelitas e judeus tementes a Deus para ouvi-lo com atenção.
Dos versos 20 ao 32, Paulo expõe o evangelho, começando da escolha de Deus pelo seu povo que durante muito tempo foi escravo no Egito, mas depois foi liberto com grande poder e braço forte do Senhor.
Do Egito, foram para no deserto, onde Deus os aturou por 40 anos e depois destruiu sete nações em Canaã para dar a eles a sua terra em herança. Isso tudo levou cerca de quatrocentos e cinquenta anos (Cerca de quatrocentos anos, acrescentando-se quarenta anos da peregrinação no deserto e mais o período da conquista da terra por Josué).
Depois vieram os juízes que Deus deu a eles até o tempo do profeta Samuel quando o povo pediu para eles um rei como as outras nações tinham reis. O problema não era a monarquia, mas o desejo de ser como as outras nações. Deus lhes deu Saul, mas foi rejeitado apesar de ter reinado por 40 anos.
Após Saul, Deus levantou Davi, este portador da semente messiânica de Gn 3.15, um homem segundo o coração de Deus que tudo iria fazer conforme a vontade do Senhor.
Foi da descendência de Davi que Deus trouxe a Jesus como Salvador conforme havia prometido.
Antes de vir Jesus, Deus levantou João Batista que pregou o arrependimento para todo o povo de Israel e quando todos imaginavam que seria João o prometido, este apontou a Jesus, como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
No entanto, o povo de Jerusalém e seus governantes não reconheceram o tempo da visitação de Deus e o desprezaram a ponto de sentenciá-lo à morte e morte de cruz, sendo após colocado em um sepulcro.
Ele de fato morreu, mas Deus o ressuscitou dos mortos – vs. 30.
Após ressuscitado, foi visto várias vezes por muitos dias até o tempo que se cumpriu quando ocorreu a sua ascensão, 40 dias após a sua ressurreição.
Paulo enfatizou a ressurreição de Jesus, o ponto crucial do testemunho apostólico (1.22), e citou três passagens do Antigo Testamento (SI 2.7; 16.10; Is 55.3):
ü  Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei” – Sl 2.5. Isto é, "Hoje, ao ressuscitá-lo dos mortos, declaro que tu és meu Filho e eu, teu Pai" (Hb 1.5).
ü  Eu lhes dou as santas e fiéis bênçãos prometidas a Davi” – Is 55.3.
ü  Não permitirás que o teu Santo sofra decomposição” – Sl 16.10.
Deus não permitiu que seu corpo sofresse corrupção como aconteceu com Davi.
Ele orienta e ensina a eles que agora, mediante Jesus, lhes é proclamado o perdão dos pecados. Por meio dele, todo aquele que crê é justificado de todas as coisas das quais não podiam ser justificados pela lei de Moisés as quais eram impossíveis de o homem as cumprir.
A lei conduz o pecador para Cristo (GI 3.24), pois "o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus" (GI 2.16). Ser justificado é ser declarado justo por Deus (Rm 3.21-22) e, consequentemente, receber o perdão dos pecados (Ef 1.7).
Eles, agora, eram suas testemunhas (de Jesus Cristo) e os anunciadores do evangelho, conforme Deus tinha prometido.
O que seria necessário doravante? Cuidado para não acontecer com eles o que disseram os profetas: “Olhem, escarnecedores, admirem-se e pereçam; pois nos dias de vocês farei algo que vocês jamais creriam se alguém lhes contasse!” – Hb 1.5.
Por causa da palavra, da convicção, ousadia e profundidade com que ministraram, foram convidados a pregarem novamente no outro sábado seguinte, mas já naquele momento, muitos creram e se converteram.
No sábado seguinte, lá estavam eles novamente. O impacto da primeira pregação fez com que toda a cidade estivesse presente na segunda ministração.
Movidos por inveja, os judeus que não se converteram endureceram seus corações e se opuseram a eles e os contradiziam em tudo o que falavam.
Paulo e Barnabé, com ousadia, lhes falaram e declararam que doravante estariam voltados para os gentios uma vez que eles estavam rejeitando a palavra de salvação.
Paulo, considerando que Jesus, o Messias, veio por meio dos judeus (Gn 12.3), foi consistente em aplicar o princípio "primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1.16), pois reconheceu que o plano de Deus inclui os gentios (Is 49.6), um fato que os judeus da Antioquia de Pisídia se recusavam a aceitar.
A intenção de Paulo não era demonstrar que os judeus eram dignos no sentido de que mereciam a salvação (Rm 3.9ss.), mas que percebessem o quanto Deus os valorizava como pessoas feitas à sua imagem e povo da sua aliança.
Paulo afirmou que a falta de interesse dos judeus pelo evangelho demonstrava que não tinham por si mesmos a mesma consideração que Deus tinha por eles.
Ouvindo isso a alegria contagiou os gentios e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. A soberana eleição de Deus operava para levar seu povo à fé em Cristo (Ef 2.8) por meio da convicção e arrependimento (11.18; 2Tm 2.25).
Lucas usa a voz passiva ("haviam sido destinados") para indicar que Deus foi o agente, pois somente ele pode conceder vida eterna (Mt 25.46; Jo 10.28; 17.2). A expressão "haviam sido destinados" é uma conjugação verbal construída no pretérito mais-que-perfeito, indicando uma ação que aconteceu no passado e cujo resultado tem implicações relevantes para o presente.
No Antigo Testamento, Deus revelou que concederia a bênção da salvação para os gentios (Gn 12.1-3; Is 42.6; 49.6).
O resultado disso foi que a palavra do Senhor se espalhou ainda mais – vs. 49. Os judeus não recuaram e começaram a perseguir de tal forma que incitaram as mulheres piedosas de elavada posição e os principais da cidade para provocarem uma grande perseguição contra Paulo e Barnabé e assim os expulsaram do seu território.
Paulo e Barnabé sacudiram de seus pés - um gesto judeu que indica desgosto e separação (Mt 10.14) - o pó da cidade em protesto contra eles e partiram para Icônio.
Paulo e Barnabé viajaram cerca de 130 km na direção sudeste por uma estrada chamada Via Sebaste, que ligava Antioquia da Pisídia e Icônio, uma antiga cidade da Frigia que os gregos transformaram numa cidade-estado (uma pólis).
Mais tarde, sob o comando do imperador Augusto, tornou-se uma cidade pertencente à província romana da Galácia.
At 13:1 Havia na igreja de Antioquia
profetas e mestres:
Barnabé,
Simeão, por sobrenome Níger,
Lúcio de Cirene,
Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca,
e Saulo.
At 13:2 E, servindo eles ao Senhor
e jejuando,
disse o Espírito Santo:
Separai-me, agora, Barnabé e Saulo
para a obra a que os tenho chamado.
At 13:3 Então,
jejuando,
e orando,
e impondo sobre eles as mãos,
os despediram.
At 13:4 Enviados, pois,
pelo Espírito Santo,
desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
At 13:5 Chegados a Salamina,
anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas judaicas;
tinham também João como auxiliar.
At 13:6 Havendo atravessado toda a ilha até Pafos,
encontraram certo judeu, mágico, falso profeta, de nome Barjesus,
At 13:7 o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo,
que era homem inteligente.
Este, tendo chamado Barnabé e Saulo,
diligenciava para ouvir a palavra de Deus.
At 13:8 Mas opunha-se-lhes Elimas, o mágico
(porque assim se interpreta o seu nome),
procurando afastar da fé o procônsul.
At 13:9 Todavia, Saulo, também chamado Paulo,
cheio do Espírito Santo,
fixando nele os olhos, disse:
At 13:10 Ó filho do diabo,
cheio de todo o engano
e de toda a malícia,
inimigo de toda a justiça,
não cessarás de perverter
os retos caminhos do Senhor?
At 13:11 Pois, agora, eis aí está sobre ti a mão do Senhor,
e ficarás cego, não vendo o sol por algum tempo.
No mesmo instante, caiu sobre ele névoa e escuridade,
e, andando à roda, procurava quem o guiasse pela mão.
At 13:12 Então, o procônsul, vendo o que sucedera,
creu, maravilhado com a doutrina do Senhor.
At 13:13 E, navegando de Pafos,
Paulo e seus companheiros dirigiram-se a Perge da Panfília.
João, porém, apartando-se deles,
voltou para Jerusalém.
At 13:14 Mas eles, atravessando de Perge
para a Antioquia da Pisídia,
indo num sábado à sinagoga, assentaram-se.
At 13:15 Depois da leitura da lei e dos profetas,
os chefes da sinagoga mandaram dizer-lhes:
Irmãos, se tendes alguma palavra de exortação para o povo, dizei-a.
At 13:16 Paulo, levantando-se e fazendo com a mão sinal de silêncio, disse:
Varões israelitas e vós outros que também temeis a Deus,
ouvi.
At 13:17 O Deus deste povo de Israel escolheu nossos pais
e exaltou o povo durante sua peregrinação na terra do Egito,
donde os tirou com braço poderoso;
At 13:18 e suportou-lhes os maus costumes
por cerca de quarenta anos no deserto;
At 13:19 e, havendo destruído sete nações na terra de Canaã,
deu-lhes essa terra por herança,
At 13:20 vencidos cerca de quatrocentos e cinqüenta anos.
Depois disto, lhes deu juízes, até o profeta Samuel.
At 13:21 Então, eles pediram um rei,
e Deus lhes deparou Saul, filho de Quis,
da tribo de Benjamim,
e isto pelo espaço de quarenta anos.
At 13:22 E, tendo tirado a este,
levantou-lhes o rei Davi,
do qual também, dando testemunho, disse:
Achei Davi, filho de Jessé,
homem segundo o meu coração,
que fará toda a minha vontade.
At 13:23 Da descendência deste,
conforme a promessa,
trouxe Deus a Israel o Salvador,
que é Jesus,
At 13:24 havendo João,
primeiro, pregado a todo o povo de Israel, antes da manifestação dele,
batismo de arrependimento.
At 13:25 Mas, ao completar João a sua carreira, dizia:
Não sou quem supondes;
mas após mim vem aquele de cujos pés
não sou digno de desatar as sandálias.
At 13:26 Irmãos, descendência de Abraão
e vós outros os que temeis a Deus,
a nós nos foi enviada a palavra desta salvação.
At 13:27 Pois os que habitavam em Jerusalém e as suas autoridades,
não conhecendo Jesus
nem os ensinos dos profetas que se lêem todos os sábados,
quando o condenaram,
cumpriram as profecias;
At 13:28 e, embora não achassem nenhuma causa de morte,
pediram a Pilatos que ele fosse morto.
At 13:29 Depois de cumprirem tudo o que a respeito dele estava escrito,
tirando-o do madeiro,
puseram-no em um túmulo.
At 13:30 Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos;
At 13:31 e foi visto muitos dias pelos que, com ele,
subiram da Galiléia para Jerusalém,
os quais são agora as suas testemunhas perante o povo.
At 13:32 Nós vos anunciamos
o evangelho da promessa
feita a nossos pais,
At 13:33 como Deus a cumpriu plenamente a nós,
seus filhos, ressuscitando a Jesus,
como também está escrito no Salmo segundo:
Tu és meu Filho,
eu, hoje, te gerei.
At 13:34 E, que Deus
o ressuscitou dentre os mortos
para que jamais voltasse à corrupção, desta maneira o disse:
E cumprirei a vosso favor
as santas
e fiéis promessas feitas a Davi.
At 13:35 Por isso, também diz em outro Salmo:
Não permitirás que o teu Santo veja corrupção.
At 13:36 Porque, na verdade,
tendo Davi servido à sua própria geração,
conforme o desígnio de Deus,
adormeceu,         
foi para junto de seus pais
e viu corrupção.
At 13:37 Porém aquele
a quem Deus ressuscitou
não viu corrupção.
At 13:38 Tomai, pois, irmãos, conhecimento
de que se vos anuncia
remissão de pecados
por intermédio deste;
At 13:39 e, por meio dele,
todo o que crê é justificado
de todas as coisas das quais
vós não pudestes ser justificados
pela lei de Moisés.
At 13:40 Notai, pois, que não vos sobrevenha o que está dito nos profetas:
At 13:41 Vede, ó desprezadores,
maravilhai-vos
e desvanecei,
porque eu realizo,
em vossos dias,
obra tal que não crereis
se alguém vo-la contar.
At 13:42 Ao saírem eles,
rogaram-lhes que, no sábado seguinte,
lhes falassem estas mesmas palavras.
At 13:43 Despedida a sinagoga,
muitos dos judeus e dos prosélitos piedosos
seguiram Paulo e Barnabé,
e estes, falando-lhes, os persuadiam
a perseverar na graça de Deus.
At 13:44 No sábado seguinte,
afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
At 13:45 Mas os judeus,
vendo as multidões,
tomaram-se de inveja
e, blasfemando, contradiziam
o que Paulo falava.
At 13:46 Então, Paulo e Barnabé,
falando ousadamente, disseram:
Cumpria que a vós outros,
em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus;
mas, posto que a rejeitais
e a vós mesmos vos julgais indignos
da vida eterna,
eis aí que nos volvemos para os gentios.
At 13:47 Porque o Senhor assim no-lo determinou:
Eu te constituí para luz dos gentios,
a fim de que sejas para salvação
até aos confins da terra.
At 13:48 Os gentios,
ouvindo isto,
regozijavam-se
e glorificavam a palavra do Senhor,
e creram
todos os que haviam sido destinados
para a vida eterna.
At 13:49 E divulgava-se a palavra do Senhor
por toda aquela região.
At 13:50 Mas os judeus instigaram as mulheres piedosas de alta posição
e os principais da cidade
e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé,
expulsando-os do seu território.
At 13:51 E estes,
sacudindo contra aqueles o pó dos pés,
partiram para Icônio.
At 13:52 Os discípulos, porém,
transbordavam de alegria
e do Espírito Santo.
Em continuação, Paulo e Barnabé pregam em uma sinagoga na Antioquia da Psídia e conseguem convencer muita gente, tantas que os judeus ficaram com inveja e tramaram contra eles. Paulo  dizia a eles que anunciavam o evangelho da promessa feita aos nossos pais!
Isto é muito interessante e profundo! Havia uma promessa e Cristo era essa promessa. Engana-se quem pensa que o AT é sem valor em virtude do NT. Aquele fala do mesmo Messias que haveria de vir e este do que veio, cumprindo as promessas.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Quatro Razões para Preparar o Manuscrito de seus Sermões

Se você já leu alguns dos muitos livros e artigos sobre preparação de sermão, provavelmente já leu o adágio que diz: “Pense exaustivamente, leia abundantemente, escreva claramente, ore fervorosamente e entregue-se completamente”. Essa frase já foi atribuída a Alistair Begg, John MacArthur e outros, mas, de fato, teve origem com um anglicano galês chamado W.H. Grifith Thomas.[1] Embora eu concorde com todas as cinco exortações de Thomas, a que desejo enfatizar neste ensaio é a terceira: “Escreva claramente”.
Há muito, é discutido em círculos de pregação se um pregador deve ou não escrever o manuscrito de seus sermões. Embora seja verdade que alguns dos grandes pregadores ao longo da história da igreja (incluindo alguns favoritos como Charles Spurgeon e Martyn Lloyd-Jones) não usavam e até desencorajavam o uso do manuscrito, nem eu nem você somos tão inteligentes quanto Charles Spurgeon ou Martyn Lloyd-Jones. Então, deixe-me dar-lhe quatro razões pelas quais você deve considerar manuscrever seu sermão como parte de sua preparação.
Quatro razões para escrever um manuscrito
1 - Escreva um manuscrito para encurtar o seu tempo de preparação
Eu estava tentando encorajar um pastor amigo meu a escrever manuscritos, quando ele disse: “Eu simplesmente não tenho tempo para escrever um manuscrito”. Muitos pastores talvez usem o tempo como uma desculpa e eu entendo quão ocupada pode ser a semana de um pastor. Mesmo enquanto escrevo este artigo, fico pensando: “Eu realmente deveria estar trabalhando no meu sermão, fazendo uma ligação ou treinando um dos estagiários”. Mas defendo que, em vez de alongar o seu tempo de preparação, escrever um manuscrito pode, na verdade, encurtá-lo. Quando você estiver estudando e se deparar com algo que seja bom para o seu sermão, apenas escreva, e aí está. Então, ao construir o seu sermão, você pode simplesmente acoplar todas as suas melhores notas e não precisa voltar para encontrar ou tentar lembrar-se de alguma coisa que estudou.
2 - Escreva um manuscrito para encontrar as palavras certas
Mark Twain certa vez disse: “A diferença entre a palavra certa e a palavra quase certa é a diferença entre um relâmpago e um vagalume”. E se John Owen houvesse dito: “Abandone a sua vida de pecado, porque é importante para o crescimento cristão”, em vez de: “Mate o pecado, ou o pecado matará você”? Ambas as sentenças comunicam a mesma verdade, mas a segunda é dita de modo tão apropriado que deixa uma impressão duradoura no coração. É importante usar s palavras certas, e escrever um manuscrito ajuda o pregador a não apenas dizer coisas verdadeiras, mas a dizer coisas verdadeiras de forma apropriada.
3 - Escreva um manuscrito para certificar-se de que o seu sermão é harmonioso
Uma das marcas da grande pregação é que ela é harmoniosa. Com efeito, eu estava recentemente conversando com outro pastor amigo e ele disse: “Eu tenho pregado por anos, mas, quando comecei a fazer manuscritos, meus sermões ficaram melhores já no domingo seguinte, porque ficaram instantaneamente mais harmoniosos”. Um bom pregador tem muitos pontos altos que chamam a atenção dos seus ouvintes e os inspiram. Um grande pregador, porém, é capaz de capturar a atenção do seu ouvinte e segurá-la durante toda a duração do sermão, conduzindo-os suavemente de um ponto para o seguinte. De novo: a menos que você tenha a mente de Spurgeon, é difícil fazer isso sem escrever um manuscrito.
Um manuscrito ajuda o pregador nas transições, uma vez que permite claramente equilibrar o tempo para cada ponto; um manuscrito também ajuda a explicar passagens ou verdades difíceis com clareza. Isso ajuda o pregador a ver o seu sermão como uma unidade antes de pregá-lo, permitindo-lhe assim editar o seu sermão fácil e decisivamente. Com efeito, é apenas quanto eu olho para o produto final que consigo de fato ver os pontos que não se encaixam ou que eu posso retirar da mensagem como um todo. A pregação é um chamado sublime de Deus, então, o pregador deve fazer todo o possível para apresentar o melhor argumento, o mais harmonioso e o mais cheio do Espírito, perante homens moribundos cuja única esperança é que suas almas sejam vivificadas em Cristo.
4 - Escreva um manuscrito para manter um registro
Um dos meus maiores tesouros são os cerca de 1.200 sermões que eu preguei durante os meus anos de ministério. Felizmente, por ter sido encorajado desde cedo a escrever manuscritos, eu tenho um registro de todos eles. Eles me têm sido um imenso auxílio ao escrever outros sermões ou ao me preparar para pregar fora da minha própria igreja local. Ter um registro dos meus sermões também me ajuda no ministério pastoral. Quase todo domingo, alguém me pede aconselhamento a respeito de algo que eu acabei de pregar; poder indicar-lhe a nossa página na internet, na qual postamos todos os manuscritos de sermões online ou poder lhes enviar por e-mail um trecho de um sermão é uma ferramenta pastoral poderosa.
Conclusão
Há muitas outras razões pelas quais você deve fazer manuscritos de seus sermões: isso ajuda a manter o pregador dentro do tempo; se você prega em cultos múltiplos, isso pode garantir que as duas congregações recebam o mesmo ensino; isso pode ajudá-lo a evitar o uso das mesmas ilustrações; eu poderia ir além.
Mas quero concluir abordando as advertências de Spurgeon, Lloyd-Jones[2] e outros: o pregador deve sempre estar livre e o manuscrito nunca deve prendê-lo. Eu concordo com Spurgeon que o manuscrito nunca deve ser lido e que o pregador deve ter discernimento o suficiente para, às vezes, falar extemporaneamente, afastando-se do manuscrito quando sentir a necessidade ou o desejo de fazê-lo. Se um pregador não consegue evitar ler o manuscrito, talvez ele deva escrever o sermão e depois, separadamente, escrever um esboço para levar ao púlpito. Embora eu creia que o manuscrito seja uma das melhores ferramentas na preparação para o sermão, ele pode ser uma ferramenta perigosa na entrega do sermão. Você é o pregador, não o manuscrito. É você quem entrega o sermão, não o manuscrito. O manuscrito é uma grande ferramenta, mas Deus unge o homem para pregar, não o manuscrito.
Notas:
[1] J. I. Packer, Truth and Power (Guildford, Surrey: Eagle, 1990), 132 (sem tradução em português).
[2] Dois recursos clássicos sobre pregação são: C. H. Spurgeon, Lectures to My Students: Complete & Unabridged (Grand Rapids, Mich: Zondervan Pub. House, 1954) (publicado em português sob o título Lições aos meus alunos.
São Paulo: Editora PES, [s. d.], 3 volumes), and David Martyn Lloyd-Jones, Preaching and Preachers (Grand Rapids, Mich: Zondervan Pub. House, 1972) (publicado em português sob o título Pregação e pregadores. 2. ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2008).
*Créditos da postagem: 

  • Autoria: Jason Dees. Ele é pastor titular da Valleydale Church em Birmingham, Alabama, EUA.
  • Tradução e CopyRight: Editora Fiel
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PODCAST NO BARQUINHO - A REFORMA

Ouça na RadioWeb Os Semeadores (http://radio.ossemeadores.com.br) o PodCast no Barquinho sobre a reforma (estamos em fase de testes). Obrigado!
p.s.: podcast original de http://nobarquinho.com/2015/10/30/nb97-reforma-pra-que/

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Atos 12.1-25 - A ORAÇÃO DA IGREJA, OS ANJOS E A RESPOSTA DE DEUS

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 12, da parte III.
Breve síntese do capítulo 12
Narrativa muito interessante com a libertação de Pedro e o castigo de Herodes por meio de anjos. Herodes tinha acabado de matar a Tiago, irmão de João e reparou que sua atitude tinha agradado os judeus.
Agora queria continuar assim e logo tomou a Pedro para fazer o mesmo e o colocou em prisão e, com certeza, bem vigiada, mas havia oração incessante a favor dele por parte da igreja e Deus envia um socorro a Pedro libertando-o daquele cárcere em que estava.
Sua libertação foi espetacular parecendo aqueles filmes de ficção. Era Deus movendo o povo à oração e era Deus respondendo à igreja a sua oração. Quem é que entende os planos de Deus? Tiago foi morto por Herodes e este achou que era o cara... mal sabia ele que Deus já tinha determinado a sua morte.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO NA JUDEIA E EM SAMARIA (8.1-11.18) - continuação.
Nós já vimos que a perseguição causou o deslocamento do testemunho apostólico de Jerusalém para a Judeia e Samaria, como Jesus havia ordenado. Quanto a isso, dois acontecimentos importantes possibilitaram que o testemunho dos apóstolos se propagasse geograficamente:
(1)   A conversão de Paulo ao Cristianismo.
(2)   O crescimento espiritual de Pedro (isto é, o seu entendimento de que os cristãos gentios tinham tanto direito às promessas de Deus quanto os cristãos judeus).
Para melhor entendimento, dividimos esta parte III em seis seções: A. O testemunho se propaga (8.1-40) – já vimos; B. A conversão de Paulo e o crescimento da igreja (9.1-31) – já vimos; C. O testemunho continua a se propagar (9.32-43) – já vimos; D. O testemunho alcança os gentios de Samaria (10.1-11.18) – já vimos; E. A igreja em Antioquia da Síria (11.19-30) – já vimos; e, F. Perseguição e julgamento em Jerusalém (12.1-25) – veremos agora.
F. Perseguição e julgamento em Jerusalém (12.1-25).
Lucas registrou o modo como a igreja de Jerusalém sofreu perseguições, mas também relatou o julgamento de Deus contra os perseguidores.
Esse material esclarece que, sem dúvida, surgirão perseguições contra o povo de Deus, mas que um dia Deus julgará todos os seus inimigos. Lucas continua a apresentar informações sobre o ministério de Paulo.
O capítulo 12 começa falando de um tempo “Por aquele tempo”. A data da escassez de alimentos que afetou os irmãos da Judeia (11.27-30) é incerta. A visita de Barnabé e Saulo (45-47 d.C.; cf. 11.28), que levavam as ofertas, pode ter ocorrido após a conclusão dos acontecimentos registrados no cap. 12. Nesse momento, Barnabé e Saulo retornaram de Jerusalém para Antioquia (vs. 25).
Foi nessa ocasião que Herodes prendeu alguns irmãos e a Tiago, irmão de Pedro, matou à espada. Vemos aqui um exemplo da soberania de Deus na vida de seus servos, ambos igualmente dedicados: Tiago foi morto ao fio da espada, ao passo que Pedro foi libertado da prisão (veja também Jo 21.20-22).
E eram os dias dos pães asmos. Com tantos judeus visitando a cidade para a festa, era um momento bastante oportuno para efetuar a prisão.
Aquela morte de Tiago tinha agradado aos judeus e Herodes quis agradá-los ainda mais e lançou mão de Pedro e o aprisionou com quatro escoltas de quatro soldados cada uma. A intenção dele era, depois da páscoa, submetê-lo a julgamento público.
Pedro, então, ficou detido na prisão, mas a igreja orava intensamente a Deus por ele – vs. 5. Pedro parecia muito tranquilo que até adormeceu entre dois guardas. Ele nem parecia preocupado com o fato de Tiago ter sido morto à espada a pouco tempo.
Repentinamente (é sempre de repente que algo acontece) um anjo do Senhor apareceu a ele e uma luz iluminou aquela cela. O aparecimento de um anjo era a garantia da presença de Deus e a luz provavelmente evocou em Pedro a lembrança da glória do Senhor no Antigo Testamento (Ex 3.2; 13.22; 40.34; At 9.3).
Aquele anjo fala com Pedro para ele se vestir, calçar as suas sandálias, colocar a sua capa e segui-lo. Pedro foi libertado da prisão, que provavelmente fosse a Fortaleza de Antonia (reconstruída por Herodes, o Grande, que lhe deu esse nome em homenagem ao seu patrono, Marco Antônio), que ficava ao norte do terraço do templo.
Como era de fácil acesso, permitia que as pessoas se ajuntassem para observar o julgamento de prisioneiros que ocorria ao final da Páscoa.
Na mente de Pedro havia uma confusão, pois não sabia se aquilo era real ou se se tratava de uma simples visão. Com certeza, aquilo tudo deveria ter a máxima segurança em guardas, escoltas e cadeias, mas eles andavam e saiam dos ambientes sem qualquer problema.
Por fim, havia um portão de ferro que dava para a cidade e este se abriu como se fosse porta automática com sensor de presença. A Fortaleza Antônia possuía, além de uma entrada ao sul que dava acesso ao átrio do templo, outras entradas que davam acesso à cidade.
Estando já Pedro em segurança, depois de um tempo, aquele anjo o deixou. Somente nesse momento, Pedro se deu conta da situação e entendeu que tinha recebido ajuda de Deus por meio de seus anjos.
Ao perceber isso, se dirigiu à casa de Maria, mãe de João, também chamado de Marcos, onde, ali, havia muita gente reunida e orando por ele. Pedro deve ter chegado eufórico para contar as bênçãos à igreja e bateu à porta do alpendre esperando que abrissem para ele.
Uma serva chamada Rode foi atender e ficou confusa, pois tinha reconhecido a voz de Pedro e ao invés de logo abrir a porta, voltou para contar aos demais que era Pedro à porta. Ninguém acreditou!
Observe a ironia da situação: os discípulos oravam fervorosamente (cf. 4.23-24) para que o soberano Deus do céu protegesse e libertasse Pedro da prisão; porém, quando finalmente Pedro apareceu na casa onde estavam reunidos, recusaram-se a acreditar que o Senhor tinha respondido às suas orações.
Entre os judeus piedosos havia a ideia de que cada pessoa tinha um anjo da guarda (Mt 18.10; Hb 1.14) e que este possuía a capacidade de assumir a aparência da pessoa a quem protegia.
Pedro continuou a bater na porta e foram conferir e quando o viram, ficaram perplexos. Pedro os acalma e explica tudo, como maravilhosamente o Senhor houvera nesse caso e pediu que isso fosse contado a Tiago e aos irmãos, em seguida foi para outro lugar.
Pela manhã, grande foi o alvoroço sobre o prisioneiro que havia escapado sem deixar qualquer pista.
Herodes tudo examinou e não encontrando uma explicação, mandou executar todos aqueles guardas. A lei romana prescrevia que se um guarda deixasse um prisioneiro fugir, deveria pagar por isso com a própria vida (cf. 16.27.28).
Herodes então sai da Judeia e vai para Cesaréia e permanece ali algum tempo. Havia muita ira em seu coração contra o povo de Tiro e Sidom. Estes procuravam ter com ele uma audiência e para isso conseguiram o apoio de Blasto, homem de confiança do rei.
Num dia marcado, Herodes discursa ao povo vestido de seus trajes reais e o povo gritava que aquilo era a voz de Deus e não de um homem, mas Herodes não glorificou ao Senhor antes tomou aquilo para si.
Diz a palavra que imediatamente, por ele não haver dado glória a Deus, um anjo do Senhor o feriu e ele morreu comido por vermes. Uma atitude característica da natureza depravada da humanidade (Rm 1.21).
Josefo (Antiguidades, 19.346,349-350) relata que Herodes Agripa sentiu fortes dores no coração e no abdome e morreu cinco dias depois.
Lucas registra que ele foi comido por vermes, possivelmente ancilóstomos, vermes que se alimentam de sangue e geralmente parasitam o intestino e os órgãos próximos.
Caso Herodes tenha sido afligido por uma apendicite ou peritonite, sem dúvida pereceu em muita agonia. Herodes morreu em 44 a.C., no quarto ano do reinado do Imperador Cláudio César.
Já a palavra de Deus continuava a crescer e a se espalhar – vs. 24.
Lucas começa falando no capítulo 12 de Herodes que tinha mandado executar a Tiago, depois narra a história do livramento de Pedro das mãos de Herodes e por fim de sua morte trágica, comido por vermes, por causa de suas obras más. Era, com os fatos, para o evangelho sofrer um baque, mas ao contrário cresceu e se espalhou ainda mais.
Barnabé e Saulo haviam cumprido a sua missão e voltaram de Jerusalém levando com eles João, também conhecido como Marcos. A missão era a de levar para os irmãos de Jerusalém as ofertas levantadas em Antioquia (11.27-30).
João, apelidado Marcos, possivelmente foi o jovem que fugiu desnudo na noite da prisão de Jesus (Mc 14.51-52). Marcos, o escritor do segundo Evangelho (cf. 1Pe 5.13), acompanhou Paulo e Barnabé a Antioquia e durante a primeira viagem missionária (13.4).
No entanto, Paulo considerou-o inadequado para a segunda viagem missionária, de modo que Barnabé levou-o para Chipre (At 15.36-39). Mais tarde, Paulo alegrou-se com a companhia de Marcos (Cl 4.10; 2Tm 4.11; Fm 24).
At 12:1 Por aquele tempo, mandou o rei Herodes
prender alguns da igreja para os maltratar,
At 12:2 fazendo passar a fio de espada
a Tiago, irmão de João.
At 12:3 Vendo ser isto agradável aos judeus,
prosseguiu, prendendo também a Pedro.
E eram os dias dos pães asmos.
At 12:4 Tendo-o feito prender,
lançou-o no cárcere,
entregando-o a quatro escoltas de quatro soldados cada uma,
para o guardarem, tencionando apresentá-lo
ao povo depois da Páscoa.
At 12:5 Pedro, pois, estava guardado no cárcere;
mas havia oração incessante
a Deus
por parte da igreja
a favor dele.
At 12:6 Quando Herodes estava para apresentá-lo,
naquela mesma noite,
Pedro dormia entre dois soldados,
acorrentado com duas cadeias,
e sentinelas à porta guardavam o cárcere.
At 12:7 Eis, porém, que sobreveio um anjo do Senhor,
e uma luz iluminou a prisão;
e, tocando ele o lado de Pedro,
o despertou, dizendo:
Levanta-te depressa!
Então, as cadeias caíram-lhe das mãos.
At 12:8 Disse-lhe o anjo:
Cinge-te
e calça as sandálias.
E ele assim o fez. Disse-lhe mais:
Põe a capa
e segue-me.
At 12:9 Então, saindo, o seguia,
não sabendo que era real
o que se fazia por meio do anjo;
parecia-lhe, antes, uma visão.
At 12:10 Depois de terem passado
a primeira
e a segunda sentinela,
 chegaram ao portão de ferro
que dava para a cidade,
o qual se lhes abriu
automaticamente;
e, saindo,
enveredaram por uma rua,
e logo adiante
o anjo se apartou dele.
At 12:11 Então, Pedro, caindo em si, disse:
Agora, sei, verdadeiramente,
que o Senhor enviou o seu anjo
e me livrou da mão de Herodes
e de toda a expectativa do povo judaico.
At 12:12 Considerando ele a sua situação,
resolveu ir à casa de Maria,
mãe de João, cognominado Marcos,
onde muitas pessoas estavam congregadas
e oravam.
At 12:13 Quando ele bateu ao postigo do portão,
veio uma criada, chamada Rode, ver quem era;
At 12:14 reconhecendo a voz de Pedro,
tão alegre ficou,
que nem o fez entrar,
mas voltou correndo para anunciar
que Pedro estava junto do portão.
At 12:15 Eles lhe disseram:
Estás louca.
Ela, porém, persistia em afirmar que assim era.
Então, disseram: É o seu anjo.
At 12:16 Entretanto, Pedro continuava batendo; então,
eles abriram,
viram-no
e ficaram atônitos.
At 12:17 Ele, porém, fazendo-lhes sinal com a mão para que se calassem,
contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão
e acrescentou:
Anunciai isto a Tiago e aos irmãos.
E, saindo, retirou-se para outro lugar.
At 12:18 Sendo já dia,
houve não pouco alvoroço entre os soldados
sobre o que teria acontecido a Pedro.
At 12:19 Herodes,
tendo-o procurado
e não o achando,
submetendo as sentinelas a inquérito,
ordenou que fossem justiçadas.
E, descendo da Judéia para Cesareia,
Herodes passou ali algum tempo.
At 12:20 Ora, havia séria divergência
entre Herodes e os habitantes de Tiro e de Sidom;
porém estes, de comum acordo,
se apresentaram a ele
e, depois de alcançar o favor de Blasto,
camarista do rei,
pediram reconciliação,
porque a sua terra se abastecia do país do rei.
At 12:21 Em dia designado, Herodes,
vestido de trajo real,
assentado no trono,
dirigiu-lhes a palavra;
At 12:22 e o povo clamava:
É voz de um deus,
e não de homem!
At 12:23 No mesmo instante,
um anjo do Senhor o feriu,
por ele não haver dado glória a Deus;
e, comido de vermes, expirou.
At 12:24 Entretanto,
a palavra do Senhor
crescia
e se multiplicava.
At 12:25 Barnabé e Saulo,
cumprida a sua missão,
voltaram de Jerusalém,
levando também consigo a João, apelidado Marcos.
Seu livramento foi tão espetacular que a própria igreja que orava incessantemente por ele não creu a princípio e até chamaram de louca a sua criada Rode que anunciava que Pedro estava à porta.
Quantos não são os milagres que rejeitamos porque estamos com o coração endurecido? Assim, também perdemos a chance de dar glórias a Deus e sermos abençoados.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Atos 11.1-30 - PEDRO PREGA EFICAZMENTE SOBRE O ARREPENDIMENTO

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 11, da parte III.
Breve síntese do capítulo 11
A salvação não é somente dos judeus, mas também dos gregos, ou melhor, dos gentios. Em um primeiro momento os que eram da circuncisão ficaram perplexos em relação a Pedro e aos seis que com ele estavam por terem entrado na casa de homens incircuncisos.
Pedro, porém lhes fala e demonstra, por meio de sua visão que teve, de falas e direções do Espírito Santo e de anjos que instruíram Cornélio por conta do acontecido com a consequente liberação da parte de Deus do Espírito Santo que caiu sobre eles, que a salvação não é somente dos judeus, mas também dos gentios.
Pedro fala que o Espírito Santo caiu sobre eles, que se lembrou da experiência deles no início, que se lembrou da palavra de Jesus que disse que seriam batizados com o Espírito Santo, que Deus lhes concedeu o mesmo dom – deveria ser muito notório -, que não poderia resistir a Deus em virtude de tantas coisas.
Depois de ouvirem Pedro, concordaram com ele e ficaram pasmos! O evangelho assim ia se espalhando tanto sendo pregado aos judeus como aos gentios e o Senhor os fazia prosperar.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO NA JUDEIA E EM SAMARIA (8.1-11.18) - continuação.
Nós já vimos que a perseguição causou o deslocamento do testemunho apostólico de Jerusalém para a Judeia e Samaria, como Jesus havia ordenado. Quanto a isso, dois acontecimentos importantes possibilitaram que o testemunho dos apóstolos se propagasse geograficamente:
(1)   A conversão de Paulo ao Cristianismo.
(2)   O crescimento espiritual de Pedro (isto é, o seu entendimento de que os cristãos gentios tinham tanto direito às promessas de Deus quanto os cristãos judeus).
Para melhor entendimento, dividimos esta parte III em seis seções: A. O testemunho se propaga (8.1-40) – já vimos; B. A conversão de Paulo e o crescimento da igreja (9.1-31) – já vimos; C. O testemunho continua a se propagar (9.32-43) – já vimos; D. O testemunho alcança os gentios de Samaria (10.1-11.18) – concluiremos agora; E. A igreja em Antioquia da Síria (11.19-30) – veremos agora; e, F. Perseguição e julgamento em Jerusalém (12.1-25).
D. O testemunho alcança os gentios de Samaria (10.1-11.18) - continuação.
Como falamos, Pedro foi o primeiro apóstolo a vencer a barreira entre judeus e gentios, algo que conseguiu por ter obedecido às ordens de Deus.
Pedro estava trazendo uma novidade à igreja, pois a palavra, por seu intermédio, estava alcançando os gentios e todos ficaram sabendo, principalmente os que eram da circuncisão, ou seja, aqueles que criticavam Pedro e que eram também cristãos judeus.
Eles reclamaram para ele o fato de que ele havia entrado e tido comunhão à mesa com homens incircuncisos. Isto é, gentios, como Cornélio e os da sua casa.
Os primeiros cristãos judeus, que observavam rigorosamente as restrições alimentares do Antigo Testamento (Lv 11), não aceitavam compartilhar refeições com os incircuncisos.
Pedro, então, narra a eles o que de fato aconteceu, incluindo nisso suas visões, a visão de Cornélio, a fala e instruções do Espírito Santo, o cair do Espírito Santo sobre os ouvintes, a orientação do anjo a Cornélio.
Se não tivesse havido essas interferências, jamais teria os fatos se desenrolado dessa maneira. Assim, entenderam todos que Deus estava no negócio e a orientação maior era dele.
Foi Pedro que trouxe a eles a mensagem de salvação a eles e a toda a casa deles “serás salvo, tu e toda a tua casa” - a graça da salvação de Deus com frequência é estendida a todos os familiares, um conceito embutido na mensagem do Antigo Testamento (p. ex., Abraão, Isaque, Jacó e suas famílias) e no Novo Testamento (p. ex., Lc 19.9; At 2.38-39; 16.31).
Após expor, Pedro conclui entendendo que ele não poderia resistir a Deus – vs. 17. Pedro salientou o propósito soberano de Deus em salvar tanto judeus como gentios.
Sem dúvida, alguns dos presentes se lembraram da promessa de Deus a Abraão: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3; cf. Gl 3.8).
Pedro foi altamente competente e assim, ninguém mais apresentou objeções. Eles puderam louvar a Deus pelo arrependimento para vida.
O arrependimento bíblico inclui:
ü  Contrição pelos pecados.
ü  Mudança de vida e atitude (26.20).
ü  Condução da pessoa:
       A confiar em Jesus Cristo (20.21).
       A receber perdão dos pecados (Mc 1.4; Lc 24.47).
       A herdar a vida eterna (11.18).
       A viver de maneira a manifestar o fruto do arrependimento (26.20; Lc 3.8).
E. A igreja em Antioquia da Síria (11.19-30).
Lucas descreveu acontecimentos que ocorreram na igreja de Antioquia, não apenas continuando o seu registro sobre o ministério de Paulo (Saulo), mas também relatando como as igrejas espalhadas pelas regiões auxiliavam a igreja-mãe em Jerusalém.
A igreja crescia e aqueles que tinham sido dispersos por causa da perseguição devido à morte de Estevão chegaram à Fenícia, Chipre e Antioquia e anunciavam a mensagem de salvação somente aos judeus.
A mão do Senhor era com eles. Embora tivessem sido os homens que pregaram o evangelho, foi a soberania de Deus que os salvou, chamando-os à fé e à conversão ao Senhor (2.38; c-f. Is 55.6-7).
As notícias se espalharam até chegar aos ouvidas da igreja em Jerusalém, que comovidos, enviaram barnabé a Antioquia. Barnabé chegou ali e pode contemplar a graça de Deus e muito se alegrou no Senhor.
Pode ele animá-los a permanecerem fiéis ao Senhor, de todo o coração. Barnabé era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé; e muitas pessoas foram acrescentadas ao Senhor.
Depois disso, Barnabé foi a Tarso procurar Saulo. Quando o encontrou o levou para a Antioquia. Assim, por um ano inteiro, puderam ministrar, pregar, ensinar o povo daquela região. Foi justamente na Antioquia que, pela primeira vez, os discípulos de Jesus foram chamados cristãos.
No Novo Testamento, o termo "cristão" aparece apenas aqui, em 26.28 e em 1 Pe 4.16. Josefo (Antiguidades, 18.64) define o termo como alguém que pertence ou segue a Cristo ("tribos de Cristo").
Pode ter sido um termo que os primeiros cristãos usaram para se distinguirem dos seguidores de outras religiões, ou talvez tenha sido um termo criado pelos inimigos do Cristianismo, com a intenção de escarnecer.
Foi naqueles dias que surgiu um profeta chamado de Ágabo que predisse uma grande fome a caminho do mundo romano que veio a cumprir-se durante o reinado de Cláudio.
Isso motivou os cristãos daquele lugar a enviar ajuda, conforme suas possibilidades, aos irmãos que viviam na Judéia e juntando tudo, entregaram nas mãos de Paulo e Barnabé para enviarem suas ofertas aos presbitérios necessitados.
At 11:1 Chegou ao conhecimento dos apóstolos
e dos irmãos que estavam na Judéia
 que também os gentios haviam recebido a palavra de Deus.
At 11:2 Quando Pedro subiu a Jerusalém,
os que eram da circuncisão o argüiram, dizendo:
At 11:3 Entraste em casa de homens incircuncisos
e comeste com eles.
At 11:4 Então, Pedro passou a fazer-lhes uma exposição por ordem, dizendo:
At 11:5 Eu estava na cidade de Jope orando
e, num êxtase, tive uma visão em que
observei descer um objeto como se fosse um grande lençol
baixado do céu pelas quatro pontas
e vindo até perto de mim.
At 11:6 E, fitando para dentro dele os olhos,
vi quadrúpedes da terra, feras, répteis e aves do céu.
At 11:7 Ouvi também uma voz que me dizia:
Levanta-te, Pedro! Mata e come.
At 11:8 Ao que eu respondi:
de modo nenhum, Senhor;
porque jamais entrou em minha boca
qualquer coisa comum ou imunda.
At 11:9 Segunda vez, falou a voz do céu:
Ao que Deus purificou não consideres comum.
At 11:10 Isto sucedeu por três vezes,
e, de novo, tudo se recolheu para o céu.
At 11:11 E eis que, na mesma hora,
pararam junto da casa em que estávamos
três homens enviados de Cesareia
para se encontrarem comigo.
At 11:12 Então, o Espírito me disse que eu fosse com eles,
sem hesitar.
Foram comigo também estes seis irmãos;
e entramos na casa daquele homem.
At 11:13 E ele nos contou como vira o anjo em pé em sua casa
e que lhe dissera: Envia a Jope e manda chamar Simão,
por sobrenome Pedro,
At 11:14 o qual te dirá palavras mediante
as quais serás salvo,
tu e toda a tua casa.
At 11:15 Quando, porém, comecei a falar,
caiu o Espírito Santo sobre eles,
como também sobre nós, no princípio.
At 11:16 Então, me lembrei da palavra do Senhor, quando disse:
João, na verdade, batizou com água,
mas vós sereis batizados
com o Espírito Santo.
At 11:17 Pois, se Deus lhes concedeu o mesmo dom
que a nós nos outorgou
quando cremos no Senhor Jesus,
quem era eu para que
pudesse resistir a Deus?
At 11:18 E, ouvindo eles estas coisas,
apaziguaram-se
e glorificaram a Deus, dizendo:
Logo, também aos gentios
foi por Deus concedido o arrependimento para vida.
At 11:19 Então, os que foram dispersos por causa da tribulação
que sobreveio a Estêvão
se espalharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia,
não anunciando a ninguém a palavra,
senão somente aos judeus.
At 11:20 Alguns deles, porém,
que eram de Chipre e de Cirene e que foram até Antioquia,
falavam também aos gregos,
anunciando-lhes o evangelho do Senhor Jesus.
At 11:21 A mão do Senhor estava com eles,
e muitos, crendo,
se converteram ao Senhor.
At 11:22 A notícia a respeito deles
chegou aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém;
e enviaram Barnabé até Antioquia.
At 11:23 Tendo ele chegado e, vendo a graça de Deus,
alegrou-se
e exortava a todos a que,
com firmeza de coração,
permanecessem no Senhor.
At 11:24 Porque era
homem bom,
cheio do Espírito Santo
e de fé.
E muita gente se uniu ao Senhor.
At 11:25 E partiu Barnabé para Tarso
à procura de Saulo;
At 11:26 tendo-o encontrado,
levou-o para Antioquia.
E, por todo um ano,
se reuniram naquela igreja
e ensinaram numerosa multidão.
Em Antioquia,
foram os discípulos,
pela primeira vez,
chamados cristãos.
At 11:27 Naqueles dias,
desceram alguns profetas de Jerusalém para Antioquia,
At 11:28 e, apresentando-se um deles, chamado Ágabo,
dava a entender,
pelo Espírito,
que estava para vir grande fome por todo o mundo,
a qual sobreveio nos dias de Cláudio.
At 11:29 Os discípulos,
cada um conforme as suas posses,
resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judéia;
At 11:30 o que eles, com efeito, fizeram,
enviando-o aos presbíteros
por intermédio de Barnabé e de Saulo.
Barnabé então é enviado a Antioquia, mas antes se encontra com Paulo e ambos vão para lá fazerem a obra do Senhor. Lucas ressalta que Barnabé era homem bom, cheio do Espírito Santo e cheio de fé.
Em Antioquia, pela primeira vez os que seguem a Cristo são chamados de cristãos!
Entre eles se destaca Ágabo que fizera uma previsão de fome que viria por todo o mundo. Os discípulos, conforme as suas posses, se organizam e enviam socorro aos irmãos que moravam na Judeia.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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