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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Gálatas 1 1-24 - O EVANGELHO QUE PAULO RECEBEU E PREGOU.

Gálatas foi escrito para auxiliar os cristãos da Galácia a resistir aos falsos mestres que pregavam que só era salvo quem acrescentava à fé em Cristo, o mérito humano da obediência à lei.
Breve síntese do capítulo 1.
Tanta coisa nos chama atenção em Gálatas, mas quero destacar alguns verbos, na sequência que aparecem, do vs. 15 a 17: SEPARAR – CHAMAR – REVELAR – PREGAR – PARTIR. Medite nisso.
Deus separou (escolheu) Paulo desde o ventre e o chamou para revelar nele o Cristo a fim de que ele pregasse e assim, partiu para cumprir sua missão sem consultar ninguém.
E não é assim conosco também? Não foi Deus quem nos separou e nos chamou e revelou a Jesus em nós para pregarmos? E, agora, conhecedores disso, devemos obedecer e partir para lugares e povos que ainda não receberam o evangelho. Deus te abençoe!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
1. PREFÁCIO (1.1-5).
Paulo se identifica como apóstolo de Jesus e saúda os seus leitores. Paulo começa a epístola com uma saudação na qual identifica a si mesmo e os destinatários da carta.
Sabemos, a partir de quinze referências em At 7-13, que Paulo também era conhecido como "Saulo". Contudo, nas cartas reconhecidamente de sua autoria, ele sempre se refere a si mesmo como Paulo, um nome romano comum.
Ele se identificou como apóstolo. Essa palavra significa "mensageiro". Em outra ocasião, Paulo usou-a para se referir ao seu enviado, Epafrodito (Fp 2.25), mas aqui ele emprega o termo para indicar a autoridade oficial de alguém que fala em nome de Cristo (At 1.21-26; 1Co 9.1).
Entre outros apóstolos com autoridade, Deus ordenou a Paulo que estabelecesse a fundação da igreja (1Co 3.10; 9.1; 14.37-38; Ef 2.20; 3.3-5). Sua autoridade procedia do próprio Deus (1.11-2.10).
Ele não era apóstolo de “per-se”, também não da parte de homens, mas por Jesus Cristo. Até mesmo em sua saudação Paulo defende o seu apostolado como sendo de autoridade divina.
Ao fazer distinção entre autoridade humana e divina, ele coloca o nome de Jesus Cristo no lado divino, ainda que Jesus também fosse também humano (cf. vs. 10,12). Na sua saudação o Deus Pai é quem o ressuscitou dos mortos.
Ele, Paulo, assim identificado e seus irmãos companheiros saudavam a igreja de Gálatas com graça e paz. Todas as cartas de Paulo começam com uma referência a essas duas bênçãos de Deus.
·         "Graça" significa "ato de bondade não merecido". Paulo usava essa palavra com mais frequência do que qualquer outro escritor do Novo Testamento e atribuía a ela um significado teológico muito grande.
Ela se refere a tudo o que Deus nos deu em Cristo, sem que fizéssemos algo por merecer e sem condições de retribuir.
·         "Paz" se refere ao relacionamento que Cristo, mediante a sua morte e ressurreição (1.4), estabeleceu entre Deus e aqueles que creem no evangelho.
Quanto aos comentários de Paulo sobre o significado dessas duas palavras, veja Rm 5.1-2.
A graça e a paz eram da parte de Deus Pai e do Filho – Senhor Jesus Cristo, que se entregou a si mesmo (ninguém lhe tirou a vida, mas ele voluntariamente a deu) pelos nossos pecados com um objetivo claro: desarraigar-nos deste mundo perverso.
Essa expressão corresponde a uma designação judaica comum nos dias de Paulo para "esta era", a era do pecado e do julgamento antes da vinda do Messias (a BEG recomenda a leitura e a reflexão de seu excelente artigo teológico "O plano das eras", em Hb 7).
Paulo associava a tradição legalista e pecaminosa de Israel à condição desta era, e chamou a atenção para o fato de Cristo ter vindo libertar o seu povo desta era e de seu legalismo.
Essa expressão introduz o tema principal dessa epístola: os gálatas não devem se desviar do evangelho de Cristo para o legalismo.
Paulo encerra essa epístola com o mesmo tema, referindo-se ao valor da "nova criatura", que excede o da circuncisão (6.15).
II. O PROBLEMA (1.6-10).
Na Galácia, surge um evangelho falso e legalista que prega aos cristãos gentios a necessidade da circuncisão para obter a salvação. Isso era contrário ao evangelho de Paulo, que pregava a justificação exclusivamente pela fé, e qualquer pessoa que ensinasse outra coisa, ou acreditasse em outra coisa, estava correndo sérios riscos.
Paulo identificou imediatamente o problema que afligia os gálatas: eles haviam começado a seguir falsos mestres que ensinavam outro evangelho. Paulo se opôs a esse falso evangelho e condenou aqueles que o seguiam. Ainda hoje há quem pregue outro evangelho e ainda diga que é a terceira revelação de Deus ao mundo – cuidado![1]
A graça de Deus nos alcança por iniciativa e chamado de Deus, e não por causa de qualquer coisa que tenhamos feito para merecê-la (vs. 15; Rm 4.4-8; 8.30; 9.11-13).
Provavelmente esse “alguns” que os perturbavam – vs. 7 - refere-se a cristãos judeus de Jerusalém que insistiam que os gentios deveriam não apenas acreditar em Jesus Cristo para serem salvos, mas também se fazer circuncidar, desse modo assumindo o compromisso de observar as tradições judaicas como o caminho para a salvação (2.3-5,12; 6.12-13).
Muitas nuanças dessa ideia foram espalhadas em grande escala entre os primeiros cristãos judeus (At 15.1; 21.20-21; Fp 3.2-3).
Paulo vai fundo nessa questão e não deixa dúvidas. Seja anátema todo aquele que pregar outro evangelho. Quer dizer "condenado eternamente", significando "separado de Cristo" (Rm 9.3).
Aqui, as costumeiras ações de graças de Paulo foram substituídas pela ameaça de maldição. A repetição da ameaça é um recurso usado para dar ênfase – vs. 8 e 9.
Os que exigem outras coisas além da fé em Jesus Cristo, independentemente de quão impecáveis sejam as suas credenciais, distorcem o evangelho, dando a ele um outro formato. Os pregadores desse falso evangelho estavam sob a condenação de Deus.
Os adversários de Paulo na Galácia atacaram não apenas o evangelho, mas também seu mensageiro, Paulo. Uma das acusações era que Paulo pregava uma forma fácil de evangelho que não exigia circuncisão nem obediência às leis do sábado e da restrição alimentar (4.10; 5.11).
III. RELATOS HISTÓRICOS (1.11-2.21).
Muitos acontecimentos históricos apoiam a afirmação de Paulo de que o evangelho da salvação pela fé, e não pelas obras, é o verdadeiro evangelho de Cristo:
·         Paulo recebeu essa mensagem do evangelho diretamente de Cristo; ela não teve origem humana. Há muitos outros que receberam também outras mensagens (não de Cristo, nem de Deus, nem do Espírito Santo) e fundaram filosofias, ciências e religiões.
Os líderes da igreja em Jerusalém confirmaram que Paulo pregava o verdadeiro evangelho. Paulo até mesmo corrigiu Pedro por causa da hipocrisia deste diante dos cristãos gentios incircuncisos.
Veremos dos vs. 1.11 ao 2.21 esses relatos históricos. Paulo defendeu o seu apostolado e a mensagem do seu evangelho relembrando vários acontecimentos históricos: o seu chamado e treinamento (1.11-17), a sua visita aos líderes de Jerusalém (1.18-2.10) e o seu conflito com Pedro quanto à condição dos gentios (2.11-21). Isso formará nossa divisão proposta, seguindo a BEG: A. Chamado e treinamento (1.11-17) – veremos agora; B. Os líderes de Jerusalém (1.18-2.10) – começaremos a ver agora; e, C. O conflito com Pedro (2.11-21).
A. Chamado e treinamento (1.11-17).
Paulo explicou que havia recebido o seu apostolado e a mensagem do seu evangelho diretamente de Cristo. Paulo se defendeu da acusação de seus adversários, de que havia se rebelado contra os apóstolos de Jerusalém que lhe haviam dado a autoridade que afirmava possuir, dizendo que a sua autoridade procedia somente de Deus, e que os líderes de Jerusalém apenas a confirmaram.
Paulo esclarece que não recebeu o Evangelho de pessoa alguma nem lhe ensinado por homem algum; pelo contrário, ele o recebeu diretamente de Jesus Cristo por revelação – vs. 12; At 9.3-5; 22.6-10; 26.13-18; 1Co 15.8.
A perseguição que Paulo fazia à igreja antes de seu chamado era bastante conhecida entre os primeiros cristãos (At 7.58; 8.3; 9.1-2). O próprio Paulo envergonhava-se profundamente desse seu passado (1Co 15.9), embora considerasse isso como evidência de que a graça de Deus pode vencer até os pecadores mais rebeldes (At 22.4-5; 26.9-11; 1Co 15.10; Fp 3.6-8; 1Tm 1.13-16).
Paulo gostava de mostrar a seus adversários que ser judeu, mesmo um judeu zeloso, não era suficiente para ser salvo. Paulo considerava a sua própria experiência como prova de que o zelo pela lei não pode salvar (Rm 9.30-10.4; 2Co 11.22; Fp 3.4-6).
Paulo evocava conscientemente o chamado de Jeremias (Jr 1.5) e, talvez, do servo de Isaias 49 (Is 49.1,5), os quais foram chamados para serem mensageiros de Deus entre os gentios, como ele.
Paulo estava consciente de que o seu apostolado dava continuidade às tradições proféticas do Antigo Testamento. Paulo ressalta que foi chamado pela sua graça.
O chamado de Paulo para ser apóstolo, assim como a fé que todos os cristãos possuem, era resultado da graça precedente de Deus.
Antes de nascermos, e desse modo, antes que pudéssemos vir a fazer qualquer coisa boa ou má, Deus escolheu nos agraciar com a fé (Rm 9.10-13; Ef 1.4-6). Ninguém pode adquirir o chamado de Deus; é um dom gratuito.
As palavras "gentios” e "nações" – vs. 16 - são traduções do mesmo termo grego. Os escritores judeus usavam essa palavra para se referir a qualquer pessoa que não fosse judia.
Paulo foi chamado para pregar aos gentios (2.9; At 9.15; 22.21; 26.17; Rm 1.5; 15.16), mas não considerou isso como um mandamento para pregar exclusivamente aos gentios.
Em At 13-28 ele muitas vezes pregou aos judeus, e passagens como Rm 1.14-16; 9.1-5;  1Co 9.20 demonstram que ele também se esforçava por evangelizar os judeus.
Obviamente, Paulo se encontrou com Ananias três dias depois de sua conversão (At 9.10-19; 22.12-16). Contudo, a palavra traduzida como "consultei" indica a ação de apresentar algo a alguém ou submeter alguma coisa à aprovação de outra pessoa.
Paulo certamente não consultou Ananias nesse sentido. Antes, o papel de Ananias foi de batizar Paulo e confirmar o seu chamado para pregar aos gentios.
A conversão e o chamado de Paulo aconteceram perto de Damasco (At 9.3; 22.6; 26.12), e ele passou vários dias em Damasco depois da sua conversão (At 9.19).
Jerusalém era o centro cultural e religioso da antiga Israel e das nações vizinhas, bem como o lar de Tiago, Pedro e João, que tiveram uma participação considerável em Atos e Gálatas como líderes da primeira comunidade cristã-judaica nessa cidade (At 2.9).
Paulo enfatizava que o seu chamado para pregar aos gentios procedia de Deus, e não dos líderes da igreja de Jerusalém.
A Arábia era governada pelo rei nabateu Aretas IV, que disputava com Roma o controle de Damasco. Na época da conversão de Paulo, o governo de Aretas controlava a cidade e, aparentemente, fornecia auxilio a judeus irritados em seus esforços para assassinar Paulo (At 9.23-25; 2Co 11.32-33).
B. Os líderes de Jerusalém (1.18-2.10).
Dos vs. 1.18 ao 2.10, veremos a questão dos líderes de Jerusalém. Paulo confirma a sua autoridade como apóstolo ao relatar o seu relacionamento com os apóstolos em Jerusalém.
Paulo relembra – vs. 18 ao 24 - o seu encontro inicial com Pedro e Tiago e a calorosa recepção que o seu apostolado recebeu das igrejas.
Os três anos que ele fala – vs. 18 - refere-se aos "muitos dias" de At 9.23. Paulo menciona esse período para mostrar que o seu treinamento sob a tutela de Cristo foi comparável ao treinamento que os outros apóstolos receberam durante os três anos do ministério terrestre de Cristo.
A primeira viagem de Paulo a Jerusalém depois de sua conversão (At 9.26-30) foi para Jerusalém para avistar-se com Cefas. Essa frase traduz uma palavra que significa fazer uma visita a alguém com o propósito de obter informações dessa pessoa.
Paulo pode ter entrevistado Pedro sobre a vida e os ensinamentos de Jesus durante aqueles quinze dias que ficou com ele – vs. 18. Cefas era o nome aramaico de Pedro que Paulo usa no grego. Tanto Cefas quanto Pedro significam "pedra'.
Ele também não vira outro apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor – vs. 19. (Veja Mt 13.55; Mc 6.3).
Devemos fazer distinção entre esse Tiago e o discípulo de Jesus que esteve com frequência associado com Pedro e João nos Evangelhos e que foi assassinado por Herodes durante os primeiros dias da igreja (At 12.2). “Tiago, o irmão do Senhor" não creu em Jesus no início (Jo 7.5), mas se converteu mais tarde talvez como resultado de ter visto o Senhor ressurreto (1Co 15.7).
Ele somente viu esses dois apóstolos e dali seguiu para a Síria e a Cilicia. (Veja At 9.30). Paulo retomou a Tarso (At 9.11; 21.39; 22.3), a cidade mais importante da Cilicia. A Cilicia oriental, a região onde se localizava a cidade de Tarso, estava sob a administração da província romana da Síria no inicio do século 1.
A junção dessas duas regiões por Paulo está rigorosamente correta.
Paulo poderia estar se referindo – vs. 22 -, quando diz que não era conhecido pessoalmente, à provinda romana da Judeia que incluía a Judeia bíblica, Samaria e Galileia, ou à região menor da Judeia bíblica. Jerusalém estava localizada na Judeia bíblica.
Gl 1:1 Paulo, apóstolo,
                não da parte de homens,
                nem por intermédio de homem algum,
                               mas por Jesus Cristo
                               e por Deus Pai,
                                               que o ressuscitou dentre os mortos,
Gl 1:2 e todos os irmãos meus companheiros,
                às igrejas da Galácia,
                               Gl 1:3 graça a vós outros
                               e paz,
                                               da parte de Deus, nosso Pai,
                                               e do [nosso] Senhor Jesus Cristo,
                                                               Gl 1:4 o qual se entregou a si mesmo
                                                                              pelos nossos pecados,
                                                               para nos desarraigar deste mundo perverso,
                                                               segundo a vontade de nosso Deus e Pai,
Gl 1:5 a quem seja a glória  
pelos séculos dos séculos. Amém!
Gl 1:6 Admira-me que estejais passando tão depressa
                daquele que vos chamou na graça de Cristo
                               para outro evangelho,
                               Gl 1:7 o qual não é outro,
                               senão que há alguns que vos perturbam
                               e querem perverter
                                               o evangelho de Cristo.
Gl 1:8 Mas, ainda que nós
                ou mesmo um anjo vindo do céu
                               vos pregue evangelho
                                               que vá além do que vos temos pregado,
                                                               seja anátema.
Gl 1:9 Assim, como já dissemos, e agora repito,
se alguém vos prega evangelho
                que vá além daquele que recebestes,
                               seja anátema.
Gl 1:10 Porventura, procuro eu, agora,
                o favor dos homens ou o de Deus?
                Ou procuro agradar a homens?
                               Se agradasse ainda a homens,
                                               não seria servo de Cristo.
Gl 1:11 Faço-vos, porém, saber, irmãos,
                que o evangelho por mim anunciado
                               não é segundo o homem,
                               Gl 1:12 porque eu não o recebi,
                               nem o aprendi de homem algum,
                                               mas mediante revelação de Jesus Cristo.
Gl 1:13 Porque ouvistes qual foi o meu proceder outrora no judaísmo,
como sobremaneira
                perseguia eu a igreja de Deus
                e a devastava.
Gl 1:14 E, na minha nação, quanto ao judaísmo,
                avantajava-me a muitos da minha idade,
                sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.
Gl 1:15 Quando, porém,
                ao que me separou
                               antes de eu nascer
                e me chamou
                               pela sua graça,
                aprouve Gl 1:16 revelar
                               seu Filho em mim,
                                               para que eu o pregasse
                                                               entre os gentios,
                                               sem detença, não consultei carne e sangue,
                                               Gl 1:17 nem subi a Jerusalém para os que
já eram apóstolos antes de mim,
                                                               mas parti para as regiões da Arábia
                                                               e voltei, outra vez, para Damasco.
Gl 1:18 Decorridos três anos, então,
                subi a Jerusalém para avistar-me com Cefas
                               e permaneci com ele quinze dias;
                Gl 1:19 e não vi outro dos apóstolos,
                               senão Tiago, o irmão do Senhor.
Gl 1:20 Ora, acerca do que vos escrevo,
                eis que diante de Deus testifico que não minto.
Gl 1:21 Depois, fui para as regiões da Síria e da Cilícia.
Gl 1:22 E não era conhecido de vista das igrejas da Judéia,
                que estavam em Cristo.
Gl 1:23 Ouviam somente dizer:
                Aquele que, antes, nos perseguia, agora,
                               prega a fé
                                               que, outrora, procurava destruir.
Gl 1:24 E glorificavam a Deus a meu respeito.
O último verso do capítulo primeiro fala de PREGAR A FÉ! Você tem sido reconhecido por ser aquele que prega a fé? Se não, acho melhor você rever suas crenças, valores e objetivos.
O evangelho: O que é a salvação e como obtê-la?[2]
A Bíblia ensina que existe uma mensagem de boas-novas para todos os que se arrependem e creem em Jesus Cristo como seu Salvador. No entanto, ao lermos a Bíblia encontramos várias sínteses legítimas (Mt 4.23; Mc 1.15; At 2.1 4-3 8) e ilegítimas (Cl 1.9; Jd 3-1 9) desse ensinamento fundamental. Infelizmente, muitos cristãos se tornam complacentes e empregam somente uma síntese do evangelho, sem perceber que essa visão limitada restringe não apenas o grupo de pessoas ao qual podem levar o evangelho, mas também o grau de aplicação do mesmo na sua própria vida.
A expressão mais plena da mensagem do evangelho se encontra em Jesus Cristo, o Verbo que se fez carne. Jesus Cristo, o Filho de Deus, se tornou homem fisicamente e desceu à terra para anunciar as boas-novas de que o reino prometido de Deus havia chegado. É essa notícia do reino que constitui a base da mensagem do evangelho (veja o artigo teológico "O reino de Deus", em Mt 4). Ao estabelecer o reino por meio de sua morte, ressurreição e ascensão (Lc. 9.21-36; At 1.1-11), Jesus viveu o conteúdo da mensagem do evangelho - uma mensagem que deveria ser anunciada ao mundo inteiro (Jo 1.1-14; At 2.2 2ss).
Mas qual é, exatamente, a mensagem do evangelho? Podemos sintetizá-la da seguinte maneira: Deus ofereceu aos pecadores um modo de escapar do castigo eterno que os aguarda. Se tivermos verdadeira consciência do nosso pecado e situação miserável e compreendermos a misericórdia de Deus em Cristo Jesus, e se nos afastarmos do pecado com arrependimento e tristeza e aceitarmos a Cristo, confiando somente nele para a nossa salvação, seremos poupados da ira justa de Deus contra os pecadores. Em vez de experimentarmos essa ira, seremos unidos com Jesus, nossos pecados serão perdoados, Deus nos considerará justos aos seus olhos e nos abençoará abundantemente por toda a eternidade (BC 86,87; CM 72).
Por vezes, os cristãos podem supor equivocadamente que muitas outras doutrinas também são essenciais para a mensagem do evangelho, mas em nenhuma passagem a Bíblia indica que devemos possuir uma teologia madura antes de sermos salvos. Antes, as Escrituras demonstram com frequência a necessidade de apenas um conhecimento mínimo para se ter a fé salvadora (Lc 23.3 9-4 3„At 10.34-43; 16.25-34). Outros se enganam ao pensar que o evangelho só precisa ser ouvido pelos perdidos. Na verdade, todo cristão deve renovar constantemente a sua confiança nas verdades do evangelho e, por meio da fé e do arrependimento contínuos (Fp 1.25; Cl 1.23; 310 3), ser transformado cada vez mais pelo poder do evangelho.
Todos os cristãos são chamados a dar testemunho das boas-novas da obra de Deus em sua vida onde quer que estejam, e não apenas em ambientes seguros (Mt 2 8.1 9-2 O; At 1.8; 4.20; 5.27-29; 8.4). Porém, nem todos sabem como fazer essa proclamação. Um modo de comunicar as verdades do evangelho é começar relatando em poucas palavras a operação de Deus em nossa própria vida e, depois, apresentar uma síntese do conteúdo do evangelho apropriada para a situação em questão. Se alguém está lutando com uma sensação clara de falta de sentido na vida, podemos mostrar a essa pessoa como a fé em Deus implica crer que Deus enviou Jesus Cristo ao mundo para oferecer uma vida nova e abundante (Jo 7.37-38; 10.10; Cl 5.22). Se alguém está se debatendo com suas próprias fraquezas, podemos demonstrar que a fé no Deus da Bíblia nos dá o poder de superar a solidão e a tensão, o medo das pessoas e/ou do futuro e até mesmo maus hábitos que parecem impossíveis de quebrar (1Co 6.9-11; I Jo 4.18). Ou, se alguém se sente separado de Deus, podemos confirmar a realidade dessa alienação (Rm 3.23; 6.23), acrescentando a garantia de que Deus proveu uma solução em Cristo (Rm 5; 1Co 1.30; 1Jo 1.7).
Se Deus lhe conceder a oportunidade de dar sequencia a essa apresentação do evangelho convidando a pessoa a reconhecer sua necessidade, e arrepender-se de seus pecados, orar a Deus pedindo perdão e aceitando a Jesus como Senhor e Salvador, não a desperdice! É pelo poder do Espirito Santo, combinado tom o evangelho poderoso da graça que Deus chama os eleitos para si.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.


[2] Extraído, literalmente, da BEG – artigo teológico referente à Galatas 1.
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

DIA NACIONAL DE PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO

Caríssimos Irmãos e amigos,

Graça e Paz!

Levo ao conhecimento de todos que foi publicado no Diário Oficial da União de hoje (13/01/2016) a Lei que institui o dia 31 de outubro como Dia Nacional da Proclamação do Evangelho: 




Institui o dia 31 de outubro como Dia Nacional da Proclamação do Evangelho e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o  Fica instituído o dia 31 de outubro de cada ano como Dia Nacional da Proclamação do Evangelho.
Art. 2o  No dia 31 de outubro dar-se-á ampla divulgação à proclamação do Evangelho, sem qualquer discriminação de credo dentre igrejas cristãs.
Art. 3o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 12 de janeiro de 2016; 195o da Independência e 128o da República.
DILMA ROUSSEFF

Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.1.2016

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Cordialmente,

Rev. Aluísio Laurindo da Silva
Secretário Executivo da Aliança Pró Capelania Militar Evangélica do Brasil - ACMEB

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ANÁLISE DO KARDECISMO (p/ Rev. Augustus Nicodemus Lopes)

Vamos aprender um pouco?

Quais as diferenças entre o cristianismo histórico, bíblico, e o espiritismo kardecista? Veja este vídeo.

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A busca de todos os kardecistas não é a verdade? Não é considerado a terceira revelação de Deus o surgimento da doutrina dos espíritos? Não é ele considerado o Consolador que haveria de vir? 

A verdade, a justiça e o amor estão nessa doutrina? De onde tiram suas conclusões? São os espíritos confiáveis? Você precisa de buscar luz para dissipar todas as trevas, mas podem eles te mostrarem os caminhos? É melhor pensar um pouco mais... 

Somos contra a caridade e as boas obras? Jamais! Que eu seja cada vez mais incentivado por qualquer um a fazer mais e mais obras e que eu faça mais e mais obras; no entanto, todo esforço que eu fizer por fazer as minhas obras, ainda assim isso será insuficiente para o que Deus requer de mim nessa área. Se é insuficiente, deixarei de praticar boas obras? Jamais! Praticarei ainda mais e mais; no entanto, nossa salvação e aperfeiçoamento ou evolução não vem disso, nem pode vir!

Quem pratica obras, caridade e amor, esperando paga ou recompensa por isso, já recebeu a sua recompensa. O que está por trás de nossas atitudes, se não as nossas crenças? Você pratica o amor por interesse? Ou é Deus quem nos move a isso?

Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado; E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;
A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.
E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade. (
2 Tessalonicenses 2:7-12).
...




II Coríntios 13 1-14 - A BÊNÇÃO APOSTÓLICA.

Ressaltamos que II Coríntios foi escrita para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo a parte IV, cap. 13/13.
Breve síntese do capítulo 13.
Você reconhece que Jesus Cristo está em ti? Ora, Jesus Cristo está em mim. Veja o que Paulo fala e ainda que há os reprovados, ou seja, aqueles que não o reconhecem, não o conhecem.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. DEFESA CONTRA OS FALSOS APÓSTOLOS (10.1-13.10) – continuação.
Como dissemos, veremos doravante de 10.1 a 13.10 como Paulo lidou com o problema dos falsos apóstolos (11.13) que haviam se oposto à sua autoridade.
O assunto foi dividido, conforme a BEG, em três seções: A. Poder espiritual (10.1-12) – já vimos; B. Os motivos de Paulo para gloriar-se (10.13-12.21) – já vimos; e, C. Advertência (13.1-10) – veremos agora.
C. Advertência (13.1-10).
Paulo fala que essa era a sua terceira visita a eles e agora faz uma advertência. Paulo estava tão profundamente preocupado com o bem-estar da igreja de Corinto que fez sérias advertências para encorajar a obediência dos membros.
Tudo Paulo fazia pelo bem dos crentes, por isso que está escrito em Gálatas 4.19 que ele se gastava e se deixava gastar até que Cristo fosse formado em cada um deles.
Hodiernamente, nos parece bem diferente por causa dos inúmeros ministérios existentes e cada um, no máximo, cuida de seu próprio ministério e não se preocupa com o crescimento dos outros crentes, seus irmãos.
Paulo citou Dt 19.15 aqui ao dizer que toda questão precisa ser confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas. A expressão "duas ou três testemunhas" não se refere, provavelmente, às duas ou três visitas de Paulo a Corinto (porque ele ainda era somente uma testemunha).
Em vez disso, é mais provável que se trate de um lembrete de que, quando ele chegasse, todas as acusações contra os crentes cristãos seriam consideradas com justiça e tratadas de uma maneira justa.
Cristo falava por intermédio de Paulo e isso ele quis deixar bem claro. Cristo fala. Uma forte afirmação da autoridade apostólica de Paulo. O próprio Cristo, falando por intermédio de Paulo, silenciaria poderosamente quaisquer ofensores.
A vida de Paulo (assim como a de todos os cristãos) era unida com Cristo em sua morte e ressurreição, e Paulo continuava a compartilhar o poder da ressurreição de Cristo (a BEG recomenda aqui a leitura e reflexão de seu excelente artigo teológico "A união com Cristo", em Gl 6).
Quando aqueles que professam a fé cristã caem num erro do nível que muitos dos coríntios haviam caído, eles precisam examinar a própria vida em busca de evidências da salvação.
Essas evidências incluiriam:
·         Dependência sincera de Cristo (Cl 1.23; Hb 3.6; 1 Pe 1.5).
·         Uma vida moralmente transformada, resultando na obediência a Deus (Mt 7.21; 1Jo 2.3-6,29; 3.6,9-10; 5.1-3,18).
·         Crescimento contínuo em santificação (1 Pe 1.5-11; I Jo 3.3).
·         A presença do fruto do Espírito em suas vidas (Cl 5.22-23), incluindo amor pelos outros cristãos (I Jo 3.14; 4.7).
·         Fruto positivo na vida de outros como um resultado de sua influência (Mt 7.15-20; Mc 4.20; Jo 15.1-8).
·         Aceitação fiel do ensinamento apostólico (1Jo 4.6,15).
·         O testemunho do Espírito Santo neles (2m 8.15-16; I Jo 4.13).
Paulo não acreditava, quando dizia “Se não é que já estais reprovados”, que eles poderiam perder a salvação. Ele não estava afirmando que os coríntios poderiam perder a salvação eterna uma vez que eles a possuíam (a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico “A perseverança e a preservação dos santos", em Fp 1).
Em vez disso, ele escreveu para toda a igreja em Corinto, que incluía tanto crentes como descrentes, para confirmar a seus leitores a posição que eles tinham diante de Cristo, mas advertindo-os de que a reprovação no teste de viverem em fidelidade e lealdade a Cristo provaria que eles não estavam verdadeiramente nele (mais uma vez a BEG recomenda leitura e reflexão em seu excelente artigo teológico "A igreja visível e a igreja invisível", 1 Pe 4).
O crente perde a salvação? Obviamente que não, quem perde não é o crente, mas o perdido, este perde, aliás, nunca a obteve. É só raciocinar da forma contrária à de costume.
Em nossa mente, vamos até o dia final, o dia do julgamento, onde serão separados o trigo e o joio. Nele haverá o público salvo e o não salvo. O salvo será separado para o céu e o perdido para o Lago de Fogo, onde estarão o diabo, seus anjos e todos os seus seguidores.
Eu pergunto, entre o público final dos céus, há algum perdido? Óbvio que não. Todos os que se perdem ou os perdidos estão em outro lugar. Precisa ainda explicar?
O objetivo de Paulo era a edificação e não destruir – vs. 10. Assim como todos os dons do Espírito (1Co 12.7), o apostolado de Paulo tinha como objetivo o fortalecimento da igreja. Consequentemente, Paulo preferia encorajar em vez de condenar. Entretanto, ele sabia que em algumas circunstâncias era necessário ser "firme".
V. SAUDAÇÕES FINAIS E BÊNÇÃO (13.11-13).
Paulo terminou a epístola com palavras positivas de esperança para a igreja em Corinto.
Dos vs. 11 ao 13, são feitas saudações e bênçãos finais. Paulo concluiu essa epístola com algumas palavras finais de encorajamento e uma bênção.
O “todos os santos” – vs. 12 - refere-se aos cristãos na igreja da qual Paulo estava escrevendo, provavelmente Filipos, mas talvez Tessalônica ou Sereia.
A saudação que todos enviavam – vs. 13, 14 - era uma antiga afirmação da Trindade, com frequência usada como uma bênção que hoje é chamada de bênção apostólica em nossas igrejas: A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês.
II Co 13:1 Esta é a terceira vez que vou ter convosco.
Por boca de duas ou três testemunhas,
                toda questão será decidida.
II Co 13:2 Já o disse anteriormente e torno a dizer,
                como fiz quando estive presente pela segunda vez;
                               mas, agora, estando ausente, o digo
                                               aos que, outrora, pecaram
                                               e a todos os mais que, se outra vez for,
não os pouparei,
II Co 13:3 posto que buscais prova de que,
                em mim, Cristo fala,
                               o qual não é fraco para convosco;
                               antes, é poderoso em vós.
II Co 13:4 Porque, de fato,
                foi crucificado em fraqueza;
                               contudo, vive
                                               pelo poder de Deus.
                Porque nós também somos fracos nele,
                               mas viveremos, com ele, para vós outros
                                               pelo poder de Deus.
II Co 13:5 Examinai-vos a vós mesmos
                se realmente estais na fé;
provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis
                que Jesus Cristo está em vós?
                               Se não é que já estais reprovados.
                                               II Co 13:6 Mas espero reconheçais
que não somos reprovados.
II Co 13:7 Estamos orando a Deus
                para que não façais mal algum,
                não para que, simplesmente, pareçamos aprovados,
                               mas para que façais o bem,
                                               embora sejamos tidos como reprovados.
II Co 13:8 Porque nada podemos
                contra a verdade,
                               senão em favor da própria verdade.
II Co 13:9 Porque nos regozijamos
                quando nós estamos fracos e vós, fortes;
e isto é o que pedimos:
                o vosso aperfeiçoamento.
II Co 13:10 Portanto, escrevo estas coisas,
                estando ausente, para que, estando presente,
                               não venha a usar de rigor segundo a autoridade
que o Senhor me conferiu
                                               para edificação
                                               e não para destruir.
II Co 13:11 Quanto ao mais, irmãos,
                adeus!
Aperfeiçoai-vos,
consolai-vos,
sede do mesmo parecer,
vivei em paz;
                e o Deus de amor
                e de paz estará convosco.
II Co 13:12 Saudai-vos uns aos outros
                com ósculo santo.
Todos os santos vos saúdam.
II Co 13:13 A graça do Senhor Jesus Cristo,
e o amor de Deus,
e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.
II Coríntios termina com a famosa bênção apostólica que ouvimos, praticamente, todas as vezes que vamos a um culto. São 3 palavras poderosas que não podem faltar em nós: GRAÇA – AMOR – COMUNHÃO.
A graça aponta para nosso relacionamento com Deus e com nossos irmãos onde deve triunfar o perdão.
O amor aponta para o relacionamento com nossos irmãos e com Deus de forma completa, pois Deus é amor e nós devemos refletir o que Deus é.
A comunhão aponta para relacionamento também onde devemos nos suportar uns aos outros em nossa caminhada rumo à nossa pátria celestial.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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