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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

II Coríntios 8 1-24 - CONTRIBUIR? ELES CONSIDERAVAM ISSO UM PRIVILÉGIO E VOCÊ?

Ressaltamos que II Coríntios foi escrita para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo a parte III, cap. 8/13.
Breve síntese do capítulo 8.
Eu acredito que nós cristãos estejamos sem uma liderança mundial, apostólica, católica (no sentido de um universal), para o nosso próprio bem.
Se já com tantos ministérios existentes independentes, temos tantos problemas com riquezas e dinheiro, imagina tudo concentrado nas mãos de atuais “apóstolos”? Nem quero pensar.
Quem cuida das coisas de Deus acaba tendo que cuidar de muita grana, mas muita mesmo. O que fazer com elas (com as riquezas) para não se contaminar e também não desprezar aquilo que Deus está nos confiando?
Fugir, não é o caminho. Ignorar, é uma péssima escolha. Aquele que está à frente de uma grande obra, precisa ser um mordomo fiel, tanto na presença dos homens, quanto diante de Deus.
Veja o capítulo 8 de II Coríntios segmentado e a preocupação de Paulo no tocante a este assunto.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A OFERTA PARA OS CRISTÃOS EM JERUSALÉM (8.1-9.15)
Os coríntios não haviam terminado de fazer a coleta da oferta para os pobres da igreja de Jerusalém. Paulo relembrou-os do privilégio que eles tinham, como o corpo de Cristo, de cuidar dos crentes em Jerusalém.
Nesse ponto, Paulo mudou para um tópico muito importante nessa epístola: a coleta de dinheiro para os crentes pobres em Jerusalém (veja também At 18.21-22; Rm 15.25-28; 1Co 16.1-4).
Sua discussão é dividida em três partes: o exemplo dado pelos crentes da Macedônia (8.1-7), o exemplo de Jesus (8.8-9) e a pedido moderado de ajuda (8.10-9.15). Elas gerarão a seguinte divisão que estaremos seguindo doravante: A. O exemplo da Macedônia (8.1-7) – veremos agora; B. O exemplo de Jesus (8.8-9) – veremos agora; e, C. Um pedido razoável (8.10-9.5) – começaremos a ver agora também.
A. O exemplo da Macedônia (8.1-7).
Paulo começou o seu apelo por assistência financeira para a igreja em Jerusalém dizendo aos coríntios o quão generosamente os crentes da Macedônia haviam doado.
Isso aconteceu em decorrência da graça de Deus a eles. A habilidade deles em dar dinheiro para ajudar outros cristãos em necessidade foi um resultado da graça de Deus, porque Deus havia concedido tanto os recursos como o desejo de doar às igrejas da Macedônia: Filipos, Tessalônica e Bereia.
O que se depreende da leitura do texto é que eles não doaram do que sobrava, antes foi no meio da mais severa tribulação. Duas coisas se destacam aí: uma grande alegria em ajudar; e uma extrema pobreza (falta de recursos), mas isso não os impediu de generosamente ofertar e isso foi uma rica generosidade, sem igual.
Eles, de boa vontade, se mostraram voluntários. Paulo motivou os coríntios ao elogiar (vs. 2) as igrejas pobres na Macedônia (no norte da Grécia) pela generosidade delas quando à igreja comparativamente rica (vs. 14) de Corinto (na Acaia, no sul da Grécia) não havia ainda dado a sua contribuição.
Havia neles um prazer em querer ofertar e ajudar, pois assim consideravam isso um privilégio poder participar da assistência aos santos – vs. 4.
Paulo esperava cooperação, mas isso superou as suas expectativas. Eles não somente fizeram como nós esperávamos – vs. 5 – foram muito mais além do que o esperado. Deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor. Eles dedicaram novamente suas vidas ao serviço do Senhor, a obedecer a Paulo e a compartilhar do seu ministério.
A igreja em Corinto era forte de muitas maneiras. Seus membros tinham muitos dons espirituais (1 Co 12-14), incluindo grande fé, sabedoria, dons de língua, zelo e amor.
Repare que o destaque deles foi em tudo – vs. 7:
·         Na fé.
·         Na palavra.
·         No conhecimento.
·         Na dedicação completa.
·         No amor que tinham por eles.
Destarte, Paulo pede, finalmente que eles se destaquem também neste privilégio de contribuir.
B. O exemplo de Jesus (8.8-9).
Nos vs. 8 e 9, ele fala do exemplo de Jesus. Paulo apelou em seguida para o exemplo do auto sacrifício de Jesus como motivação para que eles ajudassem a igreja em Jerusalém.
Paulo preferia que a doação fosse voluntária. Embora tivesse grande autoridade, preferia pedir em vez de exigir (p. ex., Fm 8-9). Aqui está um bom padrão para todas as autoridades seguirem.
Na glória e na honra que eram eternamente dele no céu, Jesus Cristo se fez pobre. Ele desistiu de sua glória no céu para viver, sofrer e morrer como uni homem. Os coríntios, como Cristo, deveriam dar a si mesmos para a causa de outros. Também nós os crentes atuais do século XXI, não é mesmo?
C. Um pedido razoável (8.10-9.5).
Deste ponto em diante, de 8.10 a 9.15, veremos um apelo razoável. Na análise final, Paulo havia pedido muito pouco para os coríntios. Ele os incentivou com um programa razoável e prático para coletar fundos para Jerusalém.
Eles haviam começado a dar de acordo com as instruções de Paulo em 1 Co 16.1-3.
Assim como em toda a vida cristã, assim é no dar: as ações precisam acontecer por bons motivos e os bons motivos devem ser demonstrados pelas ações.
Assim como a oferta da viúva pobre em Mc 12.41-44, assim é aqui. A intensidade do desejo do doador e o desejo de dar generosamente é agradável a Deus, mesmo quando o presente é pequeno porque o doador é pobre.
Isso não é feito segundo o que ele não tem. Uma advertência contra dar ou prometer dar uma quantia de dinheiro maior do que os próprios recursos ou habilidades, esperando que Deus pagará de volta a quantia.
Isso é testar Deus (Lc 4.12). As pessoas devem dar na medida em que Deus as capacita (1 Co 16.2). Mesmo assim o outro (e mais ainda comum) erro é a falha em dar imediatamente e generosamente quando Deus providencia uma renda adicional.
O segredo não é a coisa nem a quantia, mas a boa mente, o culto racional a Deus pela oferta, a fé e o amor. O pouco com Deus é muito e o muito, sem Deus, não é nada. Ou seja, o recurso e a coisa não são feitas pela quantidade, mas pelas bênçãos de Deus.
O que é mais importante para uma igreja beneficiada que também presta assistência social, diante de Deus? Uma enorme quantia de 280 milhões de oferta ou uma pequena e abençoada oferta de 200,00 reais? Deus, por acaso, precisa de dinheiro? A igreja precisa de dinheiro? Sim, com certeza, ela precisa de recursos financeiros, mas, em primeiro lugar, ela precisa muito mais de Deus do que do bem, da provisão.
O desejo de Paulo não era aliviar ou sobrecarregar ninguém, mas que houvesse igualdade – vs. 13. A palavra traduzida "igualdade" pode significar "justiça" que é o significado que ela toma em Cl 4.1. Isso clama por equidade em vez de estritamente igualdade.
Em nenhum outro lugar nos escritos de Paulo ele indicou que queria que todos os cristãos tivessem posses iguais ou lucros iguais. Aqui ele expressou o desejo de que deveria haver uma distribuição justa na tarefa de cuidar dos pobres.
Paulo cita as Escrituras no vs. 15. Ele se referiu a Êx 16.18, que diz aqueles que juntavam mais maná compartilhavam com aqueles que juntavam menos; ele aplicou esse princípio aos coríntios, que deveriam compartilhar com aqueles que estavam em necessidade.
Paulo enviou Tito de volta para Corinto antes dele. Com Tito, ele enviou um irmão cujo louvor no evangelho estava espalhado por todas as igrejas. Esse irmão cristão não é identificado aqui.
Essa pode ser uma referência ao companheiro frequente de Paulo que era Lucas (o nome mais proposto comumente), mas Barnabé e Tíquico (At 20.4) também têm sido propostos, assim como muitos outros. Não há informações suficientes para que uma identificação definitiva possa ser feita.
Também esse irmão tinha sido eleito pelas igrejas. Isso sugere algum papel congregacional na eleição dos representantes para acompanharem Paulo.
Percebe-se que a motivação de Paulo era a glória do próprio Senhor e também demonstrar a disposição deles para com os coríntios. A doação de dinheiro e a administração apropriada dessa oferta não é mundana ou não espiritual, porque em si mesma ela honra o Senhor.
Paulo tinha o mais alto nível de integridade pessoal e sabedoria prática. Ele desejava certificar aos coríntios que não iria usar de maneira incorreta nem mesmo uma ínfima parte da oferta que seria enviada a Jerusalém.
Ele insistiu para que representantes confiáveis de diversas igrejas o acompanhassem (At 20.4), a fim de evitar a aparência de algum tipo de má ação. Esses homens também providenciariam proteção para Paulo contra ladrões ou judeus hostis (At 20.3).
A identidade do irmão do vs. 22 também não é conhecida. O que se sabe dele é que ele era muito dedicado, principalmente por causa da grande confiança que ele tinha neles.
A doação dos coríntios seria conhecida não somente por Deus, mas também por muitas outras igrejas. Isso permitiria que outros cristãos adorassem a Deus pelos bons feitos realizados por meio dos crentes de Corinto, assim como Paulo e seus companheiros de trabalho ficaram orgulhosos da boa obra que Deus havia realizado e continuava a realizar na igreja de Corinto.
II Co 8:1 Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus
                concedida às igrejas da Macedônia;
II Co 8:2 porque, no meio de muita prova de tribulação,
                manifestaram abundância de alegria,
e a profunda pobreza deles
                superabundou em grande riqueza da sua generosidade.
II Co 8:3 Porque eles, testemunho eu,
                na medida de suas posses
                e mesmo acima delas,
                               se mostraram voluntários,
                               II Co 8:4 pedindo-nos,
                                               com muitos rogos, a graça de participarem
da assistência aos santos.
II Co 8:5 E não somente fizeram como nós esperávamos,
                mas também deram-se a si mesmos
                               primeiro ao Senhor,
                               depois a nós,
                                               pela vontade de Deus;
II Co 8:6 o que nos levou a recomendar a Tito que,
                como começou,
                               assim também complete esta graça entre vós.
II Co 8:7 Como, porém,
                em tudo,
                               manifestais superabundância,
                                               tanto na fé
                                               e na palavra
                                               como no saber,
                                               e em todo cuidado,
                                               e em nosso amor para convosco,
                                               assim também
                                                               abundeis nesta graça.
II Co 8:8 Não vos falo na forma de mandamento,
                mas para provar,
                               pela diligência de outros,
                                               a sinceridade do vosso amor;
II Co 8:9 pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo,
                que, sendo rico,
                               se fez pobre por amor de vós,
                                               para que, pela sua pobreza,
                                                               vos tornásseis ricos.
II Co 8:10 E nisto dou minha opinião;
pois a vós outros, que, desde o ano passado,
principiastes não só a prática, mas também o querer,
                                               convém isto.
II Co 8:11 Completai, agora,
                a obra começada, para que,
                               assim como revelastes prontidão no querer,
                               assim a leveis a termo,
                                               segundo as vossas posses.
II Co 8:12 Porque, se há boa vontade,
                será aceita conforme o que o homem tem
e não segundo o que ele não tem.
II Co 8:13 Porque não é para que os outros tenham alívio, e vós, sobrecarga;
                mas para que haja igualdade,
                               II Co 8:14 suprindo a vossa abundância,
                                               no presente,
                                                               a falta daqueles,
                               de modo que a abundância daqueles
                                               venha a suprir a vossa falta,
                               e, assim,
                                               haja igualdade,
II Co 8:15 como está escrito:
                O que muito colheu não teve demais;
                e o que pouco, não teve falta.
II Co 8:16 Mas graças a Deus,
                que pôs no coração de Tito
                               a mesma solicitude por amor de vós;
                II Co 8:17 porque atendeu ao nosso apelo
                e, mostrando-se mais cuidadoso,
                               partiu voluntariamente para vós outros.
                               II Co 8:18 E, com ele, enviamos o irmão
                                               cujo louvor no evangelho
                                                               está espalhado por todas as igrejas.
                               II Co 8:19 E não só isto, mas foi também eleito pelas igrejas
                                               para ser nosso companheiro
                                                               no desempenho desta graça                                                                                                          ministrada por nós,
                                                               para a glória do próprio Senhor
                                                               e para mostrar a nossa boa vontade;
                II Co 8:20 evitando, assim,
                               que alguém nos acuse em face desta generosa dádiva
administrada por nós;
                II Co 8:21 pois o que nos preocupa
                               é procedermos honestamente,
                               não só perante o Senhor,
                               como também diante dos homens.
II Co 8:22 Com eles, enviamos nosso irmão
                cujo zelo,
                               em muitas ocasiões
                              
                               e de muitos modos,
                                               temos experimentado;
agora, porém,
                se mostra ainda mais zeloso
                               pela muita confiança em vós.
II Co 8:23 Quanto a Tito,
                é meu companheiro
                e cooperador convosco;
quanto a nossos irmãos,
                são mensageiros das igrejas
                e glória de Cristo.
II Co 8:24 Manifestai, pois,
                perante as igrejas,
                               a prova do vosso amor
                               e da nossa exultação
                                               a vosso respeito
                                                               na presença destes homens.
Este capítulo falou de ofertas, de doações, de fidelidade, de boa vontade para ofertar e contribuir e, principalmente, de igualdade, como em um comunismo perfeito e teórico onde tudo é comum e todos tem tudo igual.
Por que os evangélicos não têm uma liderança mundial, apostólica, universal? Creio que isso é a própria providência divina para que não haja contaminação política e acumulação de riquezas em nome de Cristo.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

II Coríntios 7 1-16 - APRENDA A SEPARAR A GRAÇA DA RESPONSABILIDADE HUMANA.

Ressaltamos que II Coríntios foi escrita para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo a parte II, cap. 7/13.
Breve síntese do capítulo 7.
Ele começa nos falando das promessas de Deus e dos papéis ativos que devemos ter diante disso, ou seja, devemos nos aperfeiçoar sempre e buscar a santidade.
Seria isso como aprender a separar a graça da responsabilidade humana. Graça é o favor imerecido da parte de Deus que somente ele pode fazer e responsabilidade humana é o que podemos e devemos fazer nesse processo.
Depois disso, Paulo vai demonstrar sua alegria com a chegada de Tito e com as notícias que ele trazia de que os coríntios tinham se arrependido, segundo Deus e não segundo o mundo.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. EXPLICAÇÃO SOBRE O MINISTÉRIO DE PAULO (1.3-7.16) - continuação.
Nós já explicamos que como os coríntios haviam interpretado mal as ações e motivações de Paulo, ele começou a carta com uma explicação de algumas coisas que haviam acontecido desde que os havia visto pela última vez, especialmente as maravilhas do seu ministério na nova aliança.
Assim, dividimos esta parte, conforme a BEG, em seis seções: A. Gratidão pelo consolo de Deus (1.3-11) – já vimos; B. Explicação sobre a mudança de planos (1.12-2.4) – já vimos; C. Perdão de um pecador penitente (2.5-11) – já vimos; D. Viagem à Trôade e à Macedônia (2.12-13) – já vimos; E. A maravilha do ministério da nova aliança (2.14-7.4) – estamos vendo; e, F. Alegria pela chegada de Tito (7.5-16) – veremos agora.
E. A maravilha do ministério da nova aliança (2.14-7.4) - continuação.
Como já dissemos, dos vs. 2.14 ao 7.4, estamos vendo a grandeza do ministério apostólico. Enquanto descreve a sua ansiedade com relação à igreja de Corinto e o seu desapontamento por não ter encontrado Tito em Trôade, Paulo se aprofundou numa longa reflexão sobre a natureza do seu ministério.
Assim, dividimos essa seção “E”, conforme a BEG, igualmente em seis: 1. A vitória no ministério (2.14-17) – já vimos; 2. A carta viva (3.1-3) – já vimos; 3. A nova e excelente aliança (3.4-4.6) – já vimos; 4. Vasos de barro (4.7-5.10) – já vimos; 5. O ministério da reconciliação (5.11-6.13) – já vimos; e, 6. Nenhuma comunhão com os incrédulos (6.14-7.4) – concluiremos agora.
6. Nenhuma comunhão com os incrédulos (6.14-7.4) - continuação.
Como falamos, dos vs. de 6.14 ao 7.4, Paulo vai falar da necessidade da separação das influências pagãs que os cercavam.
A intenção de Paulo era bem simples. Uma vez que temos tais promessas - as promessas do Antigo Testamento citadas em 6.16-18 – deveríamos, portanto, purificarmo-nos a nós mesmos de todo tipo de contaminação, quer do corpo, quer do espírito.
Isso implica um papel ativo e vigoroso que os crentes precisam exercer em sua santificação (Fp 2.12-13).
Alguns pecados (como o vício do alcoolismo e a glutonaria) corrompem o nosso corpo, enquanto outras (como a amargura ou a inveja) corrompem o nosso espírito. Ambos precisam ser eliminados por meio de uma purificação.
Tanto Paulo recomenda a purificação como também o aperfeiçoamento da santidade no temor de Deus – vs. 1. Voltamos a enfatizar que isso exige papel ativo e vigoroso do crente. Ele precisa entender e saber separar a graça da responsabilidade humana.
No presente versículo – vs. 1 – poderíamos ter isso assim:
·         Graça: as promessas de Deus.
·         Responsabilidade humana: purificar-se de tudo que contamina o corpo e o espírito e aperfeiçoar a santidade no temor de Deus.
No vs. 2, Paulo volta a se defender. É um apelo repetido de 6.12-13. Novamente, defendendo-se contra aqueles que o acusariam, Paulo afirma um registro irrepreensível do seu ministério.
Paulo revelou o quão profundamente ele amava a igreja em Corinto. Essa não era uma palavra enganosa, mas "da verdade" (6.7).
Embora houvesse ainda alguma oposição dos falsos apóstolos e talvez de alguns outros na congregação, a atitude geral de Paulo para com a congregação dos coríntios era positiva.
F. Alegria pela chegada de Tito (7.5-16).
Paulo retomou aqui a narrativa de suas viagens, que havia interrompido em 2.13.
Ele fala que quando chegou à Macedônia - o norte da Grécia, que estava na rota de Paulo para Corinto -, não teve nenhum descanso. Ele teve lutas por fora, temores por dentro. Paulo estava profundamente perturbado a respeito da condição da igreja de Corinto quando viajou para a Macedônia e esperava pelas notícias de Tito.
Sua confissão revela o coração de alguém que se preocupava profundamente com o bem-estar da igreja e de seus companheiros crentes.
Tito havia finalmente chegado à Macedônia com boas notícias a respeito dos coríntios e a resposta deles à "carta severa" de Paulo
A "carta severa" de Paulo (não mais existente) foi escrita com a finalidade de alertar os coríntios acerca de sua conduta durante a sua visita "em tristeza.
O problema foi, provavelmente, que eles como igreja não haviam defendido Paulo contra a pessoa que o acusava sem motivo. Esse versículo nos dá um exemplo claro do fato de que líderes amorosos da igreja precisam, às vezes, advertir e disciplinar aqueles que estão sob o seu cuidado, desse modo causando tristeza a eles.
Paulo estava feliz, não com a tristeza deles por causa da carta, mas porque ela tinha levado eles ao arrependimento, segundo Deus – vs. 9.
Quando o pecado está presente na vida de um cristão, Deus não quer que ele negue isso, mas que se arrependa sinceramente e sinta grande tristeza por tê-lo cometido (a BEG recomenda aqui a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "A vontade de Deus", em Ez 18).
A tristeza segundo Deus nos leva ao arrependimento. Isso é bom e sadio para nosso espírito, corpo e alma. Deixar o pecado, que inclui unia sincera decisão de esquecer um pecado específico (ou pecados) e a começar a obedecer a Deus.
Como usado aqui, o termo não se refere especificamente ao arrependimento inicial que precisa acompanhar a verdade e a fé salvadora (Mc 1.15; At 3.19; 17.30; 26.20), mas a uma contínua luta contra o pecado na vida de um cristão (novamente a BEG recomenda leitura e reflexão em seu excelente artigo teológico "Arrependimento", em Sl 51).
E o arrependimento nos leva para a salvação. Como usado aqui, essa expressão se refere ao crescimento e ao progresso na vida cristã.
A tristeza e o arrependimento divino nos levam a uma apropriação cada vez maior das bênçãos da salvação, culminando no relacionamento do crente com o Senhor (cf. um uso semelhante da palavra "salvação" em 1 Pe 1.9).
O crescimento normal do cristão incluirá momentos de profunda tristeza por permanecer pecando.
Já a tristeza segundo o mundo nos leva à morte. A tristeza segundo Deus nos leva ao arrependimento e depois à salvação e a tristeza segundo o mundo, à morte.
Os coríntios haviam respondido à "carta severa" trazida por Tito exatamente como Paulo havia esperado que eles respondessem.
No vs. 12, Paulo, provavelmente, não esteja se referindo ao homem que havia cometido incesto (como registrado em 1Co 5.1), apesar de que, ao longo da história da igreja, muitos têm dado essa interpretação.
A resposta deles demonstrou que eles estavam prontos para seguir a liderança e a autoridade apostólica de Paulo, satisfazendo suas esperanças quanto à carta que ele havia enviado.
A vida cristã deve ser vivida diante da face de Deus. Existe um ministério pessoal de consolo e renovação no reino espiritual, pelo qual, mediante o companheirismo cristão, o espírito dos crentes é confortado. Tito sentiu esse consolo em Corinto.
Aparentemente, mesmo antes de Tito chegar com a "carta severa" de Paulo, o Espírito Santo havia trabalhado o arrependimento na igreja de Corinto com relação à conduta de seus membros durante a breve visita de Paulo.
A confiança de Paulo na igreja de Corinto havia sido restaurada, mesmo que ainda houvessem questões a serem discutidas com relação aos falsos apóstolos (caps. 10-13).
 II Co 7:1 Tendo, pois, ó amados, tais promessas,
                purifiquemo-nos
                               de toda impureza,
                                               tanto da carne
                                               como do espírito,
                                                               aperfeiçoando a nossa santidade
                                                                              no temor de Deus.
II Co 7:2 Acolhei-nos em vosso coração;
a ninguém tratamos com injustiça,
a ninguém corrompemos,
a ninguém exploramos.
II Co 7:3 Não falo para vos condenar;
porque já vos tenho dito que estais em nosso coração para, juntos,
                morrermos
                e vivermos.
II Co 7:4 Mui grande é a minha franqueza para convosco,
e muito me glorio por vossa causa;
sinto-me grandemente confortado
e transbordante de júbilo
                em toda a nossa tribulação.
II Co 7:5 Porque, chegando nós à Macedônia,
                nenhum alívio tivemos;
                               pelo contrário,
                                               em tudo fomos atribulados:
                                                               lutas por fora,
                                                               temores por dentro.
II Co 7:6 Porém Deus,
                que conforta os abatidos,
nos consolou
                com a chegada de Tito;
                II Co 7:7 e não somente com a sua chegada,
                mas também pelo conforto que recebeu de vós, referindo-nos
                               a vossa saudade,
                               o vosso pranto,
                               o vosso zelo por mim,
                aumentando, assim, meu regozijo.
II Co 7:8 Porquanto, ainda que vos tenha contristado com a carta,
                não me arrependo;
                embora já me tenha arrependido
(vejo que aquela carta vos contristou por breve tempo),
II Co 7:9 agora, me alegro
                não porque fostes contristados,
                               mas porque fostes contristados
                                               para arrependimento;
                               pois fostes contristados segundo Deus,
                                               para que, de nossa parte,
                                                               nenhum dano sofrêsseis.
II Co 7:10 Porque a tristeza segundo Deus
                produz arrependimento
                               para a salvação,
                                               que a ninguém traz pesar;
mas a tristeza do mundo
                produz morte.
II Co 7:11 Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que,
                segundo Deus,
                               fostes contristados!
Que defesa,
que indignação,
que temor,
que saudades,
que zelo,
que vindita!
Em tudo
                destes prova
                               de estardes inocentes neste assunto.
II Co 7:12 Portanto, embora vos tenha escrito,
                não foi por causa do que fez o mal,
                nem por causa do que sofreu o agravo,
                               mas para que a vossa solicitude a nosso favor
fosse manifesta entre vós,
                                                               diante de Deus.
II Co 7:13 Foi por isso que nos sentimos confortados.
E, acima desta nossa consolação,
                muito mais nos alegramos
                               pelo contentamento de Tito,
                               cujo espírito foi recreado por todos vós.
II Co 7:14 Porque, se nalguma coisa me gloriei de vós para com ele,
                não fiquei envergonhado;
                               pelo contrário, como, em tudo,
                                               vos falamos com verdade,
                               também a nossa exaltação na presença de Tito
                                               se verificou ser verdadeira.
                               II Co 7:15 E o seu entranhável afeto
                                               cresce mais e mais para convosco,
                               lembrando-se da obediência de todos vós,
                                               de como o recebestes
                                                               com temor e tremor.
II Co 7:16 Alegro-me porque,
                em tudo,
                               posso confiar em vós.
Vemos na narrativa as preocupações e angústias de Paulo com o corpo de Cristo e como ele procurava administrar todas as coisas de forma a dar glórias a Deus.
Amados, como Paulo, tenhamos a mesma disposição e vamos pregar a Palavra de Deus enquanto ainda é possível. Muitas almas serão salvas pela nossa pregação!
p.s.: link da imagem original: http://www.projetospurgeon.com.br/2013/04/a-soberana-graca-de-deus-e-a-responsabilidade-do-homem-c-h-spurgeon/ [nesse link você poderá baixar grátis em pdf, epub ou p kindle - aproveite!]
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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