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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

II Coríntios 11 1-33 - CUIDADO COM OS FALSOS APÓSTOLOS.

Ressaltamos que II Coríntios foi escrita para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo a parte IV, cap. 11/13.
Breve síntese do capítulo 11.
Paulo, no capítulo 11, em sua defesa, afirmou que A VERDADE DE CRISTO estava sobre ele – vs. 10 – e que ele tinha anunciado o evangelho de Cristo a eles gratuitamente e que seu anseio seria apresentá-los, como virgens puras, a um só esposo, a Cristo.
Paulo também aproveitou a oportunidade para denunciar os obreiros fraudulentos que até se intitulavam de apóstolos. Contra os tais ele deixou claro que as suas obras os condenariam.
Sempre admirou-me nos estudos das Escrituras o grande amor, zelo, apego que Paulo tinha em sua missão de anunciar o evangelho de Cristo. Ele deixa claro isso, não em forma de segredo destinados a poucos iluminados, mas disponível a todos os cristãos, inclusive você, amado leitor do Jamais Desista.
Veja na segmentação, como as ideias ficam claras:
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. DEFESA CONTRA OS FALSOS APÓSTOLOS (10.1-13.10) - continuação.
Como dissemos, veremos doravante de 10.1 a 13.10 como Paulo lidou com o problema dos falsos apóstolos (11.13) que haviam se oposto à sua autoridade.
O assunto foi dividido, conforme a BEG, em três seções: A. Poder espiritual (10.1-12) – já vimos; B. Os motivos de Paulo para gloriar-se (10.13-12.21) – estamos vendo agora; e, C. Advertência (13.1-10).
B. Os motivos de Paulo para gloriar-se (10.13-12.21) - continuação.
Nós falamos que dos vs. 10.13 ao 12.21, estaríamos vendo os motivos de Paulo para gloriar-se. Elas também geraram a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: 1. Definição da glorificação adequada (10.13-11.21) – concluiremos agora; 2. Glorificação no sofrimento e na fraqueza (11.22-33) – veremos agora; 3. Glorificação na revelação celestial (12.1-10); e, 4. O cuidado de Paulo pelos coríntios (12.11-21).
1. Definição da glorificação adequada (10.13-11.21) - continuação.
Falamos também que dos vs. 10.13 ao 11.21, estaríamos vendo essa definição da glorificação apropriada. Paulo cuidadosamente identificou o tipo de glorificação que é aceitável na fé cristã.

Paulo começa o capítulo dizendo que era para eles o suportarem um pouco em sua insensatez – vs. 11 – porque ele tinha zelo por eles.
Paulo desejava do fundo do coração que os coríntios permanecessem leais a ele, não para a sua própria glória, mas porque lealdade a ele significava lealdade a Cristo.
Nesse versículo 2, Paulo usa as metáforas do noivado (durante esta vida) e do casamento (quando Cristo retornar). Se os coríntios seguissem os falsos apóstolos, eles seriam espiritualmente infiéis a Cristo: Então, eles não mais poderiam como uma "virgem pura" encontrar-se com o Senhor.
Para que Paulo pudesse usar essa metáfora, tanto ele quanto os coríntios deveriam assumir que o ideal de Deus para o casamento incluía a ausência de relações sexuais antes do casamento - que a noiva deveria chegar "virgem" para o seu marido.
Paulo reconheceu a possibilidade de os falsos apóstolos desviarem os coríntios, e ele os advertiu contra isso. Ele temia que alguns que professavam ser cristãos na igreja em Corinto demonstrassem não ter exercitado a fé salvadora em Cristo (a BEG recomenda a leitura e reflexão em dois de seus excelentes artigos teológicos "A perseverança e a preservação dos santos", em Fp 1, e “A igreja visível e a invisível", em 1 Pe 4).
Os argumentos e as pretensões dos falsos apóstolos que se opunham à verdadeira sabedoria de Deus (10.4-5) haviam distorcido a verdade de tal modo, que o "Jesus", o "espírito" e o "evangelho" deles diferiam radicalmente do que Paulo pregava (1 Co 1.18-2.16; cf. Cl 1.6-9).
O "evangelho diferente" dos inimigos conformava-se às maneiras mundanas de pensar de tal modo que Paulo e o seu ministério apostólico - um ministério que manifestava a morte de Jesus por meio da adversidade e do sofrimento (4.7-18; 6.4-10; cf. 1 Co 4.8-13) - eram desprezados e rejeitados em favor dos "ministérios" que mais combinavam com os gostos culturais (p. ex., eloquência, sabedoria filosófica e demonstrações espetaculares de poder espiritual; cf. 1Co 1.22-25).
Também poderíamos acrescentar conversas com anjos, guias, seres iluminados, espíritos e outras pretensas entidades celestiais ou de outro mundo, com aparência de piedade, mas desviando-os da simplicidade do evangelho.
Paulo recomendava, claramente, que se alguém lhes pregasse um Jesus que não era aquele que eles pregavam, ou se eles acolhessem um espírito diferente do que acolheram ou um evangelho diferente do que aceitaram, eles o suportam facilmente e, pronto, também facilmente seriam enganados! – vs. 4.
Tais apóstolos “super-apóstolos” - provavelmente o título sarcástico que Paulo havia dado aos falsos apóstolos que estavam perturbando a igreja de Corinto, ou talvez fosse até um nome que eles haviam dado a si mesmos, ou ainda conforme alguns intérpretes também acreditam que esse fosse, era um termo que os inimigos de Paulo usavam para se referir aos apóstolos de Jerusalém -  eram enganadores que tinham eloquência, mas que não eram comprometidos com a verdade simples do evangelho.
Quando Paulo esteve em Corinto, ele trabalhou para se sustentar (At 18.3) e também aceitou ajuda de outras igrejas (vs. 8). Alguns coríntios, entretanto, estavam aparentemente ofendidos pelo fato de Paulo ter recusado suas ofertas, as quais provavelmente haviam sido oferecidas como uma retribuição pelo presente que Paulo lhes havia dado ao pregar o evangelho.
Nas culturas mediterrâneas dos dias de Paulo (assim como em algumas culturas de hoje), a doação e recebimento de presentes era frequentemente a maneira de estabelecer e manter amizades.
Aqueles que viviam sob esse sistema de valores podem ter visto a recusa de Paulo de seu presente como uma afirmação de superioridade.
Porém, o apóstolo via a sua relação com os coríntios não de uma perspectiva de convenção social mundana (5.16), mas de uma "nova criação" (5.7) da qual ele havia sido chamado para ser um apóstolo e pai espiritual.
Como um pai, ele poderia corretamente dar a seus filhos sem esperar receber nada em troca (12.14-15).
Estando ali, Paulo não tinha sido peso para ninguém, pelo contrário, quando teve necessidades fora socorrido pelos irmãos da Macedônia – vs. 19 - provavelmente de Filipos (Fp 4.15-16) – aqueles irmãos pobres do norte da Grécia.
Diferente dos das regiões de Acaia, a área ao redor de Corinto, mais ao sul e mais abastada. Paulo se orgulhava disso e não queria perder essa glória de ter anunciado o evangelho gratuitamente.
Paulo havia ministrado aos coríntios com grande sacrifício e gastos pessoais - diferentemente dos falsos apóstolos, que aparentemente estavam exigindo ser sustentados pela igreja (cf. vs. 7,20).
Paulo ainda alegava que tinha agido assim e continuaria a agir semelhantemente. Paulo estava convencido de que os falsos mestres eram servos de Satanás que se disfarçavam até de anjo de luz (vs. 14), e não verdadeiros seguidores de Cristo. Ele os chamava de falsos apóstolos, obreiros enganosos, fingindo-se apóstolos de Cristo – vs. 13.
Um dos truques de Satanás é declarar fazer o que é bom. Especificamente, Satanás pode enviar à igreja seus servos que fingem ser cristãos, mas que trazem somente divisão, difamação, imoralidade e todos os tipos de destruição (Mt 7.20; cf. At 20.29-30; 2Pe 2.1-22). O fim desses - o julgamento final por Deus – será conforme as suas ações o mereçam.
Como se não bastassem as perseguições contra o evangelho que o mundo ainda se opõe nos dias de hoje, ainda tinham as perseguições traiçoeiras de dentro da igreja, de alguns que se dizendo irmãos ousavam, com suas astúcias, desviar a igreja da verdade.
2. Glorificação no sofrimento e na fraqueza (11.22-33).
Paulo fala em sua defesa dos vs. 22 ao 33 onde passa a glorificar-se no sofrimento e no fraqueza. Paulo descreveu o seu ministério em termos que não poderiam ser equiparados aos dos falsos apóstolos.
Ao gloriar-se a respeito do quanto ele havia sofrido pela causa de Cristo, Paulo empregou grande ironia, "gloriando-se" de coisas normalmente consideradas vergonhosas, como sinais de fraqueza e defeitos.
Sua glória contrastava com a de seus inimigos, que recomendavam-se aos coríntios em discursos de extravagante autoelogio.
Os tópicos nessa seção se sucedem até atingir um clímax no qual Paulo lidou com o que deveria ser o ponto principal na mente dos críticos: as experiências religiosas incomuns (12.1-9).
Os inimigos de Paulo eram judeus que talvez tivessem vindo de Jerusalém dizendo ter o aval dos apóstolos de lá.
Paulo, ao relatar – vs. 23 ao 27 - as características de um verdadeiro servo de Cristo, apontou para o sofrimento e a humilhação, desse modo enfatizando novamente (como ele fez em 1Co 1-4) o Cristo crucificado.
Paulo revelou a sua hesitação extrema em falar em sua própria defesa, mas era necessário e isso nos trouxe edificação.
·         Encarcerado várias vezes.
·         Açoitado mais severamente e exposto à morte repetidas vezes.
·         Por cinco vezes, ele comenta ter recebido uma quarentena de açoites menos um. Quarenta açoites com um chicote era o máximo que uma pessoa poderia receber, de acordo com Dt 25.3. Essa era a prática judaica de estabelecer um limite mais baixo como segurança contra um erro de contagem. Fazendo-se as contas teremos de 195 a 200 chibatadas.
·         Por três vezes fora fustigado com varas. Uma vez em At 16.22, mais duas outras vezes não mencionadas em Atos.
·         Uma vez apedrejado. Em Listra, na primeira viagem missionária de Paulo (At 14.19); nessa ocasião, a multidão pensou que haviam matado Paulo.
·         Três vezes em naufrágio. Umm naufrágio é descrito em At 27.39-44, mas 2Coríntios foi escrito antes desse incidente (no ponto descrito em At 20.2, quando Paulo estava na Macedônia). Esses três naufrágios devem ter ocorrido durante as suas viagens missionárias anteriores.
·         Uma noite e um dia passei na voragem do mar. Uni episódio não mencionado em Atos.
·         Em contínuas viagens de uma parte pra outra.
·         Em diversas situações de perigos.
O objetivo de Paulo não era a sua segurança pessoal. Muitos dos problemas que ele registrou nessa seção extensa não estão registrados em Atos. É difícil imaginar uma existência mais perigosa do que a de Paulo; no entanto, ele foi obediente a Deus e a sua vida estava nas mãos de Deus.
ü Perigos nos rios.
ü Perigos de assaltantes.
ü Perigos dos meus compatriotas.
ü Perigos dos gentios.
ü Perigos na cidade.
ü Perigos no deserto.
ü Perigos no mar.
ü Perigos dos falsos irmãos. - pessoas que pretendiam ser cristãs, mas que iam para a igreja para causar problemas.
·         Além de tudo isso, uma grande preocupação – vs. 28. Uma pressão interior, a qual era sua preocupação com todas as igrejas.
Paulo sentia profundamente as necessidades e mágoas das igrejas. Embora a sua vida demonstrasse confiança na soberania de Deus, ele não deixava de simpatizar com outros que estavam sofrendo.
Esse incidente – vs. 32, 33 –, em Damasco, é narrado de uma perspectiva diferente em At 9.24-25. Aparentemente, os inimigos judeus de Paulo em Damasco persuadiram o governador a cooperarem com eles em sua trama contra Paulo.
Embora esses dois versículos possam parecer um tanto inusitados no contexto, eles mencionam a primeira experiência de Paulo - e muito humilhante - de ser perseguido (em vez de perseguir outros) por causa do evangelho.
Esse relato aprofunda a demonstração da humilhação de Paulo. O apóstolo foi forçado a fugir (por pouco) como um fugitivo comum de uma autoridade civil relativamente sem importância. Um humor irónico pode estar também presente nesse contexto.
I
I Co 11:1 Quisera eu me suportásseis
um pouco mais na minha loucura.
Suportai-me, pois.
II Co 11:2 Porque zelo por vós
com zelo de Deus;
visto que vos tenho preparado
para vos apresentar
como virgem pura
a um só esposo,  
que é Cristo. II Co 11:3
Mas receio que,
assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia,
assim também seja corrompida a vossa mente
e se aparte
da simplicidade
e pureza devidas a Cristo.
II Co 11:4 Se, na verdade, vindo alguém,
prega outro Jesus
que não temos pregado,
ou se aceitais espírito diferente
que não tendes recebido,
ou evangelho diferente
que não tendes abraçado,
a esse, de boa mente, o tolerais.
II Co 11:5 Porque suponho em nada ter sido inferior a esses tais apóstolos.
II Co 11:6 E, embora seja falto no falar,
não o sou no conhecimento;
mas, em tudo e por todos os modos,
vos temos feito conhecer isto.
II Co 11:7 Cometi eu, porventura, algum pecado
pelo fato de viver humildemente,
para que fôsseis vós exaltados,
visto que gratuitamente
vos anunciei o evangelho de Deus?
II Co 11:8 Despojei outras igrejas,
recebendo salário,
para vos poder servir,
II Co 11:9 e, estando entre vós,
ao passar privações,
não me fiz pesado a ninguém;
pois os irmãos,
quando vieram da Macedônia,
supriram o que me faltava;
e, em tudo,
me guardei
e me guardarei de vos ser pesado.
II Co 11:10 A verdade de Cristo está em mim;
por isso, não me será tirada esta glória nas regiões da Acaia.
II Co 11:11 Por que razão?
É porque não vos amo? Deus o sabe.
II Co 11:12 Mas o que faço e farei é
para cortar ocasião àqueles que a buscam
com o intuito de serem considerados iguais a nós,
naquilo em que se gloriam.
II Co 11:13 Porque os tais
são falsos apóstolos,
obreiros fraudulentos,
transformando-se em apóstolos de Cristo.
II Co 11:14 E não é de admirar,
porque o próprio Satanás
se transforma em anjo de luz.
II Co 11:15 Não é muito, pois,
que os seus próprios ministros
se transformem em ministros de justiça;
e o fim deles será
conforme as suas obras.
II Co 11:16 Outra vez digo:
ninguém me considere insensato;
todavia, se o pensais,
recebei-me como insensato,
para que também me glorie um pouco.
II Co 11:17 O que falo, não o falo segundo o Senhor,
e sim como por loucura,
nesta confiança de gloriar-me.
II Co 11:18 E, posto que muitos se gloriam segundo a carne,
também eu me gloriarei.
II Co 11:19 Porque, sendo vós sensatos,
de boa mente tolerais
os insensatos.
II Co 11:20 Tolerais
quem vos escravize,
quem vos devore,
quem vos detenha,
quem se exalte,
quem vos esbofeteie no rosto.
II Co 11:21 Ingloriamente o confesso,
como se fôramos fracos.
Mas, naquilo em que qualquer tem ousadia
(com insensatez o afirmo),
também eu a tenho.
II Co 11:22 São hebreus?
Também eu.
São israelitas?
Também eu.
São da descendência de Abraão?
Também eu.
II Co 11:23 São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais:
em trabalhos, muito mais; muito mais
em prisões;
em açoites, sem medida;
em perigos de morte, muitas vezes.
II Co 11:24 Cinco vezes recebi dos judeus
uma quarentena de açoites menos um;
II Co 11:25 fui três vezes fustigado com varas;
uma vez, apedrejado;
em naufrágio, três vezes;
uma noite e um dia passei na voragem do mar;
II Co 11:26 em jornadas, muitas vezes;
em perigos de rios,
em perigos de salteadores,
em perigos entre patrícios,
em perigos entre gentios,
em perigos na cidade,
em perigos no deserto,
em perigos no mar,
em perigos entre falsos irmãos;
II Co 11:27 em trabalhos e fadigas,
em vigílias, muitas vezes;
em fome e sede,
em jejuns, muitas vezes;
em frio e nudez.
II Co 11:28 Além das coisas exteriores,
há o que pesa sobre mim diariamente,
a preocupação com todas as igrejas.
II Co 11:29 Quem enfraquece,
que também eu não enfraqueça?
Quem se escandaliza,
que eu não me inflame?
II Co 11:30 Se tenho de gloriar-me,
gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza.
II Co 11:31 O Deus e Pai do Senhor Jesus,
que é eternamente bendito,
sabe que não minto.
II Co 11:32 Em Damasco,
o governador preposto do rei Aretas montou
guarda na cidade dos damascenos,
para me prender;
II Co 11:33 mas, num grande cesto,
me desceram por uma janela da muralha abaixo,
e assim me livrei das suas mãos.
Não é à toa que o apóstolo dos gentios declara em uma de suas epístolas: SEDE MEUS IMITADORES, COMO EU SOU DE CRISTO.
  • I Coríntios 4:16 Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores.
  • I Coríntios 11:1 Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.
  • Efésios 5:1 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
  • Filipenses 3:17 Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós.
  • I Tessalonicenses 1:6 Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo,
  • I Tessalonicenses 2:14 Tanto é assim, irmãos, que vos tornastes imitadores das igrejas de Deus existentes na Judéia em Cristo Jesus; porque também padecestes, da parte dos vossos patrícios, as mesmas coisas que eles, por sua vez, sofreram dos judeus,
  • Hebreus 6:12 para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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domingo, 10 de janeiro de 2016

II Coríntios 10 1-18 - A MILÍCIA CRISTÃ NA GUERRA ESPIRITUAL.

Ressaltamos que II Coríntios foi escrita para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo a parte IV, cap. 10/13.
Breve síntese do capítulo 10.
Com uma mentalidade militar, Paulo fala da milícia cristã, mas esta força militar não é para gerar a destruição, mas a construção ou a reconstrução de vidas derrotadas pelo diabo.
Como eu sempre falo aos meus filhos, desde pequenos, que destruir, embora pareça mais atraente, por causa das superproduções cinematográficas, envolvendo grandes explosões e colisões fantásticas, é muito fácil e sem graça. O bom mesmo é construir. Toda construção requer trabalho, energia, força, garra, tempo e muita dedicação.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. DEFESA CONTRA OS FALSOS APÓSTOLOS (10.1-13.10).
Falsos apóstolos haviam aparecido em corinto que se opunham a Paulo. Ele defendeu o seu apostolado e advertiu com severidade os coríntios a seguirem os seus verdadeiros ensinamentos.
Veremos doravante de 10.1 a 13.10 a defesa de Paulo conta esses falsos apóstolos. Nesses quatro capítulos, Paulo lidou com o problema dos falsos apóstolos (11.13) que haviam se oposto à sua autoridade.
Mesmo com Tito tendo trazido as boas notícias sobre a resolução dos problemas anteriores em Corinto, esse problema adicional exigia a atenção de Paulo.
Paulo havia expressado confiança na igreja de Corinto como um todo (7.16), mas nem todos os coríntios foram totalmente persuadidos a apoiá-lo.
Entre 9.12-15 e 10.1, o tom de Paulo mudou abruptamente de esperança e agradecimento para exasperação à medida que ele se vê forçado a defender a genuinidade do seu chamado como apóstolo.
A atenção de Paulo dá a esse problema é dividida em três partes principais: o poder espiritual de Paulo (10.1-12), os seus motivos para gloriar-se (10.13-12.21) e uma advertência solene (13.1-10).
Elas geraram a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: A. Poder espiritual (10.1-12) – veremos agora; B. Os motivos de Paulo para gloriar-se (10.13-12.21) – começaremos a ver agora; e, C. Advertência (13.1-10).
A. Poder espiritual (10.1-12).
Paulo desafiou os seus inimigos chamando a atenção deles para o poder divino que acompanhava o seu ministério.
Paulo tinha a profunda preocupação de que os coríntios se lembrassem do ponto de vista cristão sobre a guerra espiritual. A guerra espiritual não é travada da mesma maneira que as nações do mundo guerreiam.
Mesmo sendo homens, não devemos lutar da mesma maneira que eles, segundo padrões humanos – vs. 3. As nossas armas não devem ser humanas, mas poderosas em Deus para destruição de fortalezas.
Entre elas, a oração, a proclamação da poderosa Palavra de Deus e a autoridade para desviar oposições demoníacas (At 16.18; Ef. 6.10-18). Além disso, existia um tipo de autoridade apostólica poderosa que podemos vislumbrar ligeiramente nas confrontações de Pedro com Ananias e Safira (At 5.1-11) e com Elimaz (At 13.8-12).
Essa autoridade apostólica tinha um poder irresistível quando era usada (Jo 14.13).
No reino espiritual (sobre o qual Paulo estava talando), a palavra "fortaleza" se refere a centros de oposição demoníacos ao evangelho (l Pe 5.8-9; 1Jo 5.19).
Paulo reconhecia que os seus inimigos em Corinto eram servos de Satanás (11.14-15), mas esse conhecimento não o assustava, porque o poder do Espírito Santo dentro dele era muito maior.
Falsa sabedoria e argumentos sofisticados eram algumas das armas usadas por aqueles servos de Satanás em seu ataque contra Paulo.
Paulo havia, anteriormente, falado sobre a diferença entre a sabedoria desse mundo e a sabedoria espiritual da mensagem da cruz, e ele havia advertido os coríntios quanto a serem iludidos pela sabedoria do mundo (1Co 1.18-2.16).
Agora, Paulo via que os seus inimigos haviam feito alguns avanços com a falsa sabedoria à qual ele deveria se opor totalmente e, ao mesmo tempo, ganhar novamente a lealdade e a obediência dos cristãos coríntios.
O uso correto de nossas armas serve para:
·         Destruir fortalezas.
·         Destruirmos argumentos anulando todo sofisma.
·         Destruirmos toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus.
·         Levarmos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.
Se os coríntios cerrassem fileiras para se opuserem a esses falsos apóstolos, Paulo estava pronto para exercitar a disciplina na igreja quanto aos falsos apóstolos pelo mal que eles haviam trazido para a igreja.
Paulo sabia que deveria se revestir da autoridade que Cristo havia dado a ele e advertiu os coríntios que ele estava disposto a exercer essa autoridade (vs. 4).
Paulo não usava o tipo de oratória treinada e prezada pelo mundo e que era projetada para trazer glória para o orador. Os que foram influenciados pelos inimigos de Paulo desvalorizaram o ministério de Paulo porque ele não tinha, ou escolheu não usar, essa habilidade (cf. as notas sobre 1Co 1.17; 2.1).
Incentivados pelos "apóstolos" rivais, alguns coríntios influentes haviam começado a considerar esses homens como superiores a Paulo. Paulo foi julgado deficiente como orador (vs. 10; 11.5), que oscilava entre a firmeza enquanto ausente e a timidez quando presente (vs. 10-11), sem amor para com eles (ao recusar uma doação em dinheiro, o que, na visão deles, os desconsiderava como inferiores; 11.7-11; 12.14-18) e deficiente em algumas experiências religiosas de “poder" (12.1-5).
Paulo preferiu lidar com esse problema recusando-se a comparar-se com os seus inimigos de maneira direta, uma vez que os padrões de comparação escolhidos pelos coríntios (a sabedoria do mundo) eram imperfeitos.
Em vez disso, Paulo comparou-se aos seus inimigos de uma maneira irônica, usando um tipo de comparação, mas que na essência mostrava o contraste absoluto que havia entre eles e ele próprio (11.16-12.10).
B. Os motivos de Paulo para gloriar-se (10.13-12.21).
Dos vs. 10.13 ao 12.21, veremos os motivos de Paulo para gloriar-se. Enquanto continuava a defender-se contra os falsos mestres, Paulo mudou de tática e começou a gloriar-se.
Essa seção é dividida em quatro assuntos principais: a glorificação apropriada e a imprópria (10.13-11.21), sofrimento e fraqueza (11.22-33), visão celestial (12.1 -10) e seu cuidado pelos coríntios (12.11-21). Elas também geraram a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: 1. Definição da glorificação adequada (10.13-11.21) – começaremos a ver agora; 2. Glorificação no sofrimento e na fraqueza (11.22-33); 3. Glorificação na revelação celestial (12.1-10); e, 4. O cuidado de Paulo pelos coríntios (12.11-21).
1. Definição da glorificação adequada (10.13-11.21).
Dos vs. 10.13 ao 11.21, veremos essa definição da glorificação apropriada. Paulo cuidadosamente identificou o tipo de glorificação que é aceitável na fé cristã.
Paulo começou a "gloriar-se" só para dizer o que Deus havia feito por meio dele, incluindo a conversão dos próprios coríntios. Deus havia enviado Paulo para trabalhar em Corinto - algo que Paulo deu a entender que não era verdade quanto aos seus inimigos.
Paulo estava esperando que os coríntios repudiassem os falsos apóstolos e crescessem ainda mais na fé.
Então, a igreja de Corinto proveria uma base perfeita da qual ele poderia iniciar uma outra viagem missionária na direção do Ocidente, para Roma e, posteriormente, para a Espanha (At 19.21; Rm 15.22-29). Porém, a situação cm Corinto deveria ser resolvida antes que ele pudesse fazer isso.
Nos vs. 17, Paulo cita Jr 9.24 "quem se gloriar, glorie-se no Senhor", em que o profeta esclarece que a glorificação era verdadeira somente quando reconhecemos a grandeza de Deus.
Todos os motivos de orgulho mencionados por Paulo nessa epístola terminam do modo correto: dando glória a Deus e, desse modo, gloriando-se no Senhor.
Novamente Paulo – vs. 18 - muda o foco da perspectiva humana (não é aprovado o que se gloria a si mesmo), meramente horizontal, para a perspectiva divina (cf. 5.11,16; 6.8-10), onde é louvado aquele que o Senhor louva.
II Co 10:1 E eu mesmo, Paulo, vos rogo,
                pela mansidão
                e benignidade de Cristo,
eu que, na verdade, quando presente entre vós,
                sou humilde;
mas, quando ausente,
                ousado para convosco,
II Co 10:2 sim, eu vos rogo que não tenha de ser ousado,
                quando presente, servindo-me daquela firmeza com que penso
                               devo tratar alguns que nos julgam
                                               como se andássemos em disposições
de mundano proceder.
II Co 10:3 Porque, embora andando na carne,
                não militamos segundo a carne.
II Co 10:4 Porque as armas da nossa milícia
                não são carnais,
                e sim poderosas em Deus,
                               para destruir fortalezas,
                               anulando nós sofismas
                               II Co 10:5 e toda altivez
                                               que se levante
                                                               contra o conhecimento de Deus,
                e levando cativo
                               todo pensamento
                                               à obediência de Cristo,
II Co 10:6 e estando prontos para punir
                toda desobediência,
                               uma vez completa
                                               a vossa submissão.
II Co 10:7 Observai o que está evidente.
Se alguém confia em si que é de Cristo,
                pense outra vez consigo mesmo que,
assim como ele é de Cristo,
                também nós o somos.
II Co 10:8 Porque, se eu me gloriar um pouco mais
a respeito da nossa autoridade,
                                a qual o Senhor nos conferiu para edificação
                                               e não para destruição vossa,
                                                              não me envergonharei,
II Co 10:9 para que não pareça ser meu intuito
                intimidar-vos por meio de cartas.
                II Co 10:10 As cartas, com efeito, dizem,
                               são graves
                               e fortes;
                mas a presença pessoal dele
                               é fraca, e a palavra,
                               desprezível.
II Co 10:11 Considere o tal isto:
que o que somos na palavra por cartas, estando ausentes,
                               tal seremos em atos, quando presentes.
II Co 10:12 Porque não ousamos
                classificar-nos
                ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos;
                mas eles,
                               medindo-se consigo mesmos
                               e comparando-se consigo mesmos,
                                               revelam insensatez.
II Co 10:13 Nós, porém, não nos gloriaremos sem medida,
                mas respeitamos o limite da esfera de ação que Deus
nos demarcou
                                               e que se estende até vós.
II Co 10:14 Porque não ultrapassamos os nossos limites
                como se não devêssemos chegar até vós,
                posto que já chegamos até vós
                               com o evangelho de Cristo;
                                               II Co 10:15 não nos gloriando fora de medida
nos trabalhos alheios
                                               e tendo esperança de que,
                                                               crescendo a vossa fé,
                                                                              seremos sobremaneira
engrandecidos entre vós,
                                                                              dentro da nossa esfera de ação,
                               II Co 10:16 a fim de anunciar o evangelho
                                               para além das vossas fronteiras,
                                               sem com isto nos gloriarmos de coisas
já realizadas em campo alheio.
II Co 10:17 Aquele, porém, que se gloria,
                glorie-se no Senhor.
II Co 10:18 Porque não é aprovado
                quem a si mesmo se louva,
                e sim aquele
                               a quem o Senhor louva.
Não destrua a vida de seu próximo lançando-lhe palavras espinhosas e malignas, antes procure gerar nele vida e levar todo pensamento contrário à obediência de Cristo. Estude mais as Escrituras e aprenda a usá-la para a salvação de almas.
Os apóstolos: É possível haver apóstolos nos dias de hoje?[1]
A teologia reformada nega a possibilidade da existência de apóstolos investidos de autoridade nos dias de hoje. No entanto, algumas tradições cristãs ainda ordenam pessoas como apóstolos. O catolicismo, por exemplo, insiste que certos elementos da função e autoridade que outrora pertencia aos apóstolos foram transmitidos aos bispos mediante a sucessão apostólica, sem as prerrogativas pessoais relativas aos apóstolos propriamente ditos. Em decorrência disso, os católicos acreditam que os bispos possuem, coletivamente, o direito de julgar a doutrina com autoridade, do mesmo modo como os apóstolos tinham autoridade num nível individual. Num certo sentido, acreditam na continuação de uma forma modificada do apostolado. Apesar de algumas tradições protestantes também crerem que o apostolado continua a existir, normalmente fazem algum tipo de distinção entre os primeiros apóstolos e os apóstolos modernos.
A Bíblia emprega o termo "apóstolo" com dois sentidos diferentes. Por um lado, a designação se aplica a um dos "Doze", isto é, do grupo inicial de doze discípulos escolhidos por Jesus (Mt 10.2-4), considerando a substituição posterior de Judas Iscariotes por Matias (At 1.1 5-2 6) e o acréscimo de Paulo (p. ex., Tt 1.1). Esse modo de uso se refere ao ofício de apóstolo comissionado por Deus, investido de autoridade e do poder de realizar milagres e é o sentido mais comum no Novo Testamento. O termo é empregado com essa acepção nas passagens que descrevem os requisitos para o apostolado (At 1.1 5-2 6; 1Co 9.1-2; 15.7-8; 2Co 1 2.1 2; GI 1.1), ou seja: ter visto e sido ensinado pelo Senhor Jesus (At 1.2 0-2 6; 1Co 9.1; GI 1.1 1-1 8); realizar sinais, prodígios e milagres (2Co 1 2.1 2); e ter recebido a comissão direta de Deus (At 1.24-26). Quando os teólogos reformados negam a possibilidade de apóstolos modernos, estão se referindo a esse tipo de apostolado.
Os teólogos reformados apresentam vários motivos pelos quais não é mais possível haver apóstolos investidos de autoridade nos dias de hoje. (1) Paulo foi a última pessoa para a qual o Senhor apareceu depois de ter ressuscitado, e as circunstâncias desse acontecimento são tão extraordinárias que não devemos esperar que se repitam (1 Co 1 5.8). O encontro pessoal com o Senhor, uma das qualificações para o apostolado (1 Co 9.1), exclui, portanto, apóstolos modernos. (2) O apostolado tem um sentido fundamental, ou seja, diz respeito apenas ao período de fundação da igreja (1Co 3.10-12; Ef 2.20). (3) Paulo reconheceu o apostolado como o melhor dom espiritual e incentivou os cristãos a buscarem os melhores dons (1Co 12.28-31). Não obstante, incentivou os cristãos a almejarem o segundo melhor dom: a profecia (1Co 12.28; 14.1), mostrando que pressupunha a impossibilidade de outros cristãos se tornarem apóstolos.
Por outro lado, o termo grego traduzido como "apóstolo" também é usado para se referir a outras pessoas além dos Doze e Paulo, como Andrônico e Júnias (Rm 1 6.7), Barnabé (1 Co 9.5-6), irmãos cujos nomes não são citados (traduzido como "mensageiros" em 2Co 8.23), Tiago (G1 1.19), Epafrodito (traduzido como "mensageiro" em Fp 2.25), e Silas e Timóteo (1Ts 2.6-7; cf. 1.1). Não é possível que todos esses indivíduos preenchessem os requisitos mencionados anteriormente; Timóteo, por exemplo, nunca viu pessoalmente o Senhor ressuscitado. Ademais, a Bíblia não dá nenhuma indicação de que algum desses cristãos tenha recebido o seu chamado ao ministério diretamente de Deus. Nesses casos, o significado de "apóstolo" é mais geral, referindo-se àqueles que eram comissionados e enviados pela igreja para a obra do ministério ou simplesmente como mensageiros. Essas pessoas não possuíam a autoridade delegada de Cristo. É possível que a distinção entre esse significado e aquele de apóstolo investido de autoridade se reflita na descrição de Paulo e Pedro como apóstolos "de Jesus Cristo" (1Co 1.1; 2Co 1.1; Ef 1.1; 1Tm 1.1; 2Tm 1.1; cf. Tt 1.1; 1Pe 1.1; 2Pe 1.1), enquanto certos irmãos cujos nomes não são citados eram apóstolos ou mensageiros "das igrejas" (veja 2Co 8.2 3, onde "mensageiros" é o mesmo termo grego traduzido em outras passagens como "apóstolos"). Apóstolos desse tipo ainda podem existir nos dias de hoje.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.


[1] Extraído da BEG: artigo teológico sobre a questão da existência os apóstolos nos dias atuais.
...
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.


sábado, 9 de janeiro de 2016

II Coríntios 9 1-15 - O DOM DE OFERTAR E CONTRIBUIR COM ALEGRIA, EM AMOR.

Ressaltamos que II Coríntios foi escrita para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo a parte III, cap. 9/13.
Breve síntese do capítulo 9.
O assunto do capítulo 8, tem continuidade no 9. São contribuições e ofertas que devemos fazer aos irmãos a fim de que todos tenhamos sempre em abundância e isso redunde em glórias a Deus.
O maior segredo do amor não é a cobrança ou a espera do retorno pelo benefício, mas a entrega voluntária de nossas dádivas.
Quem dá e oferta esperando a recompensa, essa será a sua recompensa, mas quem ama voluntariamente, sem esperar nada em troca, tem em si o amor de Deus. 
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A OFERTA PARA OS CRISTÃOS EM JERUSALÉM (8.1-9.15)
Nós dissemos que os coríntios não haviam terminado de fazer a coleta da oferta para os pobres da igreja de Jerusalém. Paulo relembrou-os do privilégio que eles tinham, como o corpo de Cristo, de cuidar dos crentes em Jerusalém.
Assim, dividimos esta parte III, em três seções: A. O exemplo da Macedônia (8.1-7) – já vimos; B. O exemplo de Jesus (8.8-9) – já vimos; e, C. Um pedido razoável (8.10-9.5) – concluiremos agora.
C. Um pedido razoável (8.10-9.5) - continuação.
Já falamos que de 8.10 a 9.15, estamos vendo um apelo razoável aos coríntios para coletar fundos para Jerusalém. Eles haviam começado a dar de acordo com as instruções de Paulo em 1 Co 16.1-3.
Paulo bem reconhecia a presteza deles em contribuir, por isso não recomendava mais nada e deles se orgulhava diante dos macedônios. Desde o ano passado aqueles que eram da Acaia - sul da Grécia, onde Corinto estava localizada – eles estavam prontos para contribuírem. A dedicação deles era motivadora para outros que precisavam fazer o mesmo.
Paulo continuou a relembrar aos coríntios que eles deveriam terminar de fazer a coleta, porque a doação deles seria vista por Tito, pelos outros representantes de outras igrejas, os Macedónios, Paulo e, principalmente, por Deus (8.23-24; 9.2,4,7).
Paulo queria preservar o motivo da doação voluntária e generosa. A quantia que ele levou para Jerusalém era de importância secundária à sua preocupação.
Paulo usou no vs. 6 uma metáfora agrícola - o fazendeiro que planta muitas sementes no final recolhe uma boa quantidade, mas um pequeno plantio vai resultar numa colheita proporcionalmente menor.
Paulo certificou os coríntios de que Deus não faria vista grossa à generosidade deles. O que é dado não é perdido; é disseminado.
Nesse versículo, Paulo falou da semeadura não no "campo" dos investimentos de negócios, mas no "campo" do reino espiritual.
A colheita esperada também seria nesse reino. Algumas vezes, Deus dá bênçãos generosas físicas e materiais para aqueles que são generosos, mas essas bênçãos não são garantidas nesta vida (cf. 8.9; 11.27; Lc 6.20-21,24-25; Tg 2.5).
O Espírito Santo é a única bênção garantida dada a todo crente durante a sua vida nesta terra (1.22; 5.5; Ef 1.14).
Ao dar de boa vontade, os crentes honram a Deus por imitar a generosidade de seu Criador. Deus ama a quem dá com alegria. Dar pode e deve ser motivo de alegria, porque dar é um ato de obediência. A obediência deve ser um motivo de prazer para os crentes.
Se os coríntios ofertassem generosamente, eles não deveriam se preocupar com suas necessidades futuras. Eles estariam sob a bênção da soberania de Deus, que supriria as suas necessidades na medida em que ele julgasse necessário (Fp 4.19).
À medida que ofertavam, Deus aumentaria a habilidade deles de darem mais.
Os benefícios de dar são no mínimo estes:
·         As necessidades são supridas.
·         Agradecimentos são dirigidos a Deus.
·         Os que recebem oram por aqueles que deram.
Nossa doação é apenas uma modesta imitação da própria generosidade excelente de Deus para conosco, particularmente na doação de seu Filho (Jo 3.16).
II Co 9:1 Ora, quanto à assistência a favor dos santos,
                é desnecessário escrever-vos,
II Co 9:2 porque bem reconheço a vossa presteza,
                da qual me glorio junto aos macedônios,
                dizendo que a Acaia está preparada desde o ano passado;
e o vosso zelo
                tem estimulado a muitíssimos.
II Co 9:3 Contudo, enviei os irmãos,
                para que o nosso louvor a vosso respeito,
                               neste particular, não se desminta,
a fim de que, como venho dizendo,
                estivésseis preparados,
                               II Co 9:4 para que, caso alguns macedônios forem comigo
                               e vos encontrem desapercebidos,
                                               não fiquemos nós envergonhados
(para não dizer, vós)
                                                                               quanto a esta confiança.
II Co 9:5 Portanto, julguei conveniente
                recomendar aos irmãos
                               que me precedessem entre vós
                               e preparassem de antemão              
                                               a vossa dádiva já anunciada,
                               para que esteja pronta
                                               como expressão de generosidade
                                               e não de avareza.
II Co 9:6 E isto afirmo: aquele que semeia pouco
                pouco também ceifará;
e o que semeia com fartura
                com abundância também ceifará.
II Co 9:7 Cada um contribua
                segundo tiver proposto no coração,
                não com tristeza ou por necessidade;
                               porque Deus ama
                                               a quem dá com alegria.
II Co 9:8 Deus pode fazer-vos abundar em toda graça,
                a fim de que, tendo sempre,
                               em tudo,
                                               ampla suficiência,
                                               superabundeis em toda boa obra,
                               II Co 9:9 como está escrito:
                                               Distribuiu,
                                               deu aos pobres,
                                               a sua justiça permanece para sempre.
II Co 9:10 Ora, aquele que dá semente
                ao que semeia
e pão
                para alimento
também suprirá
e aumentará
                a vossa sementeira
e multiplicará
                os frutos da vossa justiça,
II Co 9:11 enriquecendo-vos,
                em tudo,
                               para toda generosidade,
a qual faz que,
                por nosso intermédio,
                               sejam tributadas graças a Deus.
II Co 9:12 Porque o serviço desta assistência
                não só supre a necessidade dos santos,
                               mas também redunda em muitas graças a Deus,
II Co 9:13 visto como, na prova desta ministração,
                glorificam a Deus
                               pela obediência
                                               da vossa confissão
                                                               quanto ao evangelho de Cristo
                               e pela liberalidade
                                               com que contribuís
                                                               para eles
                                                               e para todos,
II Co 9:14 enquanto oram eles a vosso favor,
                com grande afeto,
                               em virtude da superabundante graça de Deus
                                               que há em vós.
II Co 9:15 Graças a Deus
                pelo seu dom
                               inefável!
A lógica da generosidade não está no semear, nem no dar, por esperar nisso o retorno, mas no demonstrar voluntária e graciosamente o amor sabendo que estaremos sendo imitadores de Deus e com ele participantes não só no semear e dar como também na colheita sempre abundante em tudo.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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