domingo, 15 de novembro de 2015
domingo, novembro 15, 2015
Jamais Desista
Atos 14.1-28 - INDO SEMPRE, MAS COM OUSADIA, GRAÇA E PODER
Como já dissemos, Atos foi escrito para
orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o
Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao
mundo gentio. Estamos no capítulo 14, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 14
Enquanto eles iam pregando ousadamente e
alcançando resultados incríveis na evangelização, haviam os judeus incrédulos
que trabalhavam ao contrário...
O Senhor cooperava com eles na pregação
confirmando a palavra pregada da sua graça ao conceder a eles que pelas suas
mãos se fizessem sinais e prodígios. Quem era então aquele que trabalhava
contra o Senhor?
Por um lado, a pregação ousada e sinais, curas
e maravilhas; por outro, um povo invejoso que tentava de todas as formas
impedir a pregação. Em virtude da confusão formada, são obrigados a partirem e
vão para Listra e Derbe, cidades da Icônia, pregarem o evangelho.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha
apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam
sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo
levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo
Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios
à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A
primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – concluiremos agora; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35); C. A
segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22); D. A terceira viagem
missionária de Paulo (18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de
Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e,
G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma
(28.17-31).
A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) - continuação.
Estamos vendo, como falamos, a primeira
viagem missionária de Paulo. Paulo e Barnabé alcançam Chipre e a Galácia.
Eles chegam em Icônio e Paulo e Barnabé,
como de costume, foram à sinagoga judaica pregarem o evangelho com ousadia,
graça e poder.
O resultado disso foi que muitos creram
neles, tanto judeus como gentios, mas alguns dos judeus que se tinham recusado
a crer – eles poderiam ter escolhido crer! - incitaram os gentios e
irritaram-lhes os ânimos contra os irmãos.
Mesmo assim, Paulo e Barnabé passaram
bastante tempo ali, falando corajosamente do Senhor, que confirmava a mensagem
de sua graça realizando sinais e maravilhas pelas mãos deles.
Com a chegada deles, o povo da cidade ficou
dividido: alguns estavam a favor dos judeus, outros a favor dos apóstolos.
Essa é a primeira vez em Atos – vs. 4 - em
que o termo “apóstolos” é usado num sentido mais amplo que inclui outros homens
(p. ex., Barnabé) além dos apóstolos escolhidos por Jesus (Mt 10.1-4; At
1.24-26; em 2Co 1.1, Paulo se distinguiu dos demais companheiros designando-se
a si mesmo como apóstolo).
Uma conspiração estava formada de gentios e
judeus para os maltratarem e os apedrejarem. O apedrejamento era um modo de
execução judaica que visava punir com a morte os crimes de blasfêmia (7.58-59).
Eles foram avisados e fugiram para Listra e
Derbe, cidades da Licaônia. Embora essas duas cidades pertencessem mais
precisamente à província romana da Galácia, juntamente com Icônio, também
faziam parte do subdistrito chamado Licaônia. Contudo, entre 37-72 d.C., Icônio
foi considerada, em termos linguísticos e políticos, como pertencente à Frigia.
Eles pareciam nem ligar para as consequências
ou para os acontecimentos, o fato era que estavam sempre pregando as boas novas
– vs. 7.
Assim, em Listra encontraram um homem
paralítico dos pés e aleijado desde o nascimento. Em 6 d.C., o imperador Augusto
fortificou esse antigo assentamento licaônico (Listra) e o transformou numa
colônia romana pertencente à província da Galácia, povoando-a com veteranos do
exército romano.
Paulo depois de sua prédica, encontrou-se
com o paralítico e olhando nos olhos dele, viu que tinha fé para ser curado e
deu uma ordem para seu corpo em nome de Jesus. Ele foi muito objetivo e disse: "Levante-se!
Fique de pé!” Com isso, o homem deu um salto e começou a andar – vs. 10.
Ao verem tal fato inusitado o povo começou
a gritar em sua própria língua licaônica. A língua nativa da maior parte do
povo. Eles achavam terem os deuses descido até eles em forma humana.
Uma antiga lenda que circulava em Listra
dizia que o deus grego Zeus (chefe dos deuses) e Hermes (o mensageiro de Zeus)
andavam pela região disfarçados como seres humanos.
De acordo com a lenda, eles foram para o
interior da Frigia para conhecer a hospitalidade do povo; porém, somente um
casal os recebeu e, como recompensa, a cabana deles foi transformada num templo
com colunas de mármore e teto de ouro; as outras pessoas que haviam se recusado
a recebê-los tiveram suas casas destruídas.
E possível que os habitantes de Listra
tivessem identificado Barnabé como Zeus (Júpiter, para os romanos) e Paulo como
Hermes (Mercúrio, para os romanos). Logo, procurando evitar a ira divina, os habitantes
passaram a honrá-los como se fossem deuses.
De imediato, eles recusaram aquela
homenagem e rasgaram suas vestes numa demonstração de angústia.
O conteúdo desse sermão de Paulo – vs. 15
ao 17 - é semelhante àquele que ele pregou em Atenas (17.22-31), sendo ambos
dirigidos a uma multidão pagã que não entenderia as citações e explicações das
Escrituras do Antigo Testamento. Paulo salientou o fato de que o poder criador
e o cuidado de Deus também se estendiam às pessoas de Listra.
·
Eles
eram homens como eles.
·
Eles
eram arautos do Deus verdadeiro.
·
Eles
estariam trazendo boas novas desse Deus.
·
A
palavra de Deus dizia para eles se afastarem dessas coisas vãs e se voltarem
para o Deus vivo.
·
Esse
Deus vivo foi quem fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há.
·
Esse
Deus vivo, no passado, permitiu que todas as nações seguissem os seus próprios
caminhos.
·
Nesse
tempo, esse Deus vivo não ficou sem testemunho mostrando a sua bondade:
ü
Dando-lhes
chuva do céu.
ü
Dando-lhes
colheitas no tempo certo.
ü
Concedendo-lhes
sustento com fartura.
ü
Enchendo
de alegria os seus corações.
Ainda assim, tiveram muita dificuldade em
impedir a oferta de sacrifícios para eles.
Alguns judeus que chegaram de Antioquia e
de Icônio, percebendo a situação, trataram de reverter o ânimo da multidão, fazendo
com que ela passasse a odiá-los a tal ponto de apedrejarem Paulo e darem ele
como morto e assim o arrastaram para fora da cidade, pensando estar ele morto.
Veja a cena de forma completa. Paulo e
Barnabé iam de cidade em cidade pregando o evangelho e alguns judeus iam no
mesmo caminho, mas procurando de todas as formas desfazerem todo trabalho
missionário deles.
Ora, se Deus estava levando Paulo e Barnabé
a pregarem; o diabo, certamente, estaria fazendo o mesmo, mas ao contrário.
Quando os discípulos chegaram perto de
Paulo, este se levantou e ainda voltou para a cidade e somente no dia seguinte
partiram para Derbe - outra cidade na fronteira da província de Licaónia (atual
Kerti Huyuk, na Turquia) situada no sudeste da Galácia, distante cerca de 105
km a sudeste de Listra. Quão triste e terrível é ver a Turquia hoje totalmente
esquecida do evangelho.
Em Derbe, continuaram o trabalho de evangelização
e missões onde fizeram muitos discípulos. Depois, voltaram no caminho de ida
para Listra, Icônio e Antioquia para fortalecer os discípulos, encorajá-los a
permanecerem na fé afirmando a eles que era necessário que passassem por muitas
tribulações para entrarem no Reino de Deus.
O trabalho de Paulo e Barnabé era contínuo
em cada lugar, em cada igreja, sempre com oração e jejum e deixando presbíteros
e oficiais da igreja encomendados ao Senhor, em quem haviam confiado.
Eles continuam suas viagens e passando pela
Pisídia, chegaram à Panfília e, tendo pregado a palavra em Perge, desceram para
Atália. De Atália, navegaram de volta a Antioquia, onde tinham sido
recomendados à graça de Deus para a missão que agora haviam completado.
Havia realmente muito a ser compartilhado
com todos e chegando em Antioquia de onde tudo começou reuniram a igreja e
relataram tudo o que Deus tinha feito por meio deles e como abrira a porta da
fé aos gentios. Diz a palavra de Deus que eles ficaram ali muito tempo com os
discípulos.
Havia um gás neles, uma energia constante,
uma disposição mental que os transformavam em máquinas eficientes de pregação,
cuidado e trabalho produtivo para o reino de Deus. Eles se foram, mas o
trabalho de Deus ainda não.
Enquanto Jesus não voltar, o tempo é o
mesmo da pregação, do cuidado e do trabalho produtivo para o reino de Deus, não
importando os problemas, nem as circunstâncias, muito menos as oposições –
também reais e sempre presentes – do diabo para tentar impedir de todas as formas
o sucesso de nossa empreitada santa.
Vamos queridos em frente, sem jamais
desistir, caminhando com eles, nossos primeiros pais, pois nosso tempo se
abrevia velozmente.
Paulo e Barnabé entraram juntos na sinagoga
judaica
e falaram de
tal modo,
que
veio a crer grande multidão,
tanto
de judeus como de gregos.
At 14:2 Mas os judeus incrédulos
incitaram
e irritaram
os
ânimos dos gentios contra os irmãos.
At 14:3 Entretanto,
demoraram-se
ali muito tempo,
falando
ousadamente no Senhor,
o
qual confirmava a palavra da sua graça,
concedendo
que, por mão deles,
se
fizessem sinais e prodígios.
At 14:4 Mas dividiu-se o povo da cidade:
uns eram
pelos judeus;
outros, pelos
apóstolos.
At 14:5 E, como surgisse um tumulto dos
gentios e judeus,
associados
com as suas autoridades,
para
os ultrajar e apedrejar,
At 14:6 sabendo-o eles,
fugiram para
Listra e Derbe, cidades da Licaônia e circunvizinhança,
At
14:7 onde anunciaram o evangelho.
At 14:8 Em Listra, costumava estar
assentado
certo homem
aleijado,
paralítico
desde o seu nascimento,
o
qual jamais pudera andar.
At 14:9 Esse homem ouviu falar Paulo,
que, fixando
nele os olhos
e vendo que
possuía fé para ser curado,
At
14:10 disse-lhe em alta voz:
Apruma-te
direito sobre os pés!
Ele
saltou
e
andava.
At 14:11 Quando as multidões viram o que
Paulo fizera,
gritaram em
língua licaônica, dizendo:
Os
deuses, em forma de homens,
baixaram
até nós.
At 14:12 A Barnabé chamavam Júpiter,
e a Paulo, Mercúrio,
porque era
este o principal portador da palavra.
At 14:13 O sacerdote de Júpiter, cujo
templo estava em frente da cidade,
trazendo para
junto das portas touros e grinaldas,
queria
sacrificar juntamente com as multidões.
At 14:14 Porém, ouvindo isto, os
apóstolos Barnabé e Paulo,
rasgando as
suas vestes,
saltaram
para o meio da multidão, clamando:
At 14:15 Senhores, por que fazeis isto?
Nós também
somos homens como vós,
sujeitos
aos mesmos sentimentos,
e
vos anunciamos
o
evangelho
para que
destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo,
que
fez o céu,
a
terra,
o
mar
e
tudo o que há neles;
At 14:16 o qual, nas gerações passadas,
permitiu que
todos os povos andassem nos seus próprios caminhos;
At
14:17 contudo, não se deixou ficar
sem
testemunho de si mesmo,
fazendo
o bem, dando-vos do céu chuvas
e
estações frutíferas,
enchendo
o vosso coração de fartura
e
de alegria.
At 14:18 Dizendo isto, foi ainda com
dificuldade
que impediram
as multidões de lhes oferecerem sacrifícios.
At 14:19 Sobrevieram, porém, judeus de
Antioquia e Icônio
e, instigando as multidões
e apedrejando a Paulo,
arrastaram-no
para fora da cidade,
dando-o
por morto.
At 14:20 Rodeando-o, porém, os
discípulos,
levantou-se
e entrou na
cidade.
No dia seguinte, partiu, com Barnabé,
para Derbe.
At 14:21 E, tendo anunciado o evangelho
naquela cidade
e feito muitos discípulos,
voltaram para
Listra, e Icônio, e Antioquia,
At
14:22 fortalecendo a alma dos discípulos,
exortando-os
a permanecer firmes na fé;
e
mostrando que, através de muitas tribulações,
nos
importa entrar no reino de Deus.
At 14:23 E, promovendo-lhes, em cada
igreja,
a eleição de
presbíteros,
depois
de orar com jejuns,
os
encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.
At 14:24 Atravessando a Pisídia,
dirigiram-se
a Panfília.
At 14:25 E,
tendo anunciado a palavra em Perge,
desceram
a Atália
At
14:26 e dali navegaram para Antioquia,
onde
tinham sido recomendados à graça de Deus
para
a obra que haviam já cumprido.
At 14:27 Ali chegados,
reunida a
igreja,
relataram
quantas coisas fizera Deus com eles
e
como abrira aos gentios a porta da fé.
At
14:28 E permaneceram
não
pouco tempo com os discípulos.
A vida dos discípulos era viajar e pregar a
palavra e Deus, sempre cooperando com eles e, igualmente, os inimigos, se
levantando contra eles.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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sábado, 14 de novembro de 2015
sábado, novembro 14, 2015
Jamais Desista
A ESTRELA MÃE E O FOGO NUCLEAR NA INTIMIDADE
Que tal este vídeo incrível?
O vídeo, de 30 minutos, com trilha sonora do compositor alemão Lars Leonhard, nomeada de “Deep Venture”, tem um efeito final realmente alucinante.
De acordo com a própria Nasa, as imagens “apresentam o fogo nuclear da estrela-mãe em detalhes íntimos, oferecendo uma nova perspectiva às nossas relações com as grandiosas forças do sistema solar”.
O conteúdo é resultado de 300 horas de trabalho, e foram necessárias 10 horas de trabalhodos cientistas para criar apenas um minuto de filmagem.
Confira as belas imagens:
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ref.: https://www.oficinadanet.com.br/post/15507-nasa-divulga-video-em-4k-do-sol-confira?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+oficinadanet_rss+%28Oficina+da+Net%29Isso me lembra da glória de Deus que criou todas as coisas...
- Senhor, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra! Tu, cuja glória é cantada nos céus.
- Dos lábios das crianças e dos recém-nascidos firmaste o teu nome como fortaleza, por causa dos teus adversários, para silenciar o inimigo que busca vingança.
- Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste,
- pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes?
- Tu o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glória e de honra.
- Tu o fizeste dominar sobre as obras das tuas mãos; sob os seus pés tudo puseste:
- Todos os rebanhos e manadas, e até os animais selvagens,
- as aves do céu, os peixes do mar e tudo o que percorre as veredas dos mares.
- Senhor, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra!
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sábado, novembro 14, 2015
Jamais Desista
Atos 13.1-52 - MISSÕES COM ORAÇÃO E JEJUM - ESSE É O MÉTODO EFICIENTE.
Como já dissemos, Atos foi escrito para
orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o
Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao
mundo gentio. Estamos no capítulo 13, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 13
Tudo aqui começa com jejum e oração. Eles
estavam servindo ao Senhor e o Espírito Santo diz a eles para apartarem a
Barnabé e Saulo para uma obra que ele os tinha chamado. Eles jejuam, oram, os
outros impõem as suas mãos sobre eles e os despedem a fim de que cumpram o
respectivo chamado de cada um.
Eu acho incrível este início porque não é
de qualquer jeito que iremos fazer a obra do Senhor. Eles estavam debaixo de
cobertura espiritual e saíram abençoados e prontos para cumprirem tudo que o
Senhor desejava.
Em sua missão quando anunciavam o evangelho
ao procônsul Sérgio Paulo, homem inteligente, havia uma oposição que procurava
distrair e tirar a atenção. Também nós em nossas missões devemos estar atentos
a estes desvios e, com sabedoria e poder de Deus, repreender todo levante
contrário.
Elimaz, o mágico, aquele que se lhes
opunha, ficou cego e isto maravilhou ao procônsul que creu e assim foi alcançado
pelo Senhor.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31)
Paulo, como testemunha apostólica de
Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele.
Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho
aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para
dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Veremos desde o primeiro versículo do
capítulo 13 ao último do 28, o testemunho apostólico aos confins da terra.
Nesse ponto, Lucas passa a registrar o
terceiro e mais importante estágio da propagação do evangelho às nações gentias
(3.1-7.60; 8.1-11.18). Pedro já havia aberto o evangelho aos gentios
(10.1-11.18), porém agora a atenção se volta para Paulo, que prossegue com essa
missão apostólica.
Dividiremos, seguindo sempre a divisão
proposta da BEG, esta última parte IV em 7 seções: A. A primeira viagem
missionária de Paulo (13.1-14.28) – começaremos
ver agora; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35); C. A segunda viagem
missionária de Paulo (15.36-18.22); D. A terceira viagem missionária de Paulo
(18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém
(21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do
ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28).
Até o próximo capítulo, estaremos vendo a primeira
viagem missionária de Paulo. Esses capítulos descrevem a primeira de quatro
viagens em que Paulo cumpre a missão do apóstolo às nações. Paulo e Barnabé
alcançam Chipre e a Galácia.
Naquela igreja de Antioquia havia profetas
e mestres, entre eles:
ü
Barnabé.
ü
Simeão
- um homem de pele escura (niger é o termo latino para "negro") que
pode ter vindo da África. Possivelmente era o mesmo Simão Cireneu registrado em
Lc 23.26, cujos filhos, Alexandre e Rufos, estavam entre os cristãos da igreja
em Roma (Mc 15.21; cf. Rm 16.13).
ü
Lúcio
de Cirene - Cirene era a capital da província romana de Cirenaica (a atual
Líbia).
ü
Manaém
- um cristão que, de acordo com o que se dizia, era irmão de criação de Herodes
Antipas. Não sabemos como Manaém (o nome em grego do hebraico Menahem) ouviu o
evangelho e se converteu ao Senhor.
ü
E
por fim, Saulo.
Eles estavam orando e jejuando, conforme o
Espírito Santo os conduzia a isso e o Espírito Santo disse para eles que fossem
separados Barnabé e Saulo, pois Deus tinha uma obra especial para eles.
Primeiro oraram e jejuaram, depois
impuseram as mãos sobre eles e os enviaram, conforme tinha solicitado o
Espírito de Deus.
Jejum e especialmente oração eram práticas
vitais dos cristãos, conforme registrado em Atos (2.42; 3.1; 4.24; 6.4; 10.31;
14.23; 28.8).
Reconhecendo que o Espírito Santo separou
Barnabé e Paulo, a imposição de mãos foi uma certificação oficial do chamado do
Espírito (vs. 2) e à missão que estavam para realizar (vs. 4; cf. 14.23; 1Tm
4.14).
Enviados pelo Espírito de Deus, desceram a
Selêucia e dali, navegaram para Chipre.
Selêucia era o porto da cidade de
Antioquia, distante 25 km a oeste de Antioquia e cerca de 8 km ao norte do rio
Orontes. Já Chipre era uma ilha próxima à costa da Fenícia (atual Síria),
habitada em sua maioria por gregos, mas também havia muitos judeus ali.
Eles então chegaram a Salamina. Eles
navegaram cerca de 210 km na direção sudoeste, para a cidade de Salamina, que
ficava na costa leste de Chipre. Salamina era a cidade mais importante da
província de Chipre nesse tempo, cuja capital era Pafos, que ficava no outro
extremo da ilha, aproximadamente 145 km a sudoeste.
Por aonde iam, pregavam o evangelho e iam constituindo
igrejas. Em Salamina, João estava com eles como auxiliar e o lugar preferido
das pregações eram as sinagogas dos judeus.
Viajaram por toda a ilha e chegaram a
Pafos. Ali havia um certo judeu, mágico. Além de "mágico", o termo
grego magos também pode significar "homem sábio" (Mt 2.1) e
"feiticeiro". Embora a feitiçaria fosse proibida no judaísmo, algumas
pessoas a praticavam mesmo assim.
O nome do judeu era Barjesus. Um falso
profeta cujo nome vem de Bar (no aramaico, significa "filho de") e de
Jesus (no hebraico, Josué). Ele era mago e falso profeta (vs. 6 - NVI). Também
ele era assessor do procônsul Sérgio Paulo.
Possivelmente Lúcio Sérgio Paulo, que havia
sido um oficial durante o reinado de Cláudio e depois se tornou procônsul
(governador de uma província senatorial, que respondia diretamente ao senado de
Roma) em Pafos, capital de Chipre. A Palestina, por sua vez, era uma província
imperial, cujo procurador respondia diretamente ao imperador.
O procôncul era um homem culto e tinha
mandado chamar a Barnabé e Saulo porque queria conhecer melhor o caminho e a
fé. No entanto, Elimas, outro nome para Barjesus, que estava presente na corte
do procônsul, tentava impedir Sérgio de crer na mensagem cristã.
Foi nesse momento que Saulo, também chamado
Paulo, cheio do Espírito Santo olhou firmemente para Elimas e o repreendeu.
Saulo era o seu nome judeu e Paulo o seu
nome gentio romano. Muitos judeus desse tempo tinham dois nomes (p. ex., Simão
Pedro).
Como cidadão romano, Paulo tinha dois nomes,
possivelmente três, e já usava o seu nome romano antes mesmo da conversão de
Sérgio Paulo.
A partir desse ponto, Lucas deixa de
escrever "Barnabé e Saulo" e passa a registrar "Paulo e
Barnabé", exceto quando esses missionários retornam à igreja em Jerusalém,
para a qual Barnabé era o líder da dupla (14.14).
A repreensão de Paulo foi forte. Ele o
chamou de filho do diabo e inimigo de tudo o que era justo, estando cheio de
todo engano e maldade. Ele fez uma pergunta retórica a ele dizendo até quando
iria ele continuar pervertendo os retos caminhos de Deus e sobre ele emitiu um
juízo que se cumpriu de imediato. A mão do Senhor foi sobre ele e ele ficou
cego por um tempo.
Diante disso, o procônsul creu,
profundamente impactado com o ensino do Senhor.
De Pafos, dirigiram-se a Perge da Panfilia.
A cidade de Perge estava localizada na costa sul da Ásia Menor, a noroeste de
Chipre, pertencendo à província romana da Panfilia, uma região de economia
bastante pobre. Perge situava-se a 8 km do litoral e cerca de 20 km a nordeste
do porto de Atália.
João que era auxiliar deles – vs. 5 – os acompanhou
até aqui e voltou para Jerusalém. Eles, de Perge foram para a Antioquia da
Pisídia. Essa Antioquia estava localizada na Frigia, perto da fronteira com a
Pisídia. No entanto, como já havia outra cidade chamada Antioquia na Frigia,
esta, por estar mais próxima da Pisídia, acabou ficando conhecida como “Antioquia
da Pisídia". Situava-se cerca de 160 km ao norte de Perga e sua altitude
era cerca de 1.110 m acima do nível do mar.
Foi num sábado que eles chegaram na
sinagoga e se assentaram. Foi somente
depois da leitura da lei e dos profetas que os chefes das sinagogas ofereceram
a oportunidade a eles para uma palavra de encorajamento.
Um culto de adoração regular nas sinagogas
desse tempo incluía:
ü
A
leitura do credo (Dt 6.4).
ü
A
oração das "dezoito bênçãos".
ü
Uma
leitura da lei.
ü
Uma
leitura dos profetas.
ü
Uma
exposição seguida de aplicação (Lc 4.16-30).
ü
E
uma bênção de encerramento.
Paulo aceitou a oferta do chefe da sinagoga
e começou a pregar. Ele começa invocando os israelitas e judeus tementes a Deus
para ouvi-lo com atenção.
Dos versos 20 ao 32, Paulo expõe o
evangelho, começando da escolha de Deus pelo seu povo que durante muito tempo
foi escravo no Egito, mas depois foi liberto com grande poder e braço forte do
Senhor.
Do Egito, foram para no deserto, onde Deus
os aturou por 40 anos e depois destruiu sete nações em Canaã para dar a eles a
sua terra em herança. Isso tudo levou cerca de quatrocentos e cinquenta anos (Cerca
de quatrocentos anos, acrescentando-se quarenta anos da peregrinação no deserto
e mais o período da conquista da terra por Josué).
Depois vieram os juízes que Deus deu a eles
até o tempo do profeta Samuel quando o povo pediu para eles um rei como as
outras nações tinham reis. O problema não era a monarquia, mas o desejo de ser
como as outras nações. Deus lhes deu Saul, mas foi rejeitado apesar de ter
reinado por 40 anos.
Após Saul, Deus levantou Davi, este
portador da semente messiânica de Gn 3.15, um homem segundo o coração de Deus
que tudo iria fazer conforme a vontade do Senhor.
Foi da descendência de Davi que Deus trouxe
a Jesus como Salvador conforme havia prometido.
Antes de vir Jesus, Deus levantou João
Batista que pregou o arrependimento para todo o povo de Israel e quando todos
imaginavam que seria João o prometido, este apontou a Jesus, como o cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo.
No entanto, o povo de Jerusalém e seus
governantes não reconheceram o tempo da visitação de Deus e o desprezaram a
ponto de sentenciá-lo à morte e morte de cruz, sendo após colocado em um
sepulcro.
Ele de fato morreu, mas Deus o ressuscitou
dos mortos – vs. 30.
Após ressuscitado, foi visto várias vezes
por muitos dias até o tempo que se cumpriu quando ocorreu a sua ascensão, 40
dias após a sua ressurreição.
Paulo enfatizou a ressurreição de Jesus, o
ponto crucial do testemunho apostólico (1.22), e citou três passagens do Antigo
Testamento (SI 2.7; 16.10; Is 55.3):
ü
“Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei” –
Sl 2.5. Isto é, "Hoje, ao ressuscitá-lo dos mortos, declaro que tu és meu
Filho e eu, teu Pai" (Hb 1.5).
ü
“Eu lhes dou as santas e fiéis bênçãos
prometidas a Davi” – Is 55.3.
ü
“Não permitirás que o teu Santo sofra
decomposição” – Sl 16.10.
Deus não permitiu que seu corpo sofresse
corrupção como aconteceu com Davi.
Ele orienta e ensina a eles que agora, mediante
Jesus, lhes é proclamado o perdão dos pecados. Por meio dele, todo aquele que
crê é justificado de todas as coisas das quais não podiam ser justificados pela
lei de Moisés as quais eram impossíveis de o homem as cumprir.
A lei conduz o pecador para Cristo (GI
3.24), pois "o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a
fé em Cristo Jesus" (GI 2.16). Ser justificado é ser declarado justo por
Deus (Rm 3.21-22) e, consequentemente, receber o perdão dos pecados (Ef 1.7).
Eles, agora, eram suas testemunhas (de
Jesus Cristo) e os anunciadores do evangelho, conforme Deus tinha prometido.
O que seria necessário doravante? Cuidado para
não acontecer com eles o que disseram os profetas: “Olhem, escarnecedores, admirem-se e pereçam; pois nos dias de vocês
farei algo que vocês jamais creriam se alguém lhes contasse!” – Hb 1.5.
Por causa da palavra, da convicção, ousadia
e profundidade com que ministraram, foram convidados a pregarem novamente no
outro sábado seguinte, mas já naquele momento, muitos creram e se converteram.
No sábado seguinte, lá estavam eles
novamente. O impacto da primeira pregação fez com que toda a cidade estivesse
presente na segunda ministração.
Movidos por inveja, os judeus que não se
converteram endureceram seus corações e se opuseram a eles e os contradiziam em
tudo o que falavam.
Paulo e Barnabé, com ousadia, lhes falaram e
declararam que doravante estariam voltados para os gentios uma vez que eles
estavam rejeitando a palavra de salvação.
Paulo, considerando que Jesus, o Messias,
veio por meio dos judeus (Gn 12.3), foi consistente em aplicar o princípio
"primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1.16), pois reconheceu que
o plano de Deus inclui os gentios (Is 49.6), um fato que os judeus da Antioquia
de Pisídia se recusavam a aceitar.
A intenção de Paulo não era demonstrar que
os judeus eram dignos no sentido de que mereciam a salvação (Rm 3.9ss.), mas
que percebessem o quanto Deus os valorizava como pessoas feitas à sua imagem e
povo da sua aliança.
Paulo afirmou que a falta de interesse dos
judeus pelo evangelho demonstrava que não tinham por si mesmos a mesma
consideração que Deus tinha por eles.
Ouvindo isso a alegria contagiou os gentios
e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. A soberana
eleição de Deus operava para levar seu povo à fé em Cristo (Ef 2.8) por meio da
convicção e arrependimento (11.18; 2Tm 2.25).
Lucas usa a voz passiva ("haviam sido
destinados") para indicar que Deus foi o agente, pois somente ele pode
conceder vida eterna (Mt 25.46; Jo 10.28; 17.2). A expressão "haviam sido
destinados" é uma conjugação verbal construída no pretérito
mais-que-perfeito, indicando uma ação que aconteceu no passado e cujo resultado
tem implicações relevantes para o presente.
No Antigo Testamento, Deus revelou que
concederia a bênção da salvação para os gentios (Gn 12.1-3; Is 42.6; 49.6).
O resultado disso foi que a palavra do
Senhor se espalhou ainda mais – vs. 49. Os judeus não recuaram e começaram a
perseguir de tal forma que incitaram as mulheres piedosas de elavada posição e
os principais da cidade para provocarem uma grande perseguição contra Paulo e
Barnabé e assim os expulsaram do seu território.
Paulo e Barnabé sacudiram de seus pés - um
gesto judeu que indica desgosto e separação (Mt 10.14) - o pó da cidade em
protesto contra eles e partiram para Icônio.
Paulo e Barnabé viajaram cerca de 130 km na
direção sudeste por uma estrada chamada Via Sebaste, que ligava Antioquia da
Pisídia e Icônio, uma antiga cidade da Frigia que os gregos transformaram numa
cidade-estado (uma pólis).
Mais tarde, sob o comando do imperador
Augusto, tornou-se uma cidade pertencente à província romana da Galácia.
profetas e
mestres:
Barnabé,
Simeão,
por sobrenome Níger,
Lúcio
de Cirene,
Manaém,
colaço de Herodes, o tetrarca,
e
Saulo.
At 13:2 E, servindo eles ao Senhor
e jejuando,
disse o
Espírito Santo:
Separai-me,
agora, Barnabé e Saulo
para
a obra a que os tenho chamado.
At 13:3 Então,
jejuando,
e orando,
e impondo
sobre eles as mãos,
os
despediram.
At 13:4 Enviados, pois,
pelo Espírito
Santo,
desceram
a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
At 13:5
Chegados a Salamina,
anunciavam
a palavra de Deus nas sinagogas judaicas;
tinham
também João como auxiliar.
At 13:6 Havendo atravessado toda a ilha
até Pafos,
encontraram
certo judeu, mágico, falso profeta, de nome Barjesus,
At
13:7 o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo,
que
era homem inteligente.
Este, tendo
chamado Barnabé e Saulo,
diligenciava
para ouvir a palavra de Deus.
At 13:8 Mas
opunha-se-lhes Elimas, o mágico
(porque
assim se interpreta o seu nome),
procurando
afastar da fé o procônsul.
At 13:9 Todavia, Saulo, também chamado
Paulo,
cheio do
Espírito Santo,
fixando
nele os olhos, disse:
At
13:10 Ó filho do diabo,
cheio
de todo o engano
e
de toda a malícia,
inimigo
de toda a justiça,
não
cessarás de perverter
os
retos caminhos do Senhor?
At 13:11 Pois, agora, eis aí está sobre
ti a mão do Senhor,
e ficarás
cego, não vendo o sol por algum tempo.
No mesmo instante, caiu sobre ele névoa
e escuridade,
e, andando à roda, procurava quem o
guiasse pela mão.
At 13:12 Então, o procônsul, vendo o que
sucedera,
creu,
maravilhado com a doutrina do Senhor.
At 13:13 E, navegando de Pafos,
Paulo e seus
companheiros dirigiram-se a Perge da Panfília.
João, porém, apartando-se deles,
voltou para
Jerusalém.
At
13:14 Mas eles, atravessando de Perge
para
a Antioquia da Pisídia,
indo
num sábado à sinagoga, assentaram-se.
At 13:15 Depois da leitura da lei e dos
profetas,
os chefes da
sinagoga mandaram dizer-lhes:
Irmãos, se
tendes alguma palavra de exortação para o povo, dizei-a.
At 13:16 Paulo, levantando-se e fazendo
com a mão sinal de silêncio, disse:
Varões
israelitas e vós outros que também temeis a Deus,
ouvi.
At 13:17 O
Deus deste povo de Israel escolheu nossos pais
e exaltou o
povo durante sua peregrinação na terra do Egito,
donde
os tirou com braço poderoso;
At
13:18 e suportou-lhes os maus costumes
por
cerca de quarenta anos no deserto;
At
13:19 e, havendo destruído sete nações na terra de Canaã,
deu-lhes
essa terra por herança,
At
13:20 vencidos cerca de quatrocentos e cinqüenta anos.
Depois disto,
lhes deu juízes, até o profeta Samuel.
At 13:21
Então, eles pediram um rei,
e
Deus lhes deparou Saul, filho de Quis,
da
tribo de Benjamim,
e
isto pelo espaço de quarenta anos.
At
13:22 E, tendo tirado a este,
levantou-lhes
o rei Davi,
do
qual também, dando testemunho, disse:
Achei
Davi, filho de Jessé,
homem
segundo o meu coração,
que
fará toda a minha vontade.
At 13:23 Da descendência deste,
conforme a
promessa,
trouxe
Deus a Israel o Salvador,
que
é Jesus,
At 13:24 havendo João,
primeiro,
pregado a todo o povo de Israel, antes da manifestação dele,
batismo
de arrependimento.
At 13:25 Mas, ao completar João a sua
carreira, dizia:
Não sou quem
supondes;
mas
após mim vem aquele de cujos pés
não
sou digno de desatar as sandálias.
At 13:26 Irmãos, descendência de Abraão
e vós outros os que temeis a Deus,
a nós nos foi
enviada a palavra desta salvação.
At 13:27 Pois
os que habitavam em Jerusalém e as suas autoridades,
não
conhecendo Jesus
nem
os ensinos dos profetas que se lêem todos os sábados,
quando
o condenaram,
cumpriram
as profecias;
At
13:28 e, embora não achassem nenhuma causa de morte,
pediram
a Pilatos que ele fosse morto.
At 13:29 Depois de cumprirem tudo o que
a respeito dele estava escrito,
tirando-o do
madeiro,
puseram-no
em um túmulo.
At
13:30 Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos;
At
13:31 e foi visto muitos dias pelos que, com ele,
subiram
da Galiléia para Jerusalém,
os quais são
agora as suas testemunhas perante o povo.
At 13:32 Nós vos anunciamos
o evangelho
da promessa
feita
a nossos pais,
At 13:33 como Deus a cumpriu plenamente
a nós,
seus filhos,
ressuscitando a Jesus,
como
também está escrito no Salmo segundo:
Tu
és meu Filho,
eu,
hoje, te gerei.
At 13:34 E, que Deus
o ressuscitou
dentre os mortos
para
que jamais voltasse à corrupção, desta maneira o disse:
E cumprirei a vosso favor
as santas
e fiéis
promessas feitas a Davi.
At 13:35 Por isso, também diz em outro
Salmo:
Não
permitirás que o teu Santo veja corrupção.
At 13:36 Porque, na verdade,
tendo Davi
servido à sua própria geração,
conforme
o desígnio de Deus,
adormeceu,
foi
para junto de seus pais
e
viu corrupção.
At 13:37 Porém aquele
a quem Deus
ressuscitou
não
viu corrupção.
At 13:38 Tomai, pois, irmãos,
conhecimento
de que se vos
anuncia
remissão
de pecados
por
intermédio deste;
At
13:39 e, por meio dele,
todo
o que crê é justificado
de
todas as coisas das quais
vós
não pudestes ser justificados
pela
lei de Moisés.
At 13:40 Notai, pois, que não vos
sobrevenha o que está dito nos profetas:
At 13:41 Vede,
ó desprezadores,
maravilhai-vos
e desvanecei,
porque
eu realizo,
em
vossos dias,
obra
tal que não crereis
se
alguém vo-la contar.
At 13:42 Ao saírem eles,
rogaram-lhes
que, no sábado seguinte,
lhes
falassem estas mesmas palavras.
At 13:43 Despedida a sinagoga,
muitos dos
judeus e dos prosélitos piedosos
seguiram
Paulo e Barnabé,
e
estes, falando-lhes, os persuadiam
a
perseverar na graça de Deus.
At 13:44 No sábado seguinte,
afluiu quase
toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
At
13:45 Mas os judeus,
vendo
as multidões,
tomaram-se
de inveja
e,
blasfemando, contradiziam
o
que Paulo falava.
At 13:46 Então, Paulo e Barnabé,
falando
ousadamente, disseram:
Cumpria
que a vós outros,
em
primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus;
mas,
posto que a rejeitais
e
a vós mesmos vos julgais indignos
da
vida eterna,
eis aí que
nos volvemos para os gentios.
At
13:47 Porque o Senhor assim no-lo determinou:
Eu te constituí para luz dos gentios,
a fim de que
sejas para salvação
até
aos confins da terra.
At 13:48 Os gentios,
ouvindo isto,
regozijavam-se
e
glorificavam a palavra do Senhor,
e
creram
todos
os que haviam sido destinados
para
a vida eterna.
At 13:49 E divulgava-se a palavra do
Senhor
por toda
aquela região.
At 13:50 Mas os judeus instigaram as
mulheres piedosas de alta posição
e os principais da cidade
e levantaram perseguição contra Paulo e
Barnabé,
expulsando-os
do seu território.
At 13:51 E estes,
sacudindo
contra aqueles o pó dos pés,
partiram
para Icônio.
At 13:52 Os discípulos, porém,
transbordavam
de alegria
e do Espírito
Santo.
Em continuação, Paulo e Barnabé pregam em
uma sinagoga na Antioquia da Psídia e conseguem convencer muita gente, tantas
que os judeus ficaram com inveja e tramaram contra eles. Paulo dizia a eles que anunciavam o evangelho da
promessa feita aos nossos pais!
Isto é muito interessante e profundo! Havia
uma promessa e Cristo era essa promessa. Engana-se quem pensa que o AT é sem
valor em virtude do NT. Aquele fala do mesmo Messias que haveria de vir e este
do que veio, cumprindo as promessas.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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sexta-feira, 13 de novembro de 2015
sexta-feira, novembro 13, 2015
Jamais Desista
Quatro Razões para Preparar o Manuscrito de seus Sermões
Se você já leu alguns dos muitos
livros e artigos sobre preparação de sermão, provavelmente já leu o adágio que
diz: “Pense exaustivamente, leia abundantemente, escreva claramente, ore
fervorosamente e entregue-se completamente”. Essa frase já foi atribuída a
Alistair Begg, John MacArthur e outros, mas, de fato, teve origem com um
anglicano galês chamado W.H. Grifith Thomas.[1] Embora eu concorde com todas as
cinco exortações de Thomas, a que desejo enfatizar neste ensaio é a terceira:
“Escreva claramente”.
Há muito, é discutido em círculos de
pregação se um pregador deve ou não escrever o manuscrito de seus sermões.
Embora seja verdade que alguns dos grandes pregadores ao longo da história da
igreja (incluindo alguns favoritos como Charles Spurgeon e Martyn Lloyd-Jones)
não usavam e até desencorajavam o uso do manuscrito, nem eu nem você somos tão
inteligentes quanto Charles Spurgeon ou Martyn Lloyd-Jones. Então, deixe-me
dar-lhe quatro razões pelas quais você deve considerar manuscrever seu sermão
como parte de sua preparação.
Quatro razões para escrever um
manuscrito
1 - Escreva um manuscrito para
encurtar o seu tempo de preparação
Eu estava tentando encorajar um
pastor amigo meu a escrever manuscritos, quando ele disse: “Eu simplesmente não
tenho tempo para escrever um manuscrito”. Muitos pastores talvez usem o tempo
como uma desculpa e eu entendo quão ocupada pode ser a semana de um pastor.
Mesmo enquanto escrevo este artigo, fico pensando: “Eu realmente deveria estar
trabalhando no meu sermão, fazendo uma ligação ou treinando um dos
estagiários”. Mas defendo que, em vez de alongar o seu tempo de preparação,
escrever um manuscrito pode, na verdade, encurtá-lo. Quando você estiver
estudando e se deparar com algo que seja bom para o seu sermão, apenas escreva,
e aí está. Então, ao construir o seu sermão, você pode simplesmente acoplar
todas as suas melhores notas e não precisa voltar para encontrar ou tentar
lembrar-se de alguma coisa que estudou.
2 - Escreva um manuscrito para
encontrar as palavras certas
Mark Twain certa vez disse: “A
diferença entre a palavra certa e a palavra quase certa é a diferença entre um
relâmpago e um vagalume”. E se John Owen houvesse dito: “Abandone a sua vida de
pecado, porque é importante para o crescimento cristão”, em vez de: “Mate o
pecado, ou o pecado matará você”? Ambas as sentenças comunicam a mesma verdade,
mas a segunda é dita de modo tão apropriado que deixa uma impressão duradoura
no coração. É importante usar s palavras certas, e escrever um manuscrito ajuda
o pregador a não apenas dizer coisas verdadeiras, mas a dizer coisas
verdadeiras de forma apropriada.
3 - Escreva um manuscrito para
certificar-se de que o seu sermão é harmonioso
Uma das marcas da grande pregação é
que ela é harmoniosa. Com efeito, eu estava recentemente conversando com outro
pastor amigo e ele disse: “Eu tenho pregado por anos, mas, quando comecei a
fazer manuscritos, meus sermões ficaram melhores já no domingo seguinte, porque
ficaram instantaneamente mais harmoniosos”. Um bom pregador tem muitos pontos
altos que chamam a atenção dos seus ouvintes e os inspiram. Um grande pregador,
porém, é capaz de capturar a atenção do seu ouvinte e segurá-la durante toda a
duração do sermão, conduzindo-os suavemente de um ponto para o seguinte. De
novo: a menos que você tenha a mente de Spurgeon, é difícil fazer isso sem
escrever um manuscrito.
Um manuscrito ajuda o pregador nas
transições, uma vez que permite claramente equilibrar o tempo para cada ponto;
um manuscrito também ajuda a explicar passagens ou verdades difíceis com
clareza. Isso ajuda o pregador a ver o seu sermão como uma unidade antes de
pregá-lo, permitindo-lhe assim editar o seu sermão fácil e decisivamente. Com
efeito, é apenas quanto eu olho para o produto final que consigo de fato ver os
pontos que não se encaixam ou que eu posso retirar da mensagem como um todo. A
pregação é um chamado sublime de Deus, então, o pregador deve fazer todo o
possível para apresentar o melhor argumento, o mais harmonioso e o mais cheio
do Espírito, perante homens moribundos cuja única esperança é que suas almas
sejam vivificadas em Cristo.
4 - Escreva um manuscrito para manter
um registro
Um dos meus maiores tesouros são os
cerca de 1.200 sermões que eu preguei durante os meus anos de ministério.
Felizmente, por ter sido encorajado desde cedo a escrever manuscritos, eu tenho
um registro de todos eles. Eles me têm sido um imenso auxílio ao escrever
outros sermões ou ao me preparar para pregar fora da minha própria igreja
local. Ter um registro dos meus sermões também me ajuda no ministério pastoral.
Quase todo domingo, alguém me pede aconselhamento a respeito de algo que eu
acabei de pregar; poder indicar-lhe a nossa página na internet, na qual
postamos todos os manuscritos de sermões online ou poder lhes enviar por e-mail
um trecho de um sermão é uma ferramenta pastoral poderosa.
Conclusão
Há muitas outras razões pelas quais
você deve fazer manuscritos de seus sermões: isso ajuda a manter o pregador
dentro do tempo; se você prega em cultos múltiplos, isso pode garantir que as
duas congregações recebam o mesmo ensino; isso pode ajudá-lo a evitar o uso das
mesmas ilustrações; eu poderia ir além.
Mas quero concluir abordando as
advertências de Spurgeon, Lloyd-Jones[2] e outros: o pregador deve sempre estar
livre e o manuscrito nunca deve prendê-lo. Eu concordo com Spurgeon que o
manuscrito nunca deve ser lido e que o pregador deve ter discernimento o suficiente
para, às vezes, falar extemporaneamente, afastando-se do manuscrito quando
sentir a necessidade ou o desejo de fazê-lo. Se um pregador não consegue evitar
ler o manuscrito, talvez ele deva escrever o sermão e depois, separadamente,
escrever um esboço para levar ao púlpito. Embora eu creia que o manuscrito seja
uma das melhores ferramentas na preparação para o sermão, ele pode ser uma
ferramenta perigosa na entrega do sermão. Você é o pregador, não o manuscrito.
É você quem entrega o sermão, não o manuscrito. O manuscrito é uma grande
ferramenta, mas Deus unge o homem para pregar, não o manuscrito.
Notas:
[1] J. I. Packer, Truth and Power
(Guildford, Surrey: Eagle, 1990), 132 (sem tradução em português).
[2] Dois recursos clássicos sobre pregação são: C. H. Spurgeon, Lectures to My Students: Complete & Unabridged (Grand Rapids, Mich: Zondervan Pub. House, 1954) (publicado em português sob o título Lições aos meus alunos. São Paulo: Editora PES, [s. d.], 3 volumes), and David Martyn Lloyd-Jones, Preaching and Preachers (Grand Rapids, Mich: Zondervan Pub. House, 1972) (publicado em português sob o título Pregação e pregadores. 2. ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2008).
[2] Dois recursos clássicos sobre pregação são: C. H. Spurgeon, Lectures to My Students: Complete & Unabridged (Grand Rapids, Mich: Zondervan Pub. House, 1954) (publicado em português sob o título Lições aos meus alunos. São Paulo: Editora PES, [s. d.], 3 volumes), and David Martyn Lloyd-Jones, Preaching and Preachers (Grand Rapids, Mich: Zondervan Pub. House, 1972) (publicado em português sob o título Pregação e pregadores. 2. ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2008).
*Créditos da postagem:
- Autoria: Jason Dees. Ele é pastor titular da Valleydale Church em Birmingham, Alabama, EUA.
- Tradução e CopyRight: Editora Fiel
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