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domingo, 15 de novembro de 2015

Atos 14.1-28 - INDO SEMPRE, MAS COM OUSADIA, GRAÇA E PODER

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 14, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 14
Enquanto eles iam pregando ousadamente e alcançando resultados incríveis na evangelização, haviam os judeus incrédulos que trabalhavam ao contrário...
O Senhor cooperava com eles na pregação confirmando a palavra pregada da sua graça ao conceder a eles que pelas suas mãos se fizessem sinais e prodígios. Quem era então aquele que trabalhava contra o Senhor?
Por um lado, a pregação ousada e sinais, curas e maravilhas; por outro, um povo invejoso que tentava de todas as formas impedir a pregação. Em virtude da confusão formada, são obrigados a partirem e vão para Listra e Derbe, cidades da Icônia, pregarem o evangelho.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – concluiremos agora; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35); C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22); D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) - continuação.
Estamos vendo, como falamos, a primeira viagem missionária de Paulo. Paulo e Barnabé alcançam Chipre e a Galácia.
Eles chegam em Icônio e Paulo e Barnabé, como de costume, foram à sinagoga judaica pregarem o evangelho com ousadia, graça e poder.
O resultado disso foi que muitos creram neles, tanto judeus como gentios, mas alguns dos judeus que se tinham recusado a crer – eles poderiam ter escolhido crer! - incitaram os gentios e irritaram-lhes os ânimos contra os irmãos.
Mesmo assim, Paulo e Barnabé passaram bastante tempo ali, falando corajosamente do Senhor, que confirmava a mensagem de sua graça realizando sinais e maravilhas pelas mãos deles.
Com a chegada deles, o povo da cidade ficou dividido: alguns estavam a favor dos judeus, outros a favor dos apóstolos.
Essa é a primeira vez em Atos – vs. 4 - em que o termo “apóstolos” é usado num sentido mais amplo que inclui outros homens (p. ex., Barnabé) além dos apóstolos escolhidos por Jesus (Mt 10.1-4; At 1.24-26; em 2Co 1.1, Paulo se distinguiu dos demais companheiros designando-se a si mesmo como apóstolo).
Uma conspiração estava formada de gentios e judeus para os maltratarem e os apedrejarem. O apedrejamento era um modo de execução judaica que visava punir com a morte os crimes de blasfêmia (7.58-59).
Eles foram avisados e fugiram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia. Embora essas duas cidades pertencessem mais precisamente à província romana da Galácia, juntamente com Icônio, também faziam parte do subdistrito chamado Licaônia. Contudo, entre 37-72 d.C., Icônio foi considerada, em termos linguísticos e políticos, como pertencente à Frigia.
Eles pareciam nem ligar para as consequências ou para os acontecimentos, o fato era que estavam sempre pregando as boas novas – vs. 7.
Assim, em Listra encontraram um homem paralítico dos pés e aleijado desde o nascimento. Em 6 d.C., o imperador Augusto fortificou esse antigo assentamento licaônico (Listra) e o transformou numa colônia romana pertencente à província da Galácia, povoando-a com veteranos do exército romano.
Paulo depois de sua prédica, encontrou-se com o paralítico e olhando nos olhos dele, viu que tinha fé para ser curado e deu uma ordem para seu corpo em nome de Jesus. Ele foi muito objetivo e disse: "Levante-se! Fique de pé!” Com isso, o homem deu um salto e começou a andar – vs. 10.
Ao verem tal fato inusitado o povo começou a gritar em sua própria língua licaônica. A língua nativa da maior parte do povo. Eles achavam terem os deuses descido até eles em forma humana.
Uma antiga lenda que circulava em Listra dizia que o deus grego Zeus (chefe dos deuses) e Hermes (o mensageiro de Zeus) andavam pela região disfarçados como seres humanos.
De acordo com a lenda, eles foram para o interior da Frigia para conhecer a hospitalidade do povo; porém, somente um casal os recebeu e, como recompensa, a cabana deles foi transformada num templo com colunas de mármore e teto de ouro; as outras pessoas que haviam se recusado a recebê-los tiveram suas casas destruídas.
E possível que os habitantes de Listra tivessem identificado Barnabé como Zeus (Júpiter, para os romanos) e Paulo como Hermes (Mercúrio, para os romanos). Logo, procurando evitar a ira divina, os habitantes passaram a honrá-los como se fossem deuses.
De imediato, eles recusaram aquela homenagem e rasgaram suas vestes numa demonstração de angústia.
O conteúdo desse sermão de Paulo – vs. 15 ao 17 - é semelhante àquele que ele pregou em Atenas (17.22-31), sendo ambos dirigidos a uma multidão pagã que não entenderia as citações e explicações das Escrituras do Antigo Testamento. Paulo salientou o fato de que o poder criador e o cuidado de Deus também se estendiam às pessoas de Listra.
·         Eles eram homens como eles.
·         Eles eram arautos do Deus verdadeiro.
·         Eles estariam trazendo boas novas desse Deus.
·         A palavra de Deus dizia para eles se afastarem dessas coisas vãs e se voltarem para o Deus vivo.
·         Esse Deus vivo foi quem fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há.
·         Esse Deus vivo, no passado, permitiu que todas as nações seguissem os seus próprios caminhos.
·         Nesse tempo, esse Deus vivo não ficou sem testemunho mostrando a sua bondade:
ü Dando-lhes chuva do céu.
ü Dando-lhes colheitas no tempo certo.
ü Concedendo-lhes sustento com fartura.
ü Enchendo de alegria os seus corações.
Ainda assim, tiveram muita dificuldade em impedir a oferta de sacrifícios para eles.
Alguns judeus que chegaram de Antioquia e de Icônio, percebendo a situação, trataram de reverter o ânimo da multidão, fazendo com que ela passasse a odiá-los a tal ponto de apedrejarem Paulo e darem ele como morto e assim o arrastaram para fora da cidade, pensando estar ele morto.
Veja a cena de forma completa. Paulo e Barnabé iam de cidade em cidade pregando o evangelho e alguns judeus iam no mesmo caminho, mas procurando de todas as formas desfazerem todo trabalho missionário deles.
Ora, se Deus estava levando Paulo e Barnabé a pregarem; o diabo, certamente, estaria fazendo o mesmo, mas ao contrário.
Quando os discípulos chegaram perto de Paulo, este se levantou e ainda voltou para a cidade e somente no dia seguinte partiram para Derbe - outra cidade na fronteira da província de Licaónia (atual Kerti Huyuk, na Turquia) situada no sudeste da Galácia, distante cerca de 105 km a sudeste de Listra. Quão triste e terrível é ver a Turquia hoje totalmente esquecida do evangelho.
Em Derbe, continuaram o trabalho de evangelização e missões onde fizeram muitos discípulos. Depois, voltaram no caminho de ida para Listra, Icônio e Antioquia para fortalecer os discípulos, encorajá-los a permanecerem na fé afirmando a eles que era necessário que passassem por muitas tribulações para entrarem no Reino de Deus.
O trabalho de Paulo e Barnabé era contínuo em cada lugar, em cada igreja, sempre com oração e jejum e deixando presbíteros e oficiais da igreja encomendados ao Senhor, em quem haviam confiado.
Eles continuam suas viagens e passando pela Pisídia, chegaram à Panfília e, tendo pregado a palavra em Perge, desceram para Atália. De Atália, navegaram de volta a Antioquia, onde tinham sido recomendados à graça de Deus para a missão que agora haviam completado.
Havia realmente muito a ser compartilhado com todos e chegando em Antioquia de onde tudo começou reuniram a igreja e relataram tudo o que Deus tinha feito por meio deles e como abrira a porta da fé aos gentios. Diz a palavra de Deus que eles ficaram ali muito tempo com os discípulos.
Havia um gás neles, uma energia constante, uma disposição mental que os transformavam em máquinas eficientes de pregação, cuidado e trabalho produtivo para o reino de Deus. Eles se foram, mas o trabalho de Deus ainda não.
Enquanto Jesus não voltar, o tempo é o mesmo da pregação, do cuidado e do trabalho produtivo para o reino de Deus, não importando os problemas, nem as circunstâncias, muito menos as oposições – também reais e sempre presentes – do diabo para tentar impedir de todas as formas o sucesso de nossa empreitada santa.
Vamos queridos em frente, sem jamais desistir, caminhando com eles, nossos primeiros pais, pois nosso tempo se abrevia velozmente.
At 14:1 Em Icônio,
 Paulo e Barnabé entraram juntos na sinagoga judaica
e falaram de tal modo,
que veio a crer grande multidão,
tanto de judeus como de gregos.
At 14:2 Mas os judeus incrédulos
incitaram
e irritaram
os ânimos dos gentios contra os irmãos.
At 14:3 Entretanto,
demoraram-se ali muito tempo,
falando ousadamente no Senhor,
o qual confirmava a palavra da sua graça,
concedendo que, por mão deles,
se fizessem sinais e prodígios.
At 14:4 Mas dividiu-se o povo da cidade:
uns eram pelos judeus;
outros, pelos apóstolos.
At 14:5 E, como surgisse um tumulto dos gentios e judeus,
associados com as suas autoridades,
para os ultrajar e apedrejar,
At 14:6 sabendo-o eles,
fugiram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia e circunvizinhança,
At 14:7 onde anunciaram o evangelho.
At 14:8 Em Listra, costumava estar assentado
certo homem aleijado,
paralítico desde o seu nascimento,
o qual jamais pudera andar.
At 14:9 Esse homem ouviu falar Paulo,
que, fixando nele os olhos
e vendo que possuía fé para ser curado,
At 14:10 disse-lhe em alta voz:
Apruma-te direito sobre os pés!
Ele saltou
e andava.
At 14:11 Quando as multidões viram o que Paulo fizera,
gritaram em língua licaônica, dizendo:
Os deuses, em forma de homens,
baixaram até nós.
At 14:12 A Barnabé chamavam Júpiter,
e a Paulo, Mercúrio,
porque era este o principal portador da palavra.
At 14:13 O sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade,
trazendo para junto das portas touros e grinaldas,
queria sacrificar juntamente com as multidões.
At 14:14 Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo,
rasgando as suas vestes,
saltaram para o meio da multidão, clamando:
At 14:15 Senhores, por que fazeis isto?
Nós também somos homens como vós,
sujeitos aos mesmos sentimentos,
e vos anunciamos
o evangelho
para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo,
que fez o céu,
a terra,
o mar
e tudo o que há neles;
At 14:16 o qual, nas gerações passadas,
permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos;
At 14:17 contudo, não se deixou ficar
sem testemunho de si mesmo,
fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas
e estações frutíferas,
enchendo o vosso coração de fartura
e de alegria.
At 14:18 Dizendo isto, foi ainda com dificuldade
que impediram as multidões de lhes oferecerem sacrifícios.
At 14:19 Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e Icônio
e, instigando as multidões
e apedrejando a Paulo,
arrastaram-no para fora da cidade,
dando-o por morto.
At 14:20 Rodeando-o, porém, os discípulos,
levantou-se
e entrou na cidade.
No dia seguinte, partiu, com Barnabé, para Derbe.
At 14:21 E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade
e feito muitos discípulos,
voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia,
At 14:22 fortalecendo a alma dos discípulos,
exortando-os a permanecer firmes na fé;
e mostrando que, através de muitas tribulações,
nos importa entrar no reino de Deus.
At 14:23 E, promovendo-lhes, em cada igreja,
a eleição de presbíteros,
depois de orar com jejuns,
os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.
At 14:24 Atravessando a Pisídia,
dirigiram-se a Panfília.
At 14:25 E, tendo anunciado a palavra em Perge,
desceram a Atália
At 14:26 e dali navegaram para Antioquia,
onde tinham sido recomendados à graça de Deus
para a obra que haviam já cumprido.
At 14:27 Ali chegados,
reunida a igreja,
relataram quantas coisas fizera Deus com eles
e como abrira aos gentios a porta da fé.
At 14:28 E permaneceram
não pouco tempo com os discípulos.
A vida dos discípulos era viajar e pregar a palavra e Deus, sempre cooperando com eles e, igualmente, os inimigos, se levantando contra eles.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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sábado, 14 de novembro de 2015

A ESTRELA MÃE E O FOGO NUCLEAR NA INTIMIDADE

Que tal este vídeo incrível?
Após captar as imagens, o Observatório lançou um vídeo super detalhado da sua história.
O vídeo, de 30 minutos, com trilha sonora do compositor alemão Lars Leonhard, nomeada de “Deep Venture”, tem um efeito final  realmente alucinante.
De acordo com a própria Nasa, as imagens “apresentam o fogo nuclear da estrela-mãe em detalhes íntimos, oferecendo uma nova perspectiva às nossas relações com as grandiosas forças do sistema solar”.
O conteúdo é resultado de 300 horas de trabalho, e foram necessárias 10 horas de trabalhodos cientistas para criar apenas um minuto de filmagem.
Confira as belas imagens:
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ref.: https://www.oficinadanet.com.br/post/15507-nasa-divulga-video-em-4k-do-sol-confira?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+oficinadanet_rss+%28Oficina+da+Net%29

Isso me lembra da glória de Deus que criou todas as coisas...


  1. Senhor, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra! Tu, cuja glória é cantada nos céus.
  2. Dos lábios das crianças e dos recém-nascidos firmaste o teu nome como fortaleza, por causa dos teus adversários, para silenciar o inimigo que busca vingança.
  3. Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste,
  4. pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes?
  5. Tu o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glória e de honra.
  6. Tu o fizeste dominar sobre as obras das tuas mãos; sob os seus pés tudo puseste:
  7. Todos os rebanhos e manadas, e até os animais selvagens,
  8. as aves do céu, os peixes do mar e tudo o que percorre as veredas dos mares.
  9. Senhor, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra!
Salmos 8:1-9
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Atos 13.1-52 - MISSÕES COM ORAÇÃO E JEJUM - ESSE É O MÉTODO EFICIENTE.

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 13, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 13
Tudo aqui começa com jejum e oração. Eles estavam servindo ao Senhor e o Espírito Santo diz a eles para apartarem a Barnabé e Saulo para uma obra que ele os tinha chamado. Eles jejuam, oram, os outros impõem as suas mãos sobre eles e os despedem a fim de que cumpram o respectivo chamado de cada um.
Eu acho incrível este início porque não é de qualquer jeito que iremos fazer a obra do Senhor. Eles estavam debaixo de cobertura espiritual e saíram abençoados e prontos para cumprirem tudo que o Senhor desejava.
Em sua missão quando anunciavam o evangelho ao procônsul Sérgio Paulo, homem inteligente, havia uma oposição que procurava distrair e tirar a atenção. Também nós em nossas missões devemos estar atentos a estes desvios e, com sabedoria e poder de Deus, repreender todo levante contrário.
Elimaz, o mágico, aquele que se lhes opunha, ficou cego e isto maravilhou ao procônsul que creu e assim foi alcançado pelo Senhor.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31)
Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Veremos desde o primeiro versículo do capítulo 13 ao último do 28, o testemunho apostólico aos confins da terra.
Nesse ponto, Lucas passa a registrar o terceiro e mais importante estágio da propagação do evangelho às nações gentias (3.1-7.60; 8.1-11.18). Pedro já havia aberto o evangelho aos gentios (10.1-11.18), porém agora a atenção se volta para Paulo, que prossegue com essa missão apostólica.
Dividiremos, seguindo sempre a divisão proposta da BEG, esta última parte IV em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – começaremos ver agora; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35); C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22); D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28).
Até o próximo capítulo, estaremos vendo a primeira viagem missionária de Paulo. Esses capítulos descrevem a primeira de quatro viagens em que Paulo cumpre a missão do apóstolo às nações. Paulo e Barnabé alcançam Chipre e a Galácia.
Naquela igreja de Antioquia havia profetas e mestres, entre eles:
ü  Barnabé.
ü  Simeão - um homem de pele escura (niger é o termo latino para "negro") que pode ter vindo da África. Possivelmente era o mesmo Simão Cireneu registrado em Lc 23.26, cujos filhos, Alexandre e Rufos, estavam entre os cristãos da igreja em Roma (Mc 15.21; cf. Rm 16.13).
ü  Lúcio de Cirene - Cirene era a capital da província romana de Cirenaica (a atual Líbia).
ü  Manaém - um cristão que, de acordo com o que se dizia, era irmão de criação de Herodes Antipas. Não sabemos como Manaém (o nome em grego do hebraico Menahem) ouviu o evangelho e se converteu ao Senhor.
ü  E por fim, Saulo.
Eles estavam orando e jejuando, conforme o Espírito Santo os conduzia a isso e o Espírito Santo disse para eles que fossem separados Barnabé e Saulo, pois Deus tinha uma obra especial para eles.
Primeiro oraram e jejuaram, depois impuseram as mãos sobre eles e os enviaram, conforme tinha solicitado o Espírito de Deus.
Jejum e especialmente oração eram práticas vitais dos cristãos, conforme registrado em Atos (2.42; 3.1; 4.24; 6.4; 10.31; 14.23; 28.8).
Reconhecendo que o Espírito Santo separou Barnabé e Paulo, a imposição de mãos foi uma certificação oficial do chamado do Espírito (vs. 2) e à missão que estavam para realizar (vs. 4; cf. 14.23; 1Tm 4.14).
Enviados pelo Espírito de Deus, desceram a Selêucia e dali, navegaram para Chipre.
Selêucia era o porto da cidade de Antioquia, distante 25 km a oeste de Antioquia e cerca de 8 km ao norte do rio Orontes. Já Chipre era uma ilha próxima à costa da Fenícia (atual Síria), habitada em sua maioria por gregos, mas também havia muitos judeus ali.
Eles então chegaram a Salamina. Eles navegaram cerca de 210 km na direção sudoeste, para a cidade de Salamina, que ficava na costa leste de Chipre. Salamina era a cidade mais importante da província de Chipre nesse tempo, cuja capital era Pafos, que ficava no outro extremo da ilha, aproximadamente 145 km a sudoeste.
Por aonde iam, pregavam o evangelho e iam constituindo igrejas. Em Salamina, João estava com eles como auxiliar e o lugar preferido das pregações eram as sinagogas dos judeus.
Viajaram por toda a ilha e chegaram a Pafos. Ali havia um certo judeu, mágico. Além de "mágico", o termo grego magos também pode significar "homem sábio" (Mt 2.1) e "feiticeiro". Embora a feitiçaria fosse proibida no judaísmo, algumas pessoas a praticavam mesmo assim.
O nome do judeu era Barjesus. Um falso profeta cujo nome vem de Bar (no aramaico, significa "filho de") e de Jesus (no hebraico, Josué). Ele era mago e falso profeta (vs. 6 - NVI). Também ele era assessor do procônsul Sérgio Paulo.
Possivelmente Lúcio Sérgio Paulo, que havia sido um oficial durante o reinado de Cláudio e depois se tornou procônsul (governador de uma província senatorial, que respondia diretamente ao senado de Roma) em Pafos, capital de Chipre. A Palestina, por sua vez, era uma província imperial, cujo procurador respondia diretamente ao imperador.
O procôncul era um homem culto e tinha mandado chamar a Barnabé e Saulo porque queria conhecer melhor o caminho e a fé. No entanto, Elimas, outro nome para Barjesus, que estava presente na corte do procônsul, tentava impedir Sérgio de crer na mensagem cristã.
Foi nesse momento que Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo olhou firmemente para Elimas e o repreendeu.
Saulo era o seu nome judeu e Paulo o seu nome gentio romano. Muitos judeus desse tempo tinham dois nomes (p. ex., Simão Pedro).
Como cidadão romano, Paulo tinha dois nomes, possivelmente três, e já usava o seu nome romano antes mesmo da conversão de Sérgio Paulo.
A partir desse ponto, Lucas deixa de escrever "Barnabé e Saulo" e passa a registrar "Paulo e Barnabé", exceto quando esses missionários retornam à igreja em Jerusalém, para a qual Barnabé era o líder da dupla (14.14).
A repreensão de Paulo foi forte. Ele o chamou de filho do diabo e inimigo de tudo o que era justo, estando cheio de todo engano e maldade. Ele fez uma pergunta retórica a ele dizendo até quando iria ele continuar pervertendo os retos caminhos de Deus e sobre ele emitiu um juízo que se cumpriu de imediato. A mão do Senhor foi sobre ele e ele ficou cego por um tempo.
Diante disso, o procônsul creu, profundamente impactado com o ensino do Senhor.
De Pafos, dirigiram-se a Perge da Panfilia. A cidade de Perge estava localizada na costa sul da Ásia Menor, a noroeste de Chipre, pertencendo à província romana da Panfilia, uma região de economia bastante pobre. Perge situava-se a 8 km do litoral e cerca de 20 km a nordeste do porto de Atália.
João que era auxiliar deles – vs. 5 – os acompanhou até aqui e voltou para Jerusalém. Eles, de Perge foram para a Antioquia da Pisídia. Essa Antioquia estava localizada na Frigia, perto da fronteira com a Pisídia. No entanto, como já havia outra cidade chamada Antioquia na Frigia, esta, por estar mais próxima da Pisídia, acabou ficando conhecida como “Antioquia da Pisídia". Situava-se cerca de 160 km ao norte de Perga e sua altitude era cerca de 1.110 m acima do nível do mar.
Foi num sábado que eles chegaram na sinagoga e se assentaram.  Foi somente depois da leitura da lei e dos profetas que os chefes das sinagogas ofereceram a oportunidade a eles para uma palavra de encorajamento.
Um culto de adoração regular nas sinagogas desse tempo incluía:
ü  A leitura do credo (Dt 6.4).
ü  A oração das "dezoito bênçãos".
ü  Uma leitura da lei.
ü  Uma leitura dos profetas.
ü  Uma exposição seguida de aplicação (Lc 4.16-30).
ü  E uma bênção de encerramento.
Paulo aceitou a oferta do chefe da sinagoga e começou a pregar. Ele começa invocando os israelitas e judeus tementes a Deus para ouvi-lo com atenção.
Dos versos 20 ao 32, Paulo expõe o evangelho, começando da escolha de Deus pelo seu povo que durante muito tempo foi escravo no Egito, mas depois foi liberto com grande poder e braço forte do Senhor.
Do Egito, foram para no deserto, onde Deus os aturou por 40 anos e depois destruiu sete nações em Canaã para dar a eles a sua terra em herança. Isso tudo levou cerca de quatrocentos e cinquenta anos (Cerca de quatrocentos anos, acrescentando-se quarenta anos da peregrinação no deserto e mais o período da conquista da terra por Josué).
Depois vieram os juízes que Deus deu a eles até o tempo do profeta Samuel quando o povo pediu para eles um rei como as outras nações tinham reis. O problema não era a monarquia, mas o desejo de ser como as outras nações. Deus lhes deu Saul, mas foi rejeitado apesar de ter reinado por 40 anos.
Após Saul, Deus levantou Davi, este portador da semente messiânica de Gn 3.15, um homem segundo o coração de Deus que tudo iria fazer conforme a vontade do Senhor.
Foi da descendência de Davi que Deus trouxe a Jesus como Salvador conforme havia prometido.
Antes de vir Jesus, Deus levantou João Batista que pregou o arrependimento para todo o povo de Israel e quando todos imaginavam que seria João o prometido, este apontou a Jesus, como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
No entanto, o povo de Jerusalém e seus governantes não reconheceram o tempo da visitação de Deus e o desprezaram a ponto de sentenciá-lo à morte e morte de cruz, sendo após colocado em um sepulcro.
Ele de fato morreu, mas Deus o ressuscitou dos mortos – vs. 30.
Após ressuscitado, foi visto várias vezes por muitos dias até o tempo que se cumpriu quando ocorreu a sua ascensão, 40 dias após a sua ressurreição.
Paulo enfatizou a ressurreição de Jesus, o ponto crucial do testemunho apostólico (1.22), e citou três passagens do Antigo Testamento (SI 2.7; 16.10; Is 55.3):
ü  Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei” – Sl 2.5. Isto é, "Hoje, ao ressuscitá-lo dos mortos, declaro que tu és meu Filho e eu, teu Pai" (Hb 1.5).
ü  Eu lhes dou as santas e fiéis bênçãos prometidas a Davi” – Is 55.3.
ü  Não permitirás que o teu Santo sofra decomposição” – Sl 16.10.
Deus não permitiu que seu corpo sofresse corrupção como aconteceu com Davi.
Ele orienta e ensina a eles que agora, mediante Jesus, lhes é proclamado o perdão dos pecados. Por meio dele, todo aquele que crê é justificado de todas as coisas das quais não podiam ser justificados pela lei de Moisés as quais eram impossíveis de o homem as cumprir.
A lei conduz o pecador para Cristo (GI 3.24), pois "o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus" (GI 2.16). Ser justificado é ser declarado justo por Deus (Rm 3.21-22) e, consequentemente, receber o perdão dos pecados (Ef 1.7).
Eles, agora, eram suas testemunhas (de Jesus Cristo) e os anunciadores do evangelho, conforme Deus tinha prometido.
O que seria necessário doravante? Cuidado para não acontecer com eles o que disseram os profetas: “Olhem, escarnecedores, admirem-se e pereçam; pois nos dias de vocês farei algo que vocês jamais creriam se alguém lhes contasse!” – Hb 1.5.
Por causa da palavra, da convicção, ousadia e profundidade com que ministraram, foram convidados a pregarem novamente no outro sábado seguinte, mas já naquele momento, muitos creram e se converteram.
No sábado seguinte, lá estavam eles novamente. O impacto da primeira pregação fez com que toda a cidade estivesse presente na segunda ministração.
Movidos por inveja, os judeus que não se converteram endureceram seus corações e se opuseram a eles e os contradiziam em tudo o que falavam.
Paulo e Barnabé, com ousadia, lhes falaram e declararam que doravante estariam voltados para os gentios uma vez que eles estavam rejeitando a palavra de salvação.
Paulo, considerando que Jesus, o Messias, veio por meio dos judeus (Gn 12.3), foi consistente em aplicar o princípio "primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1.16), pois reconheceu que o plano de Deus inclui os gentios (Is 49.6), um fato que os judeus da Antioquia de Pisídia se recusavam a aceitar.
A intenção de Paulo não era demonstrar que os judeus eram dignos no sentido de que mereciam a salvação (Rm 3.9ss.), mas que percebessem o quanto Deus os valorizava como pessoas feitas à sua imagem e povo da sua aliança.
Paulo afirmou que a falta de interesse dos judeus pelo evangelho demonstrava que não tinham por si mesmos a mesma consideração que Deus tinha por eles.
Ouvindo isso a alegria contagiou os gentios e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. A soberana eleição de Deus operava para levar seu povo à fé em Cristo (Ef 2.8) por meio da convicção e arrependimento (11.18; 2Tm 2.25).
Lucas usa a voz passiva ("haviam sido destinados") para indicar que Deus foi o agente, pois somente ele pode conceder vida eterna (Mt 25.46; Jo 10.28; 17.2). A expressão "haviam sido destinados" é uma conjugação verbal construída no pretérito mais-que-perfeito, indicando uma ação que aconteceu no passado e cujo resultado tem implicações relevantes para o presente.
No Antigo Testamento, Deus revelou que concederia a bênção da salvação para os gentios (Gn 12.1-3; Is 42.6; 49.6).
O resultado disso foi que a palavra do Senhor se espalhou ainda mais – vs. 49. Os judeus não recuaram e começaram a perseguir de tal forma que incitaram as mulheres piedosas de elavada posição e os principais da cidade para provocarem uma grande perseguição contra Paulo e Barnabé e assim os expulsaram do seu território.
Paulo e Barnabé sacudiram de seus pés - um gesto judeu que indica desgosto e separação (Mt 10.14) - o pó da cidade em protesto contra eles e partiram para Icônio.
Paulo e Barnabé viajaram cerca de 130 km na direção sudeste por uma estrada chamada Via Sebaste, que ligava Antioquia da Pisídia e Icônio, uma antiga cidade da Frigia que os gregos transformaram numa cidade-estado (uma pólis).
Mais tarde, sob o comando do imperador Augusto, tornou-se uma cidade pertencente à província romana da Galácia.
At 13:1 Havia na igreja de Antioquia
profetas e mestres:
Barnabé,
Simeão, por sobrenome Níger,
Lúcio de Cirene,
Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca,
e Saulo.
At 13:2 E, servindo eles ao Senhor
e jejuando,
disse o Espírito Santo:
Separai-me, agora, Barnabé e Saulo
para a obra a que os tenho chamado.
At 13:3 Então,
jejuando,
e orando,
e impondo sobre eles as mãos,
os despediram.
At 13:4 Enviados, pois,
pelo Espírito Santo,
desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
At 13:5 Chegados a Salamina,
anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas judaicas;
tinham também João como auxiliar.
At 13:6 Havendo atravessado toda a ilha até Pafos,
encontraram certo judeu, mágico, falso profeta, de nome Barjesus,
At 13:7 o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo,
que era homem inteligente.
Este, tendo chamado Barnabé e Saulo,
diligenciava para ouvir a palavra de Deus.
At 13:8 Mas opunha-se-lhes Elimas, o mágico
(porque assim se interpreta o seu nome),
procurando afastar da fé o procônsul.
At 13:9 Todavia, Saulo, também chamado Paulo,
cheio do Espírito Santo,
fixando nele os olhos, disse:
At 13:10 Ó filho do diabo,
cheio de todo o engano
e de toda a malícia,
inimigo de toda a justiça,
não cessarás de perverter
os retos caminhos do Senhor?
At 13:11 Pois, agora, eis aí está sobre ti a mão do Senhor,
e ficarás cego, não vendo o sol por algum tempo.
No mesmo instante, caiu sobre ele névoa e escuridade,
e, andando à roda, procurava quem o guiasse pela mão.
At 13:12 Então, o procônsul, vendo o que sucedera,
creu, maravilhado com a doutrina do Senhor.
At 13:13 E, navegando de Pafos,
Paulo e seus companheiros dirigiram-se a Perge da Panfília.
João, porém, apartando-se deles,
voltou para Jerusalém.
At 13:14 Mas eles, atravessando de Perge
para a Antioquia da Pisídia,
indo num sábado à sinagoga, assentaram-se.
At 13:15 Depois da leitura da lei e dos profetas,
os chefes da sinagoga mandaram dizer-lhes:
Irmãos, se tendes alguma palavra de exortação para o povo, dizei-a.
At 13:16 Paulo, levantando-se e fazendo com a mão sinal de silêncio, disse:
Varões israelitas e vós outros que também temeis a Deus,
ouvi.
At 13:17 O Deus deste povo de Israel escolheu nossos pais
e exaltou o povo durante sua peregrinação na terra do Egito,
donde os tirou com braço poderoso;
At 13:18 e suportou-lhes os maus costumes
por cerca de quarenta anos no deserto;
At 13:19 e, havendo destruído sete nações na terra de Canaã,
deu-lhes essa terra por herança,
At 13:20 vencidos cerca de quatrocentos e cinqüenta anos.
Depois disto, lhes deu juízes, até o profeta Samuel.
At 13:21 Então, eles pediram um rei,
e Deus lhes deparou Saul, filho de Quis,
da tribo de Benjamim,
e isto pelo espaço de quarenta anos.
At 13:22 E, tendo tirado a este,
levantou-lhes o rei Davi,
do qual também, dando testemunho, disse:
Achei Davi, filho de Jessé,
homem segundo o meu coração,
que fará toda a minha vontade.
At 13:23 Da descendência deste,
conforme a promessa,
trouxe Deus a Israel o Salvador,
que é Jesus,
At 13:24 havendo João,
primeiro, pregado a todo o povo de Israel, antes da manifestação dele,
batismo de arrependimento.
At 13:25 Mas, ao completar João a sua carreira, dizia:
Não sou quem supondes;
mas após mim vem aquele de cujos pés
não sou digno de desatar as sandálias.
At 13:26 Irmãos, descendência de Abraão
e vós outros os que temeis a Deus,
a nós nos foi enviada a palavra desta salvação.
At 13:27 Pois os que habitavam em Jerusalém e as suas autoridades,
não conhecendo Jesus
nem os ensinos dos profetas que se lêem todos os sábados,
quando o condenaram,
cumpriram as profecias;
At 13:28 e, embora não achassem nenhuma causa de morte,
pediram a Pilatos que ele fosse morto.
At 13:29 Depois de cumprirem tudo o que a respeito dele estava escrito,
tirando-o do madeiro,
puseram-no em um túmulo.
At 13:30 Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos;
At 13:31 e foi visto muitos dias pelos que, com ele,
subiram da Galiléia para Jerusalém,
os quais são agora as suas testemunhas perante o povo.
At 13:32 Nós vos anunciamos
o evangelho da promessa
feita a nossos pais,
At 13:33 como Deus a cumpriu plenamente a nós,
seus filhos, ressuscitando a Jesus,
como também está escrito no Salmo segundo:
Tu és meu Filho,
eu, hoje, te gerei.
At 13:34 E, que Deus
o ressuscitou dentre os mortos
para que jamais voltasse à corrupção, desta maneira o disse:
E cumprirei a vosso favor
as santas
e fiéis promessas feitas a Davi.
At 13:35 Por isso, também diz em outro Salmo:
Não permitirás que o teu Santo veja corrupção.
At 13:36 Porque, na verdade,
tendo Davi servido à sua própria geração,
conforme o desígnio de Deus,
adormeceu,         
foi para junto de seus pais
e viu corrupção.
At 13:37 Porém aquele
a quem Deus ressuscitou
não viu corrupção.
At 13:38 Tomai, pois, irmãos, conhecimento
de que se vos anuncia
remissão de pecados
por intermédio deste;
At 13:39 e, por meio dele,
todo o que crê é justificado
de todas as coisas das quais
vós não pudestes ser justificados
pela lei de Moisés.
At 13:40 Notai, pois, que não vos sobrevenha o que está dito nos profetas:
At 13:41 Vede, ó desprezadores,
maravilhai-vos
e desvanecei,
porque eu realizo,
em vossos dias,
obra tal que não crereis
se alguém vo-la contar.
At 13:42 Ao saírem eles,
rogaram-lhes que, no sábado seguinte,
lhes falassem estas mesmas palavras.
At 13:43 Despedida a sinagoga,
muitos dos judeus e dos prosélitos piedosos
seguiram Paulo e Barnabé,
e estes, falando-lhes, os persuadiam
a perseverar na graça de Deus.
At 13:44 No sábado seguinte,
afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
At 13:45 Mas os judeus,
vendo as multidões,
tomaram-se de inveja
e, blasfemando, contradiziam
o que Paulo falava.
At 13:46 Então, Paulo e Barnabé,
falando ousadamente, disseram:
Cumpria que a vós outros,
em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus;
mas, posto que a rejeitais
e a vós mesmos vos julgais indignos
da vida eterna,
eis aí que nos volvemos para os gentios.
At 13:47 Porque o Senhor assim no-lo determinou:
Eu te constituí para luz dos gentios,
a fim de que sejas para salvação
até aos confins da terra.
At 13:48 Os gentios,
ouvindo isto,
regozijavam-se
e glorificavam a palavra do Senhor,
e creram
todos os que haviam sido destinados
para a vida eterna.
At 13:49 E divulgava-se a palavra do Senhor
por toda aquela região.
At 13:50 Mas os judeus instigaram as mulheres piedosas de alta posição
e os principais da cidade
e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé,
expulsando-os do seu território.
At 13:51 E estes,
sacudindo contra aqueles o pó dos pés,
partiram para Icônio.
At 13:52 Os discípulos, porém,
transbordavam de alegria
e do Espírito Santo.
Em continuação, Paulo e Barnabé pregam em uma sinagoga na Antioquia da Psídia e conseguem convencer muita gente, tantas que os judeus ficaram com inveja e tramaram contra eles. Paulo  dizia a eles que anunciavam o evangelho da promessa feita aos nossos pais!
Isto é muito interessante e profundo! Havia uma promessa e Cristo era essa promessa. Engana-se quem pensa que o AT é sem valor em virtude do NT. Aquele fala do mesmo Messias que haveria de vir e este do que veio, cumprindo as promessas.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Quatro Razões para Preparar o Manuscrito de seus Sermões

Se você já leu alguns dos muitos livros e artigos sobre preparação de sermão, provavelmente já leu o adágio que diz: “Pense exaustivamente, leia abundantemente, escreva claramente, ore fervorosamente e entregue-se completamente”. Essa frase já foi atribuída a Alistair Begg, John MacArthur e outros, mas, de fato, teve origem com um anglicano galês chamado W.H. Grifith Thomas.[1] Embora eu concorde com todas as cinco exortações de Thomas, a que desejo enfatizar neste ensaio é a terceira: “Escreva claramente”.
Há muito, é discutido em círculos de pregação se um pregador deve ou não escrever o manuscrito de seus sermões. Embora seja verdade que alguns dos grandes pregadores ao longo da história da igreja (incluindo alguns favoritos como Charles Spurgeon e Martyn Lloyd-Jones) não usavam e até desencorajavam o uso do manuscrito, nem eu nem você somos tão inteligentes quanto Charles Spurgeon ou Martyn Lloyd-Jones. Então, deixe-me dar-lhe quatro razões pelas quais você deve considerar manuscrever seu sermão como parte de sua preparação.
Quatro razões para escrever um manuscrito
1 - Escreva um manuscrito para encurtar o seu tempo de preparação
Eu estava tentando encorajar um pastor amigo meu a escrever manuscritos, quando ele disse: “Eu simplesmente não tenho tempo para escrever um manuscrito”. Muitos pastores talvez usem o tempo como uma desculpa e eu entendo quão ocupada pode ser a semana de um pastor. Mesmo enquanto escrevo este artigo, fico pensando: “Eu realmente deveria estar trabalhando no meu sermão, fazendo uma ligação ou treinando um dos estagiários”. Mas defendo que, em vez de alongar o seu tempo de preparação, escrever um manuscrito pode, na verdade, encurtá-lo. Quando você estiver estudando e se deparar com algo que seja bom para o seu sermão, apenas escreva, e aí está. Então, ao construir o seu sermão, você pode simplesmente acoplar todas as suas melhores notas e não precisa voltar para encontrar ou tentar lembrar-se de alguma coisa que estudou.
2 - Escreva um manuscrito para encontrar as palavras certas
Mark Twain certa vez disse: “A diferença entre a palavra certa e a palavra quase certa é a diferença entre um relâmpago e um vagalume”. E se John Owen houvesse dito: “Abandone a sua vida de pecado, porque é importante para o crescimento cristão”, em vez de: “Mate o pecado, ou o pecado matará você”? Ambas as sentenças comunicam a mesma verdade, mas a segunda é dita de modo tão apropriado que deixa uma impressão duradoura no coração. É importante usar s palavras certas, e escrever um manuscrito ajuda o pregador a não apenas dizer coisas verdadeiras, mas a dizer coisas verdadeiras de forma apropriada.
3 - Escreva um manuscrito para certificar-se de que o seu sermão é harmonioso
Uma das marcas da grande pregação é que ela é harmoniosa. Com efeito, eu estava recentemente conversando com outro pastor amigo e ele disse: “Eu tenho pregado por anos, mas, quando comecei a fazer manuscritos, meus sermões ficaram melhores já no domingo seguinte, porque ficaram instantaneamente mais harmoniosos”. Um bom pregador tem muitos pontos altos que chamam a atenção dos seus ouvintes e os inspiram. Um grande pregador, porém, é capaz de capturar a atenção do seu ouvinte e segurá-la durante toda a duração do sermão, conduzindo-os suavemente de um ponto para o seguinte. De novo: a menos que você tenha a mente de Spurgeon, é difícil fazer isso sem escrever um manuscrito.
Um manuscrito ajuda o pregador nas transições, uma vez que permite claramente equilibrar o tempo para cada ponto; um manuscrito também ajuda a explicar passagens ou verdades difíceis com clareza. Isso ajuda o pregador a ver o seu sermão como uma unidade antes de pregá-lo, permitindo-lhe assim editar o seu sermão fácil e decisivamente. Com efeito, é apenas quanto eu olho para o produto final que consigo de fato ver os pontos que não se encaixam ou que eu posso retirar da mensagem como um todo. A pregação é um chamado sublime de Deus, então, o pregador deve fazer todo o possível para apresentar o melhor argumento, o mais harmonioso e o mais cheio do Espírito, perante homens moribundos cuja única esperança é que suas almas sejam vivificadas em Cristo.
4 - Escreva um manuscrito para manter um registro
Um dos meus maiores tesouros são os cerca de 1.200 sermões que eu preguei durante os meus anos de ministério. Felizmente, por ter sido encorajado desde cedo a escrever manuscritos, eu tenho um registro de todos eles. Eles me têm sido um imenso auxílio ao escrever outros sermões ou ao me preparar para pregar fora da minha própria igreja local. Ter um registro dos meus sermões também me ajuda no ministério pastoral. Quase todo domingo, alguém me pede aconselhamento a respeito de algo que eu acabei de pregar; poder indicar-lhe a nossa página na internet, na qual postamos todos os manuscritos de sermões online ou poder lhes enviar por e-mail um trecho de um sermão é uma ferramenta pastoral poderosa.
Conclusão
Há muitas outras razões pelas quais você deve fazer manuscritos de seus sermões: isso ajuda a manter o pregador dentro do tempo; se você prega em cultos múltiplos, isso pode garantir que as duas congregações recebam o mesmo ensino; isso pode ajudá-lo a evitar o uso das mesmas ilustrações; eu poderia ir além.
Mas quero concluir abordando as advertências de Spurgeon, Lloyd-Jones[2] e outros: o pregador deve sempre estar livre e o manuscrito nunca deve prendê-lo. Eu concordo com Spurgeon que o manuscrito nunca deve ser lido e que o pregador deve ter discernimento o suficiente para, às vezes, falar extemporaneamente, afastando-se do manuscrito quando sentir a necessidade ou o desejo de fazê-lo. Se um pregador não consegue evitar ler o manuscrito, talvez ele deva escrever o sermão e depois, separadamente, escrever um esboço para levar ao púlpito. Embora eu creia que o manuscrito seja uma das melhores ferramentas na preparação para o sermão, ele pode ser uma ferramenta perigosa na entrega do sermão. Você é o pregador, não o manuscrito. É você quem entrega o sermão, não o manuscrito. O manuscrito é uma grande ferramenta, mas Deus unge o homem para pregar, não o manuscrito.
Notas:
[1] J. I. Packer, Truth and Power (Guildford, Surrey: Eagle, 1990), 132 (sem tradução em português).
[2] Dois recursos clássicos sobre pregação são: C. H. Spurgeon, Lectures to My Students: Complete & Unabridged (Grand Rapids, Mich: Zondervan Pub. House, 1954) (publicado em português sob o título Lições aos meus alunos.
São Paulo: Editora PES, [s. d.], 3 volumes), and David Martyn Lloyd-Jones, Preaching and Preachers (Grand Rapids, Mich: Zondervan Pub. House, 1972) (publicado em português sob o título Pregação e pregadores. 2. ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2008).
*Créditos da postagem: 

  • Autoria: Jason Dees. Ele é pastor titular da Valleydale Church em Birmingham, Alabama, EUA.
  • Tradução e CopyRight: Editora Fiel
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