sexta-feira, 9 de outubro de 2015
sexta-feira, outubro 09, 2015
Jamais Desista
Lucas 22.1-71- VOCÊ JOGARIA FORA O SEU ÚNICO PARAQUEDAS NA HORA DA CRISE?
Como já dissemos o evangelho de Lucas foi
escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado
visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua
importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a
igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas
as nações. Estamos no capítulo 22, parte VI.
VI. OS ÚLTIMOS DIAS DE JESUS EM JERUSALÉM (22.1-24.53).
Lucas registrou a morte de Jesus e também
observou atentamente a sua ressurreição. Jesus comissionou seus discípulos para
serem testemunhas quando recebessem poder vindo do céu. Em nome de Jesus, eles
deveriam pregar o arrependimento e o perdão por todo o mundo. Lucas encerrou
esse registro histórico com o relato dos apóstolos dando graças a Deu, todo, os
dias no templo em Jerusalém.
Estamos caminhando para o final do livro do
Evangelho de Lucas onde estão registrados os últimos dias de Jesus em
Jerusalém. Lucas relata os acontecimentos dos últimos dias da vida de Jesus -
quando o seu ministério chegou ao clímax. Ele se concentra no sofrimento de
Jesus em favor de seu povo, salientando também a glória de Cristo após sua
ressurreição, bem como o futuro da igreja após a ascensão de Cristo.
Para melhor exploração do conteúdo,
estamos, seguindo a divisão proposta da BEG, a divisão da presente parte em 7
seções: A. A conspiração para trair Jesus (22.1-6) – veremos agora; B. O cenáculo (22.7-38) – veremos agora; C. O Getsêmani (22.39-53) – veremos agora; D. A negação de Pedro (22.54-62) – veremos agora; E. Os julgamentos de
Jesus (22.63-23.25) – começaremos a ver
agora; F. A crucificação (23.26-56); G. A ressurreição (24.1-49); e, H. A
ascensão (24.50-53)
Breve síntese do capítulo 22.
Estava chegando o dia de aflição para Jesus
Cristo por causa da missão que o Pai lhe confiou. Dentre os seus escolhidos,
havia um do diabo que já estava negociando a sua traição por dinheiro. Diz a
palavra de Deus que Satanás entrou dentro dele e ele combinou com os principais
sacerdotes e escribas como isso se daria.
Jesus então começa a preparar a páscoa e
precisava de um lugar. Da mesma forma que falara aos discípulos para apanharem
um jumentinho para ele entrar em Jerusalém, para se cumprir as Escrituras,
desta mesma forma, ele os orienta para irem para prepararem o lugar e tudo se
sucedeu conforme ele instruíra.
Isto me faz lembrar de seu nascimento: quis
Deus que ele nascesse num estábulo por que se não ele nasceria onde ele
quisesse. É verdade também que ele nasceu num estábulo por que entre os homens
não havia lugar para ele. Deus é soberano!
Jesus celebra a sua última ceia aqui nesta
terra tendo sentado ao seu lado direito, lugar de destaque e honra, Judas, o
traidor. Ele participa da ceia. Jesus não o expõe aos outros. Parecia que Jesus
acreditava até o fim que ele poderia se converter e se arrepender. Na verdade,
o Senhor sabia quem era ele e que não se arrependeria, mas nos deixou uma lição
importante sobre o amor, a paciência e as Escrituras.
Terminada a ceia, eles vão orar, mas Judas
não se interessava por esta parte, antes estava concluindo seu plano maligno de
entregar Jesus e assim estava trazendo os que iriam prender a Jesus.
Jesus ora intensamente, mas por fim cede à
vontade do Pai: “seja feita a sua vontade”. Jesus orou assim, mas alguns, por
ai, ousam dizer que não devemos dizer na
oração “se for da sua vontade” para não anularmos a nossa oração. Você já sabe
orar como convém?
Romanos 8:26 Também o Espírito, semelhantemente, nos
assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós
sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.
Se as Escrituras afirmam que não sabemos
orar como convém, como iremos determinar qualquer coisa em oração? Isso não é
fé! Pode até ter aparência de grande fé, mas é mais grande insensatez e falta
de conhecimento bíblico.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
A. A conspiração para trair Jesus (22.1-6)
Lucas começa o relato do sofrimento de
Cristo narrando a tensão entre a celebração da Páscoa e a conspiração para
trair Jesus.
Como se aproximava a festa, os sacerdotes e
escribas estavam inquietos buscando como iriam matá-lo. A rigor, a Festa dos
Pães Asmos e a Páscoa eram festas diferentes (Nm 28.26-27), mas a Páscoa era
seguida imediatamente pela Festa dos Pães Asmos. Na época do Novo Testamento,
os nomes dessas festas eram intercambiáveis. A festa comemorava a grandiosa
libertação do povo do Egito (Êx 12.17).
Os principais sacerdotes detinham o poder
político entre os judeus, e foram eles, e não os fariseus, que comandaram a
oposição final contra Jesus.
A oportunidade surge quando Satanás possuiu
Judas (Jo 13.2) e este foi procurar os principais sacerdotes, e não o
contrário. Os capitães do templo eram levitas em sua maioria.
Parece haver mesmo uma organização maligna
com propósitos bem definidos e crentes de que são capazes de fazerem as coisas
mudarem, conforme planejamento e execução.
B. O cenáculo (22.7-38).
Do verso 7 ao 38, veremos diversos
acontecimentos importantes ali no cenáculo. Semelhante aos outros Evangelhos, o
relato de Lucas inclui a refeição que Jesus compartilhou com os seus
discípulos, não apenas por causa de sua importância histórica, mas também para
servir de modelo aos cristãos em suas futuras celebrações da refeição
sacramental.
O dia dos ázimos, em que importava
sacrificar a páscoa era chegado. Literalmente, "sacrificar a Páscoa",
embora o grego não especifique o animal que seria comido, na comemoração,
podendo ser tanto um cordeiro como um cabrito (Ex 12.5). O animal deveria ser
morto no "crepúsculo da tarde" (literalmente "entre as tardes",
Êx 12.6).
Dos versos de 8 ao 12, Jesus estava
preparado para morrer, mas isso só aconteceria na ocasião que ele e Deus
escolhessem. Talvez seja essa a razão para a maneira como Jesus fez os
preparativos da festa; nenhum dos discípulos sabia onde ela seria celebrada.
Respondendo à pergunta dos discípulos de
onde preparariam e comeriam a páscoa, Jesus os orienta a entrarem na cidade
onde encontrariam um homem com um cântaro de água. Um homem carregando um
cântaro de água era algo incomum, pois geralmente eram as mulheres que faziam
isso (os homens carregavam odres de água).
Eles deveriam segui-lo e ver com ele onde
seria o aposento em que haveriam de comer a páscoa e ele lhes leva para um
cenáculo todo mobiliado. Literalmente, "estendido". Isso pode
significar que os leitos onde os convidados se reclinariam para o jantar já
estavam preparados.
Eles foram, seguiram as instruções, acharam
tudo conforme lhes fora dito e prepararam a páscoa.
Chegou então o grande momento, o momento da
refeição pascal. Ele se pôs à mesa juntamente com os 12 apóstolos. Na verdade,
"reclinaram-se à mesa", que era a postura comum para o jantar. Os
convidados se reclinavam apoiando-se sobre o cotovelo esquerdo, a cabeça ficava
voltada para a mesa e os pés posicionados para longe dela.
Nos versos 15 e 16, observa-se o anseio de
Jesus para ter comunhão com seus discípulos nessa refeição pascal, cujo
cumprimento no reino de Deus prefigurava a morte que Jesus sofreria como o
nosso sacrifício da Páscoa (1Co 5.7), cumprindo o simbolismo dessa festa
antiga.
Durante a refeição de Páscoa, cada pessoa
devia beber quatro cálices de vinho tinto (mesmo que os mais pobres tivessem de
recorrer aos fundos públicos). O vinho era diluído, geralmente à proporção de
três partes de água para uma de vinho. Não está claro a qual dos cálices se
refere, mas talvez fosse o primeiro. Por ser compartilhado, era um sinal de
comunhão.
Eles tomaram o cálice, deram graças e
tomaram e repartiram entre eles, conforme Cristo ia fazendo e ele anunciou que já
não beberiam mais do fruto da vide, até que venha o reino de Deus – vs. 18.
Novamente Jesus estava prefigurando a vinda do reino de Deus. Esse é um aspecto
importante da ceia do Senhor, pois aponta para o Senhor que retornará (1 Co
11.26).
Semelhantemente também tomaram do pão,
deram graças, partiram e Jesus disse que aquele pão simbolizava o seu corpo. Tem
havido muita controvérsia sobre como essas palavras devem ser entendidas. Não
devemos entender a palavra "é" como sendo "é idêntico a"
(veja a nota sobre Mt 26.26), mas sim como "representa",
"significa" ou talvez "comunica".
O “oferecido por vós”, refere-se à oferta
que Jesus fez de si mesmo na cruz. Ele pediu aos seus discípulos que doravante
fizessem aquilo em memória dele. A única coisa que Jesus ordenou a seus
discípulos como modo de lembrarem-se da sua morte, uma fato que indica a essência
da cruz para a fé cristã.
Evidentemente, o beber do cálice – vs. 20 -
não aconteceu imediatamente após o partir do pão, mas algum tempo depois (veja
Jr 31.31).
Jesus afirmava ser aquele cálice o novo
testamento de seu sangue que seria derramado por eles. Ele estava com eles e
conosco fazendo uma nova aliança. O termo aliança é um conceito bíblico
importante. Em sua morte, Jesus fez o sacrifício que renovou a aliança de Deus
com o seu povo (veja Jr 31.31).
Isso foi o cumprimento da Páscoa do Antigo
Testamento e da aliança com Israel. Seria o sangue de Jesus que seria derramado
por eles, ou seja, refere-se ao sangue que Jesus verteu na cruz. Toda a
refeição representa o significado da morte iminente de Jesus.
Judas participa da ceia e ouve tudo até
aqui, quando mete a mão junto com o senhor no prato à mesa. Jesus fala
abruptamente sobre o traidor que há entre eles. O fato de o traidor estar
usufruindo da comunhão à mesa com o Senhor torna o seu crime ainda mais
abominável. Jesus tinha de cumprir a profecia e morrer conforme havia sido
estipulado, mas isso não diminuía a culpa do traidor.
Somente o Evangelho de Lucas relata, nesse
momento de tensão sobre o traidor, essa disputa, demonstrando quão distante
estavam os doze de compreender o que Jesus tinha vindo fazer.
Jesus, como bom pastor os corrige e os
ensina. Vários reis da antiguidade se intitulavam "benfeitores",
muitas vezes sem nenhuma justificativa. Os discípulos, pelo contrário, devem
procurar servir como Jesus serviu. Ele não só prega, como dá o exemplo de
humildade.
O fato de que os discípulos deveriam
servir, em vez de buscarem grandeza, não significa que passariam despercebidos.
Jesus prossegue afirmando claramente que estava ciente do comprometimento de
seus discípulos, pois estes haviam permanecido com ele, e que quando o Pai lhe
entregasse o reino, haveria lugar para eles. Jesus lhes prometeu um futuro
maravilhoso, que incluía julgarem as tribos de Israel (vs. 30).
Ato contínuo, Jesus dirige uma palavra para
Pedro, chamando-o de Simão, Simão. A repetição do nome indica solenidade e
ênfase, sendo uma forma de tratamento íntimo e pessoal. O termo no grego está
no plural (cf. a nota sobre o vs. 32), indicando que Satanás pediu permissão
para atormentar todo o grupo.
Observe que Satanás não tem permissão para
agir fora dos limites que Deus estabeleceu para ele. Se objetivo seria peneirar
os discípulos, uma metáfora incomum, mas que indicava claramente algum tipo de
sofrimento.
Apesar do pedido de Satanás para
peneirá-los, o Senhor tinha orado por eles. A sua oração foi para que a fé
deles não desfalecesse. Depois que tivesse passado pela provação, Pedro deveria
fortalecer os outros.
Nos vs. 35 e 36, fica claro que o futuro
dos discípulos não seria tão fácil como havia sido até então. Até a espada
deveriam comprar. Provavelmente não tinha a intenção de ser tomado
literalmente, porém foi uma maneira de dizer que os discípulos enfrentariam
perigo no futuro.
O próprio Jesus enfrentou o cumprimento de
Is 53.12, e seus seguidores certamente experimentariam sofrimento. Quando os
discípulos disseram a Jesus que conseguiram duas espadas, ele mesmo disse que
bastava. Os discípulos entenderam as palavras de Jesus em sentido literal, mas
a resposta de Jesus pode indicar "Basta desta conversa!”.
Dos versos 39 ao 53, veremos a luta de
Jesus no Getsêmani. Lucas registrou o terrível sofrimento e suportou ao
pressentir a sua morte, bem como a fraqueza dos discípulos durante esse
período.
Como de costume, Jesus foi para o monte das
Oliveiras a um lugar escolhido. O Getsêmani (Mc 14.32), um bosque (jardim) de
oliveiras (Jo 18.1). Lucas não menciona que Jesus escolheu Pedro, Tiago e João
(que dormiram enquanto Jesus orava; veja Mt 26.37-45) para acompanhá-lo ao
Getsêmani.
A ênfase de Lucas está na oração de Jesus,
e não na fraqueza dos discípulos. Nesse tempo as pessoas geralmente oravam em
pé (18.11,13), mas Jesus se ajoelha nesse momento solene.
Em sua oração, ele mencionava diante do Pai
que teria de passar por tudo aquilo como se fosse o sorver do cálice. Um
símbolo de sofrimento e ira divina (Is 51.17, Ez 23.33).
Ele pedia ao Pai que o livrasse disso, mas
logo mudava seu pedido para que não fosse feita a vontade dele, mas de seu Pai.
Considerando que Jesus tomou completamente sobre si a natureza humana, era
natural ter ficado horrorizado com o sofrimento da cruz, um temor amplificado
pela sua compreensão de que em sua morte ele experimentaria a separação de Deus
e todo o peso da ira divina sobre os pecados dos escolhidos. Mesmo assim, Jesus
estava determinado a fazer a vontade do seu Pai.
Somente o Evangelho de Lucas registra sobre
o anjo que veio confortar Jesus, e também sobre o suor de Jesus se tornando
"como gotas de sangue caindo sobre a terra" (vs. 44).
Quando acabou de orar, voltou aos seus
discípulos e os encontrou dormindo, mas Jesus os repreendeu. Eles não poderia
estar ali dormindo, deveriam orar para serem livres da tentação que sobre eles
viria. A ordem dada no v. 40 é repetida aqui, devido a sua importância.
Foi nesse momento que apareceu o traidor e
logo se aproximou de Jesus para o beijar – vs. 47. O beijo era uma forma comum
de saudação (1Ts 5.26), mas também indicava amizade e, nesse caso, um modo
irônico e terrível de traição.
Todos ali percebem que algo terrível iria
acontecer. Os discípulos iriam reagir com suas espadas e mesmo Pedro feriu a
orelha de Malco. Apenas Lucas relata que Jesus curou a orelha do servo.
O fato é que uma prisão às escondidas e à
noite representava adequadamente as atividades espirituais das trevas (cf. Ef
6.12; Cl 1.13).
D. A negação de Pedro (22.54-62).
Dos versos de 54 ao 62, veremos o dilema de
Pedro que instantes atrás era o valentão com a espada na mão, mas agora estaria
negando o próprio Senhor. A negação de Pedro. Embora Pedro viesse a se tornar
um ilustre personagem no próximo livro de Lucas (Atos), aqui Pedro nega a Jesus
por medo de perder a sua vida.
Jesus foi levado em primeiro lugar ao sumo
sacerdote que havia tomado a iniciativa da prisão. Os quatro Evangelhos dão
mais espaço ao julgamento do que à crucificação e, ao fazer isso, procuram
demonstrar o motivo pelo qual os judeus condenaram Jesus e os romanos o
crucificaram: para mostrar a verdade de que Jesus era, de fato, Filho de Deus e
Rei dos Judeus.
Os quatro Evangelhos mencionam que uma escrava
foi a primeira pessoa a confrontar Pedro. O segundo desafio veio da mesma
criada (Mc 14.69) ou talvez de uma outra (Mt 26.71) ou ainda de um homem (Lc 22.58).
Os serviçais estavam conversando no pátio, ao redor da fogueira, e qualquer
pessoa que interrogasse Pedro teria chamado a atenção de todos os outros. A
tripla negação de Pedro cumpriu a profecia de Jesus em 22.34.
Depois disso, Pedro estava arrasado - vs.
62 - e somente não teve o mesmo fim cruel de Judas por que se arrependeu e
buscou o perdão de Deus.
E. Os julgamentos de Jesus (22.63-23.25).
Doravante, até o vs. 25, do próximo
capítulo, veremos como foram os julgamentos de Jesus. Lucas registra as
injustiças e as insolências cometidas contra Jesus em seu julgamento.
Evidentemente, Jesus foi deixado sob os
cuidados de uma guarda de soldados que escarneceram da situação difícil em que
ele se encontrava.
Nenhum dos Evangelhos faz um relato
completo do julgamento de Jesus. Contudo, fica claro que houve duas fases
principais:
·
Primeiro,
os judeus julgaram Jesus perante o Sinédrio e obtiveram o veredicto de blasfêmia,
um crime passível de morte de acordo com a lei. Porém, somente os romanos
podiam executá-lo e decerto não o fariam por causa de uma acusação de
blasfêmia.
·
Por
isso, houve a necessidade de uma segunda fase em que os caluniadores teriam de
arranjar um crime diferente se quisessem obter uma sentença de morte de acordo
com a lei romana.
Somente pela manhã o tribunal judaico poderia
se reunir, e qualquer coisa feita antes disso não era oficial. A descrição de
Lucas sobre as pessoas presentes no tribunal aponta para o Sinédrio.
O Evangelho de Lucas não relata uma
acusação formal ou um julgamento de acordo com os procedimentos legais vigentes
na ocasião.
O Sinédrio simplesmente se limitou a provocar
Jesus para que ele se auto incriminasse, de acordo com o entendimento que
tinham sobre qual era o papel e as atribuições do Messias.
Jesus negou-se a fazer isso, mesmo porque,
ainda que o fizesse, eles não teriam acreditado nele. Contudo, Jesus indicou
que havia uma mudança a caminho ("Desde agora") e que ele seria
colocado no lugar da mais alta honraria no céu.
A conversa e a busca de falhas prosseguiram
sem êxito algum, até que pediram a ele que falasse claramente se ele era, como
se dizia, o Filho de Deus? Não se sabe ao certo o que eles queriam dizer ao
perguntar a Jesus se ele era "o" Filho de Deus (um homem como um rei
poderia ser chamado de filho de Deus, p. ex., 1Cr 28.6), mas a presença do
artigo definido "o" indica um relacionamento muito mais especial com
Deus.
Para o Sinédrio, a resposta de Jesus
encerrou o assunto, pois ele havia concordado que era o Filho de Deus; assim,
tanto quanto entendiam, Jesus era culpado. Persuadir os romanos exigiria uma
abordagem diferente, mas o que importava para eles é que Jesus era culpado, e
que permanecesse assim até que a sua execução estivesse garantida.
Lc 22:1 Estava próxima a Festa dos Pães
Asmos, chamada Páscoa.
Lc 22:2 Preocupavam-se os principais
sacerdotes e os escribas
em como tirar
a vida a Jesus;
porque
temiam o povo.
Lc 22:3 Ora, Satanás entrou em Judas,
chamado
Iscariotes,
que
era um dos doze.
Lc 22:4 Este
foi entender-se
com
os principais sacerdotes
e
os capitães sobre como lhes entregaria a Jesus;
Lc 22:5
então,
eles
se alegraram
e
combinaram em lhe dar dinheiro.
Lc 22:6 Judas
concordou
e
buscava uma boa ocasião de lho entregar sem tumulto.
Lc 22:7
Chegou o dia
da
Festa dos Pães Asmos,
em
que importava comemorar a Páscoa.
Lc 22:8 Jesus, pois, enviou Pedro e
João, dizendo:
Ide
preparar-nos a Páscoa para que a comamos.
Lc 22:9 Eles lhe perguntaram:
Onde queres
que a preparemos?
Lc 22:10 Então, lhes explicou Jesus:
Ao entrardes
na cidade,
encontrareis
um homem com um cântaro de água;
segui-o
até à casa em que ele entrar
Lc
22:11 e dizei ao dono da casa:
O
Mestre manda perguntar-te:
Onde
é o aposento no qual
hei
de comer a Páscoa
com
os meus discípulos?
Lc 22:12 Ele
vos mostrará um espaçoso cenáculo mobilado;
ali
fazei os preparativos.
Lc 22:13 E,
indo,
tudo
encontraram como Jesus lhes dissera
e
prepararam a Páscoa.
Lc 22:14 Chegada a hora,
pôs-se Jesus
à mesa, e com ele os apóstolos.
Lc 22:15 E disse-lhes:
Tenho
desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa,
antes
do meu sofrimento.
Lc 22:16 Pois
vos digo que nunca mais a comerei,
até
que ela se cumpra no reino de Deus.
Lc 22:17 E,
tomando um cálice,
havendo
dado graças, disse:
Recebei
e
reparti entre vós;
Lc 22:18 pois
vos digo que,
de
agora em diante,
não
mais beberei do fruto da videira,
até
que venha o reino de Deus.
Lc 22:19 E,
tomando um pão,
tendo
dado graças,
o
partiu
e
lhes deu, dizendo:
Isto
é o meu corpo oferecido por vós;
fazei
isto em memória de mim.
Lc 22:20
Semelhantemente,
depois
de cear,
tomou
o cálice,
dizendo:
Este é o
cálice da nova aliança no meu sangue
derramado
em favor de vós.
Lc 22:21
Todavia,
a
mão do traidor está comigo à mesa.
Lc 22:22
Porque o Filho do Homem,
na
verdade, vai segundo o que está determinado,
mas
ai daquele por intermédio de quem
ele
está sendo traído!
Lc 22:23
Então,
começaram
a indagar entre si quem seria,
dentre
eles, o que estava para fazer isto.
Lc 22:24
Suscitaram também entre si uma discussão
sobre
qual deles parecia ser o maior.
Lc 22:25 Mas
Jesus lhes disse:
Os
reis dos povos dominam sobre eles,
e
os que exercem autoridade são chamados benfeitores.
Lc 22:26 Mas
vós não sois assim;
pelo
contrário,
o
maior entre vós seja como o menor;
e
aquele que dirige seja como o que serve.
Lc 22:27 Pois
qual é maior:
quem
está à mesa ou quem serve?
Porventura,
não é quem está à mesa?
Pois, no meio
de vós,
eu
sou como quem serve.
Lc 22:28 Vós
sois os que tendes permanecido comigo
nas
minhas tentações.
Lc
22:29 Assim como meu Pai me confiou um reino,
eu
vo-lo confio,
Lc
22:30 para que comais e bebais
à
minha mesa no meu reino;
e
vos assentareis em tronos para julgar
as
doze tribos de Israel.
Lc
22:31 Simão, Simão,
eis
que Satanás vos reclamou
para
vos peneirar como trigo!
Lc
22:32 Eu, porém, roguei por ti,
para
que a tua fé não desfaleça;
tu, pois,
quando te converteres,
fortalece
os teus irmãos.
Lc
22:33 Ele, porém, respondeu:
Senhor,
estou pronto a ir contigo,
tanto
para a prisão como para a morte.
Lc 22:34 Mas
Jesus lhe disse:
Afirmo-te,
Pedro, que, hoje,
três vezes
negarás que me conheces,
antes
que o galo cante.
Lc
22:35 A seguir, Jesus lhes perguntou:
Quando
vos mandei
sem
bolsa, sem alforje e sem sandálias,
faltou-vos,
porventura, alguma coisa?
Nada,
disseram eles.
Lc 22:36
Então, lhes disse:
Agora,
porém, quem tem bolsa,
tome-a,
como
também o alforje;
e
o que não tem espada,
venda
a sua capa
e
compre uma.
Lc
22:37 Pois vos digo que importa
que
se cumpra em mim o que está escrito:
Ele
foi contado com os malfeitores.
Porque o que
a mim se refere
está
sendo cumprido.
Lc
22:38 Então, lhe disseram:
Senhor,
eis aqui duas espadas!
Respondeu-lhes:
Basta!
Lc 22:39 E,
saindo, foi,
como
de costume,
para
o monte das Oliveiras;
e os
discípulos
o
acompanharam.
Lc 22:40 Chegando ao lugar escolhido,
Jesus lhes disse:
Orai, para
que não entreis em tentação.
Lc 22:41 Ele, por sua vez,
se afastou,
cerca de um tiro de pedra,
e, de
joelhos,
orava,
Lc 22:42 dizendo:
Pai,
se queres, passa de mim este cálice;
contudo,
não se faça a minha vontade,
e
sim a tua.
Lc 22:43
[Então, lhe apareceu
um
anjo do céu
que
o confortava.
Lc 22:44 E,
estando em agonia,
orava
mais intensamente.
E aconteceu
que
o
seu suor se tornou como gotas de sangue
caindo
sobre a terra.]
Lc 22:45
Levantando-se da oração,
foi
ter com os discípulos,
e
os achou dormindo de tristeza, Lc 22:46 e disse-lhes:
Por
que estais dormindo?
Levantai-vos
e orai,
para
que não entreis em tentação.
Lc 22:47 Falava ele ainda,
quando chegou
uma multidão;
e um dos
doze, o chamado Judas,
que
vinha à frente deles,
aproximou-se
de Jesus para o beijar.
Lc 22:48
Jesus, porém, lhe disse:
Judas,
com um beijo
trais
o Filho do Homem?
Lc 22:49 Os que estavam ao redor dele,
vendo o que
ia suceder, perguntaram:
Senhor,
feriremos à espada?
Lc 22:50 Um
deles feriu
o
servo do sumo sacerdote
e
cortou-lhe a orelha direita.
Lc 22:51 Mas
Jesus acudiu, dizendo:
Deixai,
basta.
E,
tocando-lhe a orelha,
o
curou.
Lc 22:52 Então, dirigindo-se Jesus
aos
principais sacerdotes,
capitães do
templo
e anciãos que
vieram prendê-lo, disse:
Saístes
com espadas e porretes
como
para deter um salteador?
Lc 22:53
Diariamente,
estando
eu convosco no templo,
não
pusestes as mãos sobre mim.
Esta, porém,
é a vossa hora
e
o poder das trevas.
Lc 22:54
Então,
prendendo-o,
o
levaram
e
o introduziram na casa do sumo sacerdote.
Pedro seguia de longe.
Lc 22:55 E,
quando
acenderam fogo no meio do pátio e juntos se assentaram,
Pedro
tomou lugar entre eles.
Lc 22:56
Entrementes,
uma
criada,
vendo-o
assentado perto do fogo, fitando-o, disse:
Este
também estava com ele.
Lc 22:57 Mas
Pedro negava, dizendo:
Mulher,
não o conheço.
Lc 22:58
Pouco depois,
vendo-o
outro, disse:
Também
tu és dos tais.
Pedro, porém,
protestava:
Homem,
não sou.
Lc 22:59 E,
tendo passado cerca de uma hora,
outro
afirmava, dizendo:
Também
este, verdadeiramente, estava com ele,
porque
também é galileu.
Lc 22:60 Mas
Pedro insistia:
Homem,
não compreendo o que dizes.
E logo,
estando
ele ainda a falar,
cantou
o galo.
Lc 22:61
Então, voltando-se o Senhor,
fixou
os olhos em Pedro,
e
Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe dissera:
Hoje,
três vezes me negarás,
antes
de cantar o galo.
Lc 22:62
Então, Pedro,
saindo
dali, chorou amargamente.
Lc 22:63 Os que detinham Jesus
zombavam
dele,
davam-lhe
pancadas
e, Lc 22:64
vendando-lhe os olhos, diziam:
Profetiza-nos:
quem
é que te bateu?
Lc 22:65 E
muitas outras coisas diziam contra ele,
blasfemando.
Lc 22:66 Logo que amanheceu,
reuniu-se a
assembléia dos anciãos do povo,
tanto
os principais sacerdotes
como
os escribas,
e
o conduziram ao Sinédrio,
onde
lhe disseram:
Lc
22:67 Se tu és o Cristo,
dize-nos.
Então, Jesus
lhes respondeu:
Se
vo-lo disser,
não
o acreditareis;
Lc 22:68
também,
se
vos perguntar,
de
nenhum modo me respondereis.
Lc
22:69 Desde agora,
estará
sentado o Filho do Homem
à
direita do Todo-Poderoso Deus.
Lc 22:70
Então, disseram todos:
Logo,
tu és o Filho de Deus?
E ele lhes
respondeu:
Vós
dizeis que eu sou.
Lc 22:71
Clamaram, pois:
Que
necessidade mais temos de testemunho?
Porque
nós mesmos o ouvimos da sua própria boca.
Eles não
conseguiam achar nada de que acusar a Jesus até que fizeram a pergunta chave se
ele era ou não Filho de Deus. Quando sua resposta veio por causa de sua
pergunta, logo encerraram a busca por acusações e resolveram sentenciá-lo.
Eles não conhecerem os tempos e as estações e ainda mandaram
embora, condenando à morte, o único que poderia dar-lhes vida! Era mesmo como
se alguém estivesse jogando fora o seu único paraquedas na hora da maior crise.
De fato, Deus nos ama, apesar de nós! A salvação é mesmo monergista...
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quinta-feira, 8 de outubro de 2015
quinta-feira, outubro 08, 2015
Jamais Desista
QUER MESMO OUVIR UMA BOA PALAVRA DE DEUS?
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