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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Zacarias 13 1-9 - JESUS A FONTE ABERTA DE ZACARIAS.

Estamos estudando, com a ajuda preciosa da BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto à Jerusalém ser o local, num futuro de médio prazo, para o reino de Deus.
Estamos na segunda parte, na seção “B”, no penúltimo, o décimo terceiro capítulo.
B. O segundo grupo de profecias (12.1-14.21) - continuação.
Como já falamos, estamos vendo o segundo grupo de profecias, sendo que no primeiro vimos detalhes da vinda de Deus, o Rei, em julgamento e neste segundo grupo de profecias, na segunda metade do livro, estamos vendo o julgamento de Deus contra as nações.
O ápice desse grupo é a salvação final de Jerusalém e a celebração da Festa dos Tabernáculos. Dividiremos, didaticamente, conforme a BEG, esta segunda seção “B” em seis partes: 1. A vitória sobre as nações (12.1-9) – já vimos; 2. O pranto sobre o passado (12.10-14) – já vimos; 3. A purificação da terra de Judá (13.1-6) – veremos agora; 4. O pastor ferido (13.7-9) – veremos agora; 5. A guerra contra Jerusalém (14.1-15); e, 6. A futura celebração (14.16-21).
3. A purificação da terra de Judá (13.1-6).
Até o verso seis, estaremos vendo a purificação da terra de Judá. O pranto em Jerusalém sobre os pecados passados purificaria a Terra Prometida de sua impureza.
Essa frase “Naquele dia” que inicia o capítulo 13, liga este capítulo ao pranto de 12.10-13. Seria, então naquele dia que uma fonte jorraria para os descendentes de Davi. Uma fonte para remover o pecado e a impureza. A metáfora de uma fonte indica a abundância do perdão. Conforme podemos ver em Jr 2.13, Deus chamou a si mesmo de "o manancial de águas vivas". Basicamente, encontramos a abundância de perdão em Jesus e em seu Espírito (Jo 7.37-39). 
Os versos de 2 a 6 mostram os efeitos da purificação (vs. 1) sendo deles, o maior resultado, a eliminação da idolatria e dos falsos profetas (vs. 2-3).
No verso dois, diz Deus que eliminaria de Israel os nomes dos ídolos para nunca mais serem lembrados e removeria da terra tanto os seus profetas enganosos com o respectivo espírito imundo.
A falsa profecia significava, dentre outras coisas, profetizar em nome de um deus falso ou falar presunçosamente em nome do Senhor (vs. 3; Dt 13.1-18; 18.21-22). Um falso profeta deveria morrer pela espada (Dt 13.15). O compromisso do povo de Deus, nesse momento, de pleno arrependimento e bênção seria tanto que os pais se alegrariam em Deus mais da que em seus filhos.
O segundo efeito da purificação (vs. 1) seria que os falsos profetas ficariam envergonhados ao admitir a sua fraude. Negariam ser profetas por medo do castigo.
Naquele dia eles se envergonhariam tanto de suas visões proféticas de mentira que nem mais se vestiriam de manto de pelos, tradicional símbolo de um profeta (1 Rs 1.8; Mt 3.4).
Quando João Batista, no Novo Testamento, surgiu, ele representou o último dos profetas do Antigo Testamento, antes do Messias e se vestiu como os antigos e comia mel silvestre e gafanhotos. “E João andava vestido de pelos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre” (Mt 3.4; Mc 1.6).
Como o último dos profetas do AT no NT, ele apontou para Cristo dizendo que ali estava o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo (Jo 1.29), ou seja, estava ele encerrando o AT e com isso falando que doravante se deveria ouvir ao próprio Senhor.
Não que o Senhor iria anular ou se desfazer do AT, não, ele antes o ratificaria dando-lhe a correta interpretação, pois nem um “~”, nem um “j” seria eliminado da Lei, dos Profetas e dos Escritos. (Vejam Mt 5.17-20).
Também eles estariam cobertos de vergonha, continuando o verso 4 a 6, que ele diria explicitamente que não era profeta, mas homem do campo, desde a sua mocidade.
Se alguém ainda lhe perguntasse sobre as feridas que ele traria em seu corpo (em suas mãos – NVI), ele diria que essas feridas se deram na casa de seus amigos – vs. 6 -, ou seja, o profeta acusado explicaria que suas feridas haviam resultado da briga com um amigo.
Esta é uma provável referência às feridas autointligidas durante os cultos idólatras. Vários textos no Antigo Testamento sugerem que tais práticas eram comuns nos rituais pagãos de adoração (Lv 19.28; 21.5; Dt 14.1; 1Rs 18.28).
Embora essas sejam as explicações encontradas na BEG que nos ajudam a entender o contexto histórico, elas encontram aplicação na vida e obra do Messias que teve suas mãos feridas na casa de seus amigos, os judeus, que o traíram e o crucificaram.
4. O pastor ferido (13.7-9).
Dos versos 7 ao 9, veremos o pastor das ovelhas sendo ferido à espada e o povo sendo disperso, provado, para dele somente ser aproveitado o remanescente fiel.
Após a reconstrução do templo, Zacarias passou a entender melhor o que tinha de acontecer para o povo de Deus obter a vitória prometida. O filho de Davi sofreria pela mão de Deus, e o povo escolhido passaria por um refinamento para que os fiéis fossem separados dos infiéis.
Esse pastor, homem, companheiro – vs. 8 - é o grande filho de Davi a quem os profetas continuaram aguardando. Ele seria ferido e as ovelhas, consequentemente, dispersas, mas o Senhor voltaria a sua atenção e a sua mão de proteção aos pequeninos para preservar os remanescentes, separando-os dos infiéis.
Como em Is 52.13-53.12, a figura real está ferida. É possível que Zacarias tivesse em mente a morte de Zorobabel, em quem tanta esperança havia sido depositada (caps. 1-8), bem como os sofrimentos que se seguiriam a Israel.
Essa figura representava também o Cristo. O Novo Testamento ensina que Jesus é o Pastor que cumpriu plenamente essa profecia e cuja morte fez distinção entre o fiel e o infiel de Israel (Mt 26.31-35; Mc 14.27-31; Lc 22.31-34).
»ZACARIAS [13]
Zc 13:1 Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi,
e para os habitantes de Jerusalém,
para remover o pecado e a impureza.
Zc 13:2 Naquele dia, diz o Senhor dos exércitos,
cortarei da terra os nomes dos ídolos,
e deles não haverá mais memória;
e também farei sair da terra os profetas
e o espirito da impureza.
Zc 13:3 E se alguém ainda profetizar,
seu pai e sua mãe, que o geraram, lhe dirão:
Não viverás,
porque falas mentiras em o nome do Senhor;
e seu pai e sua mãe, que o geraram,
o traspassarão quando profetizar.
Zc 13:4 Naquele dia os profetas se sentirão envergonhados,
cada um da sua visão,
quando profetizarem;
nem mais se vestirão de manto de pêlos,
para enganarem,
Zc 13:5 mas dirão:
Não sou profeta,
sou lavrador da terra;
porque tenho sido escravo desde a minha mocidade.
Zc 13:6 E se alguém lhe disser:
Que feridas são essas entre as tuas mãos?
Dirá ele:
São as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos.
Zc 13:7 Ó espada, ergue-te contra o meu pastor,
e contra o varão que é o meu companheiro,
diz o Senhor dos exércitos;
fere ao pastor,
e espalhar-se-ão as ovelhas;
mas volverei a minha mão para os pequenos.
Zc 13:8 Em toda a terra, diz o Senhor,
as duas partes dela serão exterminadas,
e expirarão;
mas a terceira parte restará nela.
Zc 13:9 E farei passar esta terceira parte pelo fogo,
e a purificarei,
como se purifica a prata,
e a provarei,
como se prova o ouro.
Ela invocará o meu nome,
e eu a ouvirei;
direi:
É meu povo;
e ela dirá:
O Senhor é meu Deus.
Deus fala da proporção entre eles baseada na terça parte, sendo 2/3 ceifados e mortos e apenas 1/3 permanecendo. O julgamento separaria os verdadeiramente fiéis dos falsos. A distinção do julgamento de Deus entre o humilde e o soberbo (Sf 3.11-12), entre a ovelha verdadeira e a falsa (Ez 34.17-24), entre o joio e o trigo (Mt 13.24-30) é um tema profético comum.
A terça parte que sobrasse seria posta no fogo das provações e seria provado como se prova o ouro e se refina a prata, isto é, os verdadeiramente fiéis passariam pelo fogo não para os atormentar, mas para os purificar. Os que vencessem invocariam o nome do Senhor e Deus responderia dizendo que eles eram seu povo e ele o seu Deus. O remanescente que sobrevivesse ao julgamento seria o verdadeiro povo de Deus, que desfrutaria da bênção da renovação da aliança (8.8; Gn 17.7).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Dia 24/40 - REFLETINDO SOBRE A UNIDADE EM ZACARIAS 12

Nossa reflexão de hoje sobre a unidade, sobre o estar juntos nos levará novamente ao Jamais Desista de hoje, 29/07/2015.
Em nossa reflexão de hoje, baseada no capítulo 12 de Zacarias, veremos Deus prometendo uma grande vitória para Judá e Jerusalém. O menor deles seria como Davi e eles JUNTOS – UNIDADE- seriam como Deus, como seus anjos na batalha, ou seja, totalmente invencíveis e imbatíveis!
Que tal sermos como eles e andarmos em unidade?
Vejam a sinopse do Jamais Desista de hoje (estamos crescendo a cada dia – ontem tivemos 1335 visitas!):
Zacarias 12 1-14 - O SEGUNDO GRUPO DE PROFECIAS DE ZACARIAS.
A vitória do povo de Deus contra as nações seria tão definitiva que até mesmo o mais fraco lutaria como o grande guerreiro Davi. A casa de Davi – eles em unidade! - lutaria como Deus e como o anjo do Senhor.
Seus membros destruiriam todas as nações que atacassem Jerusalém como também enfrentaria e triunfariam sobre qualquer inimigo.
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Zacarias 12 1-14 - O SEGUNDO GRUPO DE PROFECIAS DE ZACARIAS.

Estamos estudando, com a ajuda preciosa da BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto à Jerusalém ser o local, num futuro de médio prazo, para o reino de Deus.
Estamos na segunda parte, na seção “B”, com o décimo segundo capítulo.
B. O segundo grupo de profecias (12.1-14.21).
Doravante, até o final do livro, veremos o segundo grupo de profecias. No primeiro grupo de profecias, nós vimos detalhes da vinda de Deus, o Rei, em julgamento, Neste segundo grupo de profecias, na segunda metade do livro, veremos o julgamento de Deus contra as nações.
O ápice desse grupo é a salvação final de Jerusalém e a celebração da Festa dos Tabernáculos. Dividiremos, didaticamente, conforme a BEG, esta segunda seção “B” em seis partes: 1. A vitória sobre as nações (12.1-9) – veremos agora; 2. O pranto sobre o passado (12.10-14) – veremos agora; 3. A purificação da terra de Judá (13.1-6); 4. O pastor ferido (13.7-9); 5. A guerra contra Jerusalém (14.1-15); e, 6. A futura celebração (14.16-21).
1. A vitória sobre as nações (12.1-9).
Até o verso nove, estaremos vendo a vitória sobre as nações. O tema desses versículos é o julgamento de Deus contra as outras nações por meio da vitória de Judá.
A palavra do Senhor é destinada a Israel e ela é introduzida com o Deus criador que lançou os alicerces da terra e que formou o espírito do homem dentro dele, ou seja, Deus criou a terra e os céus para nele colocar o homem, sua obra prima da criação.
Deus estava falando que iria fazer de Jerusalém um copo de atordoamento para todos os povos em redor e também para Judá durante o cerco de Jerusalém. Era esse um símbolo da dor que Jerusalém infligiria a seus inimigos. Outros profetas falaram da ira de Deus como um cálice do qual as nações beberiam (Is 51.17; Jr 25.15-38; Ez 23.32-34).
Jerusalém seria um copo de atordoamento e também uma pedra pesada naquele dia – vs. 3. Essa frase “Naquele dia” ocorre dezesseis vezes nos caps. 12-14.
É uma referência abreviada para "o dia do SENHOR", expressão muito usada pelos profetas para descrever os momentos em que Deus intervém na História para derrotar os seus inimigos e abençoar o seu povo.
Aqui, o profeta tinha em mente o dia da grande batalha entre a comunidade restaurada e todas as nações do mundo.
Por isso que Jerusalém seria uma pedra pesada. Essa frase faz um paralelo com o cálice "de tontear", do vs. 2 (Dn 2.45). Aqui, o profeta trouxe a esperança aos que retornaram do exílio de que as nações que atacassem Jerusalém seriam derrotadas em sua tentativa de destruir a cidade e seus habitantes.
Houve alguma resistência por parte da comunidade restaurada inicial (Ed 4; Ne 2.19; 4.1-23). Também houve a revolta dos Macabeus contra os gregos a qual foi bem-sucedida, mas essa batalha final não aconteceria porque Israel permanecera totalmente insignificante aos olhos do mundo. Conforme a BEG, a expectativa dessa última batalha, portanto, foi lançada para o futuro.
O Novo Testamento ensina que a Jerusalém reconstruída é um tipo da Jerusalém celestial na qual vivemos hoje, pela fé (Hb 12.22-23), e será, no futuro, a Jerusalém final dos novos céus e da nova terra (Ap 21.2).
Ezequiel profetizou que a comunidade restaurada representaria tamanha ameaça às nações que elas fariam alianças e atacariam (Ez 38-39).
Houve alguma resistência nos primeiros dias de retorno do exílio (Ed 4; Ne 2.19; 4.1-23), mas Judá, enfraquecida pelos pecados, ofereceu pouca resistência. Assim, a grande batalha foi adiada. (14.2).
Naqueles dias os chefes de Judá seriam como um braseiro ardente debaixo da lenha e como um facho entre gavelas que devorariam à direita e à esquerda a todos os povos em redor. Essas são mais figuras do poder devorador da Judá liderada pelo fiel filho de Davi (Ag 2.22-23). Jerusalém assim seria habitada novamente, no seu próprio lugar. Em contraste com as outras nações, o povo de Deus estaria seguro na cidade santa (SI 46; 125.1).
O cuidado de Deus para com Jerusalém e Judá seria muito grande a ponto de ele salvar primeiro as tendas de Judá para que a glória da casa de Davi e a glória dos habitantes de Jerusalém não se engrandecessem sobre Judá.
Naqueles dias a defesa do Senhor por eles seria tão enorme que o mais fraco deles seria como o “gigante” Davi e a junção deles, a união deles, desses gigantes, formariam a casa de Davi que seria como Deus, como o anjo do Senhor diante deles.
A vitória do povo de Deus contra as nações seria tão definitiva que até mesmo o mais fraco lutaria como o grande guerreiro Davi. A casa de Davi – eles em unidade! - lutaria como Deus e como o anjo do Senhor.
Seus membros destruiriam todas as nações que atacassem Jerusalém como também enfrentaria e triunfariam sobre qualquer inimigo.
A oferta de que poderia ter início o processo da vitória de âmbito mundial para Jerusalém foi feita pelos profetas logo no início, desde os dias de Zorobabel (Ag 2.22-23). O triste foi que desprezaram o Senhor e isso fez com que esse plano fosse adiado para ser apenas concluído com o Messias e sua igreja.
2. O pranto sobre o passado (12.10-14).
Dos versos 10 ao 14, veremos o pranto sobre o passado. A vitória de Judá sobre as nações que a atacassem após o exílio está colocada junto com a renovação espiritual do povo de Judá. A primeira não poderia ocorrer sem a última.
Enquanto Deus iria destruir todas as nações opositoras, sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, ele estaria derramando um espírito de graça e súplicas - pedidos pela graça de Deus (At 2.37).
Provavelmente, uma maneira de falar sobre o Espirito Santo, que é graciosamente dado e produz a humildade no povo de Deus. Os profetas do Antigo Testamento enfatizaram que a renovação da aliança com Deus após o exílio (Jr 31.31-33) acarretaria necessariamente uma renovação em seu Espírito (Is 59.21; Ez 36.26-27; 39.29).
Isso faria com que seus olhares estivessem postos no Senhor, por isso que olharão para ele, ou seja, como a fonte da salvação. Muitas passagens do Evangelho de João falam da fé em termos de "olhar” (Veja Jo 3.14-15).
»ZACARIAS [12]
Zc 12:1 A palavra do Senhor acerca de Israel:
Fala o Senhor, o que estendeu o céu,
e que lançou os alicerces da terra
e que formou o espírito do homem dentro dele.
Zc 12:2 Eis que eu farei de Jerusalém um copo de atordoamento
para todos os povos em redor,
e também para Judá,
durante o cerco contra Jerusalém.
Zc 12:3 Naquele dia farei de Jerusalém
uma pedra pesada para todos os povos;
todos os que a erguerem, serão gravemente feridos.
E ajuntar-se-ão contra ela todas as nações da terra.
Zc 12:4 Naquele dia, diz o Senhor,
ferirei de espanto a todos os cavalos,
e de loucura os que montam neles.
Mas sobre a casa de Judá
abrirei os meus olhos,
e ferirei de cegueira todos os cavalos dos povos.
Zc 12:5 Então os chefes de Judá dirão no seu coração:
Os habitantes de Jerusalém são a minha força
no Senhor dos exércitos, seu Deus.
Zc 12:6 Naquele dia porei os chefes de Judá
como um braseiro ardente no meio de lenha,
e como um facho entre gavelas;
e eles devorarão à direita e à esquerda
a todos os povos em redor;
e Jerusalém será habitada outra vez
no seu próprio lugar, mesmo em Jerusalém.
Zc 12:7 Também o Senhor salvará primeiro as tendas de Judá,
para que a glória da casa de Davi
e a glória dos habitantes de Jerusalém
não se engrandeçam sobre Judá.
Zc 12:8 Naquele dia o Senhor defenderá os habitantes de Jerusalém,
de sorte que o mais fraco dentre eles naquele dia
será como Davi,
e a casa de Davi
será como Deus,
como o anjo do Senhor diante deles.
Zc 12:9 E naquele dia, tratarei de destruir todas as nações
que vierem contra Jerusalém.
Zc 12:10 Mas sobre a casa de Davi,
e sobre os habitantes de Jerusalém,
derramarei o espírito de graça e de súplicas;
e olharão para aquele a quem traspassaram,
e o prantearão como quem pranteia
por seu filho único;
e chorarão amargamente por ele,
como se chora pelo primogênito.
Zc 12:11 Naquele dia será grande o pranto em Jerusalém,
como o pranto de Hadade-Rimom no vale de Megidom.
Zc 12:12 E a terra pranteará, cada família à parte:
a família da casa de Davi à parte,
e suas mulheres à parte;
e a família da casa de Natã à parte,
e suas mulheres à parte;
Zc 12:13 a família da casa de Levi à parte,
e suas mulheres à parte;
a família de Simei à parte,
e suas mulheres à parte;
Zc 12:14 todas as mais famílias, cada família à parte,
e suas mulheres à parte.
Aquele a quem eles estariam olhando seria aquele mesmo que eles traspassaram. A referência é a Deus (cf. “derramarei”), a quem os judeus haviam rejeitado no passado.
João viu que essa passagem se cumpriu com a morte de Cristo (Jo 19.37), que também representou a pior rejeição de Israel com relação a Deus.
  • Olharão para mim, aquele a quem traspassaram.
  • E chorarão por ele como quem chora a perda de um filho único.
  • E lamentarão amargamente por ele como quem lamenta a perda do filho mais velho.
  • Naquele dia muitos chorarão em Jerusalém, como os que choraram em Hadade-Rimon no vale de Megido.
  • Todo o país chorará, separadamente cada família com suas mulheres chorará:
ü  a família de Davi com suas mulheres;
ü  a família de Natã com suas mulheres;
ü  a família de Levi com suas mulheres;
ü  a família de Simei com suas mulheres,
ü  e todas as demais famílias com suas mulheres.
(Zacarias 12:10-14).
E chorariam e se lamentariam como quem chora a perda de um unigênito ou do primogênito – vs. 11. A BEG nos lembra que o profeta indicou que quando o Espírito fosse derramado, o povo de Deus se arrependeria profundamente de suas rebeliões passadas, mas que também podemos ver a rejeição sendo expressa com toda a sua força na pessoa de seu único filho, o primogênito, que deu a sua vida por nós, pecadores.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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terça-feira, 28 de julho de 2015

Dia 23/40 - DEUS DESTRUIU DUAS VARAS EM ZC 11: A GRAÇA E A UNIÃO.

Nossa reflexão de hoje sobre a unidade, sobre o estar juntos nos levará novamente ao Jamais Desista de hoje, 28/07/2015.
Em nossa reflexão de hoje, baseada no capítulo 11 de Zacarias, veremos Deus destruindo duas varas por causa da rebeldia de seu povo. As duas varas eram “GRAÇA” (favor imerecido) e “UNIÃO” (unidade – nosso tema atual!).
Vejam um pequeno trecho:
O Senhor estava mesmo decepcionado com o seu povo ao qual tinha tratado com muita graça e favor. Ele estava se tornando o pastor do rebanho destinado à matança. Foi ele quem pegou duas varas e chamou a uma de Graça e a outra de União e com elas era que estava pastoreando um povo rebelde e contradizente.”
A sinopse do capitulo que divulguei hoje foi essa a seguir:
Zacarias 11 1-17 - UM PASTOR DE VERDADE X PASTORES IMPRESTÁVEIS.
Um pastor de verdade deveria:
• Preocupar-se com as ovelhas perdidas.
• Procurar a que estivesse perdida.
• Curar e sarar as machucadas.
• Alimentar as sadias.
No entanto, o capítulo termina com um terrível “ai” dirigido ao pastor imprestável (pode também ser inútil ou insensato) que abandona o rebanho. Sobre esse uma terrível maldição, a perda do braço direito e do olho direito indicando a perda do poder e do discernimento necessários para a liderança.
 +++ LEIAM MAIS +++
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p.s.: Também aproveitem e curtam:

Deus abençoe cada um de nós na graça e na união! 
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Zacarias 11 1-17 - UM PASTOR DE VERDADE X PASTORES IMPRESTÁVEIS.

Estamos estudando, com a ajuda preciosa da BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto à Jerusalém ser o local, num futuro de médio prazo, para o reino de Deus.
Estamos na segunda parte, com o décimo primeiro capítulo.
A. O primeiro grupo de profecias (9. 1-11. 17) - continuação.
Até este capítulo 11, estaremos vendo o primeiro grupo de profecias, que tratam da vinda de Deus, o Rei, em julgamento. Ele também foi dividido em quatro seções: 1. Deus vinga-se do seu povo (9.1-8) – já vimos; 2. O rei de Israel chega a Jerusalém (9.9-17) – já vimos; 3. Deus reúne o seu povo (10.1-11.3) – já vimos; e, 4. O pastor do povo de Deus (11.4-17) – veremos agora.
4. O pastor do povo de Deus (11.4-17).
Os três primeiros versículos retratam a destruição das poderosas nações que se levantaram contra Deus. As referências a grandes carvalhos, densos bosques, pastores e leões ameaçadores devem ser consideradas como metáforas para as nações (p. ex., cedros - Líbano; cf. Jz 9.15; 1 Rs 5.6; SI 29.5) e seus governantes a quem Deus julgaria quando levasse o seu povo de volta à Terra Prometida.
Depois dessa introdução, com a palavra sendo destinada aos cedros, ao pinheiro, aos carvalhos, à floresta rica e exuberante que logo seria destruída completamente, onde no meio delas se ouvia o rugido dos leões, dos versos de 4 ao 17, veremos o pastor do povo de Deus.
Conforme a BEG, a dificuldade dessa seção tem gerado diferentes interpretações. Os principais pontos da passagem podem ser interpretados da seguinte maneira:
·         Primeiro, alguém foi chamado para desempenhar o papel do fiel pastor real de Israel que exerce as duas funções que representam a oferta de favor e a (re)união da nação exilada.
Essa figura, provavelmente, refere-se a Zorobabel, o filho de Davi, a quem Ageu e Zacarias exaltaram como aquele que daria início às bênçãos da restauração do exílio (4.6-10; Ag 2.4,21,23).
·         Segundo, Israel rejeitou o seu fiel pastor e o tratou como um escravo inferior (vs. 8).
Consequentemente, o pastor revogou o favor divino e a (re)união do povo de Deus. É provável que essa figura se refira à falha dos que retornaram do exílio em executar o programa de restauração e não seguiram com fidelidade a liderança de Zorobabel.
·         Terceiro, a atenção se move para um pastor insensato e indigno que não cuidou do povo de Israel.
O autor substituiu o pastor rejeitado quando Deus anunciou o seu pesar pela eventual destruição desse rei. Essa descrição se refere tanto aos líderes estrangeiros que oprimiram o povo de Deus como aos líderes de Israel que vieram depois de Zorobabel, talvez aqueles que governaram durante a breve independência após a guerra dos Macabeus (9.9-10).
A destruição viria sobre eles um pouco depois (v. 17).
O Senhor estava dizendo que era para pastorear o rebanho destinado à matança. O povo de Israel era como uma ovelha atada para o matadouro do exílio (veja Is 65.12; Ez 21.10-28).
Havia um comércio com essas ovelhas e ninguém se importava com nada exceto que estaria ficando rico e abastado. Os rebanhos não eram poupados, antes explorados – vs. 5. Eles matavam, compravam, vendiam, comercializavam com apenas um propósito ficarem cada vez mais ricos.
Por isso que o Senhor já não teria mais piedade. Essas palavras haviam descrito o período que levou ao exílio (Jr 13.14; 15.5; 21.7) e agora estavam sendo aplicadas à retirada da proteção divina após os primeiros dias de restauração. O Senhor iria entregá-los cada um ao seu próximo e ao seu rei que acabariam com a terra e o Senhor não mais livraria ninguém das suas mãos.
O Senhor estava mesmo decepcionado com o seu povo ao qual tinha tratado com muita graça e favor. Ele estava se tornando o pastor do rebanho destinado à matança. Foi ele quem pegou duas varas e chamou a uma de Graça e a outra de União e com elas era que estava pastoreando um povo rebelde e contradizente.
Essa palavra “graça” também significa “beleza” e é usada dessa maneira para o próprio Deus (Sl 27.4; 90.17). A vara simboliza a graça que Deus havia mostrado para o seu povo na aliança (vs. 10).
Já a palavra “união” representava a unidade da nação dividida (vs. 14) que havia sido prometida como parte da nova aliança (Jr 30 3; 31.27,31; 33.7). A nação se dividiu com Roboão, mas Deus a estaria unindo com o povo do pós exílio, no entanto devido ao comportamento errado deles somente em Cristo, com a igreja é que isso se dará.
Em menos de 28 dias, o mês judaico, Deus teria se livrado de três pastores. A identidade deles, conforme a BEG, é desconhecida. Eles poderiam representar todos os líderes de quem a fiel figura real seria eliminada com a disputa pela liderança.
No verso 9, o profeta na qualidade de pastor, expressou repugnância pela rebelião e desobediência do rebanho: que morram as que tiverem de morrer, que pereçam as que perecerem e que comam umas as outras, das que sobrarem.
O Senhor então pegou de sua vara Graça e a quebrou e destarte, cancelou a sua aliança que com eles tinha feito. A retirada do favor de Deus afetaria também a todos os povos. Essa nações provavelmente se referem à diáspora judaica (dispersão) entre as nações. Após a retirada do favor divino, essas nações poderiam afligir o rebanho de Deus,
Por trinta moedas de prata avaliaram o preço dele. Assim ele lhes disse que se quisessem pagar, que pagassem, que se não, que não pagassem e então eles pagaram 30 moedas de prata. Era esse o preço de um escravo (Ex 21.32), o que denegriu o pastor davídico, Zorobabel, que havia dado tanto à nação oprimida.
Mateus, de maneira bastante apropriada, fez alusão a essa passagem quando fez a observação de que os oficiais judaicos haviam pago trinta moedas de prata a Judas, por ter traído a Jesus (Mt 26.14-16).
Jesus, o último filho real de Davi, foi traído como havia sido Zorobabel, seu precursor.
Assim, o Senhor disse que se lançasse isso ao oleiro – vs. 13 - esse magnífico preço pelo qual o avaliaram. O Senhor respondeu sarcasticamente à maneira pela qual o seu pastor real foi desvalorizado. Judas mais tarde atiraria de volta aos sacerdotes as trinta moedas de prata adquiridas de maneira ilícita, talvez sem ter consciência de que o incidente havia sido prefigurado nas Escrituras (Jr 19.1-13; Mt 27.1-10).
Por conta disso, Deus quebrou a sua segunda vara a União, isto para romper a irmandade entre Judá e Israel. Uma referência à abolição da unidade da nação como consequência de o povo ter rejeitado o bom pastor, Zorobabel.
E o Senhor então lhe disse que se pegasse novamente os utensílios de um pastor insensato – vs. 15. O pastor insensato é descrito como aquele que destruiria o rebanho de Deus. Ezequiel falou desse modo sobre os reis de Judá anteriores ao exílio (Ez 34.1-10).
Zacarias estava se referindo também aos líderes que viriam após a rejeição de Zorobabel, tanto aos saídos de dentro da própria nação de Israel como aos de nações estrangeiras, pois o Senhor levantaria nesta terra um pastor que não se preocuparia com as ovelhas perdidas, nem procuraria a que estivesse solta, nem curaria as machucadas, nem alimentaria as sadias, mas comeria a carne das ovelhas mais gordas, arrancando as suas patas – vs. 16.
»ZACARIAS [11]
Zc 11:1 Abre, ó Líbano, as tuas portas para que o fogo devore os teus cedros.
Zc 11:2 Geme, ó cipreste, porque caiu o cedro,
porque os mais excelentes são destruídos;
gemei, ó carvalhos de Basã,
porque o bosque forte é derrubado.
Zc 11:3 Voz de uivo dos pastores!
porque a sua glória é destruída;
voz de bramido de leões novos!
porque foi destruída a soberba do Jordão.
Zc 11:4 Assim diz o Senhor meu Deus:
Apascenta as ovelhas destinadas para a matança,
Zc 11:5 cujos compradores as matam,
e não se têm por culpados;
e cujos vendedores dizem:
Louvado seja o Senhor, porque hei enriquecido;
e os seus pastores não têm piedade delas.
Zc 11:6 Certamente não terei mais piedade dos moradores desta terra,
diz o Senhor; mas, eis que entregarei os homens
cada um na mão do seu próximo
e na mão do seu rei;
eles ferirão a terra,
e eu não os livrarei da mão deles.
Zc 11:7 Eu pois apascentei as ovelhas destinadas para a matança,
as pobres ovelhas do rebanho.
E tomei para mim duas varas:
a uma chamei Graça,
e à outra chamei União;
e apascentei as ovelhas.
Zc 11:8 E destruí os três pastores num mês;
porque me enfadei deles,
e também eles se enfastiaram de mim.
Zc 11:9 Então eu disse:
Não vos apascentarei mais;
o que morrer morra,
e o que for destruído seja destruído;
e os que restarem, comam cada um a carne do seu próximo.
Zc 11:10 E tomei a minha vara Graça,
e a quebrei, para desfazer o meu pacto,
que tinha estabelecido com todos os povos.
Zc 11:11 Foi, pois, anulado naquele dia;
assim os pobres do rebanho que me respeitavam,
reconheceram que isso era palavra do Senhor.
Zc 11:12 E eu lhes disse:
Se parece bem aos vossos olhos,
dai-me o que me é devido;
e, se não,
deixai-o.
Pesaram, pois, por meu salário,
trinta moedas de prata.
Zc 11:13 Ora o Senhor disse-me:
Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles.
E tomei as trinta moedas de prata,
e as arrojei ao oleiro na casa do Senhor.
Zc 11:14 Então quebrei a minha segunda vara União,
para romper a irmandade entre Judá e Israel.
Zc 11:15 Então o Senhor me disse:
Toma ainda para ti os instrumentos de um pastor insensato.
Zc 11:16 Pois eis que suscitarei um pastor na terra,
que não cuidará das que estão perecendo,
não procurará as errantes,
não curará a ferida,
nem apascentará a sã;
mas comerá a carne das gordas,    
e lhes despedaçará as unhas.
Zc 11:17 Ai do pastor inútil,
que abandona o rebanho!
a espada lhe cairá sobre o braço
e sobre o olho direito;
o seu braço será de todo mirrado,
e o seu olho direito
será inteiramente escurecido.
Um pastor de verdade deveria:
·         Preocupar-se com as ovelhas perdidas.
·         Procurar a que estivesse perdida.
·         Curar e sarar as machucadas.
·         Alimentar as sadias.
No entanto, o capítulo termina com um terrível “ai” dirigido ao pastor imprestável (pode também ser inútil ou insensato) que abandona o rebanho. Sobre esse uma terrível maldição, a perda do braço direito e do olho direito indicando a perda do poder e do discernimento necessários para a liderança.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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