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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Zacarias 6 1-15 - A OITAVA E ÚLTIMA VISÃO DAQUELA NOITE.

Estamos estudando, com a ajuda preciosa da BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto a Jerusalém ser o local, num futuro de médio prazo, para o reino de Deus. Estamos na primeira parte e no sexto capítulo.
I. AS PROFECIAS COM APLICAÇÃO IMEDIATA (1.1 -8.23) – continuação.
Como já dissemos, desde o primeiro versículo até o capítulo oito, estamos vendo as profecias que foram entregues aos primeiros a retomarem do exílio, enquanto lutavam com o desafio de reconstruir o templo.
Assim, foi dividida essa parte em cinco seções: A. Título (1.1) – já vimos; B. Mensagem Inicial (1.2-6) – já vimos; C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – estamos vendo; D. A coroação de Josué (6.9-15) – veremos agora; e, E. A transformação de Jerusalém (7.1-8.23).
C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – continuação.
Como já falamos, essas são as oito visões noturnas que Zacarias recebeu a respeito do que Deus faria com relação às dificuldades que os que retornaram enfrentariam.
Destarte, dividimos a seção “C” em 8 também: 1. O homem entre as murteiras (1.7-17) – já vimos; 2. Os quatro chifres e os quatro ferreiros (1.18-21) – já vimos; 3. Um homem com um cordel de medir (2.1-13) – já vimos; 4. As vestes limpas para o sumo sacerdote (3.1-10) – já vimos; 5. O candelabro de ouro e as duas oliveiras (4.1-14) – já vimos; 6. O rolo voante (5.1-4) – já vimos; 7. A mulher dentro do efa (5.5-11) – já vimos; 8. Os quatro carros e o sumo sacerdote (6.1-8) – veremos agora.
8. Os quatro carros e o sumo sacerdote (6.1-8).
Essa é a sua oitava e última visão daquela noite, a visão dos quatro carros e do sumo sacerdote.
Essa visão dos quatro carros corresponde aos quatro cavalos da primeira visão (1.7-17). Os quatro carros simbolizam 'os quatro ventos do céu' (vs. 5). Conforme a BEG, é improvável que a ordem e a cor dos cavalos tenham algum significado especial. O autor de Apocalipse lançou mão da figura dessas visões para retratar os quatro cavaleiros (Ap 6.1-6).
Essa seção descreve os bem-sucedidos movimentos dos carros de guerra celestiais numa posição que mantinha em segurança os que retornaram do exílio dos ataques dos inimigos do norte.
Zacarias olhou e viu diante dele quatro carruagens que vinham saindo de duas montanhas de bronze. A figura usada pelo profeta assemelha-se às imagens das montanhas do antigo Oriente Próximo que formam os pilares dos portões para o céu.
Na primeira visão, os cavaleiros deixaram a presença de Deus (1.10). Aqui, os carros são emissários do julgamento de Deus que emergem de montanhas de bronze. É plausível que as montanhas de bronze correspondam aos pilares de bronze do templo (1 Rs 7.13-22).
A ordem e as cores dos cavalos todos vigorosos são as seguintes:
·         À primeira estavam atrelados cavalos vermelhos.
·         À segunda, cavalos pretos.
·         À terceira, cavalos brancos.
·         À quarta, cavalos malhados.
Zacarias, curioso, pergunta ao anjo que estava falando com ele o que representariam esses cavalos todos atrelados e vigorosos e o anjo lhe respondeu que se tratavam dos quatro os quatro ventos, ou espíritos (NVI) do céu que acabavam de sair da presença do Soberano da terra.
Como a palavra 'vento" também pode significar 'espirito’, Zacarias pode ter usado intencionalmente essa ambiguidade para declarar que como os ventos cobrem a terra, assim os anjos divinos cobrem a terra com a presença de Deus.
Cada um deles puxando as suas respectivas carruagens ia para uma direção dos pontos cardinais para percorrerem a terra – vs. 7. Os cavalos impetuosos retratam a proximidade do julgamento divino. Deus ordenou que voltassem e percorressem a terra.
O destaque ficou para os cavalos pretos que iam em direção à terra do norte. O norte, aqui, representa a maior ameaça da época contra Israel: o Império Persa. A geografia de Canaã fazia com que qualquer ataque vindo do leste tivesse de ser feito pelo norte. Assim, um ataque do Império Persa viria do norte.
O anjo lhe disse que aqueles que foram para a terra do norte deram repouso ao seu Espírito. Essa expressão também pode ser traduzida como 'meu espírito", fazendo referência a um ser angelical. A ideia é que os carros chegaram e garantiram a segurança de Israel no norte da sua fronteira.
D. A coroação de Josué (6.9-15).
Essa seção fala dos resultados da segurança que Deus garantiu à comunidade restaurada: a coroação simbólica de Josué, o sumo sacerdote.
A partir do verso 9, o Senhor ordena ao seu profeta para tomar prata e ouro dos exilados Heldai, Tobias e Jedaías que chegaram da Babilônia e no mesmo dia ir à casa de Josias, filho de Sofonias que faria uma coroa para ser colocada na cabeça do sumo sacerdote de Josué, filho de Jeozadaque.
Seria para entregar a palavra de Deus para ele dizendo que ele seria o Renovo e que ele sairia de seu lugar para construir o templo do Senhor - vs. 12. Como acontece com muitas das profecias de Zacarias, o contexto imediato deixa claro que o termo se refere a Josué.
Por outro lado, Zacarias já havia declarado que Josué e seus companheiros eram símbolos das coisas que haviam de vir (3.8); ou seja, suas ações, na melhor das hipóteses, marcavam o início das bênçãos e dos julgamentos que aconteceriam com a vinda do grande filho de Davi.
Assim, não é de admirar que o termo também se refira ao Messias (veja 3.8). Isaías usou o termo (Is 4.2) e, também, Jeremias (Jr 23.5-6; 33.15-16), como um título para o descendente davídico que se assentaria no trono de Davi para governar. Os primeiros intérpretes judeus também viram a “Renovo” como um título messiânico. O trabalho de Josué (como também o de Zorobabel) prefigurou a obra de Cristo, nosso Sumo Sacerdote (Hb 4.14; 7.24; 9.11) e Rei (Mt 22.41-46: Hb 1.8).
Seria ele mesmo que sairia de seu lugar e construiria o templo – vs. 12. Ele mesmo afixará o templo do Senhor, será revestido de majestade e se assentará em seu trono para governar – vs. 13.
Josué trabalhou ao lado de Zorobabel para reconstruir o templo. Esse fato prefigurou a obra do messias. Na qualidade de Rei do povo de Deus, o Messias também construiria o templo. Zacarias encorajou os judeus de sua época ao mostrar que as ações tomadas naqueles dias anteciparam e se moveram em direção da plena restauração que aconteceria com o Messias.
O Novo Testamento mostra, conforme a BEG, que Jesus:
·         Começou a reconstrução do templo por meio da ressurreição do seu corpo (Mt 12.6; Jo 2.18-21).
·         Continua a cumpri-la com o Espírito Santo pela igreja (1 Co 3.16-17; 2Co 6.16; Ef 2.19-22).
·         Cumprirá plenamente com a purificação dos novos céus e da nova terra como o local da habitação de Deus (Is 65.17; 66.22; II Pe 3.13; Ap 21.1-3, 22).
»ZACARIAS [6]
Zc 6:1 De novo levantei os meus olhos,
e olhei,
e eis quatro carros que saíam dentre dois montes,
e estes montes eram montes de bronze.
Zc 6:2 No primeiro carro eram cavalos vermelhos,
no segundo carro cavalos pretos,
Zc 6:3 no terceiro carro cavalos brancos,
e no quarto carro cavalos baios com malhas.
Zc 6:4 Então, dirigindo-me ao anjo que falava comigo, perguntei:
Que são estes, meu senhor?
Zc 6:5 Respondeu-me o anjo:
Estes estão saindo aos quatro ventos do céu,
depois de se apresentarem perante o Senhor de toda a terra.
Zc 6:6 O carro em que estão os cavalos pretos
sai para a terra do norte,
os brancos
são para o oeste,
e os malhados
para a terra do sul;
Zc 6:7 e os cavalos baios
saíam, e procuravam ir por diante,
para percorrerem a terra.
E ele disse:
de, percorrei a terra.
E eles a percorriam.
Zc 6:8 Então clamou para mim, dizendo:
Eis que aqueles que saíram para a terra do norte
fazem repousar na terra do norte o meu Espírito.
Zc 6:9 Ainda me veio a palavra do Senhor, dizendo:
Zc 6:10 Recebe dos que foram levados cativos,
a saber, de Heldai, de Tobias, e de Jedaías,
e vem tu no mesmo dia,
e entra na casa de Josias, filho de Sofonias,
para a qual vieram de Babilônia;
Zc 6:11 recebe, digo, prata e ouro,
e faze coroas, e põe-nas na cabeça do sumo sacerdote Josué,
filho de Jeozadaque;
Zc 6:12 e fala-lhe, dizendo:
Assim diz o Senhor dos exércitos:
Eis aqui o homem cujo nome é Renovo;
ele brotará do seu lugar,
e edificará o templo do Senhor.
Zc 6:13 Ele mesmo edificará o templo do Senhor;
receberá a honra real,
assentar-se-á no seu trono,
e dominará.
E Josué, o sacerdote, ficará à sua direita;
e haverá entre os dois o conselho de paz.
Zc 6:14 Essas coroas servirão a Helem,
e a Tobias, e a Jedaías, e a Hem, filho de Sofonias,
de memorial no templo do Senhor.
Zc 6:15 E aqueles que estão longe virão,
e ajudarão a edificar o templo do Senhor;
e vós sabereis que o Senhor dos exércitos
me tem enviado a vós;
e isso sucederá,
se diligentemente obedecerdes
a voz do Senhor vosso Deus.
Além de construir o templo, ele seria revestido de majestade e se assentaria em seu trono para governar e haveria harmonia entre os dois – vs. 13. A coroa, então, seria para Heldai, Tobias, Jedaías e Hem, filo de Sofonias como um memorial no templo do Senhor.
Assim, de longe viriam ajuda para a construção do templo do Senhor. O profetas já haviam estabelecido que os gentios haveriam de se unir a Israel para servir ao Senhor (p. ex. Is 2.2ss; 19.25). Ageu também indicou que a riqueza dos gentios encheria o templo (Ag 2.7; cf. 1Rs 5).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Dia 17/40 - REFLEXÕES EM ECLESIASTES 4 SOBRE A UNIDADE, O ANDARMOS JUNTOS.

Nossa reflexão de hoje sobre a unidade, sobre o estar juntos nos levará ao capítulo 4 de Eclesiastes.
Ec 4:7 Outra vez me voltei,
e vi vaidade debaixo do sol.
Ec 4:8 Há um que é só,
e não tem ninguém,
nem tampouco filho nem irmão;
e contudo não cessa do seu trabalho,
e também seus olhos não se satisfazem com riqueza;
nem diz:
Para quem trabalho eu,
privando a minha alma do bem?
Também isto é vaidade e enfadonha ocupação.
Ec 4:9 Melhor é serem dois do que um,
porque têm melhor paga do seu trabalho.
Ec 4:10 Porque se um cair,
o outro levanta o seu companheiro;
mas ai do que estiver só;
pois, caindo, não haverá outro que o levante.
Ec 4:11 Também, se dois dormirem juntos,
eles se aquentarão;
mas um só, como se aquentará?
Ec 4:12 E, se alguém prevalecer contra um,
os dois lhe resistirão;
e o cordão de três dobras
não se quebra tão depressa.. (Ec 4:7-12).
Estamos vivendo e gozando das bênçãos que Deus nos deu tendo a capacidade de admiração, inteligência, capacidade crítica, de contemplação, de adoração tudo isso porque fomos criados à imagem e à semelhança de Deus.
O mundo é tão complexo e cheio de variáveis infinitas que levaria uma infinidade de tempo somente para explorar o infinito. Conclusão: jamais deixaremos de adorar ao Deus que fez tudo isso e que nos possibilita sermos como ele podendo ter comunhão e nos relacionarmos com o Criador.
O sábio aqui, no capítulo 4, está contemplando as opressões e injustiças que são feitas e as consequências de tudo isso. Ele se admira do que cada um está fazendo debaixo do sol e como vivem como se não houvesse a justiça ou como se Deus não se importasse. Há de fato muita maldade e muita injustiça.
Deus tem prometido que isso acabará um dia e logo, logo estará fazendo parte tudo isso de nossa história de um período de trevas e de confusão. Há um mistério na vida que nos encanta e nos seduz. Viveremos eternamente, infinitamente somente para adorarmos nosso Criador, bendito para todo o sempre.
Ele o sábio continua a ver a vaidade em tudo o que fazemos ou nos prestamos a fazer. Ele está certo! Por causa da depravação total do homem e de sua plena incapacidade de não pecar, por não ter livre-arbítrio, ele está preso ao pecado e à vaidade.
Eu repito: não é livre o que faz o que quer, na hora que quer, como quer, mas o que se controla em tudo para fazer como Deus quer, este sim é livre. Como não conseguimos fazer qualquer coisa que seja contrária à nossa natureza, não somos livres, mas escravos do pecado.
Em nossa caminhada que Deus nos permite, pela sua graça, caminharmos, melhor que sejamos dois e não somente um. Eu ousaria dizer que melhor seria que estivéssemos juntos e não separados.
Há muitas vantagens disso, principalmente o fortalecer um ao outro, o obter melhores vantagens, o aquecerem um ao outro, o apoio e a participação nas atividades de cada um de nós. Pensem nos dias especiais, por exemplo, o dia dos pais, das crianças, das mães, natal, dia do pastor.

Quanto ao fato aludido de dois dormirem juntos, Deus uniu o homem e a mulher – ele não uniu homem e homem, nem mulher e mulher - para serem os dois uma só carne e com o Senhor eles se tornam três. Essa corda formada por eles (homem + mulher + o Senhor) não se romperá facilmente.
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Zacarias 5 1-11- AS VISÕES DO ROLO VOANDO E DA MULHER E O EFA.

Estamos estudando, com a ajuda preciosa da BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto a Jerusalém ser o local, num futuro de médio prazo, para o reino de Deus. Estamos na primeira parte e no quarto capítulo.
I. AS PROFECIAS COM APLICAÇÃO IMEDIATA (1.1 -8.23) – continuação.
Como já dissemos, desde o primeiro versículo até o capítulo oito, estamos vendo as profecias que foram entregues aos primeiros a retomarem do exílio, enquanto lutavam com o desafio de reconstruir o templo.
Assim, foi dividida essa parte em cinco seções: A. Título (1.1) – já vimos; B. Mensagem Inicial (1.2-6) – já vimos; C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – estamos vendo; D. A coroação de Josué (6.9-15); e, E. A transformação de Jerusalém (7.1-8.23).
C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – continuação.
Como já falamos, essas são as oito visões noturnas que Zacarias recebeu a respeito do que Deus faria com relação às dificuldades que os que retornaram enfrentariam.
Destarte, dividimos a seção “C” em 8 também: 1. O homem entre as murteiras (1.7-17) – já vimos; 2. Os quatro chifres e os quatro ferreiros (1.18-21) – já vimos; 3. Um homem com um cordel de medir (2.1-13) – já vimos; 4. As vestes limpas para o sumo sacerdote (3.1-10) – já vimos; 5. O candelabro de ouro e as duas oliveiras (4.1-14) – já vimos; 6. O rolo voante (5.1-4) – veremos agora; 7. A mulher dentro do efa (5.5-11) – veremos agora; 8. Os quatro carros e o sumo sacerdote (6.1-8).
6. O rolo voante (5.1-4).
Essa é a sua sexta visão a do rolo voante. A sexta visão trata de um rolo voante. Sua mensagem é de que o Senhor, que ama e restaura o seu povo, também é justo e ainda punirá a iniquidade.
Essa visão, bem como a que se segue, adverte aos que retornaram do exílio a não negligenciar a responsabilidade deles por medo do julgamento.
Eles deveriam compreender que Deus trataria do problema do pecado na Terra Prometida.
Zacarias continua a ter as suas visões e dessa vez passa por ele um pergaminho ou rolo que voava e o anjo lhe pergunta o que via e ele responde o óbvio que via um pergaminho que voava e deu as exatas dimensões dele vinte côvados de comprimento por dez de largura. Era realmente um grande rolo que estava aberto para que todos pudessem ler suas palavras.
Como está implícito no contexto, o rolo continha palavras da lei. Sua grande proporção era apropriada para a tarefa de cobrir toda a Terra Prometida, ou seja, de lidar com cada pecado (vs. 3).
O anjo então lhe diz o que estava escrito no rolo. Eram as maldições que estavam sendo derramadas sobre a terra, pois que tanto o ladrão como o que jura falsamente agora estavam sendo expulsos, conforme era a maldição, aquela contida na lei (Dt 28.15-68).
Como em Ag 1.1-11, o profeta enfatizou que a obediência traria bênçãos e que a desobediência traria maldições de Deus sobre a comunidade restaurada.
Como nos Dez Mandamentos (Ex 32.15) e em outros tratados do mundo antigo, o rolo contemplava os dois lados do acordo. Provavelmente, a maldição não era dirigida apenas a esses dois pecados citados do ladrão e do que jurava falsamente, pois esses eram apenas pecados representativos.
A palavra de Deus sempre cumpre seus propósitos (Is 55.11). Aqueles que descumprem a lei de Deus certamente sofrerão as consequências que sua palavra de maldição traz.
Os que retornaram do exílio haviam permanecido em rebelião contra Deus e voltariam a pecar depois do término do ministério de Zacarias. A ameaça das maldições ainda permanecia sobre eles.
7. A mulher dentro do efa (5.5-11).
Essa é a sua sétima visão a da mulher dentro do efa. A sétima visão enfatiza a eliminação da impureza da terra que aconteceria durante os dias Zorobabel e Josué. Essa visão reforça que Deus trataria do problema da impiedade.
Depois da sexta visão, o anjo que falava com ele chamou a atenção dele para a nova visão que vinha surgindo e Zacarias lhe perguntou o que era e ele respondeu que era um cesto, um efa.
Conforme a BEG, o recipiente era do tamanho de uma efa, cujas dimensões exatas são desconhecidas, mas está claro que era grande o bastante para conter uma mulher.
Nele, disse o anjo, estava o pecado de todo o povo daquela terra. Algumas versões traduzem por “aparência", “pecado” (NVI), mas “iniquidade" parece se encaixar melhor no contexto da visão e recebe considerável apoio de versões antigas.
Ao retirar a tampa de chumbo, dentro do cesto havia uma mulher sentada. Aqui, uma mulher é usada para personificar a iniquidade; porém, veja a mulher como justiça, no vs. 9.
O anjo diz para Zacarias que ela era a perversidade e imediatamente a empurrou para dentro do cesto e a tapou com a tampa de chumbo. Porque exatamente o chumbo e não qualquer outro material? Hoje, modernamente, sabemos que nenhuma radiação consegue penetrar por ele por causa de sua consistência.
Zacarias então torna a erguer os seus olhos e torna a ver chegarem diante dele duas mulheres com asas de cegonha; havia vento em suas asas que foi capaz de fazê-las erguerem o cesto entre o céu e a terra. Essas mulheres eram agentes de Deus para retirar a iniquidade da terra, Deus determinou eliminar o pecado do seu povo após o retomo do exílio (SI 103.11-12; Mq 7.19).
»ZACARIAS [5]
Zc 5:1 Tornei a levantar os meus olhos,
e olhei,
e eis um rolo voante.
Zc 5:2 Perguntou-me o anjo:
Que vês?
Eu respondi:
Vejo um rolo voante,
que tem vinte côvados de comprido
e dez côvados de largo.
Zc 5:3 Então disse-me ele:
Esta é a maldição que sairá pela face de toda a terra:
porque daqui, conforme a maldição,
será desarraigado todo o que furtar;
assim como daqui será desarraigado
conforme a maldição todo o que jurar falsamente.
Zc 5:4 Mandá-la-ei, diz o Senhor dos exércitos,
e a farei entrar na casa do ladrão,
e na casa do que jurar falsamente pelo meu nome;
e permanecerá no meio da sua casa,
e a consumirá juntamente com a sua madeira
e com as suas pedras.
Zc 5:5 Então saiu o anjo, que falava comigo, e me disse:
levanta agora os teus olhos,
e vê que é isto que sai.
Zc 5:6 Eu perguntei:
Que é isto?
Respondeu ele:
Isto é uma efa que sai. E disse mais:
Esta é a iniqüidade em toda a terra.
Zc 5:7 E eis que foi levantada a tampa de chumbo,
e uma mulher estava sentada no meio da efa.
Zc 5:8 Prosseguiu o anjo:
Esta é a impiedade.
E ele a lançou dentro da efa,
e pôs sobre a boca desta o peso de chumbo.
Zc 5:9 Então levantei os meus olhos e olhei,
e eis que vinham avançando duas mulheres
com o vento nas suas asas,
pois tinham asas como as da cegonha;
e levantaram a efa entre a terra e o céu.
Zc 5:10 Perguntei ao anjo que falava comigo:
Para onde levam elas a efa?
Zc 5:11 Respondeu-me ele:
Para lhe edificarem uma casa na terra de Sinar;
e, quando a casa for preparada,
a efa será colocada ali no seu lugar.
O profeta de Deus ficou curioso para saber para aonde estariam levando aquelas mulheres aquele cesto com a iniquidade dentro. E o anjo respondeu que estariam levando para a Babilônia (NVI) ou Sinar (ARA). Sinar era uma antiga palavra hebraica (shinar) usada como urna possível alusão à torre de Babel, um símbolo da oposição a Deus.
A Babilônia, não Jerusalém, o local da habitação do Santo de Israel (2.10-13; 8.3), era um símbolo apropriado para a iniquidade.
De fato, Zacarias ensinou a seus ouvintes que eles deveriam ter deixado os seus maus caminhos na Babilônia, porque essa pecaminosidade não tinha lugar na Terra Prometida.
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terça-feira, 21 de julho de 2015

REFLEXÕES SOBRE O DÍZIMO.

O dízimo não é uma invenção da teologia da prosperidade

Por Solano Portela20/07/2015
Como sabem, entendemos no VE que o dízimo é uma porcentagem exigida ao povo judeu que não se transfere como mandamento para a igreja. Cremos que é um bom padrão para guiar aquilo que o Novo Testamento enfatiza: contribuições voluntárias. Porém, é importante entendermos que dar ou não o dízimo, defender ou não os 10%, não é o pilar sobre o qual se sustenta a fé cristã e que o erro fundamental da teologia da prosperidade é a barganha com Deus através do dízimo (e não o dízimo em si).
Assim, cremos que as palavras de Paulo em Romanos 14.4-6 podem se aplicar a esta situação também: “Quem és tu que julgas o servo alheio? […] Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente.” Isso significa, que alguns de vocês devem parar de condenar de herege todo pastor que fala sobre o dízimo ou de ludibriado todo dizimista. E outros, devem parar de julgar como infiel o que oferta generosamente, mas entende que o dízimo não é para os dias de hoje. Ambos o fazem para o Senhor e lhe dão graças.
Dito isto, há irmãos amados em Cristo, como o presbítero Solano Portela, que entendem a validade do dízimo para manter a proporcionalidade no que é dado. Leia abaixo:
Introdução – Mordomo e Mordomia.
Mordomo? Quando ouvimos esta palavra, vem à mente uma figura antiquada; uma pessoa de idade vestida com um fraque, servindo refeições em um castelo; ou, muitas vezes, o culpado dos crimes cometidos em histórias policiais. A palavra mordomo, entretanto, significa simplesmente administrador. Na Bíblia, no livro de Gênesis (39.4), lemos que José recebeu a confiança do alto oficial da corte de Faraó, “de modo que o fez mordomo da sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha”. Temos outros exemplos, também na Bíblia, entre esses o do Eunuco, o alto oficial etíope, (Atos 8.27), a quem Filipe pregou o evangelho. Ele é chamado de mordomo principal da rainha da Etiópia. Veja a extensão de suas responsabilidades no próprio verso: ele “era superintendente de todos os seus tesouros”. Ser mordomo, portanto, é algo muito importante. A palavra, no original grego, significa literalmente – “aquele que coloca a lei na casa”, ou o que administra a casa de acordo com a lei.
Mordomia é o exercício dessa capacidade de administração. Essa palavra é ouvida com freqüência em igrejas, normalmente referindo-se às obrigações sobre contribuições. O seu sentido, entretanto, é muito mais amplo. Da mesma forma como Potifar colocou nas mãos de José a administração de todos os seus bens, Deus, ao criar o homem, colocou em suas mãos toda a criação para ser administrada. Isso pode ser constatado. Você pode constatar isso, lendo Gênesis 1.28 – “Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”. Nesse sentido, somos mordomos de Deus sobre o tempo, que recebemos dele; sobre os bens que ele nos dá e sobre tudo mais que ele nos concede, em nossa vida.
Inserido, portanto, na definição de mordomia está o conceito de responsabilidade. Somos responsáveis pela utilização correta de tudo que provém de Deus e isso se inicia com o reconhecimento de sua pessoa e de que temos que glorificá-lo no todo de nossa vida (1 Coríntios 10.31). Somos bons mordomos se demonstramos responsabilidade no uso de nosso tempo, de nosso dinheiro e até nas escolhas de nossas amizades.
Esse é o estudo de mordomia, nesse sentido abrangente. Queremos focalizar nossa atenção apenas no reconhecimento de que somos mordomos; de que tudo o que temos pertence ao Senhor; e de como temos o privilégio de indicar o reconhecimento da bondade e misericórdia, através de nossas contribuições. Gostaríamos, portanto, de focalizar o aspecto tradicional do tema mordomia – o das contribuições, mas com uma abordagem um pouco diferente da tradicional.
As bases da contribuição decimal (Gênesis 14.18-20)
Registros antigos, na Palavra de Deus, que antecedem a Lei Cerimonial e Judicial do Povo Judeu, mostram que dar dez por cento das posses, ou seja, o dízimo, era uma prática religiosa abraçada pelas pessoas tementes a Deus, como forma de adoração e reconhecimento de que nossos bens procedem da boa vontade de Deus. Nesse sentido, Abraão, quando deu o dízimo ao sacerdote do Deus altíssimo – Melquizedeque (Gênesis 14.18-20), estava exatamente dando extensão à sua compreensão de mordomia, demonstrando reconhecimento a Deus pelas bênçãos recebidas nesta vida. Assim, simbolicamente, testemunhava que tudo era de Deus.
Essa foi também a compreensão de Jacó (Gn 28.20-22) quando faz um voto a Deus. Ali, lemos: “Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo e me guardar neste caminho que vou seguindo, e me der pão para comer e vestes para vestir, de modo que eu volte em paz à casa de meu pai, e se o Senhor for o meu Deus, então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”. Dentre os muitos textos encontrados na Bíblia sobre contribuições e, mais especificamente sobre o dízimo, este entrelaça o conceito de bênçãos materiais advindas de Deus, com o reconhecimento da oferta proporcional como adoração e expressão da nossa mordomia. Jacó estava em uma jornada, comissionado por seu pai, Isaque, para encontrar uma esposa (28.1,2). Após haver sonhado (28.10-15) com a presença de Deus, no qual ele lhe promete proteção, acompanhamento e a formação de uma descendência, Jacó se atemoriza (28.16) e ergue um memorial a Deus (28.18-19).
A seguir, Jacó faz o seu voto. Deus já havia reafirmado: “eis que estou contigo” (28.15), Jacó indica (28.20,21) que, mediante as dádivas divinas da:
presença (“for comigo”),
proteção (“me guardar”),
pão (“me der pão”),
provisão (“roupa que me vista”) e
paz (“que eu volte em paz”) – ele o adoraria
declarativamente (“o Senhor será o meu Deus”),
demonstrativamente (“pedra, que erigi por coluna, será a casa de Deus”) e
dizimalmente (“certamente eu te darei o dízimo”).
Com isso, Jacó, antes da Lei Cerimonial e Judicial de Israel, dava continuidade à prática já demonstrada por Abraão, de que, em reconhecimento à segurança, que vem de Deus; ao alimento, que vem de Deus; às vestimentas, que vêm de Deus e à paz, que vem de Deus, o dízimo será dado. Esses registros antecedem a dádiva das leis específicas aos Hebreus, no Antigo Testamento. A prática, portanto, não parece estar limitada aos aspectos formais da Nação de Israel. Estava presente na humanidade, como um todo.
Assim, nem a Lei Cerimonial, nem a Judicial, da teocracia de Israel, são a base para a prática do dízimo, pois as determinações dessas leis foram cumpridas em Cristo. A defesa do dízimo utilizando prescrições específicas da Lei Mosaica carece de uma base exegética mais sólida. A base antecede as leis de Israel, entretanto, o estudo dessas leis mostra, pelo menos, um grande e importante aspecto: a seriedade com a qual Deus apresentava e tratava essa questão do dízimo. Não somente ele entrelaçou, na Lei de Israel, a prática que a antecedia, mas castigos caíram sobre a nação exatamente pela quebra dessa determinações. Esquecê-las era a mesma coisa que “roubar a Deus” (Ml. 3.7-10).
No Novo Testamento também encontramos princípios que nos levam a deduzir a continuidade da contribuição decimal. Vamos analisar pelo menos dois desses.
Contribuir Planejadamente (2 Coríntios 9.7)
O primeiro princípio neo-testamentário, é que a Bíblia ensina que deve-se contribuir planejadamente. Escrevendo aos coríntios, Paulo diz: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento (Atualizada: “necessidade”); porque Deus ama ao que dá com alegria”.
Freqüentemente este trecho é estudado apenas em seu entendimento superficial, e sendo interpretado de que ele fala simplesmente da voluntariedade da contribuição. Mas o fato, é que ele ensina que a contribuição deve ser alvo de prévia meditação e entendimento. Isso indica, com muito mais força, que ela deve ser uma contribuição planejada, não aleatória, não dependente da emoção do momento (todos esses elementos são válidos, mas não são os únicos e principais determinantes).
Deus ensina que o “mover do coração” não significa a abdicação de responsabilidades. O alerta é para que não é possível que portas abertas, colocadas à frente, sejam esquecidas. No que diz respeito à contribuição, muitos ficam esperando o “mover do espírito”. Tudo isso soa muito piedoso e espiritual, mas propor no coração, significa que deve-se considerar com seriedade que a contribuição deve ser planejada. O próprio verso 5, neste capítulo, reforça esse entendimento, indicando que a contribuição deveria ser “preparada de antemão”, ou seja deveria haver planejamento.
Como será esse planejamento? Individualizado? Dependente da cabeça de cada um? Talvez seja possível se achar excelentes formas de planejar. Mas será que será encontrada melhor forma do que a estabelecida na Bíblia: que é a dádiva do dízimo, o reconhecimento simbólico de que tudo o que temos pertence a Deus?
O dízimo representa a essência da contribuição planejada e sistemática. Conseqüentemente, será que não deveríamos propor no nosso coração dar o dízimo? Vêem como isso muda a compreensão que tantos têm do verso? Alguns dizem: “o dízimo constrange”; “com obrigação não pode haver alegria na contribuição”. Mas o ensinamento é justamente o contrário: proponha no seu coração, sistematize sua contribuição e a dádiva fluirá de você sistematicamente, sem constrangimentos, com alegria. Não procure inventar: contribua na forma ensinada pelo próprio Deus.
Contribuir Proporcionalmente (1 Coríntios 16.2-3)
Um segundo princípio neo-testamentário, é que Deus espera que a contribuição seja proporcional aos ganhos, ou seja, deve-se contribuir proporcionalmente. O trecho bíblico, também de uma carta de Paulo, relacionado acima, diz: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar”.
O ensinamento é, mais uma vez muito claro. É óbvio que Paulo espera uma contribuição sistemática, pois ele diz que ela deveria ser realizada aos domingos (no primeiro dia da semana), que é quando os cristãos se reuniam. O trecho é muito rico em instrução, demonstrando até a propriedade de reunião e culto aos domingos, contra até alguns setores do neo-pentecostalismo contemporâneo, que insistem que deve-se continuar guardando o sábado, o sétimo dia da semana.
Mas o ponto que chama a nossa atenção, é o fato de que Paulo ensina que a contribuição deve ser conforme Deus permitir que se prospere, ou seja, conforme os ganhos de cada um. Essa é a grande forma eqüitativa apontada por Deus: as contribuições devem ser proporcionais, ou seja um percentual dos ganhos. Assim, todos contribuem igualmente, não em valor, mas em percentual.
Verificamos que é possível se inventar um percentual qualquer. Talvez isso fosse possível se nunca tivéssemos tido acesso ao restante da Bíblia, mas o percentual que o próprio Deus confirmou e registrou: dez por cento dos ganhos individuais, é por demais conhecido! Isso parece satisfatório e óbvio. Não é preciso se sair procurando por outro meio e forma de contribuição. Se isso for feito, pode-se até dizer, “eu contribuo sistematicamente com o percentual que eu escolhi”, mas nunca será possível dizer que isso é feito em paridade e justiça com as outras pessoas. Quem vai garantir que o percentual do outro é igual ao meu? Essa aleatoriedade destruiria o próprio ensinamento da proporcionalidade que Deus ensina através de Paulo. A grande pergunta que tem que ser respondida é essa: “Se Deus já estabeleceu, no passado, uma forma de porporcionalidade, por que não seguir a forma, o planejamento e a proporção determinada por Deus?”
Conclusão e Aplicação
As contribuições dizimais refletem apenas o reconhecimento de que tudo provém de Deus. Em paralelo, é preciso se estar alerta a dois pontos:
1. O exercício correto da mordomia é muito mais abrangente do que simplesmente contribuir. Envolve a responsabilidade total sobre todos os recursos que são recebidos como bênçãos de Deus nas nossas vidas.
2. A contribuição não é “ponto de barganha” com Deus. Por mais sistemática, proporcional e planejada que ela deva ser, permanece uma plataforma de adoração. Ela não tem eficácia para expiar pecados, nem para angariar “favores” de Deus. Deus condena aqueles que se esmeram no contribuir, mas se apresentam à adoração em pecado (Amós 4.4 – “… multiplicai as transgressões; e cada manhã trazei os vossos sacrifícios, e de três em três dias os vossos dízimos”).
Por: Solano Portela. © 2005 solanoportela.net. Original: Mordomia.

Dia 16/40 - JUNTOS, EXALTEMOS O SEU NOME.

Nossa reflexão de hoje sobre a unidade, sobre o estar juntos nos levará ao Salmo 34 – “... JUNTOS EXALTEMOS O SEU NOME.”, vs. 3.
Leiamos este belo salmo – versão segmentada.
Sl 34:1 Bendirei o SENHOR
em todo o tempo,
o seu louvor
estará sempre nos meus lábios.
Sl 34:2 Gloriar-se-á no SENHOR
a minha alma;
os humildes o ouvirão e se alegrarão.
Sl 34:3 Engrandecei o SENHOR comigo,
e todos, à uma, lhe exaltemos o nome.
Sl 34:4 Busquei o SENHOR,
e ele me acolheu;
livrou-me de todos os meus temores.
Sl 34:5 Contemplai-o
e sereis iluminados,
e o vosso rosto jamais sofrerá vexame.
Sl 34:6 Clamou este aflito,
e o SENHOR o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações.
Sl 34:7 O anjo do SENHOR acampa-se
ao redor dos que o temem e os livra.
Sl 34:8 Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom;
bem-aventurado o homem que nele se refugia.
Sl 34:9 Temei o SENHOR,
vós os seus santos,
pois nada falta aos que o temem.
Sl 34:10 Os leõezinhos sofrem necessidade e passam fome,
porém aos que buscam o SENHOR bem nenhum lhes faltará.
Sl 34:11 Vinde, filhos, e escutai-me;
eu vos ensinarei o temor do SENHOR.
Sl 34:12 Quem é o homem que ama a vida
e quer longevidade para ver o bem?
Sl 34:13 Refreia a língua do mal
e os lábios de falarem dolosamente.
Sl 34:14 Aparta-te do mal
e pratica o que é bom;
procura a paz
e empenha-te por alcançá-la.
Sl 34:15 Os olhos do SENHOR
repousam sobre os justos,
e os seus ouvidos
estão abertos ao seu clamor.
Sl 34:16 O rosto do SENHOR
está contra os que praticam o mal,
para lhes extirpar da terra a memória.
Sl 34:17 Clamam os justos,
e o SENHOR os escuta
e os livra de todas as suas tribulações.
Sl 34:18 Perto está o SENHOR
dos que têm o coração quebrantado
e salva os de espírito oprimido.
Sl 34:19 Muitas são as aflições do justo,
mas o SENHOR de todas o livra.
Sl 34:20 Preserva-lhe todos os ossos,
nem um deles sequer será quebrado.
Sl 34:21 O infortúnio
matará o ímpio,
e os que odeiam o justo
serão condenados.
Sl 34:22 O SENHOR resgata a alma dos seus servos,
e dos que nele confiam
nenhum será condenado.
O Senhor é bom! Vejam o verso 8 - Provai e vede que o Senhor é bom! É disto que fala este belo salmo de Davi. Você tem tido a experiência de saber que Deus é bom demais da conta para todos os que vivem sobre a terra? Da sua graça e misericórdia e longanimidade temos vivido e ainda viveremos até o dia em que ele tem determinado para isso.
Antes de entrarmos especificamente no teor deste salmos maravilhoso, escrito por volta de 1012 antes de Cristo, vamos contextualizá-lo para entendermos como e porque foi ele escrito.
Iremos ver na palavra de Deus que se encontra em I Samuel 21: 10 a 15 que Davi carregava em seu peito a dor de ter sido responsável pela morte daqueles sacerdotes pelas mãos de Doegue, por ordem explícita de Saul.
Davi foi certamente visitado pelo Senhor, por isso exulta, conclama, exorta. Nos 3 primeiros versículos ele prepara o ouvinte/leitor para citar os vs. 4 a 7. Percebe-se que ele está alegre, feliz, contente e cheio do Espírito Santo. Ele está aqui adorando ao Senhor: bendizendo, gloriando-se, engrandecendo e exaltando o Senhor.
O seu apelo é forte: vamos juntos celebrar ao Senhor! Sim, juntos, uma grande comunidade buscando e servindo a Deus.
Aqui está a essência do Salmo 34. Para mim é a chave, o ponto central e nevrálgico deste lindo salmo inspirado pelo Espírito Santo. O seu verso 8 resume todos os versículos que o antecederam e ainda os versos 9 e 10. por isso há dois fortes verbos no imperativo: PROVAI! e VEDE! A certeza do salmista, de Davi, é esta: DEUS É BOM! Como eu sei que Deus é bom?
Já finalizando o salmo, dos versos de 15 a 22, o salmista nos faz lembrar do cuidado que o Senhor tem conosco em todos os detalhes. Fala de seus olhos, de seu rosto, de seus ouvidos, de sua proximidade, de seu livramento, cuidado e resgate. É todo o ser de Deus envolvido conosco nos dando garantias de cuidado, dedicação e atenção.

Será que restam dúvidas em teu coração da bondade do Senhor? Provai! Este é o desafio que ele nos faz: vamos prová-lo e não somente aprová-lo, mas comprovar, ver (PROVAR e VER) que o Senhor é bom. Há uma profecia aqui neste salmos que se aplicou a Cristo e se encontra no vs. 20. “Dela nada deixarão até à manhã, e dela não quebrarão osso algum; segundo todo o estatuto da páscoa a celebrarão.” e “Porque isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado. “ (Nm 9:12 e Jo 19:36).
Querendo conhecer mais sobre este salmo? Eu já preguei sobre ele e publiquei a pregação em meu SCRIBD: http%3A%2F%2Fpt.scribd.com%2Fdoc%2F29446715%2FEsboco-Pregacao-Provai-e-Vede-que-o-Senhor-e-Bom-05-04-2010
Calvino comenta a respeito deste salmo – veja abaixo apenas a sua introdução (em inglês):
A Psalm of David, when he changed his countenance before Abimelech, who banished him from his presence, and he departed from him.
David gives thanks to God for a signal deliverance, and takes occasion from it to celebrate his perpetual grace towards all the saints, and to exhort them both to trust in him, and to the study of godliness; affirming, that the only way to pass through life happily, is to walk holily and harmlessly in the world, in the service and fear of God. It is obvious from the title what particular instance of God's favor he here celebrates. When he was driven to King Achish, as recorded in 1 Samuel 27:2, [683] whom, with the exception of Saul, he accounted the deadliest of all his enemies, it was not probable that he would ever be able to make his escape from him. The only means, therefore, he had of saving his life was to feign himself mad by frothing at the mouth, looking fiercely, and disfiguring his countenance. Nor is this to be wondered at; for Achish, being disappointed of the confident hope of victory which he had, and attributing to David alone both the loss which he had sustained and the dishonor which he had received, burned with implacable hatred against him. In allowing him to escape, therefore, contrary to his own expectation, and the expectation of all other men, David acknowledges that there had been exhibited a memorable instance of God's favor towards him, which may be serviceable for the general instruction of the whole Church. Instead of Achish, [684] Abimelech is here employed; and it is probable that the latter name had been the common designation of the monarchs of the Philistines, as Pharaoh was the common name of the monarchs of Egypt, and Caesar that of the Roman Emperors, which was borrowed from the name of Julius Caesar, who had first seized the imperial power among the Romans. We know that many ages before David was born, the kings who reigned in Gerar in the time of Abraham were called Abimelech. It is not, therefore, to be wondered at, that this name should be handed down from age to age among their posterity, and become the common name of all the kings of Palestine. The Hebrew word tm, ta?m, which I have translated countenance, signifies also tasting, understanding, [685] and therefore might be pertinently interpreted in this manner, that he appeared foolish and without taste. The verb from which it is derived properly signifies to taste, and therefore is often transferred to reason, understanding, and all the senses. Accordingly, David having feigned himself mad, the term understanding is very appropriate. Now, although he escaped by this subtle device, he doubts not that he was delivered by the hand of God; nor does he ascribe the praise of his safety to the pretense of madness, but rather acknowledges that the cruelty of his enemy had been softened by the secret influence of God, so that he who formerly burned with rage against him had been pacified by an artifice. Certainly it was not to be expected that Achish would have driven away in contempt from him so brave a man, whom he had found a dangerous enemy to his whole kingdom, and from whom he had suffered such severe losses. This gives rise to the question, Whether David feigned himself mad under the guidance of the Holy Spirit? For by his appearing to connect together these two things, - the pretense of madness and the happy result of this pretense, it might be inferred that the same Spirit by whom this psalm was dictated suggested this stratagem [686] to the mind of David, and directed him in deceiving King Achish. I answer, that although God sometimes delivers his people, while at the same time they err in choosing the means, or even fall into sin in adopting them, yet there is nothing inconsistent in this. The deliverance, therefore, was the work of God, but the intermediate sin, which is on no account to be excused, ought to be ascribed to David. In this way Jacob obtained the blessing by the favor and good pleasure of God; and yet the subtlety of the mother, with which the obtaining of it was mixed up, was, we know, sinful on her part. It may then sometimes happen that the event shall be brought to pass by the Spirit of God, and yet the saints whom he may employ as instruments shall swerve from the path of duty. It would therefore be a superfluous task to endeavor to exculpate David, who is rather to be blamed, because, by not committing his life entirely to God, he exposed himself and the grace of the Spirit, by whom he was governed, to the derision of the ungodly. I would not positively assert it, but there appears in this deception some token of infirmity. If it should be said that David here magnifies the grace of God, because by changing his countenance and his speech he escaped death, I again reply, that David expressly mentions this circumstance, in order to render the grace of God still more illustrious, in that his fault was not laid to his charge.

Um bom dia a todos que caminham juntos a caminhada cristã!
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