INSCREVA-SE!

terça-feira, 21 de julho de 2015

REFLEXÕES SOBRE O DÍZIMO.

O dízimo não é uma invenção da teologia da prosperidade

Por Solano Portela20/07/2015
Como sabem, entendemos no VE que o dízimo é uma porcentagem exigida ao povo judeu que não se transfere como mandamento para a igreja. Cremos que é um bom padrão para guiar aquilo que o Novo Testamento enfatiza: contribuições voluntárias. Porém, é importante entendermos que dar ou não o dízimo, defender ou não os 10%, não é o pilar sobre o qual se sustenta a fé cristã e que o erro fundamental da teologia da prosperidade é a barganha com Deus através do dízimo (e não o dízimo em si).
Assim, cremos que as palavras de Paulo em Romanos 14.4-6 podem se aplicar a esta situação também: “Quem és tu que julgas o servo alheio? […] Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente.” Isso significa, que alguns de vocês devem parar de condenar de herege todo pastor que fala sobre o dízimo ou de ludibriado todo dizimista. E outros, devem parar de julgar como infiel o que oferta generosamente, mas entende que o dízimo não é para os dias de hoje. Ambos o fazem para o Senhor e lhe dão graças.
Dito isto, há irmãos amados em Cristo, como o presbítero Solano Portela, que entendem a validade do dízimo para manter a proporcionalidade no que é dado. Leia abaixo:
Introdução – Mordomo e Mordomia.
Mordomo? Quando ouvimos esta palavra, vem à mente uma figura antiquada; uma pessoa de idade vestida com um fraque, servindo refeições em um castelo; ou, muitas vezes, o culpado dos crimes cometidos em histórias policiais. A palavra mordomo, entretanto, significa simplesmente administrador. Na Bíblia, no livro de Gênesis (39.4), lemos que José recebeu a confiança do alto oficial da corte de Faraó, “de modo que o fez mordomo da sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha”. Temos outros exemplos, também na Bíblia, entre esses o do Eunuco, o alto oficial etíope, (Atos 8.27), a quem Filipe pregou o evangelho. Ele é chamado de mordomo principal da rainha da Etiópia. Veja a extensão de suas responsabilidades no próprio verso: ele “era superintendente de todos os seus tesouros”. Ser mordomo, portanto, é algo muito importante. A palavra, no original grego, significa literalmente – “aquele que coloca a lei na casa”, ou o que administra a casa de acordo com a lei.
Mordomia é o exercício dessa capacidade de administração. Essa palavra é ouvida com freqüência em igrejas, normalmente referindo-se às obrigações sobre contribuições. O seu sentido, entretanto, é muito mais amplo. Da mesma forma como Potifar colocou nas mãos de José a administração de todos os seus bens, Deus, ao criar o homem, colocou em suas mãos toda a criação para ser administrada. Isso pode ser constatado. Você pode constatar isso, lendo Gênesis 1.28 – “Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”. Nesse sentido, somos mordomos de Deus sobre o tempo, que recebemos dele; sobre os bens que ele nos dá e sobre tudo mais que ele nos concede, em nossa vida.
Inserido, portanto, na definição de mordomia está o conceito de responsabilidade. Somos responsáveis pela utilização correta de tudo que provém de Deus e isso se inicia com o reconhecimento de sua pessoa e de que temos que glorificá-lo no todo de nossa vida (1 Coríntios 10.31). Somos bons mordomos se demonstramos responsabilidade no uso de nosso tempo, de nosso dinheiro e até nas escolhas de nossas amizades.
Esse é o estudo de mordomia, nesse sentido abrangente. Queremos focalizar nossa atenção apenas no reconhecimento de que somos mordomos; de que tudo o que temos pertence ao Senhor; e de como temos o privilégio de indicar o reconhecimento da bondade e misericórdia, através de nossas contribuições. Gostaríamos, portanto, de focalizar o aspecto tradicional do tema mordomia – o das contribuições, mas com uma abordagem um pouco diferente da tradicional.
As bases da contribuição decimal (Gênesis 14.18-20)
Registros antigos, na Palavra de Deus, que antecedem a Lei Cerimonial e Judicial do Povo Judeu, mostram que dar dez por cento das posses, ou seja, o dízimo, era uma prática religiosa abraçada pelas pessoas tementes a Deus, como forma de adoração e reconhecimento de que nossos bens procedem da boa vontade de Deus. Nesse sentido, Abraão, quando deu o dízimo ao sacerdote do Deus altíssimo – Melquizedeque (Gênesis 14.18-20), estava exatamente dando extensão à sua compreensão de mordomia, demonstrando reconhecimento a Deus pelas bênçãos recebidas nesta vida. Assim, simbolicamente, testemunhava que tudo era de Deus.
Essa foi também a compreensão de Jacó (Gn 28.20-22) quando faz um voto a Deus. Ali, lemos: “Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo e me guardar neste caminho que vou seguindo, e me der pão para comer e vestes para vestir, de modo que eu volte em paz à casa de meu pai, e se o Senhor for o meu Deus, então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”. Dentre os muitos textos encontrados na Bíblia sobre contribuições e, mais especificamente sobre o dízimo, este entrelaça o conceito de bênçãos materiais advindas de Deus, com o reconhecimento da oferta proporcional como adoração e expressão da nossa mordomia. Jacó estava em uma jornada, comissionado por seu pai, Isaque, para encontrar uma esposa (28.1,2). Após haver sonhado (28.10-15) com a presença de Deus, no qual ele lhe promete proteção, acompanhamento e a formação de uma descendência, Jacó se atemoriza (28.16) e ergue um memorial a Deus (28.18-19).
A seguir, Jacó faz o seu voto. Deus já havia reafirmado: “eis que estou contigo” (28.15), Jacó indica (28.20,21) que, mediante as dádivas divinas da:
presença (“for comigo”),
proteção (“me guardar”),
pão (“me der pão”),
provisão (“roupa que me vista”) e
paz (“que eu volte em paz”) – ele o adoraria
declarativamente (“o Senhor será o meu Deus”),
demonstrativamente (“pedra, que erigi por coluna, será a casa de Deus”) e
dizimalmente (“certamente eu te darei o dízimo”).
Com isso, Jacó, antes da Lei Cerimonial e Judicial de Israel, dava continuidade à prática já demonstrada por Abraão, de que, em reconhecimento à segurança, que vem de Deus; ao alimento, que vem de Deus; às vestimentas, que vêm de Deus e à paz, que vem de Deus, o dízimo será dado. Esses registros antecedem a dádiva das leis específicas aos Hebreus, no Antigo Testamento. A prática, portanto, não parece estar limitada aos aspectos formais da Nação de Israel. Estava presente na humanidade, como um todo.
Assim, nem a Lei Cerimonial, nem a Judicial, da teocracia de Israel, são a base para a prática do dízimo, pois as determinações dessas leis foram cumpridas em Cristo. A defesa do dízimo utilizando prescrições específicas da Lei Mosaica carece de uma base exegética mais sólida. A base antecede as leis de Israel, entretanto, o estudo dessas leis mostra, pelo menos, um grande e importante aspecto: a seriedade com a qual Deus apresentava e tratava essa questão do dízimo. Não somente ele entrelaçou, na Lei de Israel, a prática que a antecedia, mas castigos caíram sobre a nação exatamente pela quebra dessa determinações. Esquecê-las era a mesma coisa que “roubar a Deus” (Ml. 3.7-10).
No Novo Testamento também encontramos princípios que nos levam a deduzir a continuidade da contribuição decimal. Vamos analisar pelo menos dois desses.
Contribuir Planejadamente (2 Coríntios 9.7)
O primeiro princípio neo-testamentário, é que a Bíblia ensina que deve-se contribuir planejadamente. Escrevendo aos coríntios, Paulo diz: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento (Atualizada: “necessidade”); porque Deus ama ao que dá com alegria”.
Freqüentemente este trecho é estudado apenas em seu entendimento superficial, e sendo interpretado de que ele fala simplesmente da voluntariedade da contribuição. Mas o fato, é que ele ensina que a contribuição deve ser alvo de prévia meditação e entendimento. Isso indica, com muito mais força, que ela deve ser uma contribuição planejada, não aleatória, não dependente da emoção do momento (todos esses elementos são válidos, mas não são os únicos e principais determinantes).
Deus ensina que o “mover do coração” não significa a abdicação de responsabilidades. O alerta é para que não é possível que portas abertas, colocadas à frente, sejam esquecidas. No que diz respeito à contribuição, muitos ficam esperando o “mover do espírito”. Tudo isso soa muito piedoso e espiritual, mas propor no coração, significa que deve-se considerar com seriedade que a contribuição deve ser planejada. O próprio verso 5, neste capítulo, reforça esse entendimento, indicando que a contribuição deveria ser “preparada de antemão”, ou seja deveria haver planejamento.
Como será esse planejamento? Individualizado? Dependente da cabeça de cada um? Talvez seja possível se achar excelentes formas de planejar. Mas será que será encontrada melhor forma do que a estabelecida na Bíblia: que é a dádiva do dízimo, o reconhecimento simbólico de que tudo o que temos pertence a Deus?
O dízimo representa a essência da contribuição planejada e sistemática. Conseqüentemente, será que não deveríamos propor no nosso coração dar o dízimo? Vêem como isso muda a compreensão que tantos têm do verso? Alguns dizem: “o dízimo constrange”; “com obrigação não pode haver alegria na contribuição”. Mas o ensinamento é justamente o contrário: proponha no seu coração, sistematize sua contribuição e a dádiva fluirá de você sistematicamente, sem constrangimentos, com alegria. Não procure inventar: contribua na forma ensinada pelo próprio Deus.
Contribuir Proporcionalmente (1 Coríntios 16.2-3)
Um segundo princípio neo-testamentário, é que Deus espera que a contribuição seja proporcional aos ganhos, ou seja, deve-se contribuir proporcionalmente. O trecho bíblico, também de uma carta de Paulo, relacionado acima, diz: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar”.
O ensinamento é, mais uma vez muito claro. É óbvio que Paulo espera uma contribuição sistemática, pois ele diz que ela deveria ser realizada aos domingos (no primeiro dia da semana), que é quando os cristãos se reuniam. O trecho é muito rico em instrução, demonstrando até a propriedade de reunião e culto aos domingos, contra até alguns setores do neo-pentecostalismo contemporâneo, que insistem que deve-se continuar guardando o sábado, o sétimo dia da semana.
Mas o ponto que chama a nossa atenção, é o fato de que Paulo ensina que a contribuição deve ser conforme Deus permitir que se prospere, ou seja, conforme os ganhos de cada um. Essa é a grande forma eqüitativa apontada por Deus: as contribuições devem ser proporcionais, ou seja um percentual dos ganhos. Assim, todos contribuem igualmente, não em valor, mas em percentual.
Verificamos que é possível se inventar um percentual qualquer. Talvez isso fosse possível se nunca tivéssemos tido acesso ao restante da Bíblia, mas o percentual que o próprio Deus confirmou e registrou: dez por cento dos ganhos individuais, é por demais conhecido! Isso parece satisfatório e óbvio. Não é preciso se sair procurando por outro meio e forma de contribuição. Se isso for feito, pode-se até dizer, “eu contribuo sistematicamente com o percentual que eu escolhi”, mas nunca será possível dizer que isso é feito em paridade e justiça com as outras pessoas. Quem vai garantir que o percentual do outro é igual ao meu? Essa aleatoriedade destruiria o próprio ensinamento da proporcionalidade que Deus ensina através de Paulo. A grande pergunta que tem que ser respondida é essa: “Se Deus já estabeleceu, no passado, uma forma de porporcionalidade, por que não seguir a forma, o planejamento e a proporção determinada por Deus?”
Conclusão e Aplicação
As contribuições dizimais refletem apenas o reconhecimento de que tudo provém de Deus. Em paralelo, é preciso se estar alerta a dois pontos:
1. O exercício correto da mordomia é muito mais abrangente do que simplesmente contribuir. Envolve a responsabilidade total sobre todos os recursos que são recebidos como bênçãos de Deus nas nossas vidas.
2. A contribuição não é “ponto de barganha” com Deus. Por mais sistemática, proporcional e planejada que ela deva ser, permanece uma plataforma de adoração. Ela não tem eficácia para expiar pecados, nem para angariar “favores” de Deus. Deus condena aqueles que se esmeram no contribuir, mas se apresentam à adoração em pecado (Amós 4.4 – “… multiplicai as transgressões; e cada manhã trazei os vossos sacrifícios, e de três em três dias os vossos dízimos”).
Por: Solano Portela. © 2005 solanoportela.net. Original: Mordomia.

Dia 16/40 - JUNTOS, EXALTEMOS O SEU NOME.

Nossa reflexão de hoje sobre a unidade, sobre o estar juntos nos levará ao Salmo 34 – “... JUNTOS EXALTEMOS O SEU NOME.”, vs. 3.
Leiamos este belo salmo – versão segmentada.
Sl 34:1 Bendirei o SENHOR
em todo o tempo,
o seu louvor
estará sempre nos meus lábios.
Sl 34:2 Gloriar-se-á no SENHOR
a minha alma;
os humildes o ouvirão e se alegrarão.
Sl 34:3 Engrandecei o SENHOR comigo,
e todos, à uma, lhe exaltemos o nome.
Sl 34:4 Busquei o SENHOR,
e ele me acolheu;
livrou-me de todos os meus temores.
Sl 34:5 Contemplai-o
e sereis iluminados,
e o vosso rosto jamais sofrerá vexame.
Sl 34:6 Clamou este aflito,
e o SENHOR o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações.
Sl 34:7 O anjo do SENHOR acampa-se
ao redor dos que o temem e os livra.
Sl 34:8 Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom;
bem-aventurado o homem que nele se refugia.
Sl 34:9 Temei o SENHOR,
vós os seus santos,
pois nada falta aos que o temem.
Sl 34:10 Os leõezinhos sofrem necessidade e passam fome,
porém aos que buscam o SENHOR bem nenhum lhes faltará.
Sl 34:11 Vinde, filhos, e escutai-me;
eu vos ensinarei o temor do SENHOR.
Sl 34:12 Quem é o homem que ama a vida
e quer longevidade para ver o bem?
Sl 34:13 Refreia a língua do mal
e os lábios de falarem dolosamente.
Sl 34:14 Aparta-te do mal
e pratica o que é bom;
procura a paz
e empenha-te por alcançá-la.
Sl 34:15 Os olhos do SENHOR
repousam sobre os justos,
e os seus ouvidos
estão abertos ao seu clamor.
Sl 34:16 O rosto do SENHOR
está contra os que praticam o mal,
para lhes extirpar da terra a memória.
Sl 34:17 Clamam os justos,
e o SENHOR os escuta
e os livra de todas as suas tribulações.
Sl 34:18 Perto está o SENHOR
dos que têm o coração quebrantado
e salva os de espírito oprimido.
Sl 34:19 Muitas são as aflições do justo,
mas o SENHOR de todas o livra.
Sl 34:20 Preserva-lhe todos os ossos,
nem um deles sequer será quebrado.
Sl 34:21 O infortúnio
matará o ímpio,
e os que odeiam o justo
serão condenados.
Sl 34:22 O SENHOR resgata a alma dos seus servos,
e dos que nele confiam
nenhum será condenado.
O Senhor é bom! Vejam o verso 8 - Provai e vede que o Senhor é bom! É disto que fala este belo salmo de Davi. Você tem tido a experiência de saber que Deus é bom demais da conta para todos os que vivem sobre a terra? Da sua graça e misericórdia e longanimidade temos vivido e ainda viveremos até o dia em que ele tem determinado para isso.
Antes de entrarmos especificamente no teor deste salmos maravilhoso, escrito por volta de 1012 antes de Cristo, vamos contextualizá-lo para entendermos como e porque foi ele escrito.
Iremos ver na palavra de Deus que se encontra em I Samuel 21: 10 a 15 que Davi carregava em seu peito a dor de ter sido responsável pela morte daqueles sacerdotes pelas mãos de Doegue, por ordem explícita de Saul.
Davi foi certamente visitado pelo Senhor, por isso exulta, conclama, exorta. Nos 3 primeiros versículos ele prepara o ouvinte/leitor para citar os vs. 4 a 7. Percebe-se que ele está alegre, feliz, contente e cheio do Espírito Santo. Ele está aqui adorando ao Senhor: bendizendo, gloriando-se, engrandecendo e exaltando o Senhor.
O seu apelo é forte: vamos juntos celebrar ao Senhor! Sim, juntos, uma grande comunidade buscando e servindo a Deus.
Aqui está a essência do Salmo 34. Para mim é a chave, o ponto central e nevrálgico deste lindo salmo inspirado pelo Espírito Santo. O seu verso 8 resume todos os versículos que o antecederam e ainda os versos 9 e 10. por isso há dois fortes verbos no imperativo: PROVAI! e VEDE! A certeza do salmista, de Davi, é esta: DEUS É BOM! Como eu sei que Deus é bom?
Já finalizando o salmo, dos versos de 15 a 22, o salmista nos faz lembrar do cuidado que o Senhor tem conosco em todos os detalhes. Fala de seus olhos, de seu rosto, de seus ouvidos, de sua proximidade, de seu livramento, cuidado e resgate. É todo o ser de Deus envolvido conosco nos dando garantias de cuidado, dedicação e atenção.

Será que restam dúvidas em teu coração da bondade do Senhor? Provai! Este é o desafio que ele nos faz: vamos prová-lo e não somente aprová-lo, mas comprovar, ver (PROVAR e VER) que o Senhor é bom. Há uma profecia aqui neste salmos que se aplicou a Cristo e se encontra no vs. 20. “Dela nada deixarão até à manhã, e dela não quebrarão osso algum; segundo todo o estatuto da páscoa a celebrarão.” e “Porque isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado. “ (Nm 9:12 e Jo 19:36).
Querendo conhecer mais sobre este salmo? Eu já preguei sobre ele e publiquei a pregação em meu SCRIBD: http%3A%2F%2Fpt.scribd.com%2Fdoc%2F29446715%2FEsboco-Pregacao-Provai-e-Vede-que-o-Senhor-e-Bom-05-04-2010
Calvino comenta a respeito deste salmo – veja abaixo apenas a sua introdução (em inglês):
A Psalm of David, when he changed his countenance before Abimelech, who banished him from his presence, and he departed from him.
David gives thanks to God for a signal deliverance, and takes occasion from it to celebrate his perpetual grace towards all the saints, and to exhort them both to trust in him, and to the study of godliness; affirming, that the only way to pass through life happily, is to walk holily and harmlessly in the world, in the service and fear of God. It is obvious from the title what particular instance of God's favor he here celebrates. When he was driven to King Achish, as recorded in 1 Samuel 27:2, [683] whom, with the exception of Saul, he accounted the deadliest of all his enemies, it was not probable that he would ever be able to make his escape from him. The only means, therefore, he had of saving his life was to feign himself mad by frothing at the mouth, looking fiercely, and disfiguring his countenance. Nor is this to be wondered at; for Achish, being disappointed of the confident hope of victory which he had, and attributing to David alone both the loss which he had sustained and the dishonor which he had received, burned with implacable hatred against him. In allowing him to escape, therefore, contrary to his own expectation, and the expectation of all other men, David acknowledges that there had been exhibited a memorable instance of God's favor towards him, which may be serviceable for the general instruction of the whole Church. Instead of Achish, [684] Abimelech is here employed; and it is probable that the latter name had been the common designation of the monarchs of the Philistines, as Pharaoh was the common name of the monarchs of Egypt, and Caesar that of the Roman Emperors, which was borrowed from the name of Julius Caesar, who had first seized the imperial power among the Romans. We know that many ages before David was born, the kings who reigned in Gerar in the time of Abraham were called Abimelech. It is not, therefore, to be wondered at, that this name should be handed down from age to age among their posterity, and become the common name of all the kings of Palestine. The Hebrew word tm, ta?m, which I have translated countenance, signifies also tasting, understanding, [685] and therefore might be pertinently interpreted in this manner, that he appeared foolish and without taste. The verb from which it is derived properly signifies to taste, and therefore is often transferred to reason, understanding, and all the senses. Accordingly, David having feigned himself mad, the term understanding is very appropriate. Now, although he escaped by this subtle device, he doubts not that he was delivered by the hand of God; nor does he ascribe the praise of his safety to the pretense of madness, but rather acknowledges that the cruelty of his enemy had been softened by the secret influence of God, so that he who formerly burned with rage against him had been pacified by an artifice. Certainly it was not to be expected that Achish would have driven away in contempt from him so brave a man, whom he had found a dangerous enemy to his whole kingdom, and from whom he had suffered such severe losses. This gives rise to the question, Whether David feigned himself mad under the guidance of the Holy Spirit? For by his appearing to connect together these two things, - the pretense of madness and the happy result of this pretense, it might be inferred that the same Spirit by whom this psalm was dictated suggested this stratagem [686] to the mind of David, and directed him in deceiving King Achish. I answer, that although God sometimes delivers his people, while at the same time they err in choosing the means, or even fall into sin in adopting them, yet there is nothing inconsistent in this. The deliverance, therefore, was the work of God, but the intermediate sin, which is on no account to be excused, ought to be ascribed to David. In this way Jacob obtained the blessing by the favor and good pleasure of God; and yet the subtlety of the mother, with which the obtaining of it was mixed up, was, we know, sinful on her part. It may then sometimes happen that the event shall be brought to pass by the Spirit of God, and yet the saints whom he may employ as instruments shall swerve from the path of duty. It would therefore be a superfluous task to endeavor to exculpate David, who is rather to be blamed, because, by not committing his life entirely to God, he exposed himself and the grace of the Spirit, by whom he was governed, to the derision of the ungodly. I would not positively assert it, but there appears in this deception some token of infirmity. If it should be said that David here magnifies the grace of God, because by changing his countenance and his speech he escaped death, I again reply, that David expressly mentions this circumstance, in order to render the grace of God still more illustrious, in that his fault was not laid to his charge.

Um bom dia a todos que caminham juntos a caminhada cristã!
...


Zacarias 4 1-14 - NEM POR FORÇA, NEM POR VIOLÊNCIA, MAS PELO ESPÍRITO DE DEUS!

Estamos estudando, com a ajuda preciosa da BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto a Jerusalém ser o local, num futuro de médio prazo, para o reino de Deus. Estamos na primeira parte e no quarto capítulo.
I. AS PROFECIAS COM APLICAÇÃO IMEDIATA (1.1 -8.23) – continuação.
Como já dissemos, desde o primeiro versículo até o capítulo oito, estamos vendo as profecias que foram entregues aos primeiros a retomarem do exílio, enquanto lutavam com o desafio de reconstruir o templo.
Assim, foi dividida essa parte em cinco seções: A. Título (1.1) – já vimos; B. Mensagem Inicial (1.2-6) – já vimos; C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – estamos vendo; D. A coroação de Josué (6.9-15); e, E. A transformação de Jerusalém (7.1-8.23).
C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – continuação.
Como já falamos, essas são as oito visões noturnas que Zacarias recebeu a respeito do que Deus faria com relação às dificuldades que os que retornaram enfrentariam.
Destarte, dividimos a seção “C” em 8 também: 1. O homem entre as murteiras (1.7-17) – já vimos; 2. Os quatro chifres e os quatro ferreiros (1.18-21) – já vimos; 3. Um homem com um cordel de medir (2.1-13) – já vimos; 4. As vestes limpas para o sumo sacerdote (3.1-10) – já vimos; 5. O candelabro de ouro e as duas oliveiras (4.1-14) – veremos agora; 6. O rolo voante (5.1-4); 7. A mulher dentro do efa (5.5-11); 8. Os quatro carros e o sumo sacerdote (6.1-8).
5. O candelabro de ouro e as duas oliveiras (4.1-14).
Essa é a sua quinta visão a do candelabro de ouro e as duas oliveiras. Essa visão trata de como a reconstrução do templo seria completada.
Josué e Zorobabel eram seres humanos com limitações; a capacitação para completar a tarefa teria de vir de Deus.
A BEG esclarece que o templo que foi construído nessa época foi apenas uma prefiguração da grande presença de Deus que viria quando Jesus viesse à terra como o templo final de Deus (Jo 1.14; 2.21) e estabelecesse a igreja como o templo do Espírito (1Co 6.19).
As visões de Deus costumam provocar cansaço em quem as tem (Daniel, Paulo, João). Aqui, Zacarias estava já cochilando e foi necessário ser despertado como alguém que é despertado de um grande sono e o anjo que o despertou, perguntou a ele o que estava vendo.
Zacarias é preciso e dá as características do que via, um candelabro todo de ouro. A imagem do candelabro provavelmente foi usada para lembrar o povo do candelabro do tabernáculo/templo (Ex 25.11; 1Cr 2.8.15; 2Cr 13.11), embora a sua forma fosse diferente.
Nele havia na parte superior um recipiente para azeite e sete lâmpadas e sete canos para as lâmpadas. O significado dos números, nesse versículo, não está totalmente claro, mas, provavelmente, significa que havia sete lâmpadas na ponta de cada vaso e que um tubo saía de cada lâmpada em direção às oliveiras (v. 12).
Ele também narra que via duas oliveiras, sendo uma à direita e outra à esquerda e ele perguntou ao anjo o que significava aquilo, pelo que o anjo espantou-se de que ele não soubera.
A atenção de Zacarias estava nas oliveiras, e não nos candelabros. Aqui, a sua pergunta não teve uma resposta imediata. Ela foi respondida, todavia, ao final da visão (vs. 14).
Havia uma palavra de Deus para Zorobabel. Apesar de a visão incluir Josué como uma das duas oliveiras, a figura principal é Zorobabel, como fica evidente pela repetição do seu nome nos vs. 6-7, 9-10.
Não haveria de ser por força. O povo de Deus foi repetidamente advertido a não depender do poder militar e de alianças externas para cumprir o seu chamado (SI 20.7-9; Is 31.1-3).
Nem tão pouco haveria de ser por poder. Uma palavra geral usada para força ou poder. Ninguém, a não ser Deus, poderia cumprir a tarefa antes de Zorobabel.
Antes, haveria de ser pelo Espirito de Deus. Esperava-se que o período de restauração pós-exílio fosse um momento em que o Espírito de Deus seria mais ativo e efetivo do que nunca (Nm 11.29; Jl 2.28-32).
O Espirito de Deus capacitou Zorobabel e Josué a vencer os obstáculos que enfrentaram. Isaías falou em termos semelhantes sobre a vinda do Servo de Deus, o Messias (Is 11.2: 42.1; 61.1).
Ainda que houvesse um monte obstaculizando Zorobabel e Josué, eles haveriam de superá-lo e torná-lo como uma planície. Uma figura para cada obstáculo que Zorobabel e Josué enfrentaram enquanto conduziam os que retornaram do exílio na obediência a Deus.
A pedra de obstáculo seria vencida e a pedra de remate seria por eles posta em seu local preciso. A última e mais importante pedra; presume-se que ela seria colocada cerimonialmente no templo concluído aos gritos de todos como “Haja graça e graça para ela!” (Na NVI é traduzida por “Deus abençoe! Deus abençoe”).
A palavra hebraica poderia indicar uma apreciação de sua beleza externa e da graça de Deus por realizar a conclusão (veja vs. 9, onde está explícito que Zorobabel completam o templo). A frase é repetida para dar ênfase (Is 40.1).
O Senhor explica – vs. 8 e 9 - dizendo que as mãos de Zorobabel que colocaram os fundamentos deste templo; suas próprias mãos também o terminariam e assim, saberão todos que o Senhor dos Exércitos tinha enviado o seu profeta a todos eles com essas palavras de Deus.
Teria sido fácil sentir-se desencorajado diante dos resultados e progresso insatisfatórios. O povo de Judá estava desanimado quanto à colocação do fundamento do segundo templo (Ed 3.10-12) e a sua reconstrução nos dias de Ageu (520 a.C.; Ag 2.3).
O trabalho de Zorobabel e Josué constituía o mero inicio do reino de Deus, trabalho considerado infinitamente pequeno em comparação com a plenitude do reino que o Messias traria.
Depois disso tudo o anjo, finalmente explica a visão dos candelabros a Ezequiel dizendo tratarem-se as lâmpadas dos olhos do Senhor que sonda toda a terra.
»ZACARIAS [4]
Zc 4:1 Ora o anjo que falava comigo voltou,
e me despertou,
como a um homem que é despertado do seu sono;
Zc 4:2 e me perguntou:
Que vês?
Respondi:
Olho,
e eis um castiçal todo de ouro,
 e um vaso de azeite em cima, com sete lâmpadas,
e há sete canudos que se unem às lâmpadas
que estão em cima dele;
Zc 4:3 e junto a ele há duas oliveiras,
uma à direita do vaso de azeite,
e outra à sua esquerda.
Zc 4:4 Então perguntei ao anjo que falava comigo:
Meu senhor, que é isso?
Zc 4:5 Respondeu-me o anjo que falava comigo, e me disse:
Não sabes tu o que isso é?
E eu disse:
Não, meu senhor.
Zc 4:6 Ele me respondeu, dizendo:
Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo:
Não por força nem por poder,
mas pelo meu Espírito,
diz o Senhor dos exércitos.
Zc 4:7 Quem és tu, ó monte grande?
Diante de Zorobabel tornar-te-ás uma campina;
e ele trará a pedra angular com aclamações:
Graça, graça a ela.
Zc 4:8 Ainda me veio a palavra do Senhor, dizendo:
Zc 4:9 As mãos de Zorobabel têm lançado os alicerces desta casa;
também as suas mãos a acabarão;
e saberás que o Senhor dos exércitos
me enviou a vos.
Zc 4:10 Ora, quem despreza o dia das coisas pequenas?
pois estes sete se alegrarão,
vendo o prumo na mão de Zorobabel.
São estes os sete olhos do Senhor,
que discorrem por toda a terra.
Zc 4:11 Falei mais, e lhe perguntei:
Que são estas duas oliveiras
à direita e à esquerda do castiçal?
Zc 4:12 Segunda vez falei-lhe, perguntando:
Que são aqueles dois ramos de oliveira,
que estão junto aos dois tubos de ouro,
e que vertem de si azeite dourado?
 Zc 4:13 Ele me respondeu, dizendo:
Não sabes o que é isso?
E eu disse:
Não, meu senhor.
Zc 4:14 Então ele disse:
Estes são os dois ungidos,
que assistem junto ao Senhor de toda a terra.
Aproveitando a fala e explicações do anjo é que ele se aventura a perguntar sobre os dois ramos de oliveiras que estavam cada uma à direita e à esquerda ao lado dos dois tubos de ouro que derramavam azeite dourado.
Novamente o anjo se admira que não soubesse e então lhe explica dizendo que eram os dois homens que foram ungidos para servir ao Soberano de toda a terra. Ungidos aqui, literalmente, "filhos do óleo novo”.
Conforme a BEG, a referência é a Zorobabel e a Josué que como líderes escolhidos de Deus, eles seriam supridos pelo Espírito Santo com a força necessária para concluir o templo. Juntos, eles prefiguravam o Messias, o grande Ungido, que uniria as funções de sacerdote e rei numa única pessoa.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Dia 15/40 - ELIAS E ELISEU JUNTOS - A BÊNÇÃO DOBRADA ALCANÇADA!

Nossa reflexão de hoje sobre a unidade, sobre o estar juntos nos levará dentro ainda do livro de II Reis 2.6 num interessante episódio entre Elias e Eliseu.
6 E Elias lhe disse: Fica-te aqui, porque o senhor me envia ao Jordão. Mas ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim ambos foram juntos.
Aqui neste capítulo veremos a forma excepcional da partida de Elias, o tesbita, para a glória do Senhor, sem passar pela morte tão comum em todos os mortais.
Dizem que somente duas pessoas escaparam da morte em todo período bíblico e uma delas foi Enoque, durante a segunda fase da humanidade quando viviam antes do dilúvio e depois da queda do homem.
Enoque foi o sétimo depois de Adão que gerou Matusalém o qual foi o avô de Noé. Dizem as Escrituras que ele foi tomado para Deus e jamais foi visto novamente porque dera testemunho de que agradara a Deus – Gn 5:24 e Hb 11:5.
E o outro, estamos vendo sua história aqui, neste momento em que ocorre a sua partida desta vida sem passar pela morte. Elias ainda voltaria à terra tempos depois no ministério terreno do Filho de Deus, Jesus Cristo, no Monte da Transfiguração, juntamente com Moisés – Lc 9:33.
E há quem diga que ele voltaria novamente à terra na época da grande tribulação, sendo ele uma das duas testemunhas de Apocalipse, conforme se vê em Apocalipse 11. Eu sinceramente não creio dessa forma.
O fato é que Elias estava para ser tomado por Deus e todo mundo parece que sabia disso e o que mais parecia saber era Eliseu que estava muito atento para este grande momento.
Eliseu marcava Elias todo tempo e não arredava o seu pé de diante dele um segundo se quer. Elias, ainda tentou se desvencilhar dele por três vezes, alegando missões em nome de Deus, mas Eliseu, atento, não o deixava só. O andar junto aqui era uma questão vital para Eliseu, pois sabia que o seu ministério dependia do de Elias, de estar junto com ele.
Até os profetas da região sabiam o que estava prestes para acontecer e tentaram alertar Eliseu que prontamente lhes respondeu que estava já atento e que era para se calarem.
Eliseu estava assim como aquele que esperava alguma coisa da parte de Elias. Deus mesmo já tinha antecipado este momento avisando Elias para ungir Eliseu em seu lugar e isso tinha sido feito.
Portanto a escolha de Eliseu teve um precedente divino que seguindo o que está escrito em Rm 8:29 e 30, o conheceu -προέγνω - antes e depois o predestinou – προώρισεν - e tendo predestinado o chamou - ἐκάλεσεν - , e depois o justificou - ἐδικαίωσεν - e finalmente o glorificou - ἐδόξασεν.
Romanos 8:29 Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
Romanos 8:30 E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.
Conheceu, isto é conheceu antes, previu – Proegno (προέγνω).
Predestinou – Proorisen (προώρισεν).
Chamou – Ekalesen (ἐκάλεσεν).
Justificou – Edikaiosen (ἐδικαίωσεν).
Glorificou – Edoxasen (ἐδόξασεν).
Eliseu foi conhecido por Deus desde o ventre materno e sua escolha por ele já havia sido decidida na mente de Deus. O que estava para se suceder na história, Deus já tinha tudo preparado. Os filhos de Deus são conhecidos e predestinados como fora Eliseu.
Eliseu tinha certeza de seu chamado e estava esperando o momento do seu chamado que estava prestes a se concretizar.
A hora se aproximava veloz e percebendo sua partida iminente fala para Eliseu para ele realizar um pedido: o que queres que eu te faça antes de ser tomado de ti.
Lembro-me nas Escrituras de Deus e de Jesus ter ofertado algo semelhante aos homens, um deles foi para Salomão – I Re 3:5 - e outro para um cego de Jericó – Mc 10:51 - que se achegou à presença do mestre.
Aqui, um homem semelhante a nós – Tg 5:17 -, cheio do Espírito Santo, está a oferecer a um escolhido de Deus algo que ele mesmo nem sabia o que Eliseu lhe pediria. Eliseu lhe pede, sem pestanejar, sem vacilar, que queria porção dobrada do Espírito que havia em Elias.
Elias ainda o alerta de que dura coisa tinha pedido e que não saberia se lhe seria concedido, mas que ficasse atento à sua partida, se ele o visse partir, sim, estaria a ele concedido porção dobrado de seu espírito.
Se Eliseu já tinha resolvido estar junto a Elias o tempo todo, depois dessa palavra que ainda mais marcou sua presença, andando sempre junto ao profeta que logo lhe abençoaria com a porção dobrada do Espírito que nele estava.
Chega o grande momento de sua partida e uma carruagem de fogo, com cavalos de fogo, os separa um do outro, mas Elias sobe num redemoinho. Ele vê tudo: as carruagens de fogo, os cavalos de fogo, os cavaleiros celestiais e o redemoinho levando Elias.
Ele ficou muito feliz de ter visto e as roupas de Elias caíram onde ele estava e imediatamente as rasgou em duas partes como que simbolizando que o seu poder agora estaria duplicado. Também apanha da capa que caira sobre ele e nunca mais o viu.
Não seria daqui que se tira a ideia de que o arrebatamento dos crentes será semelhante, com suas roupas ficando para trás, caindo por causa da transformação do corpo?
Apanhando a capa de Elias já enfrenta seu primeiro obstáculo que seria passar a outra margem do rio Jordão e imitando Elias, clama ao Senhor dizendo onde está o Deus de Elias? E o rio se abre em dois e ele passa o rio novamente a pés secos.
Eliseu estava confirmado como profeta no lugar de Elias, nesse primeiro seu milagre sobre as águas do Jordão. Assim se sucedeu também com Moisés que atravessou o mar, com Josué que também atravessou o rio, com Elias e agora com Eliseu. Jesus, inovou e andou por sobre as águas, como que dizendo eu sou o Senhor!
Tentaram ainda os profetas localizarem o corpo de Elias ao qual Eliseu se mostrou contra, mas como insistiram tanto, passaram três dias procurando para nada encontrarem.
É melhor não brincar com quem leva o nome do Senhor! Eliseu era um profeta e aqueles 42 meninos souberam disso depois de perderem suas vidas por causa da zombaria contra sua pessoa que o provoca com relação ao subir como Elias tinha subido aos céus e por causa de sua calva que contrastava com Elias que era cabeludo.
O ministério de Eliseu será caracterizado pela sua compaixão para com os arrependidos e severidade para com os indiferentes, obstinados e irreverentes. A morte dos rapazes de Betel foi outra manifestação pública do poder de Deus presente em Eliseu.
A bênção de Eliseu foi alcançada porque não quis arredar o seu pé da caminhada sempre junto de seu mestre. Que tal andarmos juntos?

...



Zacarias 3 1-10 - A QUARTA VISÃO DE ZACARIAS - VESTES LIMPAS PARA O SUMO SACERDOTE.

Estamos estudando, com a ajuda preciosa da Bíblia de Estudo de Genebra - BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto a Jerusalém ser o local, num futuro de médio prazo, para o reino de Deus. Estamos na primeira parte e no terceiro capítulo.
I. AS PROFECIAS COM APLICAÇÃO IMEDIATA (1.1 -8.23) – continuação.
Como já dissemos, desde o primeiro versículo até o capítulo oito, estamos vendo as profecias que foram entregues aos primeiros a retomarem do exílio, enquanto lutavam com o desafio de reconstruir o templo.
Assim, foi dividida essa parte em cinco seções: A. Título (1.1) – já vimos; B. Mensagem Inicial (1.2-6) – já vimos; C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – estamos vendo; D. A coroação de Josué (6.9-15); e, E. A transformação de Jerusalém (7.1-8.23).
C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – continuação.
Como já falamos, essas são as oito visões noturnas que Zacarias recebeu a respeito do que Deus faria com relação às dificuldades que os que retornaram enfrentariam.
Destarte, dividimos a seção “C” em 8 também: 1. O homem entre as murteiras (1.7-17) – já vimos; 2. Os quatro chifres e os quatro ferreiros (1.18-21) – já vimos; 3. Um homem com um cordel de medir (2.1-13) – já vimos; 4. As vestes limpas para o sumo sacerdote (3.1-10) – veremos agora; 5. O candelabro de ouro e as duas oliveiras (4.1-14); 6. O rolo voante (5.1-4); 7. A mulher dentro do efa (5.5-11); 8. Os quatro carros e o sumo sacerdote (6.1-8).
4. As vestes limpas para o sumo sacerdote (3.1-10).
Essa é a sua quarta visão, a das vestes limpas para o sumo sacerdote. A quarta visão diz respeito a Josué, o sumo sacerdote. A visão trata particularmente do problema da impureza do sacerdócio.
Ela começa mostrando como Deus lidaria com o problema (vs. 4-5) e termina descrevendo como Deus purificaria o seu povo do pecado (vs. 8-9). Cristo é o que 'me cobriu de vestes de salvação e me envolveu como manto de justiça' (Is 61.10; Rm 5.1).
Temos aqui uma cena de tribunal semelhante à de Jó (Jó 1.6-12). Satanás veio para acusar Josué de ser indigno para o sacerdócio. “Satanás" significa 'o acusador’" e aqui, pode não ter sido usado como um nome próprio. A acusação é o estratagema favorito de Satanás contra os crentes.
Ela difere da convicção trazida pelo Espirito Santo, que é quem nos convence do pecado a fim de nos levar ao arrependimento e ao perdão. As acusações de Satanás nem sempre são falsas, mas o seu objetivo é a destruição, não a redenção.
O anjo do Senhor em Judas, verso 9, quando contendia com o diabo acerca do corpo de Moisés não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele, pelo contrário, disse o mesmo que disse esse anjo do Senhor, em Zacarias: “o Senhor te repreenda” e aqui, ele continua dizendo “O Senhor que escolheu Jerusalém o repreenda”.
Em seguida, pergunta se não era ele um tição tirado do fogo? O fogo é uma metáfora para o exílio de onde o povo de Deus havia sido tirado. A passagem de Am 4.11 usa a mesma expressão para falar do perigo do qual o Senhor havia redimido o seu povo.
Satanás estava ali para se lhe opor e estava baseado nas suas vestes sujas, impuras. Aqui temos que a base para as acusações de Satanás de que Josué era indigno. Se o sumo sacerdote estava imundo, quem faria a expiação pelo pecado? Se ele não podia fazer a expiação, como o povo seria perdoado? Conforme a BEG, Deus respondeu de duas maneiras nos versículos a seguir.
·         Primeiro, ordenou que se lhe tirassem as vestes sujas.
Deus tornou Josué apto para o sacerdócio ao lhe dar novas vestes. Para ser exato, a purificação do sacerdócio aconteceu até certo ponto no início do período pós-exílio.
No entanto, o que aconteceu a Josué também apontou para a necessidade da pureza total e permanente do sacerdócio de Israel, que viria a ocorrer somente em Cristo.
·         Segundo, que se lhe colocassem vestes nobres sobre ele e ainda que pusessem sobre a sua cabeça um turbante limpo.
O anjo disse a Josué que agora ele estava sem pecado e com vestes nobres.
O turbante fazia parte do vestuário do sumo sacerdote. Um turbante novo e limpo completou o catálogo das vestes restauradas, indicando que Deus havia afastado a repreensão do sacerdócio (Ex 28.36; 39.30).
O passo seguinte na preparação de Josué foi a exortação a ele pelo anjo do Senhor, falando em nome do Senhor dos Exércitos que deveria, doravante, andar nos caminhos do Senhor e obedecer aos seus preceitos para poder governar sobre a casa de Deus e também estar encarregado das suas cortes. Em assim fazendo, Deus lhe promete, em contrapartida, lhe dar lugar perante aqueles que ali estavam.
Deus chama a atenção de Josué e de todos ali, especialmente dos homens de presságio ou daqueles que prefiguravam coisas que viram que ele iria trazer o seu servo.
No hebraico, esses homens de presságio significavam literalmente “homens de um sinal”. Tanto quanto Josué e seus colegas na vida de Israel daquele tempo, esses homens não eram os servos definitivos do templo. Eles prefiguraram a vinda do Servo (o Messias), que cumpriria perfeitamente o seu serviço.
Já o servo que Deus iria trazer era um título de honra usado para Moisés (Nm 12.6-8). O termo se tornou um título em Isaías, sendo usado algumas vezes para Israel (Is 41.8; 44.1,2) e outras para o Servo real (o Messias), que ministraria a Israel (Is 42.1-7; 52.13).
O seu servo que Deus iria trazer, era o Renovo, que também era um título para o grande filho de Davi que foi apresentado nesse livro. Ele, sim, combina as funções de sacerdote e de rei (6.12: Is 4.2).
Deus colocou uma pedra na frente de Josué e pediu que a vissem. A pedra, possivelmente, era uma referência ao Messias ou ao reino messiânico (Dn 2.34-35,45).
Conforme a BEG, muitas passagens do Antigo Testamento que falam da pedra (Sl 118.22; Is 8.14; 28.16) foram interpretadas. No Novo Testamento, estão em conexão com o Messias e seu reino (Mt 21.42: 1Pe 2.6-8).
A pedra tinha sete olhos. A combinação de figuras é difícil de ser interpretada, mas esses olhos parecem ser símbolos da onisciência e do vigilante cuidado de Deus. A pedra tinha gravada nela uma inscrição que declarava que o Senhor dos Exércitos tiraria o pecado da terra num único dia!
Deus afastaria o pecado do seu povo num único dia (Dn 9.24). O sistema sacerdotal no Antigo Testamento não tinha a intenção, na verdade, de cobrir o pecado, mas de deter temporariamente a ira divina e apontar para a necessidade de um sacrifício final que trataria do pecado de uma vez por todas (Hb 10.11-13).

Zc 3:1 Ele me mostrou o sumo sacerdote Josué,
o qual estava diante do anjo do Senhor,
e Satanás estava à sua mão direita,
para se lhe opor.
Zc 3:2 Mas o anjo do Senhor disse a Satanás:
Que o Senhor te repreenda, ó Satanás;
sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda!
Não é este um tição tirado do fogo?
Zc 3:3 Ora Josué, vestido de trajes sujos,
estava em pé diante do anjo.
Zc 3:4 Então falando este,
ordenou aos que estavam diante dele, dizendo:
Tirai-lhe estes trajes sujos.
E a Josué disse:
Eis que tenho feito com que passe de ti
a tua iniqüidade,
e te vestirei de trajes festivos.
Zc 3:5 Também disse eu:
Ponham-lhe sobre a cabeça uma mitra limpa.
Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça uma mitra limpa,
e vestiram-no;
e o anjo do Senhor estava ali de pe.
Zc 3:6 E o anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo:
Zc 3:7 Assim diz o Senhor dos exércitos:
Se andares nos meus caminhos,
e se observares as minhas ordenanças,
também tu julgarás a minha casa,
e também guardarás os meus átrios,
e te darei lugar entre os que estão aqui.
Zc 3:8 Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote,
tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti,
porque são homens portentosos;
eis que eu farei vir o meu servo, o Renovo.
Zc 3:9 Pois eis aqui a pedra que pus diante de Josué;
sobre esta pedra única estão sete olhos.
Eis que eu esculpirei a sua escultura,
diz o Senhor dos exércitos,
e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia.
Zc 3:10 Naquele dia, diz o Senhor dos exércitos,
cada um de vós convidará o seu vizinho
para debaixo da videira
e para debaixo da figueira.
Seria num só dia que isso ocorreria. O Dia da Expiação (Lv 16.30; 23.28) era uma celebração que anualmente lembrava o povo de seus pecados (Hb 9.7-10), mas Cristo, num dia (ou seja, na Sexta-feira da Paixão), pagou de uma vez por todas os pecados de todos os fiéis (Hb 9.11-14).
Assim, naquele dia, o Senhor estava declarando que cada um haveria de convidar o seu próximo para se assentar debaixo da sua videira e para debaixo da sua figueira. Conforme a BEG, como 1 Rs 4.25 e Mq 4.4 mostram, essa expressão é uma imagem de paz e prosperidade. Ele está falando do reino de Deus no seu auge. No mesmo dia em que o pecado da terra fosse eliminado (vs. 9), a paz e o contentamento prevaleceriam.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdetehttp://www.jamaisdesista.com.br
...