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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Lucas 8.1-56 - ONDE ESTÁ A VOSSA FÉ?

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 8, parte III.
III. MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS NA GALILEIA (4.14-9.50) - continuação.
Veremos dos versos 14 ao capítulo 9.50, o ministério público de Jesus na Galileia.
Para melhor compreendermos os detalhes desta parte, dividimos o assunto em nove partes, conforme a BEG: A. O sermão em Nazaré (4.14-30) – já vimos; B. Ensinamentos e milagres (4.31-6.11) – já vimos; C. A escolha dos doze (6.12-16) – já vimos; D. O sermão na planície (6.17-49) – já vimos; E. Curas milagrosas (7.1-17) – já vimos; F João Batista (7.18-35) – já vimos; G. Jesus e uma mulher (7.36-50) – já vimos; H. Mais ensinamentos e milagres (8.1-56); e, I. Jesus prepara os doze (9.1-50).
Agora, iremos ver o presente capítulo com maiores detalhes, com a boa ajuda da BEG.
H. Mais ensinamentos e milagres (8.1-56).
Estamos vendo, como já dissemos, os ensinamentos e milagres de Jesus.
Jesus continuava a andar de cidade em cidade sempre anunciando o evangelho do reino de Deus e curando os enfermos que encontrava. Ele estava sendo acompanhado dos doze e de algumas mulheres.
Lucas assinalou uma mudança em sua narrativa ao registrar algumas coisas extraordinárias que Jesus fez e disse em suas viagens pela região.
Os rabinos se recusavam a ensinar mulheres; logo, a atitude de Jesus em aceitá-las no seu grupo de seguidores era incomum. Lucas cita algumas delas – vs. 2,3:
·         Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; Madalena. Da cidade de Magdala.
·         Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes.
·         Suzana.
·         Muitas outras que o serviam com seus bens - essa frase nos dá uma ideia da maneira como Jesus e seus discípulos foram auxiliados ao longo do seu ministério
A partir desse ponto, as parábolas de Jesus adquirem mais intensidade. As multidões iam até Jesus, porém ele queria mais do que apenas visitas casuais, e assim as parábolas eram uma maneira de forçar as pessoas a considerar atentamente o que ele estava dizendo, caso quisessem entender o significado mais profundo de suas palavras.
A parábola do semeador é incrível. Nessa parábola do semeador, as sementes eram lançadas antes de arar o solo, e o caminho que os semeadores percorriam obviamente não era arado.
Logo, as sementes que caiam no caminho se perdiam porque ali o solo era muito duro e por isso elas não conseguiam penetrar a terra.
Primeiro, temos o diabo querendo impedir que a semente possa brotar nos terrenos e assim sai apanhando elas, arrebatando-as dos corações onde foram semeadas.
Depois, vem as sementes que até brotaram, não foram apanhadas pelo diabo, mas o terreno era impróprio e muito pedregoso. Isto é, cheio de pedras cobertas com uma fina camada de solo, que não era fundo o suficiente para reter a umidade.
Em seguida, há um bom terreno e tudo dá certo, mas ela precisa ser provada e não resiste aos cuidados do mundo, as seduções das riquezas e outras ambições. Os espinhos aqui são plantas espinhosas que não haviam sido semeadas e eram caracterizadas por desenvolvimento robusto.
Finalmente, temos a boa semente plantada num bom coração, preparado e pronto para crescer, resistir e frutificar.
Enquanto Mateus e Marcos registram também trinta e sessenta vezes mais, Lucas focaliza o rendimento mais abundante.
Era comum depois da fala da parábola o chavão “quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. Jesus estava desafiando os seus ouvintes a pensar.
Os discípulos ouviram a parábola, mas tiveram que perguntar sobre o significado para Jesus. O termo grego “mistérios” se refere às verdades que não temos condições de compreender a menos que Deus nos revele.
O mistério era esclarecido para eles, mas não para os demais, ou seja, para aqueles aos quais Isaías se referiu - nesse caso, as pessoas que não responderam aos ensinos de Jesus; elas ouviram as parábolas, mas não compreenderam o seu significado.
Jesus ensinou que suas parábolas tinham um propósito duplo:
1.      Revelar os mistérios do reino àqueles que têm "ouvidos para ouvir" (vs. 8).
2.      Ocultar a verdade daqueles que não têm (Mt 13.13; Mc 4.11).
Uma das características da verdadeira fé é a perseverança. Aqueles que se afastam do caminho da verdade revelam que nunca foram salvos de fato (1Jo 2.19).
Depois da parábola da semente que somente se aproveitou naquelas que caíram em boa terra que são os que estando ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom para darem fruto com perseverança, ele lhes fala da candeia – vs. 16-18.
O propósito de acender uma candeia é fornecer luz; aqui, significa que os ensinamentos de Jesus devem ser anunciados. É muito importante que os preceitos de Jesus sejam compreendidos de modo correto, pois eles formam o único evangelho com poder para salvar, e também porque no dia do julgamento todos os segredos serão revelados.
Aquele que compreender a verdade nas palavras de Jesus perceberá que sua quantidade de verdades continua crescendo.
Depois foram ter com ele sua mãe e irmãos e parentes. Jesus não repudiou a sua família terrena (ele cuidou de Maria até mesmo quando estava pendurado na cruz; Jo 19.26-27). Antes, estava dizendo que servir a Deus é mais importante do que qualquer outra coisa.
Jesus, num daqueles dias, entrou num barco com seus discípulos para passarem para o outro lado do lago. Esse lago fica cerca de 200 m abaixo do nível do mar e próximo às montanhas, de modo que o ar frio acima às vezes desce e provoca tormentas repentinas.
E quando navegavam, Jesus adormeceu, mas sobreveio uma grande tempestade de vento no lago e isso representava um grande perigo. Eles despertaram a Jesus que imediatamente repreendeu a fúria dos ventos e da tempestade. Onde está a vossa fé? Foi assim que ele repreendeu seus discípulos quando estavam no mar em grande perigo e Jesus dormia tranquilo no barco.
Este fato pode sugerir uma associação entre o mar e as forças do mal (cf. o SI 106.9).
Estando tudo sob controle, navegaram até a terra dos Gedarenos. Os manuscritos dos três sinóticos se dividem entre "gadarenos" e "gerasenos". De qualquer modo, ambas as cidades (Galara e Gerasa) ficavam apenas a alguns quilômetros do lago (Mt 8.28; Mc 5.1).
Jesus e seus discípulos tinham acabado de chegar e lhe saí ao encontro um homem possesso de demônios. A possessão demoníaca se apresenta sob várias formas; nesse caso, se manifestou como loucura.
Do mesmo modo que em 4.34, esse demônio sabia quem era Jesus (cf. os discípulos no vs. 25).
Jesus viu que ele era forte e perguntou-lhe por seu nome e ele disse que era Legião. Havia um grande número de demônios dentro do homem (uma legião romana era formada por cerca de seis mil soldados).
Os demônios estavam assustados e não queriam ser lançados para o abismo - lugar de confinamento dos espíritos malignos (Ap 20.1-3) -, mas rogaram a Jesus que entrassem nos porcos, o que Jesus consentiu.
Não sabemos como nem por que os demônios entraram nos animais. Jesus não os mandou entrarem nos porcos, apenas deu sua permissão, nem os instruiu a se jogarem dentro da água.
O medo fez com que essas pessoas rejeitassem a maior oportunidade da vida delas. Talvez tivessem ficado com medo do poder da cura que ocorreu com o homem, ou talvez por causa da perda financeira causada pela destruição da manada de porcos.
Quando Jesus se foi, esse homem passou a trabalhar para Deus naquela região. Observe que a frase "o que Deus fez por ti" tem o mesmo significado de "Jesus lhe tinha feito".
A partir do verso 41, vemos a história da filha única de Jairo que era chefe da sinagoga. O encarregado da organização do culto (p. ex., escolher a pessoa que faria a leitura da Escritura ou conduziria as orações). Ele implorava a Jesus que o acompanhasse até a sua casa, por causa de sua filha que estava muito enferma.
Jesus o atende e começa sua jornada até a casa do dirigente da sinagoga, Jairo. A multidão era enorme e comprimia Jesus. Ali no meio deles havia uma mulher com hemorragia já há doze anos. O problema dessa mulher a tornava cerimonialmente "imunda" (Lv 15.25), o que significava que ela estava excluída da maior parte dos relacionamentos sociais.
Ela tinha gastado todos os seus haveres com cuidados, remédios e médicos, mas nada dera jeito nela. Então ela teve a ideia de tocar nas orlas da veste de Cristo. Talvez a mesma borla mencionada em Nm 15.3.7-39.
Era importante que a cura fosse demonstrada publicamente; do contrário, a mulher continuaria não sendo aceita nos círculos sociais. Ela é a única mulher à qual Jesus se dirigiu como "filha", numa demonstração de carinho.
Observe a preocupação de Jesus pelas pessoas. Quando ele curou a hemorragia da mulher, insistiu em tornar público esse fato, pois queria facilitar o retorno dela à sociedade. Por outro lado, aqui, no caso da filha de Jairo, Jesus queria privacidade.
A família e os amigos, como também, provavelmente, as pessoas da vizinhança e as carpideiras (segundo Mt 9.23, havia também tocadores de flauta), todos estavam ali sofrendo e lamentando a morte da menina.
A lamentação era geralmente manifestativa, acompanhada de muito choro. Jesus proibiu a demonstração pública e pronunciou que a menina estava "dormindo".
Isso não significa que ela não tivesse morrido de fato, mas sim que Jesus estava preparado para despertá-la da morte.
Jesus vai até onde estava a menina com somente três discípulos e com os pais da menina. Ele a toma pela mão e pede para ela se levantar e, incrível, ela se levanta dentre os mortos sem qualquer sequela. Lucas descreve o milagre de modo simples. Marcos expressou a mesma frase usando os termos aramaicos que Jesus pronunciou (Mc 5.41), porém Lucas traduziu as palavras, provavelmente visando facilitar a leitura para os seus leitores gentios.
O efeito do milagre foi surpreendente, mas Jesus proibiu que lhe fosse dada publicidade. Como era geralmente o caso, ele não queria que as notícias de seus milagres se espalhassem (Mc 1.34).
Lc 8:1 Aconteceu, depois disto,
que andava Jesus
de cidade em cidade e de aldeia em aldeia,
pregando
e anunciando o evangelho do reino de Deus,
e os doze iam com ele, Lc 8:2
e também algumas mulheres que haviam sido curadas
de espíritos malignos e de enfermidades:
Maria, chamada Madalena,
da qual saíram sete demônios;
Lc 8:3 e Joana, mulher de Cuza,
procurador de Herodes,
Suzana
e muitas outras,
as quais lhe prestavam assistência
com os seus bens.
Lc 8:4 Afluindo uma grande multidão
e vindo ter com ele gente de todas as cidades,
disse Jesus por parábola:
Lc 8:5 Eis que o semeador saiu a semear.
E, ao semear,
uma parte caiu à beira do caminho;
foi pisada,
e as aves do céu a comeram.
Lc 8:6 Outra caiu sobre a pedra;
e, tendo crescido,
secou por falta de umidade.
Lc 8:7 Outra caiu no meio dos espinhos;
e estes, ao crescerem com ela,
a sufocaram.
Lc 8:8 Outra, afinal, caiu em boa terra;
cresceu e produziu a cento por um.
Dizendo isto, clamou:
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Lc 8:9 E os seus discípulos o interrogaram, dizendo:
Que parábola é esta?
Lc 8:10 Respondeu-lhes Jesus:
A vós outros é dado conhecer os mistérios do reino de Deus;
aos demais, fala-se por parábolas, para que,
vendo,
não vejam;
e, ouvindo,
não entendam.
Lc 8:11 Este é o sentido da parábola:
a semente é a palavra de Deus.
Lc 8:12 A que caiu à beira do caminho
são os que a ouviram;
vem, a seguir, o diabo
e arrebata-lhes do coração a palavra,
para não suceder que,
crendo,
sejam salvos.
Lc 8:13 A que caiu sobre a pedra
são os que, ouvindo a palavra,
a recebem com alegria;
estes não têm raiz,
crêem apenas por algum tempo
e, na hora da provação,
se desviam.
Lc 8:14 A que caiu entre espinhos
são os que ouviram
e, no decorrer dos dias,
foram sufocados
com os cuidados,
riquezas
e deleites da vida;
os seus frutos não chegam a amadurecer.
Lc 8:15 A que caiu na boa terra
são os que, tendo ouvido
de bom e reto coração,
retêm a palavra;
estes frutificam
com perseverança.
Lc 8:16 Ninguém,
depois de acender uma candeia,
a cobre com um vaso
ou a põe debaixo de uma cama;
pelo contrário,
coloca-a sobre um velador,
a fim de que os que entram vejam a luz.
Lc 8:17 Nada há oculto,
que não haja de manifestar-se,
nem escondido,
que não venha a ser conhecido e revelado.
Lc 8:18 Vede, pois, como ouvis;
porque ao que tiver,
se lhe dará;
e ao que não tiver,
até aquilo que julga ter
lhe será tirado.
Lc 8:19 Vieram ter com ele sua mãe e seus irmãos
e não podiam aproximar-se por causa da concorrência de povo.
Lc 8:20 E lhe comunicaram:
Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te.
Lc 8:21 Ele, porém, lhes respondeu:
Minha mãe e meus irmãos são aqueles
que ouvem a palavra de Deus
e a praticam.
Lc 8:22 Aconteceu que, num daqueles dias,
entrou ele num barco em companhia dos seus discípulos e disse-lhes:
Passemos para a outra margem do lago;
e partiram.
Lc 8:23 Enquanto navegavam,
ele adormeceu.
E sobreveio uma tempestade de vento no lago,
correndo eles o perigo de soçobrar.
Lc 8:24 Chegando-se a ele,
despertaram-no dizendo:
Mestre, Mestre, estamos perecendo!
Despertando-se Jesus,
repreendeu o vento
e a fúria da água.
Tudo cessou,
e veio a bonança.
Lc 8:25 Então, lhes disse:
Onde está a vossa fé?
Eles, possuídos de temor e admiração, diziam uns aos outros:
Quem é este que até aos ventos e às ondas repreende,
e lhe obedecem?
Lc 8:26 Então,
rumaram para a terra dos gerasenos, fronteira da Galiléia.
Lc 8:27 Logo ao desembarcar,
veio da cidade ao seu encontro um homem possesso de demônios
que, havia muito, não se vestia,
nem habitava em casa alguma,
porém vivia nos sepulcros.
Lc 8:28 E, quando viu a Jesus,
prostrou-se diante dele,
exclamando e dizendo em alta voz:
Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?
Rogo-te que não me atormentes.
Lc 8:29 Porque Jesus ordenara ao espírito imundo
que saísse do homem,
pois muitas vezes se apoderara dele.
E, embora procurassem conservá-lo preso
com cadeias e grilhões,
tudo despedaçava
e era impelido pelo demônio
para o deserto.
Lc 8:30 Perguntou-lhe Jesus:
Qual é o teu nome?
Respondeu ele:
Legião, porque tinham entrado nele
muitos demônios.
Lc 8:31 Rogavam-lhe
que não os mandasse sair para o abismo.
Lc 8:32 Ora, andava ali,
pastando no monte,
uma grande manada de porcos;
rogaram-lhe que lhes permitisse entrar
naqueles porcos.
E Jesus o permitiu.
Lc 8:33 Tendo os demônios saído do homem,
entraram nos porcos,
e a manada precipitou-se
despenhadeiro abaixo,
para dentro do lago,
e se afogou.
Lc 8:34 Os porqueiros,
vendo o que acontecera,
fugiram
e foram anunciá-lo na cidade
e pelos campos.
Lc 8:35 Então,
saiu o povo para ver o que se passara,
e foram ter com Jesus.
De fato, acharam o homem
de quem saíram os demônios,
vestido, em perfeito juízo,
assentado aos pés de Jesus;
e ficaram dominados de terror.
Lc 8:36 E algumas pessoas que tinham
presenciado os fatos contaram-lhes também
como fora salvo o endemoninhado.
Lc 8:37 Todo o povo da circunvizinhança
dos gerasenos
rogou-lhe que se retirasse deles,
pois estavam possuídos de grande medo.
E Jesus,
tomando de novo o barco,
voltou.
Lc 8:38 O homem de quem tinham saído
os demônios rogou-lhe que o deixasse estar
com ele;
Jesus, porém, o despediu, dizendo:
Lc 8:39 Volta para casa
e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti.
Então, foi ele anunciando
por toda a cidade
todas as coisas que Jesus lhe tinha feito.
Lc 8:40 Ao regressar Jesus,
a multidão o recebeu com alegria,
porque todos o estavam esperando.
Lc 8:41 Eis que veio um homem chamado Jairo,
que era chefe da sinagoga,
e, prostrando-se aos pés de Jesus,
lhe suplicou que chegasse até a sua casa.
Lc 8:42 Pois tinha uma filha única de uns doze anos,
que estava à morte.
Enquanto ele ia,
as multidões o apertavam.
Lc 8:43 Certa mulher
que, havia doze anos,
vinha sofrendo de uma hemorragia,
e a quem ninguém tinha podido curar
[e que gastara com os médicos
todos os seus haveres],
Lc 8:44 veio por trás dele
e lhe tocou na orla da veste,
e logo se lhe estancou
a hemorragia.
Lc 8:45 Mas Jesus disse:
Quem me tocou?
Como todos negassem,
Pedro [com seus companheiros] disse:
Mestre, as multidões te apertam e te oprimem
[e dizes: Quem me tocou?].
Lc 8:46 Contudo, Jesus insistiu:
Alguém me tocou,
porque senti que de mim saiu poder.
Lc 8:47 Vendo a mulher
que não podia ocultar-se,
aproximou-se trêmula
e, prostrando-se diante dele,
declarou, à vista de todo o povo,
a causa por que lhe havia tocado
e como imediatamente fora curada.
Lc 8:48 Então, lhe disse:
Filha, a tua fé te salvou;
vai-te em paz.
Lc 8:49 Falava ele ainda, quando veio uma pessoa
da casa do chefe da sinagoga, dizendo:
Tua filha já está morta,
não incomodes mais o Mestre.
Lc 8:50 Mas Jesus, ouvindo isto, lhe disse:
Não temas,
crê somente,
e ela será salva.
Lc 8:51 Tendo chegado à casa,
a ninguém permitiu que entrasse com ele,
senão Pedro, João, Tiago
e bem assim o pai e a mãe da menina.
Lc 8:52 E todos choravam
e a pranteavam.
Mas ele disse:
Não choreis;
ela não está morta,
mas dorme.
Lc 8:53 E riam-se dele,
porque sabiam que ela estava morta.
Lc 8:54 Entretanto, ele,
tomando-a pela mão, disse-lhe, em voz alta:
Menina, levanta-te!
Lc 8:55 Voltou-lhe o espírito,
ela imediatamente se levantou,
e ele mandou que lhe dessem de comer.
Lc 8:56 Seus pais ficaram maravilhados,
mas ele lhes advertiu
que a ninguém contassem
o que havia acontecido.
Quantos não são os obstáculos que temos de vencer em nossa caminhada da fé em Deus. Eram os amigos de Jairo que lhe diziam para não incomodarem a Jesus porque a menina já estava morta. A palavra de Jesus serve para nós ainda hoje: NÃO TEMAS! CRÊ SOMENTE! E ELA SERÁ SALVA!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Lucas 7.1-50 - JESUS ELOGIA A FÉ DO CENTURIÃO, MAS E QUANTO A SUA FÉ?

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 7, parte III.
III. MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS NA GALILEIA (4.14-9.50) - continuação.
Veremos dos versos 14 ao capítulo 9.50, o ministério público de Jesus na Galileia.
Para melhor compreendermos os detalhes desta parte, dividimos o assunto em nove partes, conforme a BEG: A. O sermão em Nazaré (4.14-30) – já vimos; B. Ensinamentos e milagres (4.31-6.11) – já vimos; C. A escolha dos doze (6.12-16) – já vimos; D. O sermão na planície (6.17-49) – já vimos; E. Curas milagrosas (7.1-17); F João Batista (7.18-35); G. Jesus e uma mulher (7.36-50); H. Mais ensinamentos e milagres (8.1-56); e, I. Jesus prepara os doze (9.1-50).
Uma breve síntese do capítulo 7 de Lucas.
Um centurião boa praça, amigo do povo, que tinha edificado uma sinagoga para eles, com um problema de saúde que nem era dele, mas de seu servo a quem muito estimava vai ao encontro de Jesus de uma forma inusitada. Ele consegue extrair do Senhor uma exaltação relacionada à sua fé!
Este centurião era um homem de fé! Nós estamos sendo convidados a fazer de nossas vidas um exemplo de fé em Deus como a do centurião que foi no lugar certo, que não perdeu tempo, que se humilhou, que soube pedir e interceder, que obteve a resposta de seu pleito e ainda ganhou elogios por sua atitude.
João havia dado testemunho de Jesus: EIS O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA OS PECADOS DO MUNDO! E agora, era Jesus que de João dizia: DOS NASCIDOS DE MULHER NÃO HÁ MAIOR DO QUE JOÃO, PORÉM O MENOR NO REINO DE DEUS, SERÁ MAIOR DO QUE ELE. Sobre as dúvidas de João pelo envio de seus discípulos a perguntarem a Jesus se ele era mesmo o Messias, a resposta nem foi com palavras, mas com demonstração de poder e autoridade.
Agora, iremos ver com maiores detalhes, com a boa ajuda da BEG.
E. Curas milagrosas (7.1-17).
Estamos vendo, como já dissemos, os ensinamentos e milagres de Jesus.
Lucas registra dois milagres que Jesus realizou e que revelaram a sua glória para muitas pessoas na Galileia e na Judeia.
Jesus tinha acabado de pregar e entrara em Cafarnaum, onde ali encontrou alguém necessitado. Tratava-se de um centurião que tinha um servo - o termo grego significa "escravo" – que estava doente. Percebe-se nele um homem preocupado com o bem-estar de seus escravos.
Originalmente, um centurião se referia ao comandante de uma tropa de cem homens, porém nesse período da História o número exato de soldados variava. O centurião era, aproximadamente, o que hoje chamamos de capitão. No Novo Testamento, um centurião era considerado um homem de bom caráter (7.4; 23.47; At 10.2; 27.43).
Esse centurião tinha ouvido falar de Jesus, por isso tinha enviado a ele uns anciãos dos judeus - homens que eram líderes entre os judeus. O fato de terem ido apresentar a causa do centurião perante Jesus demonstra o elevado grau de respeito que tinham por esse homem.
Eles testemunharam a favor dele a Jesus o citando como um amigo do povo o que era uma atitude bastante incomum para um conquistador. Também falaram dele que tinha cuidado dos judeus e até tinha edificado a sinagoga para eles. O centurião interessava-se pelo culto judeu, e talvez tenha sido um homem "temente a Deus" (um gentio que decidiu se juntar a uma sinagoga para adorar o verdadeiro Deus, porém não fez a circuncisão nem se tornou um judeu no sentido pleno do termo).
Jesus, sempre prestativo, atendeu o pleito dos anciãos e foi com eles para verem o servo, mas aquele centurião, quando já estavam perto da casa, enviou-lhe uns amigos para dizerem algo a Jesus e poupá-lo de mais esforços.
Mt 8.5 registra que o centurião compareceu pessoalmente. Mateus sugere que o emissário de um homem é considerado como o próprio homem. Em Lucas, os mensageiros são importantes porque demonstraram a humildade desse homem (vs. 6-7).
Os seus amigos expõe a Jesus a argumentação do centurião que ele também era homem sujeito à autoridade. O centurião estava familiarizado com o conceito de autoridade exercida a distância.
Admirou-se Jesus de seus amigos, dos anciãos e, principalmente de sua argumentação final, de que não era preciso Jesus ir lá, mas bastava que somente dissesse uma palavra e seu servo seria curado. Conforme a BEG, os Evangelhos registram apenas duas ocorrências de Jesus ter se admirado: aqui, quanto à fé do centurião, e em Mc 6.6, quanto à descrença de Nazaré. Eu ainda acrescentaria mais dois casos o da mulher com fluxo hemorrágico de 12 anos (Mc 5:24 -34) e o caso da mulher que sendo rejeitada por ele, insistiu em seu pedido se humilhando e dizendo que até os cães comiam das migalhas que caem da mesa de seu senhor – Mt 15.27.
Jesus vendo que o centurião tinha muita fé, atendeu-o completamente e seu servo fora curado.
Mais um grande milagre ocorrera quando chegou Jesus perto da porta da cidade. Estava acontecendo uma cerimônia fúnebre e uma mulher chorava e lamenta por sua filha única que tinha morrido.
A mãe deveria estar caminhando à frente do cortejo; logo, o Senhor a encontrou primeiro. Ninguém pediu ajuda a ele; Jesus decidiu agir por compaixão.
Em todos os Evangelhos, as pessoas se dirigem a Jesus como "Senhor"; porém, essa é a primeira vez que Lucas, como narrador, usa esse título.
Ele empregou esse termo em algumas passagens que não têm paralelo em Marcos; João também usou esse título em algumas ocasiões, porém Marcos e Mateus não o fizeram.
Percebe-se que esse título não foi usado com frequência para se referir a Jesus durante a sua vida na terra, mas a igreja apostólica aplicou-o de modo consistente a ele.
Jesus se aproximou deles e tocou no esquife. Um caixão aberto, de acordo com o costume judaico.
Este foi o primeiro de três casos que Jesus ressuscitou os mortos (8.40-56; Jo 11.1-44); esses milagres foram sinais messiânicos poderosos (vs. 22). Contudo, essas "ressurreições" foram muito diferentes da que ocorreu com Cristo, pois essas três pessoas foram reunidas a seus corpos mortais apenas temporariamente, porquanto morreram novamente.
Jesus, o primeiro a receber um corpo espiritual imortal (1 Co 15.42-44), é de fato "o primogênito de entre os mortos" (Cl 1.18; cf. 1 Co 15.20).
Jesus interrompeu e mudou a história daquelas vidas completamente. Eles ficaram tão atônitos que exclamaram que entre eles havia se levantado um Grande profeta. Esse título, embora inadequado, era provavelmente a designação mais elevada que as pessoas conheciam. De qualquer modo, reconheciam a presença de Deus entre eles.
F João Batista (7.18-35).
A fama de Jesus tinha corrido por toda a Judeia e por todas as terras circunvizinhas.
Lucas registrou o questionamento levantado por João Batista quando este percebeu que Jesus não estabeleceu o reino de Deus em sua plenitude, como ele esperava. Aqui, Jesus tratou de dois assuntos: sobre como havia inaugurado o reino por meio do seu ministério, e como tantos em Israel não acreditaram nele.
Esse questionamento de João Batista parece inesperado, pois João havia sido testemunha de Jesus (3.16-17). Alguns supõem que a fé de João havia sido abalada pelas condições cruéis na prisão de Herodes; outros, que a paciência de João havia se esgotado e agora sugeria a Jesus que trouxesse o reino de modo mais efetivo.
No entanto, é mais provável que ele esperava que Jesus trouxesse julgamento, um tema que João havia enfatizado no seu ministério.
O que João não conseguia entender é por que Jesus não punia os pecadores, mas, pelo contrário, realizava a todo o momento atos de misericórdia. Assim, o que João estava perguntando é se outra pessoa viria para cumprir a sua profecia de julgamento.
Jesus, primeiramente, antes de falar qualquer coisa, cura, liberta e realiza prodígios, para depois enviar os discípulos de João de volta a ele.
A resposta parece sugerir que Jesus estava rejeitando o seu precursor. O que não é verdade, pois Jesus prosseguiu para esclarecer que João era o maior de todos os homens.
Apesar de seu questionamento, João não era um homem fraco de caráter; pelo contrário, ele era um profeta e, mais ainda, o cumprimento de uma profecia (MI 3.1).
No entanto, embora um homem notável, João pertencia à era anterior ao reinado de Cristo, e nesse sentido ele era "menor" do que aqueles que pertenciam à nova era do reino.
Alguns traduzem os vs. 29-30 como um parêntese; outros consideram esses versículos como uma continuação do sermão de Jesus.
No vs. 30 ele cita os fariseus e os peritos na Lei, ou intérpretes da Lei. Uma tradução de um termo grego (nomikos), que significa "advogados". Ocorre seis vezes em Lucas, mas apenas uma vez no conjunto dos outros três Evangelhos.
Jesus então busca por uma parábola para contextualizá-los e faz um paralelo com a infantilidade de crianças que não querem participar das brincadeiras das outras crianças, quaisquer sejam elas; a partir disso, ele demonstra a irracionalidade das pessoa rejeitaram João porque era muito austero; rejeitaram Jesus porque era muito alegre. 
G. Jesus e uma mulher (7.36-50).
Jesus tinha sido convidado a um jantar por um dos fariseus e ele tinha aceitado. Uma mulher sabendo disso foi até Jesus. Em contraste com a maioria dos judeus, porém semelhante ao centurião e à viúva (vs. 1-16), essa prostituta foi louvada por causa da sua humildade e fé. 
Num jantar como esse, as portas da casa ficavam abertas e os expectadores podiam se aproximar e observar. Uma mulher pecadora (provavelmente uma prostituta) não seria bem-vinda ali; logo, entrar na casa foi um ato corajoso da parte dela.
Os convivas se reclinavam sobre leitos, com a cabeça na direção da mesa. Eles ficavam apoiados sobre o cotovelo esquerdo e usavam a mão direita para pegar a comida.
Essa mulher, prostituta, trazia em suas mãos um vaso de alabastro - uma pedra translúcida usada para fazer recipientes para perfumes caros. Ela se posicionou atrás de Jesus, a seus pés e estava chorando. As lágrimas e a sua ação de ungir os pés de Jesus demonstraram a sua humildade e penitência.
Os fariseus não tinham contato com pessoas "pecadoras" e acreditavam que nenhum profeta teria. Pelo fato de Jesus não ter repudiado a mulher, Simão supôs que Jesus não sabia ou não se importava com isso. Seja qual for o caso, segundo Simão, Jesus não poderia ser um profeta.
Simão havia omitido a cortesia normalmente dispensada às visitas, mas a mulher supriu essa falta de hospitalidade da parte dele.
Pacientemente, Jesus ministra para Simão, o fariseu que o convidara e que estava ali intrigado com o fato daquela mulher em sua casa. Simão o chama de Mestre em reconhecimento de que ele, de fato, era alguém especial, quer seja por suas palavras e ações, quer seja pelo poder e autoridade que emanavam dele.
Jesus conta para ele uma parábola de dois devedores, sendo que um devia pouco, mas o outro muita coisa. A pergunta era simples, quem iria amar mais diante de um perdão da dívida? Obviamente aquele que devia mais.
Assim, Jesus explicou a ele a atitude daquela mulher e a sua reação pacífica e amorosa diante dela. Foi a fé que lhe trouxe o perdão (vs. 50), e não o amor; porém, o amor demonstrou que ela havia sido perdoada.
Novamente, Jesus faz uma declaração autoritativa de perdão de pecados, um ato que gerou muitos comentários. Porém, sua preocupação era com a mulher que saiu dali curada, sarada e edificada, suas palavras finais a ela foram que a fé dela a tinha salvado, por isso podia ir em paz.
Lc 7:1 Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo,
entrou em Cafarnaum.
Lc 7:2 E o servo de um centurião,
a quem este muito estimava,
estava doente, quase à morte.
Lc 7:3 Tendo ouvido falar a respeito de Jesus,
enviou-lhe alguns anciãos dos judeus,
pedindo-lhe que viesse curar o seu servo.
Lc 7:4 Estes, chegando-se a Jesus,
com instância lhe suplicaram, dizendo:
Ele é digno de que lhe faças isto;
Lc 7:5 porque é amigo do nosso povo,
e ele mesmo nos edificou a sinagoga.
Lc 7:6 Então, Jesus foi com eles.
E, já perto da casa,
o centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer:
Senhor, não te incomodes, porque não sou digno
de que entres em minha casa.
Lc 7:7 Por isso,
eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo;
porém manda com uma palavra,
e o meu rapaz será curado.
Lc 7:8 Porque também eu sou homem
sujeito à autoridade,
e tenho soldados às minhas ordens,
e digo a este: vai, e ele vai;
e a outro: vem, e ele vem;
e ao meu servo: faze isto,
e ele o faz.
Lc 7:9 Ouvidas estas palavras,
admirou-se Jesus dele
e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse:
Afirmo-vos que nem mesmo em Israel
achei fé como esta.
Lc 7:10 E, voltando para casa os que foram enviados,
encontraram curado o servo.
Lc 7:11 Em dia subseqüente,
dirigia-se Jesus a uma cidade chamada Naim,
e iam com ele os seus discípulos e numerosa multidão.
Lc 7:12 Como se aproximasse da porta da cidade,
eis que saía o enterro do filho único de uma viúva;
e grande multidão da cidade ia com ela.
Lc 7:13 Vendo-a,
o Senhor se compadeceu dela e lhe disse:
Não chores!
Lc 7:14 Chegando-se, tocou o esquife
e, parando os que o conduziam, disse:
Jovem, eu te mando:
levanta-te!
Lc 7:15 Sentou-se o que estivera morto
e passou a falar;
e Jesus o restituiu a sua mãe.
Lc 7:16 Todos ficaram possuídos de temor
e glorificavam a Deus, dizendo:
Grande profeta se levantou entre nós; e:
Deus visitou o seu povo.
Lc 7:17 Esta notícia a respeito dele
divulgou-se por toda a Judéia
e por toda a circunvizinhança.
Lc 7:18 Todas estas coisas foram referidas
a João pelos seus discípulos.
E João, chamando dois deles,
Lc 7:19 enviou-os ao Senhor para perguntar:
És tu aquele que estava para vir
ou havemos de esperar outro?
Lc 7:20 Quando os homens chegaram junto dele, disseram:
João Batista enviou-nos para te perguntar:
És tu aquele que estava para vir
ou esperaremos outro?
Lc 7:21 Naquela mesma hora,
curou Jesus muitos
de moléstias,
e de flagelos,
e de espíritos malignos;
e deu vista a muitos cegos.
Lc 7:22 Então, Jesus lhes respondeu:
Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes:
os cegos vêem,
os coxos andam,
os leprosos são purificados,
os surdos ouvem,
os mortos são ressuscitados,
e aos pobres,
anuncia-se-lhes o evangelho.
Lc 7:23 E bem-aventurado é
aquele que não achar em mim
motivo de tropeço.
Lc 7:24 Tendo-se retirado os mensageiros,
passou Jesus a dizer ao povo a respeito de João:
Que saístes a ver no deserto?
Um caniço agitado pelo vento?
Lc 7:25 Que saístes a ver?
Um homem vestido de roupas finas?
Os que se vestem bem e vivem no luxo
assistem nos palácios dos reis.
Lc 7:26 Sim, que saístes a ver?
Um profeta?
Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta.
Lc 7:27 Este é aquele de quem está escrito:
Eis aí envio diante da tua face
o meu mensageiro,
o qual preparará o teu caminho
diante de ti.
Lc 7:28 E eu vos digo:
entre os nascidos de mulher,
ninguém é maior do que João;
mas o menor no reino de Deus
é maior do que ele.
Lc 7:29 Todo o povo que o ouviu
e até os publicanos reconheceram a justiça de Deus,
tendo sido batizados com o batismo de João;
Lc 7:30 mas os fariseus e os intérpretes da Lei
rejeitaram,
quanto a si mesmos, o desígnio de Deus,
não tendo sido batizados por ele.
Lc 7:31 A que, pois,
compararei os homens da presente geração,
e a que são eles semelhantes?
Lc 7:32 São semelhantes a meninos
que, sentados na praça,
gritam uns para os outros:
Nós vos tocamos flauta,
e não dançastes;
entoamos lamentações,
e não chorastes.
Lc 7:33 Pois veio João Batista,
não comendo pão,
nem bebendo vinho, e dizeis:
Tem demônio!
Lc 7:34 Veio o Filho do Homem,
comendo e bebendo, e dizeis:
Eis aí um glutão
e bebedor de vinho,
amigo de publicanos e pecadores!
Lc 7:35 Mas a sabedoria é justificada
por todos os seus filhos.
Lc 7:36 Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele.
Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa.
Lc 7:37 E eis que uma mulher da cidade,
pecadora,
sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu,
levou um vaso de alabastro com ungüento;
Lc 7:38 e, estando por detrás, aos seus pés,
chorando, regava-os com suas lágrimas
e os enxugava com os próprios cabelos;
e beijava-lhe os pés
e os ungia com o ungüento.
Lc 7:39 Ao ver isto,
o fariseu que o convidara disse consigo mesmo:
Se este fora profeta,
bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou,
porque é pecadora.
Lc 7:40 Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse:
Simão, uma coisa tenho a dizer-te.
Ele respondeu:   
Dize-a, Mestre.
Lc 7:41 Certo credor tinha dois devedores:
um lhe devia quinhentos denários,
e o outro, cinqüenta.
Lc 7:42 Não tendo nenhum dos dois com que pagar,
perdoou-lhes a ambos.
Qual deles, portanto,
o amará mais?
Lc 7:43 Respondeu-lhe Simão:
Suponho que aquele a quem mais perdoou.
Replicou-lhe:
Julgaste bem.
Lc 7:44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão:
Vês esta mulher?
Entrei em tua casa,
e não me deste água para os pés;
esta, porém,
regou os meus pés com lágrimas
e os enxugou com os seus cabelos.
Lc 7:45 Não me deste ósculo;
ela, entretanto,
desde que entrei não cessa de me beijar os pés.
Lc 7:46 Não me ungiste a cabeça com óleo,
mas esta, com bálsamo,
ungiu os meus pés.
Lc 7:47 Por isso, te digo:
perdoados lhe são os seus muitos pecados,
porque ela muito amou;
mas aquele a quem pouco se perdoa,
pouco ama.
Lc 7:48 Então, disse à mulher:
Perdoados são os teus pecados.
Lc 7:49 Os que estavam com ele à mesa
começaram a dizer entre si:
Quem é este que até perdoa pecados?
Lc 7:50 Mas Jesus disse à mulher:
A tua fé te salvou;
vai-te em paz
Uma mulher pecadora na casa do fariseu Simeão sendo usada por Jesus para ensinar sobre o perdão, o amor e um relacionamento autêntico. Ai de nós quando nossa religiosidade se torna maior do que o amor.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
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