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terça-feira, 30 de junho de 2015

Miquéias 1 1-16 – UM PROFETA ESTRANGEIRO ANUNCIANDO A PALAVRA DE DEUS.

Sobre o livro de Miquéias.
Em nosso pequeno e humilde estudo, estaremos agora segmentando e refletindo no livro de Miquéias, um dos chamados profetas menores.
Estamos nos apoiando no texto da BEG, inclusive em seus comentários. Caso desejarem maior aprofundamento, recomendamos ver essa introdução na própria BEG e em outras fontes recomendadas.
Autor:
·           O profeta Miqueias.
·           Ele era estrangeiro, natural de Moresete (1.1,14.
·           Ministrou na mesma época de Isaías.
·           Teve um ministério influente durante um período decisivo da história de Judá.
Propósitos:
·           Levar Judá ao arrependimento.
·           Trazer a esperança durante a crise assíria.
·           Preparar Judá para o exílio babilônio.
·           Anunciar os julgamentos de Deus contra o pecado.
·           Pregar promessas de restauração.
Verdades fundamentais – conforme a BEG:
·           Deus ameaçou julgar Samaria e Judá pelas suas violações evidentes da aliança.
·           Deus conclamou o seu povo a se arrepender de seus pecados para evitar ou atrasar o julgamento.
·           Deus confirmou as promessas de restaurar o seu povo da derrota e do exílio.
·           Deus prometeu abençoar o seu povo restaurado com vitória, expansão e paz.
Contextualização:
Data: entre 742 e 686 a.C.
Miqueias pregou durante os reinados de:
·           Jotão (742-735 a.C.).
·           Acaz (735-715 a.C.).
·           Ezequias (715-686 a.C.).
Durante esse período, um contraste chocante se desenvolveu entre os extremamente ricos e os pobres oprimidos devido à exploração da classe média de Israel (2.8-9) pelos proprietários de terra gananciosos (2 1-5) que tinham o apoio dos políticos corruptos e dos líderes religiosos de Israel (cap. 3).
Devido a essa liderança falha, toda a nação se tornou moralmente corrupta (6.9-16; 7.1-7).
Deus usou a Assíria como a sua vara do julgamento contra o seu povo pecador (Is 10.5-11).
Como Miqueias havia previsto (1.2-7), os assírios destruíram Samaria em 722 a.C. (2Rs 17.1-6). Judá sentiu toda a força do castigo divino quando o rei assírio Senaqueribe (705-681 a C.) marchou através das montanhas ao oeste de Judá até o portão de Jerusalém, como Miqueias também havia previsto (1.8-16).
Quando a cidade estava sitiada, Ezequias finalmente se arrependeu, e o Senhor fez o exército da Assíria retroceder (Jr 26.18-19).
Propósito e características
·           Em Miqueias temos dezenove profecias organizadas em três ciclos (caps. 1-2; 3-5, 6-7).
·           Em cada ciclo começa-se com profecias de julgamento e termina com uma profecia (ou profecias) de salvação.
ü  Durante esses julgamentos, assim como no futuro, um remanescente perdoado resistiria por causa da misericórdia de Deus, pois Deus havia prometido em juramento ser fiel aos patriarcas (7.18-20).
ü  Nos oráculos de salvação, Miqueias previu que a salvação de Jerusalém durante a invasão de Senaqueribe (701 a.C.) dependeria somente da misericórdia de Deus em relação a um remanescente (2.13).
·           Cada um dos ciclos começa com a mesma palavra hebraica traduzida como "ouvi" (1.2; 3.1; 6.1).
ü  No segundo ciclo há três oráculos de julgamento (cap. 3) e sete oráculos de salvação (caps. 4-5).
·           Miqueias usou trocadilhos inteligentes e citou seus adversários, os quais tentaram silenciá-lo (2.6-7).
·           Ele também previu que Deus libertaria o seu povo do cativeiro babilônio (4.9-10).
ü  Como resultado disso, o povo da aliança deveria andar no nome do Senhor (4.5) e depender da graça soberana de Deus (5.9), não dos trabalhos de suas próprias mãos (5.10-15).
Cristo em Miqueias – conforme a BEG:
O livro de Miqueias revela Cristo em pelo menos duas maneiras.
1.        Em primeiro lugar, Miqueias faz várias previsões de julgamento e libertação que tratavam diretamente da decisão divina quanto ao ataque devastador do rei assírio Senaqueribe à Judá e à salvação de Jerusalém. Ele também previu que os babilônios conquistariam Judá.
ü  Como atos principais de julgamento divino e salvação, essas previsões e suas realizações são sombras ou tipos que anteciparam o julgamento e a salvação finais que vêm em Cristo.
2.        Em segundo lugar, as previsões dos julgamentos e das bênçãos que aconteceriam na restauração do povo de Deus após o cativeiro babilônio falam mais diretamente de Cristo.
De acordo com o Novo Testamento:
·      Jesus inaugurou esses acontecimentos em seu ministério terreno.
·      Dá continuidade a eles hoje por meio da igreja.
·      Completará quando retornar.
Miqueias falou desses acontecimentos como "últimos dias" (4.1; Hb 7) e "naquele dia" (2.4; 4.6; 5.10; 7.12); ou seja, "o dia do SENHOR", o qual o Novo Testamento liga com a obra de Cristo. (2Ts 2 1-2, 2Pe 3.10).
Talvez a previsão mais direta de Cristo em Miqueias seja encontrada em 5.1-6 (Mt 2.6), em que Deus:
·      Prometeu que a casa de Davi se levantaria após o exílio.
·      Derrotaria os inimigos de Judá.
·      Governaria o mundo todo.
·      Traria paz para o povo de Deus.
Esboço do livro de Miquéias.
Conforme a BEG, que estamos seguindo, usaremos a mesma divisão proposta do texto bíblico de Miquéias, ou seja, dividiremos o livro em 4 partes:
I. SOBRESCRITO (1.1)
II. JULGAMENTO E LIBERTAÇÃO NA CRISE ASSÍRIA (1.2-2.13)
III. O JULGAMENTO DOS LÍDERES E A RESTAURAÇÃO FUTURA (3.1-5.15)
IV. O JULGAMENTO DA NAÇÃO E A RESTAURAÇÃO FUTURA (6.1-7.20)
I. SOBRESCRITO (1.1).
Miqueias é apresentado como um profeta que falava com autoridade dada pelo Senhor. Aqui, Miqueias e suas circunstâncias históricas são identificados.
A Palavra do SENHOR veio a ele nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, no qual ele viu (uma revelação sobrenatural para a visão ou audição interior do profeta) que era sobre Samaria e Jerusalém.
O ministério profético de Miqueias é validado num sobrescrito em vez de numa narrativa de chamado (3.8; cf. Is 6).
II. JULGAMENTO E LIBERTAÇÃO NA CRISE ASSÍRIA (1.2-2.13).
Até o capítulo 2, veremos o julgamento e a libertação na crise assíria. Deus anunciou julgar os reinos do norte e do sul por meio das invasões assírias, mas um remanescente seria mantido seguro em Jerusalém.
Miqueias previu que Deus castigaria o Reino do Norte (Israel) e o Reino do Sul (Judá) por meio dos assírios devido aos pecados do povo. Ele também anunciou a intenção de Deus de poupar Jerusalém.
Esses capítulos se dividem em cinco partes: o julgamento de Samaria (1.2-7), o julgamento de Judá (1.8-16), o julgamento dos proprietários de terra (2.1-5), o julgamento dos falsos profetas (2.6-11) e a libertação para os remanescentes reunidos em Jerusalém (2.12-13). Que formarão a seguinte estrutura, conforme a BEG: A. A decisão divina quanto à queda de Samaria (1.2-7) – veremos agora; B. Lamento sobre a derrota de Judá (1.8-16) – veremos agora; C. O julgamento dos proprietários de terra gananciosos (2.1-5); D. Os julgamento contra os falsos profetas (2.6-11); e, E A salvação de um remanescente em Sião (2.12-13).
A palavra do Senhor veio a Miquéias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém.
A. A decisão divina quanto à queda de Samaria (1.2-7).
Dos versos 2 ao 7, veremos a decisão divina quanto à queda de Samaria. Embora Miqueias tenha mencionado Judá (vs. 5), o seu primeiro oráculo diz respeito ao julgamento assírio na Samaria, a capital de Israel.
Esse oráculo tem quatro partes:
(1)   A convocação das nações para o julgamento (vs. 2).
(2)   Uma visão da chegada de Deus na batalha (vs. 3-4).
(3)   Uma acusação contra as capitais de Israel (vs. 5).
(4)   A sentença divina para destruir Samaria (vs. 6-7).
Vejamos cada uma delas, a seguir.
(1)   A convocação das nações para o julgamento (vs. 2).
O profeta começa alertando todos os povos e mandando a terra toda prestar atenção em suas palavras. O julgamento de Samaria que estava por vir deveria ser percebido por todas as nações da terra. Um dia Deus julgará a idolatria e os crimes sociais em todas as nações.
(2) Uma visão da chegada de Deus na batalha (vs. 3-4).
O profeta compreendeu que Deus estava marchando perante os exércitos assírios. A linguagem de revolta cósmica descreve a severidade do ataque assírio contra Israel, Judá e as outras nações no caminho da marcha assíria.
O Senhor sairá de seu lugar, de sua habitação nos céus e descerá e andará sobre as alturas da terra, ou seja, sobre os templos e sobre os palácios pagãos que estavam localizados em lugares altos. Ali era onde estavam sendo adorados outros deuses que não são deuses, mas deuses feitos e criados à imagem e à semelhança dos homens e não o contrário, como o Senhor tudo fez.
Abaixo dele – vs. 4 - os montes se derreterão e os vales se fenderão como a cera diante do fogo e como as águas que se precipitam num abismo. A linguagem simbólica para descrever a instabilidade do cosmos é típica das profecias relacionadas a acontecimentos de importância nacional (cf. Na 1.5).
Aqui, o que está mais diretamente em vista é a destruição de Samaria (vs. 6-7), embora a ameaça inclua também o julgamento contra Judá (vs. 5).
Essas palavras ligam a visão simbólica com a queda histórica de Samaria (vs. 6-7).
(3)   Uma acusação contra as capitais de Israel (vs. 5).
Jacó designa o Reino do Norte, como indica a associação com Samaria. Israel designa Judá, o Reino do Sul, como indicado pela associação com Jerusalém.
Conforme a BEG, Samaria e Jerusalém foram acusadas de serem os centros da rebelião contra o Senhor. Designar Jerusalém como "os altos de Judá" significava identificá-la como um centro de adoração pagã por causa da idolatria que havia nela.
Israel e Judá tinham se esquecido de seu Deus e passaram a seguir outros deuses, conforme haviam nas nações vizinhas que deveriam ter sido subjugadas e não imitadas como estavam fazendo.
(4) A sentença divina para destruir Samaria (vs. 6-7).
O próprio Senhor transmitiu a sentença. Faria de Samaria um montão de pedras do campo, uma terra de plantar vinhas, e faria rolar as suas pedras no vale, e descobriria os seus fundamentos.
Também destruiria suas imagens de escultura e queimaria as suas ofertas no fogo. As imagens de adoração pagã no Reino do Norte tinham vindo dos salários da prostituição religiosa. A riqueza reunida pela prostituição religiosa seria tomada pelo exército assírio e novamente usada para a prostituição.
B. Lamento sobre a derrota de Judá (1.8-16).
Dos versos 8 ao 16, um lamento sobre a derrota de Judá. Em seguida, Miqueias voltou-se para o ataque assírio contra Judá, o qual ele já havia sugerido em seu oráculo anterior (vs. 5).
Ele fez isso na forma de um lamento sobre vários locais em Judá que cairiam perante a Assíria. O lamento tem três partes:
·           Uma introdução que declara a decisão de Miqueias de lamentar o exílio de Judá (vs. 8-9),
·           Uma parte principal que prevê a queda e o exílio de Judá (vs. 10-15), mediante uma série de trocadilhos com os nomes das fortalezas de Judá
           Bete-Ofra significa casa do pó.
           Safir significa agradável.
           Zaanã soa como a palavra hebraica que significa sair.
           Marote significa amargura.
           Laquis soa como a palavra hebraica que significa parelha.
           Aczibe significa fraude.
           Maressa soa como a palavra hebraica que significa conquistar.
·           Uma conclusão que chama a casa de Davi para se juntar aos rituais de lamentação, pois ela também iria para o exílio (vs. 16).
Um lamento pelo exílio de Judá (vs. 8-9).
O lamentar, gemer e andar despojado e nu – vs. 8 - era um ato simbólico que prenunciava o cativeiro (Is 20.2-4).
A lamentação como de chacais, o pranto como de avestruzes, a chaga incurável que chegou até Judá e estendeu-se à porta do povo de Deus, até Jerusalém era devido a Senaqueribe que chegou até a porta de Jerusalém, mas não tomou a cidade (veja o vs. 12).
A queda e o exílio de Judá (vs. 10-15).
O profeta fala para não contar isso em Gate, nem chorar.
Esse chamado liga o lamento de Miquéias sobre a queda da casa de Davi com o lamento de Davi sobre a queda da casa de Saul em circunstâncias semelhantes (2Sm 1.20), onde Gate representa os filisteus (inimigos de Judá). Aqui, a proibição foi determinada para evitar que os inimigos se alegrassem com a queda de Judá.
Bete-Ofra significa casa do pó. Os habitantes de Bete-Ofra (Casa de Poeira) deveriam revolverem-se no pó, ou seja, essa era uma expressão vívida do sofrimento por causa de uma derrota humilhante (Jr 6.26).
Os que moravam em Safir que significa agradável teriam de enfrentar a vergonha de terem de sair nus.
Zaanã soa como a palavra hebraica que significa sair. No entanto, eles não podiam sair - "Não pode sair" -, tinham de se esconderem covardemente atrás de seus muros ao invés de enfrentar corajosamente a batalha. Já Bete-Ezel estaria em prantos, pois dela seria tirada a proteção de Judá, pois seria anexada pelo conquistador.
Marote significa amargura. A "cidade amarga" ironicamente esperava por doce alívio de Jerusalém durante o ataque assírio.
Laquis soa como a palavra hebraica que significa parelha. Eles deveriam atrelar aos carros as parelhas de cavalos ou corcéis. A palavra hebraica significa literalmente "cavalos ligeiros", o que produziu a tradução irônica "Ata os corcéis ao carro". Isso foi o início do pecado da cidade (ou filha de Sião, Jerusalém). Como principal fortaleza de Judá, Laquis introduziu o pecado da crença na força humana em detrimento da crença na proteção divina (5.10).
Seria por isso que dariam presentes de despedida a Moresete-Gate - Como em 2Rs 16.8, uma metáfora do odiado tributo pago à Assíria. Jerusalém daria Moresete-Gate para a Assíria.
Aczibe significa fraude. A cidade, ou as casas, ou "oficinas" (veja 1Cr 4.21-23) de Aczibe se revelaria enganosa aos reis de Israel. O rei perdia rendimentos para o inimigo ao pagar tributos (vs. 14a), bem como ao perder suas oficinas para o inimigo (vs. 14b).
Maressa soa como a palavra hebraica que significa conquistar. Deus iria trazer um conquistador contra eles que vivia em Maressa e a glória de Israel, ou os "nobres" (veja Is 5.13, onde a mesma expressão hebraica é assim traduzida) iria para Adulão.
Como Davi havia fugido para Adulão em exílio, assim também fariam seus sucessores em circunstâncias semelhantes (2Sm 22.1; 23.13). O lamento começa e termina com uma alusão a Davi (vs. 10).
»MIQUÉIAS [1]
Mq 1:1 A palavra do Senhor que veio a Miquéias,
morastita,
nos dias de Jotão Acaz e Ezequias reis de Judá
a qual ele viu sobre Samária e Jerusalém.
Mq 1:2 Ouvi, todos os povos;
presta atenção, ó terra,
e tudo o que nela há;
e seja testemunha contra vós o Senhor Deus,
o Senhor desde o seu santo templo.
Mq 1:3 Porque eis que o Senhor está a sair do seu lugar,
e descerá,
e andará sobre as alturas da terra.
Mq 1:4 Os montes debaixo dele se derreterão,
e os vales se fenderão,
como a cera diante do fogo,
como as águas que se precipitam por um declive.
Mq 1:5 Sucede tudo isso por causa da transgressão de Jacó,
e por causa dos pecados da casa de Israel.
Qual é a transgressão de Jacó?
não é Samária?
e quais os altos de Judá?
não é Jerusalém?
Mq 1:6 Por isso farei de Samária
um montão de pedras do campo,
uma terra de plantar vinhas;
e farei rebolar as suas pedras para o vale,
e descobrirei os seus fundamentos.
Mq 1:7 Todas as suas imagens esculpidas serão despedaçadas,
todos os seus salários serão queimados pelo fogo,
e de todos os seus ídolos farei uma assolação;
porque pelo salário de prostituta os ajuntou,
e em salário de prostituta se tornarão.
Mq 1:8 Por isso lamentarei e uivarei,
andarei despojado e nu farei lamentação como de chacais,
e pranto como de avestruzes.
Mq 1:9 Pois as suas feridas são incuráveis,
e o mal chegou até Judá;
estendeu-se até a porta do meu povo, até Jerusalém.
Mq 1:10 Não o anuncieis em Gate,
em Aco não choreis;
em Bete-Le-Afra revolvei-vos no pó.
Mq 1:11 Passa, ó moradora de Safir,
em vergonhosa nudez;
a moradora de Zaanã não saiu;
o pranto de Bete-Ezel tomará de vós a sua morada.
Mq 1:12 Pois a moradora de Marote espera ansiosamente pelo bem;
porque desceu do Senhor o mal até a porta de Jerusalém.
Mq 1:13 Ata ao carro o cavalo ligeiro,
ó moradora de Laquis;
esta foi o princípio do pecado para a filha de Sião;
pois em ti se acharam as transgressões de Israel.
Mq 1:14 Por isso darás a Moresete-Gate presentes de despedida;
as casas de Aczibe se tornarão em engano
para os reis de Israel.
Mq 1:15 Ainda trarei a ti,
o moradora de Maressa,
aquele que te possuirá; chegará
até Adulão a glória de Israel.
Mq 1:16 Faze-te calva e tosquia-te
por causa dos filhos das tuas delícias;
alarga a tua calva como a águia,
porque de ti serão levados para o cativeiro.
A casa de Davi no exílio (vs. 16).
Finalmente, no verso 16, não restaria mais nada a se fazer senão lamentarem-se e chorarem o exílio, por isso que ele diz para fazer a calva, e tosquiar-se, por causa dos filhos das suas delícias e para alargar a calva como a águia, porque eles foram levados cativos.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete 
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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Jonas 4 1-11 - A PACIÊNCIA E O AMOR DE DEUS PARA COM JONAS.

O livro de Jonas divide-se em duas seções claras, cada uma delas introduzida pela frase: "Veio a palavra do SENHOR a Jonas" (1.1; 3.1).
Estamos concluindo a segunda parte e o pequeno, mas interessante livro de Jonas, onde Deus respondeu favoravelmente à obediência do profeta ao seu chamado para Nínive. Deus afirmou que era apropriado buscar o arrependimento e o perdão dos ninivitas.
II. A OBEDIÊNCIA DE JONAS E A REAÇÃO DE DEUS (3.1-4.11) - continuação.
Estamos vendo, como já dissemos, até o final deste capítulo, a obediência de Jonas e a reação de Deus.
Assim, dividimos essa parte em três seções: A. Jonas obedece ao chamado de Deus (3.1-4) – já vista; B. Os ninivitas se arrependem e Deus responde com compaixão (3.5-10) – já vista; e, C. A oração de Jonas e a resposta de Deus (4.1-11) – veremos e concluiremos agora.
Recapitulando, Deus respondeu favoravelmente à obediência de Jonas ao seu chamado para Nínive. Deus afirmou que era apropriado buscar o arrependimento e o perdão dos ninivitas.
C. A oração de Jonas e a resposta de Deus (4.1-11).
Veremos até o final do capítulo a oração de Jonas e a resposta de Deus. Depois de ter observado o arrependimento entre os ninivitas, Jonas ficou irado; ele então orou e recebeu uma resposta de Deus. Nós não ficamos a par da resposta que Jonas recebeu a essa instrução.
1. Jonas ora com raiva e Deus responde (4.1-4).
Até o verso 4, veremos que Jonas orou com raiva e Deus respondeu. Jonas expressou a sua ira porque o Senhor poupou Nínive - a inimiga de Israel - ao invés de julgá-la.
Diz a palavra que por causa do acontecido, principalmente por causa de seu desconforto, é que se desgostou Jonas extremamente e ficou irado. Obviamente que existe também a questão do resultado do arrependimento da cidade, interpretado pela BEG como a maior causa.
Conforme a BEG, o maior medo de Jonas era que o Senhor concedesse o perdão ao inimigo mais odiado de Israel. Então ele ficou furioso com a resposta da cidade. No hebraico, a emoção dele é expressa na linguagem mais forte possível.
Jonas explica em oração a razão por que tinha fugido para Tarsis e evitado profetizar em nome do Senhor à grande cidade de Nínive – vs. 2. Ele entendia e sabia que Deus era clemente, e misericordioso e que se arrependia do mal.
Apesar de sua rude desobediência e sua mentalidade estreita, Jonas compreendia o caráter de Deus. As palavras do texto incluem a frase "que te arrependes do mal", indicando que o profeta compreendia o caráter de Deus a partir de Ex 34.6-7.
Somente aqui e em JI 2.13 a referência ao arrependimento divino conclui a fórmula (3.9) - uma inclusão apropriada para o contexto do arrependimento de Nínive e subsequente libertação.
Em virtude da oração infantil de Jonas, Deus ainda o responde perguntado a ele se seria razoável aquele seu comportamento. Ao perguntar qual era a base moral para que o profeta ficasse irado com a demonstração de misericórdia a Nínive, Deus desafiou a assertividade de Jonas.
2. Jonas recebe explicações adicionais de Deus (4.5-11).
Dos versos de 5 a 11, Jonas recebe explicações adicionais de Deus. Depois de desafiar o direito de Jonas de ficar irado, Deus forneceu ao profeta uma experiência que ilustrou dramaticamente por que Nínive havia recebido demonstração de misericórdia.
Depois de pregar, Jonas saiu e ali fez um abrigo para si num lugar a leste da cidade. Jonas não se comoveu pela breve resposta de Deus (vs. 4). Conquanto ainda estivesse grato pela sua própria libertação da morte, ele se recusava a aceitar a libertação dos ninivitas.
Agarrando-se à esperança de que o Senhor executaria o julgamento, ele saiu da cidade para procurar um lugar de onde pudesse ver fogo e enxofre caírem. Para se proteger do sol, ele construiu um pequeno abrigo ou tenda.
Aquele abrigo não tinha sido suficiente para dar a ele conforto em meio ao sol escaldante e assim – vs. 6 - fez o SENHOR Deus nascer uma planta a fim de livrá-lo do seu desconforto. Jonas ficou muito alegre com aquela plantinha e com o cuidado de Deus para com ele.
Aparentemente, o abrigo de Jonas não era adequado para protegê-lo do sol, um problema sério no antigo Oriente Próximo. Assim como o Senhor havia provido o peixe para resgatar Jonas, novamente ele cuidou do profeta sitiado. Ele proveu uma planta de crescimento rápido, cujas folhas fariam sombra. De que tipo de vegetação se tratava é incerto.
Enquanto Jonas esperava, na madrugada, Deus enviou um verme, uma lagarta que atacando a planta, ela secou-se completamente. Também, ao nascer do sol, Deus soprou um vento oriental muito quente e o sol começou a fritar a cabeça de Jonas, levando-o a um desconforto total.
Novamente Jonas estava sendo o destinatário indigno da misericórdia de Deus. Pois a mesma mão que proveu o peixe e a sombra da planta também enviou um verme para matar a planta e um vento calmoso oriental para atormentar Jonas. Jonas quase chegou a desmaiar de tão terrível que era sua situação e ele desejou a morte e falou ao Senhor que para ele seria melhor morrer do que viver.
Como antes (vs. 4), o Senhor questionou o direito de Jonas de ficar irado e reclamar. O profeta insistiu que a sua ira era verdadeiramente legítima (vs. 9).
No entanto o Senhor mostrou a Jonas a sua insensatez. Ele estava tendo compaixão de uma plantinha, mas não tinha de uma cidade inteira. O verbo hebraico relacionado ao “ter compaixão” sugere cuidado e compaixão. Jonas tinha pena da planta, mas ainda assim não mostrava nenhuma compaixão por aqueles para quem ele havia sido chamado a pregar.
»JONAS [4]
Jn 4:1 Mas isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado.
Jn 4:2 E orou ao Senhor, e disse:
Ah! Senhor! não foi isso o que eu disse,
estando ainda na minha terra?
Por isso é que me apressei a fugir para Társis,
pois eu sabia que és Deus compassivo
e misericordioso, longânimo
e grande em benignidade,
e que te arrependes do mal.
Jn 4:3 Agora, ó Senhor,
tira-me a vida, pois melhor me é morrer do que viver.
Jn 4:4 Respondeu o senhor:
É razoável essa tua ira?
Jn 4:5 Então Jonas saiu da cidade, e sentou-se ao oriente dela;
e ali fez para si uma barraca, e se sentou debaixo dela,
à sombra, até ver o que aconteceria à cidade.
Jn 4:6 E fez o Senhor Deus nascer uma aboboreira,
e fê-la crescer por cima de Jonas,
para que lhe fizesse sombra sobre a cabeça,
a fim de o livrar do seu enfado;
de modo que Jonas se alegrou em extremo
por causa da aboboreira.
Jn 4:7 Mas Deus enviou um bicho, no dia seguinte ao subir da alva,
o qual feriu a aboboreira, de sorte que esta se secou.
Jn 4:8 E aconteceu que, aparecendo o sol,
Deus mandou um vento calmoso oriental;
e o sol bateu na cabeça de Jonas,
de maneira que ele desmaiou,
e desejou com toda a sua alma morrer, dizendo:
Melhor me é morrer do que viver.
Jn 4:9 Então perguntou Deus a Jonas:
É razoável essa tua ira por causa da aboboreira?
Respondeu ele:
É justo que eu me enfade a ponto de desejar a morte.
Jn 4:10 Disse, pois, o Senhor:
Tens compaixão da aboboreira,
na qual não trabalhaste,
nem a fizeste crescer;
que numa noite nasceu, e numa noite pereceu.
Jn 4:11 E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive
em que há mais de cento e vinte mil pessoas
que não sabem discernir entre a sua mão direita
e a esquerda, e também muito gado?
Deus descreveu a grandeza de Nínive para explicar por que ele estava inclinado a ter misericórdia da cidade. Não era riqueza ou glória dela que o moviam. Ele listou duas coisas:
1.      Primeiro, havia "mais de" cento e vinte mil pessoas que não sabiam discernir entre a mão direita e a mão esquerda.
Em outras palavras, havia muitas crianças na cidade que mereciam consideração especial devido a sua capacidade moral limitada (Dt 1.39; Is 7.15-16).
2.      Segundo, havia "também muitos animais". Deus, que não tem nenhum prazer na morte dos malvados (Ez 18.21-23; 33.11), também tem grande alegria nos animais que ele criou.
A resposta esperada para essa questão “Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?” é, "Sim, o Senhor deveria ter compaixão por essas razões, e o seu povo deveria ter prazer em ver a misericórdia de Deus estendida aos gentios".
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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domingo, 28 de junho de 2015

Jonas 3 1-11 - A EFICÁCIA DA PREGAÇÃO DE JONAS.

O livro de Jonas divide-se em duas seções claras, cada uma delas introduzida pela frase: "Veio a palavra do SENHOR a Jonas" (1.1; 3.1).
Estamos dando início à segunda parte onde Deus respondeu favoravelmente à obediência de Jonas ao seu chamado para Nínive. Deus afirmou que era apropriado buscar o arrependimento e o perdão dos ninivitas.
II. A OBEDIÊNCIA DE JONAS E A REAÇÃO DE DEUS (3.1-4.11).
Veremos, doravante, até 4.11, a obediência de Jonas e a reação de Deus.
Nessa seção do livro, o Senhor comissionou Jonas pela segunda vez, mas dessa vez o profeta obedeceu. Esses versículos são divididos em três seções: Jonas pregou a mensagem como ordenado (3.1-4), os ninivitas se arrependeram e receberam a misericórdia divina (3.5-10) e Jonas orou com raiva e recebeu a resposta de Deus (4.1-11).
Essas três seções formarão as divisões propostas para estudarmos esta segunda parte de nossa divisão, seguindo a BEG. A. Jonas obedece ao chamado de Deus (3.1-4) – veremos agora; B. Os ninivitas se arrependem e Deus responde com compaixão (3.5-10) – veremos agora; e, C. A oração de Jonas e a resposta de Deus (4.1-11).
Recapitulando, Deus respondeu favoravelmente à obediência de Jonas ao seu chamado para Nínive. Deus afirmou que era apropriado buscar o arrependimento e o perdão dos ninivitas.
A. Jonas obedece ao chamado de Deus (3.1-4).
Dessa vez Jonas obedeceu à incumbência renovada do Senhor. O texto não indica que ele foi mais receptivo à possibilidade do arrependimento ninivita, mas apenas que ele obedeceu às instruções de Deus.
A experiência de quase morte e as desventuras decorrentes da não obediência levaram Jonas a refletir um pouco mais e atender, finalmente ao seu chamado.
Semelhantemente à primeira vez, novamente, veio a ele a palavra do Senhor falando para ele se levantar e se dirigir à grande Nínive e lá pregar a palavra de Deus aos ninivitas.
Jonas, obedecendo, levantou-se e se dirigiu a Nínive. O narrador então fala de Nínive como se falasse dela no passado “Nínive era”. Algumas pessoas sugeriram que o uso do tempo passado ("era") indica que a cidade não mais existia no momento em que o texto foi escrito.
Conforme a BEG, dada a destruição da cidade em 612 a.C. pelas mãos dos medos e dos babilônios, essa interpretação dataria a narrativa em algum momento após os últimos anos do século 7 a.C. O tempo passado, no entanto, não necessariamente impede uma cronologia do século 8. Ele pode ser entendido como um indicativo da situação da cidade quando o profeta chegou.
O fato era que a cidade era grande e Jonas começou a pregar a palavra de Deus percorrendo a cidade que levava três dias de caminhada e ia dizendo: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida”.
Embora apresentem algumas dificuldades para a tradução e compreensão, essas duas fórmulas descritivas “grande” e “três dias de caminhada” enfatizam a importância e o tamanho de Nínive. Muitos comentaristas entendem que essas expressões se referem exclusivamente ao tamanho físico de Nínive (ou seja, "cidade vasta... três dias para percorrê-la").
Explorações arqueológicas mostraram que a cidade tinha entre 10 e 12 km de circunferência, com uma população estimada em cento e vinte mil pessoas.
Alternativamente, a primeira fórmula poderia ser traduzida como "uma cidade muito importante" em referência a tamanho. Ou, mais literalmente, poderia ser traduzida como "uma cidade importante para Deus".
A última frase se encaixa melhor no contexto. A segunda expressão (literalmente, "jornada de três dias") poderia indicar o tempo necessário para assimilar todas as características da cidade.
B. Os ninivitas se arrependem e Deus responde com compaixão (3.5-10).
Jonas foi um profeta bem sucedido porque pregou a simples palavra de Deus e nada acrescentou de si mesmo. A sua palavra pregada foi capaz de gerar nos corações a fé necessária para a obediência.
Dos versos de 5 a 10, veremos que os ninivitas se arrependem e Deus responde com compaixão. A pregação de Jonas trouxe dramático arrependimento, o qual evocou a misericórdia de Deus em relação à Nínive.
Que pregação excelente – pregar a pura palavra de Deus, se acréscimos ou invenções - e que eficácia:
·         O povo creu.
·         Arrependeram-se.
·         Proclamaram um jejum.
·         Vestiram-se com panos de saco, a vestimenta tradicional do luto no antigo Oriente Próximo.
·         O arrependimento foi rápido e muito difundido.
Somente ressalte-se, nos lembra a BEG, que como no ministério de Jesus, a palavra "creram" não deve necessariamente ser entendida como indicativo de uma fé salvadora (Jo 2.23).
A cidade toda agitada com aquela pregação e a notícia alcança o rei de Nínive. Parece provável que o título "rei de Nínive" faz referência ao rei da Assíria. A identificação exata do monarca em questão é impossível.
A BEG esclarece que embora seja altamente improvável que os registros assírios notassem tal ocorrência incomum, alguns estudiosos sugeriram uma alusão às reformas religiosas de Adade-Nirari III (811-784 a.C.). Assur-Dan III (773-756 a.C.) também foi sugerido como possível candidato.
Quando a palavra alcançou o coração do rei sua reação rápida causou espécie:
·         Ele levantou-se do seu trono.
·         Tirou de si as suas vestes.
·         Cobriu-se de sacos.
·         Sentou-se sobre cinzas.
A resposta do rei foi tão imediata e espontânea quanto a de seus subalternos. A autoridade real deu lugar à humildade penitente. Ao levantar-se de seu trono, reconheceu alguém maior a quem pertencem todos os tronos e reinos. Suas vestes foram substituídas por pano de saco; seu trono, por uma cama de cinzas (Jó 12.7., Is 58.5).
Em seguida, impactado com a palavra pregada de Jonas, por seu mandado publicou um decreto ordenando:
·         Oração.
·         Cerimônias de luto.
·         Um jejum para homem e animal.
·         Clamores a Deus.
·         Conversão, cada um, de seus maus caminhos e da violência que havia em suas mãos.
O arrependimento de Nínive, finalmente, estava completo. No período persa, era costume que os animais domésticos participassem das cerimônias de luto (cf. JI 1.19-20).
A admoestação real de que a violência deveria ser rejeitada é de certo modo comovente em se tratando período do Império neoassírio (séculos 8/7 a.C.), uma vez que violência física e injustiça social eram pecados característicos de Nínive (Na 2.13; 3.4-7).
O rei entendeu que o recado era sério e que o julgamento seria inevitável e que, portanto, algo deveria ser feito na esperança do arrependimento de Deus. Com suas atitudes sensatas e temerosas a Deus, esperavam que Deus os ouvisse e, de fato, Deus os ouviu.
O rei deu expressão pessoal e corporativa de que a esperança de arrependimento genuíno evitaria o julgamento divino. Somente Deus determina quando o arrependimento irá desviar a sua ira. Então, como outros fizeram em circunstâncias semelhantes (2Sm 12.22; JI 2.14), o rei confessou, "Quem sabe?" A estrutura de 3.5-9 está em conformidade com o padrão típico de declaração de arrependimento no Antigo Testamento (1Sm 7.3-14; 2Sm 24; Jr 36.3; JI 1.1-2.27):
·         A ameaça de julgamento.
·         A resposta do penitente.
·         A decisão divina de suster o julgamento.
O verso dez encerra o presente capítulo falando que Deus viu tudo o que fizeram e como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez.
Assim como em muitas predições que não são promessas específicas da aliança, a advertência profética (vs. 4) era uma ameaça, não uma condenação absoluta. A predição ameaçava julgamento imediato caso a cidade não se arrependesse.
Os ninivitas cumpriram essa condição: "se converteram do seu mau caminho". A resposta divina foi anular o julgamento à luz do arrependimento genuíno deles.
JONAS [3]
Jn 3:1 Pela segunda vez veio a palavra do Senhor a Jonas, dizendo:
Jn 3:2 Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive,
e lhe proclama a mensagem que eu te ordeno.
Jn 3:3 Levantou-se, pois, Jonas, e foi a Nínive,
segundo a palavra do Senhor.
Ora, Nínive era uma grande cidade, de três dias de jornada.
Jn 3:4 E começou Jonas a entrar pela cidade,
fazendo a jornada dum dia, e clamava, dizendo:
Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.
Jn 3:5 E os homens de Nínive creram em Deus;
e proclamaram um jejum,
e vestiram-se de saco,
desde o maior deles até o menor.
Jn 3:6 A notícia chegou também ao rei de Nínive;
e ele se levantou do seu trono
e, despindo-se do seu manto e cobrindo-se de saco,
sentou-se sobre cinzas.
Jn 3:7 E fez uma proclamação, e a publicou em Nínive,
por decreto do rei e dos seus nobres, dizendo:
Não provem coisa alguma nem homens,
nem animais, nem bois, nem ovelhas;
não comam, nem bebam água;
Jn 3:8 mas sejam cobertos de saco,
tanto os homens como os animais,
e clamem fortemente a Deus;
e convertam-se, cada um do seu mau caminho,
e da violência que há nas suas mãos.
Jn 3:9 Quem sabe se voltará Deus,
e se arrependerá,
e se apartará do furor da sua ira,
de sorte que não pereçamos?
10 Viu Deus o que fizeram,
como se converteram do seu mau caminho,
e Deus se arrependeu do mal que tinha dito
lhes faria, e não o fez.
Conclui a BEG dizendo que o Senhor ordena tanto os meios como os fins do seu plano soberano. Desse modo, dependendo da resposta humana, ele é livre para dar a sua própria resposta (Ir 18.7-10).
Algumas vezes ele anula uma predição; outras vezes ele a adia, ou pode diminuir ou aumentar o grau do castigo que ele havia determinado.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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sábado, 27 de junho de 2015

A Era Cristã está terminando - Rev. Leandro Lima

Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.
Lucas 21:28

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A suprema corte dos Estados Unidos acabou de aprovar o casamento de pessoas do mesmo sexo em todos os cinquenta estados americanos. A prática já era aceita na maioria dos estados, porém, treze estados (onde há mais evangélicos conservadores) ainda proibiam a prática. Agora, com a decisão da suprema corte, todos os cinquenta estados americanos são obrigados a aceitar o casamento de pessoas do mesmo sexo.

Essa sem dúvida é uma decisão emblemática, tratando-se do país mais “evangélico” do mundo. Se lembrarmos que há apenas dez anos, a grande maioria dos estados americanos repudiava o casamento de pessoas do mesmo sexo, a comemoração dos ativistas pró LGBT diante da suprema corte americana mostra que a virada de jogo foi mesmo surpreendente.

Meu ponto aqui não é tratar de “direitos civis”. É preciso reconhecer que, perante a Lei, todas as pessoas têm os mesmos direitos. E que, se alguém pretende “casar-se” com quem quer que seja, em tese, essa pessoa tem o "direito" de fazer isso, desde que não prejudique outra pessoa no caso. Ao mesmo tempo, e isso ainda parece ser realidade nos Estados Unidos, as pessoas e instituições religiosas que discordam continuam tendo o direito de discordar, e, provavelmente, as igrejas não serão obrigadas a realizarem esse tipo de casamento tão cedo.

Porém, o que me chama atenção nesse caso é justamente a rápida mudança no pensamento mundial acerca desse assunto, e a consolidação disso na maior democracia cristã do mundo. Quando a maioria da população em uma democracia é favorável a uma prática, a tendência é que essa prática venha a ser institucionalizada. Foi o caso aqui. E isso mostra que os poderosos ventos de mudança que começaram a soprar mais fortemente no mundo desde o final do século 20, com a queda do muro de Berlim por exemplo, estão se intensificando cada vez, removendo com facilidade marcos antigos, em prol de uma unificação do paganismo na terra. A era cristã está terminando. E, tudo isso parece ter sido minuciosamente planejado.

Talvez seja exatamente isso o que as pessoas estejam comemorando diante da suprema corte americana. Um cartaz no meio da multidão dizia: “a constituição é nosso escudo contra a Bíblia da intolerância e preconceito”. Esse é o ponto mais crucial me parece. Aqui está o verdadeiro motivo da disputa, o qual subjaz por detrás de todos os demais discursos.

Mas o que, como cristãos, podemos dizer disso tudo? Reclamar e exclamar horrorizados expressões como: “é o fim dos tempos”? Talvez seja mesmo, e nesse caso, não deveríamos estar horrorizados, mas com a certeza indirimível de que tudo está acontecendo como tinha que ser. Sim, a era cristã precisa terminar, pois se ela não terminar, Jesus não voltará. O Apóstolo Paulo disse que antes que Cristo volte “primeiro" precisa “vir" a apostasia (2Ts 2.3). E o próprio Cristo disse que os dias que antecederiam sua volta recapitulariam dois importantes momentos da história bíblica. Um dos exemplos evocados por Cristo foi justamente os “dias de Noé”, quando as pessoas “comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento” (Lc 17.26-27). Questões em relação ao casamento, portanto, estariam no centro da agenda do mundo mais uma vez, antes da volta de Cristo. Em Gênesis 6 temos a descrição de padrões de casamento inaceitáveis por Deus, e isso resultou diretamente no dilúvio. É interessante que o arco-íris que estaria nas nuvens como prova da aliança divina, agora esteja numa bandeira que contraria aquilo que o próprio Deus ordenou, porém institucionalizado na forma da lei.

Mas, talvez isso faça Deus se lembrar mais uma vez… Mas, o segundo momento evocado por Cristo é ainda mais emblemático: "O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lc 17.28-30). Em Sodoma e Gomorra, um dos maiores pecados, que resultou na destruição das cidades, foi o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo!

Tudo isso aponta para uma inquietante realidade e, ao final, para uma surpreendente esperança. Todas as ações malignas no mundo, e que estão a todo vapor como podemos ver, trabalhando para a implantação do paganismo como sistema, apesar disso, estão debaixo dos desígnios daquele que anunciou o fim desde o começo. Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Rm 8.28). Fica, entretanto, o alerta do Senhor: "Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24.13). (Texto de autoria do Rev. Leandro Lima)