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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Ezequiel 7:1-27 - O SEGUNDO JULGAMENTO

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que estamos no primeiro capítulo “I”, na primeira parte “A”, na terceira seção “3”, estamos no capítulo 7:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
A. A primeira série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (1.1-7.27).
1. Visão e vocação (1.1-3.27) – já vimos;
2. Os atos simbólicos (4.1-5.4) – já vimos;
3. Discursos relacionados (5.5-7.27) – estaremos concluindo agora
3. Discursos relacionados às profecias de julgamentos (5.5-7.27) - continuação.
O Senhor concedeu a Ezequiel as palavras para falar sobre a destruição de Jerusalém que se aproximava.
Como já explicamos, nós dividimos essa parte em três seções: a. Profecias explicativas de julgamento (5:5-17) – já vista; b. A primeira profecia de julgamento contra a idolatria (6:1-14) – já vista; e. c. A segunda profecia de Julgamento contra a idolatria (7:1-27) – concluiremos agora.
c. A segunda profecia de Julgamento contra a idolatria (7:1-27).
Neste capítulo, veremos nos próximos vinte e sete versículos, a segunda profecia de julgamento contra a idolatria pela boca do profeta Ezequiel.
Em resumo, veremos o segundo oráculo de julgamento contra a idolatria. Ezequiel retornou ao tema de julgamento contra a idolatria usando uma linguagem ainda mais forte que a anterior. Ele falou sobre o julgamento que se aproximava como catastrófico, envolvendo todas as nações.
É sempre assim que começa o seu oráculo, com a palavra do Senhor vindo a ele e dizendo algo. Neste caso era para ele, filho do homem, dizer à terra de Israel que o fim estava vindo e vindo de forma total, completa, sob os quatro cantos da terra.
O fim estava vindo por causa da ira de Deus contra as nações, pois ele iria executar seu juízo na terra conforme fossem os seus caminhos, em consequência às suas abominações.
O fim viria sem piedade e completo e as punições seriam proporcionais aos caminhos deles. Quanto mais apegados às abominações, mais seriam punidos. Quando estiverem sendo punidos, diz a palavra, que eles saberão quem é o Senhor.
Mal sobre mal era o que esperava por eles – vs. 5. Ele repete novamente de forma dupla que o fim estava vindo.
No entanto, esse capítulo não prediz o fim do mundo – como parece indicar o vs. 7 - como no retorno de Cristo em glória, mas o fim de Jerusalém e de Judá com a invasão final dos babilônios em 586 a.C.
O julgamento que o povo de Israel sofreu nessa ocasião, como todos os outros julgamentos no Antigo Testamento, prefigurava o tipo de sofrimento que terá lugar na volta de Cristo.
Os profetas do Antigo Testamento frequentemente falaram sobre "o dia", ou "o dia do SENHOR" (30.1-9; Is 2.12-17; 13.1-22; 34.1-17; 61.1-3; 63.1-6; 11 2.1-3.21; Am 5.18-20; Oh 8,15; Sf 1.1-2.3; Zc 14.1-21; Ml 3.13 4.6).
Esse dia seria caracterizado pela vinda do Senhor como um guerreiro divino para julgar os seus inimigos e abençoar o seu povo.
O dia do Senhor poderia ser urna bênção ou uma maldição para Israel, o dia final do Senhor, será o dia do julgamento escatológico, o derramamento da sua ira contra a injustiça.
Veja o uso feito pelo Novo Testamento dos mesmos temas para o julgamento final (Rm 2.16; 1Co 1.8; 5.5; 2Co 1.14; Fp 1.6,10; 2.16; 2Tm 1.12,18; 4.8; Hb 10.25; 2Pe 2.9; 3.12; Ap 16.14).
O fato era que o que estava por vir e era terrível, tinha a ver com o juízo e com a ira do Senhor santa e justa por causa dos caminhos e de todas as abominações dos povos uns para com os outros pervertendo, principalmente, a justiça, o amor e a verdade.
Novamente é enfatizado que não haveria piedade, nem abrandamento da situação enquanto as abominações deles estivessem com eles, no meio deles, mas na hora do castigo, sim, haveriam de saber que ele era o Senhor.
O Senhor diz, dos versos 10 ao 13 que já tinha florescido a vara e brotado a soberba. A vara de Aarão que floresceu tinha sido um sinal para os rebeldes (Nm 17.10).
A violência e a arrogância que haviam desempenhado tal papel no comércio, encontrariam agora a vara da ira do próprio Deus. O verso 13 é uma resposta aos que, se esquecendo de Deus, usam da violência, da ignorância, da maldade, para se enriquecerem ou prosperarem. “NINGUÉM PROSPERARÁ NA VIDA, PELA SUA INIQUIDADE”.
Dos versos 14 ao 21, tudo está já preparado para o fim por causa das abominações, por causa da falta da justiça na terra, por causa da opressão, da violência e da ignorância, por causa do engano, do egoísmo, do orgulho e da vaidade que não leva em conta, nem Deus, nem o próximo.
Sobre eles estaria vindo, de forma cruel, a espada, a fome e a peste a causar grandes desgraças na terra deixando apenas alguns poucos sobreviventes marcados pela dor e pelo sofrimento.
Não haverá forças neles, nem ânimo para enfrentarem o inimigo pois estarão enfraquecidos, com os joelhos fracos como água, estando sobre os seus rostos vergonha e sobre as suas cabeças, calvas.
Do que adiantará a sua prata e o seu ouro no dia da calamidade senão para o tropeço deles mesmos. Na hora da fome, poderá a prata e o ouro servir? Eles não são comestíveis, mas com eles foram feitas abominações, idolatrias, adornos, imagens e muitas coisas detestáveis.
Agora seriam saqueados e passariam de suas mãos para outras mãos. A trombeta foi tocada e tudo estava preparado sem que qualquer um deles se dirigisse à batalha por causa do terror e do temor em seus ventres.
Esses invasores – vs. 22 ao 27 - haveriam de vir contra a cidade e profanarem o seu lugar de culto, o templo em quem tanto confiavam como uma espécie de amuleto contra o mal, mas que dava direitos ao pecado e à vaidade.
Como o Senhor havia escolhido Jerusalém como a sua morada e havia lutado em seu favor no passado (2Rs 18-19; 2Cr 32; Is 36-37), o povo assumiu como uma doutrina teológica que a cidade era inviolável.
Jeremias, contemporâneo de Ezequiel, estava também advertindo os habitantes da cidade a não confiarem na existência do templo como garantia para a sua segurança (Jr 7.1-15, 26.1-19).
Ez 7:1 Demais veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
Ez 7:2 E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor Deus
à terra de Israel:
Vem o fim,
o fim vem sobre os quatro cantos da terra.
Ez 7:3 Agora vem o fim sobre ti, e enviarei sobre ti a minha ira,
e te julgarei conforme os teus caminhos;
e trarei sobre ti todas as tuas abominações.
Ez 7:4 E não te pouparei, nem terei piedade de ti;
mas eu te punirei por todos os teus caminhos,
enquanto as tuas abominações estiverem
no meio de ti;
e sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 7:5 Assim diz o Senhor Deus:
Mal sobre mal! eis que vem!
Ez 7:6 Vem o fim, o fim vem, despertou-se contra ti;
eis que vem.
Ez 7:7 Vem a tua ruína, ó habitante da terra!
Vem o tempo; está perto o dia, o dia de tumulto,
e não de gritos alegres, sobre os montes.
Ez 7:8 Agora depressa derramarei o meu furor sobre ti,
e cumprirei a minha ira contra ti,
e te julgarei conforme os teus caminhos;
e te punirei por todas as tuas abominações.
Ez 7:9 E não te pouparei, nem terei piedade;
conforme os teus caminhos, assim te punirei,
enquanto as tuas abominações estiverem no meio de ti;
e sabereis que eu, o Senhor, castigo.
Ez 7:10 Eis o dia! Eis que vem!
Veio a tua ruína; já floresceu a vara, já brotou a soberba. :
Ez 7:11 A violência se levantou em vara de iniqüidade.
nada restará deles, nem da sua multidão,
nem dos seus bens.
Não haverá eminência entre eles.
Ez 7:12 Vem o tempo, é chegado o dia;
não se alegre o comprador, e não se entristeça o vendedor;
pois a ira está sobre toda a multidão deles.
Ez 7:13 Na verdade o vendedor não tornará a possuir o que vendeu,
ainda que esteja por longo tempo entre os viventes;
pois a visão, no tocante a toda a multidão deles,
não voltará atrás;
e ninguém prosperará na vida, pela sua iniqüidade.
Ez 7:14 Já tocaram a trombeta, e tudo prepararam,
mas não há quem vá à batalha;
pois sobre toda a multidão deles está a minha ira.
Ez 7:15 Fora está a espada, e dentro a peste e a fome;
o que estiver no campo morrerá à espada;
e o que estiver na cidade, a fome e a peste o consumirão.
Ez 7:16 E se escaparem alguns sobreviventes,
estarão sobre os montes, como pombas dos vales,
todos gemendo, cada um por causa da sua iniqüidade.
Ez 7:17 Todas as mãos se enfraquecerão,
e todos os joelhos se tornarão fracos como água.
Ez 7:18 E se cingirão de sacos, e o terror os cobrirá;
e sobre todos os rostos haverá vergonha
e sobre todas as suas cabeças calva.
Ez 7:19 A sua prata, lançá-la-ão pelas ruas,
e o seu ouro será como imundícia;
nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar
no dia do furor do Senhor;
esses metais não lhes poderão saciar a fome,
nem lhes encher o estômago;
pois serviram de tropeço da sua iniqüidade.
Ez 7:20 Converteram em soberba a formosura dos seus adornos,
e deles fizeram as imagens das suas abominações,
e as suas coisas detestáveis;
por isso eu a fiz para eles como uma coisa imunda.
Ez 7:21 E entregá-la-ei nas mãos dos estrangeiros por presa,
e aos ímpios da terra por despojo; e a profanarão.
Ez 7:22 E desviarei deles o meu rosto,
e profanarão o meu lugar oculto;
porque entrarão nele saqueadores, e o profanarão.
Ez 7:23 Faze uma cadeia, porque a terra está cheia
de crimes de sangue, e a cidade está cheia de violência.
Ez 7:24 Pelo que trarei dentre as nações os piores,
que possuirão as suas casas;
e farei cessar a soberba dos poderosos;
e os seus lugares santos serão profanados.
Ez 7:25 Quando vier a angústia eles buscarão a paz,
mas não haverá paz.
Ez 7:26 Miséria sobre miséria virá,
e se levantará rumor sobre rumor;
e buscarão do profeta uma visão;
mas do sacerdote perecerá a lei,
e dos anciãos o conselho.
Ez 7:27 O rei pranteará, e o príncipe se vestirá de desolação,
e as mãos do povo da terra tremerão de medo.
Conforme o seu caminho lhes farei,
e conforme os seus merecimentos os julgarei;
e saberão que eu sou o Senhor.
O Deus santo não mais ignorava a conduta do povo - a terra está cheia de crimes de sangue, e a cidade está cheia de violência -, mas o julgaria pelo seu pecado (v. 27).
Somente depois que vier a angústia é que eles buscarão a paz, mas esta terá fugido deles. O que viria então? Miséria sobre miséria, rumor sobre rumor. Tentarão então buscar do profeta uma visão e do sacerdote uma palavra, mas do sacerdote perecerá a lei e do profeta e dos anciãos, todo conselho.
Nem o rei, nem o príncipe, nem o profeta, nem o sacerdote, nem o povo terão condições de se socorrer e se auxiliar, pois estarão vestidos de desolação, com medo, assustados e aterrorizados. Conforme fora os seus caminhos, assim eles estariam recebendo o merecido julgamento – vs. 27.
Enfatiza novamente a palavra do Senhor, que nestas horas e nestas condições eles todos saberão que o Senhor é Deus. Lamentavelmente, não o souberam antes, pois teriam tempo de arrependimentos.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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domingo, 5 de abril de 2015

Ezequiel 6:1-14 - PALAVRA PROFÉTICA CONTRA A IDOLATRIA EM ISRAEL.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que estamos no primeiro capítulo “I”, na primeira parte “A”, na terceira seção “3”, estamos no capítulo 6:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
A. A primeira série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (1.1-7.27).
1. Visão e vocação (1.1-3.27) – já vimos;
2. Os atos simbólicos (4.1-5.4) – já vimos;
3. Discursos relacionados (5.5-7.27) – estamos vendo agora
3. Discursos relacionados às profecias de julgamentos (5.5-7.27) - continuação.
O Senhor concedeu a Ezequiel as palavras para falar sobre a destruição de Jerusalém que se aproximava.
Como já explicamos, nós dividimos essa parte em três seções: a. Profecias explicativas de julgamento (5:5-17) – já vista; b. A primeira profecia de julgamento contra a idolatria (6:1-14) – já vista; e. c. A segunda profecia de Julgamento contra a idolatria (7:1-27) – veremos agora.
b. A primeira profecia de julgamento contra a idolatria (6:1-14).
Neste capítulo, veremos nos próximos quatorze versículos, a primeira profecia de julgamento contra a idolatria pela boca do profeta Ezequiel.
A palavra do Senhor veio sobre o seu profeta para que dirigisse o seu rosto para os montes de Israel e contra eles profetizasse.
O fato de Ezequiel ter falado às montanhas e montes de Israel como se estivesse presente lá, levou alguns a sugerir que uma fase do seu ministério houvesse sido realmente cumprida em Israel e não na Babilônia.
Os montes e montanhas de Israel representavam os exilados aos quais os oráculos eram na realidade dirigidos. Eles estavam familiarizados com o terreno de sua terra natal e o coração deles estava lá.
Aos montes, aos outeiros e às ravinas e vales a palavra seria de anúncio de que a espada seria trazida sobre eles para serem assolados seus altares e quebrados aqueles que eram de incenso e fossem, assim, arrojados os mortos diante dos seus ídolos.
Os outeiros eram os topos dos montes onde os cananeus tinham o costume de adorarem os seus ídolos. Quando os israelitas entraram na terra, Deus havia ordenado que eles erradicassem esses altos (Nm 33.52; Dt 12.1-3; 33.29).
Entretanto, os altos continuaram a florescer mesmo depois que o templo foi construído; o povo adorava os deuses cananeus nesses locais ou usava os altares para misturar idolatria com o culto ao Senhor.
O escritor do livro de Reis sentia-se particularmente ofendido pela permanência dos lugares altos (1Rs 11.7; 12.31-32; 13.2,32; 14.23; 2Rs 12.3; 14.4; 15.4,35; 17.29; 23.5,8,13,15,19-20; cf Jr 7.31; 19.5; 32.35; 48.35; Ez 16.16).
Deus promete colocar os cadáveres dos filhos de Israel e espalhar os seus ossos diante de seus ídolos nesses lugares altos que deveriam ter sido destruídos. Os cadáveres humanos profanariam os altares (9.7; Nm 19.16, 18; 1 Re 13.2; 2Rs 23.14-16; 2Cr 23.14-15; 34,5).
Deus deu a terra – isso é fato! Deus deu a vitória para eles – outro fato! No entanto, Deus não entregou nem a terra, nem a vitória enquanto eles não tomassem posição e possuíssem a terra e obtivessem a vitória obedecendo ao Senhor e cumprindo seus mandamentos.
Eles não entenderam ou se fizeram de garotos mimados que tudo tem de ser posto nas suas boquinhas e ao invés de lutarem e tomarem posse, imitaram as nações vizinhas e se tornaram iguais ou pior a eles, seus inimigos.
Assim, esses mortos seriam aqueles que cairiam traspassados para que soubessem que isso vinha mesmo do Senhor – vs. 7. Ezequiel fez uso constante dessa "fórmula de reconhecimento" (cf. 7.4,9; 11.10,12; 12.20). Conhecer a Deus, nesse sentido, era estar convencido, por meio da destruição provocada pelos babilônios, de que Deus é, sem dúvida, o Senhor da criação.
O pior tratamento que podemos dar para alguém nessa vida é chamá-lo de “Tadinho”. Quando agimos assim, estamos dizendo que todos estão recebendo o que é justo, mas o “Tadinho” não, é vítima, merecedor de nossa pena e dó, é o tal do “coitadinho”. No entanto, no mundo de Deus, não existe aquele que é desprovido de sua graça, amor, misericórdia ou tratado de forma injusta, sendo pois, uma vítima.
Também não são merecedores de nossa misericórdia aqueles que por livre escolha de sua vontade se deixam dominar pelos vícios sem ao menos demonstrarem ou esboçarem uma reação contrária à sua escravização.
Os mendigos que querem mendigar, os viciados que querem se drogar, os ladrões que querem roubar, os assassinos que querem matar não são “tadinhos”, nem vítimas, mas pecadores malignos e acostumados com a miséria. Nem pensam em sair dessa, porque se acostumaram. Também sabem que sempre se levantará alguém para estar ali, para por eles, resolverem as suas coisas.
Deus deu a terra para eles e também a vitória, mas optaram pela escravidão de suas almas.
Deus promete deixar, no entanto, alguns escaparem – vs. 8. Ezequiel, destarte, introduziu o tema do remanescente (9.8; 11.12-13; 12.16; 14.22-23;20.39-44).
O remanescente representava os poucos que, embora tendo experimentado certo grau de desgraça, em geral em razão do julgamento pelo pecado, ainda sobreviveriam para tornar-se o núcleo que garantiria a continuidade do grupo: eles personificaram as esperanças desse grupo e herdaram de novo as promessas de Deus.
Nem todos os que fossem poupados permaneceriam fiéis ao Senhor, mas o Senhor purificaria o remanescente durante o exílio de modo que um povo puro emergiria dele.
O verso nove, embora seja sofrível, era bom para todo o povo porque falava a eles de que haveria a possibilidade de eles saírem do engano e caírem em si, reconhecendo que aquilo que faziam com tanta entrega e abnegação era realmente o preparativo para sua própria ruína.
Haveria esperanças para eles quando estivessem longe e exilados sofrendo entre as nações, sem liberdade e explorados. Somente ali é que haveria de reconhecer que erraram e não acertaram com o caminho da vida.
Chegarão a ter nojo deles mesmos por causa de suas práticas afrontivas diante de Deus. Isso é pura graça de Deus que permite por meio do sofrimento, o quebrantamento do coração corrompido – vs. 9.
Somente neste momento é que saberiam quem é o Senhor e que nada do que lhes sucedia era por acaso ou em vão, mas tinha propósitos. Aqui de fazê-los vir à realidade.
A espada, a fome e a peste estavam vindo velozmente sobre eles por causa de todas as péssimas abominações da casa de Israel.
·         Quem estiver longe: morrerá de peste.
·         Os que ficarem de perto: cairá à espada.
·         Os que sobrarem: serão cercados e morrerão de fome.
Somente assim e dessa forma é que se cumprirá o furor da ira de Deus contra eles – vs. 12.
Ez 6:1 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 6:2 Filho do homem, dirige o teu rosto para os montes de Israel,
e profetiza contra eles.
Ez 6:3 E dize:
Montes de Israel, ouvi a palavra do Senhor Deus.
Assim diz o Senhor Deus
aos montes,
 aos outeiros,
às ravinas
e aos vales:
Eis que eu, sim eu, trarei a espada sobre vós,
e destruirei os vossos altos.
Ez 6:4 E serão assolados os vossos altares,
e quebrados os vossos altares de incenso;
‘e arrojarei os vossos mortos diante dos vossos ídolos.
Ez 6:5 E porei os cadáveres dos filhos de Israel diante dos seus ídolos,
e espalharei os vossos ossos em redor dos vossos altares.
Ez 6:6 Em todos os vossos lugares habitáveis
as cidades serão destruídas,
e os altos assolados;
para que os vossos altares sejam destruídos
e assolados, e os vossos ídolos se quebrem
e sejam destruídos,
e os altares de incenso sejam cortados,
e desfeitas as vossas obras.
Ez 6:7 E os traspassados cairão no meio de vós,
e sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 6:8 Contudo deixarei com vida um restante,
visto que tereis alguns que escaparão da espada
entre as nações, quando fordes espalhados
pelos países.
Ez 6:9 Então os que dentre vós escaparem
se lembrarão de mim entre as nações
para onde forem levados em cativeiro,
quando eu lhes tiver quebrantado o coração corrompido,
que se desviou de mim,
e cegado os seus olhos,
que se vão corrompendo após os seus ídolos;
e terão nojo de si mesmos,
por causa das maldades que fizeram em todas
as suas abominações.
Ez 6:10 E saberão que eu sou o Senhor;
não disse debalde que lhes faria este mal.
Ez 6:11 Assim diz o Senhor Deus:
Bate com a mão, e bate com o teu pé, e dize:
Ah! por causa de todas as péssimas abominações
da casa de Israel; pois eles cairão à espada,
e de fome, e de peste.
Ez 6:12 O que estiver longe morrerá de peste;
e, o que está perto cairá à espada;
e o que ficar de resto e cercado morrerá de fome;
assim cumprirei o meu furor contra eles.
Ez 6:13 Então sabereis que eu sou o Senhor,
quando os seus mortos estiverem estendidos
no meio dos seus ídolos, em redor dos seus altares,
em todo outeiro alto,
em todos os cumes dos montes,
e debaixo de toda árvore verde,
e debaixo de todo carvalho frondoso,
lugares onde ofereciam suave cheiro a todos os seus ídolos.
Ez 6:14 E estenderei a minha mão sobre eles,
e farei a terra desolada e erma,
em todas as suas habitações;
desde o deserto até Dibla;
e saberão que eu sou o Senhor.
E assim saberão – vs. 13 - que o Senhor é Deus quando os seus mortos estiverem todos estendidos nos lugares onde ofereciam suave cheiro a todos os seus ídolos:
·         No meio dos seus ídolos.
·         Em redor dos altares.
·         Em todo outeiro alto.
·         Em todos os cumes dos montes.
·         Debaixo de toda árvore verde.
·         Debaixo de todo carvalho frondoso.
Mortos estendidos pelo chão, ossos espalhados, lugares profanados, terra desolada e erma em todas as suas habitações, desde o deserto até Ribla - uma localidade desconhecida que também poderia ser ou indicar um possível erro de cópia.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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sábado, 4 de abril de 2015

Ezequiel 5:1-17 - O JUÍZO SOBRE JERUSALÉM, O 'UMBIGO DO MUNDO'.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que estamos no primeiro capítulo “I”, na primeira parte “A”, na segunda seção “2”, estamos no capítulo 5:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
A. A primeira série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (1.1-7.27).
1. Visão e vocação (1.1-3.27) – já vimos;
2. Os atos simbólicos (4.1-5.4) – concluiremos agora;
3. Discursos relacionados (5.5-7.27) – veremos agora
2. Os atos simbólicos (4.1-5.4) - continuação.
Como já dissemos, até ao verso 5.4, estaremos vendo os atos simbólicos. Assim, esses atos simbólicos, portanto, serão igualmente divididos em quatro partes: a. O tijolo de Barro (4.1-3) – já vimos; b. Deitar-se sobre o seu lado (4.4-8) – já vimos; c. Alimento racionado cozido sobre excremento (4.9-17) – já vimos; e, d. Cabelos queimados (5.1-4) – veremos agora.
d. Cabelos queimados (5.1-4).
Seguindo, como sempre, as orientações explícitas de Deus, Ezequiel apanhou uma espada afiadíssima e como navalha de barbeiro a usou juntando os cabelos de sua cabeça e barba que havia cortado e os dividiu em três partes, pesados em uma balança:
·         Um terço ele queimou.
·         Um terço picou como restolho.
·         Um terço ele espalhou ao vento, atando alguns fios que haviam restado às abas da sua túnica.
Mesmo alguns poucos desses fios que restaram foram, depois, queimados. Esses atos retratavam a severidade com que Deus logo julgaria Jerusalém.
Deus proibira os homens israelitas de se barbear ou cortar porções de sua barba (Lv 19.27). Essa lei havia sido reiterada para os sacerdotes (Lv 21.5), e Ezequiel era um sacerdote (1.1). Cortar a barba poderia ser motivo de grande vergonha pessoal (2Sm 10.4-5; 1Cr 19.5; Is 7.20; 50.6) ou um sinal de luto e lamentação (Ez 9.3; Is 15.2; Jr 7.29; 41.5; 48.37).
3. Discursos relacionados às profecias de julgamentos (5.5-7.27).
O Senhor concedeu a Ezequiel as palavras para falar sobre a destruição de Jerusalém que se aproximava.
Essa seção consiste de três oráculos de julgamento: o primeiro (5.5-17) está intimamente relacionado aos atos simbólicos precedentes e os outros focalizados na idolatria (6.1 -14; 7.1-27). Assim, também dividimos essa parte em três seções: a. Profecias explicativas de julgamento (5:5-17) – veremos agora; b. A primeira profecia de julgamento contra a idolatria (6:1-14); e. c. A segunda profecia de Julgamento contra a idolatria (7:1-27)
a. Profecias explicativas de julgamento (5: 5-17).
Dos versos 5 ao 17, terminando este capítulo, veremos a primeira seção que tratará de oráculos explicativos de julgamento. O primeiro oráculo estava estreitamente relacionado aos atos simbólicos que o haviam precedido (cf. vs. I -4 e vs. 10-13).
Deus começa a falar de Jerusalém e que a pôs no meio das nações. A frase é amplamente responsável pela noção de que Jerusalém era "o umbigo da terra" (cf. 38.12, ‘meio da terra’). Cartógrafos antigos e medievais com frequência centralizavam seus mapas ao redor da localização de Jerusalém.
No entanto, mais dos que as outras nações ao seu redor, Jerusalém agiu perversamente e se rebelou contra o seu Deus e Senhor e não andou conforme os seus estatutos, juízos, leis e ordenanças, pelo contrário, os desprezou.
Em consequência, por se mostrarem ainda pior que as outras nações, o Senhor, seria e estaria contra ela para executar nela os seus juízos severos aos olhos de todas as outras nações.
O juízo seria tão severo que eles perderiam qualquer noção de civilização a ponto de se perderem em canibalismo com pais comendo seus próprios filhos e filhos comendo seus próprios pais.
O canibalismo era uma consequência frequente de um cerco demorado; Moisés havia advertido que essa atrocidade ocorreria se a nação deixasse de obedecer (Dt 28.53-57; 2Rs 6.26-29; Lm 2.20).
Sobre eles seriam executados juízos terríveis e dos que restassem, eles seriam espalhados a todos os ventos.
A partir do verso 10 ao 13, ele retoma os versos iniciais das terças partes e as aplica aqui.
Ezequiel interpretou o simbolismo dos vs. 1-4:
·         Os cabelos queimados no fogo representavam o povo que morreria de peste e fome durante o cerco.
·         Os picados com a espada eram aqueles que morreriam em batalha fora dos muros de Jerusalém.
·         Os cabelos dispersos ao vento representavam o povo que iria para o exílio.
É intrigante que Ezequiel não tenha elaborado qualquer conjectura sobre o significado dos poucos cabelos retidos nas dobras de sua túnica; mas eles simbolizavam os sobreviventes que permaneceriam em Jerusalém (Jr 40.7-12).
No verso 11, o Senhor chega a jurar por si mesmo, não havendo alguém maior pelo qual fazer esse juramento, de que assim como profanaram o seu santuário com todas as coisas detestáveis de suas práticas abomináveis, também ele os diminuiria e não os perdoaria, nem deles teria piedade.
Somente assim é que se cumpriria a sua ira e seria satisfeito o seu furor e consolo – vs. 13 -, onde todos saberiam que Deus é o Senhor e que em seu zelo falara e neles cumprira todo o seu furor.
Ez 5:1 E tu, ó filho do homem, toma uma espada afiada;
como navalha de barbeiro a usarás,
e a farás passar pela tua cabeça e pela tua barba.
Então tomarás uma balança e repartirás os cabelos.
Ez 5:2 A terça parte, queimá-la-ás no fogo,
 no meio da cidade,
quando se cumprirem os dias do cerco;
tomarás outra terça parte, e com uma espada
feri-la-ás ao redor da cidade;
e espalharás a outra terça parte ao vento;
e eu desembainharei a espada atrás deles.
Ez 5:3 E tomarás deles um pequeno número,
e atá-los-ás nas bordas da tua capa.
Ez 5:4 E ainda destes tomarás alguns e, lançando-os no meio do fogo,
os queimarás no fogo; e dali sairá um fogo
contra toda a casa de Israel.
Ez 5:5 Assim diz o Senhor Deus:
Esta é Jerusalém;
coloquei-a no meio das nações,
estando os países ao seu redor;
Ez 5:6 ela, porém, se rebelou perversamente contra os meus juízos,
mais do que as nações,
e os meus estatutos
mais do que os países que estão ao redor dela;
porque rejeitaram as minhas ordenanças,
e não andaram nos meus preceitos.
Ez 5:7 Portanto assim diz o Senhor Deus:
Porque sois mais turbulentos do que as nações
que estão ao redor de vós,
e não tendes andado nos meus estatutos,
nem guardado os meus juízos,
e tendes procedido segundo as ordenanças
das nações que estão ao redor de vós;
Ez 5:8 por isso assim diz o Senhor Deus:
Eis que eu, sim, eu, estou contra ti;
e executarei juízos no meio de ti aos olhos das nações.
Ez 5:9 E por causa de todas as tuas abominações
farei sem ti o que nunca fiz,
e coisas às quais nunca mais farei semelhantes.
Ez 5:10 portanto os pais comerão a seus filhos no meio de ti,
e os filhos comerão a seus pais;
e executarei em ti juízos,
e todos os que restarem de ti,
espalhá-los-ei a todos os ventos.
Ez 5:11 Portanto, tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus,
pois que profanaste o meu santuário
com todas as tuas coisas detestáveis,
e com todas as tuas abominações,
também eu te diminuirei;
e não te perdoarei,
nem terei piedade de ti.
Ez 5:12 uma terça parte de ti morrerá da peste,
e se consumirá de fome no meio de ti;
e outra terça parte
cairá à espada em redor de ti;
e a outra terça parte,
espalha-la-ei a todos os ventos,
e desembainharei a espada atrás deles.
Ez 5:13 Assim se cumprirá a minha ira,
e satisfarei neles o meu furor,
e me consolarei;
e saberão que sou eu, o Senhor,
que tenho falado no meu zelo,
quando eu cumprir neles o meu furor.
Ez 5:14 Demais te farei uma desolação,
e objeto de opróbrio entre as nações que estão em redor de ti,
à vista de todos os que passarem.
Ez 5:15 E isso será objeto de opróbrio e ludíbrio,
e escarmento e espanto, às nações que estão em redor de ti,
quando eu executar em ti juízos com ira,
e com furor, e com furiosos castigos.
Eu, o Senhor, o disse.
Ez 5:16 Quando eu enviar as malignas flechas da fome contra eles,
flechas para a destruição,
as quais eu mandarei para vos destruir;
e aumentarei a fome sobre vós,
e tirar-vos-ei o sustento do pão.
Ez 5:17 E enviarei sobre vós a fome e feras,
que te desfilharão;
e a peste e o sangue passarão por ti;
e trarei a espada sobre ti.
Eu, o Senhor, o disse.
Dos versos de 14 ao 17, concluindo o capítulo, o Senhor continua a falar da desolação de Jerusalém e não seria mesmo pequena, mas muito terrível.
Uma desolação estaria sendo feito dela. Um objeto de opróbrio entre as nações ao seu redor, sendo ela o centro, o ‘umbigo da terra’, algo que não passaria despercebido e atrairia a atenção de todos.
Objeto de opróbrio e ludíbrio, escarmento e espanto entre as nações vizinhas seria ela quando o Senhor sobre ela executasse os seus juízos com ira, com furor e com furiosos castigos. Assim estava dizendo o Senhor.
Sobre ela, Jerusalém, a cidade no centro do mundo, estariam vindo – vs. 16 e 17:
·         Flechas malignas da fome para destruição.
·         A fome e com ela a agravação da situação com a retirada do pão.
·         A fome e feras que a desfilhariam.
·         A peste e o sangue que por eles passariam causando muita dor.
·         A espada que mataria impiedosamente.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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