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sexta-feira, 10 de abril de 2015

Ezequiel 11:1-25 - DAR-VOS-EI UM SÓ CORAÇÃO...

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na primeira seção “1”, estamos no capítulo 11:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
1. Visões e vocação (8.1-11.25) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 11, encerrando-se agora, estaremos vendo as visões e a vocação. Ezequiel teve uma visão de Jerusalém durante a qual testemunhou os pecados do povo e foi chamado para profetizar contra eles (11.4).
Neste capítulo, em síntese, veremos que serão executados os lideres maus de Jerusalém. A visão de Ezequiel continuou e ele viu os líderes de Jerusalém julgados por Deus.
Depois daquela visão da carruagem ou nave do Senhor de forma espetacular, eis que agora o Espírito do Senhor, o Espírito Santo, o levou à porta oriental da casa do Senhor, àquela que olha para o oriente e ali estavam 25 homens, sendo que, no meio deles, estava Jaazanias, filho de Azur e Pelatias, filho de Benaías, príncipe do povo.
Provavelmente esses não os mesmos vinte e cinco adoradores do sol (8.16); estes parecem ser os líderes políticos e não os sacerdotes. Este Jazanias filho de Azur, não deve ser identificado com Jazanias filho de Safã (8.11).
Disse-lhe o Espírito acerca daqueles homens que eram os que praticavam iniquidade e que davam ímpios conselhos ao povo na cidade, levando-os a praticarem o mal diante do Senhor.
Como eles não criam no Senhor e em seus profetas que instruíam o povo a ficar no cativeiro e a plantar e a colher e a prosperar na terra estrangeira – vimos isso em Jeremias -, eles zombavam dizendo que a cidade na verdade era a panela e eles, a carne.
A liderança de Jerusalém havia sido deportada por Nabucodonosor em 597 a.C.; essa deportação incluiu grande parte da família real, os líderes militares e os artesãos qualificados, deixando apenas "o povo pobre da terra" (2Rs 24.13-16).
Aqueles que alcançaram proeminência na ausência da classe dirigente anterior tinham ilusões de grandeza. A analogia proposta por eles pelo uso de uma panela de cozinhar e carne, sugere que consideravam os líderes deportados como rebotalho, vísceras de um animal abatido, e a si mesmos como as porções preferidas.
Duplamente lhe vem a instrução de profetizar contra eles e por conta disso caiu sobre ele o Espírito do Senhor. A repetição implícita da vocação de Ezequiel ao longo de toda essa seção é tornada explícita. Quando retornou aos exilados ele continuou a proclamar o que havia visto (11.14-25).
O Espírito do Senhor que caiu sobre ele disse para dizer em nome do Senhor que eles diziam aquilo sobre o fato de serem carne, mas o Senhor conhecia as suas mentes e sabia da multiplicação dos seus mortos naquela cidade enchendo as ruas deles.
Esses conspiradores haviam matado os que eram melhores do que eles mesmos - as vítimas assassinadas haviam sido a verdadeira "carne" da cidade, e a liderança atual era o rebotalho, digna apenas de ser descartada (vs. 3).
Eles temiam a espada e a espada que temiam viria sobre eles em juízo pelo mal que faziam, não andado nos estatutos do Senhor, nem executando as suas ordenanças; antes tendo procedido conforme as ordenanças das nações que estavam em redor deles.
Estava Ezequiel apenas profetizando e eis que cai morto diante dele Pelatias. O nome significa "o Senhor provê escape". Quando esse homem morreu inesperadamente durante a visão de Ezequiel, o profeta temeu que toda a esperança de escape houvesse morrido com ele. O profeta novamente intercede junto ao Senhor em favor do remanescente. Veja 3.24-27; 6.8 e compare com 9.8.
O Senhor responde a Ezequiel – vs. 14 – dizendo que aqueles homens - seus parentes e toda a casa de Israel - eram os mesmos que diziam e aconselhavam o povo a apartarem-se para bem longe do Senhor, pois a eles foi dada a terra em possessão.
Um membro da família era obrigado a redimir outro parente, ou sua propriedade, se esse crente fosse reduzido à servidão ou obrigado a vender terra da família (v 25.25-55; Rt 4), mas o exílio deu àqueles que permaneceram em Jerusalém a oportunidade de apossar-se das propriedades dos parentes deportados. Compare com 45.9-12; 46.16-18.
Depois disso, diz o Senhor para Ezequiel proclamar que ainda que Deus os tinha mandado para longe entre as nações e ainda que os havia espalhado pelas terras, todavia lhes serviria, por pouco tempo, de santuário na terra para onde foram.
Na ausência do templo em Jerusalém, o próprio Deus seria o santuário deles. Repare que bem mais tarde, o próprio Jesus tornou-se o lugar do templo (Mt 26.61; 27.40; Jo 2.19), e o seu Espírito, por sua vez, fez de seus seguidores um templo (1 Co 3.16-17; 2Co 6.16; 1 Pe 2.5).
O Senhor faz Ezequiel continuar a profetizar e anunciar um tempo que os faria retornar à sua terra dos lugares por onde os tinha espalhado para lhes dar de volta a terra de Israel, obviamente aos remanescentes.
O fato é que na história eles voltaram, mas depois foram espalhados novamente. A morte do Senhor e depois a destruição de Jerusalém em 70 d.C. fizeram com que fossem novamente espalhados por um longo tempo para serem novamente restituídos à terra, somente em 1948. Eles agora aguardam a vinda de seu Messias – não aceitaram a Jesus Cristo – o qual deverá vir em breve - dizem alguns que ele virá até 2018, quando Israel fará 70 anos de retorno à Terra Santa.
E eles virão, diz o verso 18. Virão e tirarão dela todas as suas coisas detestáveis e todas as suas abominações.
O Senhor então lhes daria – vs 18 ao 21 - um só coração com espírito novo. O objetivo de Deus no exílio era punir um povo purificado que obedeceria às suas ordens.
Ezequiel retornou ao tema de um novo coração e espírito em 18.31; 36.26. O cumprimento dessa esperança por um povo de Deus completamente renovado após o exílio ocorreu inicialmente com a primeira vinda de Jesus; ela continua à medida que os dias se estendem ao longo dos séculos e alcançará a perfeição quando Cristo retornar em glória (Jr 30.3; 31.31-34; 2Co 3.3).
Ez 11:1 Então me levantou o Espírito,
e me levou à porta oriental da casa do Senhor,
a qual olha para o oriente;
e eis que estavam à entrada da porta vinte e cinco homens,
e no meio deles vi a Jaazanias,
filho de Azur, e a Pelatias, filho de Benaías,
príncipes do povo.
Ez 11:2 E disse-me:
Filho do homem, estes são os homens que maquinam a iniqüidade,
e dão ímpio conselho nesta cidade;
Ez 11:3 os quais dizem:
Não está próximo o tempo de edificar casas;
esta cidade é a caldeira, e nós somos a carne.
Ez 11:4 Portanto, profetiza contra eles; profetiza, ó filho do homem.
Ez 11:5 E caiu sobre mim o Espírito do Senhor, e disse-me:
Fala:
Assim diz o Senhor:
Assim tendes dito, ó casa de Israel;
pois eu conheço as coisas
que vos entram na mente.
Ez 11:6 Multiplicastes os vossos mortos nesta cidade,
e enchestes as suas ruas de mortos.
Ez 11:7 Portanto, assim diz o Senhor Deus:
Vossos mortos que deitastes no meio dela, esses são a carne,
e ela é a caldeira; a vós, porém,
vos tirarei do meio dela.
Ez 11:8 Temestes a espada, e a espada eu a trarei sobre vós,
diz o Senhor Deus.
Ez 11:9 E vos farei sair do meio dela,
e vos entregarei na mão de estrangeiros,
e exercerei juízos entre vós.
Ez 11:10 Caireis à espada; nos confins de Israel vos julgarei;
e sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 11:11 Esta cidade não vos servirá de caldeira,
nem vós servirei de carne no meio dela;
nos confins de Israel vos julgarei;
Ez 11:12 e sabereis que eu sou o Senhor;
pois não tendes andado nos meus estatutos,
nem executado as minhas ordenanças;
antes tendes procedido conforme as ordenanças
das nações que estão em redor de vós.
Ez 11:13 E aconteceu que, profetizando eu,
morreu Pelatias, filho de Benaías.
Então caí com o resto em terra,
e clamei com grande voz, e disse:
Ah Senhor Deus! darás fim cabal ao remanescente de Israel?
Ez 11:14 Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 11:15 Filho do homem, teus irmãos, os teus próprios irmãos,
os homens de teu parentesco, e toda a casa de Israel,
todos eles, são aqueles a quem os habitantes
de Jerusalém disseram:
Apartai-vos para longe do Senhor;
a nós se nos deu esta terra em possessão.
Ez 11:16 Portanto, dize:
Assim diz o Senhor Deus:
Ainda que os mandei para longe entre as nações,
e ainda que os espalhei pelas terras,
odavia lhes servirei de santuário
por um pouco de tempo,
nas terras para onde foram.
Ez 11:17 Portanto, dize:
Assim diz o senhor Deus:
Hei de ajuntar-vos do meio dos povos,
e vos recolherei do meio das terras
para onde fostes espalhados,
e vos darei a terra de Israel.
Ez 11:18 E virão ali, e tirarão dela todas as suas coisas detestáveis
e todas as suas abominações.
Ez 11:19 E lhes darei um só coração,
e porei dentro deles um novo espírito;
e tirarei da sua carne o coração de pedra,
e lhes darei um coração de carne,
Ez 11:20 para que andem nos meus estatutos,
e guardem as minhas ordenanças e as cumpram;
e eles serão o meu povo,
e eu serei o seu Deus.
Ez 11:21 Mas, quanto àqueles cujo coração andar
após as suas coisas detestáveis,
e das suas abominações,
eu farei recair nas suas cabeças o seu caminho,
diz o Senhor Deus.
Ez 11:22 Então os querubins elevaram as suas asas,
estando as rodas ao lado deles;
e a glória do Deus de Israel estava em cima sobre eles.
Ez 11:23 E a glória do Senhor se alçou desde o meio da cidade,
e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade.
Ez 11:24 Então o Espírito me levantou,
e me levou na visão pelo Espírito de Deus para a Caldéia,
para os exilados.
Assim se foi de mim a visão que eu tinha visto.
Ez 11:25 E falei aos do cativeiro todas as coisas
que o Senhor me tinha mostrado.
Dos versos 22 ao 25, Ezequiel encerra a visão que começou a narrar no capítulo anterior – cap. 10. Os querubins elevaram as suas asas, estando as rodas ao lado deles e a glória do Senhor se alçou desde o meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade. (Incrível como parece narrar uma espécie de aeronave com asas e rodas em procedimento de decolagem vertical).
Então, ali, naquele momento, o Espírito o levantou e o levou na visão pelo Espírito de Deus para a Caldéia, para os exilados. A visão então desaparece e Ezequiel, tele transportado espiritualmente, fala aos do cativeiro todas as coisas que o Senhor lhe havia mostrado de forma excepcional.
Em correspondência com a abertura dessa seção - “1. Visões e vocação (8.1-11.25)” -, Ezequiel viu a nuvem de glória retirar-se de Jerusalém e mover-se para o leste através do vale de Cedrom até o monte das Oliveiras. No entanto, Deus não havia abandonado a cidade para sempre; mais tarde Ezequiel descreverá a glória de Deus retornando a Jerusalém (cap. 43; veja 47.1-12; Zc 14.4 ; At 1.11).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Ezequiel 10:1-22 - NOVAMENTE A VISÃO DA GLÓRIA DO SENHOR E DE SUA NAVE.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na primeira seção “1”, estamos no capítulo 10:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
1. Visões e vocação (8.1-11.25) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 11, estaremos vendo as visões e a vocação. Ezequiel teve uma visão de Jerusalém durante a qual testemunhou os pecados do povo e foi chamado para profetizar contra eles (11.4).
Ezequiel começa o capítulo dizendo que depois olhou e veja o que ele viu: a carruagem da glória se retirando do templo. Na visão de Ezequiel, a glória de Deus deixa o templo e se dirige para o leste, simbolizando que o templo estava tão corrompido e profanado que Deus não permaneceria ali.
De fato fora uma triste visão esta de Ezequiel, principalmente por causa do templo a que tanto tinham afeição, mas que, no entanto, desconsideravam o Senhor do templo.
No verso 1, os "seres viventes" de 1.5,13-15,17,19-22; 3.13 são identificados como querubins (10.15,17,20). Sobre eles havia uma como pedra de safira com a aparência de um trono que ficava acima da cabeça dos querubins, em um firmamento.
Ao homem vestido de linho foi falado então para que fosse por entre as rodas giradoras, abaixo dos querubins e enchesse as suas mãos de brasas acesas para espalhá-las sobre a cidade. Assim, o homem vestido de linho entrou na presença de Ezequiel para o lugar que tinha sido designado para ir.
Ezequiel passa a narrar em detalhes a forma como o homem vestido de linho vai até os querubins para, de lá, apanhar as brasas acesas.
Os querubins estavam de pé quando o homem entrou e quando ele entrou, uma nuvem encheu o átrio interior. E, neste momento, a glória do Senhor que estava sobre o querubim se levantou e passou para a entrada da casa e a nuvem encheu o átrio desse resplendor da glória do Senhor.
Havia um som muito alto ali por causa das asas dos querubins e esse som era parecido com a voz do Todo-Poderoso quando ele falava.
Deu, pois, ordem ao homem vestido de linho, dizendo para ele tomar do fogo dentre as rodas, dentre os querubins e ele entrou e se pôs junto a uma roda.
Foi um querubim que estendeu a sua mão de entre os querubins para o fogo que estava entre eles e tomou do fogo e colocou o fogo nas mãos do homem que estava vestido de linho. Ele tomou do fogo e saiu dali.
O querubim estendeu a mão dentre as rodas para o fogo para retirar o carvão em brasa que devoraria a cidade.
Foi nesse momento que Ezequiel percebeu que apareceu nos querubins uma semelhança de mão de homem debaixo de suas asas e então ele olhou.
Ele olhou e viu as quatro rodas junto a um querubim cujo aspecto era a mesma semelhança, como se uma roda estivesse dentro da outra. Cada uma dessas rodas junto a um querubim, o qual sabemos pela primeira visão que eram quatro. Cada roda estava também junto a um querubim e elas estavam como se fosse uma dentro da outra. O aspecto das rodas era como o brilho de pedra de crisólita.
As quatro tinham a mesma semelhança como se estivesse uma roda no meio da outra roda. Por onde andavam elas, e elas andavam nas quatro direções, sem se virarem quando andavam, iam em qualquer das quatro direções.
Todo o corpo desse ser, inclusive suas costas, mãos, asas e até as rodas que os quatro tinham, eram elas cheias de olhos em redor - comparar com Dt 11.12; 2Cr 16.9; Pv 15.3; Zc 3.9; 4.10; Ap 4.8. As rodas foram chamadas de rodas giradoras pelos querubins que assim a chamavam. Elas parecem ser algum tipo de veículo ou nave de transporte.
Também cada um tinha quatro rostos.
·         Primeiro rosto, era rosto de querubim - tomaram o lugar do boi ou touro da visão anterior (1.10; 22).
·         Segundo rosto, era rosto de homem.
·         Terceiro rosto, era rosto de leão.
·         Quarto rosto, era rosto de águia.
Os querubins se elevavam ao alto e eles eram os mesmos seres viventes que Ezequiel vira junto ao rio Quebar.  
Dos vs. 16 ao 17, ele fala do movimento (andar, voar) dos querubins e das rodas e explica que isso se sucedia por causa do espírito do ser vivente que estava nelas. Temos aqui os seres viventes, os querubins (os quais são a mesma coisa), as asas, as rodas, os seus espíritos e os seus movimentos.
Foi ai, então, que a glória do Senhor saiu dali de sobre a entrada da casa e parou sobre os querubins , ou seja, retirou-se do templo em direção ao leste (v. 4; 9.3). Vemos aqui que a glória do Senhor e a visão dos querubins e rodas e asas e espírito são distintas.
Quando a glória do Senhor parou sobre os querubins, estes alçaram as suas asas e se elevaram da terra à sua vista e saíram acompanhados pelas rodas ao lado deles e todos juntos pararam à entrada da porta oriental da casa do Senhor, e a glória do Deus de Israel estava em cima sobre eles.
Ezequiel conclui sua narrativa dizendo que foram esses os seres viventes que ele viu debaixo do Deus de Israel e que ele entendeu serem os querubins que tinham cada um quatro rostos, quatro asas e debaixo de suas asas, mãos semelhantes as dos homens
Uma vez que a face do boi havia sido substituída pela face de um querubim (v. 14), Ezequiel provavelmente não queria dizer que todas as faces pareciam iguais como aparentavam anteriormente. Provavelmente ele se referia apenas às suas faces humanas - aquelas que olhavam "para a sua frente" (cf. 1.9-10).
Ez 10:1 Depois olhei,
e eis que no firmamento que estava por cima da cabeça dos querubins,
apareceu sobre eles uma como pedra de safira,
semelhante em forma a um trono.
Ez 10:2 E falou ao homem vestido de linho, dizendo:
Vai por entre as rodas giradoras,
até debaixo do querubim,
enche as tuas mãos de brasas acesas
dentre os querubins,
e espalha-as sobre a cidade.
E ele entrou à minha vista.
Ez 10:3 E os querubins estavam de pé ao lado direito da casa,
quando entrou o homem;
e uma nuvem encheu o átrio interior.
Ez 10:4 Então se levantou a glória do Senhor de sobre o querubim,
e passou para a entrada da casa;
e encheu-se a casa duma nuvem,
e o átrio se encheu do resplendor
da glória do Senhor.
Ez 10:5 E o ruído das asas dos querubins se ouvia
até o átrio exterior,
como a voz do Deus Todo-Poderoso, quando fala.
Ez 10:6 Sucedeu pois que,
dando ele ordem ao homem vestido de linho, dizendo:
Toma fogo dentre as rodas, dentre os querubins,
entrou ele, e pôs-se junto a uma roda.
Ez 10:7 Então estendeu um querubim a sua mão de entre os querubins
para o fogo que estava entre os querubins;
e tomou dele e o pôs nas mãos
do que estava vestido de linho,
o qual o tomou, e saiu.
Ez 10:8 E apareceu nos querubins uma semelhança de mão de homem
debaixo das suas asas.
Ez 10:9 Então olhei,
e eis quatro rodas junto aos querubins,
uma roda junto a um querubim,
e outra roda junto a outro querubim;
e o aspecto das rodas era como o brilho de pedra de crisólita.
Ez 10:10 E, quanto ao seu aspecto,
as quatro tinham a mesma semelhança,
como se estivesse uma roda no meio doutra roda.
Ez 10:11 Andando elas, iam em qualquer das quatro direções
sem se virarem quando andavam,
mas para o lugar para onde olhava a cabeça,
para esse andavam;
não se viravam quando andavam.
Ez 10:12 E todo o seu corpo, as suas costas, as suas mãos,
as suas asas, e as rodas que os quatro tinham,
estavam cheias de olhos em redor.
Ez 10:13 E, quanto às rodas, elas foram chamadas rodas giradoras,
ouvindo-o eu.
Ez 10:14 E cada um tinha quatro rostos:
o primeiro rosto era rosto de querubim,
o segundo era rosto de homem,
o terceiro era rosto de leão,
e o quarto era rosto de águia.
Ez 10:15 E os querubins se elevaram ao alto.
Eles são os mesmos seres viventes que vi junto ao rio Quebar.
Ez 10:16 E quando os querubins andavam,
andavam as rodas ao lado deles;
e quando os querubins levantavam as suas asas,
para se elevarem da terra,
também as rodas não se separavam do lado deles.
Ez 10:17 Quando aqueles paravam, paravam estas;
e quando aqueles se elevavam,
estas se elevavam com eles;
pois o espírito do ser vivente estava nelas.
Ez 10:18 Então saiu a glória do Senhor de sobre a entrada da casa,
e parou sobre os querubins.
Ez 10:19 E os querubins alçaram as suas asas,
e se elevaram da terra à minha vista,
quando saíram,
acompanhados pelas rodas ao lado deles;
e pararam à entrada da porta oriental da casa do Senhor,
e a glória do Deus de Israel estava em cima sobre eles.
Ez 10:20 São estes os seres viventes que vi
debaixo do Deus de Israel, junto ao rio Quebar;
e percebi que eram querubins.
Ez 10:21 Cada um tinha quatro rostos e cada um quatro asas;
e debaixo das suas asas havia
a semelhança de mãos de homem.
Ez 10:22 E a semelhança dos seus rostos
era a dos rostos que eu tinha visto junto ao rio Quebar;
tinham a mesma aparência, eram eles mesmos;
cada um andava em linha reta para a frente.
Querubins foram colocados à entrada do jardim do Éden juntamente com uma espada flamejante que se volvia por todos os lados, para guardar o caminho da árvore da vida. (Gn. 3:24).
No oráculo do Templo de Jerusalém foram postos dois gigantescos querubins de quase seis metros de altura, cujas asas estendidas tinham igual comprimento à altura. Eram feitos de madeira de oliveira e cobertos de ouro, 1Rs 6:23-28; 2Cr. 3:10-13; Hb. 9:5.
Em um poema, Davi representa Jeová montado sobre querubins e voando sobre as asas dos ventos:
·         Montou num querubim, e voou; apareceu sobre as asas do vento. - 2Sm 22:11; 10
·         Montou num querubim, e voou; sim, voou sobre as asas do vento. Sl 18:10.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Ezequiel 9:1-11 - OS EXECUTORES E SUAS ARMAS DESTRUIDORAS.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na primeira seção “1”, estamos no capítulo 9:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
1. Visões e vocação (8.1-11.25) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 11, estaremos vendo as visões e a vocação. Ezequiel teve uma visão de Jerusalém durante a qual testemunhou os pecados do povo e foi chamado para profetizar contra eles (11.4).
Neste capítulo, de apenas onze versículos, veremos os executores sendo convocados para matar os não arrependidos. Ezequiel continuou a observar os acontecimentos em Jerusalém por meio de sua visão, e viu Deus convocar os executores para matar os não arrependidos.
Ezequiel ouviu um grito em alta voz chamando os intendentes ou executores e cada um deles com suas armas destruidoras em suas mãos. São estes descritos como seres humanos (9.1-2), mas provavelmente guerreiros angélicos (Êx 12.23-30, 1Cr 21.15-20), designados para executar os idólatras.
Eles estavam em número de seis deles, com cada um com sua arma em punhos e com eles um homem vestido de linho, com um tinteiro de escrivão à sua cintura. Eles entraram e se puseram junto ao altar de bronze.
As vestimentas de linho eram o traje dos sacerdotes (Êx 28.29-42), mas os anjos e aqueles que permaneciam na presença de Deus também eram descritos como usando linho (Dn 10.5; 12.6-7; Ap 15.6; 19.8,14).
Quanto aos tinteiros ou estojo de escrever à cintura que estava com o homem vestido de linho pode ser um escriba aparentemente encarregado de manter o registro celestial (Êx 32.32-33; SI 69.28; 139.16; Dn 12.1; Fp 4.3; Ap 3.5; 13.8; 17.8; 20.12,15; 21.27).
A visão de Ezequiel era uma advertência de que os idólatras não tinham lugar na cidade de Deus (1Co 5.11; 6.9; Ef 5.5; Cl 3.5; Ap 21.8; 22.15; cf. 2Co 15.12-13).
Ezequiel passa a falar da glória de Deus de Israel que se levantara de onde estava – do querubim - e que passou à entrada da casa e que clamou ao homem vestido de linho, aquele que trazia o tinteiro em suas mãos.
A nuvem de glória que simbolizava a presença divina habitava acima do lugar santíssimo no templo; a nuvem iniciou urna jornada retratando visualmente o modo pelo qual Deus abandonaria Jerusalém (10.18-19; 11.22-23).
No verso 4, o Senhor disse para passar pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém e marcar com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas aquelas abominações que se estavam cometendo no meio dela.
Esse simbolismo pode ter influenciado a visão ou o escrito de João em Ap 7.3; 14.9. A marca é uma reminiscência do sangue nas casa dos israelitas durante a primeira Páscoa - o sinal havia salvo todos os primogênitos da morte (Êx 12.12-13).
Quanto aos outros, dos que sobraram e não receberam a marca, a instrução que Ezequiel ouviu foi de que passasse pela cidade após ele e ferisse, sem dó, nem piedade e matasse velhos, mancebos, virgens, criancinhas, mulheres. Era para serem exterminados todos eles, a começar pelo seu santuário. Todos os que não tivessem o sinal iriam ser mortos sem piedade e sem compaixão.
E assim foi que se começou pelos anciãos que estavam diante da casa. E lhes foi dito que profanassem a casa e enchessem os átrios dos mortos. E eles saíram e feriram a cidade. (Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?) - 1 Pedro 4:17.
Enquanto saíram e estavam executando a ordem de destruição, Ezequiel cai com seu rosto em terra e clama e intercede por eles dizendo ou perguntando a Deus se ele iria mesmo destruir todo o restante de Israel ao derramar toda a sua indignação sobre Jerusalém.
Ele, o Senhor, lhe responde – vs. 9 – que a culpa da casa de Israel e de Judá era grandíssima e a terra estava cheia de sangue, de injustiça, principalmente por dizerem que o Senhor tinha abandonado a terra e, portanto nada via.
As acusações no cap. 8 concentraram-se na idolatria e nas violações do culto; aqui, a questão é a justiça social. Ezequiel estendeu-se sobre o tema da violência e da injustiça mencionados em 8.17.
O Senhor estava mesmo decidido a não poupá-los, nem se compadecer e sobre as suas próprias cabeças trazer-lhes seus próprios caminhos e péssimas escolhas.
O homem que estava vestido de linho e que tinha o tinteiro à sua cintura voltou com a resposta dele dizendo que tinha tudo feito como o Senhor tinha mesmo ordenado.
Ez 9:1 Então me gritou aos ouvidos com grande voz, dizendo:
Chegai, vós, os intendentes da cidade,
cada um com as suas armas destruidoras na mão.
Ez 9:2 E eis que vinham seis homens do caminho da porta superior,
que olha para o norte, e cada um com a sua arma
de matança na mão;
e entre eles um homem vestido de linho,
com um tinteiro de escrivão à sua cintura.
E entraram, e se puseram junto ao altar de bronze.
Ez 9:3 E a glória do Deus de Israel se levantou
do querubim sobre o qual estava,
e passou para a entrada da casa;
e clamou ao homem vestido de linho,
que trazia o tinteiro de escrivão à sua cintura.
Ez 9:4 E disse-lhe o Senhor:
Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém,
e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram
e que gemem por causa de todas as abominações
que se cometem no meio dela.
Ez 9:5 E aos outros disse ele, ouvindo eu:
Passai pela cidade após ele, e feri;
não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais.
Ez 9:6 Matai velhos, mancebos e virgens, criancinhas e mulheres,
até exterminá-los; mas não vos chegueis
a qualquer sobre quem estiver o sinal;
e começai pelo meu santuário.
Então começaram pelos anciãos que estavam diante da casa.
Ez 9:7 E disse-lhes:
Profanai a casa, e enchei os átrios de mortos; saí.
E saíram, e feriram na cidade.
Ez 9:8 Sucedeu pois que, enquanto eles estavam ferindo,
e ficando eu sozinho, caí com o rosto em terra,
e clamei, e disse:
Ah Senhor Deus! destruirás todo o restante de Israel,
derramando a tua indignação sobre Jerusalém?
Ez 9:9 Então me disse:
A culpa da casa de Israel e de Judá é grandíssima,
a terra está cheia de sangue,
e a cidade cheia de injustiça; pois eles dizem:
O Senhor abandonou a terra;
o Senhor não vê.
Ez 9:10 Também, quanto a mim, não pouparei nem me compadecerei;
sobre a cabeça deles farei recair o seu caminho.
Ez 9:11 E eis que o homem que estava vestido de linho,
a cuja cintura estava o tinteiro,
tornou com a resposta, dizendo:
Fiz como me ordenaste.
A oportunidade tinha sido dada ao povo de Israel e de Jerusalém, mas tinham desperdiçado e feito as suas próprias escolhas. O Senhor nada mais estava fazendo do que retornar as consequências devidas de seus atos tresloucados contra eles mesmos.
Vemos aqui neste capítulo que Deus se importa sim com nossas vidas e com a forma como estamos vivendo. Desprezar a justiça e a verdade e do povo se beneficiar ou viver sem regras desrespeitando o próximo é uma grande afronta a Deus que não deixará o pecado impune.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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terça-feira, 7 de abril de 2015

Ezequiel 8:1-18 - EZEQUIEL E A EXPERIÊNCIA DE UM TRANSPORTE VISIONÁRIO.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na primeira seção “1”, estamos no capítulo 8:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
Esta segunda série vai do capítulo 8 ao 24. Ela é o segundo conjunto de visões, a vocação, os atos simbólicos e as mensagens relacionadas.
Uma segunda seção, aproximadamente paralela à anterior, apresenta uma relação das visões, da vocação, dos atos e das mensagens (8.1-11.25; 12.1-20; 12.21-24.27) que serão as próximas divisões em seções: 1. Visões e vocação (8.1-11.25); 2. Os atos simbólicos (12.1-20); 3. Discursos relacionados (12.21-24.27)
1. Visões e vocação (8.1-11.25).
Até o capítulo 11, estaremos vendo as visões e a vocação. Ezequiel teve uma visão de Jerusalém durante a qual testemunhou os pecados do povo e foi chamado para profetizar contra eles (11.4).
Quando a visão terminou, ele comunicou aos exilados tudo o que havia visto (11.24-25). O castigo sobre Jerusalém não havia terminado, a destruição de 586 a.C. ainda permanecia no futuro.
Esses capítulos se dividem em seis partes: a. O transporte de Ezequiel até Jerusalém (8.1-4); b. A sua visão da idolatria no templo (8.5-18); c. Executores para os não arrependidos (9.1-11); d. A retirada da glória de Deus de sobre o templo (10.1-21); e. A execução dos maus líderes em Jerusalém (11.1-21); f. O transporte de Ezequiel de volta para a Babilônia (11.22-25).
a. O transporte de Ezequiel até Jerusalém (8.1-4).
Novamente Ezequiel tem uma visão da carruagem divina e a especifica no tempo e no espaço com precisão. Aconteceu no dia 05/06/0006 – ano de sua contagem, provavelmente de seu exílio -, estando ele assentado em sua casa e os anciãos de Judá também assentados diante dele que a mão do Senhor veio sobre ele e ele teve visões de Deus
Uma visão da carruagem divina aparece diante de Ezequiel como já havia acontecido anteriormente (v. 4). Agora, entretanto, uma mão se estende, segura Ezequiel e o transporta para Jerusalém para que ele pudesse ver por que a cidade e o seu templo tinham de ser destruídos.
Ele olhou e viu:
Alguém parecendo usar trajes afogueados desde os seus lombos até os seus pés e dos lombos para cima de um grande resplendor como o brilho de âmbar que estendeu as suas mãos sobre ele e o tomou por uma trança de seu cabelo e no Espírito o levantou entre o céu e a terra e o transportou até Jerusalém.
Alguns sugerem que Ezequiel foi fisicamente transportado para Jerusalém pelo Espírito de Deus, ou que ele fez realmente uma viagem até lá (6.1-3). Isso seria desnecessário. Ezequiel experimentou um transporte visionário, não diferente de outras experiências que ele teria ou que outros haviam experimentado ou experimentariam (3.12,14; 37.1; 40 1; 2Rs 5.26; 6.32-33; 2Co 12.2).
O detalhe da visão importa? Qual a razão do ser afogueado, do estender a sua mão, do apanhar ele pelas suas tranças, do fazê-lo ficar suspenso entre os céus e a terra, do conduzi-lo de um lugar para outro, mesmo que em visões?
O ser o trouxe até a entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte. Esta levava do átrio externo para o átrio interno do templo. Exatamente onde estava o assento da imagem de ciúme ou que provoca ciúme.
b. A sua visão da idolatria no templo (8.5-18).
Dos vs. 8 ao 18, veremos a idolatria no templo. Foram mostrados a Ezequiel quatro tipos de idolatria florescentes na cidade:
(1) O culto à "imagem dos ciúmes" (vs. 5-6).
(2) O culto a "animais" (vs.7-13).
(3) O culto a Tamuz (vs.14-15).
(4) O culto ao "sol" (v. 16).
Todos os segmentos da sociedade estavam envolvidos: os anciãos (vs. 11-12), as mulheres (v. 14) e os sacerdotes (v. 16).
(1) O culto à "imagem dos ciúmes" (vs. 5-6).
A imagem dos ciúmes. Definida no v. 3 como "imagem... que provoca o ciúme de Deus"; ou seja, provocava a ira de Deus, que zelava pela sua própria honra (Êx 20.5).
A glória de Deus pertencia àquele lugar (v.4); a imagem, não. Esse ídolo era, provavelmente uma Aserá, a imagem de uma deusa cananeia, possivelmente vista como a consorte do Senhor (veja 2Rs 21.7; 23.6).
A Ezequiel foi mostrada a imagem e a fala de Deus que aquilo era um absurdo, pois que o estavam provocando à ira.
 (2) O culto a "animais" (vs.7-13).
Ele continuou a levar Ezequiel em sua visão, certamente pelos seus cabelos e de forma suspensa entre os céus e a terra e o levou agora à porta do átrio e ele olhou.
Ele viu um buraco na parede. Deus o instruiu a cavar naquele buraco e acabou achando uma porta e o instruiu a entrar por ela e ver as ímpias abominações que eles faziam ali.
Ezequiel entra e olha e vê que toda a forma de repteis, de animais abomináveis, e todos os ídolos da casa de Israel estavam pintados na parede em todo o redor.
Cultuar animais era adorar a criatura ao invés de adorar o Criador (Rm 1.25). Animais sobre os quais a humanidade havia recebido o domínio, tinham, ao contrário, se tornado objeto de veneração (Gn 1.28).
Ele vê que 70 homens dos anciãos da casa de Israel, com Jazanias, filho de Safã, no meio deles, estavam em pé diante das pinturas em veneração com incensários, em rituais de adoração. Esse Safã havia sido útil na reforma empreendida por Josias (2Rs 22.3-14; 2Cr 34.8,15-20). Queimar incenso no templo era um rito reservado para os sacerdotes (Êx 30.1-10; Nm 16.40; 18.1-7; 2Cr 26.16-21).
Deus mostrou a Ezequiel o que faziam aqueles anciãos – ele começou a contar a sua visão estando sentado junto com os anciãos! (vs. 1) – faziam nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens.
Eles faziam isso e ainda diziam que o Senhor não os podia ver porque tinha abandonado a terra.
 (3) O culto a Tamuz (vs.14-15).
Depois ainda o levou à entrada da porta da casa do Senhor, que olha para o norte; e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz, por um deus que não é Deus.
Tamuz era cultuado como um deus da fertilidade e senhor do mundo inferior. Seus ritos estavam ligados aos ciclos anuais de morte e rejuvenescência da vegetação. Quando a vegetação morria sob o sol do verão, pensava-se que Tamuz havia morrido e descido ao mundo inferior, e o povo lamentava a sua morte.
O reflorescimento da vegetação era visto corno o retorno de Tamuz; ritos de fertilidade procuravam assegurar a fertilidade do solo (veja Dt 28.11-12,17-24; SI 104.10-30; JI 2.18-27; Am 9.13-15; Ag 1.10-11; 2.15-19; Zc 8.10-12).
 (4) O culto ao "sol" (v. 16).
Ainda continuou o Espírito a conduzi-lo e dessa vez o levou para o átrio interior da casa do Senhor; e eis que estavam à entrada do templo do Senhor vinte e cinco homens.
Provavelmente sacerdotes, uma vez que o acesso à área entre o altar e o pórtico era normalmente restrito aos sacerdotes. O templo estava voltado para o leste.
Ao invés de olhar para o templo para lamentar e chorar pelos seus pecados e interceder peia nação como deveriam estar fazendo (9.4; cf. JI 2.17), esses homens literalmente davam as costas para a casa de Deus e para o Senhor ali entronizado acima dos querubins (10.3) para adorar o sol nascente (2Rs 21.5; 23.11).
O culto aos astros era comum no antigo Oriente Próximo; eram proeminentes na Mesopotâmia, mas também nativos de Canaã.
Ez 8:1 Sucedeu pois, no sexto ano, no mês sexto, no quinto dia do mês,
estando eu assentado na minha casa, e os anciãos de Judá assentados
diante de mim, que ali a mão do Senhor Deus caiu sobre mim.
Ez 8:2 Então olhei,
e eis uma semelhança como aparência de fogo.
Desde a aparência dos seus lombos, e para baixo, era fogo;
e dos seus lombos, e para cima, como aspecto de resplendor,
como e brilho de âmbar.
Ez 8:3 E estendeu a forma duma mão,
e me tomou por uma trança da minha cabeça;
e o Espírito me levantou entre a terra e o céu,
e nas visões de Deus me trouxe a Jerusalém,
até a entrada da porta do pátio de dentro,
que olha para o norte,
onde estava o assento da imagem do ciúme,
que provoca ciúme.
Ez 8:4 E eis que a glória do Deus de Israel estava ali,
conforme a semelhança que eu tinha visto no vale.
Ez 8:5 Então me disse:
Filho do homem, levanta agora os teus olhos para o caminho do norte.
Levantei, pois, os meus olhos para o caminho do norte,
e eis que ao norte da porta do altar,
estava esta imagem do ciúme na entrada.
Ez 8:6 E ele me disse:
Filho do homem, vês tu o que eles estão fazendo?
as grandes abominações que a casa de Israel faz aqui,
para que me afaste do meu santuário;
Mas verás ainda outras grandes abominações.
Ez 8:7 E levou-me à porta do átrio;
então olhei,
e eis que havia um buraco na parede.
Ez 8:8 Então ele me disse:
Filho do homem, cava agora na parede.
E quando eu tinha cavado na parede,
eis que havia uma porta.
Ez 8:9 Disse-me ainda:
Entra, e vê as ímpias abominações que eles fazem aqui.
Ez 8:10 Entrei, pois, e olhei:
E eis que toda a forma de répteis, e de animais
abomináveis, e todos os ídolos da casa de
Israel,
estavam pintados na parede em todo o redor.
Ez 8:11 E setenta homens dos anciãos da casa de Israel,
com Jaazanias, filho de Safã, no meio deles,
estavam em pé diante das pinturas,
e cada um tinha na mão o seu incensário;
e subia o odor de uma nuvem de incenso.
Ez 8:12 Então me disse:
Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel
fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras
pintadas de imagens?
Pois dizem:
O Senhor não nos vê;
o Senhor abandonou a terra.
Ez 8:13 Também me disse:
Verás ainda maiores abominações que eles fazem.
Ez 8:14 Depois me levou à entrada da porta da casa do Senhor,
que olha para o norte; e eis que estavam ali
mulheres assentadas chorando por Tamuz.
Ez 8:15 Então me disse:
Viste, filho do homem?
Verás ainda maiores abominações do que estas.
Ez 8:16 E levou-me para o átrio interior da casa do Senhor;
e eis que estavam à entrada do templo do Senhor,
entre o pórtico e o altar,
cerca de vinte e cinco homens,
de costas para o templo do Senhor,
e com os rostos para o oriente;
e assim, virados para o oriente, adoravam o sol.
Ez 8:17 Então me disse:
Viste, filho do homem?
Acaso é isto coisa leviana para a casa de Judá,
o fazerem eles as abominações que fazem aqui?
pois, havendo enchido a terra de violência,
tornam a provocar-me à ira;
e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz.
Ez 8:18 Pelo que também eu procederei com furor;
o meu olho não poupará,
nem terei piedade.
Ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz,
contudo não os ouvirei.
O povo está regressando...
Depois de lhe mostrar essas terríveis abominações, o Senhor lhe fala da sua indignação com abominações feitas e com a terra cheia de violência para provocá-lo à ira.
Os pecados denunciados nesse capítulo de modo especial, mas não exclusivamente, envolviam práticas religiosas corruptas. A religião corrupta era inevitavelmente acompanhada por relacionamentos corruptos entre as pessoas, de sorte que toda a terra é descrita como cheia de violência e injustiça, um tema desenvolvido mais amplamente em 9.9; 11.6.
Alguns relevos assírios retratam pessoas levando ramos ao nariz, num gesto de reverência e culto; essa pode ser uma referência a essa prática ou a um rito cultual semelhante.
Em consequência, também Deus procederá com furor e seu olho não poupará, nem terá piedade, pois ainda que clamem a plenos pulmões, Deus não os ouvirá.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Não experimente!

Você nunca experimentou uma droga? - Não experimente!
Você nunca experimentou sexo antes do casamento? - Não experimente!
Você nunca experimentou álcool - Não experimente!
Você nunca experimentou sexo proibido por Deus: com animais, entre pessoas do mesmo sexo, com vegetais, sozinho, etc? - Não experimente!
Você nunca experimentou algo proibido por Deus? - Não experimente!
Tira isso da sua cabeça!
Você não estará perdendo nada!
Quem experimenta, abre uma porta, uma porta que não precisava de jeito algum de ser aberta, uma porta que poderá te aborrecer para sempre, uma porta que poderá ser a tua ruína - uma porta que não precisava de ser aberta!

Agora, se você não tem Deus ou tem, mas não está nem aí, abra tantas portas quanto quiser... experimente tudo, mas saiba que de todas as coisas terás de prestar contas a quem te deu o dom da vida e o teu corpo não para ser um cavalo, mas templo de Deus e morada do Espírito Santo.

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