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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Isaías 43:1-28 - O GRANDE DESAFIO DA PREGAÇÃO DE ISAÍAS JUNTO AOS INCRÉDULOS.



Para você não se perder na leitura capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
B. A capacidade e a determinação de Deus de trazer restauração para o seu povo na Babilônia (40:12 – 44:23).
Como também já dissemos, dos versos 40:12 ao cap. 44.23, estaremos vendo o poder de Deus na restauração do povo de Deus, sendo que muitos duvidavam de que isso seria mesmo possível. As profecias proferidas visavam assegurar aos israelitas no exílio que eles não precisavam temer, pois que Deus seria plenamente capaz de cumprir a promessa da aliança.
Também essa parte “B” foi dividida em 13 blocos ou seções: 1. Uma discussão sobre o poder de Deus (40:12-31) – já vista; 2. Um pronunciamento judicial contra as nações (41:1-7) – já vista; 3. Salvação para Israel (41:8-20) – já vista; 4. Um pronunciamento judicial contra os ídolos (41:21-29) – já vista; 5. Salvação para Israel (42:1-17) – já vista; 6. Uma discussão sobre a cegueira e a surdez de Deus (42:18-25) – já vista; 7. Salvação para Israel (43:1-7) – veremos agora; 8. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (43:8-13) – veremos agora; 9. Salvação para Israel (43:14-21) – veremos agora; 10. Uma discussão sobre a justiça de Deus (43:22-28) – veremos agora; 11. Salvação para Israel (44:1-5); 12. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (44:6-20);  e, 13. Salvação para Israel (44:21-23).
7. Salvação para Israel (43:1-7).
A origem da palavra profética é do Senhor (ela é divina: vs. 14,16; 44:2,6,24; 45:1,11,14,18; 48:17; 49:7-8; 49,25; 50:1; 52:3; 56:1; 56:4; 65:8; 66:1,12), o criador e o que formou Israel.
Sua primeira fala aqui é para que Jacó a quem criou e Israel a quem formou não temesse e explica por quê: eles eram seus remidos! Ainda os consola dizendo que os chamou pelo seu próprio nome. Ele, o Senhor, os chamou para serem seu povo, por isso que conhecia a cada um pelo seu nome (45:3-5; 48:1,19; 49:1; 56,5; 62:2,4; 65:15; 66:22; Ex 33:12,17). Eles são o bendito povo de Deus (Éx 19:5-6), assim, como em Cristo somos seus filhos, também seu povo escolhido.
A seguir por meio de algumas metáforas traz uma alívio para a aflição (Sl 66:12) e novamente os consola dizendo que seria conosco. A confirmação da presença de Deus significava que ele lutaria pelo seu povo e o protegeria.
Isto porque ele, Deus, é o Senhor, o Santo de Israel, o Salvador, o Redentor ou Resgatador, pois fora precioso aos olhos do Senhor e os honrou (o povo de Deus é exaltado por eleição - 45:4; 49:5; 54:12; Ex 19:5; Dt 7:6-8)) e os amou (54:10 63,9; Éx 19:4: 43:5-6) e homens deu por ele e povos pela sua vida – vs 4.
Ele diz que traria a sua descendência desde o Oriente e os ajuntaria desde o Ocidente, ou seja, de todos os lugares onde os filhos de Deus pudessem ser encontrados, incluindo aqueles na época do exílio.
8. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (43:8-13).
Numa quarta abordagem de Isaías contra a descrença nessa seção de 4 capítulos envolvendo os versos 40:12 a 44:23, veremos que o profeta pede aos espiritualmente cegos e surdos de Israel que prestem atenção nesse pronunciamento contra as nações e seus ídolos e que percebam o erro de seus caminhos.
O povo cego e o surdo que era para ser trazido – vs 8 – eram justamente estes que insistiam que Deus não poderia salvá-los tamanha era a situação contraria vivida por eles no exílio.
Nos versos 9  e 10, o Senhor pede que as nações se congreguem e os povos se reúnam como se fosse para estarem presentes num tribunal onde a disputa iria começar e Israel deveria estar presente e não somente isso, mas serem suas testemunhas de como o Senhor tinha demonstrado a sua superioridade sobre todas as nações e sobre todos os seus deuses.
De fato, Deus já tinha agido na história de Israel envolvendo muitos outros povos com suas culturas, seus deuses e suas crenças e contra todos eles prevaleceu.
O exílio não seria diferente, mas ao invés da nação israelita estar por cima, ela era a que estava sendo subjugada, não por causa do poder das outras nações sobre o Senhor, mas por sua vontade que usava as nações como meio de disciplinar os seus filhos queridos, os quais tanto amava e ama.
A alegação da divindade do Senhor estava sustentada e residia em seu poder de decretar (seus decretos são eternos – 40:6; Am 1:3, 6, 9, 11, 13), revelar e agir – 41:4, 22, 26; 42:9. Era somente o Senhor que tinha desejado desde a eternidade a redenção do seu povo – 40:21; 41:4,26.
9. Salvação para Israel (43:14-21).
Novamente Isaías reafirma, pela quarta vez, a Israel a salvação do exílio ao explicar que Deus estava prestes a fazer uma coisa ainda maior do que fizera no êxodo sob a liderança de Moisés.
O Senhor com certeza libertaria o seu povo dos seus opressores. Ele reafirma que ele é o Senhor, o Santo, o Criador, o Rei – vs 15 - e que preparou no mar um caminho e nas águas impetuosas uma vereda.
O êxodo foi menos importante e menos espetacular do que a nova era de redenção que estaria por vir, com o Messias esperado. Até mesmo Moisés predisse que a restauração depois do exílio envolveria bênçãos ainda maiores do que as que já haviam sido recebidas – Dt 30:5.
Bastava agora de coisas passadas e antigas, pois o Senhor faria algo novo que sufocaria o primeiro brilho e que traria mais luz de forma que seria posto no deserto caminhos e no ermo, rios de águas vivas, como diz as Escrituras sob aqueles que crerem em Jesus Cristo.
Até a natureza daria louvor a Deus juntamente com os redimidos, os quais constituiriam uma nova comunidade de glorificação a Deus – 42:12.
10. Uma discussão sobre a justiça de Deus (43:22-28).
Contudo, algo inesperado. Jacó que deveria invocar o Senhor, não o invoca, antes de enfada e cansa do Senhor. E pela quinta vez nessa seção de 4 capítulos envolvendo os versos 40:12 a 44:23, Isaías discute as objeções dos céticos de que Deus não cumpriria a sua palavra, destacando que Israel não satisfizera os requisitos de Deus para a restauração.
Por causa de seus corações endurecidos pelo pecado, o povo de Deus que tinha se enfadado do Senhor, não apresenta ofertas e sacrifícios motivados pela devoção. Eles estavam deixando de adorá-lo porque haviam se cansado do Senhor ou melhor, preferiam antes o pecado do que o Senhor.
Is 43:1 Mas agora, assim diz o SENHOR
                que te criou, ó Jacó,
                e que te formou, ó Israel:
                               Não temas, porque eu te remi;
                               chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
                Is 43:2 Quando passares pelas águas estarei contigo,
                               e quando pelos rios, eles não te submergirão;
                                               quando passares pelo fogo, não te queimarás,
                                                               nem a chama arderá em ti.
                Is 43:3 Porque eu sou o SENHOR teu Deus,
                               o Santo de Israel, o teu Salvador;
                                               dei o Egito por teu resgate, a Etiópia
                                                               e a Seba em teu lugar.
                Is 43:4 Visto que foste precioso aos meus olhos,
                               também foste honrado, e eu te amei,
                                               assim dei os homens por ti, e os povos pela tua vida.
                Is 43:5 Não temas, pois, porque estou contigo;
                               trarei a tua descendência desde o oriente,
                                               e te ajuntarei desde o ocidente.
                Is 43:6 Direi ao norte:
                               Dá;
                e ao sul:
                               Não retenhas;
                               trazei meus filhos de longe e minhas filhas
                                               das extremidades da terra.
                Is 43:7 A todos os que são chamados pelo meu nome
                e os que criei para a minha glória,
                               os formei, e também os fiz.
                Is 43:8 Trazei o povo cego, que tem olhos;
                               e os surdos, que têm ouvidos.
                Is 43:9 Todas as nações se congreguem, e os povos se reúnam;
                               quem dentre eles pode anunciar isto,
                                               e fazer-nos ouvir as coisas antigas?
                               Apresentem as suas testemunhas, para que se justifiquem,
                                               e se ouça, e se diga: Verdade é.
                Is 43:10 Vós sois as minhas testemunhas,
                               diz o SENHOR, e meu servo, a quem escolhi;
                                               para que o saibais, e me creiais, e entendais
                               que eu sou o mesmo, e que antes de mim
                                               deus nenhum se formou,
                               e depois de mim
                                               nenhum haverá.
                Is 43:11 Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador.
                Is 43:12 Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir,
                               e deus estranho não houve entre vós,
                                               pois vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR;
                                                               eu sou Deus.
                Is 43:13 Ainda antes que houvesse dia, eu sou;
                               e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos;
                                               agindo eu, quem o impedirá?
                Is 43:14 Assim diz o SENHOR, vosso Redentor, o Santo de Israel:
                               Por amor de vós enviei a Babilônia,
                                               e a todos fiz descer como fugitivos, os caldeus,
                                                               nos navios com que se vangloriavam.
                Is 43:15 Eu sou o SENHOR, vosso Santo,
                               o Criador de Israel, vosso Rei.
                Is 43:16 Assim diz o SENHOR, o que preparou no mar um caminho,
                               e nas águas impetuosas uma vereda;
                Is 43:17 O que fez sair o carro e o cavalo, o exército e a força;
                               eles juntamente se deitaram, e nunca se levantarão;
                                               estão extintos; como um pavio se apagaram.
                Is 43:18 Não vos lembreis das coisas passadas,
                               nem considereis as antigas.
                Is 43:19 Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz;
                               porventura não a percebeis?
                               Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo.
                Is 43:20 Os animais do campo me honrarão,
                               os chacais, e os avestruzes; porque porei águas no deserto,
                                               e rios no ermo, para dar de beber ao meu povo,
                                                               ao meu eleito.
                Is 43:21 A esse povo que formei para mim;
                               o meu louvor relatarão.
                Is 43:22 Contudo tu não me invocaste a mim, ó Jacó,
                               mas te cansaste de mim, ó Israel.
                Is 43:23 Não me trouxeste o gado miúdo dos teus holocaustos,
                               nem me honraste com os teus sacrifícios;
                                               não te fiz servir com ofertas,
                                                               nem te fatiguei com incenso.
                Is 43:24 Não me compraste por dinheiro cana aromática,
                               nem com a gordura dos teus sacrifícios me satisfizeste,
                                               mas me deste trabalho com os teus pecados,
                                                               e me cansaste com as tuas iniquidades.
                Is 43:25 Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões
                               por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.
                Is 43:26 Faze-me lembrar; entremos juntos em juízo;
                               conta tu as tuas razões, para que te possas justificar.
                Is 43:27 Teu primeiro pai pecou,
                               e os teus intérpretes prevaricaram contra mim.
                Is 43:28 Por isso profanei os príncipes do santuário;
                               e entreguei Jacó ao anátema,
                               e Israel ao opróbrio.
No entanto, é o Senhor quem apaga as transgressões por amor dele mesmo e dos nossos pecados nem se lembra. Se tal não fosse como estaria o povo de Deus depois do episódio do bezerro de outro, por exemplo, no deserto? Deus perdoou os seus pecados – Ex 34:6; Lc 5:21.
Deus desafiou o povo de Deus abertamente – vs 26 – para que argumentassem e apresentassem suas reivindicações, mas Israel se mostrou totalmente condenável, incapaz de refutar a verdade. Judá sofreu a desgraça pela destruição do seu templo e o exílio do seu povo – 44:26; 63:18; II Re 25:18-21.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Isaías 42:1-25 - A SALVAÇÃO DE DEUS E A CEGUEIRA DOS INCRÉDULOS.

Para você não se perder na leitura capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
Como já dissemos, as inúmeras profecias nessa parte, que ocupa uns 26 capítulos deste livro, e estamos no 42/66, foram direcionadas, basicamente, aos exilados na Babilônia para encorajá-los a escapar de seus captores e retornar, pela fé, à Terra Prometida (47:20-21).
Também nós dividimos essa quarta última parte em quatro outras partes principais: A. O chamado de Isaías para proclamar a restauração (40:1-11) – já vista; B. A capacidade e a determinação de Deus de trazer restauração para o seu povo na Babilônia (40:12 – 44:23) – estamos vendo; C. Os dois instrumentos de Deus para a restauração (44:24 – 55:13); e, D. O caminho de arrependimento e restauração que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração (56:1 – 66:24).
B. A capacidade e a determinação de Deus de trazer restauração para o seu povo na Babilônia (40:12 – 44:23) - continuação.
Como também já dissemos, dos versos 40:12 ao cap. 44.23, estaremos vendo o poder de Deus na restauração do povo de Deus, sendo que muitos duvidavam de que isso seria mesmo possível. As profecias proferidas visavam assegurar aos israelitas no exílio que eles não precisavam temer, pois que Deus seria plenamente capaz de cumprir a promessa da aliança.
Também essa parte “B” foi dividida em 13 blocos ou: 1. Uma discussão sobre o poder de Deus (40:12-31) – já vista; 2. Um pronunciamento judicial contra as nações (41:1-7) – já vista; 3. Salvação para Israel (41:8-20) – já vista; 4. Um pronunciamento judicial contra os ídolos (41:21-29) – já vista; 5. Salvação para Israel (42:1-17); 6. Uma discussão sobre a cegueira e a surdez de Deus (42:18-25); 7. Salvação para Israel (43:1-7); 8. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (43:8-13); 9. Salvação para Israel (43:14-21); 10. Uma discussão sobre a justiça de Deus (43:22-28); 11. Salvação para Israel (44:1-5); 12. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (44:6-20);  e, 13. Salvação para Israel (44:21-23).
5. Salvação para Israel (42:1-17).
Novamente, o profeta Isaías assegura a Israel quanto à sua salvação. Ele celebra aqui o servo fiel, ideal e de linhagem real (491-9; 50:4-11; 52:13-53.12; 61:1-11).
Dividiremos esse pequeno trecho em 3 seções: o anúncio da salvação - vs. 1-9; um cântico de louvor interveniente - vs. 10-13; e a conclusão do anúncio da salvação – vs 14-17.
O anúncio da salvação - vs. 1-9;
Aqui o servo sustentado, o escolhido do Senhor é quem trará salvação a Israel e não qualquer outro. A salvação vem do Senhor – Jn 1:9.
A imagem do servo sustentado e escolhido encontra o seu foco em Jesus (Mt 12:18-21). O termo foi aplicado ao Israel fiel antes de sua vinda e aos apóstolos (At 26:31) e à igreja, depois do seu advento (I Pe 2:21-22).
Ele seria bem diferente de tudo o que já antes tinha falado porque ele não viria para condenar ou julgar, mas para salvar o que se havia perdido e que ansiava pela salvação de seu Deus e se encontrava confuso e cansado no caminho da vida.
Ele seria todo o prazer e deleite do Senhor por causa da plenitude de seu Espírito Santo em sua vida como quem estaria a nos comunicar que o mesmo Espírito também estaria conosco,
Sem clamor, sem exaltações, sem fazer ouvir a sua voz em praça, sem trilhar a cana quebrada, sem apagar o pavio que fumega e com verdade trazendo a justiça e todos prontos a ouvi-lo e obedecê-lo.
O Servo seria maior que Moisés (Dt 18:15-18; At 3:11-36) porque mediaria uma nova aliança que, por fim, garantiria que todos os crentes cumpririam a sua lei de maneira perfeita (vs. 6; Jr 31:31; II Co 13; Hb 8:7-13).
Isso aconteceu de forma plena com a volta de Jesus, mas terá sua conclusão quando Jesus voltar para completar a restauração dos céus e da terra. A missão do servo é levar a luz da salvação de Deus tanto a judeus quanto a gentios. É a fase atual que nos encontramos do “já” e do “ainda não”. Cristo já veio de forma plena, mas ainda não.
Da forma como atualmente somos incapazes de praticar o bem por causa do pecado, seremos igualmente incapazes de praticar o mal, por causa da santidade em nós. Não significa sermos marionetes nas mãos de um Deus insano, mas termos nossa natureza transformada para o bem.
Quando Adão pecou exercendo plenamente seu livre arbítrio, ele escolheu o mal e o pecado passou para todos nós filhos de Adão. Hoje somos pecadores e não podemos fazer o bem por livre escolha. Da mesma forma, quando Cristo venceu a morte e o pecado, ele nos possibilitou nele, agora, nossa escolha para o bem e passou sua santidade para todos nós, de forma que recebemos dele gratuitamente a salvação e a santidade passou para todos nós, pelo segundo Adão.
O Senhor é o Deus de toda a criação, incluindo as nações. Ele, por ter criado todas as coisas, ele é Senhor, que dá fôlego de vida. Ele é o Criador e o Sustentador da vida humana (Sl 104:30; At 17: 24-25) que capacitaria o servo a transformar a terra por meio de uma nova vida espiritual.
O servo Jesus Cristo efetuaria urna nova aliança por meio de sua morte vicária pelos pecados do seu povo (vs. 53:4-6; Jr 31:34; Hb 8:6-13; 9:15). Tendo a consciência limpa pelo seu sangue, as pessoais conheceriam Deus (Hb 9:9-14).
Além disso, o seu Espírito escreveria a lei de Deus no coração das pessoas de maneira perfeita, muito além do modo como a escrevera no coração dos que creram no passado, dessa maneira unindo Israel ao Senhor (49:6-8).
Os profetas referiram-se a isso como uma “nova aliança" (Jr 31:31), “aliança da minha paz” (Is 54:10), “aliança perpétua (55:3) ou, como aqui, usando simplesmente o termo “aliança'.
Os beneficiários da luz de Deus - a luz do reino de Deus, incluindo a sua salvação plena (49:6) - constituem uma nova comunidade de portadores da luz num mundo em trevas (9:2; 49:6; 51:4; 60:1-3; Mt 5:14-16; Lc 2:31-32; At 26:17-18,23).
Essa luz para os gentios – vs 6 – seria para abrir os olhos aos cegos e tirar da prisão o cativo e do cárcere, os que jaziam em trevas – vs 7 – ou seja, essa é uma linguagem figurada extraída dos calabouços, lugares totalmente privados de luz. Por trás dessa imagem de trevas estava o exílio babilônio. A salvação de Israel desse exílio prefigura a sua libertação espiritual, por meio de Jesus Cristo, da cegueira, do fardo e das trevas do pecado.
Eu sou o SENHOR – vs 8 – e esse era o seu nome, cuja glória não seria dada a ninguém, muito menos a sua honra seria entregue às imagens de escultura. Assim, vs 9 – as primeiras predições já se cumpriram e novas coisas ele nos anunciaria: renovação da aliança, restauração da terra, o reino messiânico, inclusão dos gentios e novos céus e nova terra. É Deus quem planeja, proclama e executa, e sua palavra vai, finalmente e fielmente, se realizar (40:8).
Um cântico de louvor interveniente - vs. 10-13;
Dos vs 10 ao 12, o louvor pela prometida vitória de Deus sobre as nações interrompe o anúncio do que Deus iria fazer.
Os redimidos cantariam um cântico novo (de vitória), como Moisés e Miriã fizeram quando testemunharam os atos de salvação de Deus (Ex 15:1,21; cf. Sl 149:1; Ap 5:9; 14:3) e em todo lugar, onde os filhos de Deus poderiam ser encontrados (vs 11,12). O Senhor recebe assim a aclamação de se seus súditos (vs. 8; I Pe 2:9).
No verso 13, o Senhor sairá como valente, como homem de guerra, nos passando uma imagem de Deus como o guerreiro divino em quem está a esperança (1:9; 5:26; 9:6; 13:4; 40:11). Ele clamará, mas não com o sentido da mesma maneira do vs 2, de desespero, mas de grande alegria e o seu zelo – vs 13 - é a garantia de que irá cumprir todos os seus planos.
A conclusão do anúncio da salvação – vs 14-17.
Do vs 14 ao 17, vemos o retorno do uso da primeira pessoa indicando a ligação entre os vs de 1 a 9. O senhor agora completa a sua promessa de agir no futuro.
O progresso do reino de Deus pode ser aparentemente lento, mas o Senhor vai realizá-lo em sua plenitude (cf. 63:15; 64:12) por isso que ele agora apresenta um novo ato ligado à restauração do exílio (43:1,19; 44:1; 48:6-7,16; 49:5,19) e ele que outrora estivera calado dará gritos como a de uma parturiente, ou seja, como de uma mulher no final da gravidez e que está ansiosa para dar à luz um novo filho.
Por hora, apenas temos uma vaga ideia dos planos e propósitos de Deus e muitas coisas ainda nos permanecem ocultas e estranhas, mas quando estudadas com afinco e dedicação vemos uma mente brilhante e digna de adoração traçando e fazendo coisas espetaculares que antes nem pensávamos estarem ligadas e conexas, mesmo assim, ainda vemos embaçado, mas o suficiente para saber que há muito mais a se desvendar e conhecer, mas tudo a seu tempo.
No vs 15, ele mostra imagens de julgamento no dia do Senhor que lembram o êxodo e as travessias do mar Vermelho e do rio Jordão (Ex 14:16-29; Js 3:14-17; SI 66:6).
Durante o julgamento, o Senhor estaria com o seu povo e o guiaria como guiou Israel no deserto (Ex 13:21-22). Guiaria como guia os cegos por um caminho que não conheciam e por veredas desconhecidas onde as trevas se tornariam em plena luz e aqueles caminhos escabrosos, seriam totalmente planos – vs 16. Isso nos parece um eco do êxodo do Egito (Ex 13:21,22).
6. Uma discussão sobre a cegueira e a surdez de Deus (42:18-25).
Essa passagem dos versos de 18 ao 25, reflete um debate imaginário entre o profeta e os céticos de Israel. É a terceira resposta de Isaías à descrença nessa seção (40:.12 a 44:23).
A acusação implícita dos que duvidavam era que Deus estava cego e surdo quanto à condição do seu povo no exílio. Seria Deus mesmo capaz de restaurar Israel estando toda a nação debaixo de um cativeiro, nas mãos de outra tão grande e terrível nação? Essa era a insistente e maligna dúvida deles.
A resposta de Isaías foi que Israel, e não Deus, é que estava cego e surdo, a tal ponto que havia merecido a decisão divina de mandar o povo para o exílio.
Eles estavam surdos era porque se recusaram a ouvir (vs. 23) e cegos, porque deixaram de ver a mão de Deus em sua história (vs. 20; 48:3-6). Isso é repetido três vezes com propósito de ênfase. Aqui, fazendo-se um paralelo, vemos a condição dos pecadores que não querem abandonar o pecado e a ele se unem de forma terrível. Por isso que são surdos, pois não querem ouvir e cegos, pois não querem ver. Seus corações estão aliançados com o pecado, como pois ouviriam e veriam a mensagem que lhes poderia salvar?
No vs 18, perguntas retóricas em resposta a uma acusação implícita de que Deus era cego e surdo – vs. 23, 24; 43:9. No entanto, eles tinham olhos, mas nada poderiam ver, tinham ouvidos, mas nada poderiam ouvir, uma vez que de malgrado ouviam e viam.
Foi do agrado do senhor engrandecer a lei e fazê-la gloriosa, estendendo o seu reino na terra, mas o povo de Deus estava com seu coração ocupado e com seus olhos e ouvidos presos em outras coisas, uma vez que se haviam se rebelado contra o Senhor (vs. 24).
Na sua ira, o Guerreiro divino levantou-se contra o seu próprio povo por meio das devastações assíria e babilônica de Samaria, mesmo assim, não fizeram caso. Apesar da severidade do julgamento de Deus, a acusação à qual se refere Isaías (vs. 19) indica que Israel não havia se arrependido e nem se humilhado diante de Deus.  
Is 42:1 Eis aqui o meu servo,
                a quem sustenho,
                               o meu eleito,
                                               em quem se apraz a minha alma;
                pus o meu espírito sobre ele;
                               ele trará justiça aos gentios.
                Is 42:2 Não clamará, não se exaltará,
                               nem fará ouvir a sua voz na praça.
                Is 42:3 A cana trilhada não quebrará,
                               nem apagará o pavio que fumega;
                                               com verdade trará justiça.
                Is 42:4 Não faltará, nem será quebrantado,
                               até que ponha na terra a justiça;
                                               e as ilhas aguardarão a sua lei.
Is 42:5 Assim diz Deus, o SENHOR,
                que criou os céus, e os estendeu,
                e espraiou a terra, e a tudo quanto produz;
                que dá a respiração ao povo que nela está,
                               e o espírito aos que andam nela.
                Is 42:6 Eu, o SENHOR,
                               te chamei em justiça,
                               e te tomarei pela mão,
                               e te guardarei,
                               e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios.
                                               Is 42:7 Para abrir os olhos dos cegos,
                                               para tirar da prisão os presos,
                                               e do cárcere os que jazem em trevas.
                Is 42:8 Eu sou o SENHOR; este é o meu nome;
                               a minha glória, pois, a outrem não darei,
                                               nem o meu louvor às imagens de escultura.
                Is 42:9 Eis que as primeiras coisas já se cumpriram,
                               e as novas eu vos anuncio, e, antes que venham à luz,
                                               vo-las faço ouvir.
                Is 42:10 Cantai ao SENHOR um cântico novo,
                               e o seu louvor desde a extremidade da terra;
                                               vós os que navegais pelo mar, e tudo quanto há nele;
                                                               vós, ilhas, e seus habitantes.
                Is 42:11 Alcem a voz o deserto e as suas cidades,
                               com as aldeias que Quedar habita;
                                               exultem os que habitam nas rochas,
                                                               e clamem do cume dos montes.
                Is 42:12 Deem a glória ao SENHOR,
                               e anunciem o seu louvor nas ilhas.
                Is 42:13 O SENHOR sairá como poderoso,
                               como homem de guerra despertará o zelo;
                                               clamará, e fará grande ruído,
                                                               e prevalecerá contra seus inimigos.
                Is 42:14 Por muito tempo me calei;
                               estive em silêncio, e me contive;
                                               mas agora darei gritos como a que está de parto,
                                               e a todos os assolarei e juntamente devorarei.
                Is 42:15 Os montes e outeiros tornarei em deserto,
                               e toda a sua erva farei secar, e tornarei os rios em ilhas,
                                               e as lagoas secarei.
                Is 42:16 E guiarei os cegos pelo caminho que nunca conheceram,
                               fá-los-ei caminhar pelas veredas que não conheceram;
                                               tornarei as trevas em luz perante eles,
                                                               e as coisas tortas farei direitas.
                                               Estas coisas lhes farei, e nunca os desampararei.
                Is 42:17 Tornarão atrás e confundir-se-ão de vergonha
                               os que confiam em imagens de escultura,
                                               e dizem às imagens de fundição:
                                                               Vós sois nossos deuses.
                Is 42:18 Surdos, ouvi, e vós, cegos, olhai, para que possais ver.
                Is 42:19 Quem é cego, senão o meu servo,
                               ou surdo como o meu mensageiro, a quem envio?
                                               E quem é cego como o que é perfeito,
                                                               e cego como o servo do SENHOR?
                Is 42:20 Tu vês muitas coisas, mas não as guardas;
                               ainda que tenhas os ouvidos abertos, nada ouves.
                Is 42:21 O SENHOR se agradava dele por amor da sua justiça;
                               engrandeceu-o pela lei, e o fez glorioso.
                Is 42:22 Mas este é um povo roubado e saqueado;
                               todos estão enlaçados em cavernas,
                               e escondidos em cárceres;
                                               são postos por presa, e ninguém há que os livre;
                                                               por despojo, e ninguém diz:
                                                                              Restitui.
                Is 42:23 Quem há entre vós que ouça isto,
                               que atenda e ouça o que há de ser depois?
                Is 42:24 Quem entregou a Jacó por despojo,
                               e a Israel aos roubadores?
                                               Porventura não foi o SENHOR,
                                                               aquele contra quem pecamos,
                                                               e nos caminhos do qual não queriam andar,
                                                                              não dando ouvidos à sua lei?
                Is 42:25 Por isso derramou sobre eles
                               a indignação da sua ira,
                               e a força da guerra,
                               e lhes pôs labaredas em redor;
                                               porém nisso não atentaram;
                                                               e os queimou,
                                                                              mas não puseram nisso o coração.
Por que razão não ouvis a minha voz? Perguntava o Senhor no evangelho de João ao povo que o escutava. A sua resposta e conclusão foi de que não poderiam ouvi-lo por que eles eram do diabo e queriam satisfazer-lhes os seus desejos. O pai deles era o diabo!
João 8:43 Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.
João 8:44 Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.
João 8:45 Mas, porque vos digo a verdade, não me credes.
João 8:46 Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?
João 8:47 Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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