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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Daniel 3:1-30 - O QUARTO HOMEM DA FORNALHA.

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Estamos vendo agora as suas narrativas. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Esta primeira parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em seis seções: A. a defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – já vimos; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49) – já vimos; C. Livramento da fornalha (3.1-30) – veremos agora; D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37); E. O julgamento de Belsazar (5.1-31); e, F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28).
C. Livramento da fornalha (3.1-30).
Neste capítulo, veremos em seus 30 versículos, Deus libertando três jovens fiéis da fornalha acesa 7 vezes mais.
Para instruir os seus leitores sobre o fato de que o povo de Deus deveria admirar seus companheiros e manter-se fiel somente a Deus, Daniel relata o livramento miraculoso de seus amigos da fornalha ardente operado por Deus.
Ilustra também a verdade de que, no final, Deus frustrará os intentos até mesmo dos reis mais poderosos que tentam levar o seu povo a abandonar o seu Deus para adorar outras divindades.
Isso nos relembra outras histórias bíblicas igualmente importantes como o caso da rainha Ester e Mordecai que enfrentaram um desafio de morte certa e anunciada previamente pelo inimigo, mas que Deus fez o caso reverter a favor dos seus.
A BEG nos diz que as opiniões diferem quanto à identidade dessa extraordinária imagem, se seria do próprio Nabucodonosor ou de uma divindade babilônica, ou apenas um obelisco.
Do que se sabe a respeito da tradição religiosa da Babilônia, parece provável que a imagem era de Bel ou de Nabu, o deus patrono de Nabucodonosor.
Prostrar-se diante da imagem dessa divindade indicaria também submissão a Nabucodonosor, o representante da divindade (cf. 2.46).
Provavelmente, o ouro recobria a fabricação da imagem, sendo ela muito parecida com o que é descrito em Is 40.19; 41.7; Jr 10.3-9. As suas medidas eram de sessenta côvados de altura por seis de largura. As proporções são a razão que levaram alguns a concluir que a imagem era um obelisco e não uma forma humana (as proporções do corpo humano são de seis para um e não de dez por um como essa imagem).
Continua a BEG a nos esclarecer que, entretanto, a imagem pode ter sido colocada sobre um pedestal, ou apresentar uma forma estilizada no campo de Dura. Sua localização é incerta. É normalmente associada com Tolul Dura, localizada cerca de 10 km ao sul da cidade de Babilônia.
Foram juntados por ordem do rei os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os magistrados, e todos os oficiais das províncias.
As responsabilidades precisas desses sete tipos diferentes de oficiais são desconhecidas. Cinco dos sete parecem ser de origem persa, talvez indicando que Daniel não completou a redação desse relato até depois do início do governo persa em 593 a.C.
Eles deveriam vir à dedicação da estátua juntamente e todos estavam de pé diante daquela imagem e o pregoeiro clamou em alta voz ordenando que todos os povos, nações e gente de todas as línguas assim que ouvissem o som de certos instrumentos, deveriam se prostrar e adorarem a imagem de ouro do rei Nabucodonosor.
Os instrumentos usados para o anúncio, para o toque que iria desencadear a adoração da estátua seria dado por trombeta, flauta, harpa, cítara, saltério, gaita de foles e de toda a sorte de música. Três dos seis termos usados para os diferentes tipos de instrumento musical são responsáveis pelas únicas palavras emprestadas do grego ("cítara", "harpa" e "gaita de tole") que encontramos em Daniel.
Isso não surpreende, uma vez que o intercâmbio de músicos e seus instrumentos entre as cortes reais tem uma longa história. A presença desses termos gregos, portanto, não se constituem numa evidência conclusiva de que esse relato tenha sido escrito após a conquista de Alexandre o Grande.
O fato que marcava o evento era a forte presença da música dos instrumentos agitando o povo como querendo nele provocar grande comoção e alegria.
O castigo seria terrível para quem não cumprisse a ordem do rei. E foi preparada para isso uma fornalha ardente. Fornalhas ou fornos eram muito usados na Babilônia para cozer tijolos (Gn 11.3). Não era incomum ver tais fornalhas serem usadas para execução pelo fogo (citações referencias da BEG: Jr 29.22; veja Heródoto 1.86; 4.69; veja também 2Macabeus 7 [um livro apócrifo]).
A ordem foi dada, os instrumentos tocados e uma grande cerimonia de adoração teve inicio massageando assim o ego do rei. No entanto, alguns caldeus, aqui, o termo “caldeu” é mais bem compreendido como indicativo de uma nacionalidade em vez de uma função, como fora no capítulo anterior.
Os informantes desprezavam os judeus simplesmente porque eram judeus (v. 12; Et 3.5-6). A posição privilegiada de Sadraque, Mesaque e Abede--Nego (2. 49) aguçou a hostilidade dos caldeus contra eles (v. 12). Pelo que os caldeus os acusaram de não cumprirem a ordem do rei de adoração de sua estátua de ouro. Os infratores eram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.  
Na acusação deles, percebe-se lances de grande inveja pelo fato de terem jogado na cara do rei que aqueles eram jovens que ele o rei tinha exaltado, como se querendo dizer que isso se tratava de um grande absurdo por parte do rei.
Veja que Daniel não estava presente ou, se presente, havia sido isentado de demonstrar lealdade em razão de sua alta posição (2.48).
Nabucodonosor ficou irado, chateado com tamanho atrevimento daqueles jovens que se recusavam a adorá-lo, prostrando-se diante de sua estátua levantada para esse fim.
O rei os indaga pessoalmente sobre o fato e lhes dá uma última oportunidade de arrependimento e se prepara para repetir todo processo para eles se curvarem. Ele concluiu a sua ameça com uma frase que o exaltava acima de qualquer coisa: quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?
Da perspectiva gentílica e politeísta de Nabucodonosor, não havia deus capaz de fazer esse tipo de livramento. Inadvertidamente, Nabucodonosor desafiou o poder do Deus de Israel.
Nesses três jovens não vemos, em momento algum, medo de perderem a sua vida por causa disso. Nos versos de 16 a 18, eles se mantiveram firmes e disseram ao rei em resposta que se Deus quisesse, ele, sim, os livraria, mas eles mesmos não serviriam aos deuses do rei.
Os homens não afirmaram que Deus sempre protege o seu povo do sofrimento físico (Is 43.1-2). Embora ele possa optar por fazê-lo, e certamente seja capaz disso, a ideia central é de que o povo de Deus deve permanecer fiel ao seu Senhor, quaisquer que sejam as circunstâncias, porque ele é muito mais confiável do que qualquer governante humano e mais poderoso do que qualquer força na terra.
Assim, os seis primeiros capítulos de Daniel exaltam o profeta e seus amigos como homens inflexivelmente fiéis a Deus ao longo de suas provações.
O rei então ficou ainda mais irado e com raiva daquele ultraje, daquela ousadia e confiança daqueles jovens diante dele que era como se fosse o filho dos deuses.
Irado, o rei manda acender a fornalha sete vezes mais e ordenou a alguns de seus homens que os atassem e os lançassem vivos na fornalha acesa sete vezes mais.
Esses homens ataram os três jovens e colocaram sobre eles seus mantos, túnicas, turbantes e demais roupas e foram lançá-los na fornalha obedecendo ao rei.
Os jovens não ofereceram resistência e até, creio, facilitaram o serviço daqueles guardas que ao executarem a ordem do rei morreram por somente se aproximarem das fornalhas de tão quente que estava.
E assim estes três, Sadraque, Mesaque e Abednego, caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente. Então o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa; falou, e disse aos seus conselheiros que havia no meio da fornalha que eles lançaram, um quarto homem e o estranho era que não se queimavam, nem eram consumidos pelo fogo que, estranho, consumiu os seus guardas.
A descrição que ele, o rei, dá do quarto homem da fornalha era da semelhança de um filho dos deuses. No mundo antigo, a expressão "filho dos deuses" poderia referir-se a vários tipos de seres celestiais. Nesse caso significava anjo (v. 28).
Nenhuma explicação é apresentada sobre o motivo pelo qual Nabucodonosor reconheceu a quarta pessoa na fornalha como um ser celestial. Talvez a presença miraculosa de uma quarta pessoa fosse, em si mesma, uma razão para essa conclusão. Ou a sua aparência denotava aspectos físicos incomuns como altura e beleza extraordinária.
O rei encantado com tudo aquilo se aproxima da fornalha e pede aos jovens que saiam de lá de dentro. Ele chama os meninos de servos do Deus Altíssimo. Um título para a autoridade universal de Deus. Como no vs. 29 ("não há outro deus que possa livrar como este") e em 2.47, essa confissão nos lábios de um pagão não era um reconhecimento de que apenas o Senhor de Daniel era Deus, mas, ao contrário, que o Deus de Daniel era supremo sobre as outras divindades (4.2,17, 34). Nos lábios de um Israelita essa mesma confissão indicava monoteísmo (4.24-32; 5.18,21; 7.18-27).
Em atendimento ao rei, eles saem de lá, mas o quarto ser desaparece do cenário e da narrativa.
Foi notório a todos que o fogo não tivera poder algum contra aqueles jovens corajosos que enfrentaram um decreto de morte.
Nabucodonosor então lhes fala bendizendo ao Deus deles que tinha enviado o seu anjo para estar ali com eles, os guardando do fogo e da grande ira do rei.
Dn 3:1 O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro,
a altura da qual era de sessenta côvados,
e a sua largura de seis côvados;
levantou-a no campo de Dura, na província de Babilônia.
Dn 3:2 Então o rei Nabucodonosor mandou ajuntar
os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros,
os tesoureiros, os juízes, os magistrados,
e todos os oficiais das províncias,
para que viessem à dedicação da estátua
que ele fizera levantar.
Dn 3:3 Então se ajuntaram
os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros,
os tesoureiros, os juízes, os magistrados,
e todos os oficiais das províncias,
para a dedicação da estátua que o rei
Nabucodonosor fizera levantar;
e estavam todos em pé diante da imagem.
Dn 3:4 E o pregoeiro clamou em alta voz:
Ordena-se a vós, ó povos, nações
e gentes de todas as línguas:
Dn 3:5 Logo que ouvirdes o som
da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério,
da gaita de foles, e de toda a sorte de música,
prostrar-vos-eis,
e adorareis a imagem de ouro
que o rei Nabucodonosor tem levantado.
Dn 3:6 E qualquer
que não se prostrar e não a adorar,
será na mesma hora lançado dentro duma fornalha
de fogo ardente.
Dn 3:7 Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram
o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério,
e de toda a sorte de música,
se prostraram todos os povos, nações e línguas,
e adoraram a estátua de ouro que o rei
Nabucodonosor tinha levantado.
Dn 3:8 Ora, nesse tempo se chegaram alguns homens caldeus,
e acusaram os judeus.
Dn 3:9 E disseram ao rei Nabucodonosor:
Ó rei, vive eternamente.
Dn 3:10 Tu, ó rei, fizeste um decreto,
pelo qual todo homem que ouvisse
o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério,
da gaita de foles, e de toda a sorte de música,
se prostraria e adoraria a estátua de ouro;
Dn 3:11 e qualquer que não se prostrasse e adorasse
seria lançado numa fornalha de fogo ardente.
Dn 3:12 Há uns homens judeus, que tu constituíste
sobre os negócios da província de Babilônia:
Sadraque, Mesaque e Abednego;
estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti;
a teus deuses não servem, nem adoram a estátua
de ouro que levantaste.
Dn 3:13 Então Nabucodonosor, na sua ira e fúria,
mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abednego.
Logo estes homens foram trazidos perante o rei.
Dn 3:14 Falou Nabucodonosor, e lhes disse:
E verdade, ó Sadraque, Mesaque e Abednego,
que vós não servis a meus deuses
nem adorais a estátua de ouro que levantei?
Dn 3:15 Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som
da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério,
da gaita de foles, e de toda a sorte de música,
para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz,
bom é; mas, se não a adorardes,
sereis lançados, na mesma hora,
dentro duma fornalha de fogo ardente;
e quem é esse deus que vos poderá livrar das minhas mãos?
Dn 3:16 Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei:
Ó Nabucodonosor, não necessitamos de te responder
sobre este negócio.
Dn 3:17 Eis que o nosso Deus a quem nós servimos
pode nos livrar da fornalha de fogo ardente;
e ele nos livrará da tua mão, ó rei.
Dn 3:18 Mas se não,
fica sabendo, ó rei,
que não serviremos a teus deuses nem adoraremos
a estátua de ouro que levantaste.
Dn 3:19 Então Nabucodonosor se encheu de raiva,
e se lhe mudou o aspecto do semblante contra
Sadraque, Mesaque e Abednego;
e deu ordem para que a fornalha se aquecesse
sete vezes mais do que se costumava aquecer;
Dn 3:20 e ordenou a uns homens valentes do seu exército, que atassem
a Sadraque, Mesaque e Abednego,
e os lançassem na fornalha de fogo ardente.
Dn 3:21 Então estes homens foram atados, vestidos de seus mantos,
suas túnicas, seus turbantes e demais roupas,
e foram lançados na fornalha de fogo ardente.
Dn 3:22 Ora, tão urgente era a ordem do rei
e a fornalha estava tão quente, que a chama do fogo
matou os homens que carregaram
a Sadraque, Mesaque e Abednego.
Dn 3:23 E estes três, Sadraque, Mesaque e Abednego,
caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente.
Dn 3:24 Então o rei Nabucodonosor se espantou,
e se levantou depressa;
falou, e disse aos seus conselheiros:
Não lançamos nós dentro do fogo três homens atados?
Responderam ao rei:
É verdade, ó rei.
Dn 3:25 Disse ele:
Eu, porém, vejo quatro homens soltos,
que andam passeando dentro do fogo,
e nenhum dano sofrem;
e o aspecto do quarto é semelhante
a um filho dos deuses.
Dn 3:26 Então chegando-se Nabucodonosor à porta da fornalha
de fogo ardente, falou, dizendo:
Sadraque, Mesaque e Abednego,
servos do Deus Altíssimo, saí e vinde!
Logo Sadraque, Mesaque e Abednego
saíram do meio do fogo.
Dn 3:27 E os sátrapas, os prefeitos, os governadores,
e os conselheiros do rei, estando reunidos,
viram que o fogo não tinha tido poder algum sobre
os corpos destes homens,
nem foram chamuscados os cabelos da sua cabeça,
nem sofreram mudança os seus mantos, nem sobre eles
tinha passado o cheiro de fogo.
Dn 3:28 Falou Nabucodonosor, e disse:
Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego,
o qual enviou o seu anjo
e livrou os seus servos, que confiaram nele
e frustraram a ordem do rei,
escolhendo antes entregar os seus corpos,
do que servir ou adorar a deus algum,
senão o seu Deus.
Dn 3:29 Por mim, pois, é feito um decreto,
que todo o povo, nação e língua que proferir blasfêmia
contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego,
seja despedaçado,
e as suas casas sejam feitas um monturo;
porquanto não há outro deus que possa livrar
desta maneira.
Dn 3:30 Então o rei fez prosperar
a Sadraque, Mesaque e Abednego
na província de Babilônia.
O anjo pode ser identificado com o "anjo do SENHOR", que pode ter representado um aparecimento de Cristo anterior à sua encarnação (cf. 6.22; Gn 16.7; Êx 3.2). Deus prometeu a sua presença quando Israel caminhasse através do fogo (Is 43.1-3).
O passo seguinte disso foi um edito do rei dizendo publicamente que não havia outro deus. O seu decreto dizia que todo o povo, nação e língua que proferir blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, fosse despedaçado, e as suas casas fossem feitas um monturo; porquanto não havia outro deus que pudesse livrar alguém dessa maneira.
O ato contínuo seguinte foi que o rei os fez prosperar. Como essa narrativa deixa claro, sua proeminência foi resultado de sua fidelidade a Deus, e não de um compromisso com os babilônios.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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terça-feira, 19 de maio de 2015

Daniel 2:1-49 - DANIEL REVELA O SONHO DE NABUCODONOSOR, REI DA BABILÔNIA

Estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Estamos vendo agora as suas narrativas. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Como já dissemos, esta primeira parte foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em seis seções: A. a defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – já vimos; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49) – veremos agora; C. Livramento da fornalha (3.1-30); D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37); E. O julgamento de Belsazar (5.1-31); e, F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28).
B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49).
Este foi o primeiro dos sonhos de Nabucodonosor. Enquanto a serviço de Nabucodonosor, Daniel interpretou os sonhos do rei, demonstrando que era grandemente abençoado por Deus, e que Deus estava dirigindo a História para o estabelecimento do seu reino.
O fato se deu no segundo ano do reinado de Nabucodonosor – conforme sistema de datação babilônico do ano da ascensão - quando ele teve uns sonhos e seu espírito muito se perturbou e o seu sono foi-se embora. Muito provavelmente depois daquela sabatina pela qual passaram os 4 jovens que foram tidos por dez vezes mais sábios que os outros, conforme o rei babilônico.
Como Daniel e seus amigos somente foram apresentados 3 anos depois ao rei, conforme preparativos pelos quais teriam de passar para se avistarem com o rei, a contagem de tempo parece contraditória aqui, mas não é, se considerarmos que o primeiro ano de treinamento era considerado o “ano da ascensão”.
No antigo Oriente Próximo, era amplamente aceito que os deuses falavam aos seres humanos por meio dos sonhos. A agitação de Nabucodonosor é compreensível, pois o sonho tinha implicações para o futuro do seu reino.
Quando uma pessoa não se conseguia se lembrar de um sonho que tivera, era crido que isso era sinal de que a divindade estava irada com ela.
A primeira coisa que ocorre ao rei por causa de seu sonho é chamar os magos, os encantadores, os adivinhadores e os caldeus, aqueles praticantes de adivinhação que fazem uso de meios como a feitiçaria. Suas atividades eram proibidas por Deus (Êx 22 18; Dt 18.10; Is 47.9,12; Jr 27.9).
Repare que na lista dos que ele mandou chamar, incluía “os caldeus”. Não se trata aqui de uma designação para um grupo étnico, mas provavelmente de uma classe de adivinhos envolvidos com astrologia. Veja 1.4; 3.8; 5.30; 9.1.
O rei então lhes disse que teve um sonho e para saber o sonho estava perturbado o seu espírito. O rei queria saber o sonho e também a sua interpretação por isso que não contava o sonho a eles.
Curiosamente, desse ponto do texto, até o final do cap. 7, o texto está escrito em aramaico e não em hebraico (Ed 4.8-6.18, também foi escrito em aramaico).
Não é clara a razão pela qual as duas línguas foram usadas, mas o aramaico pode ter sido usado para as seções que continham profecias de maior interesse para os não judeus.
Nabucodonosor formulou um plano para testar seus conselheiros. Se eles não conseguissem relatar o sonho que tiver então ele não poderia confiar na interpretação deles (veja o v. 9).
Os caldeus perguntaram ao rei então qual seria o sonho e conforme fosse, eles dariam a ele a devida interpretação, no entanto o rei insistia que eles é que deveriam contar-lhe o sonho primeiro e assim, ele saberia que eles interpretariam corretamente.
O rei estava decidido a não contar e tornou sua fala irrevogável. Agora ou eles contariam a ele o sonho ou algo terrível iria acontecer com todos eles. Se contassem o sonho e a sua interpretação receberiam presentes e dádivas, caso contrário, a morte os estaria esperando.
Pela segunda vez, como quem desconsiderando a fala anterior do rei, insistem com ele para que contasse o sonho.
O rei viu nisso uma má intenção procurando apenas ganharem tempo uma vez que sabiam tratar-se de uma resolução irrevogável da parte do rei.
Então eles desabafaram ao rei dizendo que na terra ninguém havia que pudesse revelar diante do rei, senão os deuses. Os sábios foram obrigados a confessar que eram incapazes de fazer o que o rei pedia. Eles afirmaram que apenas os deuses têm tal poder e não revelam tais coisas aos homens (veja Ex 8.18-19).
O rei muito se indignou e deu sua ordem para que matassem a todos os magos, os encantadores, os adivinhadores e os caldeus.
Em função disso foi que buscaram a Daniel e aos seus companheiros para serem mortos igualmente com os demais, mas Daniel, prudentemente e avisadamente, se dirigiu a Arioque, capitão do guarda do rei que tinha a missão da morte deles e achando graça diante dele, o convenceu a levá-lo diante do rei.
Daniel, humilhando-se, convence o rei a lhe conceder um prazo que ele tornar-se-ia um instrumento de Deus para trazer a revelação ao rei.
Daniel vai para casa e faz saber o caso aos seus demais colegas que juntos passaram a orar e a pedirem a Deus misericórdia e a revelação vinda do céu sobre este mistério.
Daniel também compreendeu que a sabedoria humana era insuficiente para responder à exigência do rei (2.11). Daniel dirigiu-se a Deus como soberano das estrelas às quais os astrólogos gentios haviam pedido orientação.
Eles se encontravam diante de um enigma que somente pode ser interpretado pela revelação de Deus. Mais tarde Daniel usou o termo como uma referência ao propósito escondido de Deus trabalhando na História (4.9).
A resposta de Deus veio a ele em visões noturnas e Daniel louvou a Deus com grande força – vs. 19.
Daniel entendeu que do Senhor é a sabedoria e a força e que ele muda os tempos e as estações, remove reis e estabelece os reis, dá sabedoria aos sábios e entendimento aos entendidos.
“A ti, ó Deus dos meus pais, eu te rendo graças e te louvo.” Daniel estava profundamente grato pela misericórdia de Deus em responder à sua oração. A revelação divina recebida por ele demonstrava um violento contraste com o silêncio das divindades falsas dos adivinhos gentios. Apenas Deus sabe todas as coisas e é soberano sobre toda a criação. Deus escolheu exaltar Daniel conferindo-lhe conhecimento especial.
Daniel estava mesmo encantado com Deus que revela o profundo e o escondido; que conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz. Ele exaltou o Deus de seus pais, e deu graças e louvor porque dele recebeu sabedoria e força; e agora Deus o fez saber o que eles pediram, ou seja, Deus os fez saber este assunto do rei. Seria interessante uma comparação entre essa oração de gratidão de Daniel com a oração de gratidão de Ana pelo filho que lhe nasceu.
Daniel, então, se dirige a Arioque e pede para ser introduzido na presença do rei, pois que já tinha a resposta que o rei desejava.
Aqui Daniel menciona apenas a interpretação do sonho. O texto assume que ele conhecia também o seu conteúdo.
Arioque o introduz à presença do rei que admirado interroga Daniel dizendo se ele seria mesmo capaz de interpretar e ainda contar-lhe o seu sonho. Daniel responde com humildade dizendo que não há na terra quem o possa fazer conforme o rei pedira.
No entanto, que havia um Deus no céu, o qual revela os mistérios. Como José havia feito no Egito (Êx 40.8; 41.16), Daniel atribui o seu conhecimento do sonho e a sua interpretação à revelação divina. Deus se mostrou superior em sua capacidade de revelar segredos e mistérios.
Daniel começa a dizer ao rei o que ele tinha em mente mesmo antes de começar a dormir. Aquele, pois, que revela os mistérios fez saber ao rei, conforme os seus pensamentos, o que há de ser no futuro. Literalmente "na parte posterior dos dias".
Essa expressão pode significar "no fim dos tempos" ou "nos últimos dias" que seria o tempo da restauração depois do exílio (veja Dt 4.30). A frase também pode se referir simplesmente ao futuro em geral (Gn 49.1; Dt 4.30; 31.29).
A Septuaginta (tradução grega do AT) a interpreta como "nos últimos dias", embora seja difícil determinar a intenção de Daniel ao usá-la.
Essa expressão grega aparece cinco vezes no Novo Testamento, duas com referência ao período que começou no Pentecoste (At 2.17; Hb 1.2) e três em relação ao fim dos tempos que precede a segunda vinda de Cristo (2Tm 3.1; Tg 5.3; 2Pe 3.3).
Depois de ele dizer ao rei os seus pensamentos antes de dormir, ele fala de si mesmo dizendo que a ele foi revelado o mistério, não por ter ele mais sabedoria que qualquer outro vivente, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesse os pensamentos do seu coração.
Daniel, em seguida, passa a descrever o sonho de Nabucodonosor. Repare que a descrição dos reinos vai da cabeça aos pés e dos materiais mais preciosos para os mais inferiores, no entanto apresenta um aumento geral em força.
Indo da cabeça para os pés da imagem, há uma diminuição tanto no valor quanto no peso dos materiais, mas um aumento geral na força. A estátua tinha claramente um topo pesado e pés frágeis.
Em seus sonhos, Nabucodonosor contemplava aquela estranha estátua e se admirava dela quando uma pedra foi cortada sem o auxílio de mãos a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou. Tudo ficou esmiuçado: o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se pode achar mais nenhum vestígio deles. Já a pedra, porém, que feriu a estátua, se tornou numa grande montanha, e encheu toda a terra.
Ao contrário dos reinos representados pela estátua, essa pedra que foi cortada sem o auxílio de mãos, seria formada pelo próprio Deus.
No Antigo Testamento, a pedra é com frequência associada ao reinado; aqui ela está ligada ao próprio reino (1 Co 10.4).
É possível que Daniel tivesse em mente o Messias, o grande filho de Davi que estabeleceria o reino de Davi sobre toda a terra — incluindo as nações gentílicas (v. 35) após a restauração do exílio.
Alguns intérpretes veem a mistura de ferro e barro nos pés da imagem como representativa de uma segunda fase do quarto reino — como distintas das pernas que eram feitas de ferro sólido (cf. vs. 41-43).
Ou seja, o reino dos homens representado pela estátua foi de tal forma destruído pela pedra – o reino de Deus – que desapareceu totalmente sem deixar qualquer vestígio. No seu lugar uma montanha enorme que encheu toda a terra, ou seja, o reino de Deus sim prevalecerá sobre tudo e sobre todos levando justiça e verdade para todos os reinos.
Os quatro reinos representam os reinos dos homens, a saber: os impérios Babilônicos, Medo-Persa, Grego e Romano. O quarto reino seria constituído de um composto de povos que não se aglutinariam bem. Esforços para combinar elementos diversos do reino não seriam bem-sucedidos.
Depois, no verso 44, Daniel fala que nos dias destes reis, ou seja, alguns intérpretes presumem que a expressão "destes reis" se refere aos sucessivos reis do quarto reino. Entretanto, parece melhor compreendê-los como uma referência à sucessão dos governantes dos quatro reinos previamente mencionados nesse capítulo.
Então, nesse tempo, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído. Como outros profetas, Daniel falou do reino que seria estabelecido após o exílio como um reino permanente (por ex., Is 9.7; JI 2.26-27; Am 9.15).
O Novo Testamento explica que o reino começou com a primeira vinda de Jesus e alcançará a consumação no retorno glorioso de Cristo.
Então o rei Nabucodonosor, depois de presenciar tudo o que viu e ouviu, não resistiu, caiu com seu rosto em terra – vs. 46 - e se prostrou perante Daniel. Numa notável inversão de papéis, Daniel foi exaltado a uma posição de grande honra em virtude da intervenção do Senhor em seu favor. A reação de Nabucodonosor prognosticou a vinda do reino de Deus.
Dirigindo-se a Daniel, o rei reconheceu que o seu Deus era mesmo o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores. Também entendeu que o revelar os mistérios pertence a ele que compartilha com aqueles que o buscam em verdade.
Nabucodonosor declarou que o Deus de Israel era também supremo sobre todos os governantes humanos e seus reinos. Esse é o tema unificador de Dn 1.1-6.28.
Ato contínuo, o rei Nabucodonosor o exaltou em seu império o destacando como líder em seu governo.
Dn 2:1 Ora no segundo ano do reinado de Nabucodonosor,
teve este uns sonhos; e o seu espírito se perturbou,
e passou-se-lhe o sono.
Dn 2:2 Então o rei mandou chamar
os magos, os encantadores, os adivinhadores, e os caldeus,
para que declarassem ao rei os seus sonhos;
eles vieram, pois, e se apresentaram diante do rei.
Dn 2:3 E o rei lhes disse:
Tive um sonho, e para saber o sonho
está perturbado o meu espírito.
Dn 2:4 Os caldeus disseram ao rei em aramaico:
Ó rei, vive eternamente; dize o sonho a teus servos,
e daremos a interpretação
Dn 2:5 Respondeu o rei, e disse aos caldeus:
Esta minha palavra é irrevogável
se não me fizerdes saber o sonho
e a sua interpretação, sereis despedaçados,
e as vossas casas serão feitas um monturo;
Dn 2:6 mas se vós me declarardes o sonho
e a sua interpretação, recebereis de mim dádivas,
recompensas e grande honra.
Portanto declarai-me o sonho e a sua interpretação.
Dn 2:7 Responderam pela segunda vez:
Diga o rei o sonho a seus servos, e daremos a interpretação.
Dn 2:8 Respondeu o rei, e disse:
Bem sei eu que vós quereis ganhar tempo;
porque vedes que a minha palavra é irrevogável.
Dn 2:9 se não me fizerdes saber o sonho,
uma só sentença será a vossa;
pois vós preparastes palavras mentirosas e perversas
para as proferirdes na minha presença,
até que se mude o tempo. portanto dizei-me o sonho,
para que eu saiba que me podeis dar
a sua interpretação.
Dn 2:10 Responderam os caldeus na presença do rei, e disseram:
Não há ninguém sobre a terra
que possa cumprir a palavra do rei;
pois nenhum rei, por grande e poderoso que fosse,
tem exigido coisa semelhante de algum
mago ou encantador, ou caldeu.
Dn 2:11 A coisa que o rei requer é difícil,
e ninguém há que a possa declarar ao rei, senão os deuses,
cuja morada não é com a carne mortal.
Dn 2:12 Então o rei muito se irou e enfureceu,
e ordenou que matassem a todos os sábios de Babilônia.
Dn 2:13 saiu, pois, o decreto, segundo o qual deviam ser mortos
os sábios; e buscaram a Daniel e aos seus companheiros,
para que fossem mortos.
Dn 2:14 Então Daniel falou avisada e prudentemente a Arioque,
capitão da guarda do rei, que tinha saído para matar
os sábios de Babilônia;
Dn 2:15 pois disse a Arioque, capitão do rei:
Por que é o decreto do rei tão urgente?
Então Arioque explicou o caso a Daniel.
Dn 2:16 Ao que Daniel se apresentou ao rei
e pediu que lhe designasse o prazo,
para que desse ao rei a interpretação.
Dn 2:17 Então Daniel foi para casa,
e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias,
seus companheiros,
Dn 2:18 para que pedissem misericórdia ao Deus do céu
sobre este mistério, a fim de que Daniel
e seus companheiros não perecessem,
juntamente com o resto dos sábios de Babilônia.
Dn 2:19 Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite;
pelo que Daniel louvou o Deus do céu.
Dn 2:20 Disse Daniel:
Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre,
porque são dele a sabedoria e a força.
Dn 2:21 Ele muda os tempos e as estações;
ele remove os reis e estabelece os reis;
é ele quem dá a sabedoria aos sábios
e o entendimento aos entendidos.
Dn 2:22 Ele revela o profundo e o escondido;
conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.
Dn 2:23 Ó Deus de meus pais,
a ti dou graças e louvor porque me deste sabedoria e força;
e agora me fizeste saber o que te pedimos;
pois nos fizeste saber este assunto do rei.
Dn 2:24 Por isso Daniel foi ter com Arioque,
ao qual o rei tinha constituído
para matar os sábios de Babilônia;
entrou, e disse-lhe assim:
Não mates os sábios de Babilônia;
introduze-me na presença do rei,
e lhe darei a interpretação.
Dn 2:25 Então Arioque depressa introduziu Daniel à presença do rei,
e disse-lhe assim:
Achei dentre os filhos dos cativos de Judá um homem
que fará saber ao rei a interpretação.
Dn 2:26 Respondeu o rei e disse a Daniel, cujo nome era Beltessazar:
Podes tu fazer-me saber o sonho que tive
e a sua interpretação?
Dn 2:27 Respondeu Daniel na presença do rei e disse:
O mistério que o rei exigiu,
nem sábios, nem encantadores, nem magos,
nem adivinhadores lhe podem revelar;
Dn 2:28 mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios;
ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há
de suceder nos últimos dias.
O teu sonho e as visões que tiveste na tua cama são estas:
Dn 2:29 Estando tu, ó rei, na tua cama,
subiram os teus pensamentos
sobre o que havia de suceder no futuro.
Aquele, pois, que revela os mistérios te fez saber o que há de ser.
Dn 2:30 E a mim me foi revelado este mistério,
não por ter eu mais sabedoria que qualquer outro vivente,
mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei,
e para que entendesses os pensamentos do teu coração.
Dn 2:31 Tu, ó rei, na visão olhaste e eis uma grande estátua.
Esta estátua, imensa e de excelente esplendor,
estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.
Dn 2:32 A cabeça dessa estátua era de ouro fino;
o peito e os braços de prata;
o ventre e as coxas de bronze;
Dn 2:33 as pernas de ferro;
e os pés em parte de ferro e em parte de barro.
Dn 2:34 Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada,
sem auxílio de mãos,
a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro,
e os esmiuçou.
Dn 2:35 Então foi juntamente esmiuçado
o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro,
os quais se fizeram como a pragana das eiras
no estio, e o vento os levou,
e não se podia achar nenhum vestígio deles;
a pedra, porém, que feriu a estátua se tornou
uma grande montanha, e encheu toda a terra.
Dn 2:36 Este é o sonho; agora diremos ao rei a sua interpretação.
Dn 2:37 Tu, ó rei, és rei de reis,
a quem o Deus do céu tem dado
o reino, o poder, a força e a glória;
Dn 2:38 e em cuja mão ele entregou os filhos dos homens,
onde quer que habitem, os animais do campo
e as aves do céu, e te fez reinar sobre todos eles;
tu és a cabeça de ouro.
Dn 2:39 Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu;
e um terceiro reino, de bronze,
o qual terá domínio sobre toda a terra.
Dn 2:40 E haverá um quarto reino, forte como ferro,
porquanto o ferro esmiúça e quebra tudo;
como o ferro quebra todas as coisas,
assim ele quebrantará e esmiuçará.
Dn 2:41 Quanto ao que viste dos pés e dos dedos,
em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro,
isso será um reino dividido;
contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro,
pois que viste o ferro misturado com barro de lodo.
Dn 2:42 E como os dedos dos pés eram em parte de ferro
e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte,
 e por outra será frágil.
Dn 2:43 Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo,
misturar-se-ão pelo casamento;
mas não se ligarão um ao outro,
assim como o ferro não se mistura com o barro.
Dn 2:44 Mas, nos dias desses reis,
o Deus do céu suscitará um reino
que não será jamais destruído;
nem passará a soberania deste reino a outro povo;
mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos,
e subsistirá para sempre.
Dn 2:45 Porquanto viste que do monte foi cortada uma pedra,
sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou
o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro,
o grande Deus faz saber ao rei o que há de suceder no futuro.
Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.
Dn 2:46 Então o rei Nabucodonosor caiu com o rosto em terra,
e adorou a Daniel, e ordenou que lhe oferecessem
uma oblação e perfumes suaves.
Dn 2:47 Respondeu o rei a Daniel, e disse:
Verdadeiramente, o vosso Deus é Deus dos deuses,
e o Senhor dos reis, e o revelador dos mistérios,
pois pudeste revelar este mistério.
Dn 2:48 Então o rei engrandeceu a Daniel,
e lhe deu muitas e grandes dádivas,
e o pôs por governador sobre toda a província de Babilônia,
como também o fez chefe principal
de todos os sábios de Babilônia.
Dn 2:49 A pedido de Daniel,
o rei constituiu superintendentes
sobre os negócios da província de Babilônia
a Sadraque, Mesaque e Abednego;
mas Daniel permaneceu na corte do rei.
Conforme nos diz a BEG, o império babilônico era dividido em províncias. Daniel foi designado governador (cf. 3.2) da província onde estava localizada a capital.
Para relatos de ascensões semelhantes de judeus ao poder político de terras estrangeiras, veja Gn 41.37-44 (José) e Et 8.1-2 (Mordecai).
Do mesmo modo, os amigos de Daniel foram exaltados como seus assistentes (v. 49). A aprovação divina de Daniel é outro tema dominante nessa porção do livro.
Embora proeminente na Babilônia, ele nunca fez concessões no que dizia respeito à sua fé; ele era um profeta confiável de Deus.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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