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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Daniel 1:1-21 - DANIEL RESOLVEU FIRMEMENTE NÃO SE CONTAMINAR.

Sobre o livro de Daniel
Em nosso pequeno e humilde trabalho, estaremos agora entrando, no quinto livro (Daniel), dos últimos 17 livros da Bíblia (AT) que, justamente são os livros proféticos. 

A fonte principal de nossas pesquisas, pela qual seguiremos sua divisão proposta, com ligeiras alterações/adaptações, é a Bíblia de Estudo de Genebra – BEG.
Autor:
Daniel (9.2; 10.2). Não entraremos no mérito de discussões relativas à autoria do livro de Daniel. Partiremos, portanto, desse pressuposto de ser a autoria do livro do próprio Daniel.
Propósito:
Uma das principais razões para a composição do livro de Daniel foi preparar o povo de Deus para o período de Antíoco Epífanes, e fornecer encorajamento para os que viveriam durante aquele período de perseguição.
O livro também olha para além do período de Antíoco Epífanes, para a vinda de Cristo. É Cristo quem destruirá todos os reinos humanos e estabelecerá o seu reino eterno de justiça e paz. Todos esses acontecimentos estão na perspectiva das profecias de Daniel.
O livro tem constituído um grande alento para o povo de Deus em tempos de perseguição e continua a inspirar aqueles que sofrem perseguições em nossos dias.
Concordamos com a BEG que nos diz que seria seu propósito dar aos exilados e aos primeiros dentre eles que voltaram para a Terra Prometida a certeza de que Deus estava no controle da História e que o seu profeta, Daniel, havia falado a verdade a respeito dos prolongados sofrimentos antes do estágio final do reino de Deus.
Data:
Imediatamente após 539 a.C.
Verdades Fundamentais (conforme a BEG):
• Daniel e seus amigos foram fiéis a Deus durante o tempo que passaram no exílio. • Podia-se confiar no fato de que Daniel era verdadeiro em suas palavras porque ele nunca fez concessões aos seus captores. • Deus tem o controle absoluto de toda a História. • O exílio prolongou-se por todo o período em que quatro reinos governaram o povo de Deus por causa de seu contínuo pecado. • No futuro, sofrimentos continuariam a sobrevir a Israel, mas o Ungido, o Cristo viria e traria salvação.
Contextualização:
Daniel viveu cerca de duzentos a trezentos anos antes dos acontecimentos descritos pelas suas profecias. Ele é contemporâneo a Jeremias, Ezequiel e xxx. Jerusalém estava destruída, o templo em ruínas, o povo estava no exílio, governantes iníquos pareciam ser triunfantes e a esperança do povo parecia ter se desvanecido com a nação.
Características do livro:
·         Há seis narrativas históricas que aparecem nos caps. 1-6. Aquela constante do capítulo 2, também é profética. O foco das narrativas:
ü São narrativas independentes que foram unidas conforme um propósito específico não histórico (a ênfase não era um registro histórico dos eventos) nem biográfico de Daniel.
ü As histórias enfatizam mais o modo como a absoluta soberania de Deus opera nos acontecimentos de todas as nações (2.47; 3.17-18; 4.28-37; 5.18-31; 6.25-28). À época, Jerusalém estava destruída, o templo em ruínas, o povo estava no exílio, governantes iníquos pareciam ser triunfantes, mas Deus permanecia supremo.
ü De acordo com a sua vontade soberana, ele interviria entre os reinos deste mundo para estabelecer o reino universal que duraria para sempre.
ü Essas narrativas apresentavam Daniel e seus amigos como proeminentes na terra de seus dominadores não porque houvessem transigido com respeito à sua lealdade a Deus, mas porque foram exaltados pela bênção de Deus derramada sobre eles. De certa forma, esse tema é central porque acaba conferindo credibilidade às profecias de Daniel, especialmente àquelas relacionadas com o prolongado sofrimento de Israel.
·         quatro visões, praticamente proféticas, nos caps. 7-12.
ü As visões (caps. 7-12) contêm previsões de tempos no futuro durante os quais as verdades apresentadas nas narrativas se provariam ser de particular importância para o povo de Deus.
ü Impressiona-nos a riqueza de detalhes a respeito de eventos futuros, principalmente relacionadas aos detalhes de Dn 11.2 a 12.3. Para quem crê no caráter sobrenatural da profecia e das práticas ocasionais de outros profetas (p ex., 1Rs 13 2; Is 44.28; 45.1), isso não se constitui em problema.
ü Embora os judeus tivessem sido perseguidos durante o tempo de sua sujeição aos governos babilônios e persas, não houve nenhuma tentativa sistemática ou muito difundida de abolir a sua fé.
ü Isso não aconteceu até o período de Antíoco IV Epífanes, um governante do Império Selêucida entre 175-164 a.C. Ele tentou erradicar a religião judaica e forçar os judeus a aceitar as práticas religiosas gregas. Muitos judeus o seguiram, mas outros se recusaram e sofreram severa perseguição.
Cristo em Daniel.
Na época, a semente messiânica estava sendo preservada e guardada para ser manifesta algum tempo depois.
A BEG nos dia que a profunda atenção dada por Daniel à restauração de Israel após o exílio chama a atenção diretamente para Jesus. Como outros profetas do Antigo Testamento, Daniel predisse um futuro glorioso para o povo de Deus que o Novo Testamento apresenta como cumprido na primeira e na segunda vindas de Cristo assim como na totalidade da história da igreja.
ü Cristo cumpre as esperanças do profeta Daniel.
ü Jesus se identificou como o "Filho do Homem" (p. ex., Mt 9.6; 10.23; 12.8). No uso feito por Daniel desse termo, o "Filho do Homem" era o grande rei davídico exaltado por Deus que representava Deus na terra. Jesus, sendo o Messias, era o rei davídico definitivo; apenas ele cumpre as predições feitas em relação ao filho do homem nas visões de Daniel (7.13-14; a BEG recomenda nesse momento a leitura de seu artigo teológico "O reino de Deus", em Mt 4, para melhor compreensão).
ü No cap. 9, Daniel compreendeu que a previsão de Jeremias sobre os setenta anos de exílio do povo de Israel na Babilônia, seria estendida até "setenta semanas" de anos (9.24), ou cerca de quatrocentos e noventa anos. Em termos gerais, essa predição atinge um cumprimento inicial com a primeira vinda de Cristo.
ü O prolongamento do exílio corresponde à série de quatro impérios estrangeiros que oprimiram o povo de Deus (2.1-49) e ao aparecimento da "pedra que... se tornou em grande montanha, que encheu toda a terra" (2.35), a qual Daniel mais tarde chamou de "um reino que não será jamais destruído" (2.44).
ü Esse grande reino não é outro senão o reino de Cristo que teve início na sua primeira vinda, continua hoje e alcançará a consumação na gloriosa volta de Cristo (a BEG propõe aqui a leitura de dois de seus excelentes artigos teológicos "O reino de Deus", em Mt 4 – já mencionado acima -, e "O plano das eras", em Hb 7). Para melhor compreensão e aperfeiçoamento de nossos estudos e reflexões, iremos reproduzi-los também, provavelmente junto com o capítulo 2 que faremos em seguida.
ü Outros acontecimentos mais específicos preditos por Daniel também aparecem em primeiro plano no Novo Testamento. Por exemplo, o próprio Jesus se refere à predição de Daniel sobre a "o abominável da desolação" (9.27; 11.31; 12.11), que originalmente se referia à profanação do templo pelo grego Antíoco IV Epífanes, como precursor da profanação causada pelo general romano Tito em 70 d.C. (Mt 24.15; Mc 13.14).
De um modo ou de outro, a maioria dos intérpretes cristãos associa intimamente essa tipologia com o anticristo, cujo espírito já está trabalhando no mundo (1Jo 2.18) e atingirá seu total desenvolvimento, talvez como uma pessoa real, perto do retorno de Cristo (2Ts 2.3).
Esboço do livro proposto pela BEG (estamos seguindo sua proposta integralmente):
I. AS NARRATIVAS (1.1 6.28)
A. A defesa de Daniel e seus amigos (1.1-21)
B. O primeiro sonho de Nabucodonosor (2.1 -49)
C. Livramento da fornalha (3.1-30)
D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37)
E. O julgamento de Belsazar (5.1-31)
F. Livramento da cova dos leões (6.1-28)
II AS VISÕES (7.1-12.13)
A. A visão dos quatro animais (7.1-28)
B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27)
C. A visão das setenta semanas (9.1-27)
D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13)
1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1 11.1)
2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20)
3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3)
4. A mensagem final a Daniel (12.4-13)
Daniel 1:1-21 Segmentação e Reflexões
Iremos, doravante, estudar o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Começaremos vendo suas narrativas.
As histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Informamos que estaremos nos guiando e seguindo as divisões propostas pela Bíblia de Estudo de Genebra – BEG, principalmente seus riquíssimos comentários.
Essa primeira parte do livro salienta tanto o absoluto controle de Deus sobre os reinos deste mundo como a sincera consagração a Deus de Daniel e seus amigos.
Daniel queria que os seus leitores compreendessem que, embora o povo de Deus seja, algumas vezes perseguido, reis e reinos se levantam e caem de acordo com o propósito de Deus.
Também ensinou que Deus abençoaria grandemente aqueles que prestassem atenção às suas palavras como um fiel intérprete de Deus.
A nossa divisão proposta para esta primeira parte, seguindo a BEG, é: A. A defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – veremos agora; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49); C. Livramento da fornalha (3.1-30); D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37); E. O julgamento de Belsazar (5.1-31); e, F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28).
A. A defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21).
O profeta estabelece o contexto de seu livro narrando a sua (e de seus amigos) história pessoal de cativeiro, treinamento, fidelidade e serviço ao rei Nabucodonosor.
No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, ou seja, em 605 a.C., o mesmo ano em que Nabucodonosor venceu uma coalizão assírio-egípcia em Carquemis e deu início à ascensão da Babilônia como um poder internacional.
Imediatamente após a vitória sobre Carquemis, Nabucodonosor avançou contra Jeoaquim (2Rs 24.1-2; 2Cr 36.5-7) e levou cativos Daniel e vários outros judeus.
Essa foi a primeira de três invasões de Judá por Nabucodonosor. A segunda aconteceu em 597 a.C. (2Rs 24.10-14) e a terceira em 587 a.C. (2Rs 25.1-24). Entre essas invasões temos um intervalo de 12 e 10 anos. Provavelmente, Daniel fora contemporâneo de todas elas, uma vez que viveu mais de 90 anos.
A aparente discrepância entre Dn 1.1 e Jr 25.1, onde Jeremias data o ataque de Nabucodonosor contra Jeoaquim durante o quarto ano de Jeoaquim e não no terceiro ano, pode ser explicada pelas diferenças do sistema cronológico usado pelos babilônios e pelos judeus.
Conforme nos ensina a BEG, no sistema babilônio, que aparentemente foi utilizado por Daniel, o primeiro ano de governo de um rei era visto como o "ano da ascensão" e o reinado, propriamente dito, era contado a partir do início do primeiro mês de nisã do ano seguinte.
Nabucodonosor, rei da Babilônia. Como príncipe herdeiro e comandante do exército, Nabucodonosor conduziu os babilônios à vitória em Carquemis em 605 a.C. Logo depois de sua vitória ele assumiu o trono da Babilônia após a morte de seu pai, Nabopolassar (626-605 a.C.). O reinado de Nabucodonosor (605-562 a.C.) estabelece o ambiente histórico para grande parte dos livros de Jeremias, Ezequiel e Daniel.
A derrota de Israel não pode ser explicada simplesmente pela análise das condições políticas e militares da época. Deus estava agindo soberanamente nos negócios das nações.
Ele usou os babilônios para julgar o seu próprio povo pela quebra das obrigações da aliança (2Rs 17.15,18-20; 21.12-15; 24.3-4). Em sua invasão, ele, aproveitando-se, fez uma pilhagem dos utensílios do templo para a casa do seu deus Marduque que era o deus principal do panteão babilônico (cf. Jr 5.20).
O rei da Babilônia ficou curioso com sua conquista e pediu a Aspenaz, chefe dos eunucos, que lhe trouxesse dos israelitas alguns jovens para ele ver. No entanto, ele não queria qualquer um deles, mas os que não tivessem defeitos e fossem dotados de sabedoria, inteligência e instrução, e que tivessem capacidade para assistirem no palácio do rei; e que lhes ensinasse as letras e a língua dos caldeus.
A literatura babilônia era escrita em caracteres cuneiformes e basicamente sobre tabletes de argila. Foram descobertos milhares desses tabletes. O estudo dessa literatura provavelmente fez com que Daniel e seus amigos tomassem conhecimento da visão de mundo politeísta dos babilônios, a qual destacava de modo proeminente a magia, a feitiçaria e a astrologia.
Até a porção diária da comida desses jovens foi determinada pelo rei antes de se apresentarem a ele. Eles deveriam seguir aquela dieta – porção diária das iguarias do rei - por três anos. Curiosamente, essa mesa real, posteriormente, foi dada a Joaquim que recebeu a mesma atenção durante o reinado do rei babilônio Evil-Merodaque (2Rs 25.27-30).
Dentre esses jovens selecionados pelo rei foram encontrados quatro que se destacaram Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Com relação aos seus nomes, todos eles contendo características hebraicas. Dois deles contêm o componente hebraico el, que significa "Deus" e os outros dois apresentam o componente ia, unia forma abreviada de "Javé" ("o SENHOR"). Daniel significa "Meu juiz é Deus"; Hananias "Javé é gracioso"; Misael, "Quem é como Deus?"; Azarias "Javé ajudou".
O chefe dos eunucos então tratou de mudar os nomes deles para Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. O significado desses nomes é controvertido. Sugestões para Beltessazar: "Bel [outro nome para Marduque, o deus principal da Babilônia], protege a sua vida" ou "Senhora, protege o rei”. Sadraque: "Estou com medo de Deus” ou "O comando de Aku (o deus lua dos sumérios)". Mesaque: "Sou de pouca valia" ou "Quem é como AL?" Abede-Nego: "Servo daquele que brilha”.
No entanto, Daniel resolveu não contaminar-se com essas iguarias do rei, ou com sua dieta. A razão para Daniel concluir que o alimento servido pelo rei o contaminaria e também aos seus amigos não é apresentada.
Talvez comê-lo envolvesse uma violação das leis dietéticas da legislação mosaica (Lv11. 1-47), que proibia comer carne de porco ou carne da qual o sangue não tivesse sido drenado (Lv 17.10-14). Talvez envolvesse também comer um alimento que houvesse sido oferecido aos ídolos babilónicos.
O fato era que Daniel e seus amigos tiveram atitude, oraram a Deus, apresentaram sua posição firme à autoridade e dela conseguiu consentimento à sua estratégia.
Tudo vinha de Deus! Ele fez com o coração do rei o mesmo que ele faz com seus ribeiros, ou seja, ele os inclina para onde quiser – Pv 21.1. Assim, achou graça Daniel e seus amigos diante de Aspenaz e Daniel pode apresentar seu plano de alimentação e uma proposta de observação de apenas dez dias.
Em apenas dez dias sua aparência era melhor; estavam eles mais robustos do que todos os jovens que comiam das finas iguarias do rei. Deus abençoou Daniel e seus amigos pela obediência deles ao Senhor e pela recusa de transigir quanto à sua fé num ambiente gentio (Dt 5. Mt 4.4).
Em consequência, o despenseiro tirou as iguarias e o vinho que deveriam beber e substituiu pelos legumes.
Tudo vem de Deus que tem os seus propósitos em tudo. Foi com propósitos que Deus levantou Daniel e seus companheiros os fazendo mais sábios e inteligentes que todos na Babilônia. Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria. A bênção de Deus não se limitou ao bem-estar físico, mas incluiu um importante sucesso no desenvolvimento intelectual durante os três anos de sua instrução babilônica.
À partir dos relatos que se seguem no livro (caps. 2; 4-5), Daniel se distinguia de seus companheiros pela capacidade de interpretar sonhos e visões. Assim como José havia sido considerado como especial pela mesma razão na corte de Faraó (Gn 40.8: 41.16).
Vencido o tempo determinado pelo rei, ou seja, após os três anos mencionados no vs. 5, o chefe dos eunucos os apresentou diante do rei. Ele conversou com eles e os examinou achando-os muito superiores – dez vezes mais – que os magos e encantadores de seu reino.
Obviamente que os que se esforçam, estudam, se dedicam, trabalham e são focados são aqueles que se destacarão em qualquer lugar onde estiverem inseridos, no entanto, mesmo assim, tudo vem de Deus e, portanto toda a glória lhe pertence.
Eu gosto de fazer uma análise reversa das coisas. Por exemplo, vamos pegar o contexto deste capítulo que destaca 4 hebreus da tribo de Judá entre todos os jovens da Babilônia e dos exilados. Depois de intensos preparativos e estudos quem foram os que chegaram à frente com destaque? Justamente os quatro jovens hebreus.
Todos correram? Todos se esforçaram? Todos estudaram? Todos seguiram as recomendações de Asquenaz? Sim, todos, mas somente quatro se destacaram notavelmente.
De quem é a vitória então? Dos que correram? Sim, também, pois todos estavam na mesma condição, no entanto a graça de Deus fez um destaque especial na vida daqueles jovens hebreus.
O termo traduzido aqui como "mágicos" também é usado em Gn 41.8,24; Êx 7.11. O termo traduzido corno "encantadores" ocorre apenas aqui e em 2.2 e é algumas vezes traduzido como "feiticeiro" ou "adivinho". Daniel e seus amigos demonstraram uma percepção superior sobre as questões a respeito das quais foram interrogados.
Pensando mais profundamente, tudo vem do Senhor. A vitória, a inteligência, a saúde, a capacidade de interpretar sonhos e visões, a inclinação do coração do rei, a paz, a ausência dela. O que fazer então para sermos vitoriosos sempre? Ser sábio estando sempre do lado da correnteza do rio que o Senhor estiver controlando.
Dn 1:1 No ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá,
veio Nabucodonosor, rei de Babilônia,
a Jerusalém, e a sitiou.
Dn 1:2 E o Senhor lhe entregou nas mãos a Jeoiaquim,
rei de Judá, e uma parte dos vasos da casa de Deus;
e ele os levou para a terra de Sinar,
para a casa do seu deus;
e os pôs na casa do tesouro do seu deus.
Dn 1:3 Então disse o rei a Aspenaz,
chefe dos seus eunucos que trouxesse alguns
dos filhos de Israel,
dentre a linhagem real e dos nobres,
Dn 1:4 jovens em quem não houvesse defeito algum,
de bela aparência, dotados
de sabedoria, inteligência e instrução,
e que tivessem capacidade para assistirem no palácio do rei;
e que lhes ensinasse as letras e a língua dos caldeus.
Dn 1:5 E o rei lhes determinou a porção diária das iguarias do rei,
e do vinho que ele bebia, e que assim fossem alimentados
por três anos; para que no fim destes
pudessem estar diante do rei.
Dn 1:6 Ora, entre eles se achavam, dos filhos de Judá,
Daniel, Hananias, Misael e Azarias.
Dn 1:7 Mas o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes,
a saber: a Daniel, o de Beltessazar;
a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque;
e a Azarias, o de Abednego.
Dn 1:8 Daniel, porém, propôs no seu coração
não se contaminar com a porção das iguarias do rei,
nem com o vinho que ele bebia;
portanto pediu ao chefe dos eunucos
que lhe concedesse não se contaminar.
Dn 1:9 Ora, Deus fez com que Daniel
achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.
Dn 1:10 E disse o chefe dos eunucos a Daniel:
Tenho medo do meu senhor, o rei,
que determinou a vossa comida e a vossa bebida;
pois veria ele os vossos rostos
mais abatidos do que os dos outros jovens
da vossa idade?
Assim poríeis em perigo a minha cabeça para com o rei.
Dn 1:11 Então disse Daniel ao despenseiro
a quem o chefe dos eunucos havia posto sobre Daniel,
Hananias, Misael e Azarias:
Dn 1:12 Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias;
e que se nos dêem legumes a comer e água a beber.
Dn 1:13 Então se examine na tua presença o nosso semblante
e o dos jovens que comem das iguarias reais;
e conforme vires procederás para com os teus servos.
Dn 1:14 Assim ele lhes atendeu o pedido,
e os experimentou dez dias.
Dn 1:15 E, ao fim dos dez dias,
apareceram os seus semblantes melhores,
e eles estavam mais gordos do que todos os jovens
que comiam das iguarias reais.
Dn 1:16 Pelo que o despenseiro lhes tirou as iguarias
e o vinho que deviam beber, e lhes dava legumes.
Dn 1:17 Ora, quanto a estes quatro jovens,
Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência
em todas as letras e em toda a sabedoria;
e Daniel era entendido
em todas as visões e todos os sonhos.
Dn 1:18 E ao fim dos dias,
depois dos quais o rei tinha ordenado
que fossem apresentados,
o chefe dos eunucos os apresentou diante de Nabucodonosor.
Dn 1:19 Então o rei conversou com eles;
e entre todos eles não foram achados outros tais
como Daniel, Hananias, Misael e Azarias;
por isso ficaram assistindo diante do rei.
Dn 1:20 E em toda matéria de sabedoria e discernimento,
a respeito da qual lhes perguntou o rei,
este os achou dez vezes mais doutos
do que todos os magos e encantadores
que havia em todo o seu reino.
Dn 1:21 Assim Daniel continuou até o primeiro ano do rei Ciro.
O verso 21 dá a impressão que Daniel viveu somente até o primeiro ano do rei Ciro – vs. 21 -, no entanto, ele viveu muito mais. A Babilônia caiu diante de Ciro em 539 a.C., sessenta e seis anos após Daniel ter sido levado cativo para a Babilônia. Daniel viveu durante todo o período do cativeiro babilônico.
Ciro proclamou um decreto no primeiro ano do seu reinado permitindo aos israelitas retornarem do cativeiro e levarem consigo os utensílios do templo que haviam sido confiscados por Nabucodonosor (Ed 1.7-11). A afirmação não significa que Daniel tenha morrido no primeiro ano do reinado de Ciro (10.1), como teremos a oportunidade de vermos mais adiante.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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domingo, 17 de maio de 2015

Ezequiel 48:1-35 - OS LIMITES GEOGRÁFICOS E AS 12 PORTAS DA CIDADE - O SENHOR ESTÁ ALI!

Chegamos ao final de nossas reflexões em Ezequiel. Em nossa leitura, nos encontramos aqui, na terceira e última parte “III”, na seção “B” – a última -, na subseção “5”, também a última seção, no último capítulo, 48. O livro de Ezequiel é composto de 48 capítulos.
Ressaltamos que já vimos:
·         Os oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·         Uma seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição de outras nações.
E agora, estamos vendo a terceira e última parte de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas futuras bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio).
5. O rio, a terra e a cidade (47.1-48.35) - continuação.
O guia angélico de Ezequiel o fez voltar – cap. 47 - à entrada do templo e o profeta viu um rio se formando a partir de um fio de água que fluía do templo (47.1-12). Depois ele começou a falar das fronteiras da terra de Israel e agora, concluindo o livro, ele falará dos limites: das sete tribos, dos sacerdotes e dos levitas, da cidade, do príncipe, das outras cinco tribos e, por fim, falará das portas da cidade.
Conforme a BEG, na geografia visionaria de Ezequiel, a divisão da Terra Prometida entre as tribos seria totalmente diferente do que havia sido historicamente.
A cada tribo seria designada uma faixa de terra que se ligava as fronteiras leste e oeste. A posição das esposas de Jacó e das tribos individuais parece ter sido o fator determinante no arranjo da distribuição; compare com Nm 2-3.
As tribos mais ao norte (Dã, Aser e Naftali) eram tradicionalmente localizadas no norte; a tribo mais ao sul (Gade; vs. 27) era historicamente uma tribo do norte.
Essas quatro tribos eram os descendentes de Zilpa, serva de Lia, e da serva de Raquel, Bila (Gn 30.3-7,10-12); sendo tribos descendentes de servas, elas seriam de acordo com a visão de Ezequiel, localizadas nas extremidades mais remotas dos territórios tribais.
Olhando para as outras tribos ao norte da "região sagrada", que estava no centro da Terra Prometida (vs. 8-22; 45.1-8), Judá seria a mais próxima da região sagrada.
Judá historicamente era uma tribo sulista; ao colocar a tribo de Davi com as tribos do norte, Ezequiel pode ter indicado que o norte "teria uma porção em Davi" (2Sm 20.1; 1 Rs 12.16; 2Cr 10.16).
Conforme continua a nos esclarecer a BEG, Judá recebeu o lugar de honra que ordinariamente teria pertencido ao primogênito, Rúben; o território de Rúben estaria imediatamente ao norte de Judá. Ao norte de Rubén estariam as tribos de Jose: Efraim e Manassés, eles eram descendentes de Jacó pela sua esposa favorita, Raquel.
Ao sul, e mais perto da região sagrada, estaria Benjamim. Benjamim estava historicamente ao norte da cidade santa. Sua posição favorecida reflete a posição favorecida de Raquel e contrabalançava a posição favorecida das tribos de Jose no norte.
As demais três tribos do sul (Simeão, Issacar e Zebulom) eram descendentes de Lia; Issacar e Zebulom historicamente possuíram territórios no norte.
Dos versos 8 ao 22, ele fala de uma região sagrada que deveria ser separada, limitando-se com Judá, desde o lado oriental até ao ocidental e de 25 mil côvados (12,5 km) de largura e comprimento. Equivaleria a uma das porções tribais, pra os sacerdotes – vs. 10 - e o santuário estaria no centro dela.
Trata-se isso de uma elaboração de 45.1-8, em particular a faixa de terra ao sul, dentro da porção sagrada que seria reservada para a cidade (45.6). Essa herança também deveria ser inalienável - 46.16-18.
A partir do verso 30 até ao final ele fala das portas da cidade. A cidade teria doze portas, cada uma levando a nome de uma das doze tribos (compare com Ap 21.12-14).
·         As portas ao norte receberiam os nomes de Rúben (o primogênito), Judá (a tribo de Davi e a linhagem real) e Levi (a tribo dos ministros do templo).
·         As portas ao leste seriam dos descendentes de Raquel - José (as tribos de Efraim e Manassés foram combinadas com “José”, a fim de manter o número doze, por causa da agora relacionada tribo de Levi) e Benjamim - e de um filho de Bila, a serva de Raquel - .
·         As portas ao sul seriam das tribos colocadas ao norte nos vs. 24-26 - a de Simeão, a de Issacar e a de Zebulom.
·         As do oeste seriam os outros filhos de Zilpa e Bila - a porta de Gade, a porta de Aser e a porta de Naftali. Compare o acampamento das tribos no deserto, conforme Nm 2.
Ez 48:1 São estes os nomes das tribos:
desde o extremo norte, ao longo do caminho de Hetlom,
até a entrada de Hamate, até Hazar-Enom,
junto ao termo setentrional de Damasco,
defronte de Hamate,
com as suas fronteiras estendendo-se do oriente ao ocidente,
Dã terá uma porção.
Ez 48:2 Junto ao termo de Dã,
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Aser terá uma porção.
Ez 48:3 Junto ao termo de Aser,
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Naftali terá uma porção.
Ez 48:4 Junto ao termo de Naftali,
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Manasses terá uma porção.
Ez 48:5 Junto ao termo de Manassés,
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Efraim terá uma porção.
Ez 48:6 Junto ao termo de Efraim,
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Rúben terá uma porção.
Ez 48:7 Junto ao termo de Rúben
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Judá terá uma porção.
Ez 48:8 Junto ao termo de Judá,
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
será a oferta que haveis de fazer
de vinte e cinco mil canas de largura,
e do comprimento de cada uma das porções,
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental.
O santuário estará no meio dela.
Ez 48:9 A oferta que haveis de fazer ao Senhor
será do comprimento de vinte e cinco mil canas,
e da largura de dez mil.
Ez 48:10 Será para os sacerdotes uma porção desta santa oferta,
medindo para o norte vinte e cinco mil
canas de comprimento,
para o ocidente dez mil de largura,
para o oriente dez mil de largura,
e para o sul vinte e cinco mil de comprimento;
e o santuário do Senhor estará no meio dela.
Ez 48:11 Sim, será para os sacerdotes consagrados
dentre os filhos de Zadoque,
que guardaram a minha ordenança,
e não se desviaram quando os filhos de Israel
se extraviaram,
como se extraviaram os outros levitas.
Ez 48:12 E o oferecido ser-lhes-á repartido da santa oferta da terra,
coisa santíssima, junto ao termo dos levitas.
Ez 48:13 Também os levitas terão, consoante o termo dos sacerdotes,
vinte e cinco mil canas de comprimento, e de largura dez mil;
todo o comprimento será vinte e cinco mil,
e a largura dez mil.
Ez 48:14 E não venderão nada disto nem o trocarão,
nem transferirão as primícias da terra,
porque é santo ao Senhor.
Ez 48:15 Mas as cinco mil, as que restam da largura,
defronte das vinte e cinco mil, ficarão para uso comum,
para a cidade, para habitação e para arrabaldes;
e a cidade estará no meio.
Ez 48:16 E estas serão as suas medidas:
a fronteira setentrional terá quatro mil e quinhentas canas,
e a fronteira do sul quatro mil e quinhentas,
e a fronteira oriental quatro mil e quinhentas,
e a fronteira ocidental quatro mil e quinhentas.
Ez 48:17 Os arrabaldes, que a cidade terá,
serão para o norte de duzentas e cinqüenta canas,
e para o sul de duzentas e cinqüenta,
e para o oriente de duzentas e cinqüenta,
e para o ocidente de duzentas e cinqüenta.
Ez 48:18 E, quanto ao que ficou do resto no comprimento,
de conformidade com a santa oferta,
será de dez mil para o oriente
e dez mil para o ocidente;
e corresponderá à santa oferta;
e a sua novidade será para sustento
daqueles que servem a cidade.
Ez 48:19 E os que servem a cidade,
dentre todas as tribos de Israel, cultivá-lo-ão.
Ez 48:20 A oferta inteira será de vinte e cinco mil canas
por vinte e cinco mil;
em quadrado a oferecereis como porção santa,
incluindo o que possui a cidade.
Ez 48:21 O que restar será para o príncipe;
desta e da outra banda da santa oferta,
e da possessão da cidade;
defronte das vinte e cinco mil canas da oferta,
na direção do termo oriental,
e para o ocidente, defronte das vinte e cinco mil,
na direção do termo ocidental,
correspondente às porções,
isso será a parte do príncipe;
e a oferta santa e o santuário do templo
estarão no meio.
Ez 48:22 A possessão dos levitas, e a possessão da cidade
estarão no meio do que pertencer ao príncipe.
Entre o termo de Judá e o termo de Benjamim
será a porção do príncipe.
Ez 48:23 Ora quanto ao resto das tribos:
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Benjamim terá uma porção.
Ez 48:24 Junto ao termo de Benjamim,
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Simeão terá uma porção.
Ez 48:25 Junto ao termo de Simeão,
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Issacar terá uma porção.
Ez 48:26 Junto ao termo de Issacar,
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
 Zebulom terá uma porção.
Ez 48:27 Junto ao termo de Zebulom,
desde a fronteira oriental até a fronteira ocidental,
Gade terá uma porção.
Ez 48:28 Junto ao termo de Gade,
na fronteira sul, para o sul, o termo será desde Tamar
até as águas de Meribate-Cades,
até o Ribeiro do Egito, e até o Mar Grande.
Ez 48:29 Esta é a terra que sorteareis em herança para as tribos de Israel,
e são estas as suas respectivas porções, diz o Senhor Deus.
Ez 48:30 E estas são as saídas da cidade:
da banda do norte quatro mil e quinhentos côvados por medida;
Ez 48:31 e as portas da cidade serão conforme os nomes
das tribos de Israel;
três portas para o norte;
a porta de Rúben a porta de Judá, e a porta de Levi.
Ez 48:32 Da banda do oriente quatro mil e quinhentos côvados,
e três portas, a saber:
a porta de José, a porta de Benjamim, e a porta de Dã.
Ez 48:33 Da banda do sul quatro mil e quinhentos côvados,
e três portas:
a porta de Simeão, a porta de Issacar, e a porta de Zebulom.
Ez 48:34 Da banda do ocidente quatro mil e quinhentos côvados,
e as suas três portas:
a porta de Gade, a porta de Aser, e a porta de Naftali.
Ez 48:35 Dezoito mil côvados terá ao redor;
e o nome da cidade desde aquele dia será Jeová-Samá.
A visão de Ezequiel da cidade gloriosa seria cumprida no fato de a morte e a ressurreição de Cristo ter ocorrido perto de Jerusalém celestial, onde Cristo está agora (At 2.33; I Pe 3.22) e na descida da nova Jerusalém, quando Cristo retornar em glória – Ap 21.1-2.
Desde o início do AT, Deus revelou a sua intenção de estar com o seu povo. Ele andou e falou com esse povo no jardim do Éden e habitou em santuários construídos no meio de Israel. É adequado que a esperança do NT em Cristo atinja o clímax com a descrição da cidade de Deus e de um tempo quando a habitação de Deus seria na terra – Ap. 21.3. Inclusive o nome da cidade deixa isso bem claro: O SENHOR ESTÁ ALI!
A esperança de Ezequiel permanece sendo a mesma da igreja ao longo dos séculos.
 Estamos satisfeitos com o resultado alcançado se bem que, com certeza, ainda há muito a melhorar.
De fato é muito bom terminarmos algo que começamos! Como é bom termos propósitos e levarmos a sério nossa missão! Como é bom termos fé neste Deus maravilhoso cuja graça é maior do que a nossa vida! Como é bom saber que Deus nos fez promessas incríveis e ele cumprirá todas elas!
A palavra de Deus foi anunciada em cada um dos 48 capítulos da história de vida desse profeta de Deus que nos ensinou grandes lições.
Em cada um dos homens de Deus temos visto uma grande devoção e temor a Deus que os faziam buscar ao Senhor e se humilharem diante dele com a fé e a certeza de que os seus clamores não seriam em vão.
Em Ezequiel vimos um profeta que teve que enfrentar situações difíceis para entregar o recado profético, mas que não recuou em sua missão.
Por cerca de mais de 46 vezes, quase que uma vez por capítulo, o livro fala afirmando que haverão de saber que o Senhor é Deus. Tanto povos como animais e a própria natureza haverão de saber que o Senhor é Deus. O triste é notarmos que esse saber está vinculado geralmente a um grande juízo com as consequências advindas de forma irreparável.
Também aprendemos que os reis nada haveriam de fazer sem que a Providência divina agisse derretendo os seus corações para serem conformes às necessidades do povo de Deus.
Não são os líderes que são colocados diante do povo de Deus para serem estrelas, brilharem e serem destaques, antes é a graça de Deus que levanta líderes para cuidarem do povo de Deus pelo qual o Senhor se animou a morrer e a dar a sua vida.
O destaque não é, nem deve ser o líder, mas Deus e a sua glória que está abençoando o seu povo. Os maiores líderes de Deus em todos os tempos se ofereceram à morte para que o povo fosse poupado, ou mesmo enfrentaram grandes desafios a favor do povo de Deus.
Não há como não percebermos que do início ao fim, seja qual for o livro que estivermos estudando da Bíblia, é Deus orientando, esclarecendo, falando, instruindo, mostrando o quê, como, de que forma, quando, quanto, por quanto tempo. Percebe-se assim o Deus imanente na história de Israel e que se utiliza de líderes e profetas por ele escolhidos para realizarem as suas obras, no caso aqui, ele se utilizou de Ezequiel.
Do Senhor sempre veio a ordem e a organização; os líderes e os mandamentos; os símbolos e suas representações; os artífices e ourives que tudo fizeram de acordo com o modelo que lhes fora mostrado; a vitória e as guerras; a força e a coragem para lutar e vencer e sair vencedor; a paz e a prosperidade; a proteção e o abrigo contra as intempéries do mundo; o caminho, a verdade e a vida para que seguissem; o filho de Deus, o Messias esperado que ali estava sendo preservado com os descendentes messiânicos.
Para finalizarmos, busquemos a face de Deus e nos convertamos de nossos maus caminhos, pois assim, e somente assim, abriremos caminho para derramar as numerosas bênçãos resultantes do poder e dos milagres de que precisamos para nossa vida! Aleluia!
Não é hora de desanimar, embora tantas não foram as vezes que pensamos nisso, principalmente ao tirar os olhos do Senhor para colocá-los em alvos terrestres, mas o Senhor teve misericórdias de nós.

Que sejamos testemunhas do poder que existe somente no Senhor. Em nome do Teu amado Filho, Jesus, nosso Senhor e Salvador. Amém e amém!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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