segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
segunda-feira, janeiro 26, 2015
Jamais Desista
Isaías 60:1-22 - ISAÍAS PROFETIZA: O MAL SERÁ VENCIDO!
Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo
por capítulo, nós nos encontramos aqui no capítulo 60 e nas seguintes partes:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
D. O caminho de arrependimento e
restauração que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração
(56:1 – 66:24).
2. O arrependimento que leva à
restauração (59:1-66:24).
a. Arrependimento e resposta 1 - 59:1-63:6
Como já dissemos, essa primeira seção
(59:1-63:6) foi planejada para guiar os leitores na direção de uma resposta às
profecias de Isaías.
Nós a dividimos em duas seções principais:
(1) Um chamado a que o povo se arrependesse (59.1-13) – já vista e (2) A resposta de salvação de Deus (59:14-63:6) – estamos vendo.
(2) A resposta de salvação de Deus (59:14-63:6) - continuação.
Como já dissemos, até 63:6, finalizando
essa seção primeira “a” Arrependimento e Salvação 1, veremos como será a
resposta de salvação de Deus. Tendo levado os leitores a confessarem o seu
pecado, Isaías agora lhes assegura que Deus responderia à sua situação
deplorável e libertaria Israel do exílio.
Também dividimos essa seção “(2)” em quatro
partes: a. O mal será vencido – 59:14 – 60:22 – estamos vendo; b. A proclamação do ano aceitável do Senhor –
61:1-11; c. A gloriosa Jerusalém futura – 62:1-12; e, d. Julgamento das nações
– 63:1-6.
É importante frisar que desde o primeiro
verso deste capítulo até o capítulo 63, verso 6, magníficas profecias sobre o
futuro dourado de Jerusalém encontram o seu cumprimento hoje na Jerusalém
celestial (isto é, na "Jerusalém lá de cima" Gl 4:26) e terão o seu
cumprimento definitivo nos novos céus e na nova terra, quando Cristo voltar (Ap
21:1-27). Que dia glorioso não será esse dia?
a. O mal será vencido – 59:14 – 60:22 - continuação.
Como já dissemos, o mal prevalecera sobre
os israelitas no exílio a ponto de eles terem sido totalmente vencidos e
ninguém mais se importava com o direito – vs 16 – nem com a justiça, sendo que
a verdade fora deixada para andar sozinha pelas ruas, totalmente cambaleante e
tropeçando pelas ruas. Nem ela, a verdade, nem a equidade puderam entrar. A
verdade desfalecia e os que se aventuravam a desviar-se do mal arriscavam-se a
serem despojados. Isso foi visto pelo Senhor que acabou trazendo-lhe grande
desagrado. Desagradou-se Deus em extremo o não haver justiça!
Em oposição ao sofrimento provocado pela
sombra da destruição e da opressão, Sião se disporia (se levantaria) e
brilharia com contentamento e felicidade (Lc 1:78-79; Ef 5:14; Ap 21:11). O
Senhor viria com bênçãos gloriosas de salvação (vs. 19-20). Por isso que o
profeta anima o povo de Deus fiel dando sua palavra de ordem de levantarem-se e
resplandecerem-se.
A luz é chegada e sobre Israel brilhará a
glória do Senhor. Como no êxodo do Egito, a luz de Deus estava sobre o seu
povo, no resto da terra havia somente escuridão e trevas espessas (Êx 10:23).
Em 2:3, as nações tinham ido para ser
ensinadas; aqui, para levar tributo ao grande rei e supremo Deus, o Senhor. A
profecia encontra cumprimento hoje na medida em que o reino de Deus se espalha
pelas nações e elas adoram o Filho de Deus (2:2-4). Os líderes das nações haverão
de se submeterem a Cristo (42:6; 49:6), mesmo aqueles que parecem menos
improváveis.
Violência gera apenas violência e o ódio e
a vingança se tornam marido e mulher produzindo filhos da ira. As armas e a
violência não podem produzir mudanças de comportamentos nem conversões. As
ideias devem ser combatidas com ideias. Balas não matam ideias, mas pessoas que
podem estar iludidamente enganadas ou cegamente apaixonadas.
O cumprimento dessa profecia – vs. 5 - começou
com a contribuição de Dario ao templo (Ed 6:8-9). Seu cumprimento mais amplo se
deu na ligação com o Cristo que ascendeu ao céu e habita no seu templo
celestial enquanto reina nos corações da nações. Sua derradeira consumação se
dará na nova Jerusalém futura, quanto Cristo voltar e tomar posse de todas as
coisas (Hb 11:39-40; 13:14-15).
Vemos nos versos de 5 ao 9 as nações
trazendo de suas riquezas para entregarem a Israel por reconhecerem nela uma
nação abençoada e escolhida pelo Senhor para sua morada eterna.
As terras de Midiã, uma tribo do deserto
famosa pelas caravanas e pelo comércio (Gn 37:28,38; Jz 6:5), de Efa, relacionada
à Midiã (Gn 25.4), de Sabá, um país famoso pela riqueza (1 Re 10.2), de
Nebaiote, relacionada aos ismaelitas (Gn 25.13), que também eram conhecidos
como nabateus e até as terras do mar, distantes devolveriam os israelitas que
viviam ali em exílio ou como fugitivos. Todas trazendo grandes tributos e
presentes, a sua prata e o seu ouro, para o nome do Senhor Deus, e para o Santo
de Israel, porquanto ele glorificou
a nação – vs. 9.
O verso 8 até nos parece a descrição dos
nossos aviões modernos trazendo pessoas e cargas que voam como as nuvens e como
as pombas para as suas janelas. As bênçãos da restauração são descritas em
termos relativos ao reino glorioso de Salomão (I Re 10:22), com sua prata e o
seu ouro. (Ag 2:7-9).
No vs. 10, serão os estrangeiros que terão
uma grande missão. Assim como Hirão de Tiro ajudou a construir o templo
original (I Re 5:1-18) e como Ciro e Dario, reis da Pérsia, ajudariam a
reconstruir o segundo templo (Ed 6), do mesmo modo são predominantemente os
gentios que hoje constroem a igreja, o templo do Senhor (Ef 2:11-22).
Fora prometido aos exilados que os reis
partiriam (49:17); agora, é predito que eles serviriam o monte Sião (At 2:29-36;
Hb 12:22) e adorariam o Cristo que subiu aos céus (52:13-15).
Hoje Israel se vê cercada de nações que as
odeiam com ódio consumado, cujas portas se encontram fechadas e o nível de
segurança em alerta máximo, principalmente próximo a Síria, onde se encontram
facções terroristas. No entanto, a promessa é que suas portas estarão abertas
de contínuo, nem de dia nem de noite se fechariam. Em vez de atacarem e
cometerem atentados terroristas, as nações levarão tributos (Ap 21:25-26).
Ai das nações que não servirem a Israel,
elas perecerão – vs. 12; Gn 12:3; Jo 3:18; 1-1b 2:3; 9:27; 10:27.
Até a glória do Líbano virá para ela. Suas
madeiras preciosas embelezavam o templo de Salomão (I Re 5:10,18). Essa é outra
ligação entre a glória antiga e a posterior. Em círculos concêntricos cada vez
mais amplos – conforme nos ensina a BEG -, é dito que Deus coloca os seus pés
na arca (I Cr 28:2; Sl 13:7), no templo (Ez 43:7) e no mundo inteiro (66:1).
Tantas nações, reinos e povos indo a Israel
buscarem reconciliação! No vs. 14, toda animosidade cessaria e os filhos dos
que oprimiam Israel estariam ali se prostrando junto aos seus pés. Todos proclamando
e chamando a cidade de Cidade do SENHOR, a Sião do Santo de Israel. Vemos que
essas profecias falam do Senhor exaltando o seu povo ao estabelecer o seu
reinado no meio deles.
Em nada se parece essa situação profética
de Is 60 com o nosso cenário mundial atual de grande terror! Os muçulmanos
radicais parecem querer dominar o mundo inteiro e o que vemos é que estão indo
cada vez melhor e o ocidente cada vez pior. Enquanto o ocidente está preocupado
com questões de homossexualidade, controle de natalidade e um consumismo
exagerado, eles, se multiplicam todos os dias e se espalham por todos os povos.
Matematicamente é possível prever um modelo de extinção de todas as outras
culturas a continuarmos tão idiotas.
Mas, voltemos ao cenário profético tão
excelente de Is 60 e ao seu verso 15 onde a glória do monte Sião celestial será
maior que a do monte antigo porque ele é eterno (vs. 15-16), mais rico (vs.
17a) e espiritual (vs. 17b-18). Sião será uma excelência perpétua, uma alegria
de geração em geração.
Sendo assim, mamarás o leite das nações, ou
seja, essa linguagem figurada significa que a riqueza seria trazida a Sião
pelos reis.
A substituição de madeira e pedras por
metais preciosos demonstra a insuperável grandiosidade do novo templo em
comparação com o templo de Salomão.
Embora um templo tenha sido construído
pelos primeiros retornados (Ed 3.1-13), aquele templo estava muito longe da
glória prevista pelo profeta. O Novo Testamento explica que o glorioso templo
da restauração é cumprido:
·
Em
Cristo (Jo 2:21),
·
Na
igreja (I Cr 3:16; 6:19)
·
Em
Deus e na presença de Cristo nos novos céus e na nova terra (Ap 22:21).
Essa hipérbole expressa a riqueza
extraordinariamente grande e duradoura do templo celestial ao qual a igreja
chega agora em Cristo Jesus.
Is 60:1 Levanta-te, resplandece,
porque
é chegada a tua luz,
e
é nascida sobre ti a glória do Senhor.
Is
60:2 Pois eis que as trevas cobrirão a terra,
e
a escuridão os povos;
mas
sobre ti o Senhor virá surgindo,
e
a sua glória se verá sobre ti.
Is
60:3 E nações caminharão para a tua luz,
e
reis para o resplendor da tua aurora.
Is
60:4 Levanta em redor os teus olhos, e vê;
todos
estes se ajuntam, e vêm ter contigo;
teus
filhos vêm de longe,
e
tuas filhas se criarão a teu lado.
Is
60:5 Então o verás, e estarás radiante,
e
o teu coração estremecerá e se alegrará;
porque
a abundância do mar se tornará a ti,
e
as riquezas das nações a ti virão.
Is
60:6 A multidão de camelos te cobrirá,
os
dromedários de Midiã e Efá; todos os de Sabá, virão;
trarão
ouro e incenso, e publicarão
os
louvores do Senhor.
Is
60:7 Todos os rebanhos de Quedar se congregarão em ti,
os
carneiros de Nebaoite te servirão;
com
aceitação subirão ao meu altar,
e
eu glorificarei a casa da minha glória.
Is
60:8 Quem são estes que vêm voando como nuvens
e
como pombas para as suas janelas?
Is
60:9 Certamente as ilhas me aguardarão,
e
vêm primeiro os navios de Társis,
para
trazerem teus filhos de longe,
e
com eles a sua prata e o seu ouro,
para
o nome do Senhor teu Deus, e para o Santo de Israel,
porquanto
ele te glorificou.
Is
60:10 E estrangeiros edificarão os teus muros,
e
os seus reis te servirão; porque na minha ira te feri,
mas
na minha benignidade tive misericórdia de ti.
Is
60:11 As tuas portas estarão abertas de contínuo;
nem
de dia nem de noite se fecharão;
para
que te sejam trazidas as riquezas das nações,
e
conduzidos com elas os seus reis.
Is
60:12 Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão;
sim,
essas nações serão de todo assoladas.
Is
60:13 A glória do Líbano virá a ti;
a
faia, o olmeiro, e o buxo conjuntamente,
para
ornarem o lugar do meu santuário;
e
farei glorioso o lugar em que assentam os meus pés.
Is
60:14 Também virão a ti, inclinando-se,
os
filhos dos que te oprimiram;
e
prostrar-se-ão junto às plantas dos teus pés
todos
os que te desprezaram;
e chamar-te-ão a
cidade do Senhor,
a
Sião do Santo de Israel.
Is
60:15 Ao invés de seres abandonada e odiada como eras,
de
sorte que ninguém por ti passava,
far-te-ei
uma excelência perpétua,
uma
alegria de geração em geração.
Is
60:16 E mamarás o leite das nações,
e
te alimentarás ao peito dos reis;
assim
saberás que eu sou o Senhor, o teu Salvador,
e
o teu Redentor, o Poderoso de Jacó.
Is
60:17 Por bronze trarei ouro, por ferro trarei prata,
por
madeira bronze, e por pedras ferro;
farei
pacíficos os teus oficiais e justos
os
teus exatores.
Is
60:18 Não se ouvirá mais de violência na tua terra,
de
desolação ou destruição nos teus termos;
mas
aos teus muros chamarás Salvação,
e
às tuas portas Louvor.
Is
60:19 Não te servirá mais o sol para luz do dia,
nem
com o seu resplendor a lua te alumiará;
mas
o Senhor será a tua luz perpétua,
e
o teu Deus a tua glória.
Is
60:20 Nunca mais se porá o teu sol,
nem
a tua lua minguará;
porque
o Senhor será a tua luz perpétua,
e
acabados serão os dias do teu luto.
Is
60:21 E todos os do teu povo serão justos;
para
sempre herdarão a terra;
serão
renovos por mim plantados,
obra
das minhas mãos,
para
que eu seja glorificado.
Is
60:22 O mais pequeno virá a ser mil,
e
o mínimo uma nação forte;
eu,
o Senhor, apressarei isso a seu tempo.
O vs. 20 é fantástico! Nem mais o sol
servirá para a luz do dia, nem a lua em seu resplendor noturno, pois o Senhor
será a luz perpétua: uma referência à presença de Deus no meio do seu povo (vs.
1; Ap 21:11,23; 22:5) que faz cessar todo luto.
Então todos serão justos e herdarão a
terra; serão renovos plantados por Deus, pelo Espírito Santo de Deus, para a
glória eterna de Deus, onde o menor virá a ser mil e o mínimo uma nação forte –
vs. 22. Assim como agora todos somos pecadores e incapazes de fazer o bem, em
Cristo, seremos santos, incapazes de pecar.
A promessa do Senhor é que ele mesmo
apressará isso a seu tempo. De fato, tudo tem seu tempo determinado e todas as
coisas estão no seu absoluto controle.
...
domingo, 25 de janeiro de 2015
domingo, janeiro 25, 2015
Jamais Desista
Isaías 59:1-21 - A CHAMADA AO ARREPENDIMENTO E A SALVAÇÃO DE DEUS.
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
D. O caminho de arrependimento e restauração
que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração (56:1 –
66:24).
2. O arrependimento que leva à restauração (59:1-66:24).
Entraremos, a partir de agora, na última
seção de nossa divisão do livro de Isaías. Com este, faltam apenas 8 capítulos
para concluirmos nosso trabalho.
Nessa última seção a temática do livro
girará em torno do arrependimento e da restauração decorrentes.
Tendo afirmado que o arrependido e humilde
experimentaria as bênçãos de salvação quando Deus restaurasse o seu povo,
Isaías encerra o seu livro com dois cenários paralelos de arrependimento que
levam à tranquilizadora promessa de restauração. Serão as duas divisões que
ainda faremos: a. Arrependimento e resposta 1 - 59:1-63:6; b. Arrependimento e resposta 2 - 63:7-66:24).
Essa estrutura repetida “arrependimento e
resposta” encontra suas raízes na tradicional ordem litúrgica de lamento
seguido pela proclamação de salvação (na BEG, favor consultar "Introdução
a Salmos"; veja também as notas sobre II Cr 20).
Como tal, ela forneceu aos leitores de
Isaías um padrão de resposta ao livro como um todo. Os exilados que ouviram a
mensagem do profeta deveriam se humilhar em arrependimento e clamar pedindo a
ajuda de Deus para uma volta à Terra Prometida e para um mundo de bênçãos de
Deus descrito como nada menos que "novos céus e nova terra" (65:17;
66:22).
a. Arrependimento e resposta 1 -
59:1-63:6
Essa primeira seção (59:1-63:6). foi
planejada para guiar os leitores na direção de uma resposta às profecias de
Isaías.
Ela divide-se em duas seções principais: (1)
Um chamado a que o povo se arrependesse (59.1-13) e (2) A resposta de salvação
de Deus (59:14-63:6).
(1) Um chamado a que o povo se arrependesse (59.1-13).
Até ao verso 13, estaremos vendo esse chamado
ao arrependimento. O profeta abandona a exposição dos pecados do povo de Deus
no cativeiro e vai para o chamado ao arrependimento, de modo que eles pudessem
voltar do exílio.
Nem a mão do Senhor, nem o seu ouvido estão
fechados de modo que não possa salvar o seu povo das suas próprias astúcias
quando estes clamarem a ele, no entanto, são os seus pecados e as suas
iniquidades que fazem a separação de modo que o Senhor não os ouça, nem o seu
braço possa agir.
A permanência do povo de Deus no pecado o
havia separado dele, de modo que Deus não estava pronto para salvar o povo. Não
por que não fosse capaz, pelo contrário, por causa do próprio povo que preferia
o pecado ao arrependimento.
Todo o corpo parecia envolvido como o
pecado. As mãos estavam contaminadas de sangue, os dedos de iniquidade, os
lábios com a mentira e a língua com a perversidade.
A justiça não era invocada com a retidão, a
verdade não era pleiteada, mas preferiam confiar na vaidade e construírem mentiras
e assim concebiam o mal e davam à luz a iniquidade.
Nos versos 5 e 6, o profeta emprega metáforas
pungentes daqueles em Israel que haviam corrompido e envenenado a nação. As suas
estruturas de poder por fim não tinham valor algum (Jó 8:14-15).
Para tais homens o agir honesto e justo era
apenas uma questão de conveniência ou não, dependia do momento e das vantagens
que poderiam advir. Por que ser honesto e justo quando posso ter o que quero se
eu me aliançar com a impiedade? Quem poderia nos julgar se minha escolha fosse
maligna? Na mente corrompida, egoísta e vaidosa do ímpio o único ser real seria
o “eu”, o resto seria resto e nada importava seu estado conquanto fosse útil ao
“eu”.
O ímpio não busca nem se importa com a
ideia de Deus. Ele mesmo raciocina: - quanto a Deus? Bem, Deus seria útil
também enquanto mantivesse os outros a serviço do meu “eu”; fora disso,
totalmente descartável e inútil.
Essas pessoas ímpias haviam quebrado as
leis de Deus sem qualquer preocupação (Pv 1:16). Suas ações eram motivadas pela
impiedade que havia no coração delas e resultaram em discórdia e caos (Rm 3:15-17).
As suas estradas eram de pura impiedade e o
caminho da paz – vs, 8 -, ou seja de pensamentos, atos e palavras que promovem
harmonia, daqueles que temem a Deus seria desconhecido. Na justiça severa,
aqueles que negam a paz a outros, deixarão eles próprios de conhecê-la (veja 57:21).
Nesse ponto (vs. 9-13), a profecia para de
descrever Israel na segunda e na terceira pessoas ("vós",
"eles") para fazê-lo na primeira pessoa ("nós",
"nossos"). Os leitores foram levados a aceitar o julgamento de Deus e
a confessar suas faltas.
A experiência da maldição de Deus (vs. 10; Dt
28:29; cf. Jó 5:14) era severa e já andavam apalpando as paredes como cegos e
até no meio-dia tropeçavam, bem assim no crepúsculo e até entre os vivos eram tidos
como mortos.
Pelo que seu bramor era como o de ursos –
vs. 11 -, numa espécie de expressão de frustração, e os seus gemidos como os de
pombas que não se satisfazem. Esperavam por justiça, mas ela desaparecera
tornando a salvação distante, senão impossível.
A razão disso tinha sido as transgressões e
os pecados que se avolumaram em demasia.
O povo foi levado a confessar o seu pecado
(64:5-7), para a glória de Deus e por sua pura graça, conforme se nota no
próximo versículo 13:
ü
- “transgredimos,
e negamos o Senhor,
ü
e nos
desviamos de seguir após o nosso Deus;
ü
falamos a
opressão e a rebelião,
ü
concebemos
e proferimos do coração palavras de falsidade.”
(2) A resposta de salvação de Deus
(59:14-63:6).
Até 63:6, finalizando essa seção primeira “a”
Arrependimento e Salvação 1, veremos como será a resposta de salvação de Deus.
Tendo levado os leitores a confessarem o seu pecado, Isaías agora lhes assegura
que Deus responderia à sua situação deplorável e libertaria Israel do exílio.
Também dividiremos essa seção “(2)” em
quatro partes: a. O mal será vencido – 59:14 – 60:22; b. A proclamação do ano
aceitável do Senhor – 61:1-11; c. A gloriosa Jerusalém futura – 62:1-12; e, d.
Julgamento das nações – 63:1-6.
a. O mal será vencido – 59:14 – 60:22.
O mal prevalecera sobre os israelitas no
exílio a ponto de eles terem sido totalmente vencidos.
Ninguém mais se importava com o direito –
vs 16 – nem com a justiça, sendo que a verdade foi deixada para andar sozinha
pelas ruas, totalmente cambaleante e tropeçando pelas ruas. Nem ela nem a
equidade puderam entrar. A verdade desfalecia e os que se aventuravam a
desviar-se do mal arriscavam-se a serem despojados. Isso foi visto pelo Senhor
que acabou trazendo-lhe grande desagrado. Desagradou-se Deus em extremo o não
haver justiça!
Os israelitas não tinham condição de
corrigirem a si mesmos, pelo que foi necessário a intervenção de Deus em seu
socorro. Se não fosse Deus mediar em seu favor, eles teriam sido sucumbidos
totalmente. Por isso que Deus se maravilhou de que não houvesse um intercessor
sendo necessário então o seu próprio braço trazer-lhes a salvação e a sua própria
justiça, o sustentar.
Era necessário enfrentar o mal que se
espalhara e que a todos contaminava tornando impossível a ordem e o progresso
de uma nação.
Vestiu-se Deus, então, de justiça – vs. 17
-, como se ela fosse uma couraça e colocou em sua cabeça o capacete da salvação,
também ele vestiu-se de vingança, cobrindo-se de zelo, como de um manto. Era o
guerreiro divino provocando a derrota dos seus inimigos e a restauração do seu
povo fiel – 42:13; 49:25; 52:10; Ex 15:3.
Entre a primeira e a segunda vindas de
Cristo, os cristãos vestem a armadura de Deus enquanto prosseguem na dimensão
espiritual da grande batalha descrita aqui – confira com o estudo e a palavra
aplicada de Paulo aos Efésios – Ef 6:14-17.
Conforme fossem as suas obras - vs. 18 –
assim, seriam eles retribuídos. Furor e recompensa estariam com seus
adversários e às ilhas, daria Deus a sua recompensa para que assim viessem a
temer o nome do Senhor desde o poente e a sua glória desde o nascente do sol. Tão
certa como uma corrente impetuosa que avança sem nada temer, assim seria o assopro
do Senhor que ele impeliria contra Israel.
não
está encolhida, para que não possa salvar;
nem surdo o seu ouvido, para que
não possa ouvir;
Is
59:2 mas as vossas iniquidades
fazem
separação entre vós e o vosso Deus;
e
os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós,
de
modo que não vos ouça.
Is
59:3 Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue,
e
os vossos dedos de iniquidade;
os
vossos lábios falam a mentira,
a
vossa língua pronuncia perversidade.
Is 59:4 Ninguém há que invoque a justiça
com retidão,
nem
há quem pleiteie com verdade;
confiam
na vaidade, e falam mentiras;
concebem
o mal, e dão à luz a iniquidade.
Is
59:5 Chocam ovos de basiliscos, e tecem teias de aranha;
o
que comer dos ovos deles, morrerá;
e
do ovo que for pisado sairá uma víbora.
Is
59:6 As suas teias não prestam para vestidos;
nem
se poderão cobrir com o que fazem;
as
suas obras são obras de iniquidade,
e
atos de violência há nas suas mãos.
Is
59:7 Os seus pés correm para o mal,
e
se apressam para derramarem o sangue inocente;
os
seus pensamentos são pensamentos de iniquidade;
a
desolação e a destruição acham-se nas suas estradas.
Is
59:8 O caminho da paz eles não o conhecem,
nem
há justiça nos seus passos;
fizeram
para si veredas tortas;
todo
aquele que anda por elas não tem conhecimento da paz.
Is
59:9 Pelo que a justiça está longe de nós,
e
a retidão não nos alcança;
esperamos
pela luz, e eis que só há trevas;
pelo
resplendor, mas andamos em escuridão.
Is
59:10 Apalpamos as paredes como cegos;
sim,
como os que não têm olhos andamos apalpando;
tropeçamos
ao meio-dia como no crepúsculo,
e
entre os vivos somos como mortos.
Is
59:11 Todos nós bramamos como ursos,
e
andamos gemendo como pombas;
esperamos
a justiça, e ela não aparece;
a
salvação, e ela está longe de nós.
Is
59:12 Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti,
e
os nossos pecados testificam contra nós;
pois
as nossas transgressões estão conosco,
e
conhecemos as nossas iniquidades.
Is
59:13 transgredimos, e negamos o Senhor,
e
nos desviamos de seguir após o nosso Deus;
falamos
a opressão e a rebelião,
concebemos
e proferimos do coração
palavras
de falsidade.
Is
59:14 Pelo que o direito se tornou atrás,
e
a justiça se pôs longe;
porque
a verdade anda tropeçando pelas ruas,
e
a equidade não pode entrar.
Is
59:15 Sim, a verdade desfalece; e quem se desvia do mal
arrisca-se
a ser despojado;
e
o Senhor o viu, e desagradou-lhe o não haver justiça.
Is
59:16 E viu que ninguém havia,
e
maravilhou-se de que não houvesse um intercessor;
pelo
que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação,
e
a sua própria justiça o susteve;
Is
59:17 vestiu-se de justiça, como de uma couraça,
e
pôs na cabeça o capacete da salvação;
e
por vestidura pôs sobre si vestes de vingança,
e
cobriu-se de zelo, como de um manto.
Is
59:18 Conforme forem as obras deles,
assim
será a sua retribuição,
furor
aos seus adversários,
e
recompensa aos seus inimigos;
às
ilhas dará ele a sua recompensa.
Is
59:19 Então temerão o nome do Senhor desde o poente,
e
a sua glória desde o nascente do sol;
porque
ele virá tal uma corrente impetuosa,
que
o assopro do Senhor impele.
Is
59:20 E virá um Redentor a Sião
e
aos que em Jacó se desviarem da transgressão,
diz
o Senhor.
Is
59:21 Quanto a mim, este é o meu pacto com eles, diz o Senhor:
o
meu Espírito, que está sobre ti,
e
as minhas palavras, que pus na tua boca,
não
se desviarão da tua boca,
nem
da boca dos teus filhos,
nem
da boca dos filhos dos teus filhos,
diz
o Senhor,
desde
agora e para todo o sempre.
O redentor que virá (vs. 20; ensinamento do
Novo Testamento) chegará a Jerusalém na pessoa de Jesus Cristo, promessa essa
confirmada por Paulo em Rm 11:26,27. Ele virá aos que em Jacó se desviarem da
transgressão.
Com eles Deus faria uma aliança, um pacto. A
restauração, após o exílio, envolveria a renovação da aliança do Senhor com os
arrependidos de Israel. A aliança seria
interiorizada pelo Espírito de Deus – 4:4; 32:15-20; 44:3-4; Jr 31:31-34; Ez
37:1-14; Zc 12:10 -, de modo que a Palavra e o Espírito a aplicariam e a
confirmariam de geração a geração, para todo o sempre.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete –
http://www.jamaisdesista.com.br
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