Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo
por capítulo, nós nos encontramos aqui no capítulo 59 e nas seguintes partes:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
D. O caminho de arrependimento e restauração
que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração (56:1 –
66:24).
2. O arrependimento que leva à restauração (59:1-66:24).
Entraremos, a partir de agora, na última
seção de nossa divisão do livro de Isaías. Com este, faltam apenas 8 capítulos
para concluirmos nosso trabalho.
Nessa última seção a temática do livro
girará em torno do arrependimento e da restauração decorrentes.
Tendo afirmado que o arrependido e humilde
experimentaria as bênçãos de salvação quando Deus restaurasse o seu povo,
Isaías encerra o seu livro com dois cenários paralelos de arrependimento que
levam à tranquilizadora promessa de restauração. Serão as duas divisões que
ainda faremos: a. Arrependimento e resposta 1 - 59:1-63:6; b. Arrependimento e resposta 2 - 63:7-66:24).
Essa estrutura repetida “arrependimento e
resposta” encontra suas raízes na tradicional ordem litúrgica de lamento
seguido pela proclamação de salvação (na BEG, favor consultar "Introdução
a Salmos"; veja também as notas sobre II Cr 20).
Como tal, ela forneceu aos leitores de
Isaías um padrão de resposta ao livro como um todo. Os exilados que ouviram a
mensagem do profeta deveriam se humilhar em arrependimento e clamar pedindo a
ajuda de Deus para uma volta à Terra Prometida e para um mundo de bênçãos de
Deus descrito como nada menos que "novos céus e nova terra" (65:17;
66:22).
a. Arrependimento e resposta 1 -59:1-63:6
Essa primeira seção (59:1-63:6). foi
planejada para guiar os leitores na direção de uma resposta às profecias de
Isaías.
Ela divide-se em duas seções principais: (1)
Um chamado a que o povo se arrependesse (59.1-13) e (2) A resposta de salvação
de Deus (59:14-63:6).
(1) Um chamado a que o povo se arrependesse (59.1-13).
Até ao verso 13, estaremos vendo esse chamado
ao arrependimento. O profeta abandona a exposição dos pecados do povo de Deus
no cativeiro e vai para o chamado ao arrependimento, de modo que eles pudessem
voltar do exílio.
Nem a mão do Senhor, nem o seu ouvido estão
fechados de modo que não possa salvar o seu povo das suas próprias astúcias
quando estes clamarem a ele, no entanto, são os seus pecados e as suas
iniquidades que fazem a separação de modo que o Senhor não os ouça, nem o seu
braço possa agir.
A permanência do povo de Deus no pecado o
havia separado dele, de modo que Deus não estava pronto para salvar o povo. Não
por que não fosse capaz, pelo contrário, por causa do próprio povo que preferia
o pecado ao arrependimento.
Todo o corpo parecia envolvido como o
pecado. As mãos estavam contaminadas de sangue, os dedos de iniquidade, os
lábios com a mentira e a língua com a perversidade.
A justiça não era invocada com a retidão, a
verdade não era pleiteada, mas preferiam confiar na vaidade e construírem mentiras
e assim concebiam o mal e davam à luz a iniquidade.
Nos versos 5 e 6, o profeta emprega metáforas
pungentes daqueles em Israel que haviam corrompido e envenenado a nação. As suas
estruturas de poder por fim não tinham valor algum (Jó 8:14-15).
Para tais homens o agir honesto e justo era
apenas uma questão de conveniência ou não, dependia do momento e das vantagens
que poderiam advir. Por que ser honesto e justo quando posso ter o que quero se
eu me aliançar com a impiedade? Quem poderia nos julgar se minha escolha fosse
maligna? Na mente corrompida, egoísta e vaidosa do ímpio o único ser real seria
o “eu”, o resto seria resto e nada importava seu estado conquanto fosse útil ao
“eu”.
O ímpio não busca nem se importa com a
ideia de Deus. Ele mesmo raciocina: - quanto a Deus? Bem, Deus seria útil
também enquanto mantivesse os outros a serviço do meu “eu”; fora disso,
totalmente descartável e inútil.
Essas pessoas ímpias haviam quebrado as
leis de Deus sem qualquer preocupação (Pv 1:16). Suas ações eram motivadas pela
impiedade que havia no coração delas e resultaram em discórdia e caos (Rm 3:15-17).
As suas estradas eram de pura impiedade e o
caminho da paz – vs, 8 -, ou seja de pensamentos, atos e palavras que promovem
harmonia, daqueles que temem a Deus seria desconhecido. Na justiça severa,
aqueles que negam a paz a outros, deixarão eles próprios de conhecê-la (veja 57:21).
Nesse ponto (vs. 9-13), a profecia para de
descrever Israel na segunda e na terceira pessoas ("vós",
"eles") para fazê-lo na primeira pessoa ("nós",
"nossos"). Os leitores foram levados a aceitar o julgamento de Deus e
a confessar suas faltas.
A experiência da maldição de Deus (vs. 10; Dt
28:29; cf. Jó 5:14) era severa e já andavam apalpando as paredes como cegos e
até no meio-dia tropeçavam, bem assim no crepúsculo e até entre os vivos eram tidos
como mortos.
Pelo que seu bramor era como o de ursos –
vs. 11 -, numa espécie de expressão de frustração, e os seus gemidos como os de
pombas que não se satisfazem. Esperavam por justiça, mas ela desaparecera
tornando a salvação distante, senão impossível.
A razão disso tinha sido as transgressões e
os pecados que se avolumaram em demasia.
O povo foi levado a confessar o seu pecado
(64:5-7), para a glória de Deus e por sua pura graça, conforme se nota no
próximo versículo 13:
ü- “transgredimos,
e negamos o Senhor,
üe nos
desviamos de seguir após o nosso Deus;
üfalamos a
opressão e a rebelião,
üconcebemos
e proferimos do coração palavras de falsidade.”
(2) A resposta de salvação de Deus
(59:14-63:6).
Até 63:6, finalizando essa seção primeira “a”
Arrependimento e Salvação 1, veremos como será a resposta de salvação de Deus.
Tendo levado os leitores a confessarem o seu pecado, Isaías agora lhes assegura
que Deus responderia à sua situação deplorável e libertaria Israel do exílio.
Também dividiremos essa seção “(2)” em
quatro partes: a. O mal será vencido – 59:14 – 60:22; b. A proclamação do ano
aceitável do Senhor – 61:1-11; c. A gloriosa Jerusalém futura – 62:1-12; e, d.
Julgamento das nações – 63:1-6.
a. O mal será vencido – 59:14 – 60:22.
O mal prevalecera sobre os israelitas no
exílio a ponto de eles terem sido totalmente vencidos.
Ninguém mais se importava com o direito –
vs 16 – nem com a justiça, sendo que a verdade foi deixada para andar sozinha
pelas ruas, totalmente cambaleante e tropeçando pelas ruas. Nem ela nem a
equidade puderam entrar. A verdade desfalecia e os que se aventuravam a
desviar-se do mal arriscavam-se a serem despojados. Isso foi visto pelo Senhor
que acabou trazendo-lhe grande desagrado. Desagradou-se Deus em extremo o não
haver justiça!
Os israelitas não tinham condição de
corrigirem a si mesmos, pelo que foi necessário a intervenção de Deus em seu
socorro. Se não fosse Deus mediar em seu favor, eles teriam sido sucumbidos
totalmente. Por isso que Deus se maravilhou de que não houvesse um intercessor
sendo necessário então o seu próprio braço trazer-lhes a salvação e a sua própria
justiça, o sustentar.
Era necessário enfrentar o mal que se
espalhara e que a todos contaminava tornando impossível a ordem e o progresso
de uma nação.
Vestiu-se Deus, então, de justiça – vs. 17
-, como se ela fosse uma couraça e colocou em sua cabeça o capacete da salvação,
também ele vestiu-se de vingança, cobrindo-se de zelo, como de um manto. Era o
guerreiro divino provocando a derrota dos seus inimigos e a restauração do seu
povo fiel – 42:13; 49:25; 52:10; Ex 15:3.
Entre a primeira e a segunda vindas de
Cristo, os cristãos vestem a armadura de Deus enquanto prosseguem na dimensão
espiritual da grande batalha descrita aqui – confira com o estudo e a palavra
aplicada de Paulo aos Efésios – Ef 6:14-17.
Conforme fossem as suas obras - vs. 18 –
assim, seriam eles retribuídos. Furor e recompensa estariam com seus
adversários e às ilhas, daria Deus a sua recompensa para que assim viessem a
temer o nome do Senhor desde o poente e a sua glória desde o nascente do sol. Tão
certa como uma corrente impetuosa que avança sem nada temer, assim seria o assopro
do Senhor que ele impeliria contra Israel.
Is 59:1 Eis que a mão do Senhor
não
está encolhida, para que não possa salvar;
nem surdo o seu ouvido, para que
não possa ouvir;
Is
59:2 mas as vossas iniquidades
fazem
separação entre vós e o vosso Deus;
e
os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós,
de
modo que não vos ouça.
Is
59:3 Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue,
e
os vossos dedos de iniquidade;
os
vossos lábios falam a mentira,
a
vossa língua pronuncia perversidade.
Is 59:4 Ninguém há que invoque a justiça
com retidão,
nem
há quem pleiteie com verdade;
confiam
na vaidade, e falam mentiras;
concebem
o mal, e dão à luz a iniquidade.
Is
59:5 Chocam ovos de basiliscos, e tecem teias de aranha;
o
que comer dos ovos deles, morrerá;
e
do ovo que for pisado sairá uma víbora.
Is
59:6 As suas teias não prestam para vestidos;
nem
se poderão cobrir com o que fazem;
as
suas obras são obras de iniquidade,
e
atos de violência há nas suas mãos.
Is
59:7 Os seus pés correm para o mal,
e
se apressam para derramarem o sangue inocente;
os
seus pensamentos são pensamentos de iniquidade;
a
desolação e a destruição acham-se nas suas estradas.
Is
59:8 O caminho da paz eles não o conhecem,
nem
há justiça nos seus passos;
fizeram
para si veredas tortas;
todo
aquele que anda por elas não tem conhecimento da paz.
Is
59:9 Pelo que a justiça está longe de nós,
e
a retidão não nos alcança;
esperamos
pela luz, e eis que só há trevas;
pelo
resplendor, mas andamos em escuridão.
Is
59:10 Apalpamos as paredes como cegos;
sim,
como os que não têm olhos andamos apalpando;
tropeçamos
ao meio-dia como no crepúsculo,
e
entre os vivos somos como mortos.
Is
59:11 Todos nós bramamos como ursos,
e
andamos gemendo como pombas;
esperamos
a justiça, e ela não aparece;
a
salvação, e ela está longe de nós.
Is
59:12 Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti,
e
os nossos pecados testificam contra nós;
pois
as nossas transgressões estão conosco,
e
conhecemos as nossas iniquidades.
Is
59:13 transgredimos, e negamos o Senhor,
e
nos desviamos de seguir após o nosso Deus;
falamos
a opressão e a rebelião,
concebemos
e proferimos do coração
palavras
de falsidade.
Is
59:14 Pelo que o direito se tornou atrás,
e
a justiça se pôs longe;
porque
a verdade anda tropeçando pelas ruas,
e
a equidade não pode entrar.
Is
59:15 Sim, a verdade desfalece; e quem se desvia do mal
arrisca-se
a ser despojado;
e
o Senhor o viu, e desagradou-lhe o não haver justiça.
Is
59:16 E viu que ninguém havia,
e
maravilhou-se de que não houvesse um intercessor;
pelo
que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação,
e
a sua própria justiça o susteve;
Is
59:17 vestiu-se de justiça, como de uma couraça,
e
pôs na cabeça o capacete da salvação;
e
por vestidura pôs sobre si vestes de vingança,
e
cobriu-se de zelo, como de um manto.
Is
59:18 Conforme forem as obras deles,
assim
será a sua retribuição,
furor
aos seus adversários,
e
recompensa aos seus inimigos;
às
ilhas dará ele a sua recompensa.
Is
59:19 Então temerão o nome do Senhor desde o poente,
e
a sua glória desde o nascente do sol;
porque
ele virá tal uma corrente impetuosa,
que
o assopro do Senhor impele.
Is
59:20 E virá um Redentor a Sião
e
aos que em Jacó se desviarem da transgressão,
diz
o Senhor.
Is
59:21 Quanto a mim, este é o meu pacto com eles, diz o Senhor:
o
meu Espírito, que está sobre ti,
e
as minhas palavras, que pus na tua boca,
não
se desviarão da tua boca,
nem
da boca dos teus filhos,
nem
da boca dos filhos dos teus filhos,
diz
o Senhor,
desde
agora e para todo o sempre.
O redentor que virá (vs. 20; ensinamento do
Novo Testamento) chegará a Jerusalém na pessoa de Jesus Cristo, promessa essa
confirmada por Paulo em Rm 11:26,27. Ele virá aos que em Jacó se desviarem da
transgressão.
Com eles Deus faria uma aliança, um pacto. A
restauração, após o exílio, envolveria a renovação da aliança do Senhor com os
arrependidos de Israel.A aliança seria
interiorizada pelo Espírito de Deus – 4:4; 32:15-20; 44:3-4; Jr 31:31-34; Ez
37:1-14; Zc 12:10 -, de modo que a Palavra e o Espírito a aplicariam e a
confirmariam de geração a geração, para todo o sempre.
Aproveite e veja o capítulo 59, versículo por versículo pela BIBLE HUB (somente em inglês). O texto com comentários, strong, interlinear, hebraico, sermões, imagens, etc...
Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo
por capítulo, nós nos encontramos aqui no capítulo 58 e nas seguintes partes:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
D. O caminho de arrependimento e
restauração que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração
(56:1 – 66:24).
1. A importância do sábado da
justiça (56:1-58:14).
Como já dissemos, de 56:1 a 58:14, desta
parte “1”, veremos a ênfase na importância do sábado da justiça, não pelo
sábado em si, mas por causa da palavra de Deus e do senso da justiça. Nesses
capítulos Isaías se concentrará na guarda do sábado como uma provisão de
justiça e retidão de Israel.
Nós dividimos esse material em três partes
principais: a. Os judeus e os gentios e o sábado e a justiça (56:1-8) – já vista; b. A divisão entre justos e
ímpios em Israel (56:9-57:21) – já vimos;
e, c. A necessidade de guardar o sábado como um dia de justiça (58:1-14) – veremos agora.
c. A necessidade de guardar o sábado como um dia de justiça (58:1-14).
Nós estamos seguindo a estruturação
proposta pela BEG, com ligeiras adaptações, no entanto, este capítulo em
especial não deveria ganhar, somente, o nome que ganhou, mas deveria ter um
complemento falando do verdadeiro jejum que agrada a Deus.
Dos versos de 1 a 14, veremos o profeta
falando, então, do verdadeiro jejum que agrada a Deus e da observância do
sábado e a prática da justiça.
Tendo já mencionado as bênçãos concedidas
aos gentios e eunucos que observavam o sábado, assim como a importância do
arrependimento humilde entre os exilados, Isaías aplica esses temas diretamente
aos israelitas ao chamá-los, primeiramente, a prática do verdadeiro jejum que
agrada a Deus, e depois a observar o sábado de maneira correta.
O profeta é intimado por Deus a conclamar,
a anunciar a plenos pulmões, com todas as suas forças e com todo o poder de sua
voz, de modo alto e claro, como se fosse uma trombeta, sobre as suas
transgressões e os seus pecados (Ex 19:19; 20:18; Os 8:1; I Co 14:8).
A verdade é que a hipocrisia dos israelitas
acabava de ser exposta. Embora parecessem piedosos, eles não o eram. A prevista
reclamação dos exilados era que eles já haviam jejuado e se humilhado, mas Deus
não lhes respondera com a libertação do exílio.
O profeta, então, por pura graça divina,
lhes explica por que jejuaram e nada aconteceu. Eles simplesmente estavam
cuidando somente dos seus próprios interesses e sendo exigentes. Eles não
estavam preocupados com os direitos dos outros ou com a justiça demonstrada a
essas pessoas (cf. 1:15-17; 59:2; Os 6:4-6; Am 5:23-24; Zc 7:8-12).
Em vez de separar o dia de modo que todos
pudessem se dedicar ao descanso e à adoração, eles exploravam e surravam o
empregado que não trabalhava e se afligiam privando-se de alimentos e água,
chamando a isso de jejum e sacrifício ao Senhor.
Não adiantava nada daquilo, pois Deus não
recebe favoravelmente a oração que não é pronunciada em espírito de amor e em
observância à justiça.
Deus contrastou o seu conceito de jejum com
o do ímpio em Israel (1:10-15; Am 5:21-23; Mq 6:7). Deus procurava expressões
de humildade e quebrantamento interiores diante deles, não devoção a rituais
(cf. Mt 6:16), mas eles insistiam em cerimônias de lamento que acompanhavam o
jejum (II Sm 12:16; JI 1:13,14) desacompanhadas da justiça ou do amor.
No verso 6, um exemplo do verdadeiro jejum,
uma clara definição do tipo de jejum que uma nação injusta deveria fazer: seus
cidadãos deveriam negar a si mesmos para resgatar o oprimido e ajudar o
necessitado (cf. Jó 31:17-20; Mt 25:35-36). No entanto, o que fazemos é
desprezá-los e deixá-los à mingua.
Repartir o pão com o faminto, recolher em
casa os pobres desabrigados, cobrir o nu, deixar livre os oprimidos, despedaçar
todo jugo são atitudes a serem praticadas e incentivadas que nos levarão – vs.
8 – ao romper da luz como a alva, à cura, à justiça e à glória do Senhor, sendo
esta nossa retaguarda. A glória do Senhor é essa que nos remete à coluna de
nuvem e fogo no deserto (4:5,6; Ex 13:21; 14:20).
Um jejum desses de amor e de justiça acompanhado
de contrição e arrependimento pelo pecado seria um jejum verdadeiro que Deus atentaria.
O glorioso reino de Deus (9:2; 60:1-3; Lc 1:78-79), então, se manifestaria com
a bênção e a proteção de Deus (vs. 5; 60:1-3), com transformação (30:26), com o
estabelecimento de uma nova ordem (1:21) e com a presença do Deus da glória (4:2).
Sendo assim, sem dúvidas, Deus responderia
à oração (30:19; 65:24; cf. vs. 4) dizendo para nós: “Eis-me aqui!”. Pelo contrário,
não adianta sacrificar-se tolamente.
Seria necessário, portanto, tirar daquele
meio todo o jugo, todo dedo que ameaça, todo falar injurioso e, ato contíguo,
abrir a alma ao próximo.
Seria necessário abrir-se ao outro. Vemos aqui
no verso 10, um chamado a "abrir a alma" para cuidar dos necessitados
(vs. 7) com uma consequente promessa de um alvorecer de uma nova era, com um
brilho ainda maior (2:5; 5:30).
As promessas e bênçãos se estendem pelos
vs. 11 e 12. Os restaurados do exílio careciam de recursos espirituais e
econômicos para a reconstrução (veja 44:26,28; 61:2,4; Ez 36:10; Am 9:14-15; Ag
1:2-9; cf: At 15:15-17), no entanto, seus filhos (obviamente se fizessem o que
está escrito no vs. 10) edificariam as antigas ruínas e levantariam os
fundamentos de muitas gerações a ponto de serem chamados de reparadores de
brechas e de veredas para que o povo de Deus em sua nação se tornasse habitável
– vs. 12.
Is 58:1 Clama em alta voz,
não
te detenhas,
levanta
a tua voz como a trombeta
e
anuncia ao meu povo a sua transgressão,
e
à casa de Jacó os seus pecados.
Is
58:2 Todavia me procuram cada dia,
tomam
prazer em saber os meus caminhos;
como
se fossem um povo que praticasse a justiça
e
não tivesse abandonado a ordenança do seu Deus,
pedem-me
juízos retos,
têm
prazer em se chegar a Deus!,
Is
58:3 Por que temos nós jejuado, dizem eles,
e
tu não atentas para isso?
por
que temos afligido as nossas almas, e tu não o sabes?
Eis
que no dia em que jejuais,
prosseguis
nas vossas empresas,
e
exigis que se façam todos os vossos trabalhos.
Is
58:4 Eis que para contendas e rixas jejuais,
e
para ferirdes com punho iníquo!
Jejuando
vós assim como hoje,
a
vossa voz não se fará ouvir no alto.
Is
58:5 Seria esse o jejum que eu escolhi?
o
dia em que o homem aflija a sua alma?
Consiste
porventura, em inclinar o homem a cabeça
como junco e em estender debaixo
de
si saco e cinza?
chamarias
tu a isso jejum e dia aceitável ao Senhor?
Is
58:6 Acaso não é este o jejum que escolhi?
que
soltes as ligaduras da impiedade,
que
desfaças as ataduras do jugo?
e
que deixes ir livres os oprimidos,
e
despedaces todo jugo?
Is 58:7 Porventura não é também
que repartas o teu pão
com
o faminto,
e
recolhas em casa os pobres desamparados?
que
vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?
Is
58:8 Então romperá a tua luz como a alva,
e
a tua cura apressadamente brotará.
e
a tua justiça irá adiante de ti;
e
a glória do Senhor será a tua retaguarda.
Is
58:9 Então clamarás, e o Senhor te responderá;
gritarás,
e ele dirá:
Eis-me
aqui.
Se
tirares do meio de ti o jugo,
o
estender do dedo,
e
o falar iniquamente;
Is
58:10 e se abrires a tua alma ao faminto,
e
fartares o aflito;
então
a tua luz nascerá nas trevas,
e
a tua escuridão será como o meio dia.
Is
58:11 O Senhor te guiará continuamente,
e
te fartará até em lugares áridos,
e
fortificará os teus ossos;
serás
como um jardim regado,
e
como um manancial, cujas águas nunca falham.
Is
58:12 E os que de ti procederem edificarão as ruínas antigas;
e
tu levantarás os fundamentos de muitas gerações;
e
serás chamado reparador da brecha,
e
restaurador de veredas para morar.
Is
58:13 Se desviares do sábado o teu pé,
e
deixares de prosseguir nas tuas empresas no meu santo dia;
se
ao sábado chamares deleitoso,
ao
santo dia do Senhor, digno de honra;
se
o honrares, não seguindo os teus caminhos,
nem
te ocupando nas tuas empresas,
nem
falando palavras vãs;
Is
58:14 então te deleitarás no Senhor,
e
eu te farei cavalgar sobre as alturas da terra,
e
te sustentarei com a herança de teu pai Jacó;
porque
a boca do Senhor o disse.
Agora, no vs. 13, o jejum geral estava
intimamente ligado ao sábado. O Senhor não rejeitava o ritual em si; ele era um
sinal da aliança.
No entanto, a condicional atrelada ao
prestígio social, ao ganho financeiro e ao poder político (33:15) era o “se
desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos seus próprios interesses”.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
"OS IDOSOS"
-
"Nascemos nos anos 30-40-50-60-70."
"Nós crescemos nos anos 50-60-70-80."
"Estudamos nos anos 60-70-80-90."
"Estávamos namorando nos anos 70-80-90."...
O Nascimento e a Infância de Jesus
-
*O NASCIMENTO E A INFÂNCIA DE JESUS*
Neste breve sumário iremos ver os fatos relacionados com o nascimento de
Jesus. Eles estão ausentes no Evangelho de...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...