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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Esdras 5:1-17 - A RECONSTRUÇÃO DA CASA DE DEUS É RETOMADA E VENCIDAS TODAS OPOSIÇÕES

Nosso mapinha de leitura se encontra assim:

Parte I - O REGRESSO DOS EXILADOS E A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO – 1:1 a 6:22.
B. A reconstrução do templo – 3:1 a 6:22.
2. A reconstrução do templo propriamente dito  - 3:7 ao 6:22.
Assim que os primeiros sacrifícios haviam sido oferecidos, no altar recém restaurado, foram tomadas providências para se iniciar a reconstrução do templo.
Dividiremos essa parte “2. A reconstrução do templo propriamente dito  - 3:7 ao 6:22.” Em 5 outras partes. a. A reconstrução é iniciada – 3:7-13 – já vista. b. Oposição à reconstrução – 4:1-24 – já vimos. c. A reconstrução é retomada – 5:1-2 – veremos agora. d. Oposição à reconstrução – 5:3 – 6:12 – começaremos agora. e. A reconstrução é concluída – 6:13-22.
c. A reconstrução é retomada – 5:1-2.
Como já vimos, a reconstrução da Casa de Deus – 4:24 -, por causa dos adversários de Judá e Benjamim, tinha sido interrompida por cerca de dezessete anos. Eram eles adversários internos! Embora somente os remanescentes tenham voltado do exílio e grande parte dos israelenses ficaram no cativeiro para sempre, nem todos dos que voltaram, tinham se arrependido ou se inclinado ao Senhor.
Ageu e Zacarias tinham começado a profetizar no mesmo ano citado em 4:24, o segundo ano do rei Dario – Ag 1:1; Zc 1:1. O trabalho não estava sendo retomado por conta de um novo decreto, dessa vez de Dario, mas sim por causa da pregação da palavra de Deus na boca de seus profetas e por conta da resposta obediente do povo de Deus – Ag 1:14,15.
Os profetas pregaram. O povo ouviu e obedeceu. O resultado foi a volta ao trabalho de reconstrução da Casa de Deus. Aqui, tanto o povo de Deus quanto os profetas de Deus tinham algo que a Palavra de Deus ressalta: que eles eram reconhecidos como aqueles que eram ou falavam “em nome do Deus de Israel.”
d. Oposição à reconstrução – 5:3 – 6:12
Assim que os trabalhos foram reiniciados, os oficiais persas já ofereceram resistência. No entanto, o agir de Deus (as ações de Deus neste livro de Ester-Neemias sempre se dão por meio dos seres humanos quer sendo o agente direto, como o indireto) fez com que ganhassem tempo e até a confirmação do rei Dario o trabalho teve prosseguimento.
Lembramos que Judá, por conta do domínio persa, na época não tinha autonomia, antes era uma província do império persa e, obviamente, nada poderia ser feito sem as devidas autorizações, mesmo assim, a obra de reconstrução não parou dessa vez. Isso se deveu:
·         À supervisão divina – vs 5.
·         À preparação dos profetas – vs 1-2.
·         À liderança de Zorobabel e Jesua – vs 2.
A resposta dos líderes judeus às perguntas dos oficiais persas – vs 3,4 – é incluída numa carta ao rei Dario. A iniciativa da carta partiu de Tatenai, o governador daquém Eufrates, com Setar-Bozenai e os seus companheiros, os afarsaquitas.
A resposta da carta é engraçada porque atinge uma cultura totalmente diferente, mas a direção a elas é como se soubessem de tudo o que eles falavam. Veja: “Nós somos servos do Deus que fez os céus e a terra”. Será que sabiam do que estavam falando? Se eles eram os servos, quem eram eles? Como iriam tratar dos servos daquele que fez os céus e a terra que tinha se irado com eles por causa de maus comportamentos?
Ao mencionarem o grande rei, falavam de Salomão que primeiro edificou o templo de 966 a 959 a.C. – I Re 6:1-38. No entanto, foi destruído por Nabucodonosor que depois deportou o povo, sendo ele apenas uma gente humano do Deus soberano.
Deus havia entregado os israelitas nas mãos de Nabucodonosor para castigá-los por terem quebrado a aliança e para prefigurar a destruição eterna que espera aqueles que não creem em Cristo. Já os que creem em Cristo não temem tal castigo – I Jo 4:17,18.
Os caldeus – vs 12 – eram aqueles que habitavam a região sul da Mesopotânia e fundaram o império neobabilônico ao conquistarem os assírios em 612 a.C. Os caldeus ou neobabilônicos reinaram até serem conquistados pelos persas em 539 a.C., pelo rei Ciro que um ano depois, em 538 a.C. tinha emitido o decreto para que reedificassem a Casa de Deus e os muros da cidade.
Ed 5:1 E os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido,
                profetizaram aos judeus que estavam em Judá, e em Jerusalém;
                               em nome do Deus de Israel lhes profetizaram.
                Ed 5:2 Então se levantaram Zorobabel, filho de Sealtiel,
                               e Jesuá, filho de Jozadaque, e começaram a edificar a casa
                                               de Deus, que está em Jerusalém;
                                               e com eles os profetas de Deus, que os ajudavam.
                Ed 5:3 Naquele tempo vieram a eles Tatenai,
                               governador dalém do rio, e Setar-Bozenai,
                                               e os seus companheiros, e disseram-lhes assim:
                               Quem vos deu ordem para reedificardes esta casa,
                                               e restaurardes este muro?
                Ed 5:4 Disseram-lhes, mais:
                               E quais são os nomes dos homens que
                                               construíram este edifício?
                Ed 5:5 Porém os olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus,
                               e não os impediram, até que o negócio chegasse a Dario,
                                               e viesse resposta por carta sobre isso.
Ed 5:6 Cópia da carta que Tatenai, o governador dalém do rio,
                com Setar-Bozenai e os seus companheiros, os afarsaquitas,
                               que estavam dalém do rio, enviaram ao rei Dario.
Ed 5:7 Enviaram-lhe uma carta, na qual estava escrito:
                Toda a paz ao rei Dario.
                Ed 5:8 Seja notório ao rei,
                               que nós fomos à província de Judá,
                                               à casa do grande Deus,
                                               a qual se edifica com grandes pedras,
                                               e a madeira já está sendo posta nas paredes;
                                               e esta obra vai sendo feita com diligência,
                                                               e se adianta em suas mãos.
                Ed 5:9 Então perguntamos aos anciãos, e assim lhes
                               dissemos: Quem vos deu ordem para reedificardes esta casa,
                                               e restaurardes este muro?
                Ed 5:10 Além disso, lhes perguntamos também pelos seus nomes,
                               para os declararmos; para que te pudéssemos escrever os
                                               nomes dos homens que entre eles são os chefes.
Ed 5:11 E esta foi a resposta que nos deram:
                Nós somos servos do Deus dos céus e da terra, e reedificamos
                               a casa que há muitos anos foi edificada;
                               porque um grande rei de Israel a edificou e a terminou.
                Ed 5:12 Mas depois que nossos pais provocaram à ira o Deus
                               dos céus, ele os entregou nas mãos de Nabucodonosor,
                                               rei de Babilônia, o caldeu, o qual destruiu esta casa,
                                                               e transportou o povo para Babilônia.
                Ed 5:13 Porém, no primeiro ano de Ciro, rei de Babilônia,
                               o rei Ciro deu ordem para que esta casa de Deus
                                               se reedificasse.
                Ed 5:14 E até os utensílios de ouro e prata, da casa de Deus,
                               que Nabucodonosor tomou do templo que estava em
                                               Jerusalém e os levou para o templo de Babilônia,
                                                               o rei Ciro os tirou do templo de Babilônia,
                                               e foram dados a um homem cujo nome era Sesbazar,
                                                               a quem nomeou governador.
                Ed 5:15 E disse-lhe: Toma estes utensílios, vai e leva-os
                               ao templo que está em Jerusalém, e faze reedificar a
                                               casa de Deus, no seu lugar.
                Ed 5:16 Então veio este Sesbazar, e pôs os fundamentos da
                               casa de Deus, que está em Jerusalém e desde então
                               para cá se está reedificando, e ainda não está acabada.
                Ed 5:17 Agora, pois, se parece bem ao rei, busque-se na casa
                               dos tesouros do rei, que está em Babilônia, se é
                                               verdade que se deu uma ordem pelo rei Ciro
                                               para reedificar esta casa de Deus em Jerusalém;
                                                               e sobre isto nos faça saber a vontade do rei.
Um decreto tinha sido emitido pelo rei Ciro, logo no inicio de seu reinado persa a favor dos israelitas. Agora eles iriam fazer uma nova busca.
É interessante que na primeira busca – vs. 4:15 – o resultado tinha sido a interrupção do trabalho por longos dezessete anos e agora, uma nova busca, semelhante em tudo, resultaria na conclusão do próprio templo, a Casa de Deus.
Isso me faz refletir em meu ditado predileto que acompanha todos os meus e-mails de que a força de vontade sempre dá um jeito, mas a falta de vontade, somente tem uma colaboração, a desculpa! Aqui foram duas consultas semelhantes e dois resultados distintos e opostos entre si.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Esdras 4:1-24 ZOROBABEL ENFRENTA OPOSIÇÃO E A RESTAURAÇÃO FOI INTERROMPIDA POR 17 ANOS

Nosso mapinha de leitura se encontra assim:
Parte I - O REGRESSO DOS EXILADOS E A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO – 1:1 a 6:22.
Como já dissemos, e repetiremos até o final dessa primeira parte, os primeiros exilados que regressaram deram inicio à restauração depois do exílio. Esse grupo foi liberto da Babilônia e abençoado por Deus. Zorobabel conduziu o povo às bênçãos de Deus ao reconstruir o templo apesar da oposição.
Essa parte primeira foi dividida em duas. A. O regresso dos exilados – 1:1 a 2:70 – já vista. B. A reconstrução do templo – 3:1 a 6:22 – em continuação.
B. A reconstrução do templo – 3:1 a 6:22 - continuação.
Serão os remanescentes do povo do pós-exílio que terão a oportunidade do trabalho de reconstrução do templo, mas não de uma vez e sim em vários estágios. Seus esforços foram apoiados pelo Senhor e promoveram a importância do templo para a comunidade restaurada.
Esses capítulos, dessa parte “B”, dividiremos em duas partes também. 1. A reconstrução do altar – 3:1-6 – já vista; 2. A reconstrução do templo propriamente dito  - 3:7 ao 6:22 – estamos vendo.
2. A reconstrução do templo propriamente dito  - 3:7 ao 6:22 - continuação.
Assim que os primeiros sacrifícios haviam sido oferecidos, no altar recém restaurado, foram tomadas providências para se iniciar a reconstrução do templo.
Dividiremos essa parte “2. A reconstrução do templo propriamente dito  - 3:7 ao 6:22.” Em 5 outras partes. a. A reconstrução é iniciada – 3:7-13 – já vista. b. Oposição à reconstrução – 4:1-24 – veremos agora. c. A reconstrução é retomada – 5:1-2. d. Oposição à reconstrução – 5:3 – 6:12. e. A reconstrução é concluída – 6:13-22.
b. Oposição à reconstrução – 4:1-24
Judá e Benjamim tinham adversários internos! Embora somente os remanescentes tenham voltado e grande parte dos israelenses ficaram no cativeiro para sempre, nem todos dos que voltaram, tinham se arrependido ou se inclinado ao Senhor.
Eles, tais inimigos, se achegaram a Zorobabel reconhecendo nele autoridade sobre todo o povo e propuseram ajudá-los na reconstrução do templo onde poderiam buscar ao Senhor e justificaram que assim eles vinham fazendo desde o cativeiro da Assíria.
Se eles estavam no cativeiro desde a Assíria (721 a.C.), isso significa que das mãos dos assírios, passaram pelas mãos dos babilônios e agora estavam nas mãos dos persas, com Ciro. Um longo cativeiro de aproximadamente uns 183 anos (721 a.C. – 538 a.C.).
Na época em que foram levados cativos por Sargão II, rei da Assíria no período de 722 a.C. a 705 a.C., que os fez habitar em Hala, junto a Habor e ao rio Gozã, nas cidades dos Medos – II Re 17:6 – muitos fugiram e se refugiaram em Judá, mas os demais, 27.290 dos habitantes do Reino do Norte, conforme os anais de Sargão II, foram levados ao cativeiro. A captura de Samaria pelos assírios marcou o final do Reino do Norte para sempre – I Cr 5:25,26. A causa do cativeiro está explicada detalhadamente em II Re 17:7-23.
Esses adversários eram de Samaria, um grupo de pessoas de vários lugares que haviam sido levadas para Samaria, a região ao norte de Judá, depois da destruição de Israel, o Reino do Norte, em 722 a.C., conforme já explicado.
Os samaritanos adoravam muitos deuses e haviam incorporado o Senhor ao seu politeísmo (II Re 17:24-41). A animosidade entre os judeus e os samaritanos constitui uma parte importante do contexto do Novo Testamento (Jo 4:1-42).
Não há razões para crer que tenham se voltado ao Senhor, antes estavam querendo se opor por outros motivos, por isso que foram chamados de inimigos ou adversários, logo no primeiro verso deste capítulo.
Zorobabel, percebendo o engano daquela ajuda, recusou-se a aceitar que ajudassem, apelou para a ordem que tinham recebido do rei Ciro e continuaram o trabalho.
O povo da terra – vs 4 – o mesmo “adversários” do vs 1, indignados começaram a inquietar o povo no edificar procurando desanimá-los e até alugou contra eles conselheiros que frustrassem todo plano de reconstrução.
Esdras resume cronologicamente várias tentativas de interromper os trabalhos de reconstrução, durante os reinados de:
·         Ciro em 559-530 a.C. (vs. 1-5).
·         Xerxes em 486-465 a.C. (v. 6).
·         Artaxerxes 1 em 465-424 a.C. (vs. 7-23).
·         Dario 1 em 522-486 a.C. (v. 24).
Percebe-se que a motivação não estava sendo étnica nem política, mas religiosa.
Desde os primeiros dias em que viveram na Terra Prometida (Jz 3:6) e ao longo de toda a sua história (II Re 17:7-17), as alianças com não israelitas levaram à idolatria e, por fim, ao exílio longe da terra – II Re 17:18-23.
Nem pensar, mesmo hodiernamente, em vivermos em aliança com o mundo, pois esse princípio de separação religiosa continua hoje em vigor – II Co 6:14 a 7:1.
No verso 5, como já vimos, eles alugaram conselheiros, homens malignos para fazerem um trabalho sujo. O mesmo já vimos em outras ocasiões e devemos estar atentos para futuras ocorrências delas, mesmo em nosso futuro.
·         No tempo de Moisés, Balaque, rei de Moabe, contratou Balaão para amaldiçoar Israel – Nm 22:1-20.
·         No tempo de Neemias, Sambalate contratou um profeta para assustar Neemias a fim de que este parasse a reconstrução do muro. Conquanto esse artifício não tivesse conseguido deter Neemias, o trabalho de Esdras e dos que haviam retornado ficou paralisado nesse ponto por cerca de dezessete anos (4:24).
·         Aqui, agora, era a vez dos adversários, das gentes da terra, que alugaram conselheiros para frustrarem os planos dos judeus. Foram, portanto, bem sucedidos. Intentaram interromper – vs 5 – e interromperam – vs 24, até o segundo ano do rei Dado (522-486 a.C.).
Entre os fatos dos vs 5 e 24, os versículos intermediários - vs. 6-23 - formam um parêntese que descreve a oposição à reconstrução do muro depois do reinado de Dario, durante os reinados de Xerxes (486-465 a.C.) e Artaxerxes (464-424 a.C.).
Essa digressão, conforme nos ensina a BEG, dos vs 6 ao 23, cumpre três propósitos.
·         (1) Justifica a referência aos samaritanos no v. 1 como "adversários".
·         (2) Mostra que a oposição não foi um problema breve e passageiro, mas sim uma prefiguração da oposição prolongada a ser suportada pelo povo de Deus na reconstrução do reino.
·         (3) Liga a reconstrução do templo com a do muro como um único projeto de construção.
Durante o reinado de Assuero – vs 6 -, também chamado de Xerxes, sucessor de Dario e rei da Pérsia de 486 a 465 a.C. – o mesmo Xerxes do filme “Os 300” que Leônidas, grego e líder enfrentou bravamente - lhe escreveram uma acusação.
Temos aqui dois enigmas: 1. Quem acusou. 2. Qual o teor da acusação. Quanto ao 1, provavelmente, esses que lhe escreveram, tratavam-se de uma geração posterior dos "adversários" mencionados no v. 1. Quanto ao 2, nada se sabe, no entanto, se supõe ser algo contra o reerguimento dos muros da cidade de Jerusalém.

Artaxerxes 1, sucessor de Xerxes (Assuero) e rei da Pérsia de 464 a 424 a.C. também lhe escreveram e, novamente, a passagem também não informa o conteúdo dessa carta escrita em caracteres aramaicos, língua usada na diplomacia internacional no antigo Oriente Próximo.
No verso 8, Reum, o comandante, e Sinsai, o escrivão (um alto funcionário, cujo cargo pode ser equiparado ao de ministro das relações exteriores atual) escreveram um terceiro registro de oposição ao trabalho de reconstrução do muro. O conteúdo é apresentado nos vs. 11-16.
No verso 10, Osnapar, o último rei bem-sucedido da Assíria (668-627 a.C.), também chamado de Assurbanipal, possível "rei da Assíria" mencionado em 2Rs 17.24, foi quem assentou vários povos em Samaria depois da destruição do Reino do Norte em 722 a.C. aquém do Eufrates, ou seja, a região ao oeste do Eufrates, abrangendo a Síria, a Fenícia e a área que somente muito mais tarde seria conhecida como Palestina.
É bom deixar claro que a oposição dos vs. 6-23 não foi uma reação à reconstrução do templo mencionada nos vs. 1-5,24, mas à reconstrução dos muros da cidade, realizada posteriormente.
No verso 13, embora os termos dos argumentos pareçam econômicos, a raiz do conflito era religiosa, como os vs. 1-3 indicam.
Apesar de os opositores estarem se referindo – vs 15 - à rebelião contra os governantes políticos (II Re 18:7; 24:1), os residentes de Jerusalém havia se rebelado contra o seu Senhor da aliança e agido de maneira ímpia, o que resultou na destruição da cidade em 586 a.C. (II Re 23:26-27; 24:18-20; Jr 1:14-16).
Na terra da promessa, o povo de Deus foi submetido ao governo dos ímpios de tal modo que o trabalho no muro foi , interrompido por um decreto de Artaxerxes.
Ed 4:1 Ouvindo, pois, os adversários de Judá e Benjamim
                que os que voltaram do cativeiro edificavam
                               o templo ao SENHOR Deus de Israel,
                Ed 4:2 Chegaram-se a Zorobabel e aos chefes dos pais,
                               e disseram-lhes:
                                               Deixai-nos edificar convosco, porque, como vós,
                                                               buscaremos a vosso Deus; como também já                                                
                                                                     lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom,
                                                               rei da Assíria, que nos fez subir aqui.
                Ed 4:3 Porém Zorobabel, e Jesuá, e os outros chefes dos pais de Israel
                               lhes disseram:
                                               Não convém que nós e vós edifiquemos casa
                                                               a nosso Deus; mas nós sozinhos
                                               a edificaremos ao SENHOR Deus de Israel,
                                                               como nos ordenou o rei Ciro, rei da Pérsia.
                Ed 4:4 Todavia o povo da terra debilitava as mãos do povo de Judá,
                               e inquietava-os no edificar.
                Ed 4:5 E alugaram contra eles conselheiros,
                               para frustrarem o seu plano, todos os dias de Ciro,
                                               rei da Pérsia, até ao reinado de Dario, rei da Pérsia.
                Ed 4:6 No reinado de Assuero, no princípio do seu reinado,
                               escreveram uma acusação contra os habitantes
                                               de Judá e de Jerusalém.
                Ed 4:7 E nos dias de Artaxerxes escreveram Bislão, Mitredate, Tabeel,
                               e os outros seus companheiros, a Artaxerxes, rei da Pérsia;
                                               e a carta estava escrita em caracteres siríacos,
                                                               e na língua siríaca.
                Ed 4:8 Escreveram, pois, Reum, o chanceler, e Sinsai, o escrivão,
                               uma carta contra Jerusalém, ao rei Artaxerxes
                                               do teor seguinte:
                Ed 4:9 Então escreveu Reum, o chanceler, e Sinsai, o escrivão,
                               e os outros seus companheiros, os dinaítas, afarsaquitas,
                               tarpelitas, afarsitas, arquevitas, babilônios, susanquitas,
                                               deavitas, elamitas,
                Ed 4:10 E os outros povos, que o grande e afamado
                               Asnapar transportou, e que fez habitar na cidade de Samaria,
                                               e nas demais províncias dalém do rio.
                Ed 4:11 Este, pois, é o teor da carta que mandaram ao rei Artaxerxes:
                               Teus servos, os homens dalém do rio, em tal tempo.
                               Ed 4:12 Saiba o rei que os judeus, que subiram de ti,
                                               vieram a nós em Jerusalém, e reedificam aquela
                                               rebelde e malvada cidade, e vão restaurando
                                               os seus muros, e reparando os seus fundamentos.
                               Ed 4:13 Agora saiba o rei que, se aquela cidade se reedificar,
                                               e os muros se restaurarem, eles não pagarão os
                                                               direitos, os tributos e os pedágios;
                                               e assim se danificará a fazenda dos reis.
                               Ed 4:14 Agora, pois, porquanto somos assalariados
                                               do palácio, e não nos convém ver a desonra do rei,
                                                               por isso mandamos avisar ao rei,
                               Ed 4:15 Para que se busque no livro das crônicas de teus
                                               pais. E acharás no livro das crônicas, e saberás que
                                               aquela foi uma cidade rebelde, e danosa aos reis
                                               e províncias, e que nela houve rebelião em tempos
                                               antigos; por isso foi aquela cidade destruída.
                               Ed 4:16 Nós, pois, fazemos notório ao rei que,
                                               se aquela cidade se reedificar, e os seus muros se
                                               restaurarem, sucederá que não terás porção alguma
                                                               deste lado do rio.
                Ed 4:17 E o rei enviou esta resposta a Reum, o chanceler, e a Sinsai,
                               o escrivão, e aos demais seus companheiros, que habitavam
                                               em Samaria; como também aos demais que estavam
                                                               dalém do rio:
                               Paz! em tal tempo. Ed 4:18 A carta que nos enviastes
                                               foi explicitamente lida diante de mim.
                               Ed 4:19 E, ordenando-o eu, buscaram e acharam,
                                               que de tempos antigos aquela cidade se levantou
                                               contra os reis, e nela se têm feito rebelião e sedição.
                               Ed 4:20 Também houve reis poderosos sobre Jerusalém que
                                               dalém do rio dominaram em todo o lugar, e se lhes
                                                               pagaram direitos, tributos e pedágios.
                               Ed 4:21 Agora, pois, dai ordem para impedirdes aqueles
                                               homens, a fim de que não se edifique aquela cidade,
                                                               até que eu dê uma ordem.
                               Ed 4:22 E guardai-vos de serdes remissos nisto;
                                               por que cresceria o dano para prejuízo dos reis?
                Ed 4:23 Então, depois que a cópia da carta do rei Artaxerxes foi lida
                               perante Reum, e Sinsai, o escrivão, e seus companheiros,
                                               apressadamente foram eles a Jerusalém, aos judeus,
                                                               e os impediram à força e com violência.
Ed 4:24 Então cessou a obra da casa de Deus,
                que estava em Jerusalém;
                               e cessou até ao ano segundo do reinado de Dario,
                                               rei da Pérsia.
Foram aqui 17 anos de interrupção nos trabalhos por conta da inveja e da oposição que fizeram os adversários internos de Israel que não conheciam ao Senhor.
O trabalho ficou interrompido até o segundo ano de Dario.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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