sábado, 1 de novembro de 2014
sábado, novembro 01, 2014
Jamais Desista
Esdras 7:1-28 - ESDRAS, AUTORIDADE GOVERNAMENTAL E MESTRE DA LEI DE DEUS
Esdras
deu continuidade aos trabalhos dos primeiros exilados que regressaram. Esdras e
seus companheiros foram libertos da Babilônia e abençoados por Deus. Esdras
conduziu o povo às bênçãos de Deus ao reformar a vida moral deles.
O
foco da atenção passa dos trabalhos iniciais de reconstrução sob Zorobabel para
o trabalho de Esdras. Cerca de 60 anos transcorreram entre os acontecimentos do
final do cap. 6 e os do começo do cap. 7.
A
falta de material intermediário retrata o trabalho de Esdras coo uma
continuação legítima do trabalho de Zorobabel.
Ed 7:1-28 Segmentação e Reflexões
Dividiremos
essa segunda parte, conforme a BEG, em duas outras partes. A. O regresso de
Esdras – 7:1 a 8:36. B. A reconstrução do Povo de Deus como nação (os
remanescentes do pós-exílio ou a nova nação unificada de Israel) – 9:1 a 10:44.
A. O regresso de
Esdras – 7:1 a 8:36.
Esdras
tinha chegado à Terra Prometida algum tempo depois e começou o seu próprio
programa de restauração. Ele não tinha voltado sozinho, mas liderou um grupo de
exilados – vs 7. Ele tinha partido da Babilônia na primavera – vs 9 – quando havia
ainda suprimento abundante de água ao longo do caminho para o trajeto de uns 4
meses.
Para
melhor compreensão dessa parte “A”, dividiremos o assunto em cinco outras
partes. 1. A apresentação de Esdras – 7:1-10. 2. A comissão de Esdras – 7:11 –
26. 3. A doxologia de Esdras – 7:27 – 28. 4. OS companheiros de Esdras – 8:1-14.
5. A chegada de Esdras – 8:15-36.
1. A apresentação
de Esdras – 7:1-10.
Esdras
estava no cativeiro da Babilônia – vs 1 – e agora estava voltando à Terra
Prometida. É provável que na ocasião do primeiro regresso, com Sesbazar –
Zorobabel - Esdras ainda não tivesse nascido. Ele cresceu na Babilônia, onde a
maioria dos exilados vivia.
A
preservação de sua linhagem serviria para mostrar sua linhagem e autoridade sacerdotal.
Ele era o 17º descendente de Arão que fora descendente de Anrão, de Coate, de Levi,
de Jacó, de Isaque e de Abraão. Era ele portanto coatita.
No
capitulo 6 de I Crônicas encontraremos os descendentes de Levi os quais foram
organizados da seguinte maneira, conforme já vimos em “AO POVO DE DEUS DO PÓS EXÍLIO - O
reino davídico, o templo e bênçãos e maldições – Reflexões nos livros de I e II
Crônicas.”
O propósito do cronista neste
capítulo 6, na inclusão dessas tribos no povo de Deus, é apresentar um relato
extenso sobre a tribo de Levi como pano de fundo para a organização dos servos
do templo na comunidade pós-exílica.
Na sua concepção acerca do povo
restaurado, as esperanças de ter um rei estavam ligadas à centralidade do culto
no templo.
Ele dividiu os 81 versículos
deste capítulo em duas principais partes, onde na primeira, que vai do verso 1
ao 53, apresenta a organização das famílias dos levitas onde vemos a
importância que o cronista atribuía ao templo e ao sacerdócio.
Para que os judeus que
regressaram vissem a bênção de Deus, não apenas na família real de Judá, mas
também nos servos do templo – Levi – precisariam estes exercerem as suas
devidas funções.
Assim são apresentados – ver
segmentação do capítulo 6[1],
abaixo - nos versos de 1 ao 15, os sacerdotes descendentes de Arão (a lista
passa rapidamente dos três filhos de Levi: Gerson, Coate e Merari para a
família sumo sacerdotal de Arão. Dos filhos de Arão para Eleazar, versos 1 ao
4a, prosseguindo com os descendentes de Eleazar e acompanhando sua sucessão até
o exílio, dos versos 4b ao 15).
Nos versos de 16 ao 30, é
apresentado um levantamento dos três clãs de Levi. Essa genealogia foi
provavelmente extraída de Ex 6:16 ao 19; Nm 3:17 ao 20; 26:57 ao 61.
Dos versos de 31 ao 47, são
apresentados os músicos do templo nomeados por Davi. Davi tinha nomeado grupos
de cada um desses três clãs de Levi para serem músicos – 15:16 ao 26; II Cr
35:3: a família de Hemã de Coate – vs 33 ao 38; a família de Asafe de Gérson –
vs 39 ao 43; e, a família de Etã de Merari, vs 44 ao 47.
E, dos versos 48 ao 53, a seção
final que faz a distinção entre os deveres dos filhos de Arão e dos membros de
outras famílias. O destaque de oferecer sacrifícios é dado de forma exclusiva
aos zadoquitas. Isso para se evitar qualquer controvérsia entre as famílias
levíticas no período pós-exílio.
Percebe-se, destarte, uma
preocupação com a estruturação para a organização da tribo de Levi no período
pós-exílio. Também é de se notar o seu profundo interesse pela música sacra que
acaba por legitimar a organização levítica no período que se seguiu ao exílio.
E na segunda divisão, do 54 ao
81, são apresentados os territórios separados para as famílias. Com isso em
mente, consegue-se perceber sua preocupação dupla de manter a identidade do povo de Deus e os seus
direitos territoriais.
O cronista, bem provavelmente está
se baseando em Js 21.5-39 e apontando para as propriedades amplas às quais os
descendentes de Arão tinham direito.
A maioria desses locais ficava
fora dos limites da província pós-exílio e reflete o interesse do cronista pela
expansão territorial do Povo de Deus (os remanescentes do pós-exílio ou a nova
nação unificada de Israel) restaurada.
A
palavra de Deus fala no vs 7 que ele era escriba versado na Lei de Moisés
(provavelmente os cinco primeiros livros), dada pelo Senhor – II Tm 3:16 - e
ainda tinha sobre ele a boa mão do Senhor que lhe era favorável concedendo-lhe
tudo o que pedia.
Seu
papel aqui agora estava bem definido e claro quanto aos registros do restante
da narrativa. No AT, um escriba era um funcionário do governo encarregado de
uma ou mais funções administrativas:
·
levar
a vara de comando – Jz 5:14;
·
ser
um oficial do exército incumbido de alistar pessoas – II Re 25:19;
·
ser
encarregado do palácio – Is 22:15;
·
ter
funções literárias – Jr 36:32;
·
ser
uma autoridade governamental – vs 25 (era o seu caso aqui).
Esdras,
além disso, no caso, era também o mestre da Lei de Deus – vs 10,11,14; Ne
8:1,4,9.
Esdras
estava focado e tinha seus objetivos, principalmente de ensinar outros para que
eles também pudessem ouvir e fazer. A razão do sucesso de Esdras está na Bíblia
– vs 10:
Esdras
tinha preparado o seu coração (isso demonstra uma pré- disposição mental
favorável ao reino de Deus e à sua justiça):
·
Para
buscar a lei do SENHOR.
·
Para
cumpri-la.
·
Para
ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.
2. A comissão de
Esdras – 7:11 – 26.
Foi
por meio de uma carta que Artaxerxes autorizou o trabalho de Esdras. Ela pode
ser visualizada entre os vs. 12 e 26, o qual foi escrita, como já tivemos a
oportunidade de ver, em aramaico, a língua usada na diplomacia internacional do
antigo Oriente Próximo.
Ela
concedia a Esdras a autoridade que lhe seria necessária para realizar as
reformas registradas nos capítulos seguintes. É possível que a carta tenha sido
escrita por Esdras e assinada por Artaxerxes, ou que Artaxerxes tenha contado
com a ajuda de conselheiros judeus para redigi-la, como alguns dos detalhes
parecem indicar. É só reparar nos versos de 15 a 17 na riqueza de detalhes do
culto israelita que sugere fortemente que Esdras ou seus conselheiros judeus
tenham escrito a carta ou ajudado Artaxerxes a redigi-la.
Sabemos
que o único Rei dos reis e Senhor do senhores, mesmo no livro de Esdras-Neemias
isso está claro, é o Senhor Jesus Cristo – I Tm 6:15; Ap 17: 14 e Ap 19:16 -,
mas aqui Artaxerxes se utilizava desse título para indicar a sua supremacia
sobre todos os reis vassalos.
No
verso 13 essa permissão de regressar se estendia a todos os que estivessem
dispostos a voltar, como foi o caso com a permissão inicial de Ciro no vs 1:3.
Assim,
o ministério de Esdras enfatiza a importância da participação de todos do povo
de Deus. Agora unidos como uma só nação, sem rachas ou divisões, sem o Reino do
Norte ou do Sul, mas um só povo, unido em um só templo, com um só Deus, O
Senhor.
Enquanto
Ciro comissionou os primeiros judeus que regressaram para "edificar"
um templo (1:2), o qual foi ratificado por Dario (6:8), Artaxerxes comissionou
Esdras para ir muito além e assim "fazer inquirição" sobre a condição
espiritual do povo. A sua generosidade foi semelhante a de Dario – vs 6:9.
Portanto,
o tema de 7:1 a 10:44 passa a ser a reconstrução desse Povo de Deus (os remanescentes
do pós-exílio ou a nova nação unificada de Israel), um elemento essencial para
que tivessem continuidade depois do tempo de Esdras.
Duas funções ficaram claras para Esdras,
conforme vs 25:
1.
Exercer
autoridade governamental.
2.
Ensinar
a Lei de Deus ao povo de Deus.
No
decreto de Artaxerxes, conforme a BEG, a autoridade de aplicar castigos não era
dada explicitamente ao próprio Esdras, mas era exercida pelo “conselho dos
príncipes e dos anciãos” – 10:8.
Ed
7:1 E passadas estas coisas no reinado de Artaxerxes, rei da Pérsia,
Esdras, filho de Seraías, filho
de Azarias, filho de Hilquias,
Ed 7:2 Filho de
Salum, filho de Zadoque, filho de Aitube,
Ed 7:3 Filho de
Amarias, filho de Azarias, filho de Meraiote,
Ed 7:4 Filho de
Zeraquias, filho de Uzi, filho de Buqui,
Ed 7:5 Filho de
Abisua, filho de Finéias, filho de Eleazar,
filho
de Arão, o sumo sacerdote;
Ed 7:6 Este Esdras subiu de
Babilônia; e era escriba hábil
na lei de Moisés,
que o SENHOR Deus de Israel tinha dado;
e,
segundo a mão do SENHOR seu Deus, que estava
sobre
ele, o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira.
Ed 7:7 Também subiram a
Jerusalém alguns dos filhos de Israel,
dos sacerdotes,
dos levitas, dos cantores, dos porteiros e dos
servidores do
templo, no sétimo ano do rei Artaxerxes.
Ed 7:8 E no quinto mês chegou a
Jerusalém, no sétimo ano deste rei.
Ed 7:9 Pois no primeiro dia do
primeiro mês foi o princípio da partida
de Babilônia; e
no primeiro dia do quinto mês
chegou
a Jerusalém, segundo a boa mão do seu Deus
sobre ele.
Ed 7:10 Porque Esdras tinha
preparado o seu coração
para buscar a lei
do SENHOR e para cumpri-la
e para ensinar em
Israel os seus estatutos e os seus juízos.
Ed 7:11 Esta é, pois, a cópia da
carta que o rei Artaxerxes
deu ao sacerdote Esdras,
o escriba das palavras dos
mandamentos
do SENHOR, e dos seus estatutos
sobre
Israel:
Ed 7:12 Artaxerxes, rei dos
reis, ao sacerdote Esdras,
escriba da lei do
Deus do céu, paz perfeita, etc.
Ed 7:13 Por mim se decreta que
no meu reino todo aquele
do povo de
Israel, e dos seus sacerdotes e levitas, que quiser
ir
contigo a Jerusalém, vá.
Ed 7:14 Porquanto és enviado da
parte do rei
e dos seus sete
conselheiros para fazeres inquirição
a
respeito de Judá e de Jerusalém,
conforme
à lei do teu Deus, que está na tua mão;
Ed 7:15 E para levares a prata e
o ouro que o rei
e os seus
conselheiros voluntariamente deram ao Deus de
Israel,
cuja habitação está em Jerusalém;
Ed 7:16 E toda a prata e o ouro
que achares em toda a província
de Babilônia, com
as ofertas voluntárias do povo
e
dos sacerdotes, que voluntariamente oferecerem,
para
a casa de seu Deus, que está em Jerusalém.
Ed 7:17 Portanto diligentemente
comprarás com este dinheiro
novilhos, carneiros,
cordeiros, com as suas ofertas de
alimentos,
e as suas libações, e as oferecerás sobre o
altar
da casa de vosso Deus, que está em Jerusalém.
Ed 7:18 Também o que a ti e a
teus irmãos bem parecer fazerdes
do restante da
prata e do ouro, o fareis conforme a vontade
do
vosso Deus.
Ed 7:19 E os utensílios que te
foram dados para o serviço
da casa de teu
Deus, restitui-os perante o Deus de Jerusalém.
Ed 7:20 E tudo mais que for
necessário para a casa de teu Deus,
que te convenha
dar, dá-lo-ás da casa dos tesouros do rei.
Ed 7:21 E por mim mesmo, o rei
Artaxerxes, se decreta
a todos os
tesoureiros que estão dalém do rio que tudo quanto
vos pedir o
sacerdote Esdras, escriba da lei do Deus
dos
céus, prontamente se faça.
Ed 7:22 Até cem talentos de
prata, e até cem coros de trigo,
e até cem batos
de vinho, e até cem batos de azeite;
e
sal à vontade.
Ed 7:23 Tudo quanto se ordenar,
segundo o mandado do Deus do céu,
prontamente se
faça para a casa do Deus dos céu;
pois,
para que haveria grande ira sobre o reino do
rei
e de seus filhos?
Ed 7:24 Também vos fazemos saber
acerca de todos os sacerdotes
e levitas,
cantores, porteiros, servidores do templo e ministros
desta
casa de Deus, que não será lícito impor-lhes,
nem
tributo, nem contribuição, nem renda.
Ed 7:25 E tu, Esdras, conforme a
sabedoria do teu Deus, que possuis,
nomeia
magistrados e juízes, que julguem a todo o povo que
está
dalém do rio, a todos os que sabem as leis do
teu
Deus; e ao que não as sabe, lhe ensinarás.
Ed 7:26 E todo aquele que não
observar a lei do teu Deus
e a lei do rei,
seja julgado prontamente; quer seja morte,
quer desterro,
quer multa sobre os seus bens, quer prisão.
Ed 7:27 Bendito seja o SENHOR
Deus de nossos pais, que tal inspirou
ao coração do
rei, para ornar a casa do SENHOR,
que
está em Jerusalém.
Ed 7:28 E que estendeu para mim
a sua benignidade perante o rei
e os seus
conselheiros e todos os príncipes poderosos do rei.
Assim
me animei, segundo a mão do SENHOR
meu
Deus sobre mim,
e ajuntei dentre
Israel alguns chefes para subirem comigo.
Esdras
reconhece a Deus em toda a sua jornada abençoada, coo veremos a seguir.
3. A doxologia de
Esdras – 7:27 – 28.
Esdras
agradeceu a Deus pela sua bondade e se animou para ajuntar de Israel alguns
chefes para irem com ele – vs 28.
Ele
bendiz ao Senhor e entende que o fato do coração do rei estar com eles foi
decorrência de sua boa vontade para com eles que inclinou o coração do rei como
está escrito em Provérbios: Como ribeiros
de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer,
o inclina. (Pv 21:1).
Além
disso entende que é pecador e que portanto carece da misericórdia e da graça de
Deus sobre sua vida – vs 28.
Ficou
concluída aqui a segunda seção de Esdras em aramaico.
[1] Ver segmentação
no livro “AO POVO DE DEUS DO PÓS EXÍLIO - O reino davídico, o templo e bênçãos
e maldições – Reflexões nos livros de I e II Crônicas.” Ou no site do autor: http://www.jamaisdesista.com.br/2014/08/i-cr-61-81-estruturacao-para.html
...
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
sexta-feira, outubro 31, 2014
Jamais Desista
Esdras 6:1-22 - A RESTAURAÇÃO, A DEDICAÇÃO E A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PÁSCOA NO TEMPLO.
Nosso
mapinha de leitura se encontra assim:
B.
A reconstrução do templo – 3:1 a 6:22.
2.
A reconstrução do templo propriamente dito
- 3:7 ao 6:22.
Assim
que os primeiros sacrifícios haviam sido oferecidos, no altar recém restaurado,
foram tomadas providências para se iniciar a reconstrução do templo.
Essa
parte “2. A reconstrução do templo propriamente dito - 3:7 ao 6:22.” Foi dividida em 5 outras
partes. a. A reconstrução é iniciada – 3:7-13 – já vista. b. Oposição à
reconstrução – 4:1-24 – já vimos. c. A reconstrução é retomada – 5:1-2 –
veremos agora. d. Oposição à reconstrução – 5:3 – 6:12 – começaremos agora. e.
A reconstrução é concluída – 6:13-22.
Concluiremos
agora o capítulo 6 e com ele toda a primeira parte.
d. Oposição à
reconstrução – 5:3 – 6:12 – continuação.
Como
já tínhamos visto, assim que os trabalhos foram reiniciados, os oficiais persas
já ofereceram resistência. No entanto, o agir de Deus fez com que ganhassem
tempo e até a confirmação do rei Dario, o trabalho teve prosseguimento.
Foi
ai que houve a elaboração de uma carta partindo a ideia de Tatenai, o
governador daquém Eufrates, com Setar-Bozenai e os seus companheiros, os
afarsaquitas. Os líderes judeus responderam as perguntas dos oficiais persas –
vs 3,4 – e tudo isso foi incluída numa carta ao rei Dario.
Graças
a Deus, o decreto foi localizado em Acmetá, uma cidade quase 500 km a nordeste
da Babilônia, e, certamente, a cidade onde se publicou tal decreto.
Embora
a cópia esteja um pouco diferente (compare 1:2-4 com 6:3-5), ela é a cópia
oficial e, com base nela, Dario emitiu outro decreto para reforçar o de Ciro.
Agora
o povo de Deus tinha o apoio dos reformadores que queriam reconstruir e
reformar a Casa de Deus que estava destruída, do povo de Deus que estava animado,
dos reis persas, primeiro Ciro e agora Dario e, principalmente, o apoio de Deus
que controla e manda em todas as coisas.
Deus
estava concedendo uma grande vitória ao povo de Deus. Até apoio financeiro eles
acabaram obtendo para poderem concluir todo trabalho – vs 8. Até o culto no
templo e os sacrifícios necessários foram subsidiados e apoiados, vencendo
assim quaisquer oposições.
No
decreto de Dario havia maldições contra todos aqueles que se opusessem contra
suas ordens. Era comum isso, naqueles decretos antigos, cláusulas assim
especificadas – vs. 11; Ap 22:18,19. O que era uma oposição, agora se constituiu
num apoio legal e irrevogável para a reconstrução do templo.
e. A reconstrução é
concluída – 6:13-22.
Depois
de enfrentarem e superarem fortes oposições, os judeus que regressaram
finalmente, depois de uma interrupção de 17 anos no trabalho, completaram o
templo, a Casa de Deus.
Depois
de enfrentarem e superarem fortes oposições, os judeus que regressaram
finalmente completaram o templo.
A
pregação dos profetas Ageu e Zacarias estimulou o povo a retornar o trabalho (5:1-2)
e completá-lo.
Conforme
nos ensina a BEG, a referência a Artaxerxes pode parecer deslocada, uma vez que
o templo propriamente dito foi concluído antes de ele se tornar rei. No
entanto, "o templo" não e mencionado explicitamente na passagem em
aramaico do v. 14, de modo que a referência pode ser uma indicação da conclusão
de toda a "casa de Deus", incluindo a comunidade e o muro, que foram
reconstruídos sob o governo de Artaxerxes (Ed 7:11-26; Ne 2:1,8).
Bem
interessante essa análise e coincidências das datas em Esdras que marcaram esse
tão importante evento na vida e história de Israel, agora um só povo de Deus. Acabou-se
a reconstrução – vs 15 – no terceiro dia do mês de Adar, no sexto ano do
reinado de Dario, no dia 12 de março de 515 a.C., quatro anos depois do
trabalho ter sido retomado (Ag 1:15), vinte anos depois de ter sido iniciado (3:8),
e quase exatamente setenta anos depois do templo de Salomão ter sido destruído
em 586 a.C.
A
dedicação do templo foi um marco na restauração de Israel. A digressão,
conforme já vimos em 4:6-23, já havia indicado que haveria problemas pela
frente. A dedicação do muro (Ne 2:27) e as reformas finais (Ne 13) concluiriam a
reconstrução mencionada inicialmente em 1:2-4.
Ed
6:1 Então o rei Dario deu ordem, e buscaram nos arquivos,
onde se guardavam os tesouros em
Babilônia.
Ed 6:2 E em Acmeta, no palácio,
que está na província de Média,
se achou um rolo,
e nele estava escrito um memorial
que
dizia assim:
Ed 6:3 No primeiro ano do rei
Ciro, este baixou o seguinte decreto:
A casa de Deus,
em Jerusalém, se reedificará para lugar em
que
se ofereçam sacrifícios, e seus fundamentos
serão
firmes; a sua altura de sessenta côvados,
e
a sua largura de sessenta côvados;
Ed 6:4 Com três
carreiras de grandes pedras, e uma carreira
de
madeira nova; e a despesa se fará da casa do rei.
Ed 6:5 Além
disso, os utensílios de ouro e de prata da casa de
Deus,
que Nabucodonosor transportou do templo
que
estava em Jerusalém, e levou para Babilônia,
serão
restituídos, para que voltem ao seu lugar,
ao
templo que está em Jerusalém,
e
serão postos na casa de Deus.
Ed 6:6 Agora, pois, Tatenai,
governador dalém do rio, Setar-Bozenai,
e os seus
companheiros, os afarsaquitas, que habitais dalém
do
rio, apartai-vos dali.
Ed 6:7 Deixai que se faça a obra
desta casa de Deus;
que o governador
dos judeus e os seus anciãos reedifiquem
esta
casa de Deus no seu lugar.
Ed 6:8 Também por mim se decreta
o que haveis de fazer
com os anciãos
dos judeus, para a reedificação desta casa de
Deus,
a saber: que da fazenda do rei, dos tributos
dalém
do rio se pague prontamente a despesa a estes
homens,
para que não interrompam a obra.
Ed 6:9 E o que for necessário,
como bezerros, carneiros, e cordeiros,
para holocaustos
ao Deus dos céus, trigo, sal, vinho e azeite,
segundo o rito
dos sacerdotes que estão em Jerusalém,
dê-se-lhes,
de dia em dia, para que não haja falta.
Ed 6:10 Para que ofereçam
sacrifícios de cheiro suave ao Deus dos
céus, e orem pela
vida do rei e de seus filhos.
Ed 6:11 Também por mim se
decreta que todo o homem que mudar
este decreto, se
arrancará um madeiro da sua casa,
e,
levantado, o pendurarão nele, e da sua casa se
fará
por isso um monturo.
Ed 6:12 O Deus, pois, que fez
habitar ali o seu nome derrube a todos
os reis e povos
que estenderem a sua mão para mudar
o
decreto e para destruir esta casa de Deus,
que
está em Jerusalém.
Eu,
Dario, baixei o decreto; com diligência se faça.
Ed 6:13 Então Tatenai, o
governador dalém do rio, Setar-Bozenai
e os seus
companheiros, assim fizeram diligentemente,
conforme
ao que decretara o rei Dario.
Ed 6:14 E os anciãos dos judeus
iam edificando e prosperando
pela profecia do
profeta Ageu, e de Zacarias, filho de Ido.
E edificaram e
terminaram a obra conforme ao mandado do
Deus
de Israel, e conforme ao decreto
de
Ciro
e
Dario,
e
de Artaxerxes, rei da Pérsia.
Ed 6:15 E acabou-se esta casa no
terceiro dia do mês de Adar,
no sexto ano do
reinado do rei Dario.
Ed 6:16 E os filhos de Israel,
os sacerdotes, os levitas, e o restante dos
filhos do
cativeiro, fizeram a dedicação desta casa de Deus
com
alegria.
Ed 6:17 E ofereceram para a
dedicação desta casa de Deus
cem novilhos,
duzentos carneiros, quatrocentos cordeiros,
e
doze cabritos por expiação
do
pecado de todo o Israel;
segundo
o número das tribos de Israel.
Ed 6:18 E puseram os sacerdotes
nas suas turmas e os levitas nas suas
divisões, para o
ministério de Deus, em Jerusalém, conforme
ao
que está escrito no livro de Moisés.
Ed 6:19 E os filhos do cativeiro
celebraram a páscoa no dia catorze
do primeiro mês.
Ed 6:20 Porque os sacerdotes e levitas se
purificaram
como se fossem um só homem, todos
estavam
limpos; e mataram o cordeiro da páscoa
para
todos os filhos do cativeiro,
e
para seus irmãos, os sacerdotes, e para si mesmos.
Ed 6:21 Assim comeram a páscoa
os filhos de Israel que tinham
voltado do
cativeiro, com todos os que com eles se apartaram
da
imundícia dos gentios da terra, para buscarem o
SENHOR
Deus de Israel;
Ed 6:22 E celebraram a festa dos
pães ázimos por sete dias
com alegria;
porque o SENHOR os tinha alegrado,
e
tinha mudado o coração do rei da Assíria
a
favor deles, para lhes fortalecer as mãos
na
obra da casa de Deus, o Deus de Israel.
Apesar
do número de ofertas – vs 17 - parecer pequeno comparado às ofertas feitas por
Salomão I Re 8:62-63, a referência à oferta pelo pecado mostra a consciência do
pecado pelo povo e a fé em Deus que guarda a sua aliança de amor (Dt 7:9). O povo
de Deus estava em grande júbilo por entenderem que a graça de Deus os tinha
alcançado e suas orações, conforme Salomão ensinara na inauguração do primeiro
templo, estavam sendo atendidas e eles agora estavam gozando de um novo tempo e
de uma nova oportunidade.
Essas
palavras de estabelecimento dos sacerdotes nos seus turnos e os levitas em suas
divisões – vs 18 -, se referem ao culto de dedicação como um todo, e não
especificamente às "divisões" instituídas por Davi (I Cr 24:1-19),
apesar de estas estarem de acordo com os preceitos fundamentais estabelecidos
por intermédio de Moisés.
Nesse
grande momento de festa, ocorre a primeira celebração da Páscoa que já se havia
interrompido por mais de 70 anos! Desde que a Páscoa foi instituída ela já
sofreu diversas interrupções, sendo a primeira de 40 anos, por causa do
deserto, onde Deus estava com eles de dia e de noite na nuvem e no fogo.
Comeram
a Páscoa, celebraram a Festa dos Pães Asmos por sete dias e muito se alegraram
diante de Deus que os fez favorável diante dos reis da Pérsia, pois que o
Senhor tinha mudado o coração desses reis a favor deles – vs 22.
Termina
aqui a Primeira seção em aramaico do livro de Esdras.
Parte II – O REGRESSO DE ESDRAS E A RECONSTRUÇÃO DO POVO DE DEUS COMO NAÇÃO – 7:1 – 10:44.
Esdras
deu continuidade aos trabalhos dos primeiros exilados que regressaram. Esdras e
seus companheiros foram libertos da Babilônia e abençoados por Deus. Esdras
conduziu o povo às bênçãos de Deus ao reformar a vida moral deles.
O
foco da atenção passa dos trabalhos iniciais de reconstrução sob Zorobabel para
o trabalho de Esdras. Cerca de 60 anos transcorreram entre os acontecimentos do
final do cap. 6 e os do começo do cap. 7.
A falta de material intermediário retrata o trabalho de Esdras como uma continuação legítima do trabalho de Zorobabel.
A falta de material intermediário retrata o trabalho de Esdras como uma continuação legítima do trabalho de Zorobabel.
...