Parte
I - O REGRESSO DOS EXILADOS E A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO – 1:1 a 6:22.
Como
já dissemos, e repetiremos até o final dessa primeira parte, os primeiros exilados
que regressaram deram inicio à restauração depois do exílio. Esse grupo foi
liberto da Babilônia e abençoado por Deus. Zorobabel conduziu o povo às bênçãos
de Deus ao reconstruir o templo apesar da oposição.
Essa
parte primeira foi dividida em duas. A. O regresso dos exilados – 1:1 a 2:70 –
já vista. B. A reconstrução do templo – 3:1 a 6:22 – em continuação.
B. A reconstrução
do templo – 3:1 a 6:22 - continuação.
Serão
os remanescentes do povo do pós-exílio que terão a oportunidade do trabalho de
reconstrução do templo, mas não de uma vez e sim em vários estágios. Seus
esforços foram apoiados pelo Senhor e promoveram a importância do templo para a
comunidade restaurada.
Esses
capítulos, dessa parte “B”, dividiremos em duas partes também. 1. A
reconstrução do altar – 3:1-6 – já vista; 2. A reconstrução do templo propriamente
dito - 3:7 ao 6:22 – estamos vendo.
2. A reconstrução
do templo propriamente dito - 3:7 ao
6:22 - continuação.
Assim
que os primeiros sacrifícios haviam sido oferecidos, no altar recém restaurado,
foram tomadas providências para se iniciar a reconstrução do templo.
Dividiremos
essa parte “2. A reconstrução do templo propriamente dito - 3:7 ao 6:22.” Em 5 outras partes. a. A
reconstrução é iniciada – 3:7-13 – já vista. b. Oposição à reconstrução –
4:1-24 – veremos agora. c. A reconstrução é retomada – 5:1-2. d. Oposição à
reconstrução – 5:3 – 6:12. e. A reconstrução é concluída – 6:13-22.
b. Oposição à
reconstrução – 4:1-24
Judá
e Benjamim tinham adversários internos! Embora somente os remanescentes tenham
voltado e grande parte dos israelenses ficaram no cativeiro para sempre, nem
todos dos que voltaram, tinham se arrependido ou se inclinado ao Senhor.
Eles,
tais inimigos, se achegaram a Zorobabel reconhecendo nele autoridade sobre todo
o povo e propuseram ajudá-los na reconstrução do templo onde poderiam buscar ao
Senhor e justificaram que assim eles vinham fazendo desde o cativeiro da
Assíria.
Se
eles estavam no cativeiro desde a Assíria (721 a.C.), isso significa que das
mãos dos assírios, passaram pelas mãos dos babilônios e agora estavam nas mãos
dos persas, com Ciro. Um longo cativeiro de aproximadamente uns 183 anos (721
a.C. – 538 a.C.).
Na
época em que foram levados cativos por Sargão II, rei da Assíria no período de
722 a.C. a 705 a.C., que os fez habitar em Hala, junto a Habor e ao rio Gozã,
nas cidades dos Medos – II Re 17:6 – muitos fugiram e se refugiaram em Judá, mas
os demais, 27.290 dos habitantes do Reino do Norte, conforme os anais de Sargão
II, foram levados ao cativeiro. A captura de Samaria pelos assírios marcou o
final do Reino do Norte para sempre – I Cr 5:25,26. A causa do cativeiro está
explicada detalhadamente em II Re 17:7-23.
Esses
adversários eram de Samaria, um grupo de pessoas de vários lugares que haviam
sido levadas para Samaria, a região ao norte de Judá, depois da destruição de Israel,
o Reino do Norte, em 722 a.C., conforme já explicado.
Os
samaritanos adoravam muitos deuses e haviam incorporado o Senhor ao seu
politeísmo (II Re 17:24-41). A animosidade entre os judeus e os samaritanos
constitui uma parte importante do contexto do Novo Testamento (Jo 4:1-42).
Não
há razões para crer que tenham se voltado ao Senhor, antes estavam querendo se
opor por outros motivos, por isso que foram chamados de inimigos ou
adversários, logo no primeiro verso deste capítulo.
Zorobabel,
percebendo o engano daquela ajuda, recusou-se a aceitar que ajudassem, apelou
para a ordem que tinham recebido do rei Ciro e continuaram o trabalho.
O
povo da terra – vs 4 – o mesmo “adversários” do vs 1, indignados começaram a
inquietar o povo no edificar procurando desanimá-los e até alugou contra eles
conselheiros que frustrassem todo plano de reconstrução.
Esdras
resume cronologicamente várias tentativas de interromper os trabalhos de
reconstrução, durante os reinados de:
·Ciro
em 559-530 a.C. (vs. 1-5).
·Xerxes
em 486-465 a.C. (v. 6).
·Artaxerxes
1 em 465-424 a.C. (vs. 7-23).
·Dario
1 em 522-486 a.C. (v. 24).
Percebe-se
que a motivação não estava sendo étnica nem política, mas religiosa.
Desde
os primeiros dias em que viveram na Terra Prometida (Jz 3:6) e ao longo de toda
a sua história (II Re 17:7-17), as alianças com não israelitas levaram à
idolatria e, por fim, ao exílio longe da terra – II Re 17:18-23.
Nem
pensar, mesmo hodiernamente, em vivermos em aliança com o mundo, pois esse
princípio de separação religiosa continua hoje em vigor – II Co 6:14 a 7:1.
No
verso 5, como já vimos, eles alugaram conselheiros, homens malignos para
fazerem um trabalho sujo. O mesmo já vimos em outras ocasiões e devemos estar
atentos para futuras ocorrências delas, mesmo em nosso futuro.
·No
tempo de Moisés, Balaque, rei de Moabe, contratou Balaão para amaldiçoar Israel
– Nm 22:1-20.
·No
tempo de Neemias, Sambalate contratou um profeta para assustar Neemias a fim de
que este parasse a reconstrução do muro. Conquanto esse artifício não tivesse
conseguido deter Neemias, o trabalho de Esdras e dos que haviam retornado ficou
paralisado nesse ponto por cerca de dezessete anos (4:24).
·Aqui,
agora, era a vez dos adversários, das gentes da terra, que alugaram
conselheiros para frustrarem os planos dos judeus. Foram, portanto, bem
sucedidos. Intentaram interromper – vs 5 – e interromperam – vs 24, até o
segundo ano do rei Dado (522-486 a.C.).
Entre
os fatos dos vs 5 e 24, os versículos intermediários - vs. 6-23 - formam um
parêntese que descreve a oposição à reconstrução do muro depois do reinado de
Dario, durante os reinados de Xerxes (486-465 a.C.) e Artaxerxes (464-424
a.C.).
Essa
digressão, conforme nos ensina a BEG, dos vs 6 ao 23, cumpre três propósitos.
·(1)
Justifica a referência aos samaritanos no v. 1 como "adversários".
·(2)
Mostra que a oposição não foi um problema breve e passageiro, mas sim uma
prefiguração da oposição prolongada a ser suportada pelo povo de Deus na
reconstrução do reino.
·(3)
Liga a reconstrução do templo com a do muro como um único projeto de construção.
Durante
o reinado de Assuero – vs 6 -, também chamado de Xerxes, sucessor de Dario e rei
da Pérsia de 486 a 465 a.C. – o mesmo Xerxes do filme “Os 300” que Leônidas,
grego e líder enfrentou bravamente - lhe escreveram uma acusação.
Temos
aqui dois enigmas: 1. Quem acusou. 2. Qual o teor da acusação. Quanto ao 1, provavelmente,
esses que lhe escreveram, tratavam-se de uma geração posterior dos
"adversários" mencionados no v. 1. Quanto ao 2, nada se sabe, no
entanto, se supõe ser algo contra o reerguimento dos muros da cidade de Jerusalém.
Artaxerxes
1, sucessor de Xerxes (Assuero) e rei da Pérsia de 464 a 424 a.C. também lhe
escreveram e, novamente, a passagem também não informa o conteúdo dessa carta
escrita em caracteres aramaicos, língua usada na diplomacia internacional no
antigo Oriente Próximo.
No
verso 8, Reum, o comandante, e Sinsai, o escrivão (um alto funcionário, cujo
cargo pode ser equiparado ao de ministro das relações exteriores atual)
escreveram um terceiro registro de oposição ao trabalho de reconstrução do
muro. O conteúdo é apresentado nos vs. 11-16.
No
verso 10, Osnapar, o último rei bem-sucedido da Assíria (668-627 a.C.), também
chamado de Assurbanipal, possível "rei da Assíria" mencionado em 2Rs
17.24, foi quem assentou vários povos em Samaria depois da destruição do Reino
do Norte em 722 a.C. aquém do Eufrates, ou seja, a região ao oeste do Eufrates,
abrangendo a Síria, a Fenícia e a área que somente muito mais tarde seria
conhecida como Palestina.
É
bom deixar claro que a oposição dos vs. 6-23 não foi uma reação à reconstrução
do templo mencionada nos vs. 1-5,24, mas à reconstrução dos muros da cidade,
realizada posteriormente.
No
verso 13, embora os termos dos argumentos pareçam econômicos, a raiz do
conflito era religiosa, como os vs. 1-3 indicam.
Apesar
de os opositores estarem se referindo – vs 15 - à rebelião contra os
governantes políticos (II Re 18:7; 24:1), os residentes de Jerusalém havia se
rebelado contra o seu Senhor da aliança e agido de maneira ímpia, o que
resultou na destruição da cidade em 586 a.C. (II Re 23:26-27; 24:18-20; Jr 1:14-16).
Na
terra da promessa, o povo de Deus foi submetido ao governo dos ímpios de tal
modo que o trabalho no muro foi , interrompido por um decreto de Artaxerxes.
Ed
4:1 Ouvindo, pois, os adversários de Judá e Benjamim
que os que voltaram do cativeiro
edificavam
o templo ao
SENHOR Deus de Israel,
Ed 4:2 Chegaram-se a Zorobabel e
aos chefes dos pais,
e disseram-lhes:
Deixai-nos
edificar convosco, porque, como vós,
buscaremos
a vosso Deus; como também já lhe
sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom,
rei
da Assíria, que nos fez subir aqui.
Ed 4:3 Porém Zorobabel, e Jesuá,
e os outros chefes dos pais de Israel
lhes disseram:
Não
convém que nós e vós edifiquemos casa
a
nosso Deus; mas nós sozinhos
a
edificaremos ao SENHOR Deus de Israel,
como
nos ordenou o rei Ciro, rei da Pérsia.
Ed 4:4 Todavia o povo da terra
debilitava as mãos do povo de Judá,
e inquietava-os
no edificar.
Ed 4:5 E alugaram contra eles
conselheiros,
para frustrarem o
seu plano, todos os dias de Ciro,
rei
da Pérsia, até ao reinado de Dario, rei da Pérsia.
Ed 4:6 No reinado de Assuero, no
princípio do seu reinado,
escreveram uma
acusação contra os habitantes
de
Judá e de Jerusalém.
Ed 4:7 E nos dias de Artaxerxes
escreveram Bislão, Mitredate, Tabeel,
e os outros seus
companheiros, a Artaxerxes, rei da Pérsia;
e
a carta estava escrita em caracteres siríacos,
e
na língua siríaca.
Ed 4:8 Escreveram, pois, Reum, o
chanceler, e Sinsai, o escrivão,
uma carta contra
Jerusalém, ao rei Artaxerxes
do
teor seguinte:
Ed 4:9 Então escreveu Reum, o
chanceler, e Sinsai, o escrivão,
e os outros seus
companheiros, os dinaítas, afarsaquitas,
Asnapar transportou,
e que fez habitar na cidade de Samaria,
e
nas demais províncias dalém do rio.
Ed 4:11 Este, pois, é o teor da
carta que mandaram ao rei Artaxerxes:
Teus servos, os
homens dalém do rio, em tal tempo.
Ed 4:12 Saiba o
rei que os judeus, que subiram de ti,
vieram
a nós em Jerusalém, e reedificam aquela
rebelde
e malvada cidade, e vão restaurando
os
seus muros, e reparando os seus fundamentos.
Ed 4:13 Agora
saiba o rei que, se aquela cidade se reedificar,
e
os muros se restaurarem, eles não pagarão os
direitos,
os tributos e os pedágios;
e
assim se danificará a fazenda dos reis.
Ed 4:14 Agora,
pois, porquanto somos assalariados
do
palácio, e não nos convém ver a desonra do rei,
por
isso mandamos avisar ao rei,
Ed 4:15 Para que
se busque no livro das crônicas de teus
pais.
E acharás no livro das crônicas, e saberás que
aquela
foi uma cidade rebelde, e danosa aos reis
e
províncias, e que nela houve rebelião em tempos
antigos;
por isso foi aquela cidade destruída.
Ed 4:16 Nós,
pois, fazemos notório ao rei que,
se
aquela cidade se reedificar, e os seus muros se
restaurarem,
sucederá que não terás porção alguma
deste
lado do rio.
Ed 4:17 E o rei enviou esta
resposta a Reum, o chanceler, e a Sinsai,
o escrivão, e aos
demais seus companheiros, que habitavam
em
Samaria; como também aos demais que estavam
dalém
do rio:
Paz! em tal
tempo. Ed 4:18 A carta que nos enviastes
foi
explicitamente lida diante de mim.
Ed 4:19 E,
ordenando-o eu, buscaram e acharam,
que
de tempos antigos aquela cidade se levantou
contra
os reis, e nela se têm feito rebelião e sedição.
Ed 4:20 Também
houve reis poderosos sobre Jerusalém que
dalém
do rio dominaram em todo o lugar, e se lhes
pagaram
direitos, tributos e pedágios.
Ed 4:21 Agora,
pois, dai ordem para impedirdes aqueles
homens,
a fim de que não se edifique aquela cidade,
até
que eu dê uma ordem.
Ed 4:22 E
guardai-vos de serdes remissos nisto;
por
que cresceria o dano para prejuízo dos reis?
Ed 4:23 Então, depois que a
cópia da carta do rei Artaxerxes foi lida
perante Reum, e
Sinsai, o escrivão, e seus companheiros,
apressadamente
foram eles a Jerusalém, aos judeus,
e
os impediram à força e com violência.
Ed
4:24 Então cessou a obra da casa de Deus,
que estava em Jerusalém;
e cessou até ao
ano segundo do reinado de Dario,
rei
da Pérsia.
Foram
aqui 17 anos de interrupção nos trabalhos por conta da inveja e da oposição que
fizeram os adversários internos de Israel que não conheciam ao Senhor.
O
trabalho ficou interrompido até o segundo ano de Dario.
#EuSouCrentePorque Um dia Jesus Cristo veio a esta terra, enviado por seu Pai e disse:
- “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” – Jo 14:6. Eu acreditei nisso! É por isso que sou crente! É por isso que insisto para que você deixe todos os outros caminhos – dos homens – e siga “O Caminho”... Por que acreditei, prego, ensino, estudo e tenho esperança em sua palavra que ele também disse: - “voltarei!” – Jo 14:3,18. De onde tirei tudo isso? Da Bíblia, a Palavra de Deus! Jesus também testificou da Bíblia: Mt 22:29. Se a Bíblia te parece um livro difícil, peça a Jesus e ele te dará o entendimento e a fé necessária: Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras - Lucas 24:45. Quer ajuda? Vamos conversar... www.jamaisdesista.com.br, www.espadadoespirito.com.br,www.ossemeadores.com.br
Parte
I - O REGRESSO DOS EXILADOS E A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO – 1:1 a 6:22.
Como
já dissemos, e repetiremos até o final dessa primeira parte, os primeiros
exilados que regressaram deram inicio à restauração depois do exílio. Esse
grupo foi liberto da Babilônia e abençoado por Deus. Zorobabel conduziu o povo
às bênçãos de Deus ao reconstruir o templo apesar da oposição.
Essa
parte primeira foi dividida em duas. A. O regresso dos exilados – 1:1 a 2:70 –
já vista. B. A reconstrução do templo – 3:1 a 6:22 – começaremos agora.
Serão
os remanescentes do povo do pós-exílio que terão a oportunidade do trabalho de
reconstrução do templo, mas não de uma vez e sim em vários estágios. Seus
esforços foram apoiados pelo Senhor e promoveram a importância do templo para a
comunidade restaurada.
Esses
capítulos, dessa parte “B”, dividiremos em duas partes também. 1. A
reconstrução do altar – 3:1-6; 2. A reconstrução do templo propriamente
dito - 3:7 ao 6:22.
1. A reconstrução do
altar – 3:1-6.
A
primeira preocupação de Zorobabel foi a reconstrução da área do templo
relacionada ao seu altar de forma que pudessem ser feitos ali os sacrifícios a
serem oferecidos a Deus.
O
mês que estava chegando, o sétimo mês, Tisri – setembro/outubro - era uma época
oportuna de festa que iria incentivar a sua reconstrução. Estava chegando a
Festa dos Tabernáculos, a maior festa do Antigo Testamento – Lv 23:33.
No
verso 2, são mencionados os holocaustos – são os principais sacrifícios oferecidos,
conforme Lv 1 - que deveriam ser oferecidos ao Senhor conforme está escrito na
Lei de Moisés. Obviamente, outros sacrifícios também eram, ali, oferecidos – vs.
5.
Para
se viver na presença de Deus, temos de lidar com a questão do pecado e ele nos
remete aos sacrifícios, dessa forma:
·Era
com base nos holocaustos que um povo pecaminoso podia viver na presença de um
Deus santo (Ex 29:42).
·O
sacrifício de Cristo é o sacrifício supremo que conduz os pecadores perdoados à
presença de Deus (Hb 10.19-20).
Em
decorrência do exílio, o povo de Deus não havia guardado a aliança nem vivido
de acordo com a lei. Os remanescentes, que regressaram, tinham a preocupação de
guardar a aliança mediada por Moisés - vs. 4. No entanto, apesar do seu
compromisso e de suas realizações, não foram capazes de observar a lei
perfeitamente. Como homem nenhum seria capaz. Não foi apenas a questão do
exílio, mas mesmo antes, na prosperidade e abundância total, o povo não
conseguia essa perfeição. Foi Cristo Jesus, o Messias esperado, que guardou a
lei com perfeição e assim se tornou a base para a justificação (Rm 5:12-21).
Além
da celebração da Festa dos Tabernáculos, todo o sistema sacrificial foi
colocado em andamento desde o princípio, pois os sacrifícios eram essenciais
para manter a aliança de Israel com Deus – Hb 9:22.
O
trabalho que estavam fazendo requeria muita coragem e eles a demonstraram na
reconstrução do altar e no lançar dos fundamentos do templo. Em breve, a partir
de 4:4,5, essa coragem iria ser testada e o trabalho por conta disso iria ser
interrompido – 4:24.
2. A reconstrução do
templo propriamente dito - 3:7 ao 6:22.
Assim
que os primeiros sacrifícios haviam sido oferecidos, foram tomadas providências
para se iniciar a reconstrução do templo. A reconstrução e preparação do altar para
poder fazer os sacrifícios foi a base para que o principal trabalho fosse
feito, ou seja, a reconstrução do templo. Não obstante, esse empreendimento
sofreu oposição e exigiu perseverança.
Dividiremos
essa parte “2. A reconstrução do templo propriamente dito - 3:7 ao 6:22.” Em 5 outras partes.
a.A
reconstrução é iniciada – 3:7-13.
b.Oposição
à reconstrução – 4:1-24.
c.A
reconstrução é retomada – 5:1-2.
d.Oposição
à reconstrução – 5:3 – 6:12.
e.A
reconstrução é concluída – 6:13-22.
a. A reconstrução é
iniciada – 3:7-13.
O
templo agora era muito importante para restauração de Israel. Zorobabel e
aqueles que voltaram com ele começaram imediatamente a reconstruir a casa de
Deus, pois entendiam que essa era, no momento, a tarefa fundamental para fortalecimento
de uma nação quase destruída.
Apesar
das diferenças entre o templo de Zorobabel e o templo de Salomão, nos diz a
BEG, os paralelos verbais e temáticos entre esses versículos e várias passagens
em I Crônicas (p. ex., caps. 22-23, 28-29), bem corno a menção das instruções
de Davi (vs., 10), indicam que o templo reconstruído era a continuidade
legítima do templo de Salomão.
Eles
começaram as obras no segundo ano - 536 a.C. - da sua vinda à Casa de Deus, no
segundo mês, Zive (abril-maio), curiosamente, no mesmo mês em que Salomão
começou a construir o primeiro templo (II Cr 3:2). Se não bastasse isso, também
uma linhagem semelhante foi usada com referência ao templo de Salomão – I Cr
23:4.
Poderia
até ser um detalhe de somenos importância, mas em se falando do Deus da aliança
que tinha preservado a essência de tudo que representava a nação de Israel,
esse fato contribuía psicologicamente na mentalidade do povo para se empenharem
nessa obra com todas as suas forças.
Vemos,
nos versos 10 e 11, que, no momento, a preocupação central da passagem não era
a sua estrutura física, mas sim a reação do povo, um tema importante em
Esdras-Neemias. O povo animado e fortalecido em sua fé seria capaz de realizar
grandes obras e estariam dispostos ao trabalho.
Já
os idosos que conseguiram voltar do exílio tinham visto a primeira casa e
quando os alicerces começaram a ser lançados choraram em alta voz e também em
alta voz havia outros gritos que eram de alegria. Os sons se misturaram de uma
certa forma que não se podiam discernir as vozes uma das outras.
Moisés
havia prometido que o povo que regressasse seria mais abençoado que as gerações
anteriores (Dt 30:5).
No
entanto, os membros mais velhos do Povo de Deus (os remanescentes do pós-exílio
ou a nova nação unificada de Israel) não estavam chorando de alegria, mas de
decepção pelo contraste entre esse humilde começo – Zc 4:10 – e o esplendor do
templo de Salomão. Posteriormente, uma decepção semelhante teria de ser
repreendida (Ag 2:1-5), mas, por ora, a alegria do Senhor era a força de
muitos.
Ed
3:1 Chegando, pois, o sétimo mês, e estando os filhos de Israel
já nas cidades, ajuntou-se o
povo, como um só homem, em Jerusalém.
Ed 3:2 E levantou-se Jesuá,
filho de Jozadaque, e seus irmãos,
os sacerdotes, e
Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos,
e
edificaram o altar do Deus de Israel,
para
oferecerem sobre ele holocaustos,
como está escrito
na lei de Moisés, o homem de Deus.
Ed 3:3 E firmaram o altar sobre
as suas bases,
porque o terror
estava sobre eles,
por
causa dos povos das terras;
e ofereceram
sobre ele holocaustos ao SENHOR,
holocaustos
pela manhã e à tarde.
Ed 3:4 E celebraram a festa dos
tabernáculos, como está escrito;
ofereceram
holocaustos cada dia, por ordem,
conforme
ao rito, cada coisa em seu dia.
Ed 3:5 E depois disto o
holocausto contínuo, e os das luas novas
e de todas as
solenidades consagradas ao SENHOR;
como
também de qualquer que oferecia
oferta
voluntária ao SENHOR;
Ed 3:6 Desde o primeiro dia do sétimo
mês começaram a oferecer
holocaustos ao
SENHOR; porém ainda não estavam postos
os
fundamentos do templo do SENHOR.
Ed 3:7 Deram, pois, o dinheiro
aos pedreiros e carpinteiros,
como também
comida e bebida, e azeite aos sidônios,
e
aos tírios, para trazerem do Líbano
madeira
de cedro ao mar, para Jope,
segundo a
concessão que lhes tinha feito Ciro, rei da Pérsia.
Ed 3:8 E no segundo ano da sua
vinda à casa de Deus em Jerusalém,
no segundo mês,
Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesuá, filho de
Jozadaque,
e os outros seus irmãos, os sacerdotes
e
os levitas, e todos os que vieram do cativeiro
a Jerusalém, começaram a obra da
casa
do SENHOR, e constituíram os levitas
da
idade de vinte anos para cima,
para
que a dirigissem.
Ed 3:9 Então se levantou Jesuá,
seus filhos, e seus irmãos,
Cadmiel e seus
filhos, os filhos de Judá, como um só homem,
para
dirigirem os que faziam a obra na casa
de
Deus, bem como os filhos de Henadade,
seus
filhos e seus irmãos, os levitas.
Ed 3:10 Quando, pois, os
edificadores lançaram os alicerces do
templo do SENHOR,
então apresentaram-se os sacerdotes,
já
vestidos e com trombetas, e os levitas,
filhos
de Asafe, com címbalos,
para louvarem ao
SENHOR conforme à instituição de Davi,
rei
de Israel.
Ed 3:11 E cantavam juntos por
grupo, louvando e rendendo
graças ao SENHOR,
dizendo:
porque
é bom;
porque
a sua benignidade dura para sempre
sobre
Israel.
E todo o povo
jubilou com altas vozes, quando louvaram
ao
SENHOR, pela fundação da casa do SENHOR.
Ed 3:12 Porém muitos dos
sacerdotes, e levitas e chefes dos pais,
já idosos, que
viram a primeira casa, choraram em altas
vozes
quando à sua vista foram lançados
os
fundamentos desta casa;
mas muitos
levantaram as vozes com júbilo e com alegria.
Ed 3:13 De maneira que não
discernia o povo
as vozes do
júbilo de alegria das vozes do choro do povo;
porque
o povo jubilava com tão altas vozes,
que
o som se ouvia de muito longe.
Enquanto
uns choravam de tristeza em alta voz por compararem as glórias devidas entre o
primeiro e o segundo templo, ainda na fase dos lançamentos dos fundamentos do
novo templo, outros jubilavam, cantavam, gritavam de alegria e na alegria do
Senhor encontravam forças para dar continuidade à reconstrução do templo.
Na
aparência física e estrutural poderia até ser de menor valor, mas quanto ao
significado e quem em breve nele entraria e leria rolos da lei, em especial o
rolo de Isaias, seria o Messias esperado que faria com que a glória da segunda
casa, por ora, menor, fosse maior que o da primeira!
Isaías 61:1 O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o
SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os
quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em
liberdade os algemados;
Lucas 4:17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e,
quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
Lucas 4:18 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me
ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do
coração,
Lucas 4:19 A pregar liberdade aos cativos, E restauração
da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano
aceitável do Senhor.
Lucas 4:20 E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao
ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
Para
mim quem ganhou foi a democracia! Pois pudemos escolher nossos representantes
por meio do voto. Agora, eu tenho de ser maduro e aceitar o resultado
respeitando o adversário. Se não estou gostando de algo no processo, não é com
a ignorância ou com a força bruta ou ofensas que deverei buscar melhorias.
Óbvio
que numa disputa acirrada, voto a voto, os eleitores ficarão como que divididos
entre um e outro candidato. Aqui mora um perigo! Não sabemos perder!
Emocionalmente, não fomos educados para tratarmos de perdas e as paixões de
nossas almas vem à tona despertando sentimentos muito ruins. Gênesis 4:7 Se
procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis
que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre
dominá-lo.
Ninguém
sabe de nada com relação ao futuro e todas as escolhas, ao final, é permissão
de Deus que pode ser um ato soberano de sua graça ou mesmo para juízo do povo.
Agora
que a eleição passou e não há mais o que fazer, que tal crescer um pouco e ser
maduro e pensar no futuro? Quer mudanças? Começa a mudar você primeiro, sendo
mais maduro. Há muitas formas de mudar e todas elas começam com trabalho! Não
acredito em quem fala muito e nada faz! Vamos trabalhar! Se as leis e os
processos estão ruins, usemos todos os meios lícitos para mudar isso.
Todos os
brasileiros ganharam, ninguém perdeu!
Eu penso assim...
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Em complemento, compartilho aqui um vídeo do Pr. Augustus Nicodemus muito interessante sobre o assunto:
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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