quinta-feira, 23 de outubro de 2014
quinta-feira, outubro 23, 2014
Jamais Desista
II Crônicas 34:1-33 - O REI JOSIAS, MODELO DE REI REFORMADOR
Nós
nos encontramos na última parte (Judá e Israel reunificados) de quatro no total
pela qual dividimos I e II Crônicas.
I.
As genealogias do povo de Deus – 1:1 a 9:34 – já vista.
II.
O reino unido – 9:35 a II Cr 9:31 – já vista.
III.
O reino dividido – 10:1 a 28:27 – já vista.
IV.
O reino unificado – 29:1 a 36:23 – estamos em estudo.
Como
já dissemos, sobre o reino reunificado, doravante, tudo agora seria em conjunto
e não mais provenientes de duas regiões com dois poderes. As experiências de
bênçãos e provações, exílio e livramento, seriam agora experiências conjuntas
de um povo reunificado, em torno de um só templo.
Esta
última parte IV de I e de II de Crônicas
foi, didaticamente, dividida em seis partes.
A. O reinado de
Ezequias – 29:1 a 32:33 – já vimos.
B.
O reinado de Manassés – 33:1-20 – já vimos.
C.
O reinado de Amon – 33:21-25 – já vimos.
D.
O reinado de Josias – 34:1 a 35:27 – veremos agora.
E.
Os últimos anos – 36:1-14.
F.
Dificuldades, exílio e esperança – 36:15-23.
D. O reinado de Josias
(640-609 a.C.) – II Cr 34:1 a 33; II Re 22:1 – 23:30.
Amom
teve uma morte terrível pela conspiração dos seus próprios servos e o povo da
terra foi quem constitui seu filho, Josias, rei em seu lugar. Novamente um
péssimo exemplo de pai, mas um fantástico filho que temia ao Senhor desde tenra
idade.
A
história de Josias em Crônicas, a sua maior e mais significativa parte é
baseada no registro de seu texto paralelo em II Re 22:1 a 23:30, mas há
significativas variações.
Estamos
no 16º rei de Judá que começou a reinar com apenas 8 anos de idade em
substituição ao seu pai Amom que ficou apenas dois anos no reinado e fez o que
era mau aos olhos do Senhor.
Josias,
apesar de uma criança, logo começou a reinar e reinou por 31 anos em Jerusalém.
Ele era filho de Jedida que era filha de Adaías, de Bozcate, uma cidade pouco
mais de 6 km a sudeste de Laquis, em Judá. Jedida nos lembra o nome de Jedidias,
o outro nome que tinha Salomão, dado a ele por Natã, o qual significava o amado
do Senhor.
Foram
do total de 20 reis em Judá, apenas 4 que foram retos totalmente aos olhos do
Senhor, conforme o narrador bíblico: Asa – I RE 15:11 -, Josafa – I Re
22:41-43a -, Ezequias – II Re 18:1-3 - e Josias. Também foram elogiados, mas
não como os quatro acima: Joás – II Re 12:2 – Amazias – II Re 14:1-3 -, Azarias
ou Uzias – II Re 15:1-3 – e Jotão – II Re 15:32-34.
Destaca-se
de todos eles a Josias como o mais bem elogiado de todos os reis de Judá,
embora em II Crônicas, o mais elogiado deles, depois de Davi e Salomão foi
Ezequias. Ao comentar que ele não se deixou se desviar nem para direita nem
para a esquerda, significava que Josias agiu em conformidade total com as
prescrições da aliança – Dt 5:32; 17:11, 20; 28:14; Js 1:7; Pv 4:27.
Era
já o 18º ano de seu reinado e ele tinha apenas 26 anos que mandou o escrivão –
um dos cargos mais elevados do governo (II Re 12:10; 25:19) - Safã à Casa do
Senhor, à procura de Hilquias (avô do sumo sacerdote Seraías que foi executado
por Nabucodonosor em Ribla – II Re 25:18-21. Esse Hilquias não era o pai de
Jeremias o qual o leitor poderia ser induzido a acreditar conforme está em Jr
1:1.) o sumo sacerdote, para fins de reparos no templo.
A
prioridade central de Josias era a restauração do Templo que seus pais tinham
arruinado e contaminado. Ele tinha ordenado que o templo fosse reparado e no
decorrer desses trabalhos, o Livro da Lei (muito provavelmente o rolo contendo
o livro de Deuteronômio), há muito abandonado (57 anos de reinado totalmente
distantes do Senhor com Manassés e Amom) foi redescoberto.
Josias,
ao contrário de Manassés, tinha declarado Judá independente da Assíria. Naquela
época a Assíria já estava em declínio. Também Josias exercia controle sobre
pelo menos uma parte do antigo Reino do Norte – 23:4-15-20.
As
reformas que Josias empreendeu e iniciou seguiram os preceitos de Deuteronômio
– 23:1-24. Quando ele descobriu o Livro da Lei e conferiu que há muito não se
praticava as coisas nele escritas e que o povo tinha abandonado ao Deus da
aliança, ele rasgou as suas vestes em tristeza e reconhecimento de que as
maldições descritas na aliança poderiam sobrevir em breve – vs 13; Dt 6:10-19;
28:15-68.
Ele,
Josias, prepara uma comitiva para ir procurar pela palavra do Senhor e
encaminha a Hilquias, o sacerdote, a Aicão, filho de Safã, a Acbor, filho de
Micaías, a Safã o escrivão e a Asaías, o servo do rei, à profeta Hulda, mulher
de Salum, o guarda-roupa, filho de Ticva, filho de Harás.
Hulda
morava em Jerusalém e, provavelmente, era a profetiza que a corte consultava a
respeito de assuntos de estado importantes – Dt 18:14-22.
Devido
a essa tristeza que Josias experimentou pelos pecados do povo, a forma com que
estava sendo zeloso e reformando o templo e procurando agir corretamente
reparando os erros todos de seus pais, Deus lhe disse que o tinha ouvido e
visto seu comportamento e prometeu adiar a calamidade que sobreviria a Judá e a
Jerusalém a fim de que ele não visse nada disso.
Josias
renovou a aliança publicamente – vs 31; II Re 23:1-3 – e retirou os ídolos de
Jerusalém, de Judá e de cidades de Samaria – vs 33; II Re 23:4-20.
Tendo
ouvido a boa palavra da profeta Hulda para ele de que o mal que estava por vir
não viria em seu reinado, prosseguiu Josias com suas reformas.
Uma
primeira providência foi, como líder que era, reunir todo o povo – sacerdotes,
profetas, autoridades e todos os demais desde os pequenos aos grandes - para
renovar a aliança com Deus.
Assim,
leu diante de todos o Livro da Aliança – encontraremos essa expressão em Ex 20
a 23, mas é pouco provável que o termo se refira a apenas esses capítulos de
Êxodos, mas sim a todo o livro de Deuteronômio ou a Torá.
Depois,
fez aliança com o Senhor para o seguirem, guardarem e cumprirem os seus
mandamentos, testemunhos, estatutos de todo coração e alma. Todos foram
unânimes e anuíram a Josué e à sua proposta de aliança.
Uma
vez renovada a aliança entre o Senhor, ele e todo o povo, começou Josias a
purificar o templo e o culto.
Coube
a Hilquias, o sumo sacerdotes e aos demais sacerdotes e guardas do templo, a
limpeza e a purificação daquele ambiente retirando tudo que era estranho e que
ali fora colocado para provocar à ira o Senhor.
A
reforma foi completa não somente abrangendo os móveis e objetos de culto como
também as literaturas, os seguidores e sacerdotes estranhos.
Atingiu
Jerusalém, Judá e Samaria. Coisas antigas que ali haviam desde a época de
Jeroboão, primeiro rei de Israel, foram totalmente destruídas.
A
ordem era profanar, destruir, quebrar, colocar fogo e apagar todo sinal e
vestígio que pudesse levar qualquer um a se lembrar daquelas coisas e práticas.
Vendo-se
a lista das coisas abomináveis que foram destruídas, podemos perceber o quanto
o povo se tinha desviado de Deus e seguido outros caminhos imitando as nações e
seus costumes que estavam condenados pelo Senhor.
O
cronista passa a narrar as reformas ocorridas durante o décimo oitavo ano: os
reparos no templo (34.8-13), a renovação da aliança (34.14-33) e a comemoração
da Páscoa (35.1-19).
Sobre
os reparos no templo dos vs. 8 ao 13, o cronista segue, em grande parte, o
relato em 2Rs 22.3-20. O vs. 12 e 13 diz que os homens procederam fielmente na
obra, sendo superintendentes dessas obras todos os levitas peritos em
instrumentos musicais. Eles também dirigiam a todos em qualquer que fosse a
frente de trabalho. Haviam levitas como escrivães, oficiais e porteiros.
Isso
tudo estava sendo especificado para detalhar o envolvimento dos levitas visando
mostrar como as reformas de Josias seguiram o modelo de Davi (1 Cr 6.1-81),
Salomão (2Cr 7.6; 8.14) e de Ezequias (29.1-19).
Dos
vs. 14 ao 33, veremos a renovação da aliança. Esses versículos associam a
descoberta do livro ao programa de reformas e renovação da aliança que Josias
havia colocado em andamento.
Provavelmente
Deuteronômio (veja também 2Rs 22.8) seja o Livro da Lei na Casa do Senhor. O
cronista inclui o registro dessa descoberta para indicar a importância de
reformas de acordo com a lei no período pós-exílio.
Tendo
ouvido o rei a leitura feita por Safã, do Livro da Lei, Josias rasgou as suas
vestes e ordenou a Hilquias, e a Aicão, filho de Safã, e a Abdom, filho de
Mica, e a Safã, o escrivão, e a Asaías, servo do rei para irem consultarem ao
Senhor por meio de sua profetisa Hulda, mulher de Salum que habitava na cidade
baixa, em Jerusalém.
A
profetisa anunciou julgamento divino devido à transgressão da lei de Deus; no
entanto, devido a humildade de Josias, a calamidade sobre aquele lugar seria
adiada - vs. 24 ao 28.
Dos
vs. 29 ao 33, vemos a renovação da aliança que Josias empreendeu com o povo e o
Senhor para o seguirem, guardarem os seus mandamentos, os seus testemunhos e os
seus estatutos de todo o coração e alma cumprindo as palavras da aliança que
estavam escritas no livro.
II
Cr 34:1 Tinha Josias oito anos quando começou a reinar,
e trinta e um anos reinou em
Jerusalém.
II Cr 34:2 E fez o que era reto
aos olhos do SENHOR;
e andou nos
caminhos de Davi, seu pai,
sem se desviar
deles nem para a direita nem para a esquerda.
II Cr 34:3 Porque no oitavo ano
do seu reinado,
sendo ainda moço,
começou a buscar o Deus de Davi,
seu
pai; e no duodécimo ano começou a purificar
a
Judá e a Jerusalém, dos altos, e dos bosques,
e
das imagens de escultura e de fundição.
II Cr 34:4 E derrubaram perante
ele os altares de Baalins;
e despedaçou as
imagens, que estavam acima deles;
e os bosques, e
as imagens de escultura e de fundição
quebrou
e reduziu a pó, e o espargiu
sobre
as sepulturas dos que lhes tinham sacrificado.
II Cr 34:5 E os ossos dos
sacerdotes queimou sobre os seus altares;
e purificou a
Judá e a Jerusalém.
II Cr 34:6 O mesmo fez nas
cidades de Manassés, e de Efraim,
e de Simeão, e
ainda até Naftali,
em
seus lugares assolados ao redor.
II Cr 34:7 E, tendo derrubado os
altares, e os bosques,
e as imagens de
escultura, até reduzi-los a pó,
e tendo despedaçado todas as
imagens do sol
em toda a terra
de Israel, então voltou para Jerusalém.
II Cr 34:8 E no ano décimo
oitavo do seu reinado,
havendo já
purificado a terra e a casa, enviou a Safã,
filho
de Azalias, e a Maaséias, governador da
cidade,
e a Joá, filho de Joacaz, cronista,
para
repararem a casa do SENHOR seu Deus.
II Cr 34:9 E foram a Hilquias,
sumo sacerdote,
e deram o
dinheiro que se tinha trazido à casa de Deus,
e
que os levitas, que guardavam a entrada tinham
recebido
da mão de Manassés, e de Efraim,
e
de todo o restante de Israel,
como também de
todo o Judá e Benjamim,
e
dos habitantes de Jerusalém.
II Cr 34:10 E eles o entregaram
aos que tinham o encargo da obra,
e superintendiam
a casa do SENHOR;
e
estes o deram aos que faziam a obra,
e trabalhavam na
casa do SENHOR, para consertarem
e
repararem a casa.
II Cr 34:11 E deram-no aos
carpinteiros e aos edificadores,
para comprarem
pedras lavradas, e madeiras
para as junturas
e para servirem de vigas para as casas
que
os reis de Judá tinham destruído.
II Cr 34:12 E estes homens
trabalhavam fielmente na obra;
e os
superintendentes sobre eles eram:
Jaate
e Obadias, levitas, dos filhos de Merari,
como
também Zacarias e Mesulão,
dos
filhos dos coatitas, para adiantarem
a
obra;
e todos os
levitas que eram entendidos em instrumentos
de
música.
II Cr 34:13 Estavam também sobre
os carregadores e dirigiam
todos os que
trabalhavam em alguma obra;
e dentre os
levitas havia escrivães, oficiais e porteiros.
II Cr 34:14 E, tirando eles o
dinheiro que se tinha trazido
à casa do SENHOR,
Hilquias, o sacerdote,
achou
o livro da lei do SENHOR, dada
pela
mão de Moisés.
II Cr 34:15 E Hilquias disse a
Safã, o escrivão:
Achei o livro da
lei na casa do SENHOR.
E
Hilquias deu o livro a Safã.
II Cr 34:16 E Safã levou o livro
ao rei, e deu-lhe conta, dizendo:
Teus servos fazem
tudo quanto se lhes encomendou.
II Cr 34:17 E ajuntaram o
dinheiro que se achou
na casa do
SENHOR, e o deram na mão dos superintendentes
e
na mão dos que faziam a obra.
II Cr 34:18 Além disto, Safã, o
escrivão, fez saber ao rei, dizendo:
O sacerdote
Hilquias entregou-me um livro.
E
Safã leu nele perante o rei.
II Cr 34:19 Sucedeu que, ouvindo
o rei as palavras da lei,
rasgou as suas
vestes. II Cr 34:20 E o rei ordenou a Hilquias,
e
a Aicão, filho de Safã, e a Abdom, filho de Mica,
e
a Safã, o escrivão, e a Asaías, servo do rei,
dizendo:
II Cr 34:21 Ide, consultai ao
SENHOR por mim,
e pelos que
restam em Israel e em Judá,
sobre
as palavras deste livro que se achou;
porque
grande é o furor do SENHOR,
que
se derramou sobre nós;
porquanto
nossos pais não guardaram a palavra do
SENHOR,
para fazerem conforme a tudo
quanto
está escrito neste livro.
II Cr 34:22 Então Hilquias, e os
enviados do rei,
foram ter com a
profetiza Hulda, mulher de Salum,
filho
de Tocate, filho de Harás, guarda das
vestimentas
(e habitava ela em Jerusalém na
segunda
parte); e falaram-lhe
a
esse respeito.
II Cr 34:23 E ela lhes disse:
Assim diz o
SENHOR Deus de Israel:
Dizei
ao homem que vos enviou a mim:
II Cr 34:24 Assim diz o SENHOR:
Eis que trarei
mal sobre este lugar,
e
sobre os seus habitantes, a saber,
todas
as maldições que estão escritas no livro que se
leu
perante o rei de Judá.
II Cr 34:25 Porque me deixaram,
e queimaram incenso
perante outros
deuses, para me provocarem à ira com todas
as
obras das suas mãos;
portanto o meu
furor se derramou sobre este lugar,
e
não se apagará.
II Cr 34:26 Porém ao rei de
Judá, que vos enviou a consultar ao
SENHOR, assim lhe
direis:
Assim
diz o SENHOR Deus de Israel, quanto às
palavras
que ouviste:
II Cr 34:27 Porquanto o teu
coração se enterneceu, e te humilhaste
perante Deus,
ouvindo as suas palavras contra este lugar,
e contra os seus
habitantes, e te humilhaste perante mim,
e
rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim,
também
eu te ouvi, diz o SENHOR.
II Cr 34:28 Eis que te reunirei
a teus pais, e tu serás recolhido ao teu
sepulcro em paz,
e os teus olhos não verão todo o mal que hei
de
trazer sobre este lugar e sobre os seus habitantes.
E
tornaram com esta resposta ao rei.
II Cr 34:29 Então o rei mandou
reunir todos os anciãos de Judá
e Jerusalém. II
Cr 34:30 E o rei subiu à casa do SENHOR,
com todos os
homens de Judá, e os habitantes de Jerusalém,
e os sacerdotes,
e os levitas, e todo o povo,
desde
o maior até ao menor;
e ele leu aos
ouvidos deles todas as palavras do livro
da
aliança que fora achado na casa do SENHOR.
II Cr 34:31 E pôs-se o rei em pé
em seu lugar, e fez aliança
perante o SENHOR,
para seguirem ao SENHOR,
e para guardar os
seus mandamentos, e os seus testemunhos,
e
os seus estatutos, com todo o seu coração,
e
com toda a sua alma, cumprindo as palavras da
aliança,
que estão escritas naquele livro.
II Cr 34:32 E fez com que todos
quantos se achavam em Jerusalém
e em Benjamim o
firmassem; e os habitantes de Jerusalém
fizeram
conforme a aliança de Deus,
o
Deus de seus pais.
II Cr 34:33 E Josias tirou todas
as abominações de todas as terras
que eram dos
filhos de Israel; e a todos quantos se achavam
em Israel obrigou
a que servissem ao SENHOR seu Deus.
Enquanto
ele viveu não se desviaram de seguir o
SENHOR,
o Deus de seus pais.
O
nome de Josias está associado na Bíblia à reforma, como padrão e modelo de um
reformador aprovado por Deus. Ele, em seus dias, devido o seu zelo e
persistência, depois que descobriu o rolo de Deuteronômio e viu ali as coisas
escritas e narradas, fez de tudo para deixar as coisas em ordem.
...
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
quarta-feira, outubro 22, 2014
Jamais Desista
II Crônicas 33:1-25 - MANASSÉS E AMON - COISA RUIM E COISA PIOR NO GOVERNO DE JUDÁ.
I.
As genealogias do povo de Deus – 1:1 a 9:34 – já vista.
II.
O reino unido – 9:35 a II Cr 9:31 – já vista.
III.
O reino dividido – 10:1 a 28:27 – já vista.
IV.
O reino unificado – 29:1 a 36:23 – estamos em estudo.
Como
já dissemos, sobre o reino reunificado, doravante, tudo agora seria em conjunto
e não mais provenientes de duas regiões com dois poderes. As experiências de
bênçãos e provações, exílio e livramento, seriam agora experiências conjuntas
de um povo reunificado, em torno de um só templo.
Esta
última parte IV de I e de II de Crônicas
será, didaticamente, dividida em seis partes.
A. O reinado de
Ezequias – 29:1 a 32:33 – já vimos.
B.
O reinado de Manassés – 33:1-20 – veremos agora.
C.
O reinado de Amon – 33:21-25 – veremos agora.
D.
O reinado de Josias – 34:1 a 35:27.
E.
Os últimos anos – 36:1-14.
F.
Dificuldades, exílio e esperança – 36:15-23.
B. O reinado de Manassés
(686-642 a.C.) – 33:1 a 20; II Re 20:1 – 18.
Teria
seu pai, Ezequias, modelo e exemplo de homem que confia em Deus, falhado na
educação de seu filho Manassés? É o que parece porque esse homem é totalmente
oposto ao que foi o seu pai. Como também tinha sido ele em relação ao seu pai,
Acaz.
Ele
reinou no lugar de seu pai, provavelmente tenha sido corregente com ele também,
quando tinha a idade de doze anos. Era muito jovem e pode ter sido influenciado
por alguém que tinha afinidades com o Reino do Norte ou sentia saudades das
práticas nojentas deles.
Ele
ficou no reinado de Judá longos 55 anos, o período maior que se tem notícias de
todos os reis de Judá e de Israel. Tanto foi longo que registros assírios
apontam ele como vassalo de Esar-Hardom (681-669 a.C.) e também de Assurbanipal
(669-627 a.C.). A sua mãe se chamava Hefzibá.
Além
de restaurar tudo o que seu pai tinha destruído e restabelecer o que ele tinha
condenado e abolido em Judá limpando a Casa do Senhor, ofereceu em sacrifícios
a seu próprio filho queimando-o diante de seus deuses.
A
Casa do Senhor que antes estava limpinha dos deuses e praticas pagãs, agora
estava todo manchado e com postes-ídolos e objetos de cultos estranhos.
A
palavra de Deus diz que assim fazia perante o Senhor para provocá-lo à ira – vs
6 e II Re 21:6.
Pela
sua graça e misericórdia, enviou Deus e falou por intermédio dos profetas, seus
servos dizendo que como tinha feito Manassés trazendo desgraças para Judá,
assim ele também estaria fazendo trazendo um fim para Jerusalém por causa de
sua maldade.
Chegou
Deus a falar de abandonar a sua herança entregando eles nas mãos dos seus
inimigos e servindo de presa e despojo de todos eles por causa de tanta
maldade. Maldade essa que ia se acumulando desde quando saíram do Egito até
aqueles dias.
Além
de todas essas coisas, ainda Manassés derramou muito sangue inocente até encher
Jerusalém de um extremo ao outro, aumentando ainda mais a taça de suas
abominações diante do Senhor.
Em
Crônicas, diferentemente de Reis, há um relato do cativeiro de Manassés, a sua
oração, seu arrependimento e sua conversão.
Primeiramente,
tinha o Senhor advertido ele e o povo, mas não tinham dado ouvidos a ele, pelo
que o Senhor trouxe sobre ele os príncipes do exército do rei da Assíria que o
levaram preso à Babilônia com ganchos e o amarraram com cadeias.
No
cativeiro, reconheceu Manassés que o Senhor era Deus e arrependeu-se e passou a
se humilhar diante de Deus e a buscá-lo de todo coração.
A
oração e a restauração de Manassés estão de acordo com a oração feita por
Salomão na dedicação do templo - 6:36-39
– e com a resposta de Deus a essa súplica.
Deus
se tornou favorável a Manassés, ouviu suas orações e o trouxe de volta para Jerusalém.
Agora Manassés era outro homem e procurou reverter todo mal que tinha feito e
tirar todos os ídolos e apostasias que tinha levantado.
As
restaurações abrangentes que que ele realizou – vs 14 – 17 – restaurando o
reino, se constituíram num modelo para os leitores do cronista na medida em que
eles se encontravam na situação de terem de restaurar o reino.
Embora
haja uma ênfase nos resultados da reforma de Manassés, veremos, em Reis,
adiante, que Josias, duramente, terá de destruir ainda os deuses estrangeiros
que Manassés tinha feito – II Re 23:12. Isso parece indicar que essas reformas
não tiveram continuidade ao longo de sua vida.
Assim,
o relato de Reis do início e do final do reinado de Manassés são idênticos ao
de Crônicas, mas o seu meio, onde constam o cativeiro de Manassés, apresenta
esse acréscimo.
Ao
fim de seu reinado longo, o mais longo de todos, faleceu e seu filho Amom
reinou em seu lugar.
C. O reinado de Amom
(642-640 a.C.) – 33:11 a 25; II Re 20:19 – 26.
Sai
uma coisa ruim, entra outra coisa pior. Assim foi com Amom que substitui seu
pai Manassés. Este, no entanto teve uma vantagem acrescentada em Crônicas que
foi o seu arrependimento, mas e quanto ao seu filho Amom?
Parecia
que com Ezequias tudo iria se arranjar doravante e que Judá teria aprendido sua
lição com o exílio de seus irmãos, até que veio Manassés e agora seu filho
Amom.
Tinha
Amom a idade de 22 anos quando começou a reinar, portanto já era um jovem
adulto que sabia o que estava fazendo. Seu reinado ao contrário de seu pai, foi
bem curto, de apenas dois anos.
Sua
mãe era Mesulemete, filha de Haruz, de Jotbá, uma cidade próxima da região da
baixa Galiléia.
Igualmente
a seu pai fez o que era mau aos olhos do Senhor. Andou nos caminhos de
Manassés, serviu os ídolos a que ele servira e os adorou. A sua escolha pelo
seu pai o afastou do Senhor, pelo que o abandonou, nem quis saber de seus
caminhos.
Houve
uma conspiração contra ele por causa de suas escolhas, pois o povo queria que o
seu governante fosse fiel à casa de Davi, como tinha sido Ezequias. Era o
desejo de uma reforma completa e não apenas a destruição de Amom que fez o povo
se manifestar e colocar no lugar a seu filho Josias.
Amom
foi enterrado na sepultura de Uzá, como seu pai Manassés, e seu filho Josias
começou a reinar em Judá.
II
Cr 33:1 Tinha Manassés doze anos de idade,
quando começou a reinar, e
cinqüenta
e cinco anos
reinou em Jerusalém.
II Cr 33:2 E fez o que era mau
aos olhos do SENHOR,
conforme às
abominações dos gentios que o SENHOR
lançara
fora de diante dos filhos de Israel.
II Cr 33:3 Porque tornou a
edificar os altos que Ezequias,
seu pai, tinha
derrubado; e levantou altares aos Baalins,
e
fez bosques, e prostrou-se diante de todo
o
exército dos céus, e o serviu.
II Cr 33:4 E edificou altares na
casa do SENHOR,
da qual o SENHOR
tinha falado:
Em
Jerusalém estará o meu nome eternamente.
II Cr 33:5 Edificou altares a
todo o exército dos céus,
em ambos os
átrios da casa do SENHOR.
II Cr 33:6 Fez ele também passar
seus filhos pelo fogo
no vale do filho
de Hinom, e usou de adivinhações
e de agouros, e
de feitiçarias, e consultou adivinhos
e encantadores, e
fez muitíssimo mal aos olhos do SENHOR,
para
o provocar à ira.
II Cr 33:7 Também pôs uma imagem
de escultura do ídolo
que tinha feito,
na casa de Deus, da qual Deus
tinha
falado a Davi e a Salomão seu filho:
Nesta casa e em
Jerusalém, que escolhi de todas
as
tribos de Israel, porei o meu nome para sempre.
II Cr 33:8 E
nunca mais removerei o pé de Israel da terra
que
destinei a vossos pais; contanto que tenham
cuidado
de fazer tudo o que eu lhes ordenei,
conforme
a toda a lei, e estatutos, e juízos,
dados
pela mão de Moisés.
II Cr 33:9 E Manassés tanto fez
errar a Judá
e aos moradores
de Jerusalém, que fizeram pior do que
as
nações que o SENHOR tinha destruído de diante
dos
filhos de Israel.
II Cr 33:10 E falou o SENHOR a
Manassés e ao seu povo,
porém não deram
ouvidos.
II Cr 33:11 Assim o SENHOR
trouxe sobre eles os capitães
do exército do
rei da Assíria, os quais prenderam a Manassés
com
ganchos e, amarrando-o com cadeias,
o
levaram para Babilônia.
II Cr 33:12 E ele, angustiado,
orou deveras ao SENHOR seu Deus,
e humilhou-se
muito perante o Deus de seus pais;
II Cr 33:13 E fez-lhe oração, e
Deus se aplacou para com ele,
e ouviu a sua
súplica, e tornou a trazê-lo a Jerusalém,
ao
seu reino.
Então conheceu
Manassés que o SENHOR era Deus.
II Cr 33:14 E depois disto
edificou o muro de fora da cidade de Davi,
ao ocidente de
Giom, no vale, e à entrada da porta do peixe,
e
ao redor de Ofel, e o levantou muito alto;
também
pôs capitães de guerra em todas as cidades
fortificadas
de Judá.
II Cr 33:15 E
tirou da casa do SENHOR os deuses estranhos
e
o ídolo, como também todos os altares que tinha
edificado
no monte da casa do SENHOR,
e
em Jerusalém, e os lançou fora da cidade.
II Cr 33:16 E
reparou o altar do SENHOR e ofereceu sobre
ele
sacrifícios de ofertas pacíficas e de louvor;
e
ordenou a Judá que servisse
ao
SENHOR Deus de Israel.
II Cr 33:17 Contudo o povo ainda
sacrificava nos altos,
mas somente ao
SENHOR seu Deus.
II Cr 33:18 O restante dos atos
de Manassés, e a sua oração
ao seu Deus, e as
palavras dos videntes que lhe falaram
no
nome do SENHOR Deus de Israel,
eis
que estão nas crônicas dos reis de Israel.
II Cr 33:19 E a sua oração, e
como Deus se aplacou para com ele,
e todo o seu
pecado, e a sua transgressão, e os lugares onde
edificou
altos, e pôs bosques e imagens de escultura,
antes
que se humilhasse, eis que estão
escritos
nos livros dos videntes.
II Cr 33:20 E dormiu Manassés
com seus pais,
e o sepultaram em
sua casa. Amom, seu filho,
reinou
em seu lugar.
II
Cr 33:21 Tinha Amom vinte e dois anos de idade quando começou a reinar,
e dois anos reinou em Jerusalém.
II Cr 33:22 E fez o que era mau
aos olhos do SENHOR,
como havia feito
Manassés, seu pai; porque Amom
sacrificou
a todas as imagens de escultura
que
Manassés, seu pai tinha feito, e as serviu.
II Cr 33:23 Mas não se humilhou
perante o SENHOR,
como Manassés,
seu pai, se humilhara;
antes
multiplicou Amom os seus delitos.
II Cr 33:24 E conspiraram contra
ele os seus servos,
e o mataram em
sua casa.
II Cr 33:25 Porém o povo da
terra feriu a todos quantos
conspiraram
contra o rei Amom;
e o povo da terra
fez reinar em seu lugar a Josias, seu filho.
Entraremos
a partir do próximo capítulo na história daquele rei de Judá que ficou
conhecido como modelo de rei que realizou uma grande reforma necessária em Judá
por causa dos reinos malignos de Manassés e de Amom que duraram 57 anos.
Depois
do exílio de Israel, tivemos o rei modelo de confiança no Senhor, Ezequias;
depois o modelo negativo de um rei como foi Mansassés e seu filho Amom e agora
um modelo no que concerne a reforma necessária, urgente e inadiável na vida dos
filhos de Israel.
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