Parte III – INTERLÚDIO SOBRE A SOBERANIA DE DEUS – 28:1-28. À despeito de tudo, inclusive das muitas
realizações da humanidade em todos os tempos e estações, somente Deus é sábio e
tem toda a sabedoria e conhecimento.
Em última análise, as pessoas devem
humildemente reverenciar Deus e obedecer a ele. Esse sim seria o princípio e o
fim da sabedoria, que muito bem captou Salomão quando escreveu Provérbios,
Eclesiastes e Cantares de Salomão, muito tempo depois.
Não é de Salomão portanto a máxima que conclui
este capítulo dizendo que o temor a Deus é o princípio da sabedoria e que o
apartar-se do mal é o entendimento.
Nota-se, aqui, neste capítulo, um tipo
diferente de literatura de sabedoria sendo introduzida. Em vez de um diálogo,
surge um poema sapiencial, perguntando e, ao final, respondendo onde a
verdadeira sabedoria pode ser encontrada.
Jó e seus amigos procuraram, em vão,
entender a situação de Jó. Seus autodesignados conselheiros, pois assim se
achavam, apoiaram-se na sabedoria convencional – acusações de que o estado
atual de Jó era decorrente de sua situação de pecado para com Deus - sem entenderem
nem explicarem as particularidades da experiência de Jó.
Jó rejeita as visões deles tendo pouca
coisa a mais para oferecer, exceto afirmações acerca das verdades básicas sobre
Deus e a frustração com suas circunstâncias, mas preservando sempre uma boa
consciência, uma boa fé e um bom relacionamento com Deus na forma de orações a
ele dirigidas.
Esta terceira parte é bem pequena e somente
ocupará o próprio capítulo 28. Dividiremos ela em três partes: A. As
habilidades humanas – 28:1 a 11. B. As limitações humanas – 28:12 a 19. C. As
prerrogativas divinas – 28:20 a 28.
A. As habilidades humanas – 28:1 a 11.
Aqui é a afirmação de que o homem, com sua
inteligência, consegue se apropriar das riquezas da terra para o seu benefício
e propósitos.
O poeta expressa assombro diante da
habilidade humana de desterrar tesouros ao descrever antigas técnicas de
mineração. Ele admite que as conquistas do homem são tremendas e que o
conhecimento pode ser passado de geração a geração.
Um novo homem, o bebê que nasce não é como
os animais que tudo sabem fazer dentro de seu mundo, por causa, principalmente,
do seu instinto, mas tem de aprender com os outros homens as lições mais
importantes, do contrário, perecerá e não saberá como é feita determinada
coisa.
É por isso que se perpetuam as instituições
de ensino e aprendizado em todo o mundo e a ciência, nesse aspecto, é
cumulativa. A experiência e o avanço de um homem no presente século apoiará e
servirá de base para o crescimento e avanço do homem do futuro, mas não
geneticamente, mas sim pelo aprendizado.
Pode até ser que alguma coisa seja
transmitida geneticamente dentro desse aspecto, mas com certeza, deverá passar
pelo processo de ensino e aprendizado para aperfeiçoamento.
B. As limitações humanas – 28:12 a 19.
Por mais impressivas que a exploração e a
descoberta humana possam ser, as pessoas não conseguem nem mesmo começar a
sondar a sabedoria divina.
As mentes humanas mais privilegiadas não
conseguem descobri-la ou explorá-la. Assim como Jó e seus amigos tentaram, tão
diligentemente, mas sem êxito, examinar o sábio entendimento de Deus acerca da
situação de Jó, a sabedoria suprema sempre permanece elusiva e além da
compreensão humana.
C. As prerrogativas divinas – 28:20 a 28.
Embora ninguém saiba como descobrir a
sabedoria, Deus encarna e personifica – Pv 3:19-20. Por meio de sua revelação
em Cristo – Cl 2:3 e por meio de sua palavra – Sl 111:10, Deus concede uma porção
de sabedoria àqueles que o temem, mas nunca a revela de todo – Dt 29:29; Tg
1:5.
Onde está a sabedoria? É a pergunta chave
dessa terceira parte e desse capítulo de Jó.
O que nós temos de sabedoria e de
inteligência nem se comparam com Deus que tem todo conhecimento e ciência.
A verdadeira sabedoria é dom de Deus! O
apóstolo Paulo ainda nos fala de que a verdadeira sabedoria é Cristo Jesus!
I Coríntios 1:19 Porque está escrito: Destruirei a sabedoria
dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes.
I Coríntios 1:20 Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde
está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria
deste mundo?
I Coríntios 1:21 Visto como na sabedoria de Deus o mundo não
conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela
loucura da pregação.
I Coríntios 1:22 Porque os judeus pedem sinal, e os gregos
buscam sabedoria;
I Coríntios 1:23 Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é
escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.
I Coríntios 1:24 Mas para os que são chamados, tanto judeus
como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.
I Coríntios 1:25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que
os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
Jó e seus amigos não sabiam disso, se bem
que Jó era um crente que, mesmo não sabendo disso, parecia mais perto de Cristo
por causa de sua fé, sua consciência e sua vida devocional a Deus.
A sabedoria é um tema que vai se
aperfeiçoando nos livros da Bíblia tendo alcançado a sua máxima no Antigo
Testamento com Salomão, mas somente vem a se aperfeiçoar e ficar completa em
Cristo Jesus e ainda de forma mais clara, com os escritos dos apóstolos, em
especial, Paulo de Tarso.
Quando ele escreve Colossenses, ele nos diz,
nas entrelinhas, que isso é um presente de Deus para nós.
Jó 28:1 Na verdade, há veios de onde se
extrai a prata,
e
lugar onde se refina o ouro.
Jó 28:2 O ferro tira-se da terra,
e
da pedra se funde o cobre.
Jó 28:3 Ele põe fim às trevas,
e
toda a extremidade ele esquadrinha,
a
pedra da escuridão
e
a da sombra da morte.
Jó
28:4 Abre um poço de mina longe dos homens,
em
lugares esquecidos do pé;
ficando
pendentes longe dos homens,
oscilam
de um lado para outro.
Jó
28:5 Da terra procede o pão,
mas
por baixo é revolvida como por fogo.
Jó
28:6 As suas pedras são o lugar da safira,
e
tem pó de ouro.
Jó
28:7 Essa vereda a ave de rapina a ignora,
e
não a viram os olhos da gralha.
Jó
28:8 Nunca a pisaram filhos de animais altivos,
nem
o feroz leão passou por ela.
Jó
28:9 Ele estende a sua mão contra o rochedo,
e
revolve os montes desde as suas raízes.
Jó
28:10 Dos rochedos faz sair rios,
e
o seu olho vê tudo o que há de precioso.
Jó
28:11 Os rios tapa, e nem uma gota sai deles,
e
tira à luz o que estava escondido.
Jó
28:12 Porém onde se achará a sabedoria,
e
onde está o lugar da inteligência?
Jó
28:13 O homem não conhece o seu valor,
e
nem ela se acha na terra dos viventes.
Jó
28:14 O abismo diz:
Não
está em mim;
e
o mar diz:
Ela
não está comigo.
Jó
28:15 Não se dará por ela ouro fino,
nem
se pesará prata em troca dela.
Jó
28:16 Nem se pode comprar por ouro fino de Ofir,
nem
pelo precioso ônix, nem pela safira.
Jó
28:17 Com ela não se pode comparar o ouro nem o cristal;
nem
se trocará por joia de ouro fino.
Jó
28:18 Não se fará menção de coral nem de pérolas;
porque
o valor da sabedoria é melhor que o dos rubis.
Jó
28:19 Não se lhe igualará o topázio da Etiópia,
nem
se pode avaliar por ouro puro.
Jó
28:20 Donde, pois, vem a sabedoria,
e
onde está o lugar da inteligência?
Jó
28:21 Pois está encoberta aos olhos de todo o vivente,
e
oculta às aves do céu.
Jó
28:22 A perdição e a morte dizem:
Ouvimos
com os nossos ouvidos a sua fama.
Jó
28:23 Deus entende o seu caminho,
e
ele sabe o seu lugar.
Jó
28:24 Porque ele vê as extremidades da terra;
e
vê tudo o que há debaixo dos céus.
Jó
28:25 Quando deu peso ao vento,
e
tomou a medida das águas;
Jó
28:26 Quando prescreveu leis para a chuva
e
caminho para o relâmpago dos trovões;
Jó
28:27 Então a viu e relatou;
estabeleceu-a,
e também a esquadrinhou.
Jó
28:28 E disse ao homem:
Eis
que o temor do Senhor é a sabedoria,
e
apartar-se do mal é a inteligência.
Os seres humanos sempre estarão aquém de
compreender toda a extensão da sabedoria de Deus. Contudo, as pessoas podem
aprender sobre a sabedoria à medida que temem a Deus e obedecem aos seus
mandamentos – Dt 4:4,6; Pv 8:4-9; 9:10.
E sempre que isso acontece é por que estamos
cada vez mais pertos de Cristo Jesus. Paulo se angustiava sobre cada crente
dizendo que não sossegava até que cada um de nós fosse formado em Cristo – Gl 4:19.
Somos todos pequenos Cristos sendo transformados em Cristo.
Embora as respostas finais para os caminhos
de Deus com sua criação estejam fora do alcance humano, o Deus que tudo conhece
revela como as pessoas devem viver. A verdadeira sabedoria humana está em
aceitar essa revelação com temor e obediência - Sl 111:10; Pv 9:10; Ec 12;13.
Se está difícil entender, veja o conselho
de Paulo: - nós temos a mente de Cristo! – I Co 2:16. Assim, é somente de Deus
nos aproximarmos e termos paciência que haveremos de entender e glorificar o
Criador!
Parte II - DIÁLOGOS
ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
E. O discurso de
encerramento de Jó – 27:1 – 23.
As primeiras palavras do vs 1 são diferentes das que foram usadas
no início de cada discurso anterior, o que sugere que esse é o comentário
conclusivo de Jó, que estruturalmente corresponde ao seu primeiro lamento – 3:1-26.
Esse discurso que corresponde a parte “E” foi dividido, como na
BEG, em duas partes: 1. Protesto de inocência – 23:1 – 12. 2. O destino dos
perversos – 23:13 – 23.
1. Protesto de
inocência – 23:1 – 12.
Essas palavras
são dirigidas aos conselheiros (ou aos seus três amigos). Com um juramento
fundamentado na existência de Deus, Jó nega as falsas acusações contra ele e,
ao mesmo tempo, declara a sua integridade.
Jó não poderia
fazer isso a menos que realmente acreditasse que Deus era justo, a despeito do
seu sério questionamento nesse sentido – 9:14 a 31; 16:7 a 14; 19: 7 a 12.
No verso 3, temos Jó com uma resolução
interessante que poderia servir de base para AS MINHAS FIRMES RESOLUÇÕES – Como
penso e espero viver para a glória de Deus, contendo em seu corpo as 70
resoluções de Jonathans Edwards[1].
Espero na próxima edição acrescentar esse
versículo e seus comentários. A resolução que tenho parecida com essa em meu
livro é a quarta: “Eu resolvo que jamais
usarei minha língua (palavras faladas, escritas) para difamar qualquer meu
semelhante nessa vida.”
Ele resolveu que doravante, enquanto nele
houvesse alento, ou seja, fôlego de vida, que os seus lábios não iriam de forma
alguma falar iniquidades, nem enganos. Isso também nos lembra o Sl 19:14 “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e
a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, Rocha minha e Redentor
meu!”
As resoluções que tomamos são compromissos
que assumimos diante de Deus por que sentimos a necessidade de sua prática para
o bem de nossas almas. Que cada um tenha bem firme diante de Deus suas próprias
resoluções, compromissos e votos.
Não façam delas, jamais, leis incondicionais;
nem imponham isso aos outros irmãos como se fosse mandado de Deus colocando
peso sobre os ombros já pesados dos servos de Deus, mas que sirva para sua
própria edificação e testemunho da grande graça e misericórdia de Deus na sua
vida.
No verso 5, novamente ele faz outra
resolução ao dizer que até que morra, jamais irá afastar dele a sua integridade
e ai explica que se apegará fortemente à sua justiça e com a sua consciência fará
uma aliança eterna.
Eu também em minha resolução sexta eu digo
que “Eu resolvo que irei confiar em Deus
de todo o meu coração, alma, forças e entendimento.” e nos comentários dessa
resolução, eu explico com maiores detalhes: “Seja, pois, a minha consciência o meu árbitro em meu coração de que
ando diante de Deus e dos homens de forma coerente (EF 6:5) conforme minhas
prédicas;”.
Dos versos 7 ao 10, ele Jó, lança maldições
como as que eram usadas pelos salmistas – Sl 109:6 a 15; Sl 139:19 a 22. Isso era,
conforme nos dia z BEG, um artifício retórico honroso e comum no mundo semita. Essas
maldições cumpriam o objetivo de condenar os perversos com uma forte linguagem
para que se posicionassem, inequivocamente, a favor de Deus contra o mal.
A Palavra de Deus é clara ao afirmar peremptoriamente
que o perverso terá fim na terra!
2. O destino dos perversos – 23:13 – 23.
Jó volta
a sua atenção para a discussão sobre o destino dos perversos, um tema
demasiadamente trabalhado pelos conselheiros.
Os comentários de Jó mostram que ele
compreende o assunto assim como eles entendiam. No entanto, nesse momento, os
conselheiros, e não Jó, são os objetos subtendidos do destino descrito.
Qual será o destino dos perversos?
Não há como falar de salvação sem falar de
perdição.
Se há salvos, com certeza há perdidos.
Para entendermos melhor essa salvação e
essa perdição, eu quero convidar você para uma viagem no tempo.
Viajaremos para o futuro, para uma época,
no tempo, quando tudo estiver concluído, ou seja, para depois do tempo em que
houver o julgamento e a separação dos salvos e dos perdidos.
Há então um grupo de salvos e um outro
grupo de perdidos. Estou certo? Você está me acompanhando e entendendo o que
estou procurando pregar?
Aqui cabe uma pergunta muito pertinente:
Deus foi injusto com os perdidos? E com os salvos, ele cometeu acepção de
pessoas e falhou na justiça?
Com certeza, Deus foi justo tanto para com
os salvos, como para com os perdidos.
Para onde irão os perdidos?
Para o fogo eterno! E o inferno é um lugar
de injustiça de Deus?
O lago de fogo, repito, é o lugar preparado
para o Diabo, seus anjos e todos os seus seguidores.
Mateus 25:41
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Neste momento também é pertinente
refletirmos na parábola do joio e do trigo.
Mateus 13:24
Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que
semeia a boa semente no seu campo;
Mateus 13:25
Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e
retirou-se.
Mateus 13:26
E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.
Mateus 13:27
E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não
semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio?
Mateus 13:28
E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres
pois que vamos arrancá-lo?
Mateus 13:29
Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também
o trigo com ele.
Mateus 13:30
Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos
ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o
trigo, ajuntai-o no meu celeiro.
Vejamos também a interpretação do próprio
Senhor Jesus Cristo:
Mateus 13:36
Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele
os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.
Mateus 13:37
E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente, é o Filho do homem;
Mateus 13:38
O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os
filhos do maligno;
Mateus 13:39
O inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros
são os anjos.
Mateus 13:40
Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste
mundo.
Mateus 13:41
Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que
causa escândalo, e os que cometem iniquidade.
Mateus 13:42
E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Mateus 13:43
Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem
ouvidos para ouvir, ouça.
O que nos ensina esta parábola? Simples,
ela nos ensina que há trigo e que há joio. Ou seja, há salvos e há perdidos!
Jesus nos deixa claro nesta parábola e em
sua própria vida que há joio e que há trigo. Que o trigo será recolhido em seu
celeiro e que o joio será juntado, atado em feixes e lançado no fogo.
Na escolha de seus apóstolos, os seus
discípulos, Jesus passou a noite anterior à escolha em oração. Na escolha
seleta, ele escolheu 12 discípulos, mas um era do maligno. Um deles era joio,
um deles era réu do inferno e seria lançado no fogo que arde eternamente.
João 6:70
Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? e um de vós é um diabo.
João 6:71 E
isto dizia ele de Judas Iscariotes, filho de Simão; porque este o havia de
entregar, sendo um dos doze.
Será que ele não sabia quem era Judas? E
por que o escolheu sabendo que era do maligno e que não haveria conserto para
ele? Por três anos e meio, Jesus permitiu Judas andar com ele e ouvir e ver e
participar de tudo o que eles participavam.
A palavra é clara ao dizer que Judas era
ladrão e roubava do conteúdo da bolsa e do alforje dos discípulos.
João 12:4
Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de
traí-lo, disse:
João 12:5 Por
que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos
pobres?
João 12:6
Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era
ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.
Jesus não sabia disso? Com certeza sabia
sim, mas não o expôs antes confiou em Deus e esperou que Deus agisse.
Na ceia, na última ceia, quem sentou ao
lado direito de Jesus e quem é que meteu com ele a mão no prato para apanhar o
primeiro bocado que era um lugar de honra? Justamente Judas!
Depois disso, sai dali para trair a Jesus porque
o diabo estava nele. Ele volta e beija Jesus como sinal aos soldados da sua
traição. Jesus lhe chama de amigo e lhe pergunta: - Amigo, com um beijo me
trais?
Mateus 26:49
E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi; e beijou-o.
Mateus 26:50
Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles,
lançaram mão de Jesus, e o prenderam.
Jesus, certamente, não estava sendo
hipócrita, nem creio, irônico, mas falava a verdade.
A pergunta que surge é: - mas porquê?
Não era ele ladrão? Não era ele do diabo?
Não era ele joio?
Jesus o amou e o amou até o fim para nos
dar exemplo de como devemos tratar o joio enquanto o joio não é revelado. Na
parábola, tentaram fazer a separação, mas a probabilidade de injustiças seria
grande. Assim, resolveram deixá-los crescerem juntos até o dia da colheita.
Pois bem, o joio andará conosco, falará a
nossa língua, participará conosco da ceia, roubará nossas bolsas e nossos alforjes,
nos venderão para nossos inimigos, nos trairão, nos saudarão com um beijo e,
depois disso tudo, ainda nem saberemos que foi ele quem fez isso tudo!
Terrível! Somente Deus é que, no juízo final, fará a separação do trigo e do
joio.
Há joio e há trigo! Judas ouviu Jesus por
três anos e meio, mas não foi convencido! Se Jesus não o convenceu, quem o
convenceria?
Sabem o que entendo disso? Que a palavra da
pregação tem duas funções paralelas. A primeira é a salvação dos filhos de
Deus, pois neles é gerada a fé pela pregação quando ouvem e creem. A segunda, é
endurecer o coração dos filhos do diabo, aos quais não está destinada a
salvação, para testemunho contra eles.
Então pregamos para salvação e pregamos
para testemunho contra os filhos do diabo, mas não sabemos quem é um, nem quem
é outro. Por isso que temos de pregar sempre, quer seja oportuno, quer, não
seja.
II Timóteo
4:1 Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de
julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,
II Timóteo
4:2 Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas,
repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
Jó 27:1 E
prosseguindo Jó em seu discurso, disse:
Jó
27:2 Vive Deus, que desviou a minha causa,
e o Todo-Poderoso, que amargurou
a minha alma.
Jó
27:3 Que, enquanto em mim houver alento,
e
o sopro de Deus nas minhas narinas,
Jó
27:4 Não falarão os meus lábios iniquidade,
nem
a minha língua pronunciará engano.
Jó
27:5 Longe de mim que eu vos justifique;
até
que eu expire,
nunca
apartarei de mim a minha integridade.
Jó
27:6 À minha justiça me apegarei e não a largarei;
não
me reprovará o meu coração em toda a minha vida.
Jó
27:7 Seja como o ímpio o meu inimigo,
e
como o perverso o que se levantar contra mim.
Jó
27:8 Porque qual será a esperança do hipócrita,
havendo
sido avaro, quando Deus
lhe
arrancar a sua alma?
Jó
27:9 Porventura Deus ouvirá o seu clamor,
sobrevindo-lhe
a tribulação?
Jó
27:10 Deleitar-se-á no Todo-Poderoso,
ou
invocará a Deus em todo o tempo?
Jó
27:11 Ensinar-vos-ei acerca da mão de Deus,
e
não vos encobrirei o que está com o Todo-Poderoso.
Jó
27:12 Eis que todos vós já o vistes;
por
que, pois, vos desvaneceis na vossa vaidade?
Jó 27:13 Esta, pois, é a porção do homem
ímpio da parte de Deus,
e
a herança, que os tiranos receberão do Todo-Poderoso.
Jó
27:14 Se os seus filhos se multiplicarem, será para a espada,
e
a sua prole não se fartará de pão.
Jó
27:15 Os que ficarem dele na morte serão enterrados,
e
as suas viúvas não chorarão.
Jó
27:16 Se amontoar prata como pó,
e
aparelhar roupas como lodo,
Jó
27:17 Ele as aparelhará, porém o justo as vestirá,
e
o inocente repartirá a prata.
Jó
27:18 E edificará a sua casa como a traça,
e
como o guarda que faz a cabana.
Jó
27:19 Rico se deita, e não será recolhido;
abre
os seus olhos, e nada terá.
Jó
27:20 Pavores se apoderam dele como águas;
de
noite o arrebata a tempestade.
Jó
27:21 O vento oriental leva-o, e ele se vai,
e
varre-o com ímpeto do seu lugar.
Jó
27:22 E Deus lançará isto sobre ele, e não lhe poupará;
irá
fugindo da sua mão.
Jó
27:23 Cada um baterá palmas contra ele
e
assobiará tirando-o do seu lugar.
O fim do perverso vem e se apressa! A volta
do Senhor Jesus Cristo é iminente. Haverá um dia na história, como já houve na
sua primeira vinda, em que as manchetes dos jornais, TV, internet será que o
Messias agora retornou!
Parte II - DIÁLOGOS
ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
D. O terceiro e
último ciclo de discursos – 22:1 – 26:14.
A parte “D” foi dividida, como na BEG, em quatro partes: 1. Elifaz
– 22:1 – 30 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 23:1 – 24:25 – já vista.
3. Bildade: a glória de Deus e a insignificância da humanidade – 25:1-6 – já
vista. 4. A resposta de Jó a Bildade – 26:1 – 14 – veremos agora.
4. A resposta de Jó a Bildade – 26:1 – 14.
Chegamos ao fim
dessa terceira série de discursos com a resposta de Jó a Bildade. Como tinha
sido nos dois primeiros conjuntos de discursos, teríamos, antes, a fala de
Zofar e a resposta de Jó a ele, mas nessa terceira série ele não discursou.
Também estamos
perto de encerrarmos a parte II e entrarmos no capítulo 28, na parte III, deste
livro.
Nesse discurso de
resposta de Jó a Bildade que ocupa todo o capítulo 26, veremos Jó,
sarcasticamente, rejeitar os argumentos de Bildade – dos versos 1 ao 4 -, e,
depois, ele afirmar a supremacia de Deus, em todas as coisas, vs 5 ao 14.
a. A rejeição sarcástica de Jó – 26:1 – 4.
Em uma série de perguntas
retóricas, Jó, sarcasticamente, rejeita a avaliação de Bildade acerca da
situação difícil da humanidade. O ponto de vista de Bildade a ninguém traz
qualquer ajuda.
Ele, Bildade, mistura
a verdade com o engano de forma que quem o ouve pode cair em seus ardis astutos
e começar a ter uma ideia errada sobre Deus e seu reino eterno.
Jó critica sua
falta de sensibilidade para com ele – versos 1 e 2 - e isso deveria incomodá-lo
afinal a sua dor era notória a todos, mas ao invés do alívio, do abraço e da
compreensão, apenas pesadas e ardilosas críticas contra ele.
Jó pergunta a ele
com quem ele está buscando ajuda – verso 4 -para proferir tais palavras vazias
e absurdas. Jó sabia que não era a ajuda do Espírito de Deus, logo suspeitava
ele de que algo estava estranho naqueles comportamentos de seus amigos
conselheiros.
b. A afirmação da supremacia divina – 26:5 – 14.
Jó celebra a preeminência
de Deus para se opor à objeção de Bildade – cap. 25. As palavras de Jó fazem
lembrar o que ele havia dito em 9:5-10, de modo que não devem ser atribuídas a
um dos conselheiros. As objeções de Jó não significam uma negação da soberania
divina sobre a criação.
Vemos na resposta
de Jó uma crença diferente de outras nações, culturas e povos, pois ele cria em
Deus como governante até do Sheol – Pv 15:11. Ou seja Deus é único e tanto o
bem quanto o mal está debaixo de seu governo justo e soberano.
A diferença com
as outras culturas e povos está em que cada deus deles representava um domínio
que não poderia ser ultrapassado por outros deuses onde o eterno conflito
existiria sempre entre as forças do bem e das forças do mal.
Veja, por
exemplo, o verso 12 quando Jó fala de Deus fendendo o mar e como com o seu
entendimento abatendo o adversário, a BEG, nos diz que se trata do poder
e do controle ilimitado de Deus sobre o domínio de Yam, o deus cananeu dos
mares.
Continua a BEG a dizer que em hebraico,
Raabe é um monstro cananeu das profundezas, corno o monstro marinho (veja 3.8;
leviatã, em algumas versões) e o crocodilo (veja 41.1). Essa figura poética
enriquece o conceito do grande poder de Deus sobre o mar tempestuoso.
Deus demonstrou o seu poder sobre esses
poderes demoníacos e sobre as esferas da suposta influência desses poderes na
criação (Gn 1.1-2), quando libertou Israel do Egito pelo mar (veja SI 89.9-10;
Is 51.9) e quando Jesus acalmou o mar (Mt 8.23-27). Ele também prometeu fazê-lo
novamente quando recriar a terra sem qualquer mar (Ap 21.1).
Voltando para os versos
de 7 e 8 fica uma pergunta interessante: de onde, naquela época, Jó tirou a
ideia da terra suspensa no nada? E também do vazio do norte? Somente há pouco
tempo é que essas verdades vieram à tona cientificamente, pois até na idade
média supunha-se que a terra era o centro do universo e que ela nem seria
redonda.
Quem tentou
provar o contrário, acabou sendo morto como herege ou divulgador de mensagens
oriundas do inferno. No meu ponto de vista a ciência, como a que busca a
verdade para explicar os fenômenos que nos cercam e o mundo ao nosso redor, é
um braço de Deus e não trunfo de quem quer que seja.
A ciência não é
pessoa, pois nem fala, nem se expressa, é apenas um método científico
desenvolvido pelo homem interessado na explicação dos fenômenos que o cercam. Há
cientistas que usam a ciência que são crentes e há cientistas que usam a ciência,
mas não são crentes.
A concepção
cosmológica de Jó naquela época nos causa espécie. Adaulto Lourenço, cientista,
crente, explica-nos de forma muito interessante a questão da expansão vazia do
Norte que somente foi verificada em meados do século passado onde o
Observatório de Washington descobriu que, dentro dos céus do Norte, há uma
grande expansão vazia na qual não há uma só estrela visível.
Duas questões
cosmológicas interessantes e intrigantes em Jó:
1.A terra sendo suspensa
no nada.
2.A expansão vazia do
Norte. Jó 26:7!
Jó 26:1 Jó, porém, respondeu, dizendo:
Jó
26:2 Como ajudaste aquele que não tinha força,
e
sustentaste o braço que não tinha vigor?
Jó
26:3 Como aconselhaste aquele que não tinha sabedoria,
e
plenamente fizeste saber a causa, assim como era?
Jó
26:4 A quem proferiste palavras,
e
de quem é o espírito que saiu de ti?
Jó
26:5 Os mortos tremem debaixo das águas,
com
os seus moradores.
Jó
26:6 O inferno está nu perante ele,
e
não há coberta para a perdição.
Jó
26:7 O norte estende sobre o vazio;
e
suspende a terra sobre o nada.
Jó
26:8 Prende as águas nas suas nuvens,
todavia
a nuvem não se rasga debaixo delas.
Jó
26:9 Encobre a face do seu trono,
e
sobre ele estende a sua nuvem.
Jó
26:10 Marcou um limite sobre a superfície das águas em redor,
até
aos confins da luz e das trevas.
Jó
26:11 As colunas do céu tremem,
e
se espantam da sua ameaça.
Jó
26:12 Com a sua força fende o mar,
e
com o seu entendimento abate a soberba.
Jó
26:13 Pelo seu Espírito ornou os céus;
a
sua mão formou a serpente enroscadiça.
Jó
26:14 Eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos;
e
quão pouco é o que temos ouvido dele!
Quem,
pois, entenderia o trovão do seu poder?
Jó fala de Deus e do reino de Deus
colocando argumentos em respostas a seus amigos que nos fazem refletir no
conhecimento que ele tinha da graça e da misericórdia de Deus, apesar dele
mesmo.
Ele entende ao final que tem muito a
aprender e a conhecer desse Deus infinito e que nossa estadia aqui nessa vida é
muito curta para nos deixarmos levar pelo mal.
Como ele mesmo encerra, estamos apenas nas
orlas dos seus caminhos, como pois compreenderíamos a sua fala poderosa – trovão
do seu poder?
Parte II - DIÁLOGOS
ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
D. O terceiro e
último ciclo de discursos – 22:1 – 26:14.
A parte “D” foi dividida, como na BEG, em quatro partes: 1. Elifaz
– 22:1 – 30 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 23:1 – 24:25 – já vista.
3. Bildade: a glória de Deus e a insignificância da humanidade – 25:1-6 –
estamos vendo agora. 4. A resposta de Jó a Bildade – 26:1 – 14.
3. Bildade: a glória de Deus e a insignificância da humanidade –
25:1-6.
Essa terceira
série de discursos está chegando ao fim. Veremos agora o último discurso de
Bildade sobre a glória de Deus e a insignificância da humanidade e depois a
resposta curta de Jó.
Bildade diz parte
da verdade ao afirmar que Deus é supremo e soberano, mas seu conceito sobre a
humanidade está distorcido. Ele tem dificuldades de entender e explicar a
misericórdia e a graça divina para com a raça humana.
Por causa dessa
supremacia e de sua soberania, a impressão que temos é que Deus é tão grande, tão
alto e tão sublime que ele não é imanente, mas apenas transcendente.
A criatura, nessa
visão, passa a ser algo desprezível aos seus olhos e de nenhum valor e
significado sendo Deus, portanto, incapaz de com ela interagir ou de se
relacionar.
Bildade exagera
na profundidade da indignidade humana. Esse é o seu modo de lidar com o
problema do mal. Deus não pode ser questionado no que faz por que os seres
humanos são muito desprezíveis. Embora a experiência possa, às vezes levar-nos
a aceitar essa visão da humanidade, não é isso que nos ensina as Escrituras,
diz a BEG.
Mesmo em seu
pecado, a humanidade retém a imagem de Deus, que dá a cada pessoa a dignidade e
valor – Gn 1:26-29.
A visão de
Bildade, prossegue a BEG, opõe-se à visão de Sl 8:4, que admite serem os seres
humanos infinitamente pequenos quando comparados aos corpos celestiais, mas
ainda afirma que Deus, não obstante, coroou de glória e de honra a humanidade –
vs 5 a 9.
Uma vez que os
seres humanos não são vermes aos olhos de Deus, as injustiças no mundo ainda
levantam perguntas insondáveis acerca da justiça de Deus.
Sobre o fato de Deus nos ter feito à sua imagem e à sua semelhança.
No sexto dia, depois da criação dos animais
domésticos, dos selváticos e dos répteis, é que agora Deus vai criar o homem à
sua imagem (celen) e à sua semelhança (demuth). Quando Deus disse que iria
criar o homem à sua imagem e à sua semelhança ele estava já executando seu
plano eterno desde quando nem tempo havia.
A criação do homem por causa da imagem e da
semelhança de Deus é algo especial e único no universo. O homem foi a última
coisa a ser criada por Deus. E nada da criação se compara ao homem. Pois a
ninguém disse o que disse Deus ao homem quando o criou, nem em criatura alguma
criada ele soprou em suas narinas para que se tornasse alma vivente.
O homem não foi criado por causa do mundo,
mas o mundo foi criado por causa da família!
Calvino fala sobre a imagem e a semelhança
como termos sinônimos que não representam características físicas do Criador
porque Deus é espírito e não tem aparência física, nem características suas de
domínio, mas representam:
·Retidão e verdadeira santidade
·Imortalidade
·Inteligência, razão e afeição.
A Bíblia de Estudo de Genebra fala que a
imagem e a semelhança representa aspectos pessoais, criativos, racionais e
morais pertencentes a Deus e comunicados aos homens na sua criação.
Deus tem atributos que não são comunicáveis
como a onipotência, onisciência, onipresença, mas compartilha com o homem de
sua imagem e semelhança quanto aos seus atributos comunicáveis como a verdade,
a justiça, o amor, a bondade.
Mesmo o homem caído por causa do pecado do
primeiro Adão guarda a imagem e a semelhança de Deus por causa dos seus
atributos comunicáveis. Certamente que maculada ou deturpada, mas ele a carrega.
Cada ser humano que anda por ai, mesmo os
ímpios foram criados por Deus e portanto levam de alguma forma a imagem e a
semelhança de Deus neles.
Destruí-los é afrontar a Deus porque ali
está a sua imagem e a sua semelhança. Vejamos um pequeno trecho de João Calvino,
segmentado, falando disso e reforçando em nós o conceito do perdão que Jesus
nos ensinou:
“Seja quem for que se apresente a nós
como necessitado do nosso auxílio,
não há o que
justifique que nos neguemos a servi-lo.
Se dissermos que é um estranho,
o Senhor
imprimiu nele uma marca
que deveríamos reconhecer
facilmente.
Se alegarmos que é desprezível e de
nenhum valor,
o Senhor nos
contestará,
relembrando-nos
que o honrou criando-o à Sua imagem.
Se dissermos que não há nada que nos
ligue a ele,
o Senhor nos
dirá que se coloca no lugar dele
para
que reconheçamos nele os benefícios
que Ele nos tem feito.
Se dissermos que ele não é digno de que
demos sequer um passo para ajudá-lo,
a imagem de
Deus,
que
devemos contemplar nele,
é
digna de que por ela nos arrisquemos,
com
tudo o que temos.
Mesmo que tal
homem,
além
de não merecer nada de nós
também
nos fez muitas injúrias ultrajantes,
ainda assim
isso
não é causa suficiente para que deixemos de
amá-lo,
agradá-lo e servi-lo.
Porque, se
dissermos que ele não merece nada disso de nós,
Deus
nos poderá perguntar que é que merecemos dele.
E quando Ele
nos ordena
que
perdoemos aos homens as ofensas
que nos fizeram ou fizerem,
é
como se o fizéssemos a Ele.
(Mt 6.14,15; 18.35; Lc 17.3)”. (João Calvino).
Jó 25:1 Então respondeu Bildade, o
suíta, e disse:
Jó
25:2 Com ele estão domínio e temor;
ele
faz paz nas suas alturas.
Jó
25:3 Porventura têm número as suas tropas?
E
sobre quem não se levanta a sua luz?
Jó
25:4 Como, pois, seria justo o homem para com Deus,
e
como seria puro aquele que nasce de mulher?
Jó
25:5 Eis que até a lua não resplandece,
e
as estrelas não são puras aos seus olhos.
Jó
25:6 E quanto menos o homem, que é um verme,
e
o filho do homem, que é um vermezinho!
Tendo o homem sido criado de forma tão
especial, ele se tornou a coroa da criação e é por isso que Satanás o inveja
querendo destruí-lo e fazê-lo cair como tentou com o primeiro casal.
A ideia presente no universo cientifico
daqueles que não creem em Deus é mostrar que o homem é tão insignificante como
a sua moradia. A terra já não é mais o centro do universo como se pensava
antigamente e essa verdade foi um triunfo da ciência que ao meu ver jamais
contradisse a Bíblia ou a ideia de Deus.
Bildade desconhecia essas verdades bíblicas
de que homem, criado à imagem e à semelhança de Deus, conforme explicado acima,
é a coroa da criação e que todo o universo foi criado por causa dele.
Nossa insignificância astronômica - física e
temporal - não nos torna menor em importância em todo o universo criado por Deus.
Mesmo sendo o homem a coroa da criação,
tudo foi criado por meio dele, para ele e por ele – Rm 11:36 -, Jesus Cristo, a
quem pertence toda a glória, louvor e honra, pois afinal, nele vivemos, e nos
movemos, e existimos, como alguns dos nossos poetas têm dito: Porque dele
também somos geração – At 17:28.
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