segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
segunda-feira, fevereiro 04, 2013
Jamais Desista
Salmo 18: 1-50 - DAVI CANTA AO SENHOR A SUA VITÓRIA SOBRE OS SEUS INIMIGOS
Davi
neste salmo começa com uma declaração de amor ao seu Deus que por ele tudo
executa. Deus é a sua fortaleza, por isso ele está alegre e celebrando a Deus com
todas as suas forças.
Ele
faz oito enumerações do SENHOR como:
2. Cidadela.
3. Libertador.
4. Deus.
5. Rochedo.
6. Escudo.
7. Força.
8. Baluarte.
É
a este Deus que ele tem invocado e Deus tem sido fiel por que não negligenciou
sua oração.
Ele
estava cercado, encurralado e seus inimigos impiedosos estavam prontos para o
devorar. Às vezes, passamos por momentos assim em que nada nem ninguém está
perto para nos socorrer e até o chão sob os nossos pés começam a afundar e em
pouco tempo estamos submersos e sendo tragado pela própria terra faminta e
ávida por mais uma vida.
Faltam-nos
força, escape, alívio e a nossa sentença vem voando sobre as nossas cabeças.
Davi sabia que seu Deus o ajudaria por isso o invoca e obtém dele a sua
salvação.
Encontramos
na introdução ao comentário de Calvino sobre o salmo 18:
Todos sabemos que foi através das dificuldades e
obstáculos quase insuperáveis que David veio ao reino. Até o tempo da morte de
Saul, ele era um fugitivo, e, por assim dizer, um fora da lei, e passava a vida
com medo, em meio a muitas ameaças e perigos da morte.
Depois que Deus, com sua própria mão, o colocou no
trono real, ele foi imediatamente assediado com os tumultos e insurreições de
seus próprios assuntos, e a facção hostil sendo superior a ele no poder, ele
estava muitas vezes no ponto de ser completamente derrubado. Os inimigos
estrangeiros, por outro lado, o tentaram severamente até a sua velhice.
Estas calamidades, ele nunca teria superado se ele não
tivesse sido auxiliado pelo poder de Deus. Tendo obtido muitas vitórias e
sinais, ele não age como alguns homens irreligiosos estão acostumados a fazer
ao cantarem uma canção de triunfo em homenagem a si mesmo, pelo contrário, ele
exalta e magnifica a Deus o autor dessas vitórias com um conjunto de epítetos
marcantes e apropriados em um estilo de superação, grandeza e sublimidade.
Este salmo, portanto, é o primeiro desses salmos em
que Davi comemora, em sublimes tensões, a maravilhosa graça que Deus mostrou em
relação a ele, tanto para colocá-lo na posse do reino quanto depois para
mantê-lo nele. Ele também mostra que seu reinado era uma imagem e tipo do reino
de Cristo pronto para ensinar e assegurar aos fiéis que Cristo, apesar do mundo
inteiro e de toda a resistência que podem fazer, será, pelo estupendo e
incompreensível Poder do Pai, feito sempre vitorioso.
Ao chefe do músico de Davi, servo do Senhor, que
cantou a Jeová as palavras desta canção no dia em que o Senhor o livrou da mão
de todos os seus inimigos e das mãos de Saul.
ó
SENHOR,
força minha.
Sl 18:2 O
SENHOR
é
a minha rocha,
a
minha cidadela,
o
meu libertador;
o
meu Deus,
o
meu rochedo em que me refugio;
o
meu escudo,
a
força da minha salvação,
o
meu baluarte.
Sl 18:3
Invoco o SENHOR,
digno
de ser louvado,
e serei salvo dos meus inimigos.
Sl
18:4 Laços de morte me cercaram,
torrentes
de impiedade me impuseram terror.
Sl
18:5 Cadeias infernais me cingiram,
e
tramas de morte me surpreenderam.
Sl 18:6 Na minha angústia,
invoquei o SENHOR,
gritei por socorro ao meu Deus.
Ele
do seu templo
ouviu a minha voz,
e o meu clamor
lhe penetrou os ouvidos.
Sl 18:7 Então,
a terra se abalou e tremeu,
vacilaram também os fundamentos dos montes
e se estremeceram,
porque ele se indignou.
Sl 18:8 Das suas narinas
subiu fumaça,
e fogo devorador,
da
sua boca;
dele
saíram
brasas ardentes.
Sl
18:9 Baixou ele
os céus,
e desceu,
e teve sob os pés densa escuridão.
Sl
18:10 Cavalgava um querubim
e
voou;
sim, levado velozmente nas asas do vento.
Sl
18:11 Das trevas
fez um manto em que se ocultou;
escuridade de águas
e espessas nuvens dos céus
eram o seu pavilhão.
Sl 18:12 Do resplendor que diante dele
havia,
as densas nuvens se desfizeram
em granizo e brasas chamejantes.
Sl
18:13 Trovejou, então, o SENHOR, nos céus;
o
Altíssimo levantou a voz,
e houve granizo e brasas de fogo.
Sl
18:14 Despediu as suas setas
e
espalhou os meus inimigos,
multiplicou os seus raios
e os desbaratou.
Sl
18:15 Então, se viu
o leito das águas,
e
se descobriram
os fundamentos do mundo,
pela
tua repreensão,
SENHOR,
pelo
iroso resfolgar das tuas narinas.
Sl
18:16 Do alto
me estendeu ele a mão
e me tomou;
tirou-me
das muitas águas.
Sl
18:17 Livrou-me
de forte inimigo
e dos que me aborreciam,
pois eram mais poderosos do que eu.
Sl
18:18 Assaltaram-me no dia da minha calamidade,
mas o SENHOR me serviu de amparo.
Sl 18:19 Trouxe-me para um lugar espaçoso;
livrou-me,
porque ele se agradou de mim.
Sl 18:20 Retribuiu-me o SENHOR,
segundo a minha justiça,
recompensou-me
conforme a pureza das minhas mãos.
Sl
18:21 Pois tenho guardado
os caminhos do SENHOR
e não me apartei perversamente do meu
Deus.
Sl
18:22 Porque todos os seus juízos
me estão presentes,
e
não afastei de mim
os seus preceitos.
Sl
18:23 Também fui íntegro para com ele
e me guardei da iniquidade.
Sl
18:24 Daí retribuir-me o SENHOR,
segundo a minha justiça,
conforme a pureza das minhas mãos,
na sua presença.
Sl 18:25
Para com o benigno,
benigno
te mostras;
com o
íntegro,
também
íntegro.
Sl 18:26
Com o puro,
puro
te mostras;
com o
perverso,
inflexível.
Sl 18:27
Porque
tu
salvas o povo humilde,
mas os olhos altivos,
tu os abates.
Sl 18:28
Porque
fazes
resplandecer a minha lâmpada;
o SENHOR,
meu Deus,
derrama luz
nas minhas trevas.
Sl
18:29 Pois contigo
desbarato exércitos,
com
o meu Deus
salto muralhas.
Sl 18:30
O caminho de Deus é perfeito;
a palavra
do SENHOR é provada;
ele é
escudo para todos os que nele se refugiam.
Sl
18:31 Pois quem é Deus,
senão o SENHOR?
E
quem é rochedo,
senão o nosso Deus?
Sl
18:32 O Deus que me revestiu de força
e aperfeiçoou o meu caminho,
Sl
18:33 ele deu a meus pés
a ligeireza das corças
e me firmou nas minhas alturas.
Sl
18:34 Ele adestrou
as minhas mãos para o combate,
de sorte que os meus braços vergaram um
arco de bronze.
Sl
18:35 Também me deste
o escudo da tua salvação,
a
tua direita
me susteve,
e
a tua clemência
me engrandeceu.
Sl
18:36 Alargaste
sob meus passos o caminho,
e os meus pés
não vacilaram.
Sl
18:37 Persegui os meus inimigos,
e os alcancei,
e só voltei
depois de haver dado cabo deles.
Sl
18:38 Esmaguei-os a tal ponto,
que não puderam levantar-se;
caíram sob meus pés.
Sl
18:39 Pois de força me cingiste
para o combate
e
me submeteste
os que se levantaram contra mim.
Sl
18:40 Também puseste em fuga os meus inimigos,
e
os que me odiaram,
eu os exterminei.
Sl
18:41 Gritaram por socorro,
mas ninguém lhes acudiu;
clamaram
ao SENHOR,
mas ele não respondeu.
Sl
18:42 Então,
os reduzi a pó ao léu do vento,
lancei-os fora como a lama das ruas.
Sl
18:43 Das contendas do povo
me livraste
e me fizeste cabeça das nações;
povo
que não conheci
me serviu.
Sl
18:44 Bastou-lhe ouvir-me a voz,
logo me obedeceu;
os estrangeiros
se me mostram submissos.
Sl
18:45 Sumiram-se
os estrangeiros
e das suas fortificações
saíram, espavoridos.
Sl 18:46
Vive o SENHOR,
e
bendita seja a minha rocha!
Exaltado
seja
o Deus da minha salvação,
Sl 18:47
o Deus
que
por mim
tomou vingança
e me submeteu povos;
Sl 18:48
o Deus
que
me livrou dos meus inimigos;
sim,
tu que me exaltaste
acima dos meus adversários
e me livraste do homem violento.
Sl 18:49
Glorificar-te-ei,
pois,
entre os gentios,
ó SENHOR,
e
cantarei
louvores
ao teu nome.
Sl 18:50
É ele
quem
dá grandes vitórias ao seu rei
e
usa de benignidade
para com o seu ungido,
com Davi
e sua posteridade,
para sempre.
Aqui aprendemos que Deus se mostra inflexível para quem tem a
opção de agir perversamente. Estamos acostumados a somente entender Deus como
amor e sendo bom e esquecemos que também ele é justo e, portanto, se ira com a
injustiça.
Davi reconheceu Deus na sua vida e na condução de todos os fatos
relacionados à sua ascensão ao trono. Ele sabia que haveria de chegar no topo,
onde Deus o quis colocar para a sua glória. Davi teve a paciência de esperar no
Senhor e embora tenha caído em pecados graves, foi humilde e reconheceu seu
erro.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
domingo, fevereiro 03, 2013
Jamais Desista
Uma Nação Feliz!
Aos amados irmãos da Primeirona, eis a versão escrita de meu sermão ministrado hoje no culto de Santa Ceia, das 17h.
domingo, fevereiro 03, 2013
Jamais Desista
Salmo 17: 1-15 - DAVI NOS ENSINA A CLAMAR A DEUS
Davi
novamente está invocando a Deus e pedindo sua proteção, ajuda, livramento. Eu
sempre me impressiono com a forma de Davi orar e quero aprender. Ele ora como
quem conhece a seu Deus e sabe que ele está ouvindo e já já responderá suas
súplicas.
Ele
sabe que não obterá de Deus a perversão do direito e da justiça, mas reconhece
que nesta vida as pessoas que rejeitam a Deus são perversas, sem escrúpulos e
prontas para torcerem o direito a seu favor. Davi não quer isso, apenas clama
sabendo que Deus irá socorrê-lo, dentro da sua justiça.
Vamos
ver o comentário de Calvino sobre o início deste salmo:
Este salmo
contém uma triste reclamação contra o orgulho cruel dos inimigos de Davi. Ele
protesta que ele não mereceu ser perseguido com tanta desumanidade, na medida
em que ele não lhes deu nenhuma causa para exercer sua crueldade contra ele. Ao
mesmo tempo, ele pede a Deus, como seu protetor, que lhe mostre seu poder para
sua libertação. A inscrição do salmo não se refere a nenhum momento em
particular, mas é provável que David aqui reclame de Saul e seus associados.
Uma oração de
David..
O
que fez Davi para ser tão perseguido assim? Nada! Era por causa do Espírito de
Deus que estava nele e que todos já sabiam disso.
SENHOR,
a causa justa,
atende
ao
meu clamor,
dá
ouvidos
à
minha oração,
que procede de lábios não fraudulentos.
Sl 17:2
Baixe de tua presença
o
julgamento a meu respeito;
os teus olhos veem com equidade.
Sl 17:3
Sondas-me
o
coração,
de noite
me
visitas,
provas-me
no
fogo
e
iniquidade nenhuma encontras em mim;
a minha boca não transgride.
Sl 17:4
Quanto às ações dos homens,
pela
palavra dos teus lábios,
eu me tenho guardado dos caminhos do
violento.
Sl 17:5 Os meus passos
se afizeram às tuas veredas,
os
meus pés
não resvalaram.
Sl 17:6
Eu te invoco,
ó
Deus,
pois tu me respondes;
inclina-me
os
ouvidos
e
acode às minhas palavras.
Sl 17:7
Mostra
as
maravilhas da tua bondade,
ó Salvador dos que à tua destra
buscam refúgio
dos que se levantam contra eles.
Sl 17:8
Guarda-me
como
a menina dos olhos,
esconde-me
à
sombra das tuas asas,
Sl 17:9 dos perversos que me oprimem,
inimigos que me assediam de morte.
Sl 17:10 Insensíveis,
cerram o coração,
falam com lábios insolentes;
Sl
17:11 andam agora
cercando os nossos passos
e fixam em nós os olhos
para nos deitar por terra.
Sl 17:12 Parecem-se
com o leão,
ávido por sua presa,
ou
o leãozinho,
que espreita de emboscada.
Sl 17:13
Levanta-te,
SENHOR,
defronta-os,
arrasa-os;
livra do ímpio
a minha alma
com a tua espada,
Sl 17:14 com a tua mão,
SENHOR,
dos homens mundanos,
cujo quinhão é desta vida
e cujo ventre
tu enches dos teus tesouros;
os quais se fartam de filhos
e o que lhes sobra
deixam aos seus pequeninos.
Sl 17:15
Eu, porém,
na
justiça
contemplarei a tua face;
quando
acordar,
eu me satisfarei
com a tua semelhança.
Quem vê a justiça, vê Deus; quem vê Deus, vê a justiça! Se
pudéssemos personificar a Justiça e fazê-la materializar-se diante de nós,
teríamos de nos curvar diante dela em adoração por que ela seria Deus. Deus é
justo, isto é, Deus é mais do que justo, ele é a justiça! Davi sabia disso...
sábado, 2 de fevereiro de 2013
sábado, fevereiro 02, 2013
Jamais Desista
Salmo 16: 1-11 - OS NOTÁVEIS QUE ESTÃO NA TERRA
Quando
lemos e meditamos em Salmos, a ideia do Messias, de Cristo, do Ungido do Senhor
parece dominar a nossa mente. Ele mesmo Jesus e o Espírito Santo aplicou muitas
das coisas que aconteceram com Davi e com outros salmistas à vida do Messias.
O
salmo começa com um pedido por proteção e guarda, e um motivo porque deveria
Deus guardá-lo, por que ele Nele busca refugio. Onde é que temos nos refugiado?
Se for no Senhor, poderemos orar para ele nos guardar e ele nos guardará.
Jesus, o Messias, era o máximo exemplo de alguém que se refugiava plenamente em
Deus e por isso era guardado em sua jornada.
Ele
chamou os santos que há na terra de notáveis! Ele me chamou de notável por que
quem são os santos se não aqueles que ele tem separado para sua glória e prazer
pelos quais morreu e depois ressuscitou?
Vejamos
a introdução do comentário de Calvino sobre este salmo também de Davi:
No começo, David recomenda-se à proteção de Deus. Ele
então medita sobre os benefícios que recebeu de Deus e, assim, se prepara para
a ação de graças. Por seu serviço, é verdade, ele não pode, em nenhum caso, ser
lucrativo para Deus, mas ele, no entanto, se rende e dedica-se inteiramente a
ele, protestando que ele não terá nada a ver com as superstições. Ele também
declara o motivo disso, que a felicidade plena e substancial consiste em
descansar somente em Deus, que nunca fez sofrer de forma vingativa seu próprio
povo para dele querer qualquer coisa boa.
Mictam de David.
Quanto ao significado da palavra mictam, os
expositores judeus não são de uma só mente. Alguns derivam de ktm, catham, como
se fosse uma crista dourada ou jóia. Outros pensam que é o início de uma
música, que na época era muito comum. Para os outros parece ser um pouco de
melodia, e essa opinião estou inclinada a adotar.
Não
há Deus como nosso Deus que nos deixou a Bíblia e, especialmente Salmos – o seu
coração – para nele, nossa alma encontrar descanso, abrigo, proteção e
alimento.
ó
Deus,
porque em ti me refugio.
Sl 16:2
Digo ao SENHOR:
Tu
és o meu Senhor;
outro
bem não possuo,
senão a ti somente.
Sl 16:3
Quanto aos santos que há na terra,
são
eles os notáveis
nos quais tenho todo o meu prazer.
Sl 16:4
Muitas serão as penas
dos
que trocam o SENHOR por outros deuses;
não oferecerei as suas libações de sangue,
e os meus lábios não pronunciarão o seu
nome.
Sl 16:5 O
SENHOR
é
a porção da minha herança
e
o meu cálice;
tu és
o arrimo da minha sorte.
Sl 16:6
Caem-me as divisas
em
lugares amenos,
é mui linda a minha herança.
Sl 16:7
Bendigo o SENHOR,
que
me aconselha;
pois até durante a noite
o meu coração me ensina.
Sl 16:8 O
SENHOR,
tenho-o
sempre à minha presença;
estando
ele à minha direita,
não serei abalado.
Sl 16:9
Alegra-se,
pois,
o meu coração,
e o meu
espírito
exulta;
até o meu corpo repousará seguro.
Sl 16:10 Pois não deixarás a minha alma na
morte,
nem permitirás que o teu Santo veja
corrupção.
Sl 16:11
Tu me farás ver
os
caminhos da vida;
na
tua presença
há plenitude
de alegria,
na
tua destra,
delícias perpetuamente.
Onde é que estão as delícias perpétuas e a
plenitude da alegria? Não é isso que o homem busca e sempre buscou, mesmo
usando meios ilícitos? Pois bem, Deus colocou tudo isso e muito mais em Jesus
Cristo: ele é o caminho da vida, conforme Sl 16:11. Fico triste de ver que nós,
apesar de Cristo, continuamos a buscar aquilo que nos aprisiona e não pode nos
libertar, jamais: o pecado!sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
sexta-feira, fevereiro 01, 2013
Jamais Desista
Salmo 15: 1-5 - QUEM, SENHOR, HABITARÁ NO TEU TABERNÁCULO?
Mais um salmo de Davi e aqui ele fala dos habitantes,
daqueles que irão morar no tabernáculo e no santo monte do Senhor. Obviamente que
isso requer a presença de Deus onde habita o bem, a justiça e o amor.
Quem pratica a justiça é justo, assim como ele é o único
justo. Quem anda no temor do Senhor fará isso tudo e muito mais. Não que em nós
há a capacidade de cumprirmos a justiça que Deus requer, mas por causa de
Cristo Jesus, o justo, somos justificados e preparados para toda boa obra.
Vejam o que nos diz as primeiras linhas do Comentário
de Calvino sobre este lindo salmo de Davi:
Este salmo ensina-nos sobre em que condição Deus
escolheu os judeus para ser seu povo, e colocou seu santuário no meio deles.
Esta condição era que eles deveriam se mostrar serem pessoas peculiares e
sagradas, conduzindo uma vida justa e correta.
Uma canção de David..
A pergunta de Davi é respondida a seguir por ele mesmo
e ele passa a citar práticas que são deveres gerais de todos os homens que
vivem junto com outros homens aos quais devemos respeitar por causa de nosso
temor a Deus.
SENHOR,
habitará
no teu tabernáculo?
Quem
há de morar no teu
santo monte?
Sl
15:2 O que vive com integridade,
e
pratica a justiça,
e, de
coração, fala a verdade;
Sl
15:3 o que não difama com sua língua,
não
faz mal ao próximo,
nem
lança injúria contra o seu vizinho;
Sl
15:4 o que, a seus olhos,
tem
por desprezível ao réprobo,
mas
honra aos que temem ao SENHOR;
o que
jura com dano próprio
e não
se retrata;
Sl 15:5 o que não
empresta o seu dinheiro
com
usura,
nem aceita suborno
contra
o inocente.
Quem deste modo procede
não será jamais
abalado.
Davi não está
falando neste salmo 15 de ermitões, mas daqueles que vivem em sociedade e que
juntos precisam conviver. O segredo da convivência está na tolerância, na paciência
e no amor. Não somos todos iguais, nem podemos exigir de cada um que seja igual
a nós mesmos, mas cada um de nós deve ser à imagem e à semelhança de Deus.
Se formos, poderemos
conviver; se não, imperará o egoísmo, o orgulho, a vaidade que são
exclusivistas: Provérbios
18:1 O solitário busca o seu
próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
quinta-feira, janeiro 31, 2013
Jamais Desista
Salmo 14: 1-7 - DIZ O INSENSATO QUE NÃO HÁ DEUS
A
Bíblia é um livro, ou um conjunto de 66 livros, escrito por mais de 40 autores
diferentes, em épocas diferentes, em regiões geográficas diferentes. Pois bem,
em nenhum lugar encontraremos quaisquer questionamentoa sobre a existência de
Deus. Sabem por que nada encontraremos? Pela simples razão de que a Bíblia
parte do pressuposto básico de que Deus existe!
Deus
existe! Mas o insensato diz que Deus não existe. Ora, quem chama os que afirmam
que Deus não existe de insensatos é a própria Bíblia. Se a Bíblia afirma isso,
então ela tem razão, pois ela é a Palavra de Deus.
Vejam
o que nos diz as primeiras linhas do Comentário de Calvino sobre este lindo
salmo de Davi:
No início, o salmista descreve o incompreenssível
desprezo de Deus por causa do povo que estava afligido. Para dar maior peso a
sua queixa, ele representa o próprio Deus enquanto o projeta. Depois, ele
consome a si mesmo e aos outros com a esperança de um remédio, que ele assegura
que Deus irá providenciar em breve, embora, entretanto, ele gema e sinta uma
profunda angústia diante da desordem que ele vê.
Ao músico-chefe de David.
No Blog “O TEMPORA! O
MORES!”, há uma postagem interessante intitulada “Coisas Que Até Um Ateu Pode
Ver”, postada em 30 de janeiro de 2013, quarta-feira, às 11h08 AM, por Augustus
Nicodemus Lopes. Recomendamos a leitura e reflexão:
Coisas que até um ateu pode ver[1]
Um número
razoável de cientistas e filósofos ateus ou agnósticos vem em anos recentes
engrossando as fileiras daqueles que expressam dúvidas sérias sobre a
capacidade da teoria da evolução darwinista para explicar a origem da vida e
sua complexidade por meio da seleção natural e da natureza randômica ou
aleatória das mutações genéticas necessárias para tal.
Poderíamos
citar Anthony Flew, o mais notável intelectual ateísta da Europa e Estados
Unidos que no início do século XXI anunciou sua desconversão do ateísmo
darwinista e adesão ao teísmo, por causa das evidências de propósito
inteligente na natureza. Mais recentemente o biólogo molecular James Shapiro,
da Universidade de Chicago, ele mesmo também ateu, publicou o livro Evolution:
A View from 21st Century onde desconstrói impiedosamente a evolução darwinista.
Thomas
Nagel
E agora é
a vez de Thomas Nagel, professor de filosofia e direito da Universidade de Nova
York, membro da Academia Americana de Artes e Ciências, ganhador de vários
prêmios com seus livros sobre filosofia, e um ateu declarado. Ele acaba de
publicar o livro Mind & Cosmos (“Mente e Cosmos”) com o provocante
subtítulo Why the materialist neo-darwinian conception of nature is almost
certainly false (“Por que a concepção neo-darwinista materialista da natureza é
quase que certamente falsa”), onde aponta as fragilidades do materialismo
naturalista que serve de fundamento para as pretensões neo-darwinistas de
construir uma teoria do todo (Não pretendo fazer uma resenha do livro. Para
quem lê inglês, indico a excelente resenha feita por William Dembski e o comentário
breve de Alvin Plantinga).
Estou
mencionando estes intelectuais e cientistas ateus por que quando intelectuais e
cientistas cristãos declaram sua desconfiança quanto à evolução darwinista são
descartados por serem "religiosos". Então, tá. Mas, e quando os
próprios ateus engrossam o coro dos dissidentes?
Neste
post eu gostaria apenas de destacar algumas declarações de Nagel no livro que
revelam a consciência clara que ele tem de que uma concepção puramente
materialista da vida e de seu desenvolvimento, como a evolução darwinista, é
incapaz de explicar a realidade como um todo. Embora ele mesmo rejeite no livro
a possibilidade de que a realidade exista pelo poder criador de Deus, ele é
capaz de enxergar que a vida é mais do que reações químicas baseadas nas leis
físicas e descritas pela matemática. A solução que ele oferece – que a mente
sempre existiu ao lado da matéria – não tem qualquer comprovação, como ele
mesmo admite, mas certamente está mais perto da concepção teísta do que do ateísmo
materialista do darwinismo.
Ele deixa
claro que sua crítica procede de sua própria análise científica e que mesmo
assim não será bem vinda nos círculos acadêmicos:
“O meu
ceticismo [quanto ao evolucionismo darwinista] não é baseado numa crença
religiosa ou numa alternativa definitiva. É somente a crença de que a evidência
científica disponível, apesar do consenso da opinião científica, não exige
racionalmente de nós que sujeitemos este ceticismo [a este consenso] neste
assunto” (p. 7).
“Eu tenho
consciência de que dúvidas desta natureza vão parecer um ultraje a muita gente,
mas isto é porque quase todo mundo em nossa cultura secular tem sido intimidado
a considerar o programa de pesquisa reducionista [do darwinismo] como
sacrossanto, sob o argumento de que qualquer outra coisa não pode ser considerada
como ciência” (p.7).
Ele
profetiza o fim do naturalismo materialista, o fundamento do evolucionismo
darwinista:
“Mesmo
que o domínio [no campo da ciência] do naturalismo materialista está se
aproximando do fim, precisamos ter alguma noção do que pode substitui-lo” (p.
15).
Para ele,
quanto mais descobrimos acerca da complexidade da vida, menos plausível se
torna a explicação naturalista materialista do darwinismo para sua origem e
desenvolvimento:
“Durante
muito tempo eu tenho achado difícil de acreditar na explicação materialista de
como nós e os demais organismos viemos a existir, inclusive a versão padrão de
como o processo evolutivo funciona. Quanto mais detalhes aprendemos acerca da base
química da vida e como é intrincado o código genético, mais e mais
inacreditável se torna a explicação histórica padrão [do darwinismo]” (p. 5).
“É
altamente implausível, de cara, que a vida como a conhecemos seja o resultado
da sequência de acidentes físicos junto com o mecanismo da seleção natural” (p.
6).
Não teria
havido o tempo necessário para que a vida surgisse e se desenvolvesse debaixo
da seleção natural e mutações aleatórias:
“Com
relação à evolução, o processo de seleção natural não pode explicar a realidade
sem um suprimento adequado de mutações viáveis, e eu acredito que ainda é uma
questão aberta se isto poderia ter acontecido no tempo geológico como mero
resultado de acidentes químicos, sem a operação de outros fatores determinando
e restringindo as formas das variações genéticas” (p. 9).
Nagel
surpreendentemente defende os proponentes mais conhecidos do design
inteligente:
“Apesar
de que escritores como Michael Behe e Stephen Meyer[1] sejam motivados
parcialmente por suas convicções religiosas, os argumentos empíricos que eles
oferecem contra a possibilidade da vida e sua história evolutiva serem
explicados plenamente somente com base na física e na química são de grande
interesse em si mesmos... Os problemas que estes iconoclastas levantam contra o
consenso cientifico ortodoxo deveriam ser levados a sério. Eles não merecem a
zombaria que têm recebido. É claramente injusta” (p.11).
Num
parágrafo quase confessional, Nagel reconhece que lhe falta o sentimento do
divino que ele percebe em muitos outros:
“Confesso
um pressuposto meu que não tem fundamento, que não considero possível a
alternativa do design inteligente como uma opção real – me falta aquele sensus
divinitatis [senso do divino] que capacita – na verdade, impele – tantas pessoas
a ver no mundo a expressão do propósito divina da mesma maneira que percebem
num rosto sorridente a expressão do sentimento humano” (p.12).
Para
Nagel, o evolucionismo darwinista, com sua visão materialista e naturalista da
realidade, não consegue explicar o que transcende o mundo material, como a
mente e tudo que a acompanha:
“Nós e
outras criaturas com vida mental somos organismos, e nossa capacidade mental
depende aparentemente de nossa constituição física. Portanto, aquilo que
explicar a existência de organismos como nós deve explicar também a existência
da mente. Mas, se o mental não é em si mesmo somente físico, não pode, então,
ser plenamente explicado pela ciência física. E então, como vou argumentar mais
adiante, é difícil evitar a conclusão que aqueles aspectos de nossa
constituição física que trazem o mental consigo também não podem ser explicados
pela ciência física. Se a biologia evolutiva é uma teoria física – como
geralmente é considerada – então não pode explicar o aparecimento da consciência
e de outros fenômenos que não podem ser reduzidos ao aspecto físico meramente”
(p. 15).
“Uma
alternativa genuína ao programa reducionista [do darwinismo] irá requerer uma
explicação de como a mente e tudo o que a acompanha é inerente ao universo”
(p.15).
“Os
elementos fundamentais e as leis da física e da química têm sido assumidos para
se explicar o comportamento do mundo inanimado. Algo mais é necessário para
explicar como podem existir criaturas conscientes e pensantes, cujos corpos e
cérebros são feitos destes elementos” (p.20).
Menciono
por último a perspicaz observação de Nagel, que se a mente existe porque
sobreviveu através da seleção natural, isto é, por ter se tornado na coisa mais
esperta para sobreviver, como poderemos confiar nela? E aqui ele cita e
concorda com Alvin Plantinga, um filósofo reformado renomado:
“O
evolucionismo naturalista provê uma explicação de nossas capacidades [mentais]
que mina a confiabilidade delas, e ao fazer isto, mina a si mesmo” (p. 27).
“Eu
concordo com Alvin Plantinga que, ao contrário da benevolência divina, a
aplicação da teoria da evolução à compreensão de nossas capacidades cognitivas
acaba por minar nossa confiança nelas, embora não a destrua por completo.
Mecanismos formadores de crenças e que têm uma vantagem seletiva no conflito
diário pela sobrevivência não merecem a nossa confiança na construção de
explicações teóricas do mundo como um todo... A teoria da evolução deixa a
autoridade da razão numa posição muito mais fraca. Especialmente no que se
refere à nossa capacidade moral e outras capacidades normativas – nas quais
confiamos com frequência para corrigir nossos instintos. Eu concordo com Sharon
Street [professora de filosofia na Universidade de Nova York] que uma
auto-compreensão evolucionista quase que certamente haveria de requerer que
desistíssemos do realismo moral, que é a convicção natural de que nossos juízos
morais são verdadeiros ou falsos independentemente de nossas crenças” (p.28).
Não
consegui ler Nagel sem lembrar do que a Bíblia diz:
"Tudo
fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do
homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até
ao fim" (Eclesiastes 3:11).
"De
um só Deus fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra,
havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;
para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está
longe de cada um de nós" (Atos 17:26-27).
Nagel tem
o sensus divinitatis, sim, pois o mesmo é o reflexo da imagem de Deus em cada
ser humano, ainda que decaídos como somos. Infelizmente o seu ateísmo o impede
de ver aquilo que sua razão e consciência, tateando, já tocaram.
[1] Os
dois são os mais conhecidos defensores da teoria do design inteligente. Ambos
já vieram falar no Mackenzie sobre este assunto.
Você
já ouviu falar da discussão sobre a existência da Abóbora-Falante de duas
cabeças? Não, nunca ouviu, nem nunca ouvirá. Sabe por quê? Ela não existe!
Não
há Deus.
Corrompem-se
e praticam abominação;
já
não há quem faça o bem.
Sl
14:2 Do céu olha o SENHOR
para os filhos dos homens, para ver
se há quem entenda,
se há quem busque a Deus.
Sl
14:3 Todos se extraviaram
e juntamente se corromperam;
não
há quem faça o bem,
não
há nem um sequer.
Sl
14:4 Acaso,
não entendem todos os obreiros da iniquidade,
que devoram o meu povo,
como quem come pão,
que não invocam o SENHOR?
Sl
14:5 Tomar-se-ão de grande pavor,
porque Deus está com a linhagem do justo.
Sl
14:6 Meteis a ridículo o conselho dos humildes,
mas o SENHOR é o seu refúgio.
Sl
14:7 Tomara de Sião
viesse já a salvação de Israel!
Quando
o SENHOR restaurar a sorte do seu povo,
então,
exultará Jacó,
e Israel se alegrará.
Por um tempo ainda viveremos como que “sem saber sabendo”, mas
chegará um tempo em que Deus tem preparado para o fim, a consumação de todas as
coisas. Em breve, conforme suas palavras, ele voltará e tudo será claro como o
sol ao meio dia.
Hoje o pecado forma uma barreira nos corações dos homens
impedindo de ver a luz do dia, mas logo, logo Jesus voltará e estaremos com ele
para sempre.
Quanto aos que buscam a verdade (teoricamente os cientistas
usando a ciência buscam a verdade na explicação dos fenômenos), na verdade hão
de encontrar a Verdade, exceto, talvez, aqueles que não a buscarem de verdade.