Ainda no detalhamento das condições da aliança por
mais 11 capítulos, até o capítulo 26, estaremos vendo em cada capítulo algum
aspecto que Moisés queria enfatizar àquela segunda geração.
No presente capítulo, 15, veremos os detalhamentos
do ano da remissão – Êx 23:10-11 e Lv 25:1-7; leis a favor dos pobres – Lv
25:35-38; leis acerca dos servos – Êx 21:1-11; e, finalmente, leis acerca dos
primogênitos do gado – 19-23.
Por conta dessa remissão, a terra não deveria ser
cultivada durante o sétimo ano. Neste capítulo até o vs. 11, acrescenta Moisés
que nesse ano também as dívidas seriam perdoadas.
Este sétimo ano é chamado pelos israelitas como
Shemita – Strong: 8059, hebraico: šə-miṭ-ṭāh. שְׁמִטָּֽה׃ -, em vez de sabático, cuja raiz
da palavra tanto serve para o ano sabático como para o perdão da dívida no
sétimo ano.
Não há registros da observação, de fato, dessa
prática em lugar algum da Bíblia. Temos sido rebeldes ao Senhor e às suas leis
e mandamentos e confiamos mais em nossas técnicas, conhecimentos e
experiências, ou na ciência, do que em Deus. Por isso, jamais saberemos, nem
tomaremos conhecimento da verdade devido nossa teimosia. Lamentável!
Com relação aos pobres, o próprio Senhor falou emMateus 26:11 do fato dos pobres sempre estarem
conosco. Obviamente falou em referência ao vs. 11 que diz claramente que nunca
deixará de haver pobres na terra.
Moisés em relação aos pobres e necessitados, ordenou-nos
para livremente abrirmos nossas mãos, ou seja, acudirmos eles em suas
necessidades.
Em Provérbios, o homem mais sábio do mundo, abaixo
do próprio Senhor, também homem, disse pelo Espírito Santo, com relação aos
pobres:
Provérbios
14:21O
que despreza ao seu vizinho peca, mas o que se compadece dospobresé
feliz.
Provérbios
29:7Informa-se
o justo da causa dospobres, mas o
perverso de nada disso quer saber.
Provérbios
29:14O
rei que julga ospobrescom equidade firmará o seu trono
para sempre.
Provérbios
31:9Abre
a boca, julga retamente e faze justiça aospobrese aos necessitados.
Paulo também nos advertiu sobre isso em suas
epístolas. Podemos observar suas instruções claras que devemos ter cuidado com
nossos pobres que habitam conosco neste mundo, nestes tempos:
Romanos
15:26Porque
aprouve à Macedônia e à Acaia levantar uma coleta em benefício dospobres dentre os santos que vivem em
Jerusalém.
I
Coríntios 13:3E
ainda que eu distribua todos os meus bens entre ospobrese
ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor,
nada disso me aproveitará.
II
Coríntios 6:10entristecidos,
mas sempre alegres;pobres, mas
enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.
II
Coríntios 9:9como
está escrito: Distribuiu, deu aospobres, a sua
justiça permanece para sempre.
Gálatas
2:10recomendando-nos
somente que nos lembrássemos dospobres, o que
também me esforcei por fazer.
Além de nossos dízimos e ofertas, eu e minha esposa
fizemos um voto de ajudarmos os pobres com cestas básicas extraídas de nossas
rendas até o fim de nossas vidas, enquanto o Senhor nos abençoar. A experiência
que temos disso é fantástica e recomendamos todos os irmãos a agirem assim.
Não por causa do fato da recompensa, nem pelo fato
disso se tornar moeda de crédito diante da divindade, nem porque isso pode nos
tornar mais santos ou justificados, não, nada disso. Contribuímos por causa da
graça de Deus que em nossas vidas tem sido abundante e temos obedecido ao
Senhor e à sua palavra.
Ainda há outras ofertas que fazemos. Temos tido a
experiência da palavra se cumprindo em nossas vidas que nada nos tem faltado.
Está escrito: ao que tem se lhe dará para que tenha mais ainda, mas o que não
tem, até o que tem, ser-lhe-á tirado – Mt 25:29.
Quanto aos servos, Moisés lembrava o povo que eles
foram também servos no Egito e que deveriam usar de misericórdia para com eles
e no sétimo ano deveriam ser liberados. Fica agora a dúvida se seriam libertos
por um ano ou se realmente se tornariam livres para sempre.
Dt
15:1 Ao fim dos sete anos farás remissão.
Dt
15:2 Este, pois, é o modo da remissão:
todo o credor remitirá o que
emprestou ao seu próximo;
não o exigirá do seu próximo ou
do seu irmão,
pois a remissão
do SENHOR é apregoada.
Dt 15:3 Do estrangeiro o
exigirás; mas o que tiveres em poder de teu
irmão a tua mão o
remitirá.
Dt 15:4 Exceto quando não houver
entre ti pobre algum;
pois o SENHOR
abundantemente te abençoará na terra
que o SENHOR teu
Deus te dará por herança, para possuí-la. Dt 15:5 Se somente ouvires
diligentemente a voz do SENHOR teu Deus
para cuidares em cumprir todos
estes mandamentos
que hoje te
ordeno; Dt 15:6 Porque o SENHOR teu Deus
te
abençoará, como te tem falado;
assim, emprestarás a muitas
nações, mas não tomarás empréstimos;
e dominarás sobre muitas nações,
mas elas não dominarão sobre ti. Dt 15:7
Quando entre ti houver algum pobre, de teus irmãos,
em alguma das
tuas portas, na terra que o SENHOR teu Deus
te
dá, não endurecerás o teu coração,
nem
fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre; Dt
15:8 Antes lhe abrirás de todo a tua mão,
e livremente lhe
emprestarás o que lhe falta,
quanto
baste para a sua necessidade.
Dt
15:9 Guarda-te, que não haja palavra perversa no teu coração, dizendo:
Vai-se aproximando o sétimo ano,
o ano da remissão;
e que o teu olho seja maligno
para com teu irmão pobre,
e não lhe dês
nada; e que ele clame contra ti ao SENHOR,
e que haja em ti pecado.
Dt 15:10 Livremente lhe darás, e
que o teu coração não seja maligno,
quando lhe deres;
pois por esta causa te abençoará
o
SENHOR teu Deus em toda a tua obra,
e
em tudo o que puseres a tua mão.
Dt 15:11 Pois nunca deixará de
haver pobre na terra;
pelo que te
ordeno, dizendo:
Livremente abrirás a tua mão
para o teu irmão,
para o teu
necessitado, e para o teu pobre na tua terra.
Dt 15:12 Quando teu irmão hebreu
ou irmã hebréia se vender a ti,
seis anos te servirá,
mas no sétimo ano o deixarás ir livre.
Dt 15:13 E, quando o deixares ir
livre, não o despedirás vazio.
Dt 15:14 Liberalmente o
fornecerás do teu rebanho, e da tua eira,
e do teu lagar;
daquilo com que o SENHOR teu Deus te tiver
abençoado
lhe darás.
Dt 15:15 E lembrar-te-ás de que
foste servo na terra do Egito,
e de que o SENHOR
teu Deus te resgatou;
portanto
hoje te ordeno isso.
Dt
15:16 Porém se ele te disser:
Não sairei de ti; porquanto te
amo a ti, e a tua casa,
por estar bem
contigo; Dt 15:17 Então tomarás uma sovela,
e lhe furarás a
orelha à porta, e teu servo será para sempre;
e
também assim farás à tua serva.
Dt 15:18 Não seja duro aos teus
olhos, quando despedi-lo
liberto de ti;
pois seis anos te serviu em equivalência
ao
dobro do salário do diarista;
assim o SENHOR teu Deus te
abençoará em tudo o que fizeres.
Dt
15:19 Todo o primogênito que nascer das tuas vacas e das tuas ovelhas,
o macho santificarás ao SENHOR
teu Deus;
com o primogênito
do teu boi não trabalharás,
nem
tosquiarás o primogênito das tuas ovelhas.
Dt 15:20 Perante o SENHOR teu
Deus os comerás de ano em ano,
no lugar que o
SENHOR escolher, tu e a tua casa.
Dt 15:21 Porém, havendo nele
algum defeito, se for coxo, ou cego,
ou tiver qualquer
defeito, não o sacrificarás
ao
SENHOR teu Deus.
Dt 15:22 Nas tuas portas o
comerás; o imundo e o limpo
o comerão também,
como da corça ou do veado.
Dt 15:23 Somente o seu sangue
não comerás;
sobre a terra o
derramarás como água.
O primogênito do gado não deveria ser usado para o
trabalho e o primogênito das ovelhas não deveriam ser tosquiado, pois a lei
determinava que fossem entregues ao Senhor quando ainda filhotes.
Todo primogênito pertencia ao Senhor e os levitas foram
escolhidos no lugar dos primogênitos para serem dedicados ao Senhor
completamente.
Estaremos vendo o detalhamento das condições da
aliança até o capítulo 26 e em cada capítulo será abordado algum aspecto que
Moisés queria enfatizar àquela segunda geração.
No presente capítulo, 14, veremos a proibição da
mutilação do corpo – vs. 1-2 (Lv 19:27,28); leis sobre os animais limpos e os
imundos – vs. 3-21 (Lv 11:1-47); instruções acerca dos dízimos – vs. 22-29.
Essa mutilação do corpo devia se dar por ocasião dos
cultos pagãos e de adoração aos mortos por oferecer à divindade sacrifícios e
penitências, mas Deus estava requerendo deles separação dessas coisas.
Eles pertenciam a Deus – vs. 2 – e portanto estavam
sujeitos às leis de Deus e não às práticas pagãs. Deus os havia escolhido para
serem seu povo e sua herança para sempre.
“Aqui Moisés
seguindo o que Deus lhe falou – sempre é assim em todo pentateuco – instrui os
israelitas a diferenciar os animais puros dos impuros, ou limpos e imundos,
sendo que o cadáver de todos eles era considerado imundo.
O princípio da
divisão dos animais não era baseado em critérios científicos ou de saúde, mas
por questões teológica e princípios morais, principalmente ligados ao sangue.
Para os
israelitas, Deus deixou claro que não se comesse do sangue porque o sangue é
vida.
Gênesis
9:4Carne,
porém, com suavida, istoé, com seusangue, não
comereis.
Levítico
17:11Porque
avidada
carne está nosangue. Eu vô-lo
tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquantoéosangueque
fará expiação em virtude davida.
Levítico
17:14Portanto,
avidade
toda carneéo seusangue; por isso, tenho dito aos filhos de
Israel: não comereis osanguede nenhuma carne, porque avidade
toda carneéo seusangue; qualquer que o comer será eliminado.
Deuteronômio
12:23Somente
empenha-te em não comeres osangue, pois osangueéavida; pelo que não
comerás avidacom a carne.
Deuteronômio
19:6para
que o vingador dosanguenão persiga o homicida, quando se
lhe enfurecer o coração, e o alcance, por ser comprido o caminho, e lhe tire
avida, porque nãoéculpado
de morte, pois não o aborrecia dantes.
E os animais
considerados imundos eram justamente aqueles que comiam sangue ou que estavam e
se alimentavam de cadáveres. Todos eles eram considerados imundos e impróprios
também para os sacrifícios.
Afora isso,
parece também que a classificação seguia um outro padrão como uma certa
violação da ordem natural de sua locomoção, exemplo criaturas aladas que andam
ao invés de voar.
O certo é que
tudo isso está fortemente ligado à queda do homem.
Eles também
ficavam impuros até a tarde porque os sacrifícios oferecidos ao pôr do sol
restauravam a pureza de qualquer um que tivesse sido contaminado durante o dia.”[1]
Dt
14:1 Filhos sois do SENHOR vosso Deus;
não vos dareis golpes, nem
fareis calva entre vossos olhos
por causa de
algum morto.
Dt 14:2 Porque és povo santo ao
SENHOR teu Deus;
e o SENHOR te
escolheu, de todos os povos que há sobre
a
face da terra, para lhe seres o seu próprio povo.
Dt 14:3 Nenhuma coisa abominável
comereis.
Dt 14:4 Estes são os animais que
comereis:
o boi, a ovelha,
e a cabra. Dt 14:5 O veado e a corça,
e
o búfalo, e a cabra montês, e o texugo, e a camurça,
e
o gamo.
Dt 14:6 Todo o
animal que tem unhas fendidas,
divididas
em duas, que rumina, entre os animais,
aquilo
comereis.
Dt 14:7 Porém
estes não comereis, dos que somente
ruminam,
ou que têm a unha fendida:
o camelo, e a
lebre, e o coelho, porque ruminam mas não têm
a
unha fendida; imundos vos serão.
Dt 14:8 Nem o
porco, porque tem unha fendida,
mas
não rumina; imundo vos será; não comereis da
carne
destes, e não tocareis nos seus cadáveres.
Dt 14:9 Isto comereis de tudo o
que há nas águas;
tudo o que tem
barbatanas e escamas comereis.
Dt 14:10 Mas tudo
o que não tiver barbatanas nem escamas
não
o comereis; imundo vos será.
Dt 14:11 Toda a ave limpa
comereis. Dt 14:12 Porém estas são as que
não comereis: a
águia, e o quebrantosso, e o xofrango,
Dt 14:13 E o
abutre, e o falcão, e o milhafre,
segundo
a sua espécie.
Dt 14:14 E todo o
corvo, segundo a sua espécie.
Dt 14:15 E o
avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião,
segundo
a sua espécie.
Dt 14:16 E o
bufo, e a coruja, e a gralha, Dt 14:17 E o cisne,
e
o pelicano, e o corvo marinho,
Dt 14:18 E a
cegonha, e a garça, segundo a sua espécie,
e
a poupa, e o morcego.
Dt 14:19 Também todo o inseto
que voa, vos será imundo;
não se comerá.
Dt 14:20 Toda a ave limpa
comereis. Dt 14:21 Não comereis nenhum
animal morto; ao
estrangeiro, que está dentro das tuas
portas,
o darás a comer, ou o venderás ao estranho,
porquanto
és povo santo ao SENHOR teu Deus.
Não cozerás o cabrito com leite
da sua mãe.
Dt
14:22 Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente,
que cada ano se recolher do
campo.
Dt 14:23 E, perante o SENHOR teu
Deus, no lugar que escolher
para ali fazer
habitar o seu nome, comerás os dízimos
do
teu grão, do teu mosto e do teu azeite,
e
os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas;
para que aprendas a temer ao
SENHOR teu Deus todos os dias.
Dt 14:24 E quando o caminho te
for tão comprido
que os não possas
levar, por estar longe de ti o lugar
que escolher o
SENHOR teu Deus para ali pôr o seu nome, quando
o SENHOR teu Deus te tiver abençoado;
Dt 14:25 Então vende-os, e ata o
dinheiro na tua mão,
e vai ao lugar
que escolher o SENHOR teu Deus;
Dt 14:26 E aquele dinheiro darás
por tudo o que deseja a tua alma,
por vacas, e por
ovelhas, e por vinho, e por bebida forte,
e
por tudo o que te pedir a tua alma;
come-o ali
perante o SENHOR teu Deus,
e alegra-te, tu e a tua casa;
Dt 14:27 Porém não desampararás
o levita que está dentro
das tuas portas;
pois não tem parte nem herança contigo.
Dt 14:28 Ao fim de três anos
tirarás todos os dízimos
da tua colheita
no mesmo ano, e os recolherás
dentro
das tuas portas;
Dt 14:29 Então virá o levita
(pois nem parte nem herança
tem contigo), e o
estrangeiro, e o órfão, e a viúva,
que estão dentro
das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão;
para que o SENHOR
teu Deus te abençoe em toda a obra
que
as tuas mãos fizerem.
A lei do dízimo foi expressa já no tempo de Abraão,
bem anterior à entrega da lei, no Sinai – Gn 14:20; 28:22. Também Lv 27:30-33
especifica que os dízimos dos animais não deveriam ser seletivos, mas sim “de
tudo o que passar debaixo do bordão do pastor”.
Conforme se vê em 12:17, os dízimos e as primícias
deveriam ser levadas ao santuário. A ordem para comer dos dízimos e das
primícias não significava que o adorador comia tudo – se comesse seria mesmo
uma contradição com o propósito dos dízimos -, mas sim, que deveria comer parte
dessas ofertas em comunhão alegre com os sacerdotes, os levitas e os pobres.
Sobre a questão dos dízimos, há quem defenda que
eles cessaram, como cessou a lei e que portanto se tratam de leis antigas que
não interessam, nem devem ser consideradas porque vivemos nos tempos da graça.
Eu não vejo assim, nem a teologia reformada da qual
procuro me adequar cada vez mais também não é assim. Veja os seguintes artigos
interessantes sobre o assunto:
Meu ponto de vista, como diz sabiamente Pr. Solano
Portela, não está firmado em cima dos argumentos tradicionais, que são firmados
na Lei Cerimonial-Religiosa do Antigo Testamento, de aplicabilidade temporária;
mas no fato de que o dízimo antecede a dádiva da lei cerimonial e judicial de
Israel; bem como que a proporcionalidade, sistematização e planejamento são
princípios ensinados por Paulo - e não são antagônicos à voluntariedade,
consciência e alegria no dar.
Confira os argumentos de quem entende e pode agregar
valor quanto ao assunto para assim aprendermos mais e mais:
Há coisas que eu quero que aconteçam e que espero que aconteçam, mas nunca acontecerão...
Há outras coisas que que quero que aconteçam, mas que eu tenho de fazê-las acontecer, por exemplo concluir cursos, estudar, dedicar-me no que faço e no que acredito, etc...
Há ainda outras coisas que acontecem, simplesmente acontecem e mudam tudo... por exemplo a morte de meu irmão aos 40 anos em 23/09/2012.
Estamos no detalhamento das condições da aliança que
irá até o capítulo 26. No presente capítulo, 13, veremos uma séria advertência
contra os falsos profetas e os idólatras.
A primeira advertência dos vs. 1-5 dizia respeito
aos falsos profetas. As outras, trataram de um parente próximo que procurasse
levar seus familiares à apostasia – vs. 6-11, da apostasia de uma cidade
inteira – vs. 12-18 e da participação em ritos pagãos de morte, o que será no
próximo capítulo, o 14 dos vs. 1 ao 2.
A advertência contra os falsos profetas se inicia de
forma muito forte e poderosa. Imaginem aparecer alguém que anuncie que fará tal
e tal coisa e tal e tal coisa se suceder, de forma maravilhosa, como ele falou?
Com certeza, já de cara iria atrair muita gente. E
depois se anunciasse a crença, por exemplo, em Zastei, um deus vindo das
estrelas que viesse com novas filosofias e ensinamentos de adoração a esses
outros deuses?
Muita gente iria segui-lo sem pestanejar por causa
dos sinais e maravilhas que anunciou e se cumpriram, mas Deus adverte já logo
ao povo que não cresse em tal profeta que estava sendo enviado por Deus mesmo,
para prová-los se seriam ou não fiéis ao Senhor.
Não são os dons, os sinais, os milagres, as
maravilhas e nossas experiências que nos devem orientar em questões
espirituais, mas a Palavra do Senhor: a Bíblia! Veja também a advertência do
próprio Senhor Jesus Cristo:
Marcos
13:22pois
surgirão falsos cristos e falsos profetas, operandosinaise
prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos.
Marcos
16:17Estessinaishão
de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão
novas línguas;
Marcos
16:20E
eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e
confirmando a palavra por meio desinais, que se
seguiam.
Repare que são os sinais que acompanharão os que
creem e não os que creem que acompanharão os sinais.
O primeiro caso acima falou dos falsos profetas,
rebeldes às palavras do Senhor com ensinamentos falsos e não bíblicos, mas que
funcionam de alguma forma por permissão de Deus.
Do vs. 6 ao 11, o segundo caso falará da sedução por
parte dos que nos são próximos a nós, mesmo em parentesco, para se desviar do
Senhor. Mas por que alguém tão próximo e mesmo nosso parente e irmão nos
incitaria a nos desviarmos do Senhor?
Pois é, estão conosco, mas são de fato joio e não
trigo. Deus nos adverte de que isso mesmo possa acontecer e se acontecer é para
estarmos bem atentos à palavra de Deus e não seguir essas “dicas”.
Se nos depararmos com tal situação, a nossa
orientação é para corrigirmos, em amor, ao nosso irmão na esperança de
reconquistá-lo e não desprezá-lo. Se ele insistir e se endurecer, somente nos
resta orar por ele.
Já no caso do terceiro exemplo de apostasia, Moisés
considerou o caso de uma cidade inteira. Se fosse constatado o fato e o
direcionamento para outros deuses, a cidade toda deveria ser destruída,
inclusive os seus despojos.
Não poderia o despojo estar a disposição dos juízes
e investigadores do caso para não serem tentados a condenarem a cidade inteira
somente para ficar com seus tesouros.
Dt
13:1 Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti,
e te der um sinal ou prodígio,
Dt 13:2 E suceder
o tal sinal ou prodígio,
de
que te houver falado, dizendo:
Vamos após outros deuses, que
não conheceste, e sirvamo-los; Dt 13:3 Não
ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos;
porquanto o
SENHOR vosso Deus vos prova,
para
saber se amais o SENHOR vosso Deus
com
todo o vosso coração, e com toda a vossa alma. Dt
13:4 Após o SENHOR vosso Deus andareis, e a ele temereis,
e os seus
mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis,
e
a ele servireis, e a ele vos achegareis.
Dt 13:5 E aquele profeta ou
sonhador de sonhos morrerá,
pois falou
rebeldia contra o SENHOR vosso Deus,
que
vos tirou da terra do Egito, e vos resgatou da
casa
da servidão, para te apartar do caminho
que
te ordenou o SENHOR teu Deus,
para andares
nele: assim tirarás o mal do meio de ti.
Dt 13:6 Quando te incitar teu
irmão, filho da tua mãe, ou teu filho,
ou tua filha, ou
a mulher do teu seio, ou teu amigo,
que
te é como a tua alma, dizendo-te em segredo:
Vamos, e sirvamos
a outros deuses que não conheceste,
nem
tu nem teus pais; Dt 13:7 Dentre os deuses dos
povos
que estão em redor de vós,
perto
ou longe de ti, desde uma extremidade da terra
até
à outra extremidade;
Dt 13:8 Não
consentirás com ele, nem o ouvirás;
nem
o teu olho o poupará, nem terás piedade dele,
nem
o esconderás;
Dt 13:9 Mas
certamente o matarás; a tua mão será
a
primeira contra ele, para o matar; e depois a mão
de
todo o povo.
Dt 13:10 E o
apedrejarás, até que morra,
pois
te procurou apartar do SENHOR teu Deus,
que
te tirou da terra do Egito, da casa da servidão;
Dt 13:11 Para que
todo o Israel o ouça e o tema, e não torne
a
fazer semelhante maldade no meio de ti.
Dt
13:12 Quando ouvires dizer, de alguma das tuas cidades que o SENHOR
teu Deus te dá para ali habitar:
Dt 13:13 Uns homens, filhos de
Belial, que saíram do meio de ti,
incitaram os
moradores da sua cidade, dizendo:
Vamos, e sirvamos a outros
deuses que não conhecestes;
Dt 13:14 Então inquirirás e
investigarás, e com diligência
perguntarás; e
eis que, sendo verdade, e certo que se fez tal
abominação
no meio de ti;
Dt 13:15 Certamente ferirás, ao
fio da espada, os moradores
daquela cidade,
destruindo a ela e a tudo o que nela houver,
até
os animais.
Dt 13:16 E ajuntarás todo o seu
despojo no meio da sua praça;
e a cidade e todo
o seu despojo queimarás totalmente
para
o SENHOR teu Deus, e será montão perpétuo,
nunca
mais se edificará.
Dt 13:17 Também não se pegará à
tua mão nada do anátema,
para que o SENHOR
se aparte do ardor da sua ira,
e te faça
misericórdia, e tenha piedade de ti, e te multiplique,
como
jurou a teus pais;
Dt
13:18 Quando ouvires a voz do SENHOR teu Deus,
para guardares todos os seus
mandamentos que hoje te ordeno;
para fazeres o
que for reto aos olhos do SENHOR teu Deus.
Vimos neste capítulo três casos de apostasia e
incitamento à busca de outros deuses e as consequências e orientações do que
fazer em cada caso.
Os três casos:
1.Falsos
profetas com poderes extraordinários.
2.Falsos
irmãos e mesmo parentes incitando à busca de outros deuses.
3.A
apostasia de uma cidade inteira, uma comunidade rebelde e totalmente falsa.
Para os três casos a sentença era praticamente a
mesma: a morte de todos!
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...