Estamos finalizando a décima primeira
parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação
apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 24.
XI. JULGAMENTO E ESPERANÇA NOS ÚLTIMOS DIAS DE JUDÁ (21.1-24.10) – continuação.
Como já dissemos, ainda que alguns negassem
a realidade, o julgamento de Judá seria inevitável. Esses capítulos estão
narrando o fim da dinastia davídica, deixando claro que a calamidade e o exílio
seriam o resultado do julgamento divino dos pecados dos reis, dos profetas e do
povo de Judá. O julgamento é enfatizado, mas o tema de esperança de restauração
futura também está presente.
Para melhor compreensão do assunto, também
foi dividida esta parte em três seções: A. Os governantes de Judá (21.1 - 23.8)
– já vista; B. Os falsos profetas
(23.9-40) – já vista; C. Uma
distinção e a esperança futura (24.1-10) –
concluiremos agora.
C. Uma distinção e a esperança futura (24.1-10).
Jeremias teve uma visão interessante sobre
a figueira e seus frutos e isso se sucedeu depois que Nabucodonosor, rei da
Babilônia, levou em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoiaquim, rei de Judá e com
ele os príncipes de Judá, os carpinteiros, os ferreiros. A primeira grande
deportação ocorreu em 597 a.C. (2Rs 24.14-16).
A visão dos figos bons e ruins traz à memória
a seca que havia sido uma das consequências da desobediência de Judá (12.4;
14.1; cf. 8.13). Eles estão relacionados aos que resistiam de alguma forma ao
cativeiro.
Os "bons figos" são equiparados
aos exilados, aos quais, diz a palavra – vs. 5 – o Senhor os enviou. Seria por
meio daqueles que haviam sido levados para o exílio na Babilônia que ocorreria
a restauração do povo de Deus. O próprio Cristo era descendente desses que
voltaram do exílio babilônico.
Sobre esses estariam os olhos atentos do
Senhor para o bem deles e, com certeza, os faria voltar, obviamente que não
eles mesmos, mas os seus filhos, pois que tal cativeiro durou cerca de 70 anos.
Considerando o nascimento de Israel em 1948
ou 47, teremos os 70 anos de uma geração em 2017 ou 18. Muitos tem estabelecido
em seus cálculos que a volta de Jesus a este mundo não passará desta data.
O fato é que ninguém sabe ao certo, mas os
rumores mexem com nossa imaginação. Também devemos estar atentos às festas
judaicas uma vez que Cristo participou com a história de sua vida de todos os
momentos dela, como por exemplo a páscoa. Ele foi “imolado” no mesmo dia de
comemoração da páscoa.
Além de por os olhos neles e edificá-los e
plantá-los, o Senhor daria a eles um coração humilde e disposto a aprender e a
conhecer ao Senhor.
Os judaítas que estavam no exílio não eram
melhores nem mais propensos a crer do que os judaítas que haviam ficado para
trás. Em resposta à incapacidade do seu povo de manter o relacionamento de
aliança com ele, o próprio Senhor interviria, criando nos seus escolhidos uma
nova capacidade de conhecê-lo.
A fórmula da aliança “eles serão o meu
povo, e eu serei o seu Deus” (32.38; Lv 26.12) mostra que essa resposta
constitui nada menos que uma nova aliança. A teologia introduzida aqui é
desenvolvida em 31.31-34.
Já quanto aos figos ruins – vs. 8 - aqueles
que permaneceram na terra, pensaram que estariam protegidos da ira de Deus, mas
Jeremias afirma o contrário. Os que ficaram para trás seriam ainda mais
castigados.
O Senhor os faria um espetáculo horrendo e
uma ofensa para todo os reinos da terra. Deles faria um opróbrio e um
provérbio, um escárnio e uma maldição em todos os lugares por onde os haveria
de arrojar. Ou seja, seriam totalmente esquecidos e igualados àqueles que não
conhecem ao Senhor nem por ele se interessam, antes dele se afastam cada vez
mais.
Para tais, haveria a trilogia do terror do
Senhor: - a espada, a fome e a peste! Ela os consumiria, bem assim todos os
seus descendentes. Terrível coisa é negligenciar ao Senhor. Melhor é não conhecê-lo
e por isso ser condenado e sofrer as ações de sua escolha, do que conhecendo-o,
ignorá-lo ou buscar outros deuses.
Jr 24:1 Fez-me o Senhor ver,
e vi dois
cestos de figos, postos diante do templo do Senhor.
Sucedeu
isso depois que Nabucodonosor, rei de Babilônia,
levara
em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoiaquim,
rei
de Judá, e os príncipes de Judá, e os carpinteiros,
e
os ferreiros de Jerusalém,
e
os trouxera a Babilônia.
Jr 24:2 Um
cesto tinha figos muito bons, como os figos temporãos;
mas
o outro cesto tinha figos muito ruins,
que não se podiam comer, de ruins que eram.
Jr 24:3 E perguntou-me o Senhor:
Que vês tu,
Jeremias?
E
eu respondi:
Figos;
os figos bons, muito bons, e os ruins,
muito
ruins, que não se podem comer,
de
ruins que são.
Jr 24:4 Então veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Jr 24:5 Assim
diz o Senhor, o Deus de Israel:
Como
a estes bons figos, assim atentarei com favor
para
os exilados de Judá, os quais eu enviei
deste
lugar para a terra dos caldeus.
Jr 24:6 Porei
os meus olhos sobre eles, para seu bem,
e
os farei voltar a esta terra.
Edificá-los-ei,
e não os demolirei; e plantá-los-ei,
e
não os arrancarei.
Jr 24:7 E
dar-lhes-ei coração para que me conheçam,
que
eu sou o Senhor; e eles serão o meu povo,
e
eu serei o seu Deus; pois se voltarão para mim
de
todo o seu coração.
Jr 24:8 E
como os figos ruins, que não se podem comer,
de
ruins que são, certamente assim diz o Senhor:
Do
mesmo modo entregarei Zedequias, rei de Judá,
e
os seus príncipes, e o resto de Jerusalém,
que
ficou de resto nesta terra,
e
os que habitam na terra do Egito;
Jr
24:9 eu farei que sejam espetáculo horrendo,
uma
ofensa para todos os reinos da terra,
um
opróbrio e provérbio, um escárnio,
e
uma maldição em todos os lugares
para
onde os arrojarei.
Jr
24:10 E enviarei entre eles a espada, a fome e a peste,
até
que sejam consumidos de sobre a terra
que
lhes dei a eles e a seus pais.
Eles foram levados para o cativeiro,
sofrendo a primeira grande deportação em 597 a.C., conforme se ve em 2Rs
24.14-16. A primeira impressão dessa leitura é “o inimigo os levou para o
cativeiro”, mas ao lermos o vs. 5, somos obrigados a repensar tudo. O inimigo,
na verdade, não os levou, mas Deus foi quem os enviou ao cativeiro, pela
instrumentalidade dos babilônios.
Isso é muito importante de se destacar. O Senhor
jamais é surpreendido em qualquer coisa, mas é soberano sobre todas elas e é
ele quem dirige os destinos das nações e dos homens, de forma que eles poderia
imitar o apóstolo Paulo dizendo, eu, cativo do Senhor na Babilônia – Ef 3:1 –
ou como eu (guardada as devidas proporções), no século XXI, em 2015 – eu,
empregado de Cristo nos Correios.
Estamos na décima primeira parte, de nossa
divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada
pela BEG. Estamos no capítulo 23.
XI. JULGAMENTO E ESPERANÇA NOS ÚLTIMOS DIAS DE JUDÁ (21.1-24.10) – continuação.
Como já dissemos, ainda que alguns negassem
a realidade, o julgamento de Judá seria inevitável. Esses capítulos estão
narrando o fim da dinastia davídica, deixando claro que a calamidade e o exílio
seriam o resultado do julgamento divino dos pecados dos reis, dos profetas e do
povo de Judá. O julgamento é enfatizado, mas o tema de esperança de restauração
futura também está presente.
Para melhor compreensão do assunto, também
foi dividida esta parte em três seções: A. Os governantes de Judá (21.1 - 23.8)
– concluiremos agora; B. Os falsos
profetas (23.9-40) – iniciaremos e
concluiremos também agora; C. Uma distinção e a esperança futura (24.1-10).
A. Os governantes de Judá (21.1 - 23.8) - continuação.
Estamos vendo na primeira parte, que irá
até o capítulo 23, os governantes de Judá. Esses capítulos resumem o que
Jeremias tinha a dizer acerca dos últimos anos da monarquia em Judá durante o
reinado de Zedequias, antes da última Invasão babilônica e da destruição de
Jerusalém em 586 a.C.
Esse material foi igualmente dividido em
duas seções também: (1) Palavras de condenação (21.1 - 23.2) – estamos vendo; e, (2) Palavras
contrastantes de esperança quanto à continuidade da linhagem davídica depois do
exílio (23.3-8) – veremos em seguida.
(1) Palavras de condenação (21.1 - 23.2) – continuação.
Como também já dissemos, estamos vendo a
explicação do por que a linhagem real de Judá seria julgada com tamanha
severidade pelo cativeiro babilônico.
Acho bem pertinente, por causa dos dois
primeiros versículos que encerram esta parte A, a citação de uma frase de
Hernandes Dias Lopes que diz:
“A teologia determina a vida.
Os sacerdotes deixaram
de ensinar a Palavra
e o povo
se corrompeu.
Práticas erradas
são frutos
de princípios errados.
Eles estavam lidando
de forma
errada uns com os outros,
porque
estavam lidando
de
forma errada com Deus.”
(H.D.L.)
Aqui no verso primeiro, os pastores
destruíam e dispersavam as ovelhas do pasto do Senhor. Era para eles estarem
apascentando e cuidando, mas eles estavam destruindo e dispersando, por isso
que o Senhor falou acerca deles de que visitaria sobre eles a iniquidades
deles, frutos de suas más ações.
Se, ao contrário, estivessem fazendo como
diz HDL acima, ensinando corretamente a palavra de Deus, não haveria problema
algum, mas o fato era que estavam lidando com Deus de forma muito errada e com
Deus as consequências são terríveis.
Dos versos de 3 ao 9, Jeremias estará prenunciando
que um êxodo da Babilônia levará à restauração do reino davídico.
Diante do fracasso dos reis, o próprio
Senhor assumiria o controle de uma maneira nova (24.7) sobre o restante de suas
ovelhas. Em essência, a reunião do remanescente mostra o cuidado constante do
Senhor pelo seu povo e a sua determinação de cumprir os propósitos
estabelecidos na aliança. Nesse contexto, a doutrina do remanescente sugere a
eliminação de certos ramos de Judá (cf. Rm 11.17-24) diante da negligência do
rei e do castigo decorrente. O próprio Senhor seria o seu pastor (SI 23) e aí
sim, serão fecundas e se multiplicarão.
Como aqueles pastores tinham fracassado e
apascentado somente a si mesmos, o Senhor levantaria pastores submissos a Deus.
O Pastor divino e outros pastores verdadeiros administrariam o reino na era que
se seguiria ao exílio (Mq 5.5).
Deus faz a sua promessa de que levantaria a
Davi um renovo. Podemos ver que 2Sm 7.12 fundamenta essa promessa. A promessa
messiânica é um cumprimento da promessa feita a Davi (Mt 1.1,17; 12.23) sobre
um renovo justo - termo messiânico que expressa o fato de que o último Ungido
da linhagem de Davi seria perfeitamente justo (Is 4.2; 11.1) – obviamente se
referindo ao Messias, Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Esse termo “renovo justo” serve de
parâmetro para todos os líderes do povo de Deus (confira que em Zc 6.12, Zorobabel
é descrito desse modo). Na antiguidade, além de servirem para identificar o seu
portador, os nomes muitas vezes eram designações de caráter. Veja
"Emanuel" em Is 7.14 e também os nomes em Is 9.6.
Nos seus dias, Judá e Israel seriam salvos
e habitariam seguros sendo o Senhor chamado O SENHOR JUSTIÇA NOSSA. Uma das características
da era messiânica seria a reunião do povo (Ez 37.15-22), onde as bênçãos do
reino messiânico abrangeriam, por fim, tanto as dimensões físicas quanto as
espirituais.
Observa-se aqui neste termo “SENHOR,
Justiça Nossa” uma certa ironia com Zedequias, que foi objeto da condenação de
Jeremias em passagens anteriores (caps. 21 22), cujo nome significa "O
Senhor é minha justiça", mas esse rei, infelizmente, não fez jus ao seu
nome.
O grande Filho de Davi que restauraria o
reino depois do exílio seria, de fato, a justiça de todos do seu reino.
Reinaria com justiça e a estabeleceria em todo o seu povo.
B. Os falsos profetas (23.9-40).
Entramos em nossa parte B, sobre os falsos
profetas. Jeremias irá tratar agora dos profetas mentirosos e os condenará por
iludirem o povo.
É bom ressaltar que o termo profetas, do
verso 9, se trata, obviamente, dos profetas falsos ou mentirosos que como já
dissemos no início deste capítulo que tais homens de Deus estavam lidando de
forma errada com Deus e assim passando conteúdo impróprio ao povo de Deus que
levou Jeremias a expressar-se poeticamente mostrando seu terrível lamento sobre
a situação nos versos de 9 e 10. Confira o seu grande pesar.
A contaminação contagia tanto o profeta
quanto o sacerdote. O próprio Jeremias era tanto profeta como sacerdote, mas se
fiava em Deus e nele esperava, por isso que também era rejeitado e perseguido.
Em função disso, Deus promete que os punirá
severamente, principalmente por que estavam eles dentro de sua casa que deveria
ser lugar de oração e busca a Deus para todos os povos.
Já nem falavam em nome do Senhor, mas em
Samaria já falavam em nome de Baal o que mostra que estavam todos esquecidos do
Senhor, de sua graça e de seus benefícios.
No Antigo Testamento, crenças e ações corretas
são inseparáveis. Logo, aqueles que não davam ouvidos à palavra de Deus
ativamente incentivavam o mal. Eles cometiam adultério, andavam com falsidade,
fortaleciam a mão dos malfeitores de sorte que se pareciam com os moradores de Sodoma
e Gomorra. O profeta faz esse paralelo para chocar os seus ouvintes, na
esperança de que eles se voltassem para o Senhor.
Seria por conta disso que o Senhor os haveria
fazer de comerem losna e beberem águas de fel, pois dos profetas de Jerusalém
saiu grande contaminação sobre a terra.
A orientação de Jeremias, vinda da parte do
Senhor, era para não darem ouvidos a eles, nem acreditarem em suas falsas
mensagens de paz, pois estavam todos de coração teimoso e não criam que o mal
viria até eles.
O vs. 18 fala do concílio onde havia uma
reunião celestial. Em várias ocasiões, Deus é retratado assentando num conselho
de seres celestiais com os quais delibera (1 Rs 22.19-22; Jó 1.6; Is 6.1-8). A
imagem veterotestamentária de um homem diante de um tribunal celeste é singular
na literatura do antigo Oriente Próximo. Ao contrário dos seres divinos
enviados como simples mensageiros dos deuses, o profeta era enviado como
representante autoritativo do Senhor.
O mal já estava determinado a vir sobre
eles tal qual uma tempestade devastadora e ela já saiu – vs. 19 – e cairá sobre
a cabeça de todos os ímpios, dos que rejeitam ao Senhor e buscam injustiças.
Ela não retrocederá até que tenha consumido
todos eles. Nos últimos dias entenderíamos. O fato é que o Senhor não mandou –
vs. 21 – esses falsos profetas, todavia, eles foram correndo a profetizarem. Os
falsos profetas propagavam suas mentiras com grande zelo.
Eles não tinham assistido ao seu concílio –
vs. 22. Se tivessem assistido, eles teriam ouvido as palavras de Deus e teriam
se desviado do seu mau caminho e das maldades de suas ações. Por que não
ouviram? Simples, os corações deles estavam ocupados com seus próprios
pensamentos e rejeitaram a Deus – Rm 1:28.
Coisa nenhuma, perto ou longe, pode escapar
do conhecimento de Deus (SI 139.2; Am 9.2-3). Como poderia alguém escapar do
conhecimento de Deus ou dele ocultar-se - SI 139.7-12 – se ele enche eu os céus
e a terra? (Is 6.3). Nesse contexto, as mentiras dos falsos profetas não podem
ser ocultadas do Senhor.
O sonho era um dos modos pelos quais um profeta
podia receber uma revelação (Nm 12.6). No entanto, as declarações dos profetas
de que estavam transmitindo revelações deviam ser consideradas com certa
desconfiança (Dt 13.1-3).
Eles estavam bêbados por causa de Baal, por
isso que os seus corações estavam inflamados pelo inferno e cheios de mentira e
engano, fruto de suas péssimas escolhas.
Deus fala e adverte, mas o povo endurece. O
que acontece? Surgem falsos profetas que pregam justamente o que querem ouvir e
isso ouvem. Pronto, estão seduzidos e prontos para o juízo, sem misericórdia.
Deus, apesar deles, continua ensinando e
tendo paciência. O profeta que tiver sonhos, conte apenas como sonhos e o que
tem a palavra de Deus, deve falar fielmente a sua palavra. O sonho falso está
para a verdadeira palavra profética como a palha está para o trigo - a
diferença entre ambos é enorme.
E quanto a nós, em Cristo, nos tempos
presentes? Temos ou não temos a palavra de Deus em nossas bocas? Por que então
estamos tão calados? Também sobre nós pesa a mão de Deus se guardarmos silêncio
diante de suas grandes revelações.
A diferença é gritante para aqueles que tem
a palavra de Deus. Essas símiles do fogo e do martelo deixam claro que a
palavra verdadeira é inconfundível, pois seus efeitos são inevitáveis.
Para maior ênfase, essa declaração “sou
contra” é repetida três vezes nos versos 30, 31 e 32.
1.Contra
os que furtam as suas palavras.
2.Contra
os que que usam de sua própria linguagem.
3.Contra
os que profetizam sonhos mentirosos.
Jr 23:1 Ai dos pastores que destroem
e dispersam
as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.
Jr 23:2 Portanto assim diz o Senhor, o
Deus de Israel,
acerca dos
pastores que apascentam o meu povo:
Vós
dispersastes as minhas ovelhas,
e
as afugentastes, e não as visitastes.
Eis que
visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor. Jr 23:3 E eu
mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas
de
todas as terras para onde as tiver afugentado,
e
as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão,
e
se multiplicarão.
Jr 23:4 E
levantarei sobre elas pastores que as apascentem,
e
nunca mais temerão, nem se assombrarão,
e
nem uma delas faltará, diz o Senhor.
Jr 23:5 Eis
que vêm dias, diz o Senhor,
em
que levantarei a Davi um Renovo justo;
e,
sendo rei, reinará e procederá sabiamente,
executando
o juízo e a justiça na terra.
Jr 23:6 Nos
seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro;
e
este é o nome de que será chamado:
O
SENHOR JUSTIÇA NOSSA.
Jr 23:7
Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor,
em
que nunca mais dirão:
Vive o
Senhor, que tirou os filhos de Israel da terra do Egito;
Jr
23:8 mas: Vive o Senhor, que tirou e que trouxe
a linhagem da
casa de Israel da terra do norte,
e de todas as
terras para onde os tinha arrojado;
e
eles habitarão na sua terra.
Jr 23:9
Quanto aos profetas.
O
meu coração está quebrantado dentro de mim;
todos
os meus ossos estremecem;
sou
como um homem embriagado,
e
como um homem vencido do vinho,
por
causa do Senhor,
e por causa
das suas santas palavras.
Jr 23:10 Pois
a terra está cheia de adúlteros;
por
causa da maldição a terra chora,
e
os pastos do deserto se secam.
A sua
carreira é má, e a sua força não é reta.
Jr 23:11
Porque tanto o profeta como o sacerdote são profanos;
até
na minha casa achei a sua maldade, diz o Senhor.
Jr 23:12
Portanto o seu caminho lhes será como veredas
escorregadias
na escuridão; serão empurrados e cairão nele;
porque
trarei sobre eles mal, o ano mesmo da sua punição,
diz
o Senhor.
Jr 23:13 Nos
profetas de Samária bem vi eu insensatez;
profetizavam
da parte de Baal,
e
faziam errar o meu povo Israel.
Jr 23:14 Mas
nos profetas de Jerusalém vejo uma coisa horrenda:
cometem
adultérios, e andam com falsidade,
e
fortalecem as mãos dos malfeitores,
de sorte que
não se convertam da sua maldade;
eles têm-se
tornado para mim como Sodoma,
e
os moradores dela como Gomorra.
Jr 23:15
Portanto assim diz o Senhor dos exércitos
acerca
dos profetas:
Eis
que lhes darei a comer losna,
e
lhes farei beber águas de fel;
porque dos
profetas de Jerusalém
saiu
a contaminação sobre toda a terra.
Jr 23:16 Assim diz o Senhor dos
exércitos:
Não deis
ouvidos as palavras dos profetas, que vos profetizam a vós,
ensinando-vos
vaidades; falam da visão do seu coração,
não
da boca do Senhor.
Jr 23:17
Dizem continuamente aos que desprezam
a
palavra do Senhor:
Paz
tereis; e a todo o que anda na teimosia
do
seu coração, dizem:
Não
virá mal sobre vós.
Jr 23:18 Pois
quem dentre eles esteve no concílio do Senhor,
para
que percebesse e ouvisse a sua palavra,
ou
quem esteve atento e escutou a sua palavra?
Jr 23:19 Eis
a tempestade do Senhor!
A
sua indignação, qual tempestade devastadora, já saiu;
descarregar-se-á
sobre a cabeça dos ímpios.
Jr 23:20 Não
retrocederá a ira do Senhor,
até
que ele tenha executado e cumprido os seus desígnios.
Nos
últimos dias entendereis isso claramente.
Jr 23:21 Não
mandei esses profetas, contudo eles foram correndo;
não
lhes falei a eles, todavia eles profetizaram.
Jr 23:22 Mas
se tivessem assistido ao meu concílio,
então
teriam feito o meu povo ouvir as minhas palavras,
e
o teriam desviado do seu mau caminho,
e
da maldade das suas ações.
Jr 23:23 Sou
eu apenas Deus de perto, diz o Senhor,
e
não também Deus de longe?
Jr 23:24
Esconder-se-ia alguém em esconderijos,
de
modo que eu não o veja? diz o Senhor.
Porventura
não encho eu o céu e a terra?
diz
o Senhor.
Jr 23:25
Tenho ouvido o que dizem esses profetas
que
profetizam mentiras em meu nome, dizendo:
Sonhei,
sonhei.
Jr 23:26 Até
quando se achará isso no coração dos profetas
que
profetizam mentiras, e que profetizam do engano
do
seu próprio coração?
Jr 23:27 Os
quais cuidam fazer com que o meu povo
se
esqueça do meu nome pelos seus sonhos
que
cada um conta ao seu próximo,
assim
como seus pais se esqueceram do meu nome
por
causa de Baal.
Jr 23:28 O
profeta que tem um sonho conte o sonho;
e
aquele que tem a minha palavra,
fale
fielmente a minha palavra.
Que tem a
palha com o trigo? diz o Senhor.
Jr 23:29 Não
é a minha palavra como fogo, diz o Senhor,
e
como um martelo que esmiúça a pedra?
Jr 23:30
Portanto, eis que eu sou contra os profetas, diz o Senhor,
que
furtam as minhas palavras, cada um ao seu próximo.
Jr 23:31 Eis
que eu sou contra os profetas, diz o Senhor,
que
usam de sua própria linguagem, e dizem: Ele disse.
Jr 23:32 Eis
que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos,
diz
o Senhor, e os contam, e fazem errar o meu povo
com
as suas mentiras e com a sua vã jactância;
pois
eu não os enviei, nem lhes dei ordem;
e eles não
trazem proveito algum a este povo,
diz
o Senhor.
Jr 23:33
Quando pois te perguntar este povo, ou um profeta,
ou
um sacerdote, dizendo:
Qual
é a profecia do Senhor?
Então lhes
dirás:
Qual
a profecia! que eu vos arrojarei, diz o Senhor.
Jr 23:34 E,
quanto ao profeta, e ao sacerdote, e ao povo, que disser:
A
profecia do Senhor; eu castigarei aquele homem
e
a sua casa.
Jr 23:35 Assim
direis, cada um ao seu próximo,
e
cada um ao seu irmão:
Que
respondeu o Senhor? e: Que falou o Senhor?
Jr 23:36 Mas
nunca mais fareis menção da profecia do Senhor,
porque
a cada um lhe servirá de profecia
a
sua própria palavra;
pois torceis
as palavras do Deus vivo,
do
Senhor dos exércitos, o nosso Deus.
Jr 23:37
Assim dirás ao profeta:
Que te
respondeu o Senhor? e: Que falou o Senhor?
Jr 23:38 Se,
porém, disserdes:
A
profecia do Senhor; assim diz o Senhor:
Porque
dizeis esta palavra:
A profecia do
Senhor, quando eu mandei dizer-vos:
Não
direis: A profecia do Senhor;
Jr
23:39 por isso, eis que certamente eu vos levantarei,
e
vos lançarei fora da minha presença,
a
vós e a cidade que vos dei a vós e a vossos pais;
Jr
23:40 e porei sobre vós perpétuo opróbrio,
e
eterna vergonha, que não será esquecida.
Dos versos 33 ao 40, o Senhor praticamente
anula toda profecia e todos os profetas que profetizam falsamente em o nome do
Senhor. O Senhor estava indignado com tais profetas e sacerdotes que falavam falsamente
em seu nome e no íntimo buscavam a Baal.
Todos os que ousassem dizer que a profecia
era do Senhor, o Senhor os castigaria, porque eles torciam a palavra do Senhor
para colocar nelas o sentido que bem desejava o seu ventre. Quem rejeita o
Senhor, se faz senhor no seu lugar!
O Senhor haveria de os lançar de sua
presença demonstrando uma reação apropriada, tendo em vista que o povo havia se
esquecido do Senhor; cada caso havia sido um ato deliberado.
Estamos na décima primeira parte, de nossa
divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada
pela BEG. Estamos no capítulo 22.
XI. JULGAMENTO E ESPERANÇA NOS ÚLTIMOS DIAS DE JUDÁ (21.1-24.10) – continuação.
Como já dissemos, ainda que alguns negassem
a realidade, o julgamento de Judá seria inevitável. Esses capítulos estão narrando
o fim da dinastia davídica, deixando claro que a calamidade e o exílio seriam o
resultado do julgamento divino dos pecados dos reis, dos profetas e do povo de
Judá. O julgamento é enfatizado, mas o tema de esperança de restauração futura
também está presente.
Para melhor compreensão do assunto, também
foi dividida esta parte em três seções: A. Os governantes de Judá (21.1 - 23.8)
– já iniciada; B. Os falsos profetas
(23.9-40); C. Uma distinção e a esperança futura (24.1-10).
A. Os governantes de Judá (21.1 - 23.8) - continuação.
Estamos vendo na primeira parte, que irá
até o capítulo 23, os governantes de Judá. Esses capítulos resumem o que
Jeremias tinha a dizer acerca dos últimos anos da monarquia em Judá durante o
reinado de Zedequias, antes da última Invasão babilônica e da destruição de
Jerusalém em 586 a.C.
Esse material foi igualmente dividido em
duas seções também: (1) Palavras de condenação (21.1 - 23.2) – estamos vendo; e, (2) Palavras
contrastantes de esperança quanto à continuidade da linhagem davídica depois do
exílio (23.3-8).
(1) Palavras de condenação (21.1 - 23.2) – continuação.
Como também já dissemos, estamos vendo a
explicação do por que a linhagem real de Judá seria julgada com tamanha
severidade pelo cativeiro babilônico.
Com “Assim diz o Senhor” é que se começa o
presente capítulo. A palavra é dirigida ao profeta para descer à casa do rei de
Judá e anunciar ali a sua palavra. Hoje, temos a ordem de Jesus Cristo de descer,
ou melhor, ir, por todo o mundo e anunciarmos o evangelho a toda criatura– Mc
16:15.
Era para ele dizer ao rei de Judá, muito
provavelmente a Zedequias que ouvissem a palavra do Senhor, tanto ele, como o
povo junto com ele, todos aqueles que entrariam por aquelas portas - 17.19-20
-, ou seja, à linhagem real como um todo, servindo de prelúdio para uma
demonstração do seu fracasso praticamente total.
Nos versos 3 e 4, parece haver ainda
esperanças para o povo, mas quem disse que ouviriam e praticariam a palavra de
Deus? Era mais provável que aquela pregação viesse a endurecer os seus corações
e eles fizessem simplesmente descaso do que se pregava.
A palavra era muito simples e exigia
justiça, juízo, verdade e misericórdia, coisas essas deixadas de lado por causa
das suas vaidades e outros negócios com as outras nações que imitavam tão bem.
Se eles cumprissem aquele básico do verso
4, por aquelas portas entrariam reis que se assentariam sobre o trono de Davi,
andando em carros e montados em cavalos, com seus servos e todo o seu povo.
Agora, se não dessem ouvidos, e era este o
caso ali, a coisa seria diferente. O Senhor chega a jurar por si mesmo, isto é,
não encontrando alguém maior para firmar seu juramento, firma-o sobre a sua
própria pessoa. Veja outros exemplos do Senhor jurando por si mesmo - Gn 22.16;
Is 45.23. A coisa seria diferente,
porque ao invés de reis entrando por aquelas portas, a casa se tornaria em
desolação e tanto o templo (7.14) quanto o palácio também sofreriam grandes
calamidades - 17.27.
O Senhor compara a casa do rei com Gileade
e a cabeça do Líbano, lugares férteis (8.22). O Líbano era abundante em água e
florestas, especialmente de cedro, a madeira usada na construção do templo de
Jerusalém (1 Rs 5.6-10), no entanto, Deus faria daquele lugar paradisíaco um
deserto de cidades desabitadas.
Numa inversão chocante – vs. 7 -, a
linguagem de guerra santa é usada para descrever o exército da Babilônia
avançando contra o povo de Deus - 6.4-5; 21.4-5. Aqueles lindos cedros seriam
cortados e lançados ao fogo e se levantariam destruidores sem piedade que
apenas destruiriam.
A calamidade seria tão terrível que, no
futuro, nações passariam por ali e perguntariam por que o Senhor tinha se irado
tanto contra aquele lugar que antes era uma maravilha.
A resposta seria por que deixaram o pacto
do Senhor seu Deus, e adoraram a outros deuses, e os serviram.
O rei morto – vs. 10 - é Josias, e o rei
exilado, o seu filho Jeoacaz (identificado no versículo seguinte). Este último
teve um reinado curto e foi exilado no Egito em 609 a.C. (2Rs 23.30-34).
Salum, filho de Josias – vs. 11 – que
reinou em lugar de Josias seu pai, é outro nome usado para Jeoacaz (v. 10; 1Cr
3.15). Depois de seu exílio, a palavra profética é de que jamais voltaria,
antes ali morreria, sem jamais ver a sua terra novamente – vs. 11 e 12.
Dos versos 13 ao 19, temos uma seção que
falará contra Jeoaquim (vs. 18; 2Rs 23.35-24.7). A casa do verso 13 que ele
edificou com iniquidade, refere-se, primeiramente, ao palácio do rei, mas também
pode indicar a dinastia real que se valeu do serviço do seu próximo, sem paga,
contrariando Dt 24.14-15; 1Sm 8.10-18.
Ele mesmo dizia para si que edificaria
ainda casa mais espaçosa, com aposentos largos, janelas, uso de cedros e
pintada de vermelho. Ele via no reinado não a oportunidade de servir ao povo,
mas se servir do povo para seus deleites e caprichos.
Um contraste entre reis: um reinou
exercendo justiça (Josias), outro considerou o seu reino uma oportunidade de
adquirir riquezas (Jeoaquim, seu filho). O versículo retrata a harmonia pactual
entre a obediência e a bênção (Dt 7.12-13; 6.24-25).
O verso 16 que diz que julgou a causa do
aflito e do necessitado, detalha "o juízo e a justiça" do v. 15. E o
Senhor mesmo conclui o que seria óbvio acerca do conhecê-lo. O conhecimento do
Senhor é caracterizado pela fidelidade aos seus mandamentos (Mq 6.6-8; Jn
14.15,17).
No entanto, os olhos do rei estavam em
outro lugar. Uma referência a Jeoaquim (vs. 18) que tinha se entregado à
ganância e mesmo derramado sangue inocente, praticado a violência e a extorsão,
para simplesmente se dar bem. Jeoaquim era pessoalmente culpado de todos os
males que Jeremias condenou (6.13; 7.6, 19.4; 21.12, cf. 26.20-23).
Uma palavra dura é dirigida a Jeoaquim,
pois não seria nem lamentado. Contrastar com 2Cr 34.24-25 (também implícito no
vs. 10) e seria sepultado – vs. 19 - como se sepulta um jumento. Em outras
palavras, o rei não teria um sepultamento (7.33; cf. 15.3).
No verso 20, a palavra para subir ao Líbano,
Basã e Abarim - regiões montanhosas ao norte, nordeste e sudeste,
respectivamente – e clamar contra elas, consideradas namorados de Judá, ou
seja, cidades em que Judá estava de olho e encantada com suas práticas.
Jerusalém é retratada à espera de ajuda de antigos aliados (v. 22; p. ex., o
Egito e a Assíria 2.36) que agora eram impotentes diante da Babilônia, deixando
Jerusalém esperar sozinha.
Apesar de advertida, desde o princípio,
desde os tempos de prosperidade, Jerusalém se recusou a escutar. O seu caminho
e a sua escolha tem sido o não obedecer à voz do Senhor, por isso que o vento
apascentaria os seus pastores e esses seus namorados iriam todos ao cativeiro.
O Líbano é uma referência ao palácio, construído com cedros do Líbano (vs. 6) e
até o palácio em Jerusalém havia sido chamado de "Casa do Bosque do
Líbano" (1 Rs 7.2).
Dos versos 24 ao 30, encontraremos palavras
contra Jeconias (também chamado de Joaquim ou Conias), em cujo reinado ocorreu
a primeira das principais deportações para a Babilônia. Foram palavras duras
que refletiam a indignação do Senhor por causa dele o qual seria lançado em
terra estrangeira para ali padecer até ao fim, sem qualquer esperança de
retorno.
Esse anel – vs. 24 - representava o seu
dono; sua rejeição é chocante. A promessa de renovação do reino davídico é
estendida posteriormente a Zorobabel, um descendente de Jeconias, usando a
mesma linguagem (Ag 2.23).
O clamor do vs. 29 é de arrepiar! Ó terra,
terra, terra! Pode-se ouvir nessa personificação da Terra Prometida, a tristeza
do Senhor diante da sua herança contaminada pelo pecado de Judá (2.7; 12.4).
Hoje também podemos exclamar igualmente: ó
terra, terra, terra; ouve a palavra do Senhor! A palavra do evangelho de seu
Filho que veio ao mundo salvar ao perdido.
Jr 22:1 Assim diz o Senhor:
Desce
à casa do rei de Judá, e anuncia ali esta palavra.
Jr
22:2 E dize:
Ouve
a palavra do Senhor, ó rei de Judá,
que
te assentas no trono de Davi; ouvi, tu, e os teus servos,
e
o teu povo, que entrais por estas portas.
Jr 22:3 Assim diz o Senhor:
Exercei
o juízo e a justiça,
e
livrai o espoliado da mão do opressor.
Não
façais nenhum mal ou violência ao estrangeiro,
nem
ao órfão, nem a viúva;
não
derrameis sangue inocente neste lugar.
Jr 22:4 Pois se deveras cumprirdes esta
palavra,
entrarão
pelas portas desta casa reis
que
se assentem sobre o trono de Davi,
andando
em carros e montados em cavalos,
eles,
e os seus servos, e o seu povo.
Jr 22:5 Mas se não derdes ouvidos a estas
palavras,
por
mim mesmo tenho jurado, diz o Senhor,
que
esta casa se tornará em assolação.
Jr 22:6 Pois assim diz o Senhor acerca
da casa do rei de Judá:
Tu
és para mim Gileade, e a cabeça do Líbano;
todavia
certamente farei de ti um deserto
e
cidades desabitadas.
Jr 22:7 E prepararei contra ti
destruidores, cada um com as suas armas;
os
quais cortarão os teus cedros escolhidos, e os lançarão no fogo.
Jr 22:8 E muitas nações passarão por
esta cidade,
e
dirá cada um ao seu companheiro:
Por
que procedeu o Senhor assim com esta grande cidade?
Jr 22:9 Então responderão:
Porque
deixaram o pacto do Senhor seu Deus,
e
adoraram a outros deuses, e os serviram.
Jr 22:10 Não choreis o morto, nem o
lastimeis;
mas
chorai amargamente aquele que sai; porque não voltará mais,
nem
verá a terra onde nasceu.
Jr 22:11 Pois assim diz o Senhor acerca
de Salum, filho de Josias, rei de Judá,
que
reinou em lugar de Josias seu pai, que saiu deste lugar:
Nunca
mais voltará para cá,
Jr
22:12 mas no lugar para onde o levaram cativo morrerá,
e
nunca mais verá esta terra.
Jr 22:13 Ai daquele que edifica a sua
casa com iniqüidade,
e
os seus aposentos com injustiça;
que
se serve do trabalho do seu próximo sem remunerá-lo,
e
não lhe dá o salário;
14
que diz:
Edificarei
para mim uma casa espaçosa, e aposentos largos;
e
que lhe abre janelas, forrando-a de cedro,
e
pintando-a de vermelhão.
Jr
22:15 Acaso reinarás tu, porque procuras exceder no uso de cedro?
O
teu pai não comeu e bebeu, e não exercitou o juízo
e
a justiça? Por isso lhe sucedeu bem.
Jr
22:16 Julgou a causa do pobre e necessitado;
então
lhe sucedeu bem.
Porventura
não é isso conhecer-me? diz o Senhor.
Jr
22:17 Mas os teus olhos e o teu coração não atentam
senão
para a tua ganância, e para derramar sangue inocente,
e
para praticar a opressão e a violência.
Jr
22:18 Portanto assim diz o Senhor acerca de Jeoiaquim,
filho
de Josias, rei de Judá: Não o lamentarão, dizendo:
Ai,
meu irmão! ou: Ai, minha irmã!
nem
o lamentarão, dizendo:
Ai,
Senhor! ou: Ai, sua majestade!
Jr
22:19 Com a sepultura de jumento será sepultado,
sendo
arrastado e lançado fora das portas de Jerusalém.
Jr
22:20 Sobe ao Líbano, e clama, e levanta a tua voz em Basã,
e
clama desde Abarim; porque são destruídos todos
os
teus namorados.
Jr
22:21 Falei contigo no tempo da tua prosperidade; mas tu disseste:
Não
escutarei.
Este
tem sido o teu caminho, desde a tua mocidade,
o
não obedeceres à minha voz.
Jr
22:22 O vento apascentará todos os teus pastores,
e
os teus namorados irão para o cativeiro;
certamente
então te confundirás,
Jr
22:23 e tu, que habitas no Líbano, aninhada nos cedros,
como
hás de gemer, quando te vierem as dores,
os
ais como da que está de parto!
Jr
22:24 Vivo eu, diz o Senhor, ainda que Conias,
filho
de Jeoiaquim, rei de Judá, fosse o anel do selo
da
minha mão direita, contudo eu dali te arrancaria;
Jr
22:25 e te entregaria na mão dos que procuram tirar-te a vida,
e
na mão daqueles diante dos quais tu temes,
a
saber, na mão de Nabucodonosor,
rei
de Babilônia, e na mão dos caldeus.
Jr
22:26 A ti e a tua mãe, que te deu à luz,
lançar-vos-ei
para uma terra estranha, em que não nascestes,
e
ali morrereis.
Jr
22:27 Mas à terra para a qual eles almejam voltar,
para
lá não voltarão.
Jr
22:28 E este homem Conias algum vaso desprezado e quebrado,
um
vaso de que ninguém se agrada?
Por
que razão foram ele e a sua linhagem arremessados
e
arrojados para uma terra que não conhecem?
Jr 22:29 Ó terra, terra, terra; ouve a
palavra do Senhor.
Jr
22:30 Assim diz o Senhor:
Escrevei
que este homem fica sem filhos,
homem
que não prosperará nos seus dias;
pois
nenhum da sua linhagem prosperará
para
assentar-se sobre o trono de Davi
e
reinar daqui em diante em Judá.
Apesar de Jeconias ter filhos
(1Cr 3.17-18), nenhum deles reinaria no trono de Davi. Em sua graça, Deus
ofereceu uma inversão dessa maldição a Zorobabel (Ag 2.23; 22.24), mas essa
inversão só se concretizou de fato quando Jesus, um descendente de Jeconias (Mt
1.12 – “Depois
da deportação para Babilônia nasceu a Jeconias, Salatiel; a Salatiel nasceu
Zorobabel;”), começou a reinar
no trono de Davi (Lc 1.32-33).
Se não fosse isso, essa graça do Senhor,
nem nós teríamos qualquer salvação e a semente messiânica teria chegado ao seu
fim, sem gerar o Messias esperado, aquele que esmagaria a cabeça da serpente e
poria fim à morte, com a sua própria morte.
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Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
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Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
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É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
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TRANSTORNANDO O CALVINISMO
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