Este livro falará dos livros do homem mais sábio do mundo que foram escritos, presume-se, por Salomão: Pv, Ec e Ct, os quais, por sua vez, fazem parte dos 5 livros poéticos e de sabedoria do AT (Jó, Sl, Pv, Ec, Ct).
Em provérbios há 31 capítulos como se houvesse uma sugestão implícita de
leitura diaria. Já o livro de Eclesiastes contém 12 capítulos, como que insinuando uma leitura por mês desse livro. E o livro de Cânticos dos Cânticos ou Cantares é um livro poético por natureza, de cunho
erótico-sagrado, cujo propósito é celebrar a bênção do amor romântico
entre o marido e a esposa.Vamos pregar a palavra de Deus
... A constante meditação nos livros poéticos e de sabedoria, em especial, esses escritos por Salomão em Provérbios, Eclesiastes e Cantares ou Cânticos dos Cânticos, servem para o espírito assim como a ginástica e os seus exercícios servem para os músculos, fortalecendo-os.
Título: OS LIVROS DO HOMEM MAIS SÁBIO DO MUNDO. Subtítulo: Pérolas de conhecimento em Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão Segmentados e Comentados. Edição: 1. ISBN: 9788582451038. Editora: SIMPLISSIMO - Ano: 2013 - Páginas: 123.
Estamos iniciando a décima primeira parte,
de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação
apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 21.
XI. JULGAMENTO E ESPERANÇA NOS ÚLTIMOS DIAS DE JUDÁ (21.1-24.10).
Veremos nesta parte que ainda que alguns
negassem a realidade, o julgamento de Judá seria inevitável. Esses capítulos
irão narrar o fim da dinastia davídica, deixando claro que a calamidade e o
exílio seriam o resultado do julgamento divino dos pecados dos reis, dos
profetas e do povo de Judá. O julgamento é enfatizado, mas o tema de esperança
de restauração futura também está presente.
Para melhor compreensão do assunto,
dividimos esta parte em três seções: A. Os governantes de Judá (21.1 - 23.8) – veremos agora; B. Os falsos profetas
(23.9-40); C. Uma distinção e a esperança futura (24.1-10).
A. Os governantes de Judá (21.1 - 23.8).
Na primeira parte que irá até o capítulo
23, veremos os governantes de Judá. Esses capítulos resumem o que Jeremias
tinha a dizer acerca dos últimos anos da monarquia em Judá durante o reinado de
Zedequias, antes da última Invasão babilônica e da destruição de Jerusalém em
586 a.C.
Esse material pode ser dividido em duas
seções também: (1) Palavras de condenação (21.1 - 23.2); e, (2) Palavras
contrastantes de esperança quanto à continuidade da linhagem davídica depois do
exílio (23.3-8).
(1) Palavras de condenação (21.1 - 23.2).
Desde o primeiro verso até o segundo do capítulo
23, veremos a explicação do por que a linhagem real de Judá seria julgada com
tamanha severidade pelo cativeiro babilônico.
Aqui temos, como já estamos cansados de ver,
em quase todos os capítulos, que a palavra de Deus veio a Jeremias. Ela veio no
momento da visita dos enviados do rei Zedequias, Pasur, filho de Malquias e
Sofonias, filho de Maaséias, ambos sacerdotes.
O objetivo deles era uma consulta ao
Senhor. É estranho que obedecendo ao rei, Pasur e Sofonias foram consultar
alguém que sabiam ser do Senhor, mas que ao mesmo tempo preferiam o
endurecimento de seus corações.
Zedequias, cujo nome significa "o Senhor
é minha justiça", manteve uma dependência hesitante de Jeremias, mas faltava-lhe
coragem moral para obedecer às advertências do profeta. (37.3,21; 38.3,14,19,24-26).
Repare que este Pasur, não é o mesmo homem
do capítulo anterior,pois aquele era
filho do sacerdote Imer e este de Malquias - 20.1; 21:1. Também este Sofonias não
era o profeta Sofonias (19.25,29; 37.3; 52.24).
Eles foram para perguntar e buscar
orientações sobre Nabucodonosor e sua peleja contra eles. Zedequias era um
títere de Nabucodonosor (37.1) que fazia dele o que bem entendia. Será a sua
rebelião posterior que provocará o ataque impiedoso do rei babilónio. Nabucodonosor
foi rei da Babilônia de 605 a 562 a.C.
Jeremias responde da parte do Senhor à
consulta feita ao Senhor por seu intermédio. A resposta do verso 4 não é nada
boa, antes muito dura. As suas próprias armas com que se defendiam ou usavam
para atacar, elas se voltariam contra eles para os destruírem.
O Senhor mesmo diz que ele é quem irá
pelejar contra eles. A linguagem usada nas guerras santas do Senhor se volta
assustadoramente contra o seu próprio povo (Dt 4.34; 5.15; 7.19; Am 5.18).
Deus se mostra enérgico e decidido. Com
ira, com indignação e com grande furor, ele pelejaria contra eles. (Dt 29.23.
21.8). E os ferirá de forma que nem os animais seriam poupados. Entram aqui os
seus três terríveis castigos: a peste, a fome e a espada. O instrumento disso
seria a Babilônia e outros inimigos que não teriam nada de piedade a favor
deles.
No verso 8, um ato da graça de Deus aos que
obedecerem a ele. Estariam diante deles dois caminhos: o caminho da vida e o
caminho da morte. (Veja Dt 30.15,19.).
O caminho da morte e da destruição terrível
aos que escolhessem ficar e lutar. Em sua graça, Deus ofereceu vida àqueles que
abandonassem as garantias falsas que os profetas e reis mentirosos haviam dado
ao povo em Jerusalém e no seu templo.
Seriam poupados os que se decidissem se
entregar e se renderem aos Babilônios.
O Senhor tinha decidido assim, pois seu
rosto estava contra a cidade para o mal e não para o bem, por causa do que
fizeram.
Esta era a palavra que Jeremias tinha para
Zedequias e seus enviados.
Era esperado de todos os reis de Judá que
julgassem o povo com justiça, uma vez que eram corregentes do Senhor, o justo
Rei do universo (23.5; 2Sm 8.15; lRs 3.28; Sl 72.1-2). Os que se esquecem da
justiça, oprimem os povos e na ganância constroem suas vidas, estão entrando em
juízo com o dono dessas terras que não terá piedade como não tiveram ao
planejarem, intentarem e executarem suas ações malignas.
Jr 21:1 A palavra que veio a Jeremias da
parte do Senhor,
quando
o rei Zedequias lhe enviou Pasur, filho de Malquias,
e
Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, dizendo:
Jr21:2
Pergunta agora por nós ao Senhor, por que Nabucodonosor,
rei
de Babilônia, guerreia contra nós;
porventura
o Senhor nos tratará segundo
todas
as suas maravilhas,
e
fará que o rei se retire de nós.
Jr 21:3 Então Jeremias lhes respondeu:
Assim
direis a Zedequias:
Jr21:4
Assim diz o Senhor, o Deus de Israel:
Eis
que virarei contra vos as armas de guerra,
que
estão nas vossas mãos, com que vós pelejais contra
o
rei de Babilônia e contra os caldeus,
que
vos estão sitiando ao redor dos muros,
e
ajuntá-los-ei no meio desta cidade.
Jr
21:5 E eu mesmo pelejarei contra vós com mão estendida,
e
com braço forte, e em ira, e em furor,
e
em grande indignação.
Jr
21:6 E ferirei os habitantes desta cidade,
tanto
os homens como os animais; de grande peste morrerão.
Jr
21:7 E depois disso, diz o Senhor, entregarei Zedequias,
rei
de Judá, e seus servos, e o povo,
e
os que desta cidade restarem
da
peste, e da espada, e da fome,
sim
entregá-los-ei na mão de Nabucodonosor,
rei
de Babilônia, e na mão de seus inimigos,
e
na mão dos que procuram tirar-lhes a vida;
e
ele os passará ao fio da espada;
não
os poupará, nem se compadecerá, nem terá misericórdia.
Jr
21:8 E a este povo dirás:
Assim
diz o Senhor:
Eis
que ponho diante de vós
o
caminho da vida e o caminho da morte.
Jr
21:9 O que ficar nesta cidade há de morrer
à
espada, ou de fome, ou de peste;
mas
o que sair, e se render aos caldeus, que vos cercam,
viverá,
e terá a sua vida por despojo.
Jr
21:10 Porque pus o meu rosto contra esta cidade para mal,
e
não para bem, diz o Senhor; na mão do rei de Babilônia
se
entregará, e ele a queimará a fogo.
Jr
21:11 E à casa do rei de Judá dirás:
Ouvi
a palavra do Senhor:
Jr21:12 O casa de Davi, assim
diz o Senhor:
Executai justiça pela manhã,
e
livrai o espoliado da mão do opressor,
para
que não saia o meu furor como fogo, e se acenda,
sem
que haja quem o apague,
por
causa da maldade de vossas ações.
Jr
21:13 Eis que eu sou contra ti, ó moradora do vale,
ó
rocha da campina, diz o Senhor; contra vós que dizeis:
Quem
descerá contra nós?
ou:
Quem entrará nas nossas moradas?
Jr
21:14 E eu vos castigarei segundo o fruto das vossas ações,
diz
o Senhor;
e no seu bosque acenderei fogo
que consumirá a
tudo o que está em redor dela.
No verso 13, o Senhor adverte a moradora do
vale que ousada se achava protegida pela sua geografia. A posição
comparativamente bem fortificada de Jerusalém (protegida por vales em três
lados, ainda que exposta do lado norte) poderia gerar uma falsa sensação de
segurança (7.4).
Quem nos protege não é a segurança
reforçada, mas o Senhor. Se desprezarmos isso, seremos desprezados ainda que
classificados como segurança máxima. A confiança deles somente tinha um pé ou
dois. Seria necessário um terceiro para garantir o equilíbrio.
O castigo viria – vs. 14 - segundo o fruto
das ações deles. Apesar de serem extremamente severos, os julgamentos de Deus
que estavam prestes a sobrevir contra Judá eram merecidos. Esse é um dos temas
principais do livro de Jeremias.
Estamos concluindo a décima parte, de nossa
divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada
pela BEG. Estamos no capítulo 20.
X. DEUS COMO OLEIRO (18.1-20.18) - continuação.
Como já dissemos, estamos vendo Jeremias
transmitindo lições aprendidas na casa do oleiro. O tema central é o Senhor
trabalhando como um oleiro.
Essa parte foi dividida em cinco seções: A.
Na casa do oleiro (18.1-17) – já vista;
B. Oposição a Jeremias (18.18-23) – já
vista; C. A quebra simbólica da botija (19.1-15) – já vista; D. Mais oposição a Jeremias (20.1-6) –
veremos agora; e, E. O lamento de Jeremias (20.7-18) – veremos agora.
D. Mais oposição a Jeremias (20.1-6).
Até ao verso 6, estaremos vendo um pouco
mais de oposição ao homem de Deus que estava ali anunciando a palavra de Deus.
Na verdade, na verdade, a oposição era a Deus e não a Jeremias, seu
representante oficial, como nós o somos de Cristo nesta terra.
Somos embaixadores de Cristo e temos a
missão cobiçada por anjos de anunciar o evangelho a toda criatura e assim o
faremos para a glória de Deus, quer enfrentemos, quer sejamos livres dos Pasur
pelos nossos caminhos.
Pasur era um sacerdote. Isso que é
terrível, a oposição não vinha de lá de fora, mas de dentro da casa do Senhor
por aqueles que deveriam ser responsáveis pela pregação legítima da palavra de Deus.
O sacerdote (Pasur) reage de maneira
enérgica ao ato simbólico de Jeremias e o profeta responde transmitindo mais
ameaças de Deus.
Jeremias era mesmo corajoso e valoroso com
fortes convicções e tremenda noção da sua responsabilidade e da soberania de Deus
sobre todos.
Ao que parece, Pasur era um nome comum.
Veja 21.1; 38.1 — é possível que cada passagem se refira a um homem diferente.
Observar que os anciãos dos sacerdotes, talvez Pasur entre eles. testemunharam
os atos de Jeremias no vale (19.1).
Pasur era presidente ou superintendente na
casa do Senhor e ouvindo Jeremias profetizar, o feriu. Talvez no cumprimento do
seu dever como presidente da Casa do Senhor, como em 29.26 (Dt 25.2-3), mas
extrapolando sua autoridade.
O episódio de 15.18 (Jeremias se lamentando
de seu duro ofício) mostra claramente que a pregação profética fiel acarretava
certos riscos ao profeta (veja Gn 3.15; 2Co 13-7; 2Tm 3.12). Jeremias era
verdadeiro profeta, apesar da ação legal executada contra de.
Pasur, cujo nome significa “prosperidade
por todos os lados”, indignado com o profeta e com Deus, o coloca num cepo (tronco
de uma árvore próximo à porta do templo), na parte superior de Benjamim, na
casa do Senhor para ali passar a noite. Somente no dia seguinte é que ele o
retira de lá, mas Jeremias ainda tinha uma palavra profética para ele.
Ele não mais seria prosperidade por todos
os lados, mas Terror-Por-Todos-Os-Lados, pois Jeremias anuncia que doravante
ele não se chamará mais Pasur, mas Migor-Missabibe. (Veja 6.25). O novo nome
simbólico dado a Pasur o equipara aos inimigos de Judá, uma vez que ele
representava a rejeição oficial de Judá das palavras proféticas salvadoras.
Veja 26.7-9.
A intenção de Pasur era que os seus atos e
suposto ministério beneficiassem Judá, mas o resultado final seria exílio e
morte.
É possível que, por ocasião da primeira
invasão de Judá, em 605 a.C., Nabucodonosor já estivesse às portas de
Jerusalém. Pasur era um falso profeta (vs. 6; 14.13). Recebeu o castigo
reservado para as classes dominantes em geral (veja 2Rs 24.14).
E. O lamento de Jeremias (20.7-18)
Até ao final deste capítulo, estaremos
vendo o lamento de Jeremias. Essa é a sexta 'confissão" de Jeremias (11.18-23).
O profeta se queixa novamente da oposição que enfrenta ao proclamar a palavra
de Deus a Judá.
Apesar do lamento ser uma forma legítima de
oração, é possível que, nesse caso, Jeremias tenha passado dos limites
aceitáveis da queixa diante de Deus. De qualquer modo, o profeta encontrava-se
completamente desesperado diante dos maus tratos terríveis que havia sofrido
nas mãos de seus opositores.
Jeremias não havia antevisto as provações
que acompanhariam a sua incumbência de profeta e considerava o seu chamado
(especialmente, talvez, 1.7-8) um fardo pesado, por isso que ele exclama que
foi persuadido e persuadido ficou, que foi encantado por causa da força e do
poder do Senhor que o cativaram – vs. 7.
Ele se queixa de que suas palavras somente
são de destruição e de juízo. O profeta não podia resistir ao chamado divino
para proferir a sua mensagem de ira vindoura.
Ele até pensou em desistir – vs. 9 -, mas
não pode resistir ao fogo que arde em seu peito. Ao que parece, a compulsão de
falar exercia uma pressão física a que ele não podia resistir (veja Am 3.8; 1Co
9.16; 2Co 5.14).
Ele ouve a maquinação dos que lhe são
contrários e que se zangam com a palavra que está nele, mas ele não se deixa
levar e permanece firme em seu propósito de continuar sendo um grande
instrumento de Deus, útil em toda sua obre e chamado.
Ele sabe que o Senhor está com ele, apesar
de tudo o que lhe acontece. O caminho dos que abandonam o Senhor é de tropeço e
de queda e ele sabe que o fim deles se aproximava veloz.
A primeira impressão que temos de Jeremias
é que ele começa a amaldiçoá-los e a lançar imprecações, mas reparando bem, ele
não está fazendo isso, mas antes antevendo as consequências naturais daquelas
péssimas escolhas de suas vidas, se afastando e rejeitando ao Senhor.
Ele ora a Deus para que Deus permita que
ele veja a queda deles – vs. 12 - uma vez que ele estava se fiando no Senhor e
pregando a sua palavra, mas eles, estavam se recusando a ouvi-lo.
No verso 13, ele canta ao Senhor e o louva,
pois o Senhor é aquele que livra a alma do necessitado da mão dos malfeitores.
Jr 20:1 Ora Pasur, filho de Imer, o
sacerdote,
que
era superintendente da casa do Senhor,
ouviu
Jeremias profetizar estas coisas.
Jr
20:2 Então feriu Pasur ao profeta Jeremias,
e
o meteu no cepo que está na porta superior de Benjamim,
na
casa do Senhor.
Jr
20:3 No dia seguinte,
quando
Pasur o tirou do cepo Jeremias lhe disse:
O
Senhor não te chama Pasur,
mas
Magor-Missabibe.
Jr
20:4 Porque assim diz o Senhor:
Eis
que farei de ti um terror para ti mesmo,
e
para todos os teus amigos.
Eles
cairão à espada de seus inimigos,
e
teus olhos o verão.
Entregarei
Judá todo na mão do rei de Babilônia;
ele
os levará cativos para Babilônia,
e
matá-los-á à espada.
Jr
20:5 Também entregarei todas as riquezas desta cidade,
todos
os seus lucros,
e
todas as suas coisas preciosas,
sim,
todos os tesouros dos reis de Judá
na
mão de seus inimigos,
que
os saquearão e, tomando-os,
os
levarão a Babilônia.
Jr
20:6 E tu, Pasur, e todos os moradores da tua casa
ireis
para o cativeiro; e virás para Babilônia,
e
ali morrerás, e ali serás sepultado,
tu,
e todos os teus amigos,
aos
quais profetizaste falsamente.
Jr 20:7 Seduziste-me, ó Senhor, e
deixei-me seduzir;
mais
forte foste do que eu, e prevaleceste;
sirvo
de escárnio o dia todo; cada um deles zomba de mim.
Jr
20:8 Pois sempre que falo, grito, clamo:
Violência
e destruição; porque se tornou a palavra do Senhor
um
opróbrio para mim, e um ludíbrio o dia todo.
Jr
20:9 Se eu disser:
Não
farei menção dele, e não falarei mais no seu nome,
então
há no meu coração um como fogo ardente,
encerrado
nos meus ossos,
e
estou fatigado de contê-lo, e não posso mais.
Jr
20:10 Pois ouço a difamação de muitos, terror por todos os lados!
Denunciai-o!
Denunciemo-lo!
dizem
todos os meus íntimos amigos,
aguardando
o meu manquejar;
bem
pode ser que se deixe enganar;
então
prevaleceremos contra ele e nos vingaremos dele.
Jr
20:11 Mas o Senhor está comigo como um guerreiro valente;
por
isso tropeçarão os meus perseguidores,
e
não prevalecerão;
ficarão
muito confundidos, porque não alcançarão êxito,
sim,
terão uma confusão perpétua
que
nunca será esquecida.
Jr
20:12 Tu pois, ó Senhor dos exércitos, que provas o justo,
e
vês os pensamentos e o coração, permite que eu veja a tua
vingança
sobre eles;
porque
te confiei a minha causa.
Jr
20:13 Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor;
pois
livrou a alma do necessitado da mão dos malfeitores.
Jr
20:14 Maldito o dia em que nasci;
não
seja bendito o dia em que minha mãe me deu à luz.
Jr
20:15 Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo:
Nasceu-te
um filho, alegrando-o com isso grandemente.
Jr
20:16 E seja esse homem como as cidades que o senhor destruiu
sem
piedade; e ouça ele um clamor pela manhã,
e
um alarido ao meio-dia.
Jr
20:17 Por que não me matou na madre?
assim
minha mãe teria sido a minha sepultura,
e
teria ficado grávida perpetuamente!
Jr
20:18 Por que saí da madre, para ver trabalho e tristeza,
e
para que se consumam na vergonha os meus dias?
Já nos versos 14 e 15 parece que Jeremias
surtou. São, de fato, um grande lamento, a ponto de ele mesmo se desesperar e
amaldiçoar o dia de seu nascimento e o homem que deu notícias ao seu pai. Sobre
eles, ele lança palavras insensatas que mostram seu grau de perturbação diante
da grande provação que estava passando.
Ao expressar o desejo de ter morrido antes
de nascer, Jeremias indica o seu desprazer extremo diante da incumbência de
transmitir a mensagem de julgamento divino e lamenta o sofrimento infligido
sobre ele pelo seu povo em resposta às suas profecias (vs. 7-10).
Essa ideia monstruosa (que continua no vs.
18) é um ataque violento à escolha divina do profeta antes do seu nascimento
(1.5).
Estamos na décima parte, de nossa divisão
proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG.
Estamos no capítulo 19.
X. DEUS COMO OLEIRO (18.1-20.18) - continuação.
Como já dissemos, estamos vendo Jeremias
transmitindo lições aprendidas na casa do oleiro. O tema central é o Senhor
trabalhando como um oleiro.
Essa parte foi dividida em cinco seções: A.
Na casa do oleiro (18.1-17) – já vista;
B. Oposição a Jeremias (18.18-23) – já
vista; C. A quebra simbólica da botija (19.1-15) – veremos agora; D. Mais oposição a Jeremias (20.1-6); e, E. O
lamento de Jeremias (20.7-18).
C. A quebra simbólica da botija (19.1-15).
Estamos aqui vendo a quebra da botija ou a
quebra simbólica da botija. Deus instruiu Jeremias a comprar uma botija e destruí-la
para ilustrar a destruição que estava preste a sobrevir a Jerusalém e ao
templo.
O Senhor lhe dirige a palavra dando claras
instruções – vs. 1 - para a compra de uma botija de oleiro à semelhança da
botija que ele acabara de presenciar o oleiro consertar uma vez que quando observava
ela se desfez e Deus aproveitou para dizer a ele, Jeremias, que assim também
poderia fazer conosco.
Jeremias foi orientado pelo Espírito Santo
a ir ao vale do filho de Hinom, que está à entrada – vs. 2 - da Porta do Oleiro,
ou da Porta Harsite. Era esta a porta da cidade que dava para o lado sul.
Possivelmente, a Porta do Monturo (Ne 2.13).
Seria nesse lugar que Jeremias deveria
dizer-lhes as palavras do Senhor. A palavra era destinada aos reis e a todos os
moradores de Jerusalém. Era uma palavra muito dura e que dizia que o Senhor
faria vir aquele lugar uma tão terrível calamidade que iria ela retinir-lhes
aos ouvidos.
Palavras semelhantes às de 2Rs 21.12, uma
passagem que também trata do julgamento de Judá e Jerusalém pelas mãos dos
babilônios. Estão em vista aqui o caráter público do julgamento.
A razão para isso era que teriam deixado ao
Senhor e ainda profanado o lugar com queimas de incensos a outros deuses que
jamais conheceram nem eles, nem seus pais, nem os eis de Judá.
Também edificaram altos a Baal para
queimarem seus filhos em sacrifícios que jamais passou pelo pensamento do
Senhor pedir isso ao seu povo.
Era isso a assimilação cultural da época e
a imitação de outras nações as quais deveriam eles ter subjugado e não agora
estarem sendo levados cativos.
Em consequência o Senhor iria julgar aquela
terra e fazer caíremà espada, sendo seus
cadáveres entregues às aves dos céus e aos animais da terra
(espada-aves-animais).
O Senhor faria da cidade um lugar de
espanto e de assobios por causa de suas pragas que lembrariam a todos o quanto
aquela cidade tinha se desviado do Senhor e feito escolhas erradas.
Assim como ofereceram seus filhos em sacrifícios,
o Senhor os levaria a comer as carnes de seus filhos e filhas e cada um do seu
próximo. O canibalismo ocorreu durante o cerco de 586 a.C. (Lm 2.20), mas
também antes disso (2Rs 6.28-29) e depois, no cerco romano a Jerusalém em 70
d.C.
A que situação, sem o Senhor, podemos
chegar? Em minhas oportunidades de aconselhamentos, eu logo falo, para chocar
mesmo, com quem estou dirigindo as palavras: - Que tal retirarmos Deus de nosso
cenário? Se assim o fizermos, estaremos livres para fazermos o que bem
entendermos sem nos preocuparmos com qualquer coisa. Ou seja, Fulano está nos
chateando? Matemo-lo e depois o cozinhemos. Ai a pessoa fica sem graça e
entende que não há como retirar Deus do cenário e tem agora de se curvar às
suas leis e mandamentos.
No verso dez, o Senhor fala para Jeremias
quebrar a botija que ele orientou ele a comprar – vs. 1. Este ponto culminante
da cena é mais um ato profético simbólico à semelhança do cinto de 13.1-11. Uma
vez que não era mais maleável o vaso (contrastar com 18.4), o jarro só servia
para ser quebrado (Sl 2.9).
Jr 19:1 Assim disse o Senhor:
Vai,
e compra uma botija de oleiro,
e
leva contigo alguns anciãos do povo
e
alguns anciãos dos sacerdotes;
Jr
19:2 e sai ao vale do filho de Hinom,
que
está à entrada da Porta Harsite,
e
apregoa ali as palavras que eu te disser;
Jr 19:3 e dirás:
Ouvi
a palavra do Senhor, ó reis de Judá, e moradores de Jerusalém.
Assim
diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel:
Eis
que trarei sobre este lugar uma calamidade tal
que
fará retinir os ouvidos de quem quer que
dela
ouvir.
Jr
19:4 Porquanto me deixaram, e profanaram este lugar,
queimando
nele incenso a outros deuses,
que
nunca conheceram, nem eles nem seus pais,
nem
os reis de Judá;
e
encheram este lugar de sangue de inocentes.
Jr
19:5 E edificaram os altos de Baal, para queimarem
seus
filhos no fogo em holocaustos a Baal;
o
que nunca lhes ordenei, nem falei,
nem
entrou no meu pensamento.
Jr
19:6 Por isso eis que dias vêm, diz o Senhor,
em
que este lugar não se chamara mais Tofete,
nem
o vale do filho de Hinom,
mas
o vale da matança.
Jr
19:7 E tornarei vão o conselho de Judá e de Jerusalém
neste lugar, e os
farei cair à espada diante de seus
inimigos
e pela mão dos que procuram tirar-lhes
a
vida. Darei os seus cadáveres por pasto
as
aves do céu e aos animais da terra.
Jr
19:8 E farei esta cidade objeto de espanto e de assobios;
todo
aquele que passar por ela se espantará,
e
assobiará, por causa de todas as suas pragas.
Jr
19:9 E lhes farei comer a carne de seus filhos,
e
a carne de suas filhas, e comerá cada um a carne
do
seu próximo, no cerco e no aperto em que
os
apertarão os seus inimigos,
e
os que procuram tirar-lhes a vida.
Jr 19:10 Então quebrarás a botija à
vista dos homens que foram contigo,
Jr
19:11 e lhes dirás:
Assim
diz o Senhor dos exércitos:
Deste
modo quebrarei eu a este povo,
e
a esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro,
de
sorte que não pode mais refazer-se;
e
os enterrarão em Tofete, porque não haverá outro
lugar
para os enterrar.
Jr
19:12 Assim farei a este lugar e aos seus moradores,
diz
o Senhor; sim, porei esta cidade como Tofete.
Jr
19:13 E as casas de Jerusalém, e as casas dos reis de Judá,
serão
imundas como o lugar de Tofete,
como
também todas as casas, sobre cujos terraços
queimaram
incenso a todo o exército dos céus,
e
ofereceram libações a deuses estranhos.
Jr 19:14 Então voltou Jeremias de
Tofete, aonde o tinha enviado o Senhor
a
profetizar; e pôs-se em pé no átrio da casa do Senhor,
e
disse a todo o povo:
Jr
19:15 Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel:
Eis
que trarei sobre esta cidade, e sobre todas as suas
cercanias,
todo o mal que pronunciei contra ela,
porquanto
endureceram a sua cerviz,
para
não ouvirem as minhas palavras.
Depois de quebrar e falar as duras palavras
da quebra do vaso que não permite conserto, no verso 11, há um reforço dessa
sentença uma vez que o povo estava endurecido pelo pecado. Judá não podia ser
moldado novamente, mas apenas destruído.
Uma vez destruídos, seriam enterrados em
Tofete. Josias havia profanado Tofete – 2Rs 23.10 – que está no Vale de Hinom. Em
Tofete, como já salientado, crianças eram sacrificadas no vale do Filho de
Hinom, fora de Jerusalém.
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