Ressaltamos que II Coríntios foi escrita
para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e
encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo
a parte III, cap. 8/13.
Breve
síntese do capítulo 8.
Eu acredito que nós cristãos estejamos sem uma liderança mundial,
apostólica, católica (no sentido de um universal), para o nosso próprio bem.
Se já com tantos ministérios existentes independentes, temos tantos
problemas com riquezas e dinheiro, imagina tudo concentrado nas mãos de atuais
“apóstolos”? Nem quero pensar.
Quem cuida das coisas de Deus acaba tendo que cuidar de muita grana, mas
muita mesmo. O que fazer com elas (com as riquezas) para não se contaminar e
também não desprezar aquilo que Deus está nos confiando?
Fugir, não é o caminho. Ignorar, é uma péssima escolha. Aquele que está à
frente de uma grande obra, precisa ser um mordomo fiel, tanto na presença dos
homens, quanto diante de Deus.
Veja
o capítulo 8 de II Coríntios segmentado e a preocupação de Paulo no tocante a
este assunto.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A OFERTA PARA OS CRISTÃOS EM JERUSALÉM (8.1-9.15)
Os coríntios não haviam terminado de fazer
a coleta da oferta para os pobres da igreja de Jerusalém. Paulo relembrou-os do
privilégio que eles tinham, como o corpo de Cristo, de cuidar dos crentes em
Jerusalém.
Nesse ponto, Paulo mudou para um tópico
muito importante nessa epístola: a coleta de dinheiro para os crentes pobres em
Jerusalém (veja também At 18.21-22; Rm 15.25-28; 1Co 16.1-4).
Sua discussão é dividida em três partes: o
exemplo dado pelos crentes da Macedônia (8.1-7), o exemplo de Jesus (8.8-9) e a
pedido moderado de ajuda (8.10-9.15). Elas gerarão a seguinte divisão que
estaremos seguindo doravante: A. O exemplo da Macedônia (8.1-7) – veremos agora; B. O exemplo de Jesus
(8.8-9) – veremos agora; e, C. Um
pedido razoável (8.10-9.5) – começaremos
a ver agora também.
A. O exemplo da Macedônia (8.1-7).
Paulo começou o seu apelo por assistência
financeira para a igreja em Jerusalém dizendo aos coríntios o quão
generosamente os crentes da Macedônia haviam doado.
Isso aconteceu em decorrência da graça de
Deus a eles. A habilidade deles em dar dinheiro para ajudar outros cristãos em
necessidade foi um resultado da graça de Deus, porque Deus havia concedido
tanto os recursos como o desejo de doar às igrejas da Macedônia: Filipos,
Tessalônica e Bereia.
O que se depreende da leitura do texto é
que eles não doaram do que sobrava, antes foi no meio da mais severa
tribulação. Duas coisas se destacam aí: uma grande alegria em ajudar; e uma
extrema pobreza (falta de recursos), mas isso não os impediu de generosamente
ofertar e isso foi uma rica generosidade, sem igual.
Eles, de boa vontade, se mostraram
voluntários. Paulo motivou os coríntios ao elogiar (vs. 2) as igrejas pobres na
Macedônia (no norte da Grécia) pela generosidade delas quando à igreja
comparativamente rica (vs. 14) de Corinto (na Acaia, no sul da Grécia) não
havia ainda dado a sua contribuição.
Havia neles um prazer em querer ofertar e
ajudar, pois assim consideravam isso um privilégio poder participar da assistência
aos santos – vs. 4.
Paulo esperava cooperação, mas isso superou
as suas expectativas. Eles não somente fizeram como nós esperávamos – vs. 5 –
foram muito mais além do que o esperado. Deram-se a si mesmos primeiro ao
Senhor. Eles dedicaram novamente suas vidas ao serviço do Senhor, a obedecer a
Paulo e a compartilhar do seu ministério.
A igreja em Corinto era forte de muitas
maneiras. Seus membros tinham muitos dons espirituais (1 Co 12-14), incluindo
grande fé, sabedoria, dons de língua, zelo e amor.
Repare que o destaque deles foi em tudo –
vs. 7:
·Na fé.
·Na palavra.
·No conhecimento.
·Na dedicação completa.
·No
amor que tinham por eles.
Destarte, Paulo pede, finalmente que eles
se destaquem também neste privilégio de contribuir.
B. O exemplo de Jesus (8.8-9).
Nos vs. 8 e 9, ele fala do exemplo de
Jesus. Paulo apelou em seguida para o exemplo do auto sacrifício de Jesus como
motivação para que eles ajudassem a igreja em Jerusalém.
Paulo preferia que a doação fosse
voluntária. Embora tivesse grande autoridade, preferia pedir em vez de exigir
(p. ex., Fm 8-9). Aqui está um bom padrão para todas as autoridades seguirem.
Na glória e na honra que eram eternamente
dele no céu, Jesus Cristo se fez pobre. Ele desistiu de sua glória no céu para
viver, sofrer e morrer como uni homem. Os coríntios, como Cristo, deveriam dar
a si mesmos para a causa de outros. Também nós os crentes atuais do século XXI,
não é mesmo?
C. Um pedido razoável (8.10-9.5).
Deste ponto em diante, de 8.10 a 9.15,
veremos um apelo razoável. Na análise final, Paulo havia pedido muito pouco
para os coríntios. Ele os incentivou com um programa razoável e prático para
coletar fundos para Jerusalém.
Eles haviam começado a dar de acordo com as
instruções de Paulo em 1 Co 16.1-3.
Assim como em toda a vida cristã, assim é
no dar: as ações precisam acontecer por bons motivos e os bons motivos devem
ser demonstrados pelas ações.
Assim como a oferta da viúva pobre em Mc
12.41-44, assim é aqui. A intensidade do desejo do doador e o desejo de dar
generosamente é agradável a Deus, mesmo quando o presente é pequeno porque o
doador é pobre.
Isso não é feito segundo o que ele não tem.
Uma advertência contra dar ou prometer dar uma quantia de dinheiro maior do que
os próprios recursos ou habilidades, esperando que Deus pagará de volta a
quantia.
Isso é testar Deus (Lc 4.12). As pessoas
devem dar na medida em que Deus as capacita (1 Co 16.2). Mesmo assim o outro (e
mais ainda comum) erro é a falha em dar imediatamente e generosamente quando
Deus providencia uma renda adicional.
O segredo não é a coisa nem a quantia, mas
a boa mente, o culto racional a Deus pela oferta, a fé e o amor. O pouco com
Deus é muito e o muito, sem Deus, não é nada. Ou seja, o recurso e a coisa não
são feitas pela quantidade, mas pelas bênçãos de Deus.
O que é mais importante para uma igreja
beneficiada que também presta assistência social, diante de Deus? Uma enorme
quantia de 280 milhões de oferta ou uma pequena e abençoada oferta de 200,00
reais? Deus, por acaso, precisa de dinheiro? A igreja precisa de dinheiro? Sim,
com certeza, ela precisa de recursos financeiros, mas, em primeiro lugar, ela
precisa muito mais de Deus do que do bem, da provisão.
O desejo de Paulo não era aliviar ou
sobrecarregar ninguém, mas que houvesse igualdade – vs. 13. A palavra traduzida
"igualdade" pode significar "justiça" que é o significado
que ela toma em Cl 4.1. Isso clama por equidade em vez de estritamente
igualdade.
Em nenhum outro lugar nos escritos de Paulo
ele indicou que queria que todos os cristãos tivessem posses iguais ou lucros
iguais. Aqui ele expressou o desejo de que deveria haver uma distribuição justa
na tarefa de cuidar dos pobres.
Paulo cita as Escrituras no vs. 15. Ele se
referiu a Êx 16.18, que diz aqueles que juntavam mais maná compartilhavam com
aqueles que juntavam menos; ele aplicou esse princípio aos coríntios, que
deveriam compartilhar com aqueles que estavam em necessidade.
Paulo enviou Tito de volta para Corinto
antes dele. Com Tito, ele enviou um irmão cujo louvor no evangelho estava
espalhado por todas as igrejas. Esse irmão cristão não é identificado aqui.
Essa pode ser uma referência ao companheiro
frequente de Paulo que era Lucas (o nome mais proposto comumente), mas Barnabé
e Tíquico (At 20.4) também têm sido propostos, assim como muitos outros. Não há
informações suficientes para que uma identificação definitiva possa ser feita.
Também esse irmão tinha sido eleito pelas
igrejas. Isso sugere algum papel congregacional na eleição dos representantes
para acompanharem Paulo.
Percebe-se que a motivação de Paulo era a
glória do próprio Senhor e também demonstrar a disposição deles para com os
coríntios. A doação de dinheiro e a administração apropriada dessa oferta não é
mundana ou não espiritual, porque em si mesma ela honra o Senhor.
Paulo tinha o mais alto nível de
integridade pessoal e sabedoria prática. Ele desejava certificar aos coríntios
que não iria usar de maneira incorreta nem mesmo uma ínfima parte da oferta que
seria enviada a Jerusalém.
Ele insistiu para que representantes
confiáveis de diversas igrejas o acompanhassem (At 20.4), a fim de evitar a
aparência de algum tipo de má ação. Esses homens também providenciariam
proteção para Paulo contra ladrões ou judeus hostis (At 20.3).
A identidade do irmão do vs. 22 também não
é conhecida. O que se sabe dele é que ele era muito dedicado, principalmente
por causa da grande confiança que ele tinha neles.
A doação dos coríntios seria conhecida não
somente por Deus, mas também por muitas outras igrejas. Isso permitiria que
outros cristãos adorassem a Deus pelos bons feitos realizados por meio dos
crentes de Corinto, assim como Paulo e seus companheiros de trabalho ficaram orgulhosos
da boa obra que Deus havia realizado e continuava a realizar na igreja de
Corinto.
II Co 8:1 Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus
concedida às
igrejas da Macedônia;
II Co 8:2 porque, no meio de muita prova de tribulação,
manifestaram
abundância de alegria,
e a profunda pobreza deles
superabundou em
grande riqueza da sua generosidade.
II Co 8:3 Porque eles, testemunho eu,
na medida de suas
posses
e mesmo acima
delas,
se
mostraram voluntários,
II
Co 8:4 pedindo-nos,
com
muitos rogos, a graça de participarem
da assistência aos santos.
II Co 8:5 E não somente fizeram como nós esperávamos,
mas também deram-se
a si mesmos
primeiro
ao Senhor,
depois
a nós,
pela
vontade de Deus;
II Co 8:6 o que nos levou a recomendar a Tito que,
como começou,
assim
também complete esta graça entre vós.
II Co 8:7 Como, porém,
em tudo,
manifestais
superabundância,
tanto
na fé
e
na palavra
como
no saber,
e
em todo cuidado,
e
em nosso amor para convosco,
assim
também
abundeis
nesta graça.
II Co 8:8 Não vos falo na forma de mandamento,
mas para provar,
pela
diligência de outros,
a
sinceridade do vosso amor;
II Co 8:9 pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo,
que, sendo rico,
se
fez pobre por amor de vós,
para
que, pela sua pobreza,
vos
tornásseis ricos.
II Co 8:10 E nisto dou minha opinião;
pois a vós outros, que, desde o ano passado,
principiastes não só a
prática, mas também o querer,
convém isto.
II Co 8:11 Completai, agora,
a obra começada,
para que,
assim
como revelastes prontidão no querer,
assim
a leveis a termo,
segundo
as vossas posses.
II Co 8:12 Porque, se há boa vontade,
será aceita
conforme o que o homem tem
e não segundo o que ele não
tem.
II Co 8:13 Porque não é para que os outros tenham alívio, e vós,
sobrecarga;
mas para que haja
igualdade,
II
Co 8:14 suprindo a vossa abundância,
no
presente,
a
falta daqueles,
de
modo que a abundância daqueles
venha
a suprir a vossa falta,
e,
assim,
haja
igualdade,
II Co 8:15 como está escrito:
O que muito colheu
não teve demais;
e o que pouco, não
teve falta.
II Co 8:16 Mas graças a Deus,
que pôs no coração
de Tito
a
mesma solicitude por amor de vós;
II Co 8:17 porque
atendeu ao nosso apelo
e, mostrando-se
mais cuidadoso,
partiu
voluntariamente para vós outros.
II
Co 8:18 E, com ele, enviamos o irmão
cujo
louvor no evangelho
está
espalhado por todas as igrejas.
II
Co 8:19 E não só isto, mas foi também eleito pelas igrejas
para
ser nosso companheiro
no
desempenho desta graça ministrada por nós,
para
a glória do próprio Senhor
e
para mostrar a nossa boa vontade;
II Co 8:20
evitando, assim,
que
alguém nos acuse em face desta generosa dádiva
administrada por nós;
II Co 8:21 pois o
que nos preocupa
é
procedermos honestamente,
não
só perante o Senhor,
como
também diante dos homens.
II Co 8:22 Com eles, enviamos nosso irmão
cujo zelo,
em
muitas ocasiões
e de
muitos modos,
temos
experimentado;
agora, porém,
se mostra ainda
mais zeloso
pela
muita confiança em vós.
II Co 8:23 Quanto a Tito,
é meu companheiro
e cooperador
convosco;
quanto a nossos irmãos,
são mensageiros das
igrejas
e glória de Cristo.
II Co 8:24 Manifestai, pois,
perante as igrejas,
a prova
do vosso amor
e da
nossa exultação
a
vosso respeito
na
presença destes homens.
Este capítulo falou de ofertas, de doações, de fidelidade, de boa
vontade para ofertar e contribuir e, principalmente, de igualdade, como em um
comunismo perfeito e teórico onde tudo é comum e todos tem tudo igual.
Por que os evangélicos não têm uma liderança mundial, apostólica,
universal? Creio que isso é a própria providência divina para que não haja
contaminação política e acumulação de riquezas em nome de Cristo.
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
Ressaltamos que II Coríntios foi escrita
para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e
encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo
a parte II, cap. 7/13.
Breve
síntese do capítulo 7.
Ele começa nos falando das promessas de
Deus e dos papéis ativos que devemos ter diante disso, ou seja, devemos nos
aperfeiçoar sempre e buscar a santidade.
Seria isso como aprender a separar a graça
da responsabilidade humana. Graça é o favor imerecido da parte de Deus que
somente ele pode fazer e responsabilidade humana é o que podemos e devemos
fazer nesse processo.
Depois disso, Paulo vai demonstrar sua
alegria com a chegada de Tito e com as notícias que ele trazia de que os
coríntios tinham se arrependido, segundo Deus e não segundo o mundo.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. EXPLICAÇÃO SOBRE O MINISTÉRIO DE PAULO (1.3-7.16) - continuação.
Nós já explicamos que como os coríntios
haviam interpretado mal as ações e motivações de Paulo, ele começou a carta com
uma explicação de algumas coisas que haviam acontecido desde que os havia visto
pela última vez, especialmente as maravilhas do seu ministério na nova aliança.
Assim, dividimos esta parte, conforme a
BEG, em seis seções: A. Gratidão pelo consolo de Deus (1.3-11) – já vimos; B. Explicação sobre a mudança
de planos (1.12-2.4) – já vimos; C.
Perdão de um pecador penitente (2.5-11) – já
vimos; D. Viagem à Trôade e à Macedônia (2.12-13) – já vimos; E. A maravilha do ministério da nova aliança (2.14-7.4) –
estamos vendo; e, F. Alegria pela
chegada de Tito (7.5-16) – veremos agora.
E. A maravilha do ministério da nova aliança (2.14-7.4) - continuação.
Como já dissemos, dos vs. 2.14 ao 7.4,
estamos vendo a grandeza do ministério apostólico. Enquanto descreve a sua
ansiedade com relação à igreja de Corinto e o seu desapontamento por não ter
encontrado Tito em Trôade, Paulo se aprofundou numa longa reflexão sobre a
natureza do seu ministério.
Assim, dividimos essa seção “E”, conforme a
BEG, igualmente em seis: 1. A vitória no ministério (2.14-17) – já vimos; 2. A carta viva (3.1-3) – já vimos; 3. A nova e excelente aliança
(3.4-4.6) – já vimos; 4. Vasos de
barro (4.7-5.10) – já vimos; 5. O
ministério da reconciliação (5.11-6.13) – já
vimos; e, 6. Nenhuma comunhão com os incrédulos (6.14-7.4) – concluiremos agora.
6. Nenhuma comunhão com os incrédulos (6.14-7.4) - continuação.
Como falamos, dos vs. de 6.14 ao 7.4, Paulo
vai falar da necessidade da separação das influências pagãs que os cercavam.
A intenção de Paulo era bem simples. Uma
vez que temos tais promessas - as promessas do Antigo Testamento citadas em
6.16-18 – deveríamos, portanto, purificarmo-nos a nós mesmos de todo tipo de
contaminação, quer do corpo, quer do espírito.
Isso implica um papel ativo e vigoroso que
os crentes precisam exercer em sua santificação (Fp 2.12-13).
Alguns pecados (como o vício do alcoolismo
e a glutonaria) corrompem o nosso corpo, enquanto outras (como a amargura ou a
inveja) corrompem o nosso espírito. Ambos precisam ser eliminados por meio de
uma purificação.
Tanto Paulo recomenda a purificação como
também o aperfeiçoamento da santidade no temor de Deus – vs. 1. Voltamos a
enfatizar que isso exige papel ativo e vigoroso do crente. Ele precisa entender
e saber separar a graça da responsabilidade humana.
No presente versículo – vs. 1 – poderíamos
ter isso assim:
·Graça: as promessas de Deus.
·Responsabilidade humana: purificar-se de tudo que
contamina o corpo e o espírito e aperfeiçoar a santidade no temor de Deus.
No vs. 2, Paulo volta a se defender. É um
apelo repetido de 6.12-13. Novamente, defendendo-se contra aqueles que o
acusariam, Paulo afirma um registro irrepreensível do seu ministério.
Paulo revelou o quão profundamente ele
amava a igreja em Corinto. Essa não era uma palavra enganosa, mas "da
verdade" (6.7).
Embora houvesse ainda alguma oposição dos
falsos apóstolos e talvez de alguns outros na congregação, a atitude geral de
Paulo para com a congregação dos coríntios era positiva.
F. Alegria pela chegada de Tito (7.5-16).
Paulo retomou aqui a narrativa de suas
viagens, que havia interrompido em 2.13.
Ele fala que quando chegou à Macedônia - o
norte da Grécia, que estava na rota de Paulo para Corinto -, não teve nenhum
descanso. Ele teve lutas por fora, temores por dentro. Paulo estava
profundamente perturbado a respeito da condição da igreja de Corinto quando
viajou para a Macedônia e esperava pelas notícias de Tito.
Sua confissão revela o coração de alguém
que se preocupava profundamente com o bem-estar da igreja e de seus
companheiros crentes.
Tito havia finalmente chegado à Macedônia
com boas notícias a respeito dos coríntios e a resposta deles à "carta
severa" de Paulo
A "carta severa" de Paulo (não
mais existente) foi escrita com a finalidade de alertar os coríntios acerca de
sua conduta durante a sua visita "em tristeza.
O problema foi, provavelmente, que eles como
igreja não haviam defendido Paulo contra a pessoa que o acusava sem motivo.
Esse versículo nos dá um exemplo claro do fato de que líderes amorosos da
igreja precisam, às vezes, advertir e disciplinar aqueles que estão sob o seu
cuidado, desse modo causando tristeza a eles.
Paulo estava feliz, não com a tristeza
deles por causa da carta, mas porque ela tinha levado eles ao arrependimento, segundo
Deus – vs. 9.
Quando o pecado está presente na vida de um
cristão, Deus não quer que ele negue isso, mas que se arrependa sinceramente e
sinta grande tristeza por tê-lo cometido (a BEG recomenda aqui a leitura e a
reflexão em seu excelente artigo teológico "A vontade de Deus", em Ez
18).
A tristeza segundo Deus nos leva ao
arrependimento. Isso é bom e sadio para nosso espírito, corpo e alma. Deixar o
pecado, que inclui unia sincera decisão de esquecer um pecado específico (ou
pecados) e a começar a obedecer a Deus.
Como usado aqui, o termo não se refere
especificamente ao arrependimento inicial que precisa acompanhar a verdade e a
fé salvadora (Mc 1.15; At 3.19; 17.30; 26.20), mas a uma contínua luta contra o
pecado na vida de um cristão (novamente a BEG recomenda leitura e reflexão em
seu excelente artigo teológico "Arrependimento", em Sl 51).
E o arrependimento nos leva para a
salvação. Como usado aqui, essa expressão se refere ao crescimento e ao
progresso na vida cristã.
A tristeza e o arrependimento divino nos
levam a uma apropriação cada vez maior das bênçãos da salvação, culminando no
relacionamento do crente com o Senhor (cf. um uso semelhante da palavra
"salvação" em 1 Pe 1.9).
O crescimento normal do cristão incluirá
momentos de profunda tristeza por permanecer pecando.
Já a tristeza segundo o mundo nos leva à
morte. A tristeza segundo Deus nos leva ao arrependimento e depois à salvação e
a tristeza segundo o mundo, à morte.
Os coríntios haviam respondido à
"carta severa" trazida por Tito exatamente como Paulo havia esperado
que eles respondessem.
No vs. 12, Paulo, provavelmente, não esteja
se referindo ao homem que havia cometido incesto (como registrado em 1Co 5.1),
apesar de que, ao longo da história da igreja, muitos têm dado essa
interpretação.
A resposta deles demonstrou que eles
estavam prontos para seguir a liderança e a autoridade apostólica de Paulo, satisfazendo
suas esperanças quanto à carta que ele havia enviado.
A vida cristã deve ser vivida diante da
face de Deus. Existe um ministério pessoal de consolo e renovação no reino
espiritual, pelo qual, mediante o companheirismo cristão, o espírito dos crentes
é confortado. Tito sentiu esse consolo em Corinto.
Aparentemente, mesmo antes de Tito chegar
com a "carta severa" de Paulo, o Espírito Santo havia trabalhado o
arrependimento na igreja de Corinto com relação à conduta de seus membros
durante a breve visita de Paulo.
A confiança de Paulo na igreja de Corinto
havia sido restaurada, mesmo que ainda houvessem questões a serem discutidas
com relação aos falsos apóstolos (caps. 10-13).
II Co 7:1 Tendo, pois, ó amados, tais promessas,
purifiquemo-nos
de
toda impureza,
tanto
da carne
como
do espírito,
aperfeiçoando
a nossa santidade
no
temor de Deus.
II Co 7:2 Acolhei-nos em vosso coração;
a ninguém tratamos com injustiça,
a ninguém corrompemos,
a ninguém exploramos.
II Co 7:3 Não falo para vos condenar;
porque já vos tenho dito que estais em nosso coração para, juntos,
morrermos
e vivermos.
II Co 7:4 Mui grande é a minha franqueza para convosco,
e muito me glorio por vossa causa;
sinto-me grandemente confortado
e transbordante de júbilo
em toda a nossa
tribulação.
II Co 7:5 Porque, chegando nós à Macedônia,
nenhum alívio
tivemos;
pelo
contrário,
em
tudo fomos atribulados:
lutas
por fora,
temores
por dentro.
II Co 7:6 Porém Deus,
que conforta os
abatidos,
nos consolou
com a chegada de
Tito;
II Co 7:7 e não
somente com a sua chegada,
mas também pelo
conforto que recebeu de vós, referindo-nos
a
vossa saudade,
o
vosso pranto,
o
vosso zelo por mim,
aumentando, assim,
meu regozijo.
II Co 7:8 Porquanto, ainda que vos tenha contristado com a carta,
não me arrependo;
embora já me tenha
arrependido
(vejo que aquela carta vos
contristou por breve tempo),
II Co 7:9 agora, me alegro
não porque fostes
contristados,
mas
porque fostes contristados
para
arrependimento;
pois
fostes contristados segundo Deus,
para
que, de nossa parte,
nenhum
dano sofrêsseis.
II Co 7:10 Porque a tristeza segundo Deus
produz
arrependimento
para
a salvação,
que
a ninguém traz pesar;
mas a tristeza do mundo
produz morte.
II Co 7:11 Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que,
segundo Deus,
fostes
contristados!
Que defesa,
que indignação,
que temor,
que saudades,
que zelo,
que vindita!
Em tudo
destes prova
de
estardes inocentes neste assunto.
II Co 7:12 Portanto, embora vos tenha escrito,
não foi por causa
do que fez o mal,
nem por causa do
que sofreu o agravo,
mas
para que a vossa solicitude a nosso favor
fosse manifesta entre vós,
diante de Deus.
II Co 7:13 Foi por isso que nos sentimos confortados.
E, acima desta nossa consolação,
muito mais nos
alegramos
pelo
contentamento de Tito,
cujo
espírito foi recreado por todos vós.
II Co 7:14 Porque, se nalguma coisa me gloriei de vós para com ele,
não fiquei
envergonhado;
pelo
contrário, como, em tudo,
vos
falamos com verdade,
também
a nossa exaltação na presença de Tito
se
verificou ser verdadeira.
II
Co 7:15 E o seu entranhável afeto
cresce
mais e mais para convosco,
lembrando-se
da obediência de todos vós,
de
como o recebestes
com
temor e tremor.
II Co 7:16 Alegro-me porque,
em tudo,
posso
confiar em vós.
Vemos na narrativa as preocupações e angústias de Paulo com o corpo de
Cristo e como ele procurava administrar todas as coisas de forma a dar glórias
a Deus.
Amados, como Paulo, tenhamos a mesma disposição e vamos pregar a Palavra
de Deus enquanto ainda é possível. Muitas almas serão salvas pela nossa
pregação!
... Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
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