sábado, 14 de novembro de 2015
sábado, novembro 14, 2015
Jamais Desista
Atos 13.1-52 - MISSÕES COM ORAÇÃO E JEJUM - ESSE É O MÉTODO EFICIENTE.
Como já dissemos, Atos foi escrito para
orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o
Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao
mundo gentio. Estamos no capítulo 13, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 13
Tudo aqui começa com jejum e oração. Eles
estavam servindo ao Senhor e o Espírito Santo diz a eles para apartarem a
Barnabé e Saulo para uma obra que ele os tinha chamado. Eles jejuam, oram, os
outros impõem as suas mãos sobre eles e os despedem a fim de que cumpram o
respectivo chamado de cada um.
Eu acho incrível este início porque não é
de qualquer jeito que iremos fazer a obra do Senhor. Eles estavam debaixo de
cobertura espiritual e saíram abençoados e prontos para cumprirem tudo que o
Senhor desejava.
Em sua missão quando anunciavam o evangelho
ao procônsul Sérgio Paulo, homem inteligente, havia uma oposição que procurava
distrair e tirar a atenção. Também nós em nossas missões devemos estar atentos
a estes desvios e, com sabedoria e poder de Deus, repreender todo levante
contrário.
Elimaz, o mágico, aquele que se lhes
opunha, ficou cego e isto maravilhou ao procônsul que creu e assim foi alcançado
pelo Senhor.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31)
Paulo, como testemunha apostólica de
Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele.
Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho
aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para
dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Veremos desde o primeiro versículo do
capítulo 13 ao último do 28, o testemunho apostólico aos confins da terra.
Nesse ponto, Lucas passa a registrar o
terceiro e mais importante estágio da propagação do evangelho às nações gentias
(3.1-7.60; 8.1-11.18). Pedro já havia aberto o evangelho aos gentios
(10.1-11.18), porém agora a atenção se volta para Paulo, que prossegue com essa
missão apostólica.
Dividiremos, seguindo sempre a divisão
proposta da BEG, esta última parte IV em 7 seções: A. A primeira viagem
missionária de Paulo (13.1-14.28) – começaremos
ver agora; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35); C. A segunda viagem
missionária de Paulo (15.36-18.22); D. A terceira viagem missionária de Paulo
(18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém
(21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do
ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28).
Até o próximo capítulo, estaremos vendo a primeira
viagem missionária de Paulo. Esses capítulos descrevem a primeira de quatro
viagens em que Paulo cumpre a missão do apóstolo às nações. Paulo e Barnabé
alcançam Chipre e a Galácia.
Naquela igreja de Antioquia havia profetas
e mestres, entre eles:
ü
Barnabé.
ü
Simeão
- um homem de pele escura (niger é o termo latino para "negro") que
pode ter vindo da África. Possivelmente era o mesmo Simão Cireneu registrado em
Lc 23.26, cujos filhos, Alexandre e Rufos, estavam entre os cristãos da igreja
em Roma (Mc 15.21; cf. Rm 16.13).
ü
Lúcio
de Cirene - Cirene era a capital da província romana de Cirenaica (a atual
Líbia).
ü
Manaém
- um cristão que, de acordo com o que se dizia, era irmão de criação de Herodes
Antipas. Não sabemos como Manaém (o nome em grego do hebraico Menahem) ouviu o
evangelho e se converteu ao Senhor.
ü
E
por fim, Saulo.
Eles estavam orando e jejuando, conforme o
Espírito Santo os conduzia a isso e o Espírito Santo disse para eles que fossem
separados Barnabé e Saulo, pois Deus tinha uma obra especial para eles.
Primeiro oraram e jejuaram, depois
impuseram as mãos sobre eles e os enviaram, conforme tinha solicitado o
Espírito de Deus.
Jejum e especialmente oração eram práticas
vitais dos cristãos, conforme registrado em Atos (2.42; 3.1; 4.24; 6.4; 10.31;
14.23; 28.8).
Reconhecendo que o Espírito Santo separou
Barnabé e Paulo, a imposição de mãos foi uma certificação oficial do chamado do
Espírito (vs. 2) e à missão que estavam para realizar (vs. 4; cf. 14.23; 1Tm
4.14).
Enviados pelo Espírito de Deus, desceram a
Selêucia e dali, navegaram para Chipre.
Selêucia era o porto da cidade de
Antioquia, distante 25 km a oeste de Antioquia e cerca de 8 km ao norte do rio
Orontes. Já Chipre era uma ilha próxima à costa da Fenícia (atual Síria),
habitada em sua maioria por gregos, mas também havia muitos judeus ali.
Eles então chegaram a Salamina. Eles
navegaram cerca de 210 km na direção sudoeste, para a cidade de Salamina, que
ficava na costa leste de Chipre. Salamina era a cidade mais importante da
província de Chipre nesse tempo, cuja capital era Pafos, que ficava no outro
extremo da ilha, aproximadamente 145 km a sudoeste.
Por aonde iam, pregavam o evangelho e iam constituindo
igrejas. Em Salamina, João estava com eles como auxiliar e o lugar preferido
das pregações eram as sinagogas dos judeus.
Viajaram por toda a ilha e chegaram a
Pafos. Ali havia um certo judeu, mágico. Além de "mágico", o termo
grego magos também pode significar "homem sábio" (Mt 2.1) e
"feiticeiro". Embora a feitiçaria fosse proibida no judaísmo, algumas
pessoas a praticavam mesmo assim.
O nome do judeu era Barjesus. Um falso
profeta cujo nome vem de Bar (no aramaico, significa "filho de") e de
Jesus (no hebraico, Josué). Ele era mago e falso profeta (vs. 6 - NVI). Também
ele era assessor do procônsul Sérgio Paulo.
Possivelmente Lúcio Sérgio Paulo, que havia
sido um oficial durante o reinado de Cláudio e depois se tornou procônsul
(governador de uma província senatorial, que respondia diretamente ao senado de
Roma) em Pafos, capital de Chipre. A Palestina, por sua vez, era uma província
imperial, cujo procurador respondia diretamente ao imperador.
O procôncul era um homem culto e tinha
mandado chamar a Barnabé e Saulo porque queria conhecer melhor o caminho e a
fé. No entanto, Elimas, outro nome para Barjesus, que estava presente na corte
do procônsul, tentava impedir Sérgio de crer na mensagem cristã.
Foi nesse momento que Saulo, também chamado
Paulo, cheio do Espírito Santo olhou firmemente para Elimas e o repreendeu.
Saulo era o seu nome judeu e Paulo o seu
nome gentio romano. Muitos judeus desse tempo tinham dois nomes (p. ex., Simão
Pedro).
Como cidadão romano, Paulo tinha dois nomes,
possivelmente três, e já usava o seu nome romano antes mesmo da conversão de
Sérgio Paulo.
A partir desse ponto, Lucas deixa de
escrever "Barnabé e Saulo" e passa a registrar "Paulo e
Barnabé", exceto quando esses missionários retornam à igreja em Jerusalém,
para a qual Barnabé era o líder da dupla (14.14).
A repreensão de Paulo foi forte. Ele o
chamou de filho do diabo e inimigo de tudo o que era justo, estando cheio de
todo engano e maldade. Ele fez uma pergunta retórica a ele dizendo até quando
iria ele continuar pervertendo os retos caminhos de Deus e sobre ele emitiu um
juízo que se cumpriu de imediato. A mão do Senhor foi sobre ele e ele ficou
cego por um tempo.
Diante disso, o procônsul creu,
profundamente impactado com o ensino do Senhor.
De Pafos, dirigiram-se a Perge da Panfilia.
A cidade de Perge estava localizada na costa sul da Ásia Menor, a noroeste de
Chipre, pertencendo à província romana da Panfilia, uma região de economia
bastante pobre. Perge situava-se a 8 km do litoral e cerca de 20 km a nordeste
do porto de Atália.
João que era auxiliar deles – vs. 5 – os acompanhou
até aqui e voltou para Jerusalém. Eles, de Perge foram para a Antioquia da
Pisídia. Essa Antioquia estava localizada na Frigia, perto da fronteira com a
Pisídia. No entanto, como já havia outra cidade chamada Antioquia na Frigia,
esta, por estar mais próxima da Pisídia, acabou ficando conhecida como “Antioquia
da Pisídia". Situava-se cerca de 160 km ao norte de Perga e sua altitude
era cerca de 1.110 m acima do nível do mar.
Foi num sábado que eles chegaram na
sinagoga e se assentaram. Foi somente
depois da leitura da lei e dos profetas que os chefes das sinagogas ofereceram
a oportunidade a eles para uma palavra de encorajamento.
Um culto de adoração regular nas sinagogas
desse tempo incluía:
ü
A
leitura do credo (Dt 6.4).
ü
A
oração das "dezoito bênçãos".
ü
Uma
leitura da lei.
ü
Uma
leitura dos profetas.
ü
Uma
exposição seguida de aplicação (Lc 4.16-30).
ü
E
uma bênção de encerramento.
Paulo aceitou a oferta do chefe da sinagoga
e começou a pregar. Ele começa invocando os israelitas e judeus tementes a Deus
para ouvi-lo com atenção.
Dos versos 20 ao 32, Paulo expõe o
evangelho, começando da escolha de Deus pelo seu povo que durante muito tempo
foi escravo no Egito, mas depois foi liberto com grande poder e braço forte do
Senhor.
Do Egito, foram para no deserto, onde Deus
os aturou por 40 anos e depois destruiu sete nações em Canaã para dar a eles a
sua terra em herança. Isso tudo levou cerca de quatrocentos e cinquenta anos (Cerca
de quatrocentos anos, acrescentando-se quarenta anos da peregrinação no deserto
e mais o período da conquista da terra por Josué).
Depois vieram os juízes que Deus deu a eles
até o tempo do profeta Samuel quando o povo pediu para eles um rei como as
outras nações tinham reis. O problema não era a monarquia, mas o desejo de ser
como as outras nações. Deus lhes deu Saul, mas foi rejeitado apesar de ter
reinado por 40 anos.
Após Saul, Deus levantou Davi, este
portador da semente messiânica de Gn 3.15, um homem segundo o coração de Deus
que tudo iria fazer conforme a vontade do Senhor.
Foi da descendência de Davi que Deus trouxe
a Jesus como Salvador conforme havia prometido.
Antes de vir Jesus, Deus levantou João
Batista que pregou o arrependimento para todo o povo de Israel e quando todos
imaginavam que seria João o prometido, este apontou a Jesus, como o cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo.
No entanto, o povo de Jerusalém e seus
governantes não reconheceram o tempo da visitação de Deus e o desprezaram a
ponto de sentenciá-lo à morte e morte de cruz, sendo após colocado em um
sepulcro.
Ele de fato morreu, mas Deus o ressuscitou
dos mortos – vs. 30.
Após ressuscitado, foi visto várias vezes
por muitos dias até o tempo que se cumpriu quando ocorreu a sua ascensão, 40
dias após a sua ressurreição.
Paulo enfatizou a ressurreição de Jesus, o
ponto crucial do testemunho apostólico (1.22), e citou três passagens do Antigo
Testamento (SI 2.7; 16.10; Is 55.3):
ü
“Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei” –
Sl 2.5. Isto é, "Hoje, ao ressuscitá-lo dos mortos, declaro que tu és meu
Filho e eu, teu Pai" (Hb 1.5).
ü
“Eu lhes dou as santas e fiéis bênçãos
prometidas a Davi” – Is 55.3.
ü
“Não permitirás que o teu Santo sofra
decomposição” – Sl 16.10.
Deus não permitiu que seu corpo sofresse
corrupção como aconteceu com Davi.
Ele orienta e ensina a eles que agora, mediante
Jesus, lhes é proclamado o perdão dos pecados. Por meio dele, todo aquele que
crê é justificado de todas as coisas das quais não podiam ser justificados pela
lei de Moisés as quais eram impossíveis de o homem as cumprir.
A lei conduz o pecador para Cristo (GI
3.24), pois "o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a
fé em Cristo Jesus" (GI 2.16). Ser justificado é ser declarado justo por
Deus (Rm 3.21-22) e, consequentemente, receber o perdão dos pecados (Ef 1.7).
Eles, agora, eram suas testemunhas (de
Jesus Cristo) e os anunciadores do evangelho, conforme Deus tinha prometido.
O que seria necessário doravante? Cuidado para
não acontecer com eles o que disseram os profetas: “Olhem, escarnecedores, admirem-se e pereçam; pois nos dias de vocês
farei algo que vocês jamais creriam se alguém lhes contasse!” – Hb 1.5.
Por causa da palavra, da convicção, ousadia
e profundidade com que ministraram, foram convidados a pregarem novamente no
outro sábado seguinte, mas já naquele momento, muitos creram e se converteram.
No sábado seguinte, lá estavam eles
novamente. O impacto da primeira pregação fez com que toda a cidade estivesse
presente na segunda ministração.
Movidos por inveja, os judeus que não se
converteram endureceram seus corações e se opuseram a eles e os contradiziam em
tudo o que falavam.
Paulo e Barnabé, com ousadia, lhes falaram e
declararam que doravante estariam voltados para os gentios uma vez que eles
estavam rejeitando a palavra de salvação.
Paulo, considerando que Jesus, o Messias,
veio por meio dos judeus (Gn 12.3), foi consistente em aplicar o princípio
"primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1.16), pois reconheceu que
o plano de Deus inclui os gentios (Is 49.6), um fato que os judeus da Antioquia
de Pisídia se recusavam a aceitar.
A intenção de Paulo não era demonstrar que
os judeus eram dignos no sentido de que mereciam a salvação (Rm 3.9ss.), mas
que percebessem o quanto Deus os valorizava como pessoas feitas à sua imagem e
povo da sua aliança.
Paulo afirmou que a falta de interesse dos
judeus pelo evangelho demonstrava que não tinham por si mesmos a mesma
consideração que Deus tinha por eles.
Ouvindo isso a alegria contagiou os gentios
e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. A soberana
eleição de Deus operava para levar seu povo à fé em Cristo (Ef 2.8) por meio da
convicção e arrependimento (11.18; 2Tm 2.25).
Lucas usa a voz passiva ("haviam sido
destinados") para indicar que Deus foi o agente, pois somente ele pode
conceder vida eterna (Mt 25.46; Jo 10.28; 17.2). A expressão "haviam sido
destinados" é uma conjugação verbal construída no pretérito
mais-que-perfeito, indicando uma ação que aconteceu no passado e cujo resultado
tem implicações relevantes para o presente.
No Antigo Testamento, Deus revelou que
concederia a bênção da salvação para os gentios (Gn 12.1-3; Is 42.6; 49.6).
O resultado disso foi que a palavra do
Senhor se espalhou ainda mais – vs. 49. Os judeus não recuaram e começaram a
perseguir de tal forma que incitaram as mulheres piedosas de elavada posição e
os principais da cidade para provocarem uma grande perseguição contra Paulo e
Barnabé e assim os expulsaram do seu território.
Paulo e Barnabé sacudiram de seus pés - um
gesto judeu que indica desgosto e separação (Mt 10.14) - o pó da cidade em
protesto contra eles e partiram para Icônio.
Paulo e Barnabé viajaram cerca de 130 km na
direção sudeste por uma estrada chamada Via Sebaste, que ligava Antioquia da
Pisídia e Icônio, uma antiga cidade da Frigia que os gregos transformaram numa
cidade-estado (uma pólis).
Mais tarde, sob o comando do imperador
Augusto, tornou-se uma cidade pertencente à província romana da Galácia.
profetas e
mestres:
Barnabé,
Simeão,
por sobrenome Níger,
Lúcio
de Cirene,
Manaém,
colaço de Herodes, o tetrarca,
e
Saulo.
At 13:2 E, servindo eles ao Senhor
e jejuando,
disse o
Espírito Santo:
Separai-me,
agora, Barnabé e Saulo
para
a obra a que os tenho chamado.
At 13:3 Então,
jejuando,
e orando,
e impondo
sobre eles as mãos,
os
despediram.
At 13:4 Enviados, pois,
pelo Espírito
Santo,
desceram
a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
At 13:5
Chegados a Salamina,
anunciavam
a palavra de Deus nas sinagogas judaicas;
tinham
também João como auxiliar.
At 13:6 Havendo atravessado toda a ilha
até Pafos,
encontraram
certo judeu, mágico, falso profeta, de nome Barjesus,
At
13:7 o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo,
que
era homem inteligente.
Este, tendo
chamado Barnabé e Saulo,
diligenciava
para ouvir a palavra de Deus.
At 13:8 Mas
opunha-se-lhes Elimas, o mágico
(porque
assim se interpreta o seu nome),
procurando
afastar da fé o procônsul.
At 13:9 Todavia, Saulo, também chamado
Paulo,
cheio do
Espírito Santo,
fixando
nele os olhos, disse:
At
13:10 Ó filho do diabo,
cheio
de todo o engano
e
de toda a malícia,
inimigo
de toda a justiça,
não
cessarás de perverter
os
retos caminhos do Senhor?
At 13:11 Pois, agora, eis aí está sobre
ti a mão do Senhor,
e ficarás
cego, não vendo o sol por algum tempo.
No mesmo instante, caiu sobre ele névoa
e escuridade,
e, andando à roda, procurava quem o
guiasse pela mão.
At 13:12 Então, o procônsul, vendo o que
sucedera,
creu,
maravilhado com a doutrina do Senhor.
At 13:13 E, navegando de Pafos,
Paulo e seus
companheiros dirigiram-se a Perge da Panfília.
João, porém, apartando-se deles,
voltou para
Jerusalém.
At
13:14 Mas eles, atravessando de Perge
para
a Antioquia da Pisídia,
indo
num sábado à sinagoga, assentaram-se.
At 13:15 Depois da leitura da lei e dos
profetas,
os chefes da
sinagoga mandaram dizer-lhes:
Irmãos, se
tendes alguma palavra de exortação para o povo, dizei-a.
At 13:16 Paulo, levantando-se e fazendo
com a mão sinal de silêncio, disse:
Varões
israelitas e vós outros que também temeis a Deus,
ouvi.
At 13:17 O
Deus deste povo de Israel escolheu nossos pais
e exaltou o
povo durante sua peregrinação na terra do Egito,
donde
os tirou com braço poderoso;
At
13:18 e suportou-lhes os maus costumes
por
cerca de quarenta anos no deserto;
At
13:19 e, havendo destruído sete nações na terra de Canaã,
deu-lhes
essa terra por herança,
At
13:20 vencidos cerca de quatrocentos e cinqüenta anos.
Depois disto,
lhes deu juízes, até o profeta Samuel.
At 13:21
Então, eles pediram um rei,
e
Deus lhes deparou Saul, filho de Quis,
da
tribo de Benjamim,
e
isto pelo espaço de quarenta anos.
At
13:22 E, tendo tirado a este,
levantou-lhes
o rei Davi,
do
qual também, dando testemunho, disse:
Achei
Davi, filho de Jessé,
homem
segundo o meu coração,
que
fará toda a minha vontade.
At 13:23 Da descendência deste,
conforme a
promessa,
trouxe
Deus a Israel o Salvador,
que
é Jesus,
At 13:24 havendo João,
primeiro,
pregado a todo o povo de Israel, antes da manifestação dele,
batismo
de arrependimento.
At 13:25 Mas, ao completar João a sua
carreira, dizia:
Não sou quem
supondes;
mas
após mim vem aquele de cujos pés
não
sou digno de desatar as sandálias.
At 13:26 Irmãos, descendência de Abraão
e vós outros os que temeis a Deus,
a nós nos foi
enviada a palavra desta salvação.
At 13:27 Pois
os que habitavam em Jerusalém e as suas autoridades,
não
conhecendo Jesus
nem
os ensinos dos profetas que se lêem todos os sábados,
quando
o condenaram,
cumpriram
as profecias;
At
13:28 e, embora não achassem nenhuma causa de morte,
pediram
a Pilatos que ele fosse morto.
At 13:29 Depois de cumprirem tudo o que
a respeito dele estava escrito,
tirando-o do
madeiro,
puseram-no
em um túmulo.
At
13:30 Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos;
At
13:31 e foi visto muitos dias pelos que, com ele,
subiram
da Galiléia para Jerusalém,
os quais são
agora as suas testemunhas perante o povo.
At 13:32 Nós vos anunciamos
o evangelho
da promessa
feita
a nossos pais,
At 13:33 como Deus a cumpriu plenamente
a nós,
seus filhos,
ressuscitando a Jesus,
como
também está escrito no Salmo segundo:
Tu
és meu Filho,
eu,
hoje, te gerei.
At 13:34 E, que Deus
o ressuscitou
dentre os mortos
para
que jamais voltasse à corrupção, desta maneira o disse:
E cumprirei a vosso favor
as santas
e fiéis
promessas feitas a Davi.
At 13:35 Por isso, também diz em outro
Salmo:
Não
permitirás que o teu Santo veja corrupção.
At 13:36 Porque, na verdade,
tendo Davi
servido à sua própria geração,
conforme
o desígnio de Deus,
adormeceu,
foi
para junto de seus pais
e
viu corrupção.
At 13:37 Porém aquele
a quem Deus
ressuscitou
não
viu corrupção.
At 13:38 Tomai, pois, irmãos,
conhecimento
de que se vos
anuncia
remissão
de pecados
por
intermédio deste;
At
13:39 e, por meio dele,
todo
o que crê é justificado
de
todas as coisas das quais
vós
não pudestes ser justificados
pela
lei de Moisés.
At 13:40 Notai, pois, que não vos
sobrevenha o que está dito nos profetas:
At 13:41 Vede,
ó desprezadores,
maravilhai-vos
e desvanecei,
porque
eu realizo,
em
vossos dias,
obra
tal que não crereis
se
alguém vo-la contar.
At 13:42 Ao saírem eles,
rogaram-lhes
que, no sábado seguinte,
lhes
falassem estas mesmas palavras.
At 13:43 Despedida a sinagoga,
muitos dos
judeus e dos prosélitos piedosos
seguiram
Paulo e Barnabé,
e
estes, falando-lhes, os persuadiam
a
perseverar na graça de Deus.
At 13:44 No sábado seguinte,
afluiu quase
toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
At
13:45 Mas os judeus,
vendo
as multidões,
tomaram-se
de inveja
e,
blasfemando, contradiziam
o
que Paulo falava.
At 13:46 Então, Paulo e Barnabé,
falando
ousadamente, disseram:
Cumpria
que a vós outros,
em
primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus;
mas,
posto que a rejeitais
e
a vós mesmos vos julgais indignos
da
vida eterna,
eis aí que
nos volvemos para os gentios.
At
13:47 Porque o Senhor assim no-lo determinou:
Eu te constituí para luz dos gentios,
a fim de que
sejas para salvação
até
aos confins da terra.
At 13:48 Os gentios,
ouvindo isto,
regozijavam-se
e
glorificavam a palavra do Senhor,
e
creram
todos
os que haviam sido destinados
para
a vida eterna.
At 13:49 E divulgava-se a palavra do
Senhor
por toda
aquela região.
At 13:50 Mas os judeus instigaram as
mulheres piedosas de alta posição
e os principais da cidade
e levantaram perseguição contra Paulo e
Barnabé,
expulsando-os
do seu território.
At 13:51 E estes,
sacudindo
contra aqueles o pó dos pés,
partiram
para Icônio.
At 13:52 Os discípulos, porém,
transbordavam
de alegria
e do Espírito
Santo.
Em continuação, Paulo e Barnabé pregam em
uma sinagoga na Antioquia da Psídia e conseguem convencer muita gente, tantas
que os judeus ficaram com inveja e tramaram contra eles. Paulo dizia a eles que anunciavam o evangelho da
promessa feita aos nossos pais!
Isto é muito interessante e profundo! Havia
uma promessa e Cristo era essa promessa. Engana-se quem pensa que o AT é sem
valor em virtude do NT. Aquele fala do mesmo Messias que haveria de vir e este
do que veio, cumprindo as promessas.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
sexta-feira, novembro 13, 2015
Jamais Desista
Quatro Razões para Preparar o Manuscrito de seus Sermões
Se você já leu alguns dos muitos
livros e artigos sobre preparação de sermão, provavelmente já leu o adágio que
diz: “Pense exaustivamente, leia abundantemente, escreva claramente, ore
fervorosamente e entregue-se completamente”. Essa frase já foi atribuída a
Alistair Begg, John MacArthur e outros, mas, de fato, teve origem com um
anglicano galês chamado W.H. Grifith Thomas.[1] Embora eu concorde com todas as
cinco exortações de Thomas, a que desejo enfatizar neste ensaio é a terceira:
“Escreva claramente”.
Há muito, é discutido em círculos de
pregação se um pregador deve ou não escrever o manuscrito de seus sermões.
Embora seja verdade que alguns dos grandes pregadores ao longo da história da
igreja (incluindo alguns favoritos como Charles Spurgeon e Martyn Lloyd-Jones)
não usavam e até desencorajavam o uso do manuscrito, nem eu nem você somos tão
inteligentes quanto Charles Spurgeon ou Martyn Lloyd-Jones. Então, deixe-me
dar-lhe quatro razões pelas quais você deve considerar manuscrever seu sermão
como parte de sua preparação.
Quatro razões para escrever um
manuscrito
1 - Escreva um manuscrito para
encurtar o seu tempo de preparação
Eu estava tentando encorajar um
pastor amigo meu a escrever manuscritos, quando ele disse: “Eu simplesmente não
tenho tempo para escrever um manuscrito”. Muitos pastores talvez usem o tempo
como uma desculpa e eu entendo quão ocupada pode ser a semana de um pastor.
Mesmo enquanto escrevo este artigo, fico pensando: “Eu realmente deveria estar
trabalhando no meu sermão, fazendo uma ligação ou treinando um dos
estagiários”. Mas defendo que, em vez de alongar o seu tempo de preparação,
escrever um manuscrito pode, na verdade, encurtá-lo. Quando você estiver
estudando e se deparar com algo que seja bom para o seu sermão, apenas escreva,
e aí está. Então, ao construir o seu sermão, você pode simplesmente acoplar
todas as suas melhores notas e não precisa voltar para encontrar ou tentar
lembrar-se de alguma coisa que estudou.
2 - Escreva um manuscrito para
encontrar as palavras certas
Mark Twain certa vez disse: “A
diferença entre a palavra certa e a palavra quase certa é a diferença entre um
relâmpago e um vagalume”. E se John Owen houvesse dito: “Abandone a sua vida de
pecado, porque é importante para o crescimento cristão”, em vez de: “Mate o
pecado, ou o pecado matará você”? Ambas as sentenças comunicam a mesma verdade,
mas a segunda é dita de modo tão apropriado que deixa uma impressão duradoura
no coração. É importante usar s palavras certas, e escrever um manuscrito ajuda
o pregador a não apenas dizer coisas verdadeiras, mas a dizer coisas
verdadeiras de forma apropriada.
3 - Escreva um manuscrito para
certificar-se de que o seu sermão é harmonioso
Uma das marcas da grande pregação é
que ela é harmoniosa. Com efeito, eu estava recentemente conversando com outro
pastor amigo e ele disse: “Eu tenho pregado por anos, mas, quando comecei a
fazer manuscritos, meus sermões ficaram melhores já no domingo seguinte, porque
ficaram instantaneamente mais harmoniosos”. Um bom pregador tem muitos pontos
altos que chamam a atenção dos seus ouvintes e os inspiram. Um grande pregador,
porém, é capaz de capturar a atenção do seu ouvinte e segurá-la durante toda a
duração do sermão, conduzindo-os suavemente de um ponto para o seguinte. De
novo: a menos que você tenha a mente de Spurgeon, é difícil fazer isso sem
escrever um manuscrito.
Um manuscrito ajuda o pregador nas
transições, uma vez que permite claramente equilibrar o tempo para cada ponto;
um manuscrito também ajuda a explicar passagens ou verdades difíceis com
clareza. Isso ajuda o pregador a ver o seu sermão como uma unidade antes de
pregá-lo, permitindo-lhe assim editar o seu sermão fácil e decisivamente. Com
efeito, é apenas quanto eu olho para o produto final que consigo de fato ver os
pontos que não se encaixam ou que eu posso retirar da mensagem como um todo. A
pregação é um chamado sublime de Deus, então, o pregador deve fazer todo o
possível para apresentar o melhor argumento, o mais harmonioso e o mais cheio
do Espírito, perante homens moribundos cuja única esperança é que suas almas
sejam vivificadas em Cristo.
4 - Escreva um manuscrito para manter
um registro
Um dos meus maiores tesouros são os
cerca de 1.200 sermões que eu preguei durante os meus anos de ministério.
Felizmente, por ter sido encorajado desde cedo a escrever manuscritos, eu tenho
um registro de todos eles. Eles me têm sido um imenso auxílio ao escrever
outros sermões ou ao me preparar para pregar fora da minha própria igreja
local. Ter um registro dos meus sermões também me ajuda no ministério pastoral.
Quase todo domingo, alguém me pede aconselhamento a respeito de algo que eu
acabei de pregar; poder indicar-lhe a nossa página na internet, na qual
postamos todos os manuscritos de sermões online ou poder lhes enviar por e-mail
um trecho de um sermão é uma ferramenta pastoral poderosa.
Conclusão
Há muitas outras razões pelas quais
você deve fazer manuscritos de seus sermões: isso ajuda a manter o pregador
dentro do tempo; se você prega em cultos múltiplos, isso pode garantir que as
duas congregações recebam o mesmo ensino; isso pode ajudá-lo a evitar o uso das
mesmas ilustrações; eu poderia ir além.
Mas quero concluir abordando as
advertências de Spurgeon, Lloyd-Jones[2] e outros: o pregador deve sempre estar
livre e o manuscrito nunca deve prendê-lo. Eu concordo com Spurgeon que o
manuscrito nunca deve ser lido e que o pregador deve ter discernimento o suficiente
para, às vezes, falar extemporaneamente, afastando-se do manuscrito quando
sentir a necessidade ou o desejo de fazê-lo. Se um pregador não consegue evitar
ler o manuscrito, talvez ele deva escrever o sermão e depois, separadamente,
escrever um esboço para levar ao púlpito. Embora eu creia que o manuscrito seja
uma das melhores ferramentas na preparação para o sermão, ele pode ser uma
ferramenta perigosa na entrega do sermão. Você é o pregador, não o manuscrito.
É você quem entrega o sermão, não o manuscrito. O manuscrito é uma grande
ferramenta, mas Deus unge o homem para pregar, não o manuscrito.
Notas:
[1] J. I. Packer, Truth and Power
(Guildford, Surrey: Eagle, 1990), 132 (sem tradução em português).
[2] Dois recursos clássicos sobre pregação são: C. H. Spurgeon, Lectures to My Students: Complete & Unabridged (Grand Rapids, Mich: Zondervan Pub. House, 1954) (publicado em português sob o título Lições aos meus alunos. São Paulo: Editora PES, [s. d.], 3 volumes), and David Martyn Lloyd-Jones, Preaching and Preachers (Grand Rapids, Mich: Zondervan Pub. House, 1972) (publicado em português sob o título Pregação e pregadores. 2. ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2008).
[2] Dois recursos clássicos sobre pregação são: C. H. Spurgeon, Lectures to My Students: Complete & Unabridged (Grand Rapids, Mich: Zondervan Pub. House, 1954) (publicado em português sob o título Lições aos meus alunos. São Paulo: Editora PES, [s. d.], 3 volumes), and David Martyn Lloyd-Jones, Preaching and Preachers (Grand Rapids, Mich: Zondervan Pub. House, 1972) (publicado em português sob o título Pregação e pregadores. 2. ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2008).
*Créditos da postagem:
- Autoria: Jason Dees. Ele é pastor titular da Valleydale Church em Birmingham, Alabama, EUA.
- Tradução e CopyRight: Editora Fiel
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sexta-feira, novembro 13, 2015
Jamais Desista
PODCAST NO BARQUINHO - A REFORMA
Ouça na RadioWeb Os Semeadores (http://radio.ossemeadores.com.br) o PodCast no Barquinho sobre a reforma (estamos em fase de testes). Obrigado!
p.s.: podcast original de http://nobarquinho.com/2015/10/30/nb97-reforma-pra-que/
...
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p.s.: podcast original de http://nobarquinho.com/2015/10/30/nb97-reforma-pra-que/
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sexta-feira, novembro 13, 2015
Jamais Desista
Atos 12.1-25 - A ORAÇÃO DA IGREJA, OS ANJOS E A RESPOSTA DE DEUS

Breve síntese do capítulo 12
Narrativa muito interessante com a libertação
de Pedro e o castigo de Herodes por meio de anjos. Herodes tinha acabado de
matar a Tiago, irmão de João e reparou que sua atitude tinha agradado os
judeus.
Agora queria continuar assim e logo tomou a
Pedro para fazer o mesmo e o colocou em prisão e, com certeza, bem vigiada, mas
havia oração incessante a favor dele por parte da igreja e Deus envia um socorro
a Pedro libertando-o daquele cárcere em que estava.
Sua libertação foi espetacular parecendo
aqueles filmes de ficção. Era Deus movendo o povo à oração e era Deus
respondendo à igreja a sua oração. Quem é que entende os planos de Deus? Tiago
foi morto por Herodes e este achou que era o cara... mal sabia ele que Deus já
tinha determinado a sua morte.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO NA JUDEIA E EM SAMARIA (8.1-11.18) - continuação.
Nós já vimos que a perseguição causou o
deslocamento do testemunho apostólico de Jerusalém para a Judeia e Samaria,
como Jesus havia ordenado. Quanto a isso, dois acontecimentos importantes
possibilitaram que o testemunho dos apóstolos se propagasse geograficamente:
(1)
A
conversão de Paulo ao Cristianismo.
(2)
O
crescimento espiritual de Pedro (isto é, o seu entendimento de que os cristãos
gentios tinham tanto direito às promessas de Deus quanto os cristãos judeus).
Para melhor entendimento, dividimos esta
parte III em seis seções: A. O testemunho se propaga (8.1-40) – já vimos; B. A conversão de Paulo e o
crescimento da igreja (9.1-31) – já vimos;
C. O testemunho continua a se propagar (9.32-43) – já vimos; D. O testemunho alcança os gentios de Samaria
(10.1-11.18) – já vimos; E. A igreja
em Antioquia da Síria (11.19-30) – já
vimos; e, F. Perseguição e julgamento em Jerusalém (12.1-25) – veremos agora.
F. Perseguição e julgamento em Jerusalém (12.1-25).
Lucas registrou o modo como a igreja de
Jerusalém sofreu perseguições, mas também relatou o julgamento de Deus contra
os perseguidores.
Esse material esclarece que, sem dúvida,
surgirão perseguições contra o povo de Deus, mas que um dia Deus julgará todos
os seus inimigos. Lucas continua a apresentar informações sobre o ministério de
Paulo.
O capítulo 12 começa falando de um tempo “Por
aquele tempo”. A data da escassez de alimentos que afetou os irmãos da Judeia
(11.27-30) é incerta. A visita de Barnabé e Saulo (45-47 d.C.; cf. 11.28), que
levavam as ofertas, pode ter ocorrido após a conclusão dos acontecimentos
registrados no cap. 12. Nesse momento, Barnabé e Saulo retornaram de Jerusalém
para Antioquia (vs. 25).
Foi nessa ocasião que Herodes prendeu
alguns irmãos e a Tiago, irmão de Pedro, matou à espada. Vemos aqui um exemplo
da soberania de Deus na vida de seus servos, ambos igualmente dedicados: Tiago
foi morto ao fio da espada, ao passo que Pedro foi libertado da prisão (veja
também Jo 21.20-22).
E eram os dias dos pães asmos. Com tantos
judeus visitando a cidade para a festa, era um momento bastante oportuno para
efetuar a prisão.
Aquela morte de Tiago tinha agradado aos
judeus e Herodes quis agradá-los ainda mais e lançou mão de Pedro e o
aprisionou com quatro escoltas de quatro soldados cada uma. A intenção dele
era, depois da páscoa, submetê-lo a julgamento público.
Pedro, então, ficou detido na prisão, mas a
igreja orava intensamente a Deus por ele – vs. 5. Pedro parecia muito tranquilo
que até adormeceu entre dois guardas. Ele nem parecia preocupado com o fato de
Tiago ter sido morto à espada a pouco tempo.
Repentinamente (é sempre de repente que
algo acontece) um anjo do Senhor apareceu a ele e uma luz iluminou aquela cela.
O aparecimento de um anjo era a garantia da presença de Deus e a luz
provavelmente evocou em Pedro a lembrança da glória do Senhor no Antigo
Testamento (Ex 3.2; 13.22; 40.34; At 9.3).
Aquele anjo fala com Pedro para ele se
vestir, calçar as suas sandálias, colocar a sua capa e segui-lo. Pedro foi
libertado da prisão, que provavelmente fosse a Fortaleza de Antonia (reconstruída
por Herodes, o Grande, que lhe deu esse nome em homenagem ao seu patrono, Marco
Antônio), que ficava ao norte do terraço do templo.
Como era de fácil acesso, permitia que as
pessoas se ajuntassem para observar o julgamento de prisioneiros que ocorria ao
final da Páscoa.
Na mente de Pedro havia uma confusão, pois
não sabia se aquilo era real ou se se tratava de uma simples visão. Com certeza,
aquilo tudo deveria ter a máxima segurança em guardas, escoltas e cadeias, mas
eles andavam e saiam dos ambientes sem qualquer problema.
Por fim, havia um portão de ferro que dava
para a cidade e este se abriu como se fosse porta automática com sensor de
presença. A Fortaleza Antônia possuía, além de uma entrada ao sul que dava acesso
ao átrio do templo, outras entradas que davam acesso à cidade.
Estando já Pedro em segurança, depois de um
tempo, aquele anjo o deixou. Somente nesse momento, Pedro se deu conta da
situação e entendeu que tinha recebido ajuda de Deus por meio de seus anjos.
Ao perceber isso, se dirigiu à casa de
Maria, mãe de João, também chamado de Marcos, onde, ali, havia muita gente
reunida e orando por ele. Pedro deve ter chegado eufórico para contar as
bênçãos à igreja e bateu à porta do alpendre esperando que abrissem para ele.
Uma serva chamada Rode foi atender e ficou
confusa, pois tinha reconhecido a voz de Pedro e ao invés de logo abrir a
porta, voltou para contar aos demais que era Pedro à porta. Ninguém acreditou!
Observe a ironia da situação: os discípulos
oravam fervorosamente (cf. 4.23-24) para que o soberano Deus do céu protegesse
e libertasse Pedro da prisão; porém, quando finalmente Pedro apareceu na casa
onde estavam reunidos, recusaram-se a acreditar que o Senhor tinha respondido
às suas orações.
Entre os judeus piedosos havia a ideia de
que cada pessoa tinha um anjo da guarda (Mt 18.10; Hb 1.14) e que este possuía
a capacidade de assumir a aparência da pessoa a quem protegia.
Pedro continuou a bater na porta e foram
conferir e quando o viram, ficaram perplexos. Pedro os acalma e explica tudo,
como maravilhosamente o Senhor houvera nesse caso e pediu que isso fosse
contado a Tiago e aos irmãos, em seguida foi para outro lugar.
Pela manhã, grande foi o alvoroço sobre o
prisioneiro que havia escapado sem deixar qualquer pista.
Herodes tudo examinou e não encontrando uma
explicação, mandou executar todos aqueles guardas. A lei romana prescrevia que
se um guarda deixasse um prisioneiro fugir, deveria pagar por isso com a
própria vida (cf. 16.27.28).
Herodes então sai da Judeia e vai para
Cesaréia e permanece ali algum tempo. Havia muita ira em seu coração contra o
povo de Tiro e Sidom. Estes procuravam ter com ele uma audiência e para isso
conseguiram o apoio de Blasto, homem de confiança do rei.
Num dia marcado, Herodes discursa ao povo
vestido de seus trajes reais e o povo gritava que aquilo era a voz de Deus e
não de um homem, mas Herodes não glorificou ao Senhor antes tomou aquilo para
si.
Diz a palavra que imediatamente, por ele
não haver dado glória a Deus, um anjo do Senhor o feriu e ele morreu comido por
vermes. Uma atitude característica da natureza depravada da humanidade (Rm
1.21).
Josefo (Antiguidades, 19.346,349-350)
relata que Herodes Agripa sentiu fortes dores no coração e no abdome e morreu
cinco dias depois.
Lucas registra que ele foi comido por
vermes, possivelmente ancilóstomos, vermes que se alimentam de sangue e
geralmente parasitam o intestino e os órgãos próximos.
Caso Herodes tenha sido afligido por uma
apendicite ou peritonite, sem dúvida pereceu em muita agonia. Herodes morreu em
44 a.C., no quarto ano do reinado do Imperador Cláudio César.
Já a palavra de Deus continuava a crescer e
a se espalhar – vs. 24.
Lucas começa falando no capítulo 12 de
Herodes que tinha mandado executar a Tiago, depois narra a história do
livramento de Pedro das mãos de Herodes e por fim de sua morte trágica, comido
por vermes, por causa de suas obras más. Era, com os fatos, para o evangelho
sofrer um baque, mas ao contrário cresceu e se espalhou ainda mais.
Barnabé e Saulo haviam cumprido a sua
missão e voltaram de Jerusalém levando com eles João, também conhecido como
Marcos. A missão era a de levar para os irmãos de Jerusalém as ofertas
levantadas em Antioquia (11.27-30).
João, apelidado Marcos, possivelmente foi o
jovem que fugiu desnudo na noite da prisão de Jesus (Mc 14.51-52). Marcos, o
escritor do segundo Evangelho (cf. 1Pe 5.13), acompanhou Paulo e Barnabé a
Antioquia e durante a primeira viagem missionária (13.4).
No entanto, Paulo considerou-o inadequado
para a segunda viagem missionária, de modo que Barnabé levou-o para Chipre (At
15.36-39). Mais tarde, Paulo alegrou-se com a companhia de Marcos (Cl 4.10; 2Tm
4.11; Fm 24).
prender
alguns da igreja para os maltratar,
At
12:2 fazendo passar a fio de espada
a
Tiago, irmão de João.
At 12:3 Vendo ser isto agradável aos
judeus,
prosseguiu,
prendendo também a Pedro.
E
eram os dias dos pães asmos.
At 12:4
Tendo-o feito prender,
lançou-o
no cárcere,
entregando-o
a quatro escoltas de quatro soldados cada uma,
para
o guardarem, tencionando apresentá-lo
ao
povo depois da Páscoa.
At 12:5 Pedro, pois, estava guardado no
cárcere;
mas havia
oração incessante
a
Deus
por
parte da igreja
a
favor dele.
At 12:6 Quando Herodes estava para
apresentá-lo,
naquela mesma
noite,
Pedro
dormia entre dois soldados,
acorrentado
com duas cadeias,
e
sentinelas à porta guardavam o cárcere.
At 12:7 Eis,
porém, que sobreveio um anjo do Senhor,
e uma luz
iluminou a prisão;
e, tocando
ele o lado de Pedro,
o
despertou, dizendo:
Levanta-te
depressa!
Então,
as cadeias caíram-lhe das mãos.
At 12:8
Disse-lhe o anjo:
Cinge-te
e
calça as sandálias.
E ele assim o
fez. Disse-lhe mais:
Põe
a capa
e
segue-me.
At 12:9
Então, saindo, o seguia,
não
sabendo que era real
o
que se fazia por meio do anjo;
parecia-lhe,
antes, uma visão.
At
12:10 Depois de terem passado
a
primeira
e
a segunda sentinela,
chegaram ao portão de ferro
que
dava para a cidade,
o
qual se lhes abriu
automaticamente;
e, saindo,
enveredaram
por uma rua,
e
logo adiante
o
anjo se apartou dele.
At 12:11 Então, Pedro, caindo em si,
disse:
Agora, sei,
verdadeiramente,
que
o Senhor enviou o seu anjo
e
me livrou da mão de Herodes
e
de toda a expectativa do povo judaico.
At 12:12 Considerando ele a sua
situação,
resolveu ir à
casa de Maria,
mãe
de João, cognominado Marcos,
onde
muitas pessoas estavam congregadas
e
oravam.
At 12:13 Quando ele bateu ao postigo do
portão,
veio uma
criada, chamada Rode, ver quem era;
At 12:14 reconhecendo a voz de Pedro,
tão alegre
ficou,
que
nem o fez entrar,
mas
voltou correndo para anunciar
que
Pedro estava junto do portão.
At 12:15 Eles lhe disseram:
Estás louca.
Ela, porém, persistia em afirmar que
assim era.
Então,
disseram: É o seu anjo.
At 12:16 Entretanto, Pedro continuava
batendo; então,
eles abriram,
viram-no
e ficaram
atônitos.
At 12:17 Ele, porém, fazendo-lhes sinal
com a mão para que se calassem,
contou-lhes
como o Senhor o tirara da prisão
e
acrescentou:
Anunciai
isto a Tiago e aos irmãos.
E, saindo, retirou-se para outro lugar.
At 12:18 Sendo já dia,
houve não
pouco alvoroço entre os soldados
sobre
o que teria acontecido a Pedro.
At 12:19 Herodes,
tendo-o procurado
e não o
achando,
submetendo
as sentinelas a inquérito,
ordenou
que fossem justiçadas.
E, descendo da Judéia para Cesareia,
Herodes
passou ali algum tempo.
At 12:20 Ora, havia séria divergência
entre Herodes
e os habitantes de Tiro e de Sidom;
porém
estes, de comum acordo,
se
apresentaram a ele
e, depois de
alcançar o favor de Blasto,
camarista
do rei,
pediram
reconciliação,
porque a sua
terra se abastecia do país do rei.
At 12:21 Em dia designado, Herodes,
vestido de
trajo real,
assentado
no trono,
dirigiu-lhes
a palavra;
At
12:22 e o povo clamava:
É
voz de um deus,
e
não de homem!
At 12:23 No mesmo instante,
um anjo do
Senhor o feriu,
por
ele não haver dado glória a Deus;
e,
comido de vermes, expirou.
At 12:24 Entretanto,
a palavra do
Senhor
crescia
e
se multiplicava.
At 12:25 Barnabé e Saulo,
cumprida a
sua missão,
voltaram
de Jerusalém,
levando
também consigo a João, apelidado Marcos.
Seu livramento foi tão espetacular que a
própria igreja que orava incessantemente por ele não creu a princípio e até
chamaram de louca a sua criada Rode que anunciava que Pedro estava à porta.
Quantos não são os milagres que rejeitamos
porque estamos com o coração endurecido? Assim, também perdemos a chance de dar
glórias a Deus e sermos abençoados.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...