segunda-feira, 14 de setembro de 2015
segunda-feira, setembro 14, 2015
Jamais Desista
Marcos 13.1-37 - PRÓXIMO EVENTO ESPERADO, DESEJADO E CERTO: A VOLTA DE CRISTO!
III. O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA (10.1-16.20) - continuação.
Como já dissemos, embora Marcos
considerasse muito importante o ministério de Jesus no norte, ele apresenta o
ministério de Jesus na Judeia como o clímax da vida terrena de nosso Senhor.
Nesse ponto, Jesus caminha em direção à sua morte e ressurreição, como ele
havia predito.
Didaticamente, para melhor entendermos o
assunto, nós dividimos esta parte, conforme a BEG, em dez subpartes: A. Os
ensinos durante a jornada (10.1-45) – já
vista; B. A cura em Jericó (10.46-52)
– já vista; C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11) – já vimos; D. A purificação do templo
(11.12-26) – já vimos; E.
Controvérsias no templo (11.27 - 12.44) –
já vimos; F Profecias no monte das Oliveiras (13.1-37) – veremos agora; G. Unção em Betânia (14.1-11); H. A ceia de
Páscoa em Jerusalém (14.12-31); I. Abandono, julgamento e morte (14.32 15.47);
e, J. Ressurreição e comprovação (16.1-20).
F Profecias no monte das Oliveiras (13.1-37).
Estaremos hoje segmentando Marcos 13 que fala
dos tempos do fim e não é que muita, por ai, tem anunciado o fim do mundo e
estão se preparando para isso? Há gente com muito dinheiro gastando fortunas com
abrigos, seguindo profetas apocalípticos por aí.
Eu fiquei pasmo com o site de um cidadão
que graças a Deus esqueci seu nome que tem mais de 145 milhões de visitas. Ele
é um dos malucos que estão afirmando coisas que não sabem. Se ao menos
estudassem a Bíblia, não ficariam expostos a tanta mentira e engano.
A palavra de ordem de Marcos 13 é VIGIAR.
Começa Jesus seu discurso para abordar o fim e começa falando de vigilância. Ao
concluir seu discurso profético, conclui com a palavra vigiai. O alerta é claro
e preciso, vede que ninguém vos engane!
Por que tanta vigilância? É por causa do
engano, da mentira, dos aproveitadores. Jesus então dá orientações claras sobre
os tempos do fim que nos tornam mais sábios no assunto.
Vejamos em detalhes, conforme nos ensina a
BEG a qual estamos nos orientando:
O capítulo treze vai falar das profecias
feitas por Jesus no monte das Oliveiras. Marcos continua registrando como Jesus
desafiou as autoridades religiosas e as instituições de Jerusalém.
Jesus advertiu quanto ao julgamento divino
contra a cidade e profetizou o seu próprio retorno glorioso. Esse capítulo é
conhecido como o "pequeno apocalipse" ou "o discurso do monte
das Oliveiras".
Está dividido em três seções:
(1)
A
profecia da destruição do templo (vs. 1-4).
(2)
As
perseguições futuras (vs. 5-25).
(3)
A
vinda do Filho do Homem (vs. 26-37).
Quanto às abordagens mais proeminentes
desses três temas são feitas por teólogos reformados.
(1) A profecia da destruição do templo (vs. 1-4).
Foram os discípulos que se admiraram com o
templo e exclamaram com relação às pedras e às construções. Herodes, o Grande,
começou a reconstrução do templo em 19 a.C., utilizando grande quantidade de
mármore e ouro.
O átrio exterior media 457 m de comprimento
por 274 m de largura, e era cercado por muros feitos de grandes pedras brancas,
algumas com aproximadamente 11 m de comprimento, 4 m de altura e 6 m de
largura.
No topo desse muro havia magníficos
claustros, ou passarelas cobertas, cujo teto era entalhado com elaborados
desenhos.
Em relação à admiração dos seus discípulos,
Jesus afirmava, todavia, que não ficaria ali pedra sobre pedra. Jesus
profetizou que Jerusalém seria saqueada e o templo queimado e destruído. Isso
aconteceu no ano 70 d.C., a mando do general romano Tito, que posteriormente se
tornou imperador.
Em função disso que Pedro, Tiago, João e
André lhe perguntaram em particular:
ü
Quando
serão essas coisas.
ü
Que
sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir.
O Evangelho de Marcos nos informa que esse
ensinamento era parte de uma revelação especial concedida aos doze (4.10-11;
8.29; 9.35).
A pergunta dos discípulos tinha em vista a
profecia da destruição do templo. A resposta de Jesus parece levar em
consideração tanto esse acontecimento imediato como a ocasião da vinda do Filho
do Homem (vs. 26; cf. Mt 24.3).
Como ocorre em muitos anúncios proféticos,
acontecimentos separados por grandes períodos de tempo são compactados num
único anúncio.
Os acontecimentos próximos à destruição do
templo parecem antecipar aqueles associados ao retorno de Cristo, na medida em
que ambos incluem um severo julgamento divino.
(2) As perseguições futuras (vs. 5-25).
A primeira coisa que Jesus lhes fala sobre
o assunto remete eles à necessidade de vigilância! Muitos declararão ser o
Messias. No ano 70 d.C., Josefo saudou os romanos como o Messias. No ano 130
d.C., Bar Kochba, líder de uma rebelião judaica contra os romanos, afirmou ser
o Messias. Muitos outros poderiam ser acrescentados a essa lista e esta seria
gigante, considerando que até hoje, século XXI continuam surgindo tais profetas.
De acordo com a passagem paralela (Mt
24.3), "o fim" – vs. 7 - significa "a consumação do século"
ou "o fim dos tempos.
Antes do fim, teremos o que se chama de princípio
das dores – vs. 8 - ou "dores de parto". Os judeus aguardavam um
período de sofrimento antes da vinda do Messias, e descreviam esse período pelo
uso dessa expressão, como fez Paulo em Rm 8.22.
Jesus os advertia quanto à necessidade de
vigilância – vs. 9. O conselho da sinagoga tinha o direito de prescrever
açoitamentos, que eram limitados a quarenta (Dt 25.1-3). O livro de Atos (At
4.21; 5.18,40) e as cartas de Paulo (2Co 6.9; 11.23-24) relatam que os
apóstolos sofreram prisões e açoites.
Haveria muito sofrimento direcionado ao
povo escolhido por causa de Jesus, mas Jesus dizia-lhes que seria necessário
pregar o evangelho a todas as nações. O período entre a ressurreição de Cristo
e sua segunda vinda não é apenas de sofrimento e perseguição, mas também de graça
e evangelização até a "extremidade da terra" (em cumprimento da
profecia de Is 49.6).
Essa promessa de assistência do Espírito
Santo quanto ao testemunho público – vs. 11 - deve ser diferenciada do
ministério especial do Espírito entre os doze para o estabelecimento da palavra
apostólica referente aos fatos da pessoa e obra de Jesus (Jo 14.25-26; 15.26-27;
16.12-14).
A perseguição é muito forte e parte de
irmãos, de pais, de filhos, de parentes com o fim mesmo de matar, destruir, por
isso que haveriam de ser odiados por causa do nome de Cristo, mas os que
perseverarem até o fim serão salvos – vs. 13. É provável que essa expressão
pretendesse um duplo significado. O "fim" pode referir-se ao final da
vida de uma pessoa (Rm 8.18-25; 12.12; Hb 10.32; 12.2; 1 Pe 2.20), porém para
aqueles que estiverem vivos quando Jesus retornar significará "o fim dos
tempos".
Que fique muito bem claro que a
perseverança não obtém a salvação, mas é a prova de que a salvação verdadeira
ocorreu (Rm 8.24) e conduz essa salvação à sua conclusão futura quando do
retorno de Cristo (Rm 8.23-25). Esse sim é o verdadeiro sentido da expressão
que diz que aquele que perseverar até o fim é que será salvo.
Daniel profetizou a vinda de um rei do
norte que profanaria o templo (Dn 11.31). Essa profecia foi primeiramente
cumprida em 168 a.C., quando Antíoco Epífanes colocou um altar no Santo dos
Santos e ali sacrificou um porco.
A profanação do templo durante a destruição
de Jerusalém em 70 d.C. é um cumprimento posterior (Mt 24.15.) o trecho “quem
lê entenda.” pode ser um comentário de Marcos a seus leitores, indicando que a
destruição do templo já havia ocorrido (13.2). Todavia, é mais provável que
fosse uma instrução de Jesus sobre Dn 9.25-27; 11.31 (veja Mc 2.25; 12.10,26),
especialmente à luz do fato de que esse comentário também ocorre em Mt 24.15.
A orientação era para que fugissem para os
montes. Quando os romanos, a caminho de Jerusalém em 69 d.C., saquearam a
comunidade de Qumran, os membros
dessa comunidade esconderam seus preciosos manuscritos, e com certeza, a si
mesmos, nas cavernas das montanhas do mar Morto.
O historiador Eusébio, no século 4,
declarou que os cristãos deixaram Jerusalém naquele momento e fundaram a igreja
de Pella, na região da Pereia. Essa profecia de Jesus diz respeito a esse
acontecimento histórico.
Josefo e o historiador romano Tácito
descreveram a destruição do templo em 70 d.C. como uma catástrofe de dimensões
sobrenaturais, com exércitos nos céus e vozes celestes. Sem dúvida esse
acontecimento antecipa o julgamento divino no fim dos tempos (vs. 4).
O vs. 20 afirma que o Senhor abreviou esses
dias e se não o fizesse, ninguém se salvaria. Pode se referir ao período de
duração limitada que envolveu a destruição do templo, a um período semelhante
antes do retorno glorioso de Cristo, ou a ambos (vs. 4).
Nisso poderiam surgir os falsos dizendo: Eis
aqui o Cristo! Jesus indicou que falsos sinais e prodígios (milagres)
concorreriam com a verdadeira manifestação messiânica.
Jesus está enfatizando e insistindo no tema
da vigilância devido os falsos profetas que surgiriam com, inclusive, sinais e
prodigios. Assim, naqueles dias é um termo técnico do Antigo Testamento para se
referir aos últimos dias (Jr 3.16; JI 3.1; Zc 8.23).
Jesus poderia estar se referindo ao
"fim" (vs. 7), especialmente porque o vs. 26 se refere ao retorno de
Cristo. As frases nos vs 24-25 ocorrem nas ameaças de julgamento nacional do
Antigo Testamento (Is 13.10; 34.4; JI 2.10,31), que eram tipos ou prefigurações
do julgamento cósmico final vindouro.
(3) A vinda do Filho do Homem
(vs. 26-37).
Depois de toda esta confusão e propósitos
maignos se verá o Filho do homem nas nuves.
As nuvens significam a presença divina (p.
ex., Êx 19.9; 24.15-18). Embora a primeira vinda do Filho do Homem a este mundo
tenha sido caracterizada por sofrimento e humilhação (8.31), seu retorno futuro
no "fim" será uma declaração visível ("Então, verão") e
clara de sua glória divina.
Conforme a BEG, essa vinda aguardada lembra
as teofanias do Antigo Testamento (Êx 19.16; 34.5; Ez 1.4;10.3-4), com a
diferença de que esse retorno será universalmente visível.
Porém, os vs. 24-27 podem não indicar o
aparecimento universal de Cristo para julgamento, mas sim à percepção humana de
que Jesus está, de fato, governando o reino que o Pai lhe deu (Dn 7.13), um
reconhecimento provocado pela queda de Jerusalém, que foi o julgamento final de
Deus contra essa cidade.
Se esse é o caso, então o vs. 27 se refere
à expansão mundial do evangelho que se seguiu a esse acontecimento, e os
"anjos" representam os missionários do evangelho (angelos procede da
palavra grega "mensageiro", seja humano ou angélico).
Baseado nesse ponto de vista, a primeira
referência de Jesus ao "fim" (seu retorno) não ocorre até o vs. 32
("daquele dia").
O Filho do homem aparecerá nas nuvens com
grande poder e glória e enviará seus anjos aos quatro ventos - uma maneira
poética de afirmar que o novo povo de Deus será composto de membros de todas as
nações (Ap 5.9) – que envolve a extremidade da terra e a extremidade do céu.
Então ele nos ensina a parábola da figueira
– vs. 28. Não parece haver um sentido simbólico nessa imagem (p. ex., o
florescimento da nação de Israel), especialmente porque a passagem em Lc 21.29
acrescenta "e todas as árvores".
Jesus estava apenas dizendo que, assim como
na natureza há sinais das coisas que sucederão, do mesmo modo há indicadores no
reino espiritual.
Quanto ao acontecimento antecipatório da
destruição do templo, essa expressão deve se referir à geração contemporânea de
Jesus.
A palavra de Jesus é que essa geração não
passaria até que tudo se cumprisse. Este “tudo isto” significa, essencialmente,
o mesmo que o "tudo" do vs. 23. Quando "tudo isto" tiver
acontecido, o fim estará "próximo, às portas" (v. 29), mas a segunda vinda
ainda deverá ser aguardada (Mt 24.34).
Jesus colocou suas palavras no mesmo nível
que as da Escritura – vs. 31 -, quanto ao seu valor eterno (Mt 5.18).
No entanto, Jesus, humildemente – sua parte
100% homem - reconheceu que nem ele
sabia o momento exato do seu retorno. Ele fez essa confissão apenas em relação
à sua natureza humana, pois quanto à sua natureza divina, Jesus é onisciente.
disse-lhe um
de seus discípulos:
Mestre!
Que
pedras,
que
construções!
Mc 13:2 Mas
Jesus lhe disse:
Vês
estas grandes construções?
Não
ficará pedra sobre pedra,
que
não seja derribada.
Mc 13:3 No monte das Oliveiras,
defronte do
templo,
achava-se
Jesus assentado,
quando Pedro,
Tiago, João e André lhe perguntaram
em
particular:
Mc 13:4
Dize-nos quando sucederão estas coisas,
e
que sinal haverá quando todas elas
estiverem
para cumprir-se.
Mc 13:5
Então, Jesus passou a dizer-lhes:
Vede
que ninguém vos engane.
Mc 13:6
Muitos virão em meu nome, dizendo:
Sou
eu;
e
enganarão a muitos.
Mc 13:7
Quando, porém, ouvirdes falar
de
guerras e rumores de guerras,
não
vos assusteis;
é
necessário assim acontecer,
mas
ainda não é o fim.
Mc
13:8 Porque se levantará
nação
contra nação,
e
reino, contra reino.
Haverá
terremotos em vários lugares
e
também fomes.
Estas
coisas são o princípio das dores.
Mc
13:9 Estai vós de sobreaviso,
porque
vos entregarão
aos
tribunais e às sinagogas;
sereis
açoitados,
e vos farão
comparecer
à presença de
governadores e reis,
por
minha causa,
para
lhes servir de testemunho.
Mc
13:10 Mas é necessário
que
primeiro o evangelho seja pregado
a
todas as nações.
Mc
13:11 Quando, pois,
vos
levarem e vos entregarem,
não vos
preocupeis com o que haveis de dizer,
mas
o que vos for concedido naquela hora,
isso
falai;
porque
não sois vós os que falais,
mas
o Espírito Santo.
Mc
13:12 Um irmão entregará à morte outro irmão,
e
o pai, ao filho;
filhos
haverá
que se
levantarão contra os progenitores
e
os matarão.
Mc
13:13 Sereis odiados de todos
por
causa do meu nome;
aquele,
porém,
que
perseverar até ao fim,
esse
será salvo.
Mc
13:14 Quando, pois,
virdes
o abominável da desolação
situado
onde não deve estar (quem lê entenda),
então,
os que estiverem na Judéia
fujam
para os montes;
Mc
13:15 quem estiver em cima, no eirado,
não
desça nem entre para
tirar
da sua casa alguma coisa;
Mc
13:16 e o que estiver no campo
não
volte atrás para buscar a sua capa.
Mc
13:17 Ai das que estiverem grávidas
e
das que amamentarem naqueles dias!
Mc
13:18 Orai
para
que isso não suceda no inverno.
Mc
13:19 Porque aqueles dias serão de tamanha tribulação
como
nunca houve desde o princípio do mundo,
que
Deus criou,
até
agora
e
nunca jamais haverá.
Mc
13:20 Não tivesse o Senhor
abreviado
aqueles dias,
e
ninguém se salvaria;
mas,
por causa dos eleitos que ele escolheu,
abreviou
tais dias.
Mc
13:21 Então, se alguém vos disser:
Eis
aqui o Cristo!
Ou:
Ei-lo ali!
Não
acrediteis;
Mc
13:22 pois surgirão
falsos
cristos
e
falsos profetas,
operando
sinais e prodígios,
para
enganar,
se
possível,
os
próprios eleitos.
Mc
13:23 Estai vós de sobreaviso;
tudo
vos tenho predito.
Mc
13:24 Mas, naqueles dias,
após
a referida tribulação,
o
sol escurecerá,
a lua não
dará a sua claridade,
Mc
13:25 as estrelas cairão do firmamento,
e os poderes
dos céus serão abalados.
Mc
13:26 Então,
verão
o Filho do Homem
vir
nas nuvens,
com
grande poder e glória.
Mc
13:27 E ele enviará os anjos
e reunirá os
seus escolhidos dos quatro ventos,
da
extremidade da terra
até à
extremidade do céu.
Mc 13:28
Aprendei, pois, a parábola da figueira:
quando já os
seus ramos se renovam,
e
as folhas brotam,
sabeis que
está próximo o verão.
Mc
13:29 Assim, também vós:
quando virdes
acontecer estas coisas,
sabei
que está próximo,
às
portas.
Mc
13:30 Em verdade vos digo
que
não passará esta geração
sem que tudo
isto aconteça.
Mc
13:31 Passará o céu e a terra,
porém as
minhas palavras não passarão.
Mc
13:32 Mas a respeito daquele dia ou da hora
ninguém
sabe;
nem
os anjos no céu,
nem
o Filho,
senão
o Pai.
Mc
13:33 Estai de sobreaviso,
vigiai
[e
orai];
porque não
sabeis quando será o tempo.
Mc
13:34 É como um homem que,
ausentando-se
do país,
deixa
a sua casa,
dá
autoridade aos seus servos,
a
cada um a sua obrigação,
e
ao porteiro ordena que vigie.
Mc
13:35 Vigiai, pois,
porque não
sabeis quando virá o dono da casa:
se
à tarde,
se
à meia-noite,
se
ao cantar do galo,
se
pela manhã;
Mc
13:36 para que,
vindo
ele inesperadamente,
não
vos ache dormindo.
Mc
13:37 O que, porém, vos digo,
digo
a todos:
vigiai!
Sobre o dia e a
hora, a instrução é mais clara ainda: ninguém sabe! Não sabemos a hora da
chuva, mas discernindo os sinais podemos perceber que ela, a chuva, está para
chegar. É dessa forma que Jesus instrui suas ovelhas.
...
domingo, 13 de setembro de 2015
domingo, setembro 13, 2015
Jamais Desista
Marcos 12.1-44 - QUAL O MAIOR MANDAMENTO?

III. O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA (10.1-16.20) - continuação.
Como já dissemos, embora Marcos
considerasse muito importante o ministério de Jesus no norte, ele apresenta o
ministério de Jesus na Judeia como o clímax da vida terrena de nosso Senhor.
Nesse ponto, Jesus caminha em direção à sua morte e ressurreição, como ele
havia predito.
Didaticamente, para melhor entendermos o
assunto, nós dividimos esta parte, conforme a BEG, em dez subpartes: A. Os
ensinos durante a jornada (10.1-45) – já
vista; B. A cura em Jericó (10.46-52)
– já vista; C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11) – já vimos; D. A purificação do templo
(11.12-26) – já vimos; E.
Controvérsias no templo (11.27 - 12.44) –
concluiremos agora; F Profecias no monte das Oliveiras (13.1-37); G. Unção
em Betânia (14.1-11); H. A ceia de Páscoa em Jerusalém (14.12-31); I. Abandono,
julgamento e morte (14.32 15.47); e, J. Ressurreição e comprovação (16.1-20).
Um breve resumo do capítulo 12.
Marcos revelou a autoridade de Jesus para
desafiar os líderes religiosos corruptos e as instituições de Jerusalém. Assim,
Marcos estabeleceu Jesus como o único fundamento da fé e salvação para judeus e
gentios em todo o mundo.
Jesus lhes fala por essa parábola da vinha,
dos lavradores e da colheita. Contra os fariseus e herodianos é que ele fala.
Ele estava anunciando a sua morte que em breve ocorreria. Indignados por que
perceberam que era contra eles que ele falava, ficaram enraivecidos e loucos
para apanharem ele nalguma falta.
Primeiro, armaram um laço fenomenal e logo,
antecipadamente, comemoravam a vitória por que não havia saída para o laço. No
entanto, no laço que armaram, Jesus, o Mestre e Senhor, o desfez com tanta
elegância que se admiraram.
Ainda tentaram mais uma vez, dessa vez o
ardil veio dos saduceus, mas Jesus saiu do laço com maestria; por fim, um
escriba, alguém muito sábio, mas com o coração pronto para por a prova o Senhor
dos céus e da terra. Sua indagação é cirúrgica e profunda, mas a resposta de
Jesus vai mais além e penetra em sua alma.
Ele reconhece a sabedoria de Jesus e fala
coisas profundas que tiram do Senhor a exclamação de que ele não estava longe
do reino de Deus. Impressionante! Como ainda não cremos?
Vejamos com maiores detalhes este
maravilhoso capítulo, com a valorosa ajuda da BEG:
E. Controvérsias no templo (11.27--12.44) - continuação.
Veremos doravante até o verso 44 as
controvérsias no templo.
Aqui está Jesus a lhes falar mais uma
parábola. Não há dúvida de que o pronome pessoal refere-se aos principais
sacerdotes e escribas, pois está ligado ao sujeito na terceira pessoa do plural
do vs. 12 (aqueles que procuravam um meio de prendê-lo).
Esse é outro exemplo de provocação (veja
11.18). Essa parábola é baseada na canção da vinha (Is 5.1-5), que retrata a
infidelidade de Israel.
Quando chegou no tempo daquela vinha dar
resultados, o senhor da vinha mandou seu servo - um termo usado geralmente para
os profetas (Êx 14.31; 2Cr 1.3; Is 20.3; Am 3.7) que Deus havia enviado para
chamar Israel ao arrependimento, mas que, em muitos casos, sofreram a morte
como resultado direito de suas afirmações incriminatórias (Mt 23.37).
Aquele servo fora enviado aos lavradores -
aqueles com autoridade "oficial" sobre o povo de Deus – para receber,
dos lavradores, os resultados da vinha. A parábola foi contada para o benefício
deles.
No entanto, apoderaram-se dele, o feriram e
o mandaram embora vazio. E o senhor da vinha mandou outro servo que igualmente
foi maltratado ainda pior que o primeiro, pois foi apedrejado, ferido na cabeça
e mandado embora. Ainda mais uma vez outro servo, mas a este último o mataram.
O senhor da vinha então resolve mandar seu próprio filho - raramente aparece
nos sinóticos o tema de Jesus como Filho amado de Deus (1.11; 9.7; cf. Mt 16.16),
mas nessa passagem está claramente presente. - na esperança de que ele fosse
ouvido em respeito ao senhor.
O comportamento deles em relação ao filho
foi ainda mais maligno, pois resolveram matá-lo para ficarem com a herança. Assim
o pegaram, mataram e o lançaram fora da vinha.
O que fará então o senhor da vinha com
esses lavradores? O Evangelho de Mateus declara que "vos será tirado e
será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos" (Mt 21.43),
sugerindo a comunidade dos discípulos formada ao redor de Jesus (Lc 22.29-30) e
a participação dos gentios (Mt 8.11-12; Rm 9.22-26).
A pedra que os construtores rejeitaram
seria ele, o Filho. Após a purificação do templo, Jesus citou Sl 118.22-23, que
celebra a vitória do rei dada por Deus.
Jesus demonstrou que confiava no Pai e na
palavra de Deus, as Escrituras do Antigo Testamento. Ele havia acabado de
profetizar a sua própria morte "E, agarrando-o, mataram-no" (vs. 8) e
ora, na presença de seus assassinos, celebrava a vitória prometida.
Ouvindo a parábola e sendo expostos seus
motivos vis, eles ficaram irados e queriam fazer algo, mas eram covardes e
temiam a multidão. Compare com 11.32. O contraste com Jesus é claro: essas autoridades
religiosas (11.27) eram políticos corruptos e covardes, aparentemente incapazes
de agir por princípios.
Foram então enviarem a ele, Jesus alguns
deles dos fariseus e dos herodianos para o apanharem em alguma afirmação. Reparem
que aqui, entre esses fariseus e herodianos, ressurge uma antiga (3.6) e estranha
aliança entre a elite religiosa (fariseus) e os políticos (herodianos).
Essa aliança foi possível porque ambos os
partidos aceitavam a ocupação romana; os primeiros porque a consideravam uma
punição divina, e os últimos porque buscavam vantagem política.
Nesse sentido, ambos se opunham aos
zelotes, que procuravam derrotar as forças romanas de ocupação.
Eles chegaram a ele com um pedaço da
verdade (por que não continuaram a crer? Vejam como a maldade fica exposta!), o
elogiaram dizendo que ele era verdadeiro e que não olha ou não se importa com as
aparências. O grego traduz isso como "não olhas para o rosto dos
homens".
Eles perguntam a ele se seria ou não lícito
pagar tributos a César. Além das inúmeras taxas alfandegárias, pedágios e
outras cobranças, cada província romana era obrigada a pagar o tributo
imperial. O mesmo valor era exigido de cada cidadão, fosse rico ou pobre. Os
zelotes consideravam essa taxa como mais um exemplo da humilhação nacional, e
por isso se recusavam a pagar.
Conhecendo Jesus a hipocrisia deles e
percebendo o ardil lhes expõe a verdadeira razão de estarem ali perguntando
algo. Eles estavam tentando a Jesus para o apanharem em alguma falha. Jesus exclama
– vs. 15 - por que me experimentais? Como havia opiniões diversas entre os
judeus a respeito dessa questão, Jesus sabia que uma resposta simples o
desacreditaria perante algum dos grupos.
Havia muitas moedas em circulação. Jesus
pediu pelo denário romano, que equivalia a um dia de salário. Numa das faces da
moeda estava gravada a efígie de César (Augusto ou seu filho adotivo, Tibério)
e na outra uma cena que glorificava o seu reino.
Ao examinar a moeda que Jesus pedira,
falhou-lhes para darem a César o que era de César e a Deus o que era de Deus. Apesar
das muitas injustiças da taxação romana e do governo em geral, Jesus confirmou
a legitimidade do poder político de Roma e em seu julgamento declarou que tal
autoridade procedia de Deus (Jo 19.11). A igreja primitiva seguiu esse
ensinamento de Jesus (Rm 13:1-7; Cl 1.16; 1Tm 2.1-6; Tt 3.1-2; 1Pe 2.13-17).
Não poderiam ter outra reação diante
daquilo e o elogiaram, mas continuaram endurecidos.
Então surgem os saduceus com uma pergunta
problemática – vs. 18. É a primeira menção explícita desse grupo no Evangelho
de Marcos. Eram membros da família dos sumo sacerdotes no tempo de Jesus, e
aceitavam como canônicos apenas os cinco livros de Moisés (o Pentateuco).
Também negavam a ressurreição com base no
fato de que ela não era ensinada no Pentateuco. O nome do grupo provavelmente
procedia de Zadoque, o sumo sacerdote de Davi (2Sm 8.17; 1Cr 15.11; cf. 1Cr
29.22), designado sobre a linhagem de Aarão (1Cr 27.17) e que tinha direitos exclusivos
ao ofício de sumo sacerdote (Ez 40.46; cf. Ez 43.19).
A história que contaram a Jesus (vs. 19-23)
era baseada na lei do levirato, ou do parente resgatador, em Dt 25.5-10, que
ordenava, no caso de morte prematura, que fossem tomadas providências para
perpetuar a linhagem familiar por meio do parente mais próximo (veja também Rt
3.4).
O fato era que todos os sete irmãos tiveram
a esposa como mulher deles e eles queriam saber, na ressurreição, de quem ela
seria mulher? Do primeiro marido, do último ou de algum outro? Pois todos a
tiveram legitimamente.
Jesus lhes diz que o erro deles provinha do
fato de não conhecerem as Escrituras. Como no cap. 7 (7.3), Jesus afirma conhecer
o sentido verdadeiro da Escritura e então refuta o falso entendimento dos
lideres judeus (cf. Jo 5.39-40).
Jesus provavelmente estava se referindo à
continuidade da obra de Deus, bem como às manifestações futuras do poder de
Deus (incluindo a ressurreição) por intermédio do seu Messias (Lc 22.69; Rm
1.16; 1 Co 1.18,24) — manifestações que os saduceus se recusavam a aceitar.
Na ressurreição final (quando da
transformação do universo físico [Rm 8.21; 1Co 15 52-53]), o mandato criacional
quanto ao casamento e reprodução (Gn 1.27-28; 2.24) não será mais apropriado.
Os saduceus novamente demonstram ignorância sobre o "poder de Deus"
(vs. 24) e o final da história do mundo.
Ao ressuscitarmos dos mortos não mais
casaremos, mas seremos como os anjos que estão nos céus.
Jesus os lembra, então, do episódio da
sarça ardente (Veja Êx 3.1-6), no Livro de Moisés (vs. 18). Para refutar o
argumento dos saduceus, Jesus citou uma passagem que eles consideravam
canônica.
O Deus que apareceu de maneira miraculosa
na sarça ardente fez referência a si mesmo não por memórias passadas
("Deus de mortos"), mas sim da parte de homens vivos e cheios de fé,
que estão vivendo com ele numa aliança eterna de graça. Isso nos faz refletir
de que não morremos para nós mesmos, mas que a morte, por causa de Cristo, é
uma passagem de um estágio a outro, até que todos ressuscitaremos.
O ensinamento da ressurreição não está
baseado unicamente em passagens explícitas da Escritura (p. ex., SI 16.9-11; Is
53.11; Dn 12.2; Os 6.2; cf. Jó 14.14; 19.25-27; SI 17.15; 73.24-26; Is 26.19;
Ez 37.1-14; Os 13.14), mas se apoia basicamente na pessoa do Deus vivo e doador
de vida. A BEG recomenda, neste ponto, a leitura de seu excelente artigo
teológico "A ressurreição de Jesus", em Lc 24.
Um escriba ali presente acompanhou todas as
respostas e estava admirado com Jesus e também o põe à prova com outra pergunta
sobre qual o primeiro de todos os mandamentos.
Ouve, ó Israel. Novamente o debate estava
ancorado na Escritura e nesse quesito Jesus demonstrou ser um mestre perfeito.
Ele citou Dt 6.4, mais conhecido como a Shema
("ouve", no hebraico), que já havia se tornado a grandiosa confissão
da fé monoteísta do judaísmo. Ele então disse – vs. 29b e 30: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único
Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o
primeiro mandamento.
E vai então para o segundo, semelhante ao
primeiro. Aqui, Jesus faz ligação de Lv 19.18, uma passagem que Tiago chama de
"lei régia" (Tg 2.8), com Dt 6.4-5 (Shema). E o segundo,
semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro
mandamento maior do que estes.
O escriba aprovou a resposta de Jesus e
resolveu ele mesmo acrescentar uma passagem da Escritura — 1Sm 15.22 e Os 6.6. ao
que Jesus lhe correspondeu dizendo não estar ele longe do reino de Deus.
Compare esse escriba com o jovem rico
("Só uma coisa te falta..." 10.21) e com Nicodemos 3.1ss.). Em todos
esses casos, era evidente a necessidade de um novo nascimento (Jo 3).
Aqui, Jesus tinha em mente o reino já
totalmente consumado e que será desfrutado somente pelos remidos mediante a
morte e ressurreição do Filho do Homem (Jo 3.3,14-15). De acordo com At 6.7,
muitos escribas herdaram o reino após o Pentecostes.
Depois dessa sabatina e sua excelente
aprovação, ninguém mais ousava qeustioná-lo – vs. 34.
E estava Jesus ali ensinando no templo. Além
do átrio dos gentios havia também o átrio das mulheres (além do qual as
mulheres não tinham permissão para ir) e o átrio de Israel, reservado para os
homens judeus.
Era agora a vez de Jesus que lhes fazia uma
pergunta: como dizem os escribas que Cristo é filho de Davi? As palavras e a
interpretação de Jesus dependiam da autoria davídica desse salmo. Foi o próprio
Davi que falou pelo Espírito Santo. Jesus atribuiu total inspiração divina ao
escrito de Davi, como fariam seus apóstolos mais tarde (At 1.16; 4.25).
Como poderia se dar isso de o próprio Davi
lhe chamar de Senhor, como, então seria ele seu filho? O mesmo Davi chama-lhe
Senhor. Jesus argumentou que embora o Messias viesse da linhagem davídica, seu poder
e dignidade real superam o de Davi, pois este se dirige ao seu rei como
"meu senhor" (Sl 110.1), e o exercício de governo desse rei está
associado exclusivamente com o SENHOR (Javé, SI 110.2).
A interpretação lúcida e fiel que Jesus
fazia da Escritura produzia "deleite" entre seus ouvintes (cf. Lc
24.32). De fato, por um lado, Jesus era filho de Davi no sentido de ser de sua
linhagem, mas como tinha natureza dupla – o único assim – também era o próprio Senhor.
Jesus então passou a falar para todos se
guardarem dos escribas. Os adversários de Jesus possuíam uma aparência de
profundidade, mas estavam "em grande erro" (vs. 27). Uma advertência
semelhante é encontrada em 8.15.
Os escribas não recebiam um salário fixo;
então, buscavam apoio no povo, sem dúvida entre as viúvas, as vítimas mais
fáceis. Veja Mt 6.5-6 para um julgamento semelhante de ostentação e hipocrisia
espiritual.
O presente capítulo se encerra com Jesus
observando a entrega de ofertas no gazofilácio. Convenientemente, as caixas de
ofertas se localizavam no átrio das mulheres, sendo, desse modo, acessíveis a
todos.
Ele observa uma viúva ofertando uma simples
oferta, mas que relativamente, conforme o seu coração, era, das ofertas, a
maior de todas, embora em valor monetário, a menor de todas.
Essa moeda, chamada de lepton, era a de menor valor em circulação e valiam meio centavo. Já
um quadrante era uma moeda romana que equivalia a 1/64 de um denário (um
denário equivalia ao salário de um dia de trabalho). Mais uma vez, Marcos faz a
tradução para seus leitores gentios (7.34).
Mc 12:1 Depois,
entrou Jesus
a falar-lhes por parábola:
Um
homem plantou uma vinha,
cercou-a
de uma sebe,
construiu
um lagar,
edificou
uma torre,
arrendou-a
a uns lavradores
e
ausentou-se do país.
Mc 12:2 No
tempo da colheita,
enviou
um servo aos lavradores
para
que recebesse deles dos frutos da vinha;
Mc 12:3 eles,
porém,
o
agarraram,
espancaram
e
o despacharam vazio.
Mc 12:4 De
novo, lhes enviou outro servo,
e
eles o esbordoaram na cabeça
e
o insultaram.
Mc 12:5 Ainda
outro lhes mandou,
e
a este mataram.
Muitos outros
lhes enviou,
dos
quais espancaram uns
e
mataram outros.
Mc 12:6
Restava-lhe ainda um,
seu
filho amado;
a
este lhes enviou, por fim, dizendo:
Respeitarão
a meu filho.
Mc
12:7 Mas os tais lavradores disseram entre si:
Este é o
herdeiro; ora,
vamos,
matemo-lo,
e
a herança será nossa.
Mc
12:8 E,
agarrando-o,
mataram-no
e
o atiraram para fora da vinha.
Mc
12:9 Que fará, pois, o dono da vinha?
Virá,
exterminará
aqueles lavradores
e
passará a vinha a outros.
Mc 12:10
Ainda não lestes esta Escritura:
A
pedra que os construtores rejeitaram,
essa
veio a ser a principal pedra,
angular;
Mc 12:11 isto
procede do Senhor,
e é
maravilhoso aos nossos olhos?
Mc
12:12 E procuravam prendê-lo,
mas
temiam o povo;
porque
compreenderam que contra eles
proferira
esta parábola.
Então,
desistindo,
retiraram-se.
Mc 12:13 E
enviaram-lhe
alguns dos fariseus e dos herodianos,
para
que o apanhassem em alguma palavra.
Mc 12:14
Chegando, disseram-lhe:
Mestre,
sabemos que és verdadeiro
e
não te importas com quem quer que seja,
porque
não olhas a aparência dos homens;
antes,
segundo
a verdade,
ensinas
o caminho de Deus;
é
lícito pagar tributo a César ou não?
Devemos ou
não devemos pagar?
Mc
12:15 Mas Jesus,
percebendo-lhes
a hipocrisia, respondeu:
Por
que me experimentais?
Trazei-me um
denário
para
que eu o veja.
Mc 12:16 E
eles lho trouxeram.
Perguntou-lhes:
De
quem é esta efígie e inscrição?
Responderam:
De
César.
Mc 12:17
Disse-lhes, então, Jesus:
Dai
a César o que é de César
e
a Deus o que é de Deus.
E muito se
admiraram dele.
Mc 12:18 Então,
os saduceus,
que dizem não haver ressurreição,
aproximaram-se
dele e lhe perguntaram, dizendo:
Mc
12:19 Mestre, Moisés nos deixou escrito que,
se
morrer o irmão de alguém e deixar mulher sem filhos,
seu
irmão a tome como esposa
e
suscite descendência a seu irmão.
Mc
12:20 Ora, havia sete irmãos;
o primeiro
casou e morreu sem deixar descendência;
Mc
12:21 o segundo desposou a viúva e morreu,
também
sem deixar descendência;
e
o terceiro, da mesma forma.
Mc
12:22 E, assim,
os
sete não deixaram descendência.
Por
fim, depois de todos,
morreu
também a mulher.
Mc
12:23 Na ressurreição,
quando
eles ressuscitarem,
de
qual deles será ela a esposa?
Porque
os sete a desposaram.
Mc
12:24 Respondeu-lhes Jesus:
Não
provém o vosso erro de não conhecerdes
as
Escrituras, nem o poder de Deus?
Mc 12:25
Pois, quando ressuscitarem de entre os mortos,
nem
casarão,
nem
se darão em casamento;
porém,
são como os anjos nos céus.
Mc
12:26 Quanto à ressurreição dos mortos,
não
tendes lido no Livro de Moisés,
no
trecho referente à sarça, como Deus lhe falou:
Eu sou
o
Deus de Abraão,
o
Deus de Isaque
e
o Deus de Jacó?
Mc
12:27 Ora,
ele
não é Deus de mortos,
e
sim de vivos.
Laborais
em grande erro.
Mc 12:28 Chegando um dos escribas,
tendo ouvido
a discussão entre eles,
vendo
como Jesus lhes houvera respondido bem,
perguntou-lhe:
Qual
é o principal de todos os mandamentos?
Mc 12:29
Respondeu Jesus:
O
principal é:
Ouve,
ó Israel,
o
Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!
Mc
12:30 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus,
de
todo o teu coração,
de
toda a tua alma,
de todo o teu
entendimento
e
de toda a tua força.
Mc
12:31 O segundo é:
Amarás
o teu próximo como a ti mesmo.
Não
há outro mandamento
maior
do que estes.
Mc
12:32 Disse-lhe o escriba:
Muito
bem, Mestre,
e
com verdade disseste que ele é o único,
e
não há outro senão ele,
Mc
12:33 e que amar a Deus
de
todo o coração
e
de todo o entendimento
e
de toda a força,
e amar ao
próximo
como
a si mesmo excede a todos
os
holocaustos e sacrifícios.
Mc 12:34
Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe:
Não
estás longe do reino de Deus.
E já ninguém
mais ousava
interrogá-lo.
Mc 12:35 Jesus,
ensinando no
templo, perguntou:
Como
dizem os escribas que o Cristo é filho de Davi?
Mc 12:36 O
próprio Davi falou,
pelo
Espírito Santo:
Disse
o Senhor ao meu Senhor:
Assenta-te
à minha direita,
até
que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.
Mc
12:37 O mesmo Davi chama-lhe Senhor;
como,
pois, é ele seu filho?
E a grande multidão
o ouvia com
prazer.
Mc 12:38 E,
ao ensinar,
dizia ele:
Guardai-vos
dos escribas,
que
gostam de andar com vestes talares
e
das saudações nas praças;
Mc
12:39 e das primeiras cadeiras nas sinagogas
e
dos primeiros lugares nos banquetes;
Mc 12:40 os
quais devoram as casas das viúvas
e,
para o justificar, fazem longas orações;
estes
sofrerão juízo muito mais severo.
Mc 12:41 Assentado diante do
gazofilácio,
observava
Jesus como o povo lançava ali o dinheiro.
Ora,
muitos ricos
depositavam grandes quantias.
Mc 12:42 Vindo, porém,
uma viúva
pobre,
depositou
duas pequenas moedas
correspondentes
a um quadrante.
Mc 12:43 E,
chamando os
seus discípulos, disse-lhes:
Em
verdade vos digo que esta viúva pobre
depositou
no gazofilácio
mais
do que o fizeram todos os ofertantes.
Mc 12:44
Porque todos eles
ofertaram
do que lhes sobrava;
ela,
porém,
da
sua pobreza
deu
tudo quanto possuía,
todo
o seu sustento.
A oferta da
viúva pobre nos ensina que as aparências não servem diante de Deus, mas sim as
coisas que estão no mais profundo do nosso coração. Como enganaremos ao Senhor
de nossas almas? Somos tolos demais da conta...
...