Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi
escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente
gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos
notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na última parte,
a III, no capítulo 11.
III. O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA (10.1-16.20) - continuação.
Como já dissemos, embora Marcos
considerasse muito importante o ministério de Jesus no norte, ele apresenta o
ministério de Jesus na Judeia como o clímax da vida terrena de nosso Senhor.
Nesse ponto, Jesus caminha em direção à sua morte e ressurreição, como ele
havia predito.
Didaticamente, para melhor entendermos o
assunto, nós dividimos esta parte, conforme a BEG, em dez subpartes: A. Os
ensinos durante a jornada (10.1-45) – já
vista; B. A cura em Jericó (10.46-52)
– já vista; C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11) – veremos agora; D. A purificação do
templo (11.12-26) – veremos agora; E.
Controvérsias no templo (11.27--12.44) – começaremos
a ver agora; F Profecias no monte das Oliveiras (13.1-37); G. Unção em
Betânia (14.1-11); H. A ceia de Páscoa em Jerusalém (14.12-31); I. Abandono,
julgamento e morte (14.32 15.47); e, J. Ressurreição e comprovação (16.1-20).
Um breve resumo do capítulo 11.
Não poderia ter sido mais simples a tarefa
de encontrar um jumentinho? Eu creio piamente que Jesus nada tinha consultado
nem combinado com “alguém” alguma coisa. No entanto, foi perfeito. Assim como
ele disse, assim os discípulos seguiram suas instruções e tudo deu certinho.
Quem dera assim fizéssemos com tudo o que
Jesus nos disse para fazermos. No entanto, queremos ficar inventando as coisas
e nada dá certo. Jesus entrou triunfante em Jerusalém montado em um jumentinho
para que se cumprissem as Escrituras. E tudo foi cumprido!
Depois, o episódio da figueira com folhas e
sem frutos. Estes são os crentes e religiosos que somente tem aparência. O
Senhor espera o fruto devido daquele que está ligado à Videira e quando o
procura, nada encontra. O fim daquela figueira foi cruel e logo secou.
Também Jesus ensinou sobre a fé e a oração!
Que lição incrível, principalmente relacionado ao perdão sendo a máxima o
perdoar. O segredo para ser perdoado sempre é perdoar sempre!
Vejamos com maiores detalhes este
maravilhoso capítulo, com a valorosa ajuda da BEG:
C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11).
Marcos registra agora o estágio final do
ministério terreno de Jesus, a semana da Paixão em Jerusalém, e já começa
descrevendo a entrada triunfal de Jesus na cidade. É nesse momento que a
essência da mensagem do evangelho cristão começa a entrar sob o foco.
A viagem que começou em 10.1 atinge o
clímax aqui. A decisão de Jesus de ir a Jerusalém foi determinada pelo seu
entendimento do Antigo Testamento e estava em conformidade com as suas próprias
profecias (8.31).
Eles se aproximaram de Betfagé - atual
Kefr-et-Tur, uma vila pequena a leste de Jerusalém e de Betânia - hoje
identificada como a atual El-Azariet, distante cerca de 4 km a leste de
Jerusalém – ambas próximas ao monte das Oliveiras - situado a leste de
Jerusalém, com aproximadamente 810 m de altura, esse monte apresenta uma vista
espetacular da cidade, e nos dias de Jesus avistava-se também especialmente o
templo. Naquela época o monte estava coberto de oliveiras.
Jesus pode ter recebido essa informação pela
qual ele instruiu os seus discípulos por meios sobrenaturais (cf. Jo 1.48-50),
mas também estava familiarizado com a região e já havia estado ali
anteriormente.
Eles iriam encontrar um jumentinho (Veja Mt
21.2; Jo 12.15). Novamente o Antigo Testamento prediz as ações de Jesus (Zc
9.9) — que nesse caso era com certeza messiânica — pois Zacarias profetizou a
vinda de um rei justo e humilde que traria salvação.
O fato é que tudo se sucedeu como Jesus os instruíra
e eles trouxeram a ele o jumentinho e ele montou nele. Um reconhecimento da
dignidade e realeza de Jesus.
Muitos estendiam suas vestes pelo caminho e
outros cortavam ramos das árvores e iam espalhando pelo caminho (Veja o SI
118.27). Esse salmo messiânico celebra a procissão do Messias, "A pedra
que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra,
angular" (SI 118.22) — uma passagem que Jesus citou pouco depois da
purificação do templo (12.10). Jesus caminhou em direção ao templo ouvindo
exclamações de "Hosana” (vs. 9; veja o SI 118.19-21).
Hosana é um termo grego transliterado do
hebraico hoshi'a na, que significa "Oh! Salva-nos, SENHOR" (veja o SI
118.25). A multidão clamava frases de SI 118.
E Jesus entrou em Jerusalém, no templo, e,
tendo visto tudo em redor, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze. De
acordo com Mt 21.12-22, ao chegar ao templo Jesus o purificou, e no dia
seguinte amaldiçoou a figueira.
De acordo com Marcos, Jesus retornou para
Betânia para passar a noite, e pela manhã, a caminho do templo uma segunda vez,
primeiro amaldiçoou a figueira e então purificou o templo.
Mateus provavelmente organizou o material
em tópicos (não há uma referência temporal específica a respeito da
purificação; Mt 21.12) enquanto Marcos (que gostava de colocar histórias dentro
de histórias; veja também 5.21-43; 6.7-30) organizou-o cronologicamente.
Mais uma vez Marcos salienta que esses
acontecimentos messiânicos foram presenciados em primeiro lugar e
principalmente pelos doze.
D. A purificação do templo (11.12-26).
Marcos relata a maldição da figueira e a
purificação do templo como as primeiras ações de Jesus em Jerusalém. Seu relato
revela como Jesus desafiou abertamente a hipocrisia e o fracasso da mais
importante instituição religiosa em Jerusalém.
Esse registro é um prelúdio adequado para a
morte e a ressurreição de Jesus, acontecimentos que acabariam por eliminar
completamente a corrupção terrena do templo.
O dia seguinte do vs. 12 quando saíram para
Betânia e teve fome era a segunda-feira da semana da Paixão.
Ele tinha avistado uma figueira que tinha
folhas. A temporada de figos começa em junho, e a Páscoa acontece ao final de
março. Algumas figueiras dão fruto fora da temporada, e o sinal disso é a
presença de folhas.
Essa figueira lembrou Jesus da hipocrisia,
pois tinha os sinais de haver frutos (folhas haviam aparecido), porém não tinha
fruto algum.
Por não ter encontrado os frutos nela, ele
a amaldiçoou dizendo que nunca jamais coma alguém fruto dela! Esse relato,
vindo imediatamente antes da purificação do templo, teve um sentido simbólico.
Jesus amaldiçoou a árvore pela falsa
aparência, do mesmo modo que julgaria o templo (11.15-17) e profetizaria a sua
destruição (13.2). Com isso ele quis dizer que a restauração do templo em
Jerusalém não seria mais o objetivo da história da redenção.
Em seguida vieram a Jerusalém e entraram no
templo – vs. 15. No átrio dos gentios, a única área onde os gentios eram
permitidos. Esses acontecimentos seriam particularmente interessantes para os
leitores gentios de Marcos.
O Evangelho de João traz uma descrição da
purificação que Jesus fez no templo no começo do seu ministério (Jo 2.12-22),
embora todos os três sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) situem esse
acontecimento ao final do seu ministério (como aqui).
Conforme a BEG, é possível que Jesus tenha
purificado o templo duas vezes, visto que:
(1)O
relato de João traz uma data específica (Jo 2.20; Mc 1.9).
(2)Os
relatos não são idênticos e as citações das Escrituras do Antigo Testamento são
diferentes — em João, são citados SI 69.9 e Zc 14.21; nos sinóticos, Is 56.7 e
Jr 7.11.
(3)Em
João, Jesus entrou sozinho, enquanto nos sinóticos fez uma entrada triunfal em
sua glória messiânica.
(4)Jesus,
que na última purificação citou Jeremias, sem dúvida estava ciente de que o
profeta Jeremias havia amaldiçoado o templo duas vezes (Jr 7.1-14; 26.2-6),
sendo que na segunda usou o figo simbolicamente (Jr 24.1-10; veja Mc 11.12-14).
Trocar dinheiro era um serviço necessário,
pois as taxas e as ofertas do templo tinham de ser pagas em moeda local. A
prática desonesta levou Jesus a descrever o lugar como "covil de
salteadores" (11.17).
Jesus julgou as famílias dos sumos
sacerdotes saduceus que se beneficiavam desse abuso e que haviam perdido todo o
senso de santidade do templo (12.18-27).
Ele então começou a expulsar os que vendiam
e compravam no templo. Ele derrubou as mesas dos cambiadores e as cadeiras dos
que vendiam pombas. Ele não consentia que alguém levasse algum vaso pelo
templo. Ele os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada,
por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.
O átrio dos gentios havia se tornado um
mercado agitado. Marcos enxergou no gesto de Jesus uma defesa dos direitos dos
gentios e talvez uma indicação da reunião futura com estes.
Essa ação de Jesus provocou aqueles que
iriam matá-lo (8.31). Esses escribas e fariseus procuravam uma boa oportunidade
para mesmo matarem este profeta ousado, mas temiam o povo que se maravilhava da
sua doutrina.
Saindo dali, já tarde foram para fora da
cidade e, pela manhã, viram que a figueira que Jesus amaldiçoou estava seca até
as raízes. Era esta a manhã da terça-feira da semana da Paixão. Essa frase
indica a total destruição da árvore (vs. 14).
Pedro é que chama a atenção de Jesus para a
figueira e Jesus aproveita para ensinar a eles que deveriam, igualmente, terem
fé em Deus e diz, provocando-os, que qualquer que disser a um monte para ele
erguer-se e lançar-se no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se
fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Ele conclui seu ensino
da fé aliando isso à oração, ou seja, todas as coisas que pedirmos, orando, é
para crer que receberemos, e isso será feito. (Marcos 11:23, 24).
E. Controvérsias no templo (11.27--12.44).
Veremos doravante até o próximo capítulo,
verso 44 as controvérsias no templo.
Marcos revelou a autoridade de Jesus para
desafiar os líderes religiosos corruptos e as instituições de Jerusalém. Assim,
Marcos estabeleceu Jesus como o único fundamento da fé e salvação para judeus e
gentios em todo o mundo.
Vendo a ousadia, os feitos e a autoridade
de Jesus, foram questioná-lo. As autoridades de Jerusalém queriam mostrar que
Jesus era apenas uma pessoa arrogante e não possuía nenhum cargo oficial para
que pudesse agir dentro do templo.
Aproveitando a deixa, Jesus também os
desafia com uma pergunta intrigante sobre o batismo de João se era do céu ou
dos homens?
A resposta brilhante de Jesus silenciou as
autoridades e os teólogos profissionais, pois demonstrou que todas as
autoridades "oficiais" humanas devem se curvar à autoridade que Deus
delega a seus profetas.
Significa que a autoridade profética, a
qual Jesus afirmava (implicitamente) que possuía, não podia, por definição, ter
origem humana (cf. Cl 1.11-12).
A autoridade profética não é outorgada por
mediação humana, mas é reconhecida corno definitiva e auto certificada,
exigindo submissão.
Assim, Jesus deixou aos seus ouvintes (e
Marcos, aos seus leitores) uma pergunta subentendida: "Vocês reconhecem e
se submetem à minha autoridade?".
Mc 11:1 Quando se aproximavam de
Jerusalém,
de Betfagé e
Betânia,
junto
ao monte das Oliveiras,
enviou
Jesus dois dos seus discípulos
Mc
11:2 e disse-lhes:
Ide
à aldeia que aí está diante de vós
e,
logo ao entrar,
achareis
preso um jumentinho,
o
qual ainda ninguém montou;
desprendei-o
e trazei-o.
Mc 11:3 Se
alguém vos perguntar:
Por
que fazeis isso?
Respondei:
O Senhor precisa dele
e
logo o mandará de volta para aqui.
Mc
11:4 Então,
foram e
acharam o jumentinho preso,
junto
ao portão,
do
lado de fora,
na
rua,
e
o desprenderam.
Mc
11:5 Alguns dos que ali estavam reclamaram:
Que
fazeis, soltando o jumentinho?
Mc 11:6 Eles,
porém, responderam conforme as instruções de Jesus;
então,
os deixaram ir.
Mc
11:7 Levaram o jumentinho,
sobre o qual
puseram as suas vestes,
e
Jesus o montou.
Mc
11:8 E muitos estendiam as suas vestes no caminho,
e
outros, ramos que haviam cortado dos campos.
Mc
11:9 Tanto os que iam adiante dele
como
os que vinham depois clamavam:
Hosana!
Bendito
o que vem em nome do Senhor!
Mc
11:10 Bendito
o
reino que vem,
o
reino de Davi, nosso pai!
Hosana,
nas maiores alturas!
Mc 11:11 E,
quando entrou em Jerusalém,
no templo,
tendo
observado tudo,
como
fosse já tarde,
saiu
para Betânia com os doze.
Mc 11:12 No dia seguinte,
quando saíram
de Betânia,
teve
fome.
Mc 11:13 E,
vendo de
longe uma figueira com folhas,
foi
ver se nela,
porventura,
acharia alguma coisa.
Aproximando-se
dela,
nada
achou,
senão
folhas;
porque
não era tempo de figos.
Mc 11:14
Então, lhe disse Jesus:
Nunca
jamais coma alguém fruto de ti!
E
seus discípulos ouviram isto.
Mc 11:15 E
foram para Jerusalém.
Entrando
ele no templo,
passou
a expulsar os que ali vendiam e compravam;
derribou
as mesas dos cambistas
e
as cadeiras dos que vendiam pombas.
Mc 11:16 Não
permitia que alguém conduzisse
qualquer
utensílio pelo templo;
Mc 11:17
também os ensinava e dizia:
Não
está escrito:
A minha casa
será chamada casa de oração
para
todas as nações?
Vós,
porém, a tendes transformado
em
covil de salteadores.
Mc
11:18 E os principais sacerdotes e escribas
ouviam
estas coisas
e
procuravam um modo de lhe tirar a vida;
pois
o temiam,
porque toda a
multidão
se
maravilhava de sua doutrina.
Mc
11:19 Em vindo a tarde,
saíram
da cidade.
Mc 11:20 E,
passando eles pela manhã,
viram
que a figueira secara desde a raiz.
Mc 11:21
Então, Pedro,
lembrando-se,
falou:
Mestre,
eis que a figueira que amaldiçoaste secou.
Mc
11:22 Ao que Jesus lhes disse:
Tende
fé em Deus;
Mc
11:23 porque em verdade vos afirmo
que,
se alguém disser a este monte:
Ergue-te
e
lança-te no mar,
e não duvidar
no seu coração,
mas
crer que se fará o que diz,
assim
será com ele.
Mc
11:24 Por isso,
vos
digo que tudo quanto em oração pedirdes,
crede
que recebestes,
e
será assim convosco.
Mc
11:25 E, quando estiverdes orando,
se
tendes alguma coisa contra alguém,
perdoai,
para que
vosso Pai celestial
vos
perdoe as vossas ofensas.
Mc 11:26
[Mas, se não perdoardes,
também
vosso Pai celestial
não
vos perdoará as vossas ofensas.]
Mc 11:27 Então,
regressaram
para Jerusalém.
E,
andando ele
pelo templo,
vieram
ao seu encontro
os
principais sacerdotes, os escribas e os anciãos
Mc
11:28 e lhe perguntaram:
Com que
autoridade fazes estas coisas?
Ou quem te
deu tal autoridade
para
as fazeres?
Mc
11:29 Jesus lhes respondeu:
Eu
vos farei uma pergunta;
respondei-me,
e eu vos
direi com que autoridade faço estas coisas.
Mc
11:30 O batismo de João
era
do céu ou dos homens? Respondei!
Mc
11:31 E eles discorriam entre si:
Se
dissermos:
Do
céu, dirá:
Então, por
que não acreditastes nele?
Mc
11:32 Se, porém, dissermos:
dos
homens,
é
de temer o povo.
Porque
todos consideravam a João
como
profeta.
Mc
11:33 Então, responderam a Jesus:
Não
sabemos.
E
Jesus, por sua vez, lhes disse:
Nem
eu tampouco vos digo
com que
autoridade faço estas coisas.
Ainda tentaram
achar defeitos em Jesus e o provocaram com uma pergunta complexa cuja resposta
iria colocar Jesus numa situação muito difícil, mas como prender o Mestre e
Senhor? No laço que armaram, os armadores foram laçados.
Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi
escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente
gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos
notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na última parte,
a III, no capítulo 10.
III. O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA (10.1-16.20).
O clímax do ministério de Jesus aconteceu
na Judeia, mais especificamente em Jerusalém, o lugar de sua morte e
ressurreição. Jesus desafiou as autoridades religiosas e as instituições de
Jerusalém. Ele se revelou com maior particularidade aos doze discípulos, os
quais o abandonaram enquanto Jesus sofria e morria; porém, Jesus comprovou aos
discípulos a sua veracidade quando ressuscitou da morte.
Embora Marcos considerasse muito importante
o ministério de Jesus no norte, ele apresenta o ministério de Jesus na Judeia
como o clímax da vida terrena de nosso Senhor. Nesse ponto, Jesus caminha em
direção à sua morte e ressurreição, corno ele havia predito.
Didaticamente, para melhor entendermos o
assunto, dividiremos esta parte, conforme a BEG, em dez subpartes: A. Os ensinos
durante a jornada (10.1-45) – veremos
agora; B. A cura em Jericó (10.46-52)
– veremos agora; C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11); D. A purificação
do templo (11.12-26); E. Controvérsias no templo (11.27--12.44); F Profecias no
monte das Oliveiras (13.1-37); G. Unção em Betânia (14.1-11); H. A ceia de Páscoa
em Jerusalém (14.12-31); I. Abandono, julgamento e morte (14.32 15.47); e, J.
Ressurreição e comprovação (16.1-20).
A. Os ensinos durante a jornada (10.1-45).
Era o costume do mestre ensinar, por isso
os quatro evangelhos dão ênfase ao ministério de ensino por parte de Jesus que
ensinou os discípulos e nós no século XXI a darmos continuidade.
Novamente os fariseus querendo pegá-lo em
algo. Agora a questão era o divórcio, mas Jesus, sempre atento e conhecendo-lhe
os desígnios, aproveitava da situação para lhes ensinar e lhes ministrar. Os
que recebiam a palavra, eram curados, mas haviam os que se endureciam. Para
estes, não havia, não houve, nem nunca haverá misericórdia.
De quem é o reino dos céus? É das crianças!
Também é de todos aqueles que se tornarem como elas e jogarem fora suas
malícias. Se você vai ou vem para o reino de Deus querendo usá-lo para seus
fins e propósitos e não para a glória de Deus, o reino dos céus não te
pertence, mas sim o inferno!
O que fazer para herdar a vida eterna? A
resposta de Jesus é precisa e simples e o jovem confessou que tudo aquilo fazia
tanto que Jesus o amou. Foi ai que lhe fez o maior desafio para saber onde
estava o coração daquele jovem e a descoberta foi que não estava em Deus, mas
nas riquezas e ai, tropeçou.
Jesus falando de sua morte e ai aparece
seus discípulos, dois deles, Tiago e João, lhes pedindo assentarem um à
esquerda e outro à direita. Não entendiam nadinha do que ele lhes falava e seu
espírito era bem outro, mas, pacientemente, Jesus os conduziu para si mesmo.
Vejamos agora com maiores detalhes, conforme a BEG:
Nesses próximos 45 versículos, veremos os
ensinos durante a jornada. Marcos registrou a maneira como Jesus ensinou às
multidões e forneceu maior compreensão aos doze quanto à necessidade de humildade
para servir em seu reino.
Ele se levantou de onde estava e foi para
os termos da Judeia, além do Jordão. A região ao sul da Palestina
concentrava-se ao redor de Jerusalém. Essa viagem para a Judeia era na
realidade o início do processo que conduziria Jesus à morte (cf. Lc 9.51). Ele
começou após o retorno do monte da transfiguração (9.2-13) e terminou no
Gólgota (15.22ss.). Jesus foi à região da Pereia (atual Jordânia), onde Herodes
Antipas era tetrarca (6.14).
Quem surge no caminho com questões apenas
para por Jesus à prova? Os fariseus! A questão – ali - sobre o divórcio era
estranha porque Dt 24.1-4 já indicava que a resposta poderia ser sim ou não,
dependendo da circunstância.
Talvez os fariseus quisessem conduzir Jesus
para o debate sobre Herodes Antipas e sua esposa "ilícita" (Lv 18.16;
veja as notas sobre Mc 6.18).
Diante daquela pergunta se seria licito o
homem repudiar a sua mulher, Jesus devolve com uma pergunta, o que ordenou
Moisés? O casamento monogâmico deve ser recebido e apreciado como a intenção de
Deus e seu planejamento autoritativo para a criação, como demonstra o casamento
original entre Adão e Eva.
Como sempre, Jesus não argumentou a partir
da tradição (veja as notas sobre 7.1,2,3,5,8,11), mas procurou descobrir o
verdadeiro sentido da Escritura (Mt 5.20 22,27-28,31-32). Quanto ao casamento,
Jesus mostrou que a atual manifestação terrena da nova aliança, apesar da
continuidade do pecado, tem por objetivo restabelecer as condições ideais da
vida antes da queda.
Sobre o assunto, novamente, em casa,
tornaram os discípulos a interrogarem a Jesus e este os ensinou. Novamente os
discípulos receberam uma instrução particular (9.35).
O verso 11 é claro que não se deve
abandonar a sua esposa. Trata-se apenas de uma generalização quanto à
inviolabilidade do casamento, que a prática judaica com frequência desrespeitava.
Contudo, Jesus especifica um motivo válido para o divórcio (Mt 5.32; 19.9) — a
infidelidade. Paulo especificou o abandono como um tipo particular de
infidelidade (1Co 7.12-16). A BEG recomenda a leitura de seu excelente artigo
teológico "Casamento e divórcio", em Mt 19.
Os versos 11 e 12 são claros: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com
outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com
outro, adultera.
Dos verso de 13 a 16, Jesus defende os
pequeninos trazidos à sua presença, ou as crianças, literalmente,
"criancinhas" (veja 9.36). O fato de os pais terem levado as
crianças, e de Jesus tê-las segurado nos braços (vs. 16), sugere que elas tinham
pouca idade.
Jesus afirmava que seria delas o reino de
Deus. Jesus estava expressando a noção de comunidade pactual característica do
Antigo Testamento, em que as crianças eram parte do povo da aliança e como tal
consideradas herdeiras do reino.
Então ele as abençoava. Ao receberem as
bênçãos de Deus ficou demonstrado que elas eram consideradas herdeiras das
bênçãos da aliança (Gn 22.16-18; Dt 7.13).
Em seguida, um jovem, aparentemente
desesperado com sua condição, pergunta a Jesus como irá fazer para herdar a
vida eterna.
O Evangelho de Lucas diz que esse homem era
importante (Lc 18.18); Mateus afirma que ele era jovem e rico (Mt 19.20,22) e
Marcos observa que ele tinha muitas posses (vs. 22).
Esse homem possuía "tudo", mas
lhe faltava a riqueza mais importante de um ser humano: a vida eterna. Esse
homem colocou juntos na mesma frase dois verbos traduzidos como
"farei" e "herdar" (o que farei para herdar...).
A lista de suas realizações morais e o seu
entendimento da bondade (vs. 18) revelava que a sua confiança estava depositada
nas obras de justiça.
Jesus chamou a atenção dele para a pergunta
que ele fizera – vs. 18. Por que me chamas bom? Jesus não negou que era bom;
antes, quis salientar que "Ninguém é bom senão um, que é Deus". Jesus
falou dessa maneira para que o homem percebesse que não era capaz de obter a
vida eterna.
Então, Jesus o amando, diz ainda que lhe faltava
algo. Só uma coisa te faltava a ele. O amor desse homem pelas riquezas (vs. 22)
e sua recusa em abandoná-las para seguir a Jesus mostra que ele quebrou o
"grande mandamento da Lei" (Mt 22.36): "Amarás, pois, o SENHOR,
teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força"
(Dt 6.5; cf. Mt 22.37).
Por não ter a total retidão que Deus
requer, o homem está condenado. Suas imperfeitas obras de justiça de nada lhe
serviam nessa questão de maior necessidade.
Jesus então exclama o quão dificilmente
entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Isso não é porque a riqueza é má
em si mesma e desqualifica aqueles que a possuem.
Corno todas as demais pessoas decaídas, os
ricos rejeitam a Deus porque amam mais ao dinheiro (Lc 16.13; Tg 4.4). A
riqueza produz uma tentação particularmente forte para rejeitar a Deus, pois
oferece muitos benefícios agradáveis.
Se não fosse pela intervenção graciosa de
Deus em mudar o coração do rico, este continuaria amando o seu dinheiro acima
de todas as coisas e morreria em seu pecado.
Os discípulos ficaram admirados com essas
palavras do Mestre, mas em reforço, Jesus repetiu, enfatizando que seria muito difícil
entrar no Reino de Deus! Seria mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma
agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.
Não há evidências que apoiem a sugestão de
que existiu uma porta pequena chamada de "fundo da agulha", através
da qual os camelos passavam com muita dificuldade. Jesus falou em termos de
impossibilidade, e não de simples dificuldade (vs. 27).
Os discípulos ficaram intrigado e
perguntaram em seguida quem poderia ser salvo? Essa pergunta demonstra que os
discípulos entenderam a afirmação de Jesus como afirmação de que ninguém é bom
o bastante para ser salvo.
Por causa de nossa natureza pecaminosa, a
salvação para os seres humanos é impossível. A salvação procede do Senhor,
mediante a sua iniciativa soberana e divina (Jo 2.9; cf. SI 3.8; 68.19-20). Quando
Jesus disse que para os homens isso seria impossível, mas não para Deus, ele
não estava falando para Deus, mas para os homens. Que isso fique claro para nós
refletirmos em sua frase, muito interessante: PARA DEUS NÃO HÁ IMPOSSÍVEIS!
Como Pedro era muito impulsivo, logo
exclamou, por todos, que tudo deixariam para seguirem a Jesus. Embora a
salvação não possa ser merecida, o recebimento dela resulta num comprometimento
radical.
Jesus os consola fazendo promessas aos fiéis.
Conforme a BEG, a tradição judaica dividia a História nestas duas eras: o
"presente" se refere ao período atual de pecado e morte, enquanto que
o "por vir" se refere à era futura da salvação trazida pelo Messias.
Na teologia do Novo Testamento, essas duas
eras se sobrepõem entre a primeira e a segunda vindas de Cristo. Os seguidores
de Cristo experimentam hoje muitas bênçãos da era futura, mas também sofrem as
tribulações desta era presente.
Assim, na era presente há "o
cêntuplo" de bênçãos, mas também há "perseguições". Para os
discípulos de Cristo, a salvação será totalmente efetuada apenas quando
entrarmos na posse da "vida eterna" no retorno de Cristo.
Jesus fez promessas maravilhosas a eles e
eles entenderam e estavam admirados, já outros que o seguiam estavam com medo.
Mais uma vez, Jesus os chama à parte e
esclarece aos doze o que estaria para acontecer. O Filho do Homem será entregue
aos chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o condenarão à morte e o
entregarão aos gentios, que zombarão dele, cuspirão nele, o açoitarão e o
matarão. Três dias depois ele ressuscitará.
O novo elemento nessa terceira profecia da
morte de Jesus é a menção dos gentios (nesse caso, os romanos) e a predição
implícita da sua morte pela crucificação.
Jesus falava de uma coisa, mas eles
pareciam lerdos em entender e já estavam pensando no futuro, quando iriam
assumir posições de destaque e até suas mães estavam se envolvendo nas suas
astúcias. Em Mt 20.20 foi a mãe quem fez o pedido. Talvez a família inteira
estivesse envolvida.
Tiago e João não haviam compreendido o
ensinamento de Jesus quanto à grandeza (9.34,35). Até concordaram em beber o
cálice, sem ao menos saber o que era. Beber o cálice era um símbolo do Antigo
Testamento para expressar sofrimento e ira (SI 75.8; Is 51.17-22; Jr 25.15; Ez
23.31-34; cf. Mc 14.36). Já o batismo, esse sacramento está associado tanto com
julgamento como com salvação (Rm 6.3ss.; 1Co 10.2; C1 2.11-13).
O que eles pediam estava fora do alcance
dele, mas era decidido pelo seu Pai. Jesus revelou que há áreas sobre as quais
somente o Pai tem autoridade (veja também 13.32). Esses "assentos"
são decididos de acordo com o plano divino da redenção e em conformidade com os
princípios para o serviço, que Jesus ensinou (9.35).
Ouvindo os outros dez isso, ficaram
indignados com Tiago e João, mas Jesus interviu e lhes deu uma grande lição.
Provavelmente os outros dez discípulos ficaram indignados não porque Tiago e
João falharam em aplicar o ensinamento de Jesus, mas porque eles também queriam
os mesmos assentos de honra.
O ensino anterior (veja 9.35), que Jesus
repetiu aqui, teve por objetivo eliminar essas noções mundanas de poder e
autoridade.
Jesus ensina para eles – vs. 45 - que o
próprio Filho do Homem não veio para ser servido. Mais do que a afirmação desse
princípio, o que finalmente quebrou o coração duro dos discípulos foi o exemplo
que o próprio Jesus deu.
O Filho do Homem, a quem foi dado "domínio,
e glória, e o reino" (Dn 7.14), na verdade veio como um servo, cumprindo a
profecia de Is 52.13-53.12 para dar a sua vida "em resgate por
muitos".
O resgate era o preço pago para perdoar o
culpado e livrá-lo de uma sentença (Êx 21.30), ou absolver um devedor de sua dívida
(Ex 30.12; cf. Is 53.10). Já o termo “muitos” (Veja Is 53.12), nos manuscritos
de Qumran (encontrados no Mar Morto), se refere a toda a comunidade (Rm
5.15,19).
B. A cura em Jericó (10.46-52).
Depois disso, chegaram a Jericó. Veremos dos
versos de 46 a 52 a cura em Jericó. Marcos recorda-se de uma parte anterior do
seu Evangelho (5.34) ao focalizar outro milagre que revelou a importância da
fé.
Ele fez isso com o objetivo de instruir seus
leitores sobre o significado da fé em Cristo em seus dias.
Jericó era uma cidade situada a cerca de
240 m abaixo do nível do mar e distante cerca de 25 km a nordeste de Jerusalém.
O primeiro povoamento do local ocorreu em
6000 a.C. Uma nova cidade, localizada mais ao sul, foi construída por Herodes,
o Grande, no século 1 a.C.
Foi quando Jesus estava saindo que o filho
de Timeu, Bartimeu, que era cego, começou a clamar ao Filho de Davi que tivesse
misericórdias dele. A explicação para esse nome semítico, Bartimeu, que
significa "filho de Timeu", demonstra que Marcos escrevia, ao menos
em parte, para um público gentio (veja 7.34).
Filho de Davi era um título messiânico
popular (11.10; 12.35) retirado do Antigo Testamento (Is 11.1-3; Jr 23 5-6; Ez
34.23-24). Jesus não o rejeitou, mas mandou chamá-lo. Uma das características
mais marcantes do ministério de Jesus é que ele sempre encontrava tempo para
aqueles que sofriam (vejam 5.30-34). E você, eu, nós, estamos encontrando tempo
para o nosso próximo?
Mc 10:1 Levantando-se Jesus,
foi dali para
o território da Judéia,
além
do Jordão.
E outra vez
as
multidões se reuniram junto a ele,
e,
de novo,
ele
as ensinava,
segundo
o seu costume.
Mc 10:2 E,
aproximando-se
alguns fariseus, o experimentaram, perguntando-lhe:
É
lícito ao marido repudiar sua mulher?
Mc 10:3 Ele
lhes respondeu:
Que
vos ordenou Moisés?
Mc 10:4 Tornaram
eles:
Moisés
permitiu lavrar carta de divórcio e repudiar.
Mc 10:5 Mas
Jesus lhes disse:
Por
causa da dureza do vosso coração,
ele
vos deixou escrito esse mandamento;
Mc 10:6
porém,
desde
o princípio da criação,
Deus
os fez
homem
e mulher.
Mc 10:7 Por
isso,
deixará
o homem a seu pai
e
mãe
[e
unir-se-á a sua mulher],
Mc
10:8 e, com sua mulher,
serão os dois
uma só carne.
De
modo que já não são dois,
mas uma só
carne.
Mc
10:9 Portanto,
o
que Deus ajuntou
não
separe o homem.
Mc 10:10 Em casa,
voltaram os
discípulos a interrogá-lo sobre este assunto.
Mc
10:11 E ele lhes disse:
Quem
repudiar sua mulher
e
casar com outra
comete
adultério contra aquela.
Mc 10:12 E,
se
ela repudiar seu marido
e
casar com outro,
comete
adultério.
Mc 10:13 Então,
lhe trouxeram
algumas crianças para que as tocasse,
mas
os discípulos os repreendiam.
Mc 10:14
Jesus, porém, vendo isto,
indignou-se
e disse-lhes:
Deixai
vir a mim os pequeninos,
não
os embaraceis,
porque
dos tais é o reino de Deus.
Mc
10:15 Em verdade vos digo:
Quem
não receber o reino de Deus
como
uma criança
de
maneira nenhuma entrará nele.
Mc
10:16 Então,
tomando-as
nos braços e impondo-lhes as mãos,
as
abençoava.
Mc 10:17 E,
pondo-se
Jesus a caminho,
correu
um homem ao seu encontro
e,
ajoelhando-se, perguntou-lhe:
Bom
Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
Mc 10:18
Respondeu-lhe Jesus:
Por
que me chamas bom?
Ninguém
é bom senão um, que é Deus.
Mc 10:19
Sabes os mandamentos:
Não
matarás,
não
adulterarás,
não furtarás,
não
dirás falso testemunho,
não
defraudarás ninguém,
honra a teu
pai e tua mãe.
Mc
10:20 Então, ele respondeu:
Mestre,
tudo isso tenho observado
desde
a minha juventude.
Mc 10:21 E
Jesus,
fitando-o,
o amou e disse:
Só
uma coisa te falta:
Vai,
vende tudo o que tens,
dá-o
aos pobres
e
terás um tesouro no céu;
então,
vem
e
segue-me.
Mc
10:22 Ele, porém,
contrariado
com esta palavra,
retirou-se
triste,
porque era
dono de muitas propriedades.
Mc
10:23 Então,
Jesus,
olhando ao redor,
disse
aos seus discípulos:
Quão
dificilmente entrarão no reino de Deus
os
que têm riquezas!
Mc
10:24 Os discípulos estranharam estas palavras;
mas
Jesus insistiu em dizer-lhes:
Filhos,
quão difícil é
[para
os que confiam nas riquezas]
entrar
no reino de Deus!
Mc
10:25 É mais fácil passar um camelo
pelo
fundo de uma agulha
do
que entrar um rico no reino de Deus.
Mc 10:26 Eles
ficaram sobremodo maravilhados,
dizendo
entre si:
Então, quem
pode ser salvo?
Mc
10:27 Jesus, porém,
fitando
neles o olhar, disse:
Para
os homens é impossível;
contudo,
não para Deus,
porque
para Deus
tudo
é possível.
Mc
10:28 Então, Pedro começou a dizer-lhe:
Eis
que nós tudo deixamos e te seguimos.
Mc 10:29
Tornou Jesus:
Em
verdade vos digo que ninguém há
que tenha
deixado casa, ou irmãos, ou irmãs,
ou
mãe, ou pai, ou filhos, ou campos
por
amor de mim
e
por amor do evangelho,
Mc
10:30 que não receba,
já
no presente,
o
cêntuplo de casas, irmãos, irmãs,
mães,
filhos e campos,
com
perseguições;
e, no mundo
por vir,
a
vida eterna.
Mc
10:31 Porém muitos primeiros
serão
últimos;
e os últimos,
primeiros.
Mc 10:32 Estavam de caminho,
subindo para
Jerusalém,
e
Jesus ia adiante dos seus discípulos.
Estes se
admiravam
e
o seguiam tomados de apreensões.
E Jesus,
tornando a levar à parte os doze, passou a revelar-lhes
as
coisas que lhe deviam sobrevir, dizendo:
Mc
10:33 Eis que subimos para Jerusalém,
e
o Filho do Homem será entregue
aos
principais sacerdotes e aos escribas;
condená-lo-ão
à morte
e
o entregarão aos gentios;
Mc
10:34 hão de escarnecê-lo,
cuspir
nele,
açoitá-lo
e
matá-lo;
mas,
depois de três dias,
ressuscitará.
Mc
10:35 Então,
se
aproximaram dele Tiago e João,
filhos
de Zebedeu, dizendo-lhe:
Mestre,
queremos que nos concedas o que te vamos pedir.
Mc
10:36 E ele lhes perguntou:
Que
quereis que vos faça?
Mc
10:37 Responderam-lhe:
Permite-nos
que, na tua glória,
nos
assentemos um à tua direita
e
o outro à tua esquerda.
Mc
10:38 Mas Jesus lhes disse:
Não
sabeis o que pedis.
Podeis
vós beber o cálice que eu bebo
ou receber o
batismo com que eu sou batizado?
Mc
10:39 Disseram-lhe:
Podemos.
Tornou-lhes
Jesus:
Bebereis
o cálice que eu bebo
e
recebereis o batismo
com
que eu sou batizado;
Mc
10:40 quanto, porém, ao assentar-se
à minha
direita ou à minha esquerda,
não
me compete concedê-lo;
porque
é para aqueles
a
quem está preparado.
Mc
10:41 Ouvindo isto,
indignaram-se
os dez contra Tiago e João.
Mc
10:42 Mas Jesus,
chamando-os
para junto de si, disse-lhes:
Sabeis que os
que são considerados governadores
dos
povos têm-nos sob seu domínio,
e
sobre eles os seus maiorais exercem autoridade.
Mc
10:43 Mas entre vós não é assim;
pelo
contrário,
quem
quiser tornar-se grande entre vós,
será
esse o que vos sirva;
Mc
10:44 e quem quiser ser o primeiro entre vós
será servo de
todos.
Mc
10:45 Pois o próprio Filho do Homem
não
veio para ser servido, mas para servir
e dar a sua
vida em resgate por muitos.
Mc 10:46 E foram para Jericó.
Quando ele
saía de Jericó,
juntamente
com os discípulos e numerosa multidão,
Bartimeu,
cego mendigo, filho de Timeu,
estava
assentado à beira do caminho
Mc 10:47 e,
ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar:
Jesus, Filho
de Davi, tem compaixão de mim!
Mc 10:48 E
muitos o repreendiam,
para
que se calasse;
mas ele cada
vez gritava mais:
Filho
de Davi, tem misericórdia de mim!
Mc 10:49
Parou Jesus e disse:
Chamai-o.
Chamaram,
então, o cego, dizendo-lhe:
Tem
bom ânimo;
levanta-te,
ele te chama.
Mc 10:50
Lançando de si a capa,
levantou-se
de um salto
e
foi ter com Jesus.
Mc 10:51
Perguntou-lhe Jesus:
Que
queres que eu te faça?
Respondeu
o cego:
Mestre,
que eu torne a ver.
Mc 10:52
Então, Jesus lhe disse:
Vai,
a
tua fé te salvou.
E imediatamente
tornou
a ver
e
seguia a Jesus estrada fora.
A cura do cego
Bartimeu é muito interessante. Primeiro, ele sabia quem era Jesus e do que ele
era capaz. A partir disso, buscou seu objetivo de ter contato com ele, custasse
o que custasse e estava disposto a enfrentar desafios, como aquela multidão que
o repreendia. Segundo, usou o que tinha para atrair seu Mestre: a sua voz e seu
pedido insistente. Isso atraiu a Jesus que logo com ele manteve um diálogo
sobre o que ele queria e sem vacilar disse que queria algo impossível, a sua
visão. Jesus o atendeu e lhe elogiou a sua fé.
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