Continuam os ensinos e instruções aos
discípulos do chamado Sermão do Monte que ainda ocupará todo o capitulo 7.
Chama nossa atenção o fato de que não devemos fazer o que devemos fazer a Deus
para mostrar aos homens que estamos fazendo para Deus. Quem assim procede, não
está sendo correto diante de Deus.
Quem dá esmola para mostrar aos outros que
dê esmola; quem ora para demonstrar aos outros que ore; quem jejua para
demonstrar aos outros que jejue, mas, não estão sendo autênticos e verdadeiros
diante de Deus e portanto já receberam as suas recompensas.
Quem busca a Deus, o busca secretamente e
Deus que o vê secretamente o recompensará. Aqui também temos o Senhor nos
ensinado a orar. A oração do Pai Nosso é uma oração muito simples, mas muito
profunda e verdadeira.
Aqui aprendemos o segredo para obtermos
perdão: é perdoar! Quem não perdoa, nem tem a pré-disposição para perdoar
sempre, terá muitos problemas com o perdão e a si mesmo estará se escravizando.
A piedade judaica consistia em três tipos
de atos de justiça: doação, oração e jejum. Jesus reafirmou o valor positivo
desses atos, mas somente quando eles são feitos em submissão a Deus e por amor
a ele, não como uma tentativa de conseguir honra ou respeito de outras pessoas.
O mais importante desses atos é a oração, um assunto sobre o qual Jesus falou
em grande detalhe nos vs. 5-15 (A BEG recomenda nesse momento a leitura de seu
excelente artigo teológico "A oração", em Mt 6 – reproduzida, logo
abaixo).
Jesus os chamou de hipócritas quando faziam
o que deviam fazer, mas com outro fim, de apensas se aparecer santo e religioso.
No Novo Testamento, o hipócrita é alguém que finge ter um relacionamento com
Deus e parece amar a justiça, mas que é, na verdade, interesseiro e que está
enganando a si mesmo. Os hipócritas denunciados no cap. 23 não percebiam a sua
hipocrisia.
Jesus estava chamando a atenção deles para
uma fé verdadeira e autêntica que levava Deus a sério. Não precisa de que
ninguém visse a sua piedade, bastava isso fosse entre o Pai e você, em secreto.
A oração deveria se constituir num diálogo,
numa conversa, pela fé, com seu Pai que não é um deus pagão que precisa que
você entre num mantra infinito de repetições. Isso não contradiz o princípio de
que deveríamos continuar pedindo a Deus pelo que pensamos ser da vontade dele
(Lc 18), mas nega a ideia de que Deus se impressiona com a quantidade de
palavras bonitas ou eloquentes. As encantações dos gentios o insultam (1Rs
18.26). Até mesmo essa oração (vs. 9-13) não deve usada como um mantra.
Dos versos de 9 ao 13, veremos a oração do
Pai Nosso. Apesar de comumente chamada a
oração do Senhor', essa oração deveria ser chamada de a “Oração dos discípulos”.
Das suas sete petições, três pedem a Deus
para que ele glorifique a si próprio e quatro pedem que ele trabalhe na nossa
vida. A oração inteira pressupõe total dependência de Deus. Ela é um exemplo
perfeito de enorme concisão.
Falando aos seus discípulos sobre a oração,
nosso Senhor e Salvador dá algumas diretrizes e nos ensina algumas verdades
sobre o assunto, como por exemplo:
·Que
devemos orar a Deus de uma forma autêntica sem querer demonstrar ou parecer aos
outros que estamos orando.
·Que
Deus já conhece os nossos pedidos, desejos e necessidades mesmo antes de os
pronunciarmos.
·Que
melhor é orar em secreto, de forma reservada, estando somente você e Deus se
relacionando.
A mesma aplicação se dá ao jejum e podemos
estendê-la também à nossa vida piedosa, como o hábito de ler e meditar na
Palavra de Deus. Essa edificação espiritual, esse exercício espiritual habitual
deve ter a marca da fé, da humildade e da devoção desinteressada.
Nós não devemos adorar a Deus para obter
dele favores, mas porque ele é Deus. O ato da adoração e da devoção é sinal de
saúde espiritual.
Como você entende que deve ser a sua
oração?
Dando prosseguimento ao seu discurso sobre
a oração e o jejum, ele propõe um modelo, um paradigma de como deve ser a
oração ideal. Nós, agora, iremos meditar um pouco mais procurando aprender
lições para aplicarmos às nossas vidas. O nosso texto de referência se encontra
em Mateus 6, dos versos de 9 a
13.
O que encontramos então? Eu irei falar
daquilo que vier ao meu coração como lições a aprender:
1°)Que a oração ensinada pelo Senhor, obviamente, não é um
mantra para ser repetido inúmeras vezes a fim de obtermos um estado espiritual
elevado; também não é uma reza que deve ser repetida sem objetividade e apenas
por reflexo;
2°)Que há predomínio do pronome possessivo na primeira
pessoal do plural: “nosso” e “nossas” e na segunda pessoa do singular: “teu”,
“tua”. Há também o emprego do objeto direto ou indireto “nos” e não “me”, por
exemplo: pai nosso, pão nosso, nossas dívidas, nossos devedores, teu nome, réu
reino, tua vontade, teu poder, tua glória, nós dá hoje, não nos induza,
livra-nos.
Nesta oração, modelo, aprendemos que
somos uma coletividade, que devemos nos preocuparmos com o nosso próximo e não
conosco. Quem não ama a seu irmão ao qual vê, como pode dizer que ama a Deus a
quem nem vê? (I Jo 4:2).
3°)Que a oração começa com a invocação do Pai nosso que
está nos céus – ele está acima de todas as coisas e de tudo. Ele é “Pai nosso”
o que significa dizer que somos irmãos pois ele é o pai de todos nós.
Pela criação, todos
nós os humanos somos filhos de Deus. O Pai é nosso e o Pai está nos céus. Aqui
tanto percebemos a imanência quanto a transcendência de Deus. A certeza que ele
nos ouve está na forma próxima, imanente do tratamento “Pai”. Qual pai
rejeitaria a invocação de seu filho?
4°)Que ao nos referirmos a Deus, o Pai bendito, devemos
santificar o seu nome, pedir que o seu reino venha sobre nós e que a sua
vontade seja feita. É o reconhecimento da soberania de Deus e da excelência de
sua pessoa.
Ninguém há como Deus ou é como ele, por
isso o adoramos: Deus não é somente bom, ele é a bondade. Deus não é somente
amoroso, ele é o amor. Deus não é somente santo, como seu nome a quem devemos
santificar, ele mesmo é a santidade. Deus não somente é justo, ele é a justiça.
Eu adoro a Deus pelo que ele é para que eu alcance maior bondade, amor,
santidade e justiça.
Por isso que o seu reino deve ser todo
abrangente e envolver todas as coisas tanto as visíveis quanto as invisíveis
nos céus e na terra e em tudo o que neles há. Sendo Senhor de seu reino por ele
mesmo criado e mantido a nossa oração não pode ser outra se não que seja feita
a sua vontade para que ocorra entre nós a sua bondade, amor, santidade e
justiça.
Ao desejarmos a santificação de seu nome
e a vinda de seu reino e que a sua vontade seja feita estamos como que
sintonizando nosso ser ao ser de Deus para cumprir os seus propósitos e nos
sentirmos bem.
Ninguém se sente bem na maldade, no
ódio, na impiedade e na injustiça, pois todas essas coisas é como uma estação
de rádio fora da sintonia correta, nenhuma melodia ou som puro se ouvirá, mas
apenas ruídos e chuviscos.
Curiosamente, há 98 anos, em 15 de abril
de 1912, por volta das 02h20min, após chocar cerca de três horas antes com um
iceberg no Atlântico Norte, o navio RMS Titanic sofre naufrágio.
Dizem que ao ser este navio batizado,
exclamaram seus construtores “nem Deus afunda este navio”. O fato é que com
Deus não se deve brincar. Seu nome é santo, por isso que oramos santificado
seja o teu nome.
Santificar é tornar santo ou tratar como
santo. Esse pedido diz não somente que as criaturas deveram santificar o nome
de Deus, mas também que Deus asseguraria a santificação do seu nome por ser
santo Juiz e Salvador.
5°)Que há sete petições, como já dissemos acima, na oração
do pai nosso e nenhuma delas é para satisfação pessoal (abro este parêntesis
para dizer que não é errado lançar sobre ele todas as nossas necessidades e
ansiedades – ver I Pe 5:7).
Três delas estão relacionadas a Deus e a
sua honra:
üSantificado
seja o teu nome.
üVenha
a nós o teu reino.
üSeja
feita a tua vontade.
Uma relacionada às nossas necessidades
temporais:
üO
pão nosso de cada dia – eu entendo aqui não somente o que comer, mas o que
beber, o que vestir e onde morar.
A
palavra grega traduzida "de cada dia" é única, e a expressão tem sido
variavelmente utilizada como “pão nosso de cada dia", “pão
necessário", "pão futuro", "o pão do dia seguinte ou
"a alimentação vindoura do reino".
Conforme
a BEG, há três entendimentos teológicos básicos a respeito desse "pão”.
1.A visão sacramental é que ele se
refere ao pão comunitário, que representa o corpo do Senhor.
2.A visão escatológica é a de que o
pão simboliza a vida no reino vindouro, de modo que a petição é uma continuação
de "seu reino vindouro" (vs. 10).
3.A visão de sustento entende a
petição como uma simples procura pela provisão de Deus com relação às nossas
necessidades físicas diárias. Essa última visão é, talvez, a mais exata; ela
corresponde ao desenvolvimento dos vs. 19-34 (também cf. Pv 30.8).
Uma relacionada ao nosso relacionamento
com o nosso próximo:
üPerdoais
as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido.
Isso
envolve principalmente o perdão de forma condicionada, isto quer dizer que
seremos perdoados sim, com certeza, mas somente se também perdoarmos aos que
nos devem.
Refere-se
às dívidas espirituais (vs. 14-15). Estamos tanto sob a obrigação de fazer a
Deus a restituição pelos nossos pecados, com totalmente incapazes, por nós
mesmos, de fazer isso. Precisamos perdoar porque fomos perdoados (18.32-33). Se
não perdoarmos outros, não podemos pedir o perdão de Deus (vs. 14-15).
Uma relacionada à nossa vida espiritual
no sentido de andarmos em fidelidade aos mandamentos do Senhor, sendo o pedido
ao Senhor o “não nos deixar cair em tentação”.
üNão
nos deixeis cair em tentação. Quando será que Deus nos deixará cair em tentação? Pela
rejeição de seu conhecimento (ver Romanos capítulo primeiro), portanto se você
está em pecado ou se inclinando de uma forma anormal à tentação, pode ter
certeza de que você ou está ou estará, em breve, rejeitando o conhecimento de
Deus.
Um
escritor antigo, John Owen, disse que quando você se sente atraído pelo pecado
– apenas a atração – você já entrou em tentação, mas acalme-se, ainda não
caíste.
Os
pecadores procuram por tentação. Os perdoados fazem essa petição porque eles
confiam em Deus e não confiam em si mesmos. O Pai pode provar-nos (4.1; veja
também Dt 8.2), mas ele não nos tenta a pecar (Tg 1.13-14) e não permitirá que
sejamos tentados além da nossa habilidade para suportar (1Co 10.13).
Uma última relacionada ao livramento do
diabo:
üLivra-nos
de todo mal. Deus é o nosso escudo e nos dará livramento que somente na
eternidade saberemos.
R.
C. Sproul, em seu magnífico livro “A Oração Muda as Coisas”, nos fala que esse “nos
livra do mal” é uma clara referência ao próprio diabo. O verdadeiro sentido
nessa frase seria, no grego, para nos livrar do diabo mesmo, de Satanás, do
maligno.
O pedido também aponta para a
tentativa final do mal antes de Cristo voltar (24.21; cf. 1c 22.31-32; 2Tm
3.3).
O pedido também aponta para a
tentativa final do mal antes de Cristo voltar (24.21; cf. 1c 22.31-32; 2Tm
3.3).
6°)Que há uma ênfase no que concerne ao reino de Deus e
óbvio seu poder e sua glória. Primeiro numa petição a Deus “venha o teu reino”,
depois a declaração; “pois teu é o reino”. As parábolas de Jesus nos ensinavam
sobre o reino e a pregação é a do evangelho do reino. Ao falarmos tanto de
reino, o que nos vem à mente senão, a
figura de um Rei? E quem é o nosso Rei? Ele o Senhor que nos está ensinando a
oração do “Pai Nosso”.
Sobre o Rei: “33 O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de
Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
34 Porque quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? 35
Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? 36 Porque dele
e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.
Amém.” (Rm 11: 33-36).
Na próxima vez em que você orar o Pai Nosso
pense nas lições que o Senhor nos deixou e que ainda ele abriu mão de sua
própria vida para dá-la a nós que somos seu povo.
Ao desenvolvermos e cultivarmos uma atitude
e uma disposição mental de nos preocuparmos com o “nós” e não somente com o
“eu” estaremos mais próximos do reino de Deus: “E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás
longe do reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada.” (Mc
12:34).
Os versos 16 ao 18 falam do jejum que
agrada a Deus, aquele que é feito em secreto. Passar óleo na cabeça e lavar a
face eram partes tradicionais da rotina diária de uma pessoa a não ser que ela
estivesse jejuando. Se ela não se lavasse e ungisse, tornava-se óbvio que
estava jejuando e, uma vez que o jejum era algo piedoso, isso tornava pública a
sua "piedade".
Jesus continua a ministrar a eles diversas
formas de ações que um verdadeiro crente deveria fazer. Naturalmente os homens
nessa vida acumulam para si tesouros, mas Jesus os estava ensinando a não
juntarem tesouros aqui onde todas as coisas estão sujeitas à corrupção.
A palavra grega usada como ferrugem se
refere não apenas à corrosão do metal, mas também ao mofo, à madeira
apodrecida, e coisas semelhantes. Tudo o que é terreno está sujeito à
deterioração ou ruína.
A verdadeira sabedoria deveria nos fazer
juntar tesouros nos céus, pois nele não há corrupção, nem traça, nem ferrugem. Jesus
nos falou que nosso coração está onde está o nosso tesouro, naquilo que
valorizamos.
Sabe o que fazemos? Aquilo que valorizamos!
Sabe o que valorizamos? Aquilo que fazemos! O que você anda valorizando e o que
você anda fazendo? Onde de fato se encontra o seu coração?
E a luz que há em nós? A luz é o que nos
permite ver, então a luz que em ti há é a luz mediante a qual nós interpretamos
o mundo. Se a nossa perspectiva básica do mundo for defeituosa, as nossas
percepções serão distorcidas e enganosas sem que percebamos isso.
Por isso precisamos estudar, meditar,
buscar a palavra de Deus, conforme está escrito que lâmpada são para os nossos
pés é a palavra de Deus. “Lâmpada para os
meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” (Sl 119:105).
Em seguida, ele nos fala de dois senhores e
que é impossível amar os dois ou servir ambos. Ou você é servo do Senhor e
junta tesouros nos céus e se guia pela palavra de Deus, ou você serve ao
dinheiro para satisfazer os seus desejos. É necessária uma escolha!
Para nos estimular a fé, ele nos faz pensar
e refletir em sua criação, primeiro nas aves dos céus que não semeiam, nem
colhem, nem armazenam em celeiros e, contudo, o Pai celestial as alimenta muito
bem.
A questão não é que os pássaros não fazem
nada - um pássaro adulto não permanece no seu ninho de bico aberto mas que os
pássaros não se afligem com relação ao que o futuro lhes reserva.
Os cristãos não precisam exaurir-se para
adquirir mais do que precisam, e não deveriam fazer isso. A tentativa de
protelar um cenário pessimista acerca do futuro ou de acrescentar mais coisas à
vida que Deus nos tem designado demonstra falta de confiança no seu conhecimento
e cuidado (vs. 32-33).
E do que adianta toda nossa ansiedade?
Seria ela capaz de acrescentar um simples côvado ao curso de nossa vida? Outra
tradução possível: - “como poderá prolongar a sua vida, sequer uma hora?".
Então vem a sua máxima de que devemos nos
preocupar e em primeiro lugar em buscar o seu reino e a sua justiça que as
demais coisas nos seriam acrescentadas, naturalmente.
Isso quer dizer que devemos considerar o
governo soberano de Deus e o nosso correto relacionamento com ele a maior das
prioridades na vida. A preocupação é inconsistente com essas prioridades,
porque põe em dúvida a soberania ou a divindade de Deus e nos desvia dos nossos
verdadeiros objetivos de vida. Deus proverá todas as necessidades daqueles que
arriscam tudo por ele.
Mt 6:1 Guardai-vos de exercer a vossa
justiça diante dos homens,
com o fim de
serdes vistos por eles;
doutra
sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste.
Mt 6:2 Quando, pois,
deres esmola,
não
toques trombeta diante de ti,
como
fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas,
para
serem glorificados pelos homens.
Em
verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.
Mt 6:3 Tu, porém, ao dares a esmola,
ignore a tua
mão esquerda o que faz a tua mão direita;
Mt
6:4 para que a tua esmola fique em secreto;
e
teu Pai, que vê em secreto,
te
recompensará.
Mt 6:5 E, quando orardes,
não sereis
como os hipócritas;
porque
gostam de orar em pé nas sinagogas
e
nos cantos das praças,
para
serem vistos dos homens.
Em
verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.
Mt 6:6 Tu, porém, quando orares,
entra no teu
quarto
e, fechada a
porta,
orarás
a teu Pai,
que
está em secreto;
e
teu Pai, que vê em secreto,
te
recompensará.
Mt 6:7 E, orando, não useis de vãs
repetições,como os gentios;
porque
presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.
Mt
6:8 Não vos assemelheis, pois, a eles;
porque
Deus, o vosso Pai,
sabe
o de que tendes necessidade,
antes
que lho peçais.
Mt 6:9 Portanto, vós orareis assim:
Pai nosso,
que estás nos céus,
santificado
seja o teu nome;
Mt
6:10 venha o teu reino;
faça-se
a tua vontade,
assim
na terra como no céu;
Mt 6:11 o pão
nosso de cada dia
dá-nos
hoje; Mt 6:12
e perdoa-nos
as nossas dívidas,
assim
como nós temos perdoado
aos
nossos devedores;
Mt 6:13 e não
nos deixes cair em tentação;
mas
livra-nos do mal
[pois
teu é o reino,
o
poder
e
a glória para sempre. Amém]!
Mt 6:14 Porque, se perdoardes aos homens
as suas ofensas,
também vosso
Pai celeste vos perdoará;
Mt 6:15 se, porém, não perdoardes aos
homens [as suas ofensas],
tampouco
vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.
Mt 6:16 Quando jejuardes,
não vos mostreis
contristados como os hipócritas;
porque
desfiguram o rosto
com
o fim de parecer aos homens que jejuam.
Em verdade
vos digo que eles já receberam a recompensa.
Mt 6:17 Tu, porém, quando jejuares,
unge a cabeça
e lava o
rosto,
Mt
6:18 com o fim de não parecer aos homens que jejuas,
e
sim ao teu Pai,
em
secreto;
e
teu Pai,
que
vê em secreto,
te
recompensará.
Mt 6:19 Não acumuleis para vós outros
tesouros sobre a terra,
onde a traça
e a ferrugem
corroem
e onde
ladrões
escavam
e
roubam;
Mt
6:20 mas ajuntai para vós outros tesouros no céu,
onde
traça
nem
ferrugem corrói,
e onde
ladrões não escavam,
nem roubam;
Mt
6:21 porque, onde está o teu tesouro,
aí
estará também o teu coração.
Mt 6:22 São os olhos a lâmpada do corpo.
Se os teus olhos
forem bons,
todo
o teu corpo será luminoso;
Mt 6:23 se,
porém, os teus olhos forem maus,
todo
o teu corpo estará em trevas.
Portanto,
caso a luz que em ti há sejam trevas,
que
grandes trevas serão!
Mt 6:24 Ninguém pode servir a dois
senhores;
porque ou há
de aborrecer-se de um e amar ao outro,
ou se
devotará a um e desprezará ao outro.
Não
podeis servir
a
Deus
e
às riquezas.
Mt 6:25 Por isso, vos digo:
não andeis
ansiosos pela vossa vida,
quanto
ao que haveis de comer ou beber;
nem pelo
vosso corpo,
quanto
ao que haveis de vestir.
Não é a vida
mais do que o alimento,
e o corpo,
mais do que as vestes?
Mt 6:26
Observai as aves do céu:
não
semeiam,
não
colhem,
nem
ajuntam em celeiros;
contudo,
vosso Pai celeste as sustenta.
Porventura,
não valeis vós muito mais do que as aves?
Mt
6:27 Qual de vós, por ansioso que esteja,
pode
acrescentar um côvado ao curso da sua vida?
Mt 6:28 E por
que andais ansiosos
quanto
ao vestuário?
Considerai
como crescem os lírios do campo:
eles
não trabalham,
nem
fiam.
Mt
6:29 Eu, contudo, vos afirmo
que
nem Salomão, em toda a sua glória,
se
vestiu como qualquer deles.
Mt
6:30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo,
que
hoje existe e amanhã é lançada no forno,
quanto
mais a vós outros,
homens
de pequena fé?
Mt 6:31 Portanto, não vos inquieteis,
dizendo:
Que
comeremos?
Que
beberemos? Ou:
Com que nos
vestiremos?
Mt
6:32 Porque os gentios é que procuram
todas
estas coisas;
pois vosso
Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;
Mt 6:33
buscai, pois, em primeiro lugar,
o
seu reino
e
a sua justiça,
e
todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Mt 6:34 Portanto,
não vos
inquieteis com o dia de amanhã,
pois
o amanhã trará os seus cuidados;
basta
ao dia o seu próprio mal.
A ansiedade combatida aqui por Jesus é algo
muito interessante. A ansiedade traz o problema que nem ainda existe, nem temos
a certeza de que existirá, para ser real em nossas mentes e assim sofrermos por
antecipação. É ridículo!
Por isso ele ordena: NÃO ANDEIS ANSIOSOS!
Amigo, a ansiedade aqui é uma escolha. Uma péssima escolha!
A teologia reformada sempre insistiu na importância e eficácia da
oração. Deus nos criou e redimiu a fim de que pudéssemos ter comunhão com ele e
é nisso que consiste a oração: comunhão com Deus. Ele nos fala por intermédio
da sua revelação especial nas Escrituras e de sua revelação geral na criação.
Também nos fala à medida que o Espírito Santo nos capacita para entender a sua
revelação, nos convence do nosso pecado e opera em nós para que possamos
obedecer à revelação que recebemos e nos regozijar nela. Em resposta a isso,
oramos para falar com Deus sobre ele mesmo, nós, nosso relacionamento com ele e
tudo o que existe e acontece na sua criação.
Não há tensão ou incoerência entre a realidade de que Deus é soberano
sobre todas as coisas e o fato de que a oração é eficaz Assim como Deus
determinou que o ser humano deve se alimentar para saciar a fome, também
determinou que os redimidos devem orar a fim de que certos acontecimentos
ocorram. Deus determinou até as orações que devemos fazer, de modo que estas
sejam plenamente concordes com o seu conselho eterno. A soberania divina não
contradiz, mas sim afirma a nossa responsabilidade de orar.
Embora Deus tenha ordenado que oremos, esse não é o único motivo pelo
qual nos dirigimos a ele em oração. Oramos porque somos totalmente dependentes
de Deus e precisamos dele e de sua comunhão. Também oramos porque Deus controla
todas as coisas soberanamente e, portanto, pode fazer o que lhe aprouver;
assim, pedimos que ele escolha fazer coisas boas por nós. De todos os meios
humanos que Deus emprega para realizar o seu plano eterno, a oração sem dúvida
é um dos mais poderosos e eficazes, pois pede ao Deus Todo-Poderoso que aja em
nosso favor. Nas palavras de Tiago, "Muito pode, por sua eficácia, a
súplica do justo” (Tg 5.16).
A oração assume formas e ênfases distintas em situações diferentes e o
ensino bíblico acerca da oração pode ser resumido de várias maneiras. Um modo
útil de pensar sobre a oração é como unia atividade com quatro elementos a ser
realizada pelo povo de Deus individual e coletivamente, tanto em particular (Mt
6.5-8) como uns com os outros (At 1.14; 4.24). Devemos: (1) expressar adoração
e louvor; (2) fazer confissão contrita do pecado e buscar o perdão; (3)
agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas e (4) interceder e suplicar por outros
e por nós mesmos. A oração do pai-nosso (Mt 6.9-13; Lc 11.2-4) reúne adoração,
petição e Confissão; o Saltério é constituído de exemplos dos quatro elementos
da oração.
A petição é o reconhecimento humilde de que precisamos de Deus e
confiamos nele, de que dependemos de sua sabedoria e bondade soberana. Também
é, possivelmente, a dimensão mais proeminente da oração, conforme esta é
expressa ao longo de toda a Bíblia (p. ex., Gn 18.16-33; Êx 32.31-33.17; Ed
9.5-15; Ne 1.5-11; 4.4-5,9; 6.9,14; Dn 9.4-19; Mt 7.7-11; Dn 9.4-19; Mt 7.7-11;
Jo 16.24;17.1-26; Ef 6.18-0; Tg 5.1 6-1 8; 1 Jo1 6.24;1 7.1-26; Ef 6.1 8-0;
Tg5.16-18; 1Jo 5.14-16). Em geral, tanto a petição quanto outros tipos de
oração, devem ser dirigidos ao Pai, como nos mostra a oração do pai-nosso, mas
também podemos dirigir as nossas petições a Cristo (Jo 14.14), especialmente
quando se referem à salvação e cura (At 7.59; Rm 10.8-13; 2Co 12.7-9). Podemos,
ainda, pedir graça e paz ao Espírito Santo (Ap 1.4). Não é errado apresentar
petições a Deus em seu caráter trino, ou pedir uma bênção espiritual a qualquer
uma das três pessoas da Trindade, mas convém seguir ti padrão do Novo
Testamento.
Jesus ensinou que as petições ao Pai devem ser feitas em seu nome (Jo
14.13.14; 15.16; 16.23-24). Isso significa invocar o mérito de Jesus com base
no qual temos acesso ao Pai e buscar o apoio de Jesus como o nosso intercessor
na presença do Pai. No entanto, só podemos buscar o apoio de Jesus quando o
nosso pedido está de acordo com a vontade revelada de Deus (1Jo 5.14) e quando
pedimos com a motivação correta (Tg 4.3).
Jesus ensina que é apropriado suplicarmos a Deus com persistência
fervorosa quando lhe apresentamos necessidades (Lc 11.5-13; 18.1-8) e afirma
que Deus responderá a essas orações de maneira positiva. No entanto, devemos
lembrar que nem sempre sabemos o que é melhor para nós, mas Deus sabe e, por
isso, pode negar os nossos pedidos específicos quanto ao modo como essas
necessidades devem ser supridas. Quando Deus não nos concede o que pedimos,
muitas vezes isso significa que ele tem algo melhor para nós, como quando o
Senhor se recusou a retirar o "espinho" da carne de Paulo” (2Co
12.7-9).
Os cristãos que oram a Deus com sinceridade, fervor, humildade,
contrição, um coração purificado e a consciência do seu privilégio, descobrem
que o Espírito Santo os leva a orar ainda mais e a confiar plenamente no seu
Pai celestial (Rm 8.15; GI 4.6). Eles sentem-se compelidos a orar mesmo que não
saibam quais pensamentos ou desejos expressar (Rm 8.26-27). A operação
misteriosa do Espírito Santo na oração se evidencia apenas para aqueles que se
dedicam ativamente à oração.
Curiosamente, no dia 10/8/2014, eu fiz uma
reflexão em meu caderno pessoal e nele desabafei, chorei e clamei pelos meus
filhos e família para estarmos juntos, quiça em um mesmo ministério.
Hoje, 9/8/2015, um ano depois, eis-me aqui
na minha igreja, no ministério que Deus me colocou como pastor, juntamente com
meus filhos. Aleluias!
Que alegria! Eles estão aqui comigo
conforme minha oração, sonho e desejo.
Também hoje é o dia 35/40 de minha campanha
de oração pela unidade, por estarmos juntos. Será que isso – a presença deles
hoje no culto – é um sinal profético para mim?
Ainda cada um deles, meus filhos queridos,
estão em seus ministérios servindo ao Senhor. Continuemos a orar!
Obrigado filhos por esse dia dos pais e da companhia
de vocês.
Obrigado filhos pelo prazer de estar junto
com vocês o dia todo.
Obrigado filhos pelo almoço, demonstrações
de afetos, carinhos e amor.
Juntos, sempre, é bem melhor!
Eles
perseveravam no ensino dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas
orações. 43E na alma de cada pessoa havia pleno temor, e muitos feitos
extraordinários e sinais maravilhosos eram realizados pelos apóstolos. … (At
2.42,43).
O Sermão do Monte não foi anunciado com
megafone, nem microfone, nem proclamado de peitos abertos a todo volume, mas
foi anunciado quando Jesus subiu ao monte e sentado falava aos seus discípulos.
Que dia lindo e maravilhoso este quando
Deus sentou-se junto com os homens, sendo também homem, para falar aos homens a
lei do reino de Deus.
Primeiro ele começa com as bem-aventuranças
em quantidade de 9. A primeira bem-aventurança é sobre os humildes de espírito
e a última sobre aqueles que forem injuriados e perseguidos por causa do nome
de Jesus.
Ao falar a lei do reino de Deus ele não
está trazendo novidades, antes dando a lei de Deus a perfeita interpretação.
Ele não veio revogar ou destruir a lei, antes confirmar.
Ele fala dos seus discípulos como aqueles
que são o sal da terra e também a sua luz, não porque têm vida em si mesmos e
são capazes de gerarem essa vida, mas por causa da Palavra de Deus que a eles
era ministrada.
O ministério de Jesus, conforme Mateus,
conforme o que já vimos consistia em pregação, envolvia o ensino e a
ministração de cura. Aqui ele estava ensinando, até o capítulo 7, a Lei do
reino. O sermão do monte é o primeiro de cinco grandes blocos de ensinos que
aparecem em Mateus.
Esses caps. 5-7 apresentam mais informações
sobre os padrões éticos da soberania do reinado de Deus do que qualquer outra
passagem e, portanto, têm sido extremamente valorizados pela igreja.
Esse sermão é semelhante a um outro sermão
pregado numa planura (veja Lc 6), embora haja algumas diferenças quanto ao
contexto.
É muito provável que Jesus tenha repetido o
seu ensino em diferentes lugares e não é necessário concluir que Mt 5-7 e Lc 6
referem-se ao mesmo sermão.
Por outro lado, Mateus pode ter completado
a sua descrição do sermão do monte com o material que Jesus ensinou em outras
ocasiões; ou, então, Lucas pode ter abreviado, recolocado ou eliminado alguns
elementos.
O uso de Mateus de "subiu ao
monte" (p. ex., 5.1) é muitas vezes uma referência a uma região
montanhosa, e o uso de Lucas de "planura" (Lc 6.17) poderia
facilmente se referir a uma planura nessa mesma região montanhosa.
Não há como fugir das exigências radicais
desse sermão ao torná-lo como um padrão de vida para algum tempo futuro ou considerá-lo
como uma declaração hiperbólica a respeito da ética com o objetivo de nos
desviar de toda a lei e nos basearmos somente na fé.
O reino sobre o qual Jesus estava falando
era o reino que ele havia inaugurado durante o seu ministério terreno, e as éticas
desse reino eram imediatamente aplicáveis aos seus discípulos. Jesus também
proclamou o poder transformador do reino que capacita os crentes a viverem de
acordo com a ética do reino.
Conforme a BEG, o costume era o professor
sentar-se (cf. Lc 4.20). O fato de que ele estava sentado aqui indica que Jesus
não estava no alto de uma montanha com seus ouvintes abaixo dele, porque desse
modo não haveria uma acústica muito boa. Uma tradução melhor seria, "...
ele foi até uma região montanhosa".
O termo “Bem-aventurados” significa mais do
que o estado emocional representado pela palavra feliz. Ele inclui um bem-estar
espiritual, baseado na aprovação de Deus e, desse modo, antecipando um destino
mais feliz (cf. SI 1).
Ele começa sua bem-aventurança com os humildes
de espírito. A BEG explica cada uma delas individualmente procurando o
esclarecimento da destinação da bem-aventurança.
Os humildes, conforme ela, são aqueles
dispostos a reconhecer as suas necessidades espirituais são mais prováveis de
compreenderem sua própria deficiência e a dependerem somente em Deus em vez de
em sua própria bondade, do que os complacentes espirituais.
Paulo observou o mesmo princípio (Rm
9.30-31). O paralelo em Lc 6 coloca essa condição simplesmente como
"humildes", sem acrescentar a expressão "em espírito".
Essa distinção tem levado muitos a suporem
que Jesus estava realmente falando dos materialmente pobres. Observe,
entretanto, que em Lc 6 ele falava aos discípulos quando afirmou:
"Bem-aventurados vós, os pobres" (ênfase acrescentada).
Apesar de que a pobreza material e o
reconhecimento das necessidades espirituais frequentemente caminham juntos, e
embora muitas vezes seja difícil que os que são ricos materialmente
experimentem uma percepção profunda de sua verdadeira pobreza, as duas posições
não devem ser entendidas como idênticas.
O contexto indica que "os que
choram" estão chorando por causa do pecado e do mal, especialmente os
deles mesmos, e também por causa da falha da humanidade em dar glória a Deus apropriadamente.
Essa bem-aventurança sobre os mansos lembra
SI 37.11, e talvez seja baseado nele. A mansidão em questão aqui é a mansidão
espiritual, uma postura de humildade e submissão a Deus.
Nosso padrão de mansidão é Jesus que,
apesar de não ser escravo, se submetia a seu Pai (essa mesma palavra grega, praus, aparece em 11.29). Esses mansos,
diz a palavra, herdarão a terra. Esse é o cumprimento total da promessa feita a
Abraão, a quem Paulo, em Rm 4.13, chama "herdeiro do mundo" (cf. 1-16
11.16).
A justiça – vs. 6 – se refere aos que
buscam a justiça de Deus (integridade, justiça), não aqueles que confiam em si
mesmos, que recebem o que desejam. (6.1-18).
Os misericordiosos são aqueles que já
necessitaram da misericórdia de Deus (todos nós) e agora estão aptos e devem
exercê-la aos que dela necessitarem. Se eles forem misericordiosos, como o Pai
é conosco, receberão misericórdia semelhantemente. A promessa de misericórdia é
recíproca, como aquelas destinadas aos que perdoam.
O segredo do perdão está no perdoar, pois
somente seremos perdoados se perdoarmos; já o segredo da misericórdia, poderíamos
dizer que está no ser misericordioso, pois só receberemos misericórdia, se
formos misericordiosos.
Já os puros de coração, como as crianças,
cuja malícia mora longe, estão aptos a verem a Deus, pois Deus está na pureza
de nossos atos, quando puros forem esses atos. Não que necessariamente o
veremos em uma manifestação teofânica, antes o veremos de forma invisível, até
mesmo num olhar inocente de um bebe que nem ainda sabe falar e que já sorri.
Esse versículo dos pacificadores – vs. 9 - fala
da paz espiritual, não o cessar de mortes ou violência entre nações ou
contendas entre partidos.
Embora o termo pacificadores seja comumente
entendido como se referindo àqueles que ajudam outros a encontrar paz com Deus,
ele também pode se referir àqueles que estabelecem a sua própria paz com Deus
(como aquele que promove paz com seu adversário no v. 25). O princípio é também
encontrado nos vs. 44.45, onde é dito aos filhos de Deus para fazerem paz até
mesmo com os seus inimigos (cf. 5.23-24).
Os que
são perseguidos por causa da justiça são aqueles que não abrem mão de sua fé em
Deus e na justiça divina, mesmo sendo perseguidos porque creem, no fundo, que
há um regente soberano que tudo vê, administra e no final exercerá sua
autoridade para prevalência de sua vontade, pois que todos haveremos de
ressuscitar, conforme sua palavra e poder.
Por
fim, a bem-aventurança alcança aqueles que por causa do nome de Jesus haverão
de suportar toda contradição deste mundo a ponto de serem caluniados,
insultados, perseguidos, maltratados. Se não nos demovermos de nossa esperança
certa na palavra de Deus, haveremos de ter grande galardão.
É portanto
um privilégio, uma honra poder suportar afrontas por causa do nome de Jesus. Devemos,
pois nos alegrarmos e nos regozijarmos, porque grande será a nossa recompensa nos
céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de nós.
O verso 13 nos compara com o sal e o 14 com
a luz. Numa sociedade sem geladeira, o sal é primordialmente usado não como
algo para dar sabor, mas como conservante. Os discípulos são chamados a impedir
ou retardar a corrupção ou queda do mundo.
Os depósitos de sal ao longo do mar Morto
contêm não somente cloreto de sódio, mas também uma variedade de outros
minerais. Ao longo dos anos, esse sal pode perder o sabor por causa das chuvas,
chegando a um ponto em que não serve para nada a não ser para ser usado na
construção de estradas.
Também os discípulos são comparados à luz
do mundo a qual não pode ficar escondida, mas ser posta sobre o velador a fim
de que todos vejam a nossa luz e por ela se guiem – vs. 14-16; Is 60.1-3. Como já
falamos, não temos luz própria, mas refletimos a luz do Senhor, como a lua que
reflete a luz do sol e serve de referência e orientação.
Ao ensinar e pregar ministrando a Lei do
Reino, Jesus afirma peremptoriamente que não viera para revogar a Lei, os
Escritos e os Profetas. Os corretivos dos vs. 21-48 deveriam ser lidos à luz
dessa observação inicial.
Ao cumprir a lei, Jesus não alterou, mudou
ou anulou os mandamentos anteriores. Ao contrário, no seu ensino, ele afirmou a
verdadeira intenção e o propósito deles, bem como os praticou em sua vida
obediente.
Todo o Antigo Testamento apontava para
Cristo.
Nem um “i” ou um “til”, literalmente
"chifre" - uma pequena extensão em certas letras no alfabeto
hebraico. Apesar de pequeno, o "chifre" distingue algumas letras de
outras e pode ser muito importante – jamais passaria da Lei sem se cumprir.
Jesus definiu esses traços como "mandamentos... dos menores" (vs.
19). Até que tudo se cumpra, tudo estaria válido. Refere-se à totalidade da
vontade de Deus, seu propósito para a renovação (6.10).
Percebe-se que Jesus não criticou os
fariseus pelo seu radicalismo, mas pela maneira como eles o externavam (cf.
cap. 23). Ao dar ênfase à obediência externa, eles evitavam a real intenção da
lei e então diminuíam suas verdadeiras exigências.
Os Manuscritos do Mar Morto se referem aos
fariseus como "procuradores de coisas tranquilas" porque eles haviam
acomodado e torcido a lei para que ela se encaixasse nas "realidades"
da vida da vida como eles a enxergavam. Essa acomodação eliminou a percepção
deles da necessidade da graça e da dependência de Deus.
Nos versículos seguintes, Jesus restaurou
um entendimento da verdadeira natureza da lei de Deus ao exigir santidade total
e radical. A nossa justiça deve ser maior do que a dos fariseus. Jesus requer
uma obediência mais profunda e não uma desconsideração pelos mandamentos de
Deus.
Em
seu estudo exegético, Gerard Van Groningen, associa os mandamentos de Deus aos
mandatos espiritual, social e cultural, dizendo que os primeiros quatro
mandamentos se relacionam diretamente à comunhão, os de cinco a sete ao social,
e os de oito a dez aos mandatos culturais. Assim, divide os 10 mandamentos em 3
conjuntos.
“Quando Deus determinou criar a raça humana,
ele estabeleceu alguns propósitos e parâmetros para um bom relacionamento entre
criador e criatura. Esses propósitos e parâmetros são descritos pela Bíblia e
por nossa teologia na forma de uma aliança. Deus fez uma aliança com a criatura
e estabeleceu pelo menos três diferentes mandatos para a humanidade:
O
mandato espiritual (seu relacionamento com o Criador - de continuar a andar com Deus. Ela e o
seu marido são proibidos de comer do fruto da árvore – Gn 2:15-17).
O
mandato social (seu relacionamento em família – envolvea frutificação, multiplicação e povoamento da Terra – Gn 1:28).
O
mandato cultural (seu relacionamento com a sociedade – envolve atividadesde reinar, dominar e aflorar todas as influências e
potencialidades grandes e maravilhosas na Terra, de acordo com as leis e
modelos que Deus havia estabelecido – Gn 1:28).” por Mauro Meister – adaptado.
Semelhantemente também, poderíamos fazer
uma associação dessas, feita pelo Groningen, com o sermão do monte onde foram
ministradas as bem-aventuranças de Cristo Jesus, pois Deus é um só e o mesmo.
Isso faremos, sim, numa próxima oportunidade. Aguardem!
Essa sentença “Ouvistes que foi dito” ressalta
que a afirmação a seguir não é o ensino da lei de Deus propriamente dita ou de
suas promessas, mas o ensino da lei conforme interpretada pelos escribas e
fariseus (vs. 43-47).
A lei era clara a respeito de não matar e
se matasse estariam sujeitos a julgamentos, mas Cristo vai além disso, a ponto
de atingir o infinito. Aparentemente, as leis judaicas tinham sanções contra o
insulto específico de "Raca", mas Jesus mostrou que a agressão verbal
de qualquer tipo torna a pessoa sujeita à condenação eterna, correndo o risco
de ir para o fogo do inferno.
Inferno aqui se refere à "Gehenna",
o "Vale de Hinom", que era um depósito de lixo fora de Jerusalém onde
fogos queimavam constantemente para incinerar restos.
O local também era conhecido como o lugar
de sacrifícios humanos com fogo durante os reinados de Acaz e Manassés (2Cr
28.3; 33.6). Jeremias profetizou que ele seria chamado o "vale da
Matança" (Jr 7.31-32), como um símbolo do julgamento terrível de Deus.
De acordo com o exposto, se alguém, pois,
tinha apresentado sua oferta no altar, mas lembrou-se de que está devendo, isto
é, que seu irmão tem algo contra ele, imediatamente deve ele deixar ali sua
oferta para primeiro se reconciliar com seu irmão. “Se, pois” significa que os
vs. 23-24 são baseados na realidade de que Deus irá punir qualquer desatenção
com relação às outras pessoas. É mister reconciliar-se, enquanto ainda dá tempo.
Observe que o mandamento é dado não para
quem cometeu o erro, mas para o acusado. Ele deveria ser prudente e entrar em
acordo sem demora. A sabedoria do acordo entre as partes se aplica acima de
tudo para o nosso relacionamento com Deus. Se a reconciliação com outros seres
humanos é importante, muito mais é a nossa reconciliação com Deus.
Novamente, no verso 27, a mesma sentença
que já falamos no verso 21.
Os olhos e as mãos são as partes não vitais
mais valiosas do corpo. A severidade do pedido ilustra a natureza radical da
ética de Jesus e demonstra a nossa necessidade de cirurgias radicais.
Obviamente, Jesus não estava apoiando a
automutilação; não são os olhos ou as mãos que causam luxúria, mas o coração e
a mente. O que realmente precisamos é de uma cirurgia espiritual.
Jesus continua a ensinar os seus discípulos
o verdadeiro sentido da lei que se observarmos estão relacionados aos nossos
relacionamentos com Deus, com o nosso próximo e com as coisas criadas por Deus.
Isso nos faz reportarmos a Calvino que
afirma junto com Abraham Kuyper essa questão importante dos relacionamentos.
É
interessante notarmos que Calvino dizia que há três questões básicas da vida
que necessitam ser tratadas de imediato:
1)Como uma
pessoa se relaciona com Deus.
2)Como uma
pessoa se relaciona com outras pessoas.
3)Como uma
pessoa que se relaciona com Deus e com as outras pessoas se relacionam com o
mundo criado por Deus.
Quanto
a esses relacionamentos Abraham Kuyper (1837/1920) faz a seguinte colocação em
seu livro CALVINISMO:
“Resumo dos Três Primeiros Relacionamentos:
Assim, é demonstrado que o Calvinismo tem um
ponto de partida claramente definido para as três relações fundamentais de toda
existência humana próprio: a saber, nossa relação
·com Deus,
·com o
homem
·e com o
mundo.
Para nossa relação com Deus:
uma comunhão imediata do homem com o Eterno,
independentemente do sacerdote ou igreja.
Para a relação do homem com o homem:
o reconhecimento do valor humano em cada
pessoa, que é seu em virtude de sua criação conforme a semelhança de Deus, e
portanto da igualdade de todos os homens diante de Deus e de seu magistrado.
E para nossa relação com o mundo:
o reconhecimento que no mundo inteiro a
maldição é restringida pela graça, que a vida do mundo deve ser honrada em sua
independência, e que devemos, em cada campo, descobrir os tesouros e
desenvolver as potências ocultas por Deus na natureza e na vida humana.
Isto justifica plenamente nossa declaração
de que o Calvinismo deve responder as três condições acima mencionadas, e assim
está incontestavelmente autorizado a tomar sua posição ao lado do Paganismo,
Islamismo, Romanismo e Modernismo, e a reivindicar para si a glória de possuir
um princípio bem definido e um sistema de vida abrangente.” (CALVINISMO, de
Abrahan Kuyper).
Os versos 31 e 32 falam da questão do
divórcio onde a mulher, antes, poderia ser repudiada a bel prazer, mas agora em
Cristo, as coisas eram diferentes.
Alguns têm entendido a prescrição de Jesus
contra juramentos – vs. 34 - como sendo unta proibição universal, mas o próprio
Jesus se submeteu a um juramento quando interrogado pelo sumo sacerdote
(26.63), e Paulo não estava pecando quando invocou Deus como sua testemunha em
Rm 1.9.
O próprio Deus fez um juramento para que
tenhamos mais confiança (Hb 6.17). Jesus tratou da questão de um casuísmo que
requeria um juramento específico para tornar as palavras faladas obrigatórias.
A implicação desse tipo de abordagem da
verdade é de que quando não falamos sob juramento, não podemos ser confiáveis.
Jesus disse que precisamos falar como se cada palavra que dissermos esteja
sendo dita sob juramento. Isso sim, é muito mais profundo do que o fato de
tornar uma lei “o jurar” e “o não jurar”.
Quanto aos versos 38 e 39, a intenção
original de Ex 21.24, Lv 24.20; Dt 19.21 era de que a punição deveria ser
equivalente e corresponder ao crime.
Isso excluía sancionar uma vingança
exagerada (como Lameque fez em Gn 4.23-24) ou aplicar padrões diferentes a
diferentes classes sociais.
Jesus contradisse a interpretação incorreta
que via no princípio uma autorização para a vingança pessoal.
O ferimento na face direita é ambíguo —
tanto um insulto como uma injúria. Nesse contexto, "não resistais"
aqui significa "não procure indenização no tribunal". As palavras de
Jesus podem refletir Is 50.6..
A possibilidade de um soldado romano coagir
uma pessoa da comunidade a servir como guia era muito real – vs. 41. Mesmo
quando formos compelidos por força a fazer alguma coisa para alguém, não
deveríamos resistir ao serviço, mas demonstrar a nossa liberdade ao fazer
voluntariamente mais do que nos foi ordenado.
Essa afirmação de odiar o seu inimigo não
aparece no Antigo Testamento, mas uma falsa conclusão nos ensinos escribas que
havia resultado do entendimento estreito de "vizinho" como
simplesmente "amigo judeu".
Jesus mostrou que a verdadeira intenção de
Lv 19.18 estende-se também aos próprios inimigos. Compare com Lc 10.29ss.
Mt 5:1 Vendo Jesus as multidões,
subiu ao
monte,
e,
como se assentasse,
aproximaram-se
os seus discípulos;
Mt
5:2 e ele passou a ensiná-los, dizendo:
Mt 5:3 Bem-aventurados os humildes de
espírito,
porque deles
é o reino dos céus.
Mt 5:4 Bem-aventurados os que choram,
porque serão
consolados.
Mt 5:5 Bem-aventurados os mansos,
porque
herdarão a terra.
Mt 5:6 Bem-aventurados os que têm fome e
sede de justiça,
porque serão
fartos.
Mt 5:7 Bem-aventurados os
misericordiosos,
porque
alcançarão misericórdia.
Mt 5:8 Bem-aventurados os limpos de
coração,
porque verão
a Deus.
Mt 5:9 Bem-aventurados os pacificadores,
porque serão
chamados filhos de Deus.
Mt 5:10 Bem-aventurados os perseguidos
por causa da justiça,
porque deles
é o reino dos céus.
Mt 5:11 Bem-aventurados sois quando,
por minha
causa,
vos
injuriarem,
e
vos perseguirem,
e,
mentindo,
disserem
todo mal contra vós.
Mt 5:12
Regozijai-vos
e
exultai,
porque
é grande o vosso galardão nos céus;
pois
assim perseguiram
aos
profetas que viveram antes de vós.
Mt 5:13 Vós sois o sal da terra;
ora, se o sal
vier a ser insípido,
como
lhe restaurar o sabor?
Para
nada mais presta senão para,
lançado
fora,
ser
pisado pelos homens.
Mt 5:14 Vós sois a luz do mundo.
Não se pode
esconder a cidade edificada sobre um monte;
Mt 5:15 nem
se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire,
mas
no velador,
e
alumia a todos os que se encontram na casa.
Mt 5:16 Assim
brilhe também a vossa luz diante dos homens,
para
que vejam as vossas boas obras
e
glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Mt 5:17 Não penseis que vim revogar a
Lei ou os Profetas;
não vim para
revogar,
vim
para cumprir.
Mt 5:18 Porque em verdade vos digo:
até que o céu
e a terra passem,
nem um i ou
um til jamais passará da Lei,
até
que tudo se cumpra.
Mt 5:19 Aquele, pois, que violar um
destes mandamentos,
posto que dos
menores,
e assim
ensinar aos homens,
será
considerado mínimo no reino dos céus;
aquele,
porém, que os observar e ensinar,
esse
será considerado grande no reino dos céus.
Mt 5:20
Porque vos digo que,
se
a vossa justiça não exceder
em
muito a dos escribas e fariseus,
jamais
entrareis no reino dos céus.
Mt 5:21 Ouvistes que foi dito aos
antigos:
Não matarás;
e: Quem matar
estará sujeito a julgamento.
Mt 5:22 Eu,
porém, vos digo
que
todo aquele que [sem motivo]
se
irar contra seu irmão
estará
sujeito a julgamento;
e quem
proferir um insulto a seu irmão
estará
sujeito a julgamento do tribunal;
e quem lhe
chamar: Tolo,
estará
sujeito ao inferno de fogo.
Mt 5:23 Se,
pois, ao trazeres ao altar a tua oferta,
ali
te lembrares de que teu irmão
tem
alguma coisa contra ti,
Mt
5:24 deixa perante o altar a tua oferta,
vai primeiro
reconciliar-te com teu irmão;
e, então,
voltando, faze a tua oferta.
Mt
5:25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário,
enquanto
estás com ele a caminho,
para que o
adversário não te entregue ao juiz,
o
juiz, ao oficial de justiça,
e
sejas recolhido à prisão.
Mt 5:26 Em
verdade te digo que não sairás dali,
enquanto não
pagares o último centavo.
Mt 5:27 Ouvistes que foi dito:
Não
adulterarás.
Mt
5:28 Eu, porém, vos digo:
qualquer
que olhar para uma mulher
com
intenção impura, no coração,
já
adulterou com ela.
Mt 5:29 Se o
teu olho direito te faz tropeçar,
arranca-o
e lança-o de ti;
pois te
convém que se perca um dos teus membros,
e
não seja todo o teu corpo lançado no inferno.
Mt
5:30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar,
corta-a
e lança-a de ti;
pois
te convém que se perca um dos teus membros,
e não vá todo
o teu corpo para o inferno.
Mt 5:31 Também foi dito:
Aquele que
repudiar sua mulher,
dê-lhe
carta de divórcio.
Mt
5:32 Eu, porém, vos digo:
qualquer
que repudiar sua mulher,
exceto
em caso de relações sexuais ilícitas,
a
expõe a tornar-se adúltera;
e
aquele que casar com a repudiada
comete
adultério.
Mt 5:33 Também ouvistes que foi dito aos
antigos:
Não jurarás
falso,
mas
cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos.
Mt
5:34 Eu, porém, vos digo:
de
modo algum jureis; nem pelo céu,
por
ser o trono de Deus;
Mt
5:35 nem pela terra,
por
ser estrado de seus pés;
nem
por Jerusalém,
por
ser cidade do grande Rei;
Mt
5:36 nem jures pela tua cabeça,
porque
não podes tornar um cabelo
branco
ou preto.
Mt
5:37 Seja, porém, a tua palavra:
Sim,
sim;
não,
não.
O que disto
passar vem do maligno.
Mt 5:38 Ouvistes que foi dito:
Olho por olho,
dente por dente.
Mt
5:39 Eu, porém, vos digo:
não
resistais ao perverso;
mas,
a qualquer que te ferir na face direita,
volta-lhe
também a outra;
Mt
5:40 e, ao que quer demandar contigo
e
tirar-te a túnica,
deixa-lhe
também a capa.
Mt
5:41 Se alguém te obrigar a andar uma milha,
vai
com ele duas.
Mt 5:42 Dá a
quem te pede
e não voltes
as costas ao que deseja
que
lhe emprestes.
Mt 5:43 Ouvistes que foi dito:
Amarás o teu
próximo e odiarás o teu inimigo.
Mt
5:44 Eu, porém, vos digo:
amai
os vossos inimigos
e
orai pelos que vos perseguem;
Mt 5:45 para
que vos torneis filhos do vosso Pai celeste,
porque ele
faz nascer o seu sol sobre maus e bons
e
vir chuvas sobre justos e injustos.
Mt 5:46
Porque, se amardes os que vos amam,
que
recompensa tendes?
Não
fazem os publicanos também o mesmo?
Mt 5:47 E, se
saudardes somente os vossos irmãos,
que
fazeis de mais?
Não
fazem os gentios também o mesmo?
Mt 5:48 Portanto,
sede vós
perfeitos
como
perfeito
é
o vosso Pai celeste.
O que está nos pedindo o Senhor? Para sermos
perfeitos! Ele nos pede para sermos perfeitos como é perfeito nosso Pai
celeste.
O padrão que Deus pede do seu povo não é
nada menos do que o caráter perfeito do próprio Deus. Isso inclui muito mais do
que simples justiça.
A perfeição de Deus inclui o amor da benevolente
graça (vs. 45). Embora a perfeição não seja possível nesta vida, ela é o
objetivo dos que se tornam filhos do Pai (cf. Fp 3.12-13).
A conclusão dessa parte de seu sermão é de
fato perfeita em todos os sentidos!
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
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Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...