Como já dissemos,
estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes
principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Estamos
vendo agora as suas narrativas. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus
amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as
nações.
Esta primeira
parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em seis
seções: A. a defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – já vimos; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49) – já vimos; C. Livramento da fornalha
(3.1-30) – já vimos; D. O segundo
sonho de Nabucodonosor (4.1-37) – já
vimos; E. O julgamento de Belsazar (5.1-31) - veremos agora; e, F. O livramento de Daniel da cova dos leões
(6.1-28).
E. O julgamento de
Belsazar (5.1-31).
Neste capítulo,
veremos em seus 31 versículos, Deus julgando Belsazar, primogênito de
Nabonido, genro de Nabucodonosor. Nessa narrativa, o rei é condenado pelo
insolente menosprezo que demonstrou pela santidade do Deus de Israel e pelo seu
templo.
Conforme a BEG, Belsazar significa
"Bel, protege o rei". Não deve ser confundido com Beltessazar, o nome
babilônico dado a Daniel (1.7 - "Bel protege a
sua vida" ou "Senhora, protege o rei”.).
De fontes babilônicas sabemos que Nabonido,
genro de Nabucodonosor foi o último rei da Babilônia. Belsazar, o filho mais
velho de Nabonido foi feito corregente com o seu pai e designado como o
encarregado dos negócios da Babilônia enquanto Nabonido passava extensos
períodos de tempo em Tema, na Arábia.
Os acontecimentos desse capítulo tiveram
lugar em 539 a.C., o ano em que a Babilônia caiu diante dos persas e em que foi
publicado o decreto libertando os israelitas do seu cativeiro, quarenta e dois
anos depois da morte de Nabucodonosor em 563 a.C.
O rei Belsazar estava em grande festa com
ais de 1000 convidados e ali, diante deles, bebia seu vinho e festejava. Essa
cena do banquete justapõe o esplendor do acontecimento com o julgamento de Deus
que logo seria realizado (cf. Gn 40.20-22; Mc 6.21-28).
Foi naqueles momentos de bebida quando o
vinho já tomava conta do rei e sob a influência do vinho que Belsazar cometeu
um ato sacrílego. Mesmo de um ponto de vista gentílico, os utensílios sagrados
de outras religiões deveriam ser considerados com reverência.
Os que se enveredam por esse caminho de
beber e se drogar tornam-se instrumentos do mal para práticas terríveis que
poderão ter consequências irreparáveis. Conhecendo os seus efeitos e esses
resultados de tantas e tantas histórias e testemunhos, melhor e mais
inteligente é não ir por esse caminho de morte e destruição.
imoralidade sexual,
impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira,
egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes.
Eu os advirto, como
antes já os adverti:
Aqueles que praticam
essas coisas
não herdarão o Reino
de Deus.
Gálatas
5:19-21
Assim diz o Senhor:
"Quando ainda se
acha suco
num cacho de uvas,
os homens dizem: 'Não
o destruam,
pois ainda há algo
bom';
assim farei em favor
dos meus servos;
não os destruirei
totalmente.
Isaías
65:8
O vinho é zombador
e a bebida fermentada
provoca brigas;
não é sábio deixar-se
dominar por eles.
Provérbios
20:1
Não ande com os que
se encharcam de
vinho,
nem com os que
se empanturram de
carne.
Pois os bêbados e os
glutões
se empobrecerão,
e a sonolência os
vestirá de trapos.
Provérbios 23:20-21
Nabucodonosor é chamado de pai de Belsazar
aqui – vs. 2 - e nos vs. 11, 13,18, e no v. 22, Belsazar é chamado de
"filho" de Nabucodonosor. Pela BEG, vemos que embora saibamos que
Belsazar era realmente filho de Nabonido e não de Nabucodonosor, os termos pai
e filho eram usados com frequência no mundo antigo num sentido mais amplo de
"ancestral" ou "predecessor" e de "descendente" ou
"sucessor", respectivamente. É possível que Belsazar fosse neto de
Nabucodonosor por meio de sua mãe, Nitócris.
Foi o próprio Belsazar que mandara trazer
as taças e objetos sagrados dos hebreus para neles beberem suas bebidas e
zombarem de Deus e assim darem louvores aos seus deuses.
Os vasos do templo foram profanados não
apenas por terem sido utilizados de maneira profana, mas também por terem sido
usados para honrar as divindades falsas da Babilônia.
Na mesma hora daquele ultraje,
repentinamente, apareceram dedos de mão humana que começaram a escrever no
reboco da parede, da parte mais iluminada do palácio real. O rei observou a mão
enquanto ela escrevia e seu rosto ficou pálido, e ele ficou tão assustado que
os seus joelhos batiam e as suas pernas vacilaram.
Aos gritos, o rei mandou chamar os
encantadores, os astrólogos e os adivinhos e disse a esses sábios da Babilônia
para darem a ele o significado e qualquer que lesse esta escritura e declarasse
sua interpretação, o rei o vestiria de púrpura, e traria uma cadeia de ouro ao
pescoço, e no reino seria o terceiro governante, o próximo em poder abaixo de
Nabonido e de seu corregente Belsazar (5.1).
Novamente o rei determinou urna dupla
exigência: declarar o presságio e interpretá-lo (cf. 2.3). Novamente, também,
os caldeus não puderam ler a escritura, nem fazer saber ao rei sua interpretação,
pelo que o rei ficou irado em extremo.
Foi naquele momento que entrou no banquete
a rainha-mãe por causa da grande confusão do rei. É improvável que ela fosse a
esposa de Belsazar, uma vez que essas mulheres já estavam presentes no banquete
(vs. 2-3). Pode ser que se tratasse da viúva de Nabucodonosor; entretanto, é
mais provável que fosse Nitócris, esposa de Nabonido, filha de Nabucodonosor e
mãe de Belsazar (BEG).
Ela então tranquiliza o rei e fala,
testemunha, acerca de Daniel que, segundo ela, tinha o espírito dos deuses
santos – vs. 11. Não deveríamos nos surpreender com o fato de que a rainha-mãe
estivesse mais familiarizada com os acontecimentos do tempo de Daniel do que
Belsazar.
É provável que, em 539 a.C., Daniel
estivesse com cerca de oitenta anos. Ele era jovem quando fora levado para a
Babilônia, sessenta e seis anos atrás, em 605 a.C. (1.1).
Em função do que disse a rainha-mãe
mandaram chamar a Daniel cuja capacitação divina pode ser descrita
teologicamente como uma presença do Espírito de Deus numa pessoa possuidora de
um espírito extraordinário.
Daniel foi introduzido à presença do rei –
vs. 13 – e o rei falou com ele perguntando se era ele um dos cativos de Judá
que seu pai havia trazido e que tinha ouvido falar dele como aquele que tinha o
espírito dos deuses e que se achavam nele a luz, o entendimento e excelente
sabedoria.
Depois lhe fala da tentativa dos magos que
o antecederam, de sua frustração e o indaga novamente se seria ele mesmo capaz
de dar ao rei significado ao acontecido. Então lhe promete honrarias, presentes
e uma alta posição no seu reino.
Daniel, de forma até um pouco ríspida e sem
mostrar interesse, lhe responde dizendo que os presentes poderiam ficar com ele
mesmo, isso é, não fazia questão deles, nem se deixaria motivar-se por isso.
Alguns pensam que Daniel rejeitou a oferta
de recompensa de Belsazar não apenas porque ele não procurava tais honras, mas
também em razão da consciência que tinha de que era apenas pela misericórdia de
Deus que ele tinha sido capaz de responder à exigência do rei; ele não queria
usar essa dádiva de Deus como meio para obter lucro pessoal (Gn 14.23).
Entretanto, havia aceitado tais recompensas
antes (2 48) e o fez novamente mais tarde (v. 29). Talvez ele estivesse
evitando qualquer pressão para modificar a mensagem sinistra (Nm 22.18; Mq
3.5,11).
A partir do verso 18, começa então a
interpretar o ocorrido.
Primeiro ele fala do tempo de seu pai,
Nabucodonosor, que Deus tinha dado a ele soberania, grandeza, glória e
majestade e que, em função disso, homens de todas as nações, povos e línguas
tremiam diante dele e o temiam.
O rei era tão poderoso que a quem o rei
queria matar, matava; a quem queria poupar, poupava; a quem queria promover,
promovia; e a quem queria humilhar, humilhava.
No entanto, o seu coração se tornou
arrogante e endurecido por causa do orgulho e ele foi deposto de seu trono real
e despojado da sua glória.
Daniel continuou a explicar em detalhes o
fato já comentado no capítulo anterior que ocasionou a transformação em animal
e depois que reconheceu o Senhor, voltou a ser homem novamente e tudo lhe foi
devolvido o que lhe permitiu, depois, maior crescimento.
Se dirigindo, depois, a Belsazar comenta
que ele sabia disso e que deveria ter se humilhado, mas pelo contrário,
tornou-se pior e se exaltou acima do Senhor dos céus. Por fim, para agravar a
sua situação e entrar em juízo com Deus, ainda mandou trazer as taças do templo
do Senhor para que nelas bebessem ele, os seus nobres, as suas mulheres e as
suas concubinas. Ainda louvaram os deuses de prata, de ouro, de bronze, de
ferro, de madeira e de pedra, que não podem ver nem ouvir nem entender. Para
piorar ainda mais, não glorificaram o Deus que sustentava em suas mãos a vida
dele e todos os seus caminhos.
E disse que a mão e os dedos que escreveram
aquilo foi enviado por Deus, cujo significado era este: Mene: Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim. Tequel: Foste pesado na balança e achado
em falta. Peres: Teu reino foi
dividido e entregue aos medos e persas".
Dn 5:1 O rei Belsazar deu um grande
banquete a mil dos seus grandes,
e bebeu vinho
na presença dos mil.
Dn 5:2
Havendo Belsazar provado o vinho,
mandou
trazer os vasos de ouro e de prata
que
Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo
que
estava em Jerusalém,
para
que bebessem por eles o rei, e os seus grandes,
as
suas mulheres e concubinas.
Dn 5:3 Então
trouxeram os vasos de ouro que foram tirados do templo
da
casa de Deus, que estava em Jerusalém,
e
beberam por eles o rei, os seus grandes,
as
suas mulheres e concubinas.
Dn 5:4
Beberam vinho, e deram louvores aos deuses de ouro,
e
de prata, de bronze, de ferro, de madeira, e de pedra.
Dn 5:5 Na
mesma hora apareceram uns dedos de mão de homem,
e
escreviam, defronte do castiçal,
na
caiadura da parede do palácio real;
e
o rei via a parte da mão que estava escrevendo.
Dn 5:6
Mudou-se, então, o semblante do rei,
e
os seus pensamentos o perturbaram;
as
juntas dos seus lombos se relaxaram,
e
os seus joelhos batiam um no outro.
Dn 5:7 E
ordenou o rei em alta voz, que se introduzissem
os
encantadores, os caldeus e os adivinhadores;
e
falou o rei, e disse aos sábios de Babilônia:
Qualquer que
ler esta escritura, e me declarar
a
sua interpretação, será vestido de púrpura,
e
trará uma cadeia de ouro ao pescoço,
e
no reino será o terceiro governante.
Dn 5:8 Então
entraram todos os sábios do rei;
mas
não puderam ler o escrito,
nem
fazer saber ao rei a sua interpretação.
Dn 5:9 Nisto
ficou o rei Belsazar muito perturbado,
e
se lhe mudou o semblante;
e
os seus grandes estavam perplexos.
Dn 5:10 Ora a
rainha, por causa das palavras do rei
e
dos seus grandes, entrou na casa do banquete;
e
a rainha disse:
Ó rei, vive
para sempre;
não
te perturbem os teus pensamentos,
nem
se mude o teu semblante.
Dn 5:11 Há no
teu reino um homem que tem o espírito dos deuses s
antos;
e nos dias de teu pai se achou nele luz, e inteligência,
e
sabedoria, como a sabedoria dos deuses;
e teu pai, o
rei Nabucodonosor, sim, teu pai,
ó
rei, o constituiu chefe
dos
magos, dos encantadores, dos caldeus,
e
dos adivinhadores;
Dn 5:12 porquanto se achou neste Daniel
um espírito excelente,
e
conhecimento e entendimento para interpretar sonhos,
explicar
enigmas e resolver dúvidas,
ao
qual o rei pôs o nome de Beltessazar.
Chame-se,
pois, agora Daniel, e ele dará a interpretação.
Dn 5:13 Então
Daniel foi introduzido à presença do rei.
Falou
o rei, e disse à Daniel:
És
tu aquele Daniel, um dos cativos de Judá,
que
o rei, meu pai, trouxe de Judá?
‘ Dn
5:14 Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses
está em ti, e
que em ti se acham
a
luz, o entendimento e a excelente sabedoria.
Dn 5:15
Acabam de ser introduzidos à minha presença
os
sábios, os encantadores, para lerem o escrito,
e
me fazerem saber a sua interpretação;
mas não
puderam dar a interpretação destas palavras.
Dn 5:16 Ouvi
dizer, porém, a teu respeito que podes
dar
interpretações e resolver dúvidas.
Agora,
pois, se puderes ler esta escritura
e
fazer-me saber a sua interpretação,
serás vestido
de púrpura,
e
terás cadeia de ouro ao pescoço,
e
no reino serás o terceiro governante.
Dn 5:17 Então respondeu Daniel, e disse
na presença do rei:
Os teus
presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outro;
todavia
vou ler ao rei o escrito,
e
lhe farei saber a interpretação.
Dn 5:18 O
Altíssimo Deus, ó rei, deu a Nabucodonosor, teu pai,
o
reino e a grandeza, glória e majestade;
Dn 5:19 e por
causa da grandeza que lhe deu, todos
os
povos, nações, e línguas tremiam e temiam diante dele;
a
quem queria matava, e a quem queria conservava em vida;
a
quem queria exaltava, e a quem queria abatia.
Dn 5:20 Mas
quando o seu coração se elevou,
e
o seu espírito se endureceu para se haver arrogantemente,
foi
derrubado do seu trono real,
e
passou dele a sua glória.
Dn 5:21 E foi
expulso do meio dos filhos dos homens,
e
o seu coração foi feito semelhante aos dos animais,
e
a sua morada foi com os jumentos monteses;
deram-lhe a
comer erva como aos bois,
e
do orvalho do céu foi molhado o seu corpo,
até
que conheceu que o Altíssimo Deus tem domínio
sobre
o reino dos homens,
e
a quem quer constitui sobre ele.
Dn 5:22 E tu,
Belsazar, que és seu filho,
não
humilhaste o teu coração, ainda que soubeste tudo isso;
Dn 5:23 porém
te elevaste contra o Senhor do céu;
pois
foram trazidos a tua presença os vasos da casa dele,
e
tu, os teus grandes, as tua mulheres
e
as tuas concubinas, bebestes vinho neles;
além
disso, deste louvores aos deuses
de
prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira
e
de pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem;
mas
a Deus, em cuja mão está a tua vida,
e de quem são
todos os teus caminhos,
a
ele não glorificaste.:
Dn 5:24 Então
dele foi enviada aquela parte da mão
que
traçou o escrito.
Dn 5:25 Esta,
pois, é a escritura que foi traçada:
MENE,
MENE, TEQUEL, UFARSlM.
Dn 5:26 Esta
é a interpretação daquilo:
MENE:
Contou Deus o teu reino, e o acabou.
Dn
5:27 TEQUEL:
Pesado
foste na balança, e foste achado em falta.
Dn 5:28
PERES:
Dividido
está o teu reino,
e
entregue aos medos e persas.
Dn 5:29 Então Belsazar deu ordem,
e vestiram a
Daniel de púrpura, puseram-lhe
uma
cadeia de ouro ao pescoço,
e
proclamaram a respeito dele que seria
o
terceiro em autoridade no reino.
Dn 5:30
Naquela mesma noite Belsazar, o rei dos caldeus,
foi
morto.
Dn 5:31 E
Dario, o medo, recebeu o reino,
tendo
cerca de sessenta e dois anos de idade.
A interpretação foi terrível, difícil e
nada amigável, pelo contrário detonava ao rei Belsazar, no entanto, o rei
percebeu que estava diante da verdade e diante de um homem da verdade e por sua
ordem, vestiram Daniel com um manto vermelho, puseram-lhe uma corrente de ouro
no pescoço, e o proclamaram o terceiro em importância no governo do reino.
Depois disso, naquela mesma noite, tendo já
Daniel recebido os presentes e a sua promoção, o rei foi morto e no seu lugar
passou a reinar Dario, o medo, com a idade de 62 anos.
Como havíamos dito no início, os
acontecimentos deste capítulo tiveram lugar em 539 a.C., o ano em que a
Babilônia caiu diante dos persas. No livro de Esdras veremos que ele resume
cronologicamente várias tentativas de interromper os trabalhos de reconstrução
do templo[2],
durante os reinados de:
·Ciro
em 559-530 a.C. (vs. 1-5).
·Xerxes
em 486-465 a.C. (v. 6).
·Artaxerxes
1 em 465-424 a.C. (vs. 7-23).
·Dario
1 em 522-486 a.C. (v. 24).
Pretendemos, depois, fazer um paralelo com
essas histórias e com os contemporâneos de Daniel. Aguardem.
[2]Do livro
do mesmo autor - GRANDES LÍDERES DO POVO DE DEUS NO PÓS-EXÍLIO - Aprendendo o
segredo da liderança com Esdras, Ester, Neemias e os reis persas Ciro, Dario,
Xerxes e Artaxerxes.
Como já dissemos,
estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes
principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Estamos
vendo agora as suas narrativas. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus
amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as
nações.
Esta primeira
parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em seis
seções: A. a defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – já vimos; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49) – já vimos; C. Livramento da fornalha
(3.1-30) – já vimos; D. O segundo
sonho de Nabucodonosor (4.1-37) - veremos
agora; E. O julgamento de Belsazar (5.1-31); e, F. O livramento de Daniel
da cova dos leões (6.1-28).
D. O segundo sonho de
Nabucodonosor (4.1-37).
Neste capítulo,
veremos em seus 37 versículos, Deus usando Daniel para dar a interpretação do segundo
sonho de Nabucodonosor. O profeta narra a história do segundo sonho do rei e a
sua interpretação. Uma vez mais Daniel foi exaltado e Nabucodonosor humilhado
diante de Deus.
Aqui, conforme o primeiro versículo, se tem
a impressão de quem ocupa a pena é o rei Nabucodonosor que em sua escrita se
dirige a todos os povos, nações e línguas. Esse é o último incidente do livro
associado a Nabucodonosor. Tem também uma data posterior, ambientado no
quadragésimo terceiro ano do seu reinado, quando todos os seus projetos estavam
terminados e o seu poder estava no auge (cf. vs. 4,30).
Por esse tempo, Nabucodonosor reinava sobre
o mais poderoso império da terra. Como não tinha sobre ele quem fosse superior,
ele se achava o máximo, um escolhido dentre os mortais para ser imortalizado.
A confissão de Nabucodonosor nesses
versículos iniciais e nos vs. 34-35 apresenta um dos temas centrais do livro de
Daniel, ou seja, a absoluta soberania do Deus de Israel sobre os reinos da
terra e os seus governantes.
Diz Nabucodonosor, o rei do grande império
mundial, que estava sossegado em sua casa, e próspero no seu palácio, quando, de
repente, teve um sonho que o espantou; e estando ele na sua cama, os seus
pensamentos e as visões da sua cabeça o perturbaram.
Ele expede um decreto e chama a sua
presença, dentro do seu império, os sábios da Babilônia para que interpretassem
o sonho dele. Dessa vez, ele se lembrava e contou primeiro o sonho – vs. 7 -,
mas ninguém foi capaz de interpretá-lo, até que chegou a ele, Daniel que tinha
o “espírito dos deuses” – linguagem do rei – e era o chefe dos magos.
Embora tenha falado em termos pagãos,
Nabucodonosor proferiu uma verdade importante. A presença do Espírito de Deus
numa pessoa tem efeitos extraordinários.
Aqui vemos a sua capacidade de conferir
percepções notáveis sobre o mistério de Deus, como mais tarde foi dado a Paulo
e à igreja (1 Co 2.6-16). Nenhum mistério te é difícil. (2.10; 47).
Para Daniel, está escrito que ele pediu a
ele que lhe contasse as visões de sua cabeça, em sonhos e a sua interpretação.
Em seguida, passa a lhe falar de suas visões.
Ele olhava e viu uma árvore no meio da
terra. Conforme nos lembra a BEG, em Ez 31, veremos uma ampla descrição de uma
nação (Assíria) pelo uso do simbolismo de uma árvore. Simbolismo semelhante é
encontrado também em SI 1.3; 37.35; 52.8; 92.12; Jr 11.16-17; 17.8; Mt 13.32.
A árvore era muito grande e crescia e se
fazia cada vez mais forte de maneira que sua altura chegava até o céu. O termo
céu também pode significar "reino do céu", uma ideia-chave nesse
capítulo.
A árvore representava o reino de
Nabucodonosor que ia da terra até o céu (vs. 11, 20,22) e protegia os pássaros,
os quais desafiavam a separação entre as duas esferas (vs. 12,21).
Na realidade, o rei estava sujeito não só
ao julgamento do céu por causa do seu orgulho (vs. 13, 23,31), mas também
dependia do Deus do céu para a sua existência (15, 22, 25,33) e sanidade (v.
34).
Ele continua a falar de sua visão e da
maneira como era grande e importante tal árvore, mas que em determinado
momento, estando ainda em sua cama, começou a ver que alguém – um vigia, um
santo – descia do céu e clamava em alta voz dizendo para que se derrubasse a
árvore, cortarem-se lhe os ramos, sacudissem-lhes as suas folhas e espalhassem-se
os seus frutos, fazendo, destarte, fugirem todos os animais de debaixo dela e
também as aves de seus ramos, mas que se deixasse o tronco, com suas raízes
numa cinta de ferro e de bronze.
Embora Nabucodonosor continuasse a falar em
termos de sua religião pagã, ele reconheceu que viu um ser santo e celestial em
sua visão. Essa crença comum no antigo Oriente Próximo, encaixa-se bem com a
verdade bíblica de que Deus se envolve nos negócios da terra por meio de
revelações trazidas pelos anjos.
Torna-se claro – vs. 15 - que o sonho se
refere a uma pessoa humana e não apenas a uma árvore (vs. 22). O juízo sobre
essa pessoa envolvia que ela ficasse no chão, em meio à relva do campo e seria
ela molhada com o orvalho do céu e com os animais comeria a grama da terra.
Também que a sua mente humana lhe seria tirada, e ele seria como um animal, até
que se passasse sobre ele sete tempos.
Essa era uma decisão anunciada por
sentinelas angelicais que tinha o propósito de ensinar aos homens que o
Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem ele quer e que ele
põe no poder o homem mais simples, se assim o desejar – vs. 17.
Sete períodos de duração não especificada
(cf. vs. 23,25). A maioria dos intérpretes conclui que "tempo"
representa o período de um ano. O vs. 33 sugere que o período era mais longo do
que um dia, urna semana, ou um mês.
A BEG nos diz que Nabucodonosor talvez
sofresse de uma conhecida doença mental chamada licantropia que deriva das
palavras gregas lukos (lobo) e anthropos (homem) na qual a pessoa é levada
ilusoriamente a comportar-se como um lobo ou outro animal (vs. 33).
Daniel ouve o sonho e fica estarrecido.
Nabucodonosor percebe e lhe fala carinhosamente para que não se perturbasse,
mas que contasse a interpretação sem medo. Parecia ele saber, no íntimo que a
pessoa do sonho sobre o qual viria o juízo era ele mesmo.
Sobre o império babilônico, a BEG nos diz,
em seu quadro – página 1098 – que a cidade de Babilônia alcançou grande poder
por volta de 1 850 a.C., mas por pouco tempo. Hamurábi foi o seu rei mais
destacado. Mil e duzentos anos depois, a Babilônia recuperou a sua glória sob
Nabucodonosor II. Era a época do Império Neobabilônico.
No século 82. a.C., a Assíria era a grande
potência do Oriente Próximo; porém, em 614 a.C., Assur foi derrotado pelos
medos, os quais se aliaram com os babilônios e tomaram Nínive no ano 612 a.C.
Rapidamente os babilônios controlaram toda a área. O Faraó Neco (2Rs 23.29-35)
marchou em direção ao Eufrates e lutou junto com os assírios em Carquemis, no
ano 615 a.C., mas o exército babilônico, comandado por Nabucodonosor,
derrotou-o; o Egito teve de se retirar.
Daniel
então começa a dar a sua interpretação, mas não sem antes afirmar que assim
fosse com quem fosse inimigo do rei e não com o rei, mas ele daria as respostas
e o significado. Também lhe aconselharia, mas quem disse que Nabucodonosor o
ouviria?
Então ele afirma claramente que aquela
grande árvore era ele mesmo, o rei. Com essa afirmação muito semelhante à de
Natã perante Davi (2Sm 12.7) — foi feita uma aplicação direta a Nabucodonosor. E
aquilo que viu e ouviu daquele vigia celestial era, na verdade, um decreto do
Altíssimo sobre a vida dele onde, em breve, seria expulso de entre os homens, e
a sua morada seria com os animais do campo.
Em termos mais específicos do que os usados
no v. 15, Daniel indica um tipo de doença mental que Deus traria sobre o
poderoso Nabucodonosor. É curiosos observar, conforme nos fala a BEG, que sintomas
semelhantes ocasionalmente afligiram o rei Jorge III da Inglaterra (1738-1820)
e Oto da Bavária (1848-1916).
O propósito da humilhação de Nabucodonosor
era compeli-lo a reconhecer a soberania de Deus.
À Nabucodonosor foi assegurado de que,
apesar da severidade e duração de sua enfermidade, ele receberia novamente o
seu trono depois que reconhecesse a soberania de Deus.
No verso 26 foi dito que a ordem para
deixar o toco da árvore com as raízes significa que o reino dele seria a ele
devolvido quando reconhecesse que os Céus dominam, ou seja, pela primeira vez
nas Escrituras, o termo "céu" é usado como substituto para o nome de
Deus (cf. v. 37; compare Mt 5.3 com Lc 6.20).
Em seguida vem o conselho sábio de um homem
de Deus, mas que não foi ouvido. Por que será que ninguém ouve esses homens? Eu
sei que o termo “ninguém” é forte demais, mas isso foi feito para chamar sua
atenção para a voz de Deus que os homens insistem em não ouvir (obedecer).
O seu conselho seria para ele renunciar aos
seus pecados e à sua maldade, para praticar a justiça e passar a ter compaixão
dos necessitados. Fazendo isso, talvez, então, continuaria ele a viver em paz. Em
resumo:
·Renunciar
aos seus pecados.
·Renunciar
à sua maldade.
·Praticar
a justiça.
·Passar
a ter compaixão dos necessitados.
Deus lhe avisou sobre tudo isso 12 meses
antes do fato! Um ano depois estava ele meditando no terraço do palácio real da
Babilônia, orgulhando-se de tudo o que possuía e era entre os homens. A palavra
de jactância ainda estava em sua boca – vs. 31 – quando dos céus ouviu-se uma
voz de juízo:
"É
isto que está decretado quanto a você, rei Nabucodonosor: Sua autoridade real
lhe foi tirada. Você será expulso do meio dos homens, viverá com os animais
selvagens e comerá capim como os bois. Passarão sete tempos até que admita que
o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer"
(NVI).
A sentença anunciada pela voz se cumpriu de
imediato – vs. 33. É de repente que acontecem as coisas. Quando menos
esperamos, já se torna tarde demais para choros e arrependimentos. O tempo
acabou! Ele foi expulso de entre os homens e passou a comer capim e a se
comportar como os animais.
A BEG nos fala de que pelo fato de
Nabucodonosor exibir traços característicos do gado, o tipo de doença mental da
qual ele sofria é algumas vezes denominado boantropia.
Passado o tempo de seu juízo – vs. 34 -,
ele percebeu que o seu entendimento lhe tinha voltado e ai pode louvar o
Altíssimo e também honrar e glorificÁ-lo. Entendeu que o seu domínio é eterno e
o seu reino dura de geração em geração, sendo todos os povos como que nada
diante dele. O seu agir é conforme lhe agrada, tanto nos céus como na terra, e
quem poderia se lhe opor ou dizer a ele – o que fazes?
Dn 4:1 Nabucodonosor rei, a todos os
povos, nações, e línguas,
que moram em
toda a terra:
Paz
vos seja multiplicada.
Dn 4:2
Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas
que
Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
Dn 4:3 Quão
grandes são os seus sinais,
e
quão poderosas as suas maravilhas!
O
seu reino é um reino sempiterno,
e
o seu domínio de geração em geração.
Dn 4:4 Eu, Nabucodonosor, estava
sossegado em minha casa,
e próspero no
meu palácio.
Dn 4:5 Tive
um sonho que me espantou;
e
estando eu na minha cama, os pensamentos
e
as visões da minha cabeça me perturbaram.
Dn 4:6 Portanto
expedi um decreto,
que
fossem introduzidos à minha presença todos
os
sábios de Babilônia, para que me fizessem saber
a
interpretação do sonho.
Dn 4:7 Então
entraram os magos, os encantadores, os caldeus,
e
os adivinhadores, e lhes contei o sonho;
mas não me
fizeram saber a interpretação do mesmo.
Dn 4:8 Por
fim entrou na minha presença Daniel,
cujo
nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus,
e
no qual há o espírito dos deuses santos;
e
eu lhe contei o sonho, dizendo:
Dn 4:9 Ó
Beltessazar, chefe dos magos,
porquanto
eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos,
e
nenhum mistério te é difícil,
dize-me as
visões do meu sonho que tive
e
a sua interpretação.
Dn 4:10 Eram assim as visões da minha
cabeça,
estando eu na
minha cama:
eu
olhava, e eis uma árvore no meio da terra,
e
grande era a sua altura;
Dn 4:11
crescia a árvore, e se fazia forte,
de
maneira que a sua altura chegava até o céu,
e
era vista até os confins da terra.
Dn 4:12 A sua
folhagem era formosa, e o seu fruto abundante,
e
havia nela sustento para todos;
debaixo
dela os animais do campo achavam sombra,
e as aves do
céu faziam morada nos seus ramos,
e
dela se mantinha toda a carne.
Dn 4:13 Eu
via isso nas visões da minha cabeça,
estando
eu na minha cama,
e eis
que um vigia, um santo, descia do céu.
Dn 4:14 Ele clamou em alta voz e disse
assim:
Derrubai a
árvore, e cortai-lhe os ramos,
sacudi
as suas folhas e espalhai o seu fruto;
afugentem-se
os animais de debaixo dela,
e
as aves dos seus ramos.
Dn 4:15
Contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes,
numa
cinta de ferro e de bronze,
no
meio da tenra relva do campo;
e seja
molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção
com
os animais na erva da terra.
Dn 4:16 Seja
mudada a sua mente,
para
que não seja mais a de homem,
e
lhe seja dada mente de animal;
e
passem sobre ele sete tempos.
Dn 4:17 Esta
sentença é por decreto dos vigias,
e
por mandado dos santos;
a
fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo
tem
domínio sobre o reino dos homens,
e o dá a quem
quer, e até o mais humilde dos homens
constitui
sobre eles.
Dn 4:18 Este sonho eu, rei
Nabucodonosor, o vi.
Tu, pois,
Beltessazar, dize a interpretação;
porquanto
todos os sábios do meu reino
não
puderam fazer-me saber a interpretação;
mas
tu podes;
pois há em ti
o espírito dos deuses santos.
Dn 4:19 Então
Daniel, cujo nome era Beltessazar,
esteve
atônito por algum tempo,
e
os seus pensamentos o perturbaram.
Falou, pois,
o rei e disse:
Beltessazar,
não te espante o sonho,
nem
a sua interpretação.
Respondeu
Beltessazar, e disse:
Senhor
meu, seja o sonho para os que te odeiam,
e
a sua interpretação para os teus inimigos:
Dn 4:20 A
árvore que viste, que cresceu, e se fez forte,
cuja
altura chegava até o céu,
e
que era vista por toda a terra;
Dn
4:21 cujas folhas eram formosas,
e
o seu fruto abundante,
e em que para
todos havia sustento,
debaixo
da qual os animais do campo
achavam
sombra, e em cujos ramos
habitavam
as aves do céu;
Dn 4:22 és
,tu, ó rei, que cresceste, e te fizeste forte;
pois
a tua grandeza cresceu, e chegou até o céu,
o teu domínio até a extremidade da terra.
Dn 4:23 E
quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo,
que
descia do céu, e que dizia:
Cortai
a árvore, e destruí-a;
contudo
deixai na terra o tronco com as suas raízes,
numa
cinta de ferro e de bronze,
no meio da
tenra relva do campo;
e
seja molhado do orvalho do céu,
e seja a sua
porção com os animais do campo,
até
que passem sobre ele sete tempos;
Dn 4:24 esta
é a interpretação, ó rei é o decreto do Altíssimo,
que
é vindo sobre o rei, meu senhor:
Dn 4:25 serás
expulso do meio dos homens,
e
a tua morada será com os animais do campo,
e
te farão comer erva como os bois,
e serás
molhado do orvalho do céu,
e
passar-se-ão sete tempos por cima de ti;
até que
conheças que o Altíssimo tem domínio
sobre
o reino dos homens, e o dá a quem quer.
Dn 4:26 E
quanto ao que foi dito,
que
deixassem o tronco com as raízes da árvore,
o teu reino voltará para ti,
depois que
tiveres conhecido que o céu reina.
Dn 4:27
Portanto, ó rei, aceita o meu conselho,
e
põe fim aos teus pecados, praticando a justiça,
e
às tuas iniqüidades,
usando
de misericórdia com os pobres,
se,
porventura, se prolongar a tua tranqüilidade.
Dn 4:28 Tudo
isso veio sobre o rei Nabucodonosor.
Dn 4:29 Ao
cabo de doze meses,
quando
passeava sobre o palácio real de Babilônia,
Dn
4:30 falou o rei, e disse:
Não é esta a
grande Babilônia que eu edifiquei
para
a morada real, pela força do meu poder,
e
para a glória da minha majestade?
Dn 4:31 Ainda
estava a palavra na boca do rei,
quando
caiu uma voz do céu:
A
ti se diz, ó rei Nabucodonosor:
Passou
de ti o reino.
Dn 4:32 E
serás expulso do meio dos homens,
e
a tua morada será com os animais do campo;
far-te-ão
comer erva como os bois,
e
passar-se-ão sete tempos sobre ti,
até
que conheças que o Altíssimo
tem
domínio sobre o reino dos homens,
e
o dá a quem quer.
Dn 4:33 Na
mesma hora a palavra se cumpriu sobre Nabucodonosor,
e
foi expulso do meio dos homens,
e
comia erva como os bois,
e o seu corpo
foi molhado do orvalho do céu,
até
que lhe cresceu o cabelo c
omo
as penas da águia,
e
as suas unhas como as das aves:
Dn 4:34 Mas
ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor,
levantei
ao céu os meus olhos,
e
voltou a mim o meu entendimento,
e
eu bendisse o Altíssimo,
e
louvei,
e
glorifiquei ao que vive para sempre;
porque o seu
domínio é um domínio sempiterno,
e
o seu reino é de geração em geração.
Dn 4:35 E
todos os moradores da terra são reputados em nada;
e
segundo a sua vontade ele opera no exército
do
céu e entre os moradores da terra;
não
há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer:
Que
fazes?
QDn 4:36 No
mesmo tempo voltou a mim o meu entendimento;
e
para a glória do meu reino voltou a mim
a
minha majestade e o meu resplendor.
Buscaram-me
os meus conselheiros e os meus grandes;
e
fui restabelecido no meu reino,
e
foi-me acrescentada excelente grandeza.
Dn 4:37
Agora, pois, eu, Nabucodonosor,
louvo,
e exalço,
e
glorifico ao Rei do céu;
porque
todas as suas obras são retas,
e
os seus caminhos justos,
e
ele pode humilhar aos que andam na soberba.
Depois desse reconhecimento de Deus, por
parte do rei, é que ele foi reconhecido
na terra. Depois lhe voltou todo o poder, honras e glórias de seu reino que
tinha antes disso. Tudo lhe foi restaurado, e sua grandeza veio a ser ainda
maior – vs. 36.
Finaliza o capítulo na primeira pessoa,
como iniciou, dizendo que agora ele, Nabucodonosor, louvava e exaltava e
glorificava o Rei dos céus, porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus
caminhos são justos. Também que ele tem poder para humilhar aqueles que vivem
com arrogância.
Embora Nabucodonosor tenha confessado a
soberania de Deus em termos eloquentes, ele nunca afirmou que o Deus de Israel
era o supremo criador do universo.
Esse termo singular, que ele gestava
glorificando – Rei do céu -, unifica o tema do capítulo: o governo de Deus
vindo do céu (veja 4.26).
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