sábado, 2 de maio de 2015
sábado, maio 02, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 33:1-33 - O VERDADEIRO ATALAIA - A RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL - A PRESUNÇÃO E O CASTIGO DE ISRAEL.
Para nos situarmos na leitura e não
perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48
capítulos.
Já vimos:
·
Os
oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação
do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·
Uma
seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição
de outras nações.
E agora, entraremos na terceira e
última parte de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas
futuras bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio):
Parte III - FUTURAS BÊNÇÃOS PARA JUDÁ E JERUSALÉM (31.1-48.35).
Ezequiel explicou que, depois que o exílio
chegasse ao fim, o templo e Jerusalém seriam gloriosamente restaurados e o povo
de Deus seria reunido e abençoado como nunca antes. Seriam as futuras bênçãos
para Judá e Jerusalém.
Esta parte III, seguindo a estruturação
proposta pela BEG, também dividiremos em duas partes principais: A. A queda e a
restauração de Judá (33.1-39.29); e B. A visão de Jerusalém restaurada
(40.1-48.35).
A. A queda e a restauração de Judá (33.1-39.29).
Deste até o capítulo 39, estaremos vendo a
queda e a restauração de Judá. Ezequiel desenvolverá o tema do futuro de Judá
após o exílio em oito seções principais, que serão nossas subdivisões: 1.
Ezequiel novamente vocacionado como atalaia (33.1-20) – veremos agora; 2. A queda de
Judá e dois grupos de israelitas (33.21-33) – veremos agora; 3. Pastores do passado e do futuro (34.1-31); 4. A
condenação de Edom (35.1-15); 5. Urna profecia aos montes de Israel (36.1-38);
6. A ressurreição dos ossos secos (37.1-14); 7. Junção de dois pedaços de
madeira (37.15-28); e, 8. Vitória na batalha futura (38.1-39.29).
1. Ezequiel novamente vocacionado como atalaia (33.1-20).
Até o versículo 20, veremos novamente um
novo comissionamento na vida de Ezequiel como atalaia.
Ezequiel indicou a sua nova vocação
repetindo dois temas importantes de uma porção anterior:
(1)
A
reiteração do seu chamado como atalaia (vs. 1-9; cf.3.16-21).
O
Senhor se dirige a ele novamente dizendo que o constituíra atalaia sobre à casa
de Israel. A Ezequiel é explicado melhor e com ênfase a respeito do seu papel
como atalaia vs. 1-9.
Esse
papel envolvia responsabilidade por aqueles a quem ele ministrava e o dever de
adverti-los a respeito de um risco iminente. A não proclamação dessa
advertência o tornaria responsável pelas mortes que dela resultassem.
Se a admoestação fosse ignorada,
Ezequiel seria isentado de culpa. Era inimaginável que os moradores de uma
cidade ignorassem os gritos de advertência de um atalaia, apesar disso, a
palavra de Ezequiel foi amplamente desprezada (3.6-7; cf. Is 22.1-14).
Dos
versos 18 ao 21, do capítulo 3 e aqui, no capítulo 33, Deus explica bem em
detalhes o seu papel profético, de arauto do Senhor, de pregador do evangelho a
toda criatura. Ezequiel não tinha liberdade de escolha, mas era chamado a
pregar a palavra de Deus avisando ao justo e avisando ao ímpio, dos desvios
comportamentais que trariam sobre eles as consequências devidas de seus atos
tresloucados.
Uma
vez avisado o ímpio e avisado o justo, o restante do que acontecesse, não seria
demandado de Ezequiel, mas daquele que ouviu a palavra de Deus; caso contrário,
de Ezequiel seriam cobradas as consequências.
Como
já dissemos, não é nada fácil o papel do pregador. O melhor a fazer é não reter
a palavra de Deus, mas entregá-la assim que a recebe.
(2)
A
ênfase sobre a doutrina da responsabilidade moral individual (vs.10-20; cap.
18).
E
quanto à responsabilidade moral de cada um de nós? Seria ela consequência do
comportamento santo ou não de nossos pais?
De
jeito nenhum. Cada um de nós é responsável pelos seus próprios atos e não pelos
atos de seus pais e filhos. Acusar o Senhor de injustiça é como dar um tiro no
próprio pé ao dar o primeiro passo e um segundo tiro no outro pé ao tentar dar
o segundo. Isso é insano!
Cada
um de nós será julgado segundo os nossos próprios caminhos com as seguintes
vantagens ou perigos. A palavra é muito clara.
Se
alguém que está vivendo em pecado se converter e deixar o pecado, desse pecado,
o Senhor não se lembrará mais, mas somente da justiça que ele vier a praticar
doravante.
O
contrário também é valido e muito válido.
Se
alguém que está vivendo em santidade se cansar disso e deixar a santidade, dessa
santidade, o Senhor não se lembrará mais, mas somente do pecado que ele vier a
praticar doravante.
Veja
o verso 18 e 19, como isso é claro: Quando
o justo se apartar da sua justiça, praticando a iniquidade, morrerá nela; e,
quando o ímpio se converter da sua impiedade, e praticar a retidão e a justiça,
por estas viverá.
Vejam
que apelo forte o apelo do verso 11 que praticamente introduz esse assunto da responsabilidade
individual: Vivo eu, diz o Senhor Deus, que
não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim em que o ímpio se converta do seu
caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois,
por que morrereis, ó casa de Israel?
Os exilados ouviram as notícias da
destruição de Jerusalém (vs. 21); o restante das declarações de Ezequiel sobre
Jerusalém antecipava a sua restauração.
2. A queda de Judá e dois grupos de israelitas (33.21-33).
Veremos neste restante do capítulo 33 a queda
de Judá e os dois grupos de israelitas.
A destruição de Jerusalém deixou dois
grupos distintos aos quais Ezequiel deveria dirigir-se:
·
Aqueles
que continuavam a viver nas ruínas.
·
Os
que estavam no exílio.
Aos olhos de Deus, nenhum dos dois grupos
procedia corretamente.
A palavra anunciando a queda da cidade viera
a Ezequiel por meio de alguém que tinha escapado. Ezequiel a registrou, como de
costume, incluindo as datas, foi no ano duodécimo ano do cativeiro, no décimo
mês e no quinto dia.
Jerusalém foi destruída pelo fogo no
undécimo ano do reinado de Joaquim (2Rs 23.8-9; Jr 52.12).
Conforme a BEG, se as notícias não alcançaram
os exilados até o décimo mês do duodécimo ano, isso significa que levou um ano
e meio para que elas chegassem — muito mais do que o necessário para cobrir a
distância entre as duas cidades (cf. Ez 7.9); menos que seis meses seria muito
mais provável.
Assim, muitos preferem seguir o registro de
alguns textos hebraicos e de uma antiga tradução siríaca nos quais é dito que
as notícias chegaram aos exilados no undécimo ano ao invés de duodécimo: a
diferença das duas traduções se resume numa simples consoante hebraica.
Ezequiel narra como foi aquele seu dia
antes de receber a notícia e ele diz que pela manhã a sua boca tinha se abrido
e na tarde, sobre ele esteve a mão do Senhor, antes de receber o que lhe trazia
a notícia.
Ezequiel tinha estado silencioso por um
longo período; veja as notas sobre 3.24-27; 24.27. As notícias da destruição de
Jerusalém estavam para alcançar os exilados, e ele podia falar, então Ezequiel
se dirigiu:
(1)
Àqueles
que permaneceram em Judá (vs.23-29).
(2)
Àqueles
que estavam com ele no exílio (vs. 30-33).
Vejamos o que ele pode dizer a cada um, uma
vez que esteve tanto tempo em silêncio.
(1) Àqueles que permaneceram em Judá (vs.23-29).
O verso 23, embora Ezequiel não estivesse
mais em silêncio, fala que a ele veio a palavra do Senhor, dirigindo-se a ele,
como de costume, como filho do homem.
Deus dizia para ele que os moradores
daqueles lugares desertos - aqueles que permaneceram em Judá - afirmavam que se
Abraão que era um só homem e possui a terra, quando mais eles, que são muitos,
não iriam realizar muito mais? Eles até diziam que o céu seria dado a eles por
herança.
No entanto, Deus denuncia a eles, pelo seu
profeta, os seus pecados, como o fato de comerem carne com sangue - uma prática
proibida em Gn 9.4; Lv 17.10; Dt 12.16.23 – inclinarem-se para ídolos,
derramarem sangue, contaminarem a mulher do seu próximo e muitas outras
práticas proibidas na lei.
Eles, na verdade confiavam em suas espadas –
vs. 26 – mas essas não poderiam livrá-los, nem garantir-lhe as vitórias
necessárias. Pelo contrário, Ezequiel deveria dizer-lhes que eles iriam mesmo é
cair à espada e os que estiverem nos campos abertos seriam entregues às feras
para serem devorados. Já os que escapassem da espada e das feras e estivessem
em lugares fortes e em cavernas, a peste os alcançariam – vs. 27.
Com isso a terra seria tornada em desolação
e espanto e os montes de Israel ficariam tão desolados que ninguém passaria por
eles. É neste momento de desolação, de espanto, de terror por causa de todas as
abominações que cometeram, que viriam a saber que o Senhor é Deus – vs. 29.
Bem poderiam saber antes e assim teriam
evitado todo esse mal, mas o fato é que também é assim em nossas vidas e quando
vamos nos lamentar, já é tarde demais.
(2) Àqueles que estavam com ele no exílio (vs. 30-33).
Deus fala para Ezequiel que ele tinha sido
desprezado, mas que agora o povo falava dele junto às paredes e nas portas da
casa e cada um falando ao outro e cada um ao seu irmão convidando e dizendo
para ouvir qual seja a palavra que procedia do Senhor.
Ezequiel tinha sido ignorado e até
ridicularizado, mas agora que os acontecimentos haviam confirmado a verdade de
suas palavras, ele tinha se tornado popular. Mas o povo ainda não estava
ouvindo com o tipo de cuidado que resulta em arrependimento e obediência (vs.
11).
Eles estavam procurando por Ezequiel por
causa da palavra do Senhor, como o povo costuma vir, e se assentavam diante dele
como seu povo, e ouviam as suas palavras, mas não as punham por obra; pois com
a sua boca professavam muito amor, mas o seu coração, ia somente após o lucro.
Não mais o dispensando como um palrador de
parábolas (20.49), os exilados enxergavam Ezequiel como uma fonte de
entretenimento. Ouvi-lo tornara-se um meio de preencher uma tarde ou noite
ociosa. Eles ouviam a sua palavra, mas não a punham por obra.
O verso 33 completa a palavra profética
dizendo que quando isso fosse suceder – e iria se suceder (vs. 27, 28) – saberão,
então, tardiamente, infelizmente, que houve ali no meio deles um profeta, um
ato da graça, da bondade e da misericórdia de Deus que foi mais uma vez
rejeitada e desprezada.
Ez 33:2 Filho
do homem, fala aos filhos do teu povo, e dize-lhes:
Quando
eu fizer vir a espada sobre a terra,
e
o povo da terra tomar um dos seus,
e
o constituir por seu atalaia;
Ez 33:3 se,
quando ele vir que a espada vem sobre a terra,
tocar
a trombeta e avisar o povo;
Ez 33:4 então
todo aquele que ouvir o som da trombeta,
e
não se der por avisado, e vier a espada, e o levar,
o
seu sangue será sobre a sua cabeça.
Ez 33:5 Ele
ouviu o som da trombeta, e não se deu por avisado;
o
seu sangue será sobre ele.
Se,
porém, se desse por avisado, salvaria a sua vida.
Ez 33:6 Mas
se, quando o atalaia vir que vem a espada,
não
tocar a trombeta, e não for avisado o povo,
e
vier a espada e levar alguma pessoa dentre eles,
este
tal foi levado na sua iniqüidade,
mas o seu
sangue eu o requererei da mão do atalaia.
Ez 33:7 Quanto a ti, pois, ó filho do
homem,
eu te
constituí por atalaia sobre a casa de Israel;
portanto
ouve da minha boca a palavra,
e
da minha parte dá-lhes aviso.
Ez 33:8 Se eu disser ao ímpio:
O ímpio,
certamente morrerás;
e
tu não falares para dissuadir o ímpio do seu caminho,
morrerá
esse ímpio na sua iniqüidade,
mas
o seu sangue eu o requererei da tua mão.
Ez 33:9
Todavia se advertires o ímpio do seu caminho,
para
que ele se converta,
e
ele não se converter do seu caminho,
morrerá ele
na sua iniqüidade;
tu,
porém, terás livrado a tua alma.
Ez 33:10 Tu, pois, filho do homem, dize
à casa de Israel:
Assim falais
vós, dizendo:
Visto
que as nossas transgressões e os nossos pecados
estão
sobre nós, e nós definhamos neles,
como
viveremos então?
Ez 33:11 Dize-lhes:
Vivo eu, diz
o Senhor Deus,
que
não tenho prazer na morte do ímpio,
mas
sim em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva.
Convertei-vos,
convertei-vos dos vossos maus caminhos;
pois,
por que morrereis, ó casa de Israel?
Ez 33:12 Portanto tu, filho do homem,
dize aos filhos do teu povo:
A justiça do
justo não o livrará no dia da sua transgressão;
e, quanto à
impiedade do ímpio,
por
ela não cairá ele no dia em que se converter
da
sua impiedade;
nem o justo
pela justiça poderá viver no dia em que pecar.
Ez 33:13
Quando eu disser ao justo que certamente viverá,
e
ele, confiando na sua justiça, praticar iniqüidade,
nenhuma
das suas obras de justiça será lembrada;
mas
na sua iniqüidade, que praticou, nessa morrerá.
Ez 33:14
Demais, quando eu também disser ao ímpio:
Certamente
morrerás;
se
ele se converter do seu pecado,
e
praticar a retidão
Ez 33:15 se
esse ímpio, restituir o penhor,
devolver o
que ele tinha furtado,
e andar nos
estatutos da vida,
não
praticando a iniqüidade, certamente viverá,
não
morrerá.
Ez 33:16
Nenhum de todos os seus pecados que cometeu
será
lembrado contra ele;
praticou
a retidão e a justiça, certamente viverá.
Ez 33:17 Todavia, os filhos do teu povo
dizem:
Não é reto o
caminho do Senhor;
mas
o próprio caminho deles é que não é reto.
Ez 33:18
Quando o justo se apartar da sua justiça,
praticando
a iniqüidade, morrerá nela;
Ez 33:19 e,
quando o ímpio se converter da sua impiedade,
e
praticar a retidão e a justiça,
por
estas viverá.
Ez 33:20
Todavia, vós dizeis:
Não
é reto o caminho do Senhor.
Julgar-vos-ei
a cada um conforme os seus caminhos,
ó
casa de Israel.
Ez 33:21 No ano duodécimo do nosso
cativeiro, no décimo mês,
aos cinco
dias do mês,
veio
a mim um que tinha escapado de Jerusalém, dizendo:
Caída
está a cidade.
Ez 33:22 Ora
a mão do Senhor estivera sobre mim pela tarde,
antes
que viesse o que tinha escapado;
e
ele abrirá a minha boca antes que esse homem viesse ter
comigo
pela manhã;
assim se
abriu a minha boca, e não fiquei mais em silêncio.
Ez 33:23 Então veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 33:24
Filho do homem, os moradores destes lugares
desertos
da terra de Israel costumam dizer:
Abraão era um
só, contudo possuiu a terra;
mas
nós somos muitos;
certamente
nos é dada a terra por herança.
Ez 33:25 Dize-lhes portanto:
Assim diz o
Senhor Deus:
Comeis
a carne com o seu sangue,
e
levantais vossos olhos para os vossos ídolos,
e
derramais sangue!
porventura
haveis de possuir a terra?
Ez 33:26 Vós
vos estribais sobre a vossa espada;
cometeis
abominações,
e
cada um contamina a mulher do seu próximo!
e
haveis de possuir a terra?
Ez 33:27 Assim lhes dirás:
Assim disse o
Senhor Deus:
Vivo
eu, que os que estiverem em lugares desertos
cairão
à espada,
e o que estiver no campo aberto
eu
o entregarei às feras para ser devorado,
e os que
estiverem em lugares fortes e em cavernas
morrerão
de peste.
Ez 33:28 E
tornarei a terra em desolação e espanto,
e
cessará a soberba do seu poder;
e
os montes de Israel ficarão tão desolados
que
ninguém passará por eles.
Ez 33:29
Então saberão que eu sou o Senhor,
quando
eu tornar a terra em desolação e espanto,
por
causa de todas as abominações que cometeram.
Ez 33:30 Quanto a ti, ó filho do homem,
os filhos do
teu povo falam de ti junto às paredes
e
nas portas das casas;
e fala um com
o outro, cada qual a seu irmão, dizendo:
Vinde,
peço-vos, e ouvi qual seja a palavra
que
procede do Senhor.
Ez 33:31 E
eles vêm a ti, como o povo costuma vir,
e
se assentam diante de ti como meu povo,
e
ouvem as tuas palavras,
mas não as
põem por obra;
pois
com a sua boca professam muito amor,
mas
o seu coração vai após o lucro.
Ez 33:32 E
eis que tu és para eles como uma canção de amores,
canção
de quem tem voz suave,
e
que bem tange;
porque ouvem
as tuas palavras,
mas
não as põem por obra.
Ez 33:33
Quando suceder isso (e há de suceder),
saberão
que houve no meio deles um profeta.
Estamos precisando de atalaias no século
XXI que tenham coragem de denunciar o pecado e anunciar o ano aceitável do
Senhor. Jesus está voltando e todos são unânimes em dizer que o tempo está
chegando velozmente.
O desejo do coração de Deus é que cada um
de nós se converta de seus maus caminhos e viva a vida que ele nos prometeu com
abundância – Jo 10.10 -, por meio de seu Filho amado.
O apelo duplo para que o povo se converta –
vs. 11 – é de arrepiar! Convertei-vos, convertei-vos porque haveríeis de morrer
ó povos dessa geração do século XXI?
...
sexta-feira, 1 de maio de 2015
sexta-feira, maio 01, 2015
Jamais Desista
Lição de vida - Origem das Indústrias TRAMONTINA.
Uma lição de
vida para todos!
Não havia no
povoado pior emprego do que ‘porteiro de prostíbulo.
Mas que
outra coisa poderia fazer aquele homem?
O fato é que
nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou
ofício.
Um dia,
entrou como gerente do prostíbulo jovem cheio de ideias, criativo e
empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento.
Fez mudanças
e chamou os funcionários para as novas instruções.
Ao porteiro
disse:
- A partir
de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal
onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e
reclamações sobre os serviços.
- Eu
adoraria fazer isso, senhor, balbuciou – Mas eu não sei ler nem escrever.
- Ah! Quanto
eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.
- Mas
senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira,
não sei fazer outra coisa.
- Olhe, eu
compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor. Vamos dar-lhe uma boa
indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha
sorte.
Dito isso,
deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse.
Que fazer?
Lembrou que
no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com
cuidado e carinho.
Pensou que
esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego.
Mas só
contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado.
Usaria o
dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa.
Como o
povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para
ir ao povoado mais próximo para realizar a compra. E assim fez.
No seu
regresso, um vizinho bateu à sua porta:
- Venho
perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
- Sim, acabo
de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar, já que…
- Bom, mas
eu o devolverei amanhã bem cedo.
- Se é
assim, está bem.
Na manhã
seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:
- Olha, eu
ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?
- Não, eu
preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens mais
próxima está a dois dias de viagem, de mula.
- Façamos um
trato – disse o vizinho.
Eu pagarei
os dias de ida e volta, mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho
no momento. Que lhe parece?
Realmente,
isto lhe daria trabalho por mais dois dias. Aceitou.
Voltou a
montar na sua mula e viajou.
No seu
regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.
- Olá,
vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo.
Eu necessito
de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem,
mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de
tempo para viajar para fazer compras.
Que lhe
parece?
O
ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate,
uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso
amigo guardou as palavras que escutara: ‘não disponho de tempo para viajar para
fazer compras’.
Se isto
fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as
ferramentas.
Na viagem
seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro, trazendo mais ferramentas do que
as que já havia vendido.
De fato,
poderia economizar algum tempo em viagens.
A notícia
começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a
viagem, faziam encomendas.
Agora, como
vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam
seus clientes.
Com o tempo,
alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois,
comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja
de ferragens do povoado. Todos estavam contentes e compravam dele.
Já não
viajava, os fabricantes lhe enviavam os pedidos. Ele era um bom cliente. Com o
tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de
ferragens, a ter de gastar dias em viagens.
Um dia ele
lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia
fabricar as cabeças dos martelos.
E logo, por
que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc …
E após foram
os pregos e os parafusos…
Em poucos
anos, ele se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de
ferramentas.
Um dia
decidiu doar uma escola ao povoado.
Nela, além
de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício.
No dia da
inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e
disse:
- É com
grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a
sua assinatura na primeira página do livro de atas desta nova escola.
- A honra
seria minha, disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o
livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.
- O Senhor?
disse incrédulo o prefeito. O senhor construiu um império industrial sem
saber ler nem escrever? Estou abismado. Eu pergunto:
- O que
teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?
- Isso eu
posso responder, disse o homem com toda a calma: – Se eu soubesse ler e
escrever… ainda seria o PORTEIRO DO PROSTÍBULO
Essa
história é verídica, e refere-se a um grande industrial chamado… Valentin
Tramontina, fundador das Indústrias Tramontina, que hoje tem 10 fábricas, 5.500
empregados, produz 24 milhões de unidades variadas por mês e exporta com marca
própria para mais de 120 países – é a única empresa genuinamente brasileira
nessa condição. A cidadezinha citada é Carlos Barbosa, e fica no interior do
Rio Grande do Sul.
Geralmente
as mudanças são vistas como adversidades.
As
adversidades podem ser bênçãos.
As crises
estão cheias de oportunidades.
Se alguém
lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas.
Lembre-se da
sabedoria da água: ‘A água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna’.
Que a sua
vida seja cheia de vitórias, não importa se são grandes ou pequenas, o
importante é comemorar cada uma delas.
sexta-feira, maio 01, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 32:1-32 - LAMENTOS SOBRE FARAÓ E SOBRE O EGITO
Ressaltamos novamente que entre os oráculos
de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) e as profecias de
esperança e restauração (caps. 33-48), Ezequiel, o profeta, o filho do homem,
incluiu uma seção de oráculos contra outras nações.
II. PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
(25.1-32.32).
A. Amom (25.1-7) – já vista; B. Moabe (25.8-11) – já vista; C. Edom (25.12-14) – já vista; D. Filístia (25.15-17) – já vista; E. Fenícia (26.1-28.26) – já vista; F. Egito (29.1-32.32) – concluiremos agora.
F. Egito (29.1-32.32) - continuação.
Como já dissemos, nesses quatro capítulos
finais desta parte II, estamos vendo que Ezequiel profetizou contra o Egito, um
dos grandes impérios do mundo antigo.
Também fizemos a seguinte proposta de
divisão dessa seção “F”: 1. Julgamento contra o Egito (29.1-6) – já vimos; 2. Segundo julgamento contra o
Egito (29.17-21) – já vimos; 3. Lamento sobre o Egito (30.1-19) – já vimos; 4. Terceiro julgamento contra
o Egito (30.20-26) – já vimos; 5.
Quarto julgamento contra o Egito (31.1-18) – já vimos; 6. Lamento por Faraó (32.1-16) – veremos agora; 7. Lamento pelo Egito e por Faraó (32.17-32) – concluiremos agora.
6. Lamento por Faraó (32.1-16).
Também a palavra do Senhor veio a Ezequiel
e foi registrada no tempo e no espaço como sendo no ano duodécimo, no duodécimo
mês, no primeiro dia, provavelmente em março de 585 a.C., dois meses depois que
os exilados receberam a notícia da destruição de Jerusalém (33.21).
Ezequiel deveria fazer um lamento sobre o
rei do Egito e lhe dizer que ele foi assemelhado a um leão novo entre as
nações, mas na verdade era mesmo um dragão, ou um crocodilo nos mares.
Na mitologia de grande parte do antigo
Oriente Próximo – nos diz a BEG -, o universo ordenado emergiu do caos após uma
batalha cósmica entre um deus e um grande monstro ou dragão do mar cujo nome
era "Mar".
Após a batalha, partes do universo foram
formadas com partes da carcaça do monstro que tinha sido morto.
Ezequiel já havia usado elementos desse
mesmo mito antigo em outros oráculos contra o Egito (29.3-5) e o faria
novamente (38.18-23). Aqui ele comparou o Egito a um grande monstro do mar
subjugado pelo Senhor.
Esse monstro seria abatido e derrotado e
seu corpo ficaria exposto na praia para todas as aves e animais do campo. Sua carne
ainda seria espalhada sobre os montes e se encheriam todos os vales – vs. 5.
O sangue dele seria usado para regar a
terra, os montes e os ribeiros e assim seria apagado, eliminado, de forma a
ficar coberto o céu, enegrecida as estrelas, o sol encoberto com nuvens e a lua
não dando a sua luz.
Compare, neste momento, esse texto com o
texto de Mt 24:29 – “E, logo depois da
aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as
estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.”. O verso
30, desse capítulo, então fala que depois disso apareceria no céu o sinal do
Filho do homem.
Linguagem semelhante a essa é usada ainda com
respeito ao dia do Senhor em Is 13.10; Jj 2.30-32; 3.15; Am 8.9.
O aparecimento do guerreiro divino seria
acompanhado por paroxismos no cosmo, e o universo voltaria ao caos primitivo.
Esse rico simbolismo e extravagante hipérbole relacionados a acontecimentos
nacionais significativos são comuns ao longo de todo o Antigo Testamento.
No verso oito, ele fala de todas as luzes
dos céus que seriam elas enegrecidas sobre ele e assim traria trevas sobre a
sua terra. Também afligiria o coração de muitos povos quando o Senhor levasse a
destruição entre as nações, cada um pela sua vida estaria estremecido no dia da
queda do Egito.
Deus subjugaria o monstro do mar ao mandar
os exércitos da Babilônia contra ele (vs. 2) A espada do rei da Babilônia era a
espada do Senhor (21.1-32; 30.25).
Deus faria cair a multidão deles pelas
espadas dos valentes que aniquilariam a soberba do Egito e até os animais seriam
afetados de forma que toda terra ficaria desolada e destruída. Quando isso
viesse a ocorrer e quando ela fosse despojada da sua plenitude, neste exato
momento, iriam saber que o Senhor é Deus – vs. 15.
Esse seria o lamento que o Senhor pediu ao
seu profeta para proclamar que as filhas das nações fariam sobre o Egito e
sobre toda a sua multidão.
7. Lamento pelo Egito e por Faraó (32.17-32).
Novamente, em dia preciso e data certa, no
ano duodécimo, aos quinze do mês, presumivelmente o duodécimo mês do ano, como
no oráculo anterior (vs. 1), duas semanas depois, na primavera de 585 a.C., veio
novamente, como de costume, a palavra do Senhor ao seu profeta dizendo para ele
prantear sobre a multidão do Egito, isto é, fazer um lamento pelo Egito e pelo
Faraó. Ezequiel encerrou os seus oráculos contra as nações com um lamento final
pelas calamidades que o Egito enfrentaria.
O filho do homem deveria prantear sobre a
multidão do Egito, fazendo-a descer a ela e as filhas das nações majestosas até
as partes inferiores da terra. Como Ezequiel a faria descer? Apenas pelo lamento?
Palavra profética?
Descreve, pois, o Egito descendo para o
mundo inferior, onde o orgulhoso império se torna apenas um entre os grandes e
pequenos estados que o tinham precedido:
·
Assíria
vs. 22.
·
Elão,
vs. 24.
·
Meseque
e Tubal vs. 26.
·
Edom,
vs. 29.
·
Os
príncipes do norte e os sidônios, vs. 30.
A mitologia e a religião dessas culturas
retratavam o mundo inferior ("Sheol" ou "a sepultura") como
urna vasta câmara mortuária onde os mortos partilhavam uma existência de
sombras e sem alegria. Compare com Gn 37.35; 42.38; Jó 3.17-19; 7.9; 10.20-22;
17.13; 40.13; SI 31.17; 88.5,11; 115.17; Pv 1.12; 5.5; 7.27; 9.18; Ec 9.10; Is
5.14; 14.9-11; 38.18; Hc 2.5.
no ano
duodécimo, no mês duodécimo, ao primeiro do mês,
veio
a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 32:2 Filho
do homem, faze uma lamentação sobre Faraó,
rei
do Egito, e dize-lhe:
Foste
assemelhado a um leão novo entre as nações;
contudo
tu és como um dragão nos mares;
pulavas nos
teus rios e os sujavas, turvando com os pés as suas águas.
Ez 32:3 Assim diz o Senhor Deus:
Estenderei
sobre ti a minha rede
por
meio duma companhia de muitos povos,
e
eles te alçarão na minha rede.
Ez 32:4 Então
te deixarei em terra;
sobre
a face do campo te lançarei,
e
farei pousar sobre ti todas as aves do céu,
e
fartarei de ti os animais de toda a terra.
Ez 32:5 E
porei as tuas carnes sobre os montes,
e
encherei os vales da tua altura.
Ez 32:6
Também com o teu sangue regarei a terra onde nadas,
até
os montes; e as correntes se encherão de ti.
Ez 32:7 E,
apagando-te eu,
cobrirei
o céu,
e
enegrecerei as suas estrelas;
ao
sol encobrirei com uma nuvem,
e
a lua não dará a sua luz.
Ez 32:8 Todas
as brilhantes luzes do céu,
eu
as enegrecerei sobre ti, e trarei trevas sobre a tua terra,
diz
o Senhor Deus.
Ez 32:9 E
afligirei o coração de muitos povos,
quando
eu levar a efeito a tua destruição entre as nações,
até
as terras que não conheceste.
Ez 32:10
Demais farei com que muitos povos fiquem pasmados
a
teu respeito, e os seus reis serão sobremaneira
amedrontados,
quando eu brandir a minha espada
diante
deles;
e
estremecerão a cada momento, cada qual pela sua vida,
no
dia da tua queda.
Ez 32:11 Pois assim diz o Senhor Deus:
A espada do
rei de Babilônia virá sobre ti.
Ez 32:12
Farei cair a tua multidão pelas espadas dos valentes;
terríveis
dentre as nações são todos eles;
despojarão
a soberba do Egito,
e
toda a sua multidão será destruída.
Ez 32:13
Exterminarei também todos os seus animais
de
junto às muitas águas; não as turvará mais pé de homem,
não
as turvarão unhas de animais.
Ez 32:14
Então tornarei claras as suas águas,
e
farei correr os seus rios como o azeite, diz o Senhor Deus.
Ez 32:15
Quando eu tornar desolada a terra do Egito,
e
ela for despojada da sua plenitude,
e
quando eu ferir a todos os que nela habitarem,
então
saberão que eu sou o Senhor.
Ez 32:16 Esta
é a lamentação que se fará;
que
as filhas das nações farão sobre o Egito
e
sobre toda a sua multidão, diz o Senhor Deus.
Ez 32:17 Também sucedeu que,
no ano
duodécimo, aos quinze do mês,
veio
a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 32:18
Filho do homem, pranteia sobre a multidão do Egito,
e
faze-a descer, a ela e às filhas das nações majestosas,
até
as partes inferiores da terra,
juntamente com os que descem à cova.
Ez 32:19 A
quem sobrepujas tu em beleza?
Desce,
e deita-te com os incircuncisos.
Ez 32:20 No
meio daqueles que foram mortos à espada eles cairão;
à
espada ela está entregue;
arrastai-a
e a toda a sua multidão.
Ez 32:21 Os
poderosos entre os valentes lhe falarão
desde
o meio do Seol, com os que o socorrem;
já
desceram, jazem quietos os incircuncisos,
mortos
a espada.
Ez 32:22 Ali
está Assur com toda a sua companhia.
Em
redor dele estão os seus sepulcros;
todos
eles foram mortos, caíram à espada.
Ez 32:23 Os
seus sepulcros foram postos no mais interior da cova,
e
a sua companhia está em redor do seu sepulcro;
foram
mortos,
caíram à
espada todos esses que tinham causado
espanto
na terra dos viventes.
Ez 32:24 Ali
está Elão com toda a sua multidão
em
redor do seu sepulcro; foram mortos, cairam a espada,
e
desceram incircuncisos
às
partes inferiores da terra,
todos
esses que causaram terror na terra dos viventes;
e
levaram a sua vergonha juntamente
com
os que descem à cova.
Ez 32:25 No
meio dos mortos lhe puseram a cama
entre
toda a sua multidão;
ao
redor dele estão os seus sepulcros;
todos
esses incircuncisos foram mortos à espada;
porque
causaram terror na terra dos viventes;
e
levaram a sua vergonha com os que
descem
à cova.
Está posto no
meio dos mortos.
Ez 32:26 Ali
estão Meseque, Tubal e toda a sua multidão;
ao
redor deles estão os seus sepulcros;
todos
esses incircuncisos foram mortos à espada;
porque
causaram terror na terra dos viventes.
Ez 32:27 E
não jazem com os valentes que dentre os incircuncisos
caíram,
os quais desceram ao Seol
com
as suas armas de guerra e puseram as suas espadas
debaixo
das suas cabeças,
tendo os seus
escudos sobre os seus ossos;
porque eram o
terror dos poderosos na terra dos viventes.
Ez 32:28 Mas
tu serás quebrado no meio dos incircuncisos,
e
jazerás com os que foram mortos a espada.
Ez 32:29 Ali
está Edom, os seus reis e todos os seus príncipes,
que
no seu poder foram postos
com
os que foram mortos à espada;
estes jazerão
com os incircuncisos
e
com os que descem a cova.
Ez 32:30 Ali
estão os príncipes do norte, todos eles,
e
todos os sidônios, que desceram com os mortos;
envergonhados
são pelo terror causado pelo seu poder;
jazem
incircuncisos com os que foram mortos à espada,
e
levam a sua vergonha com os que descem à cova.
Ez 32:31
Faraó os verá, e se consolará sobre toda a sua multidão;
sim,
o próprio Faraó, e todo o seu exército,
traspassados
à espada, diz o Senhor Deus.
Ez 32:32 Pois
também eu pus o terror dele na terra dos viventes;
pelo
que jazerá no meio dos incircuncisos,
com
os mortos à espada,
o próprio
Faraó e toda a sua multidão,
diz
o Senhor Deus.
Todos eles – a Assíria, o Elão, Meseque e
Tubal, Edom, os príncipes do norte e os sidônios, seus reis e todos os seus
príncipes - jaziam com os que foram mortos à espada, jaziam com os
incircuncisos, com aqueles que desciam à cova e levavam a sua vergonha.
Faraó os veria e se consolaria sobre toda a
sua multidão. Ele próprio veria todo o seu exército traspassado à espada e
igualmente jazeria no meio dos incircuncisos, com os mortos à espada.
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quinta-feira, 30 de abril de 2015
quinta-feira, abril 30, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 31:1-18 - A SOBERBA DO EGITO E A SUA RUÍNA.

Ressaltamos novamente que entre os oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) e as profecias de esperança e restauração (caps. 33-48), Ezequiel, o profeta, o filho do homem, incluiu uma seção de oráculos contra outras nações.
II. PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
(25.1-32.32).
A. Amom (25.1-7) – já vista; B. Moabe (25.8-11) – já vista; C. Edom (25.12-14) – já vista; D. Filístia (25.15-17) – já vista; E. Fenícia (26.1-28.26) – já vista; F. Egito (29.1-32.32) – estamos vendo.
F. Egito (29.1-32.32) - continuação.
Como já dissemos, nesses quatro capítulos
finais desta parte II, estamos vendo que Ezequiel profetizou contra o Egito, um
dos grandes impérios do mundo antigo.
Também fizemos a seguinte proposta de
divisão dessa seção “F”: 1. Julgamento contra o Egito (29.1-6) – já vimos; 2. Segundo julgamento contra o
Egito (29.17-21) – já vimos; 3. Lamento sobre o Egito (30.1-19) – já vimos; 4. Terceiro julgamento contra
o Egito (30.20-26) – já vimos; 5.
Quarto julgamento contra o Egito (31.1-18) – veremos agora; 6. Lamento por Faraó (32.1-16); 7. Lamento pelo
Egito e por Faraó (32.17-32).
5. Quarto julgamento contra o Egito (31.1-18).
Até o versículo 18, veremos Ezequiel em um
quarto julgamento contra o Egito. Ezequiel descreve o julgamento que viria
sobre o Egito apesar de suas glórias.
Ele começa dizendo que também aconteceu no
undécimo ano, no terceiro mês, no primeiro dia do mês, do reinado de Joaquim - junho
de 587 a.C. -, que veio a palavra do Senhor para ele se dirigir a Faraó, rei do
Egito e à sua multidão.
Jerusalém se encontrava nas últimas semanas
do cerco que terminaria com a destruição da cidade.
O rei do Egito estava se achando o mais
importante e principal dos reis e buscava entre os homens quem pudesse se
comparar a ele em grandeza.
Ezequiel, então, inexplicavelmente, começa
falando da Assíria. Cremos que ele usou o destino da Assíria como uma
advertência ao Egito; o poderoso império assírio havia desmoronado entre os
anos de 640 a 609 a.C.
A BEG nos diz que alguns estudiosos
consideram improvável que, num oráculo contra o Egito (vs. 2,18), o foco
principal fosse a Assíria (vs. 3-17).
A alteração de uma consoante no texto
poderia modificar a tradução "Assíria" (1) para "cipreste"
ou (2) "a que a equipararei?", um paralelo condizente com a última
cláusula do v. 2.
Qualquer das traduções resolveria o que
parece ser uma referência imprópria à Assíria.
Ele (o Egito ou a Assíria?) é comparado ao
cedro. Os cedros eram grandes árvores que se erguiam por dezenas de metros e
viviam por milhares de anos oferecendo metáforas adequadas para reinos e
dinastias.
Anteriormente Ezequiel usara imagem
semelhante (veja 17.20-24). Essa árvore assemelhava-se àquela do sonho de Nabucodonosor
(Dn 4.1-12,19-27). Compare a generosa descrição de Ezequiel dessa árvore com a
extravagante descrição de Tiro como um navio (27 3-11).
Nós iremos admitir que a profecia era mesmo
contra o rei do Egito que estava se achando o maioral entre todos e que a
Assíria aqui é usada para fazer um paralelo com ele.
Dos versos 3 ao 18, ele fala expondo a declaração
de soberba do rei do Egito, de Faraó.
Começa descrevendo de onde ele surgiu e que
era formoso e que cresceu muito por causa das muitas águas junto às suas raízes
– vs. 7. Foi o abismo que fê-lo crescer e as águas que o nutriram. Elas
formavam uma corrente caudalosa que corria em torno da sua plantação e enviava
os seus regatos a todas as árvores do campo.
Foi por isso que se elevou a sua estatura
acima de todas as outras e se multiplicaram os seus ramos e se alongaram as
suas varas por causa das muitas águas.
As aves dos céus buscavam nela se aninhar e
todos os animais do campo geravam debaixo dos seus ramos e à sua sombra
abrigavam muitos povos.
Era de fato mui formoso na sua grandeza e
na extensão de seus ramos, isto tudo, repetido diversas vezes, porque a sua
raiz estava junto às muitas águas.
Tão famoso e formoso era que despertou a
inveja de todas as árvores do Édem que havia no jardim de Deus.
Por causa disso, Deus o entregaria na mão
da mais poderosa das nações para receber o tratamento devido. Deus o estava
lançando fora – vs. 11.
Então seria vítima dos estrangeiros que não
se apiedariam dele e cortariam os seus ramos, quebrariam os seus renovos sobre
os montes e por todos os vales.
Em consequência, todos os povos da terra se
retirariam de sua sombra e o deixariam, mas as aves dos céus e todos os animais
do campo habitariam em suas ruínas.
Agora – vs. 14 – todos eles estão entregues
à morte, até as partes inferiores da terra, no meio dos filhos dos homens,
juntamente com os que descem à cova. Isso para que nenhuma de todas as árvores
junto às águas se exaltasse na sua estatura, nem levantasse a sua copa no meio
dos ramos espessos, nem se levantassem na sua altura os seus poderosos, sim,
todos os que bebem água.
Deus diz no verso 15 que no dia em que ele
desceu ao Seol, ele fez que houvesse luto; ele cobriu o abismo, por causa dele,
e reteve as suas correntes, e assim, foi detida as grandes águas; e fez que o
Líbano o pranteasse; e que todas as árvores do campo por causa dele
desfalecessem.
Deus faria tremer as nações com o som de
sua queda naquele momento em que o fizesse descer ao Seol justamente com os que
descem à cova.
Isso faria com que todas as árvores do Édem,
a flor e o melhor do Líbano, todas as que bebem águas, se consolariam nas
partes inferiores da terra. Ele não desceria sozinho, estas seriam ajuntadas a
ele.
Agora, Deus, por meio de seu profeta, volta
a questão inicial deste capítulo: a quem,
pois, és semelhante em glória e em grandeza entre as árvores do Eden? – vs.
18.
A resposta é que Faraó e toda a sua
multidão, diz o Senhor Deus, seria precipitado juntamente com as árvores do
Édem às partes inferiores da terra e no meio dos incircuncisos jazeria com os
que foram mortos à espada.
ao primeiro
do mês, que veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez
31:2 Filho do homem, dize a Faraó, rei do Egito,
e
à sua multidão:
A
quem és semelhante na tua grandeza?
Ez 31:3 Eis
que o assírio era como um cedro do Líbano,
de
ramos formosos, de sombrosa ramagem e de alta estatura;
e
a sua copa estava entre os ramos espessos.
Ez 31:4 As
águas nutriram-no, o abismo fê-lo crescer;
as
suas correntes corriam em torno da sua plantação;
assim
ele enviava os seus regatos a todas
as
árvores do campo.
Ez 31:5 Por
isso se elevou a sua estatura
sobre
todas as árvores do campo,
e
se multiplicaram os seus ramos, e se alongaram
as
suas varas, por causa das muitas águas
nas
suas raízes.
Ez 31:6 Todas
as aves do céu se aninhavam nos seus ramos;
e
todos os animais do campo
geravam
debaixo dos seus ramos;
e
à sua sombra habitavam todos os grandes povos.
Ez 31:7 Assim
era ele formoso na sua grandeza,
na
extensão dos seus ramos, porque a sua raiz
estava
junto às muitas águas.
Ez 31:8 Os
cedros no jardim de Deus não o podiam esconder;
as
faias não igualavam os seus ramos,
e
os plátanos não eram como as suas varas;
nenhuma
árvore no jardim de Deus se assemelhava a ele
na
sua formosura.
Ez 31:9
Formoso o fiz pela abundância dos seus ramos;
de
modo que tiveram inveja dele todas as árvores do Edem
que
havia no jardim de Deus.
Ez 31:10 Portanto assim diz o Senhor
Deus:
Como se elevou na sua estatura, e se levantou
a sua copa
no
meio dos espessos ramos,
e
o seu coração se ufanava da sua altura,
Ez 31:11 eu o
entregarei na mão da mais poderosa das nações,
que
lhe dará o tratamento merecido.
Eu
já o lancei fora.
Ez 31:12
Estrangeiros, da mais terrível das nações, o cortarão,
e
o deixarão; cairão os seus ramos sobre os montes
e
por todos os vales,
e os seus
renovos serão quebrados junto
a
todas as correntes da terra;
e todos os
povos da terra se retirarão da sua sombra,
e
o deixarão.
Ez 31:13
Todas as aves do céu habitarão sobre a sua ruína,
e
todos os animais do campo estarão sobre os seus ramos;
Ez 31:14 para
que nenhuma de todas as árvores junto às águas
se
exalte na sua estatura, nem levante a sua copa no meio
dos
ramos espessos, nem se levantem na sua altura
os
seus poderosos,
sim,
todos os que bebem água;
porque
todos eles estão entregues à morte,
até
as partes inferiores da terra,
no
meio dos filhos dos homens,
juntamente
com os que descem a cova.
Ez 31:15 Assim diz o Senhor Deus:
No dia em que
ele desceu ao Seol, fiz eu que houvesse luto;
cobri
o abismo, por sua causa, e retive as suas correntes,
e
detiveram-se as grandes águas;
e
fiz que o Líbano o pranteasse;
e
todas as árvores do campo
por
causa dele desfaleceram.
Ez 31:16
Farei tremer as nações ao som da sua queda,
quando
o fizer descer ao Seol juntamente com
os
que descem à cova; e todas as árvores do Edem
a
flor e o melhor do Líbano,
todas as que
bebem águas,
se consolarão
nas partes inferiores da terra;
Ez 31:17
também juntamente com ele descerão ao Seol,
ajuntar-se
aos que foram mortos à espada;
sim,
aos que foram seu braço,
e
que habitavam à sua sombra no meio das nações.
Ez 31:18 A
quem, pois, és semelhante em glória e em grandeza
entre
as árvores do Eden?
Todavia
serás precipitado juntamente
com
as árvores do Eden
às partes inferiores
da terra;
no
meio dos incircuncisos jazerás
com
os que foram mortos à espada:
este é Faraó
e toda a sua multidão,
diz
o Senhor Deus.
O orgulho de Faraó estava fazendo ele cair
e com ele caem todos os orgulhosos.
“Certa vez um aluno falou ao outro que Deus
precisava dele para uma grande obra, mas o outro respondeu quase imediatamente
que Jesus só falou uma vez que precisava de alguém – e esse alguém era um
jumento” (Mc 11.3)[1].
Aquele que se exalta será humilhado, mas
aquele que se humilhar será exaltado – Pv 8.13; 16.18; Is 14:13,14; Ob 1.3; Mt 23.12;
Lc 14.7-11; Jo 3.30; Fp 2. 3,5-8; I Pe 5.6.
Diz o mesmo artigo citado de Nortert Lieth “A revista alemã "Focus" publicou
uma reportagem sobre o tema "Eu, eu, eu". Ela tratava do culto ao eu
– que aumenta cada vez mais em meio à nossa população – no qual cada um se
considera cada vez mais importante. Cresce a sociedade que quer levar vantagem
em tudo, que não recua diante de nenhum meio para alcançar seus objetivos. É
indiferente se outros têm de sofrer com isso – o que importa é que se consiga o
primeiro lugar. Um dos lemas em curso entre a juventude é: "Eu sou mais
eu".”.
Para estes vale este capítulo em que Deus
promete fazer descer ao Seol todo orgulho do rei do Egito, dele e de todos a
sua volta que são semelhantes a ele ou que pactuam de suas obras malignas.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete –
http://www.jamaisdesista.com.br
http://www.jamaisdesista.com.br
[1] (Norbert
Lieth - http://www.chamada.com.br/mensagens/humildade.html – há um artigo excelente falando do orgulho e da
humildade nesse link)
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