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terça-feira, 5 de maio de 2015

Ezequiel 36:1-38 - BENÇÃOS ASSEGURADAS PARA O POVO DE DEUS

Em nossa leitura, nos encontramos aqui, na terceira e última parte “III”, na seção “A”, na subseção “4”, no capítulo 36. O livro de Ezequiel é composto de 48 capítulos.
Ressaltamos que já vimos:
·         Os oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·         Uma seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição de outras nações.
E agora, estamos vendo a terceira e última parte de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas futuras bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio).
Parte III - FUTURAS BÊNÇÃOS PARA JUDÁ E JERUSALÉM (31.1-48.35).
A. A queda e a restauração de Judá (33.1-39.29).
Recapitulando, nós falamos que do capítulo 33 até ao capítulo 39, estaremos vendo a queda e a restauração de Judá a qual foi dividia em oito seções principais, que estão sendo nossas subdivisões: 1. Ezequiel novamente vocacionado como atalaia (33.1-20) – já vimos; 2. A queda de Judá e dois grupos de israelitas (33.21-33) – já vimos; 3. Pastores do passado e do futuro (34.1-31) – já vimos; 4. A condenação de Edom (35.1-15) – já vimos; 5. Uma profecia aos montes de Israel (36.1-38) – veremos agora; 6. A ressurreição dos ossos secos (37.1-14); 7. Junção de dois pedaços de madeira (37.15-28); e, 8. Vitória na batalha futura (38.1-39.29).
5. Uma profecia aos montes de Israel (36.1-38).
Este capítulo falará da profecia contra os montes de Israel. As montanhas de Israel, no passado abençoadas por Deus, estavam nesse momento sob a sua ira - mas a sua bênção futura estava assegurada.
O capítulo começa com Deus falando ao filho do homem para profetizar aos montes de Israel dizendo para eles ouvirem a palavra do Senhor.
O inimigo tinha zombado deles dizendo que as alturas antigas ou os eternos lugares altos eram deles para as possuírem. Eles estavam se referindo à terra que Deus havia prometido a Israel ou, mais estritamente às alturas de Sião (17.32; 34.14; Dt 32.13; SI 48.2; 78.69; Is 31.4; 58.14; Jr 31.12).
Esses montes incluíam aqueles lugares que se tornaram presa e escárnio para o restantes das nações que estavam ao redor delas:
·         Os  montes e aos outeiros.
·         As correntes d'água.
·         Os vales.
·         Os desertos assolados.
·         As cidades desamparadas.
O Senhor, no fogo de seu zelo, falou às nações e contra todo o Edom que se apropriaram da sua terra com toda a alegria de seu coração e com menospreso de alma para a lançarem fora e saqueá-la. Seriam elas que doravante iriam tornarem presa e servirem de escárnio levando sobre elas mesmas o seu próprio opróbrio – vs. 7.
Já a favor dos montes de Israel, incluindo, os  montes e aos outeiros, as correntes d'água, os vales, os desertos assolados e as cidades desamparadas, iriam produzir os seus ramos e dar o seu fruto para o povo de Deus, o seu povo que Deus sempre amou e dele cuidou.
Deus estaria com eles, e se voltaria para eles, e os lavraria e os semearia, e multiplicaria nela homens de forma que toda a casa de Israel voltasse a ser cidade habitada com os lugares que foram devastados, agora reedificados.
A benção do Senhor faria multiplicar nela os homens e os animais. Eles frutificariam e habitariam aqueles lugares como dantes, tratando-os agora melhor do que foram tratados no princípio de tudo. Somente aqui, haveriam de saber que o Senhor é Deus! – vs. 11.
Israel prosperaria e seria mais populoso do que antes do recente desastre (vs. 11-12: cf. Zc 2.41). As crianças eram, muitas vezes,  as primeiras a sentir os efeitos da guerra: perdiam os pais na batalha e sucumbiam a doenças que devastavam a população em situação de inanição e cerco. Por essa razão, os profetas com frequência descrevem à benção futura de Deus em termos de multidões de crianças (36.12-13; 37.25; Is 43.5; 49..20; 54.1; 59.21: 66.8; Jr 30.20: 31; 17; Zc 8.5).
O verso 13 nos lembra, quando fala de devorar homens, de Nm 13.32 que traz o relato dos espias dizendo que os moradores daquelas terras pareciam gigantes perto deles que devoravam homens - E infamaram a terra que tinham espiado, dizendo aos filhos de Israel: A terra, pela qual passamos a espiá-la, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. Números 13:32.
Como aqueles moradores diziam assim, o Senhor lhes dizia que já não mais devorariam homens, nem desfilhariam mais a sua nação. Deus não permitiria ouvir mais afrontas das nações. Ele promete a Israel que eles não mais levariam sobre eles o opróbrio dos povos, nem eles fariam mais a sua nação tropeçar.
E assim, novamente veio a palavra de Deus ao seu profeta dizendo que quando habitavam na terra se contaminaram com os caminhos e com as ações deles – vs. 17.
O exílio resultou do zelo de Deus pela sua própria santidade (vs. 16-23. Deus graciosamente preservaria um remanescente de acordo com as suas promessas aos patriarcas e a Davi, mas os seus mandamentos não poderiam ser transgredidos impunemente.
Eles tinham se contaminado tal qual uma mulher em sua separação. Por causa do sangue que derramaram e porque se contaminaram com os ídolos das nações, por isso é que Deus derramaria sobre eles o seu furor – vs. 18 – e os espalharia entre as nações onde seriam dispersos pelas terras, conforme fossem os seus caminhos e feitos. Assim Deus os tinha julgado.
Pior ainda que quando chegaram às nações que tinham sido espalhados, ainda profanaram o nome santo do Senhor pois todos comentavam acerca deles que eles eram o povo do Senhor que tivera que sair da sua terra. No entanto, o Senhor os poupou, mesmo tento eles profanado o seu nome às nações – vs. 22.
No entanto, não era por amor deles, mas pelo seu santo nome que eles tinham profanado entre as nações. O propósito final de todos os acontecimentos da História, inclusive o exílio de Israel, era e é a honra e glória de Deus – I Co 10.31. 
O Senhor mesmo iria santificar o seu grande nome que eles profanaram entre as nações e estas iriam saber que o Senhor é Deus quando ele, o Senhor, fosse santificado aos seus olhos, pois Deus iria tirá-los dentre as nações e congregá-los de todos os países e os trazer para sua terra.
Depois disso, Deus iria aspergir água pura sobre eles para ficarem purificados de todas as suas imundícias e de todos os ídolos.
A aspersão se refere ao ritual de purificação para retirar a imundície ritual (Ex 30.17-21; Lv 14.52; Nm 19.17-19). Aspergir ou derramar água também simbolizava a dádiva do Espírito de Deus na unção de reis, sacerdotes e, ocasionalmente, profetas; o derramemanto do Espírito de Deus representa um sinal da era messiânica (37.14; 39.29; Is 42.1; 44.3; 59.21; Jl 2.28-29). No Novo Testamento, esse rico simbolismo é vinculado ao batismo – Hb 10.22.
A linguagem dos vs. 25-27 assemelha-se intimamente à de Sl 51.7-11 – compare:
25 Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias, e de todos os vossos ídolos, vos purificarei.
26 Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.
27 Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis.
7 Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.
8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que se regozijem os ossos que esmagaste.
9 Esconde o teu rosto dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades.
10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável.
11 Não me lances fora da tua presença, e não retire de mim o teu santo Espírito.
Reparem no vs. 26: em vez de um coração incapaz de responder à lei e aos mandamentos de Deus com amor e obediência, Deus concederia um novo coração e um novo espirito.
Observe que estes viriam como resultado da iniciativa e da graça divinas, e não de uma conquista humana. Jeremias falou de modo semelhante respeito da nova aliança (Jr 31.33; cf. Pv 3.3; 7.3; Rm 2.15,29; 2Co 3.3: Hb 8.10; 10.16).
Engana-se quem acha que é o homem quem dá o primeiro passo em direção a Deus ou que Deus joga uma corda para ele e ele tem de segurá-la. Ele não dá nem o primeiro nem o último, é tudo graça maravilhosa de Deus.
Nós não mudamos Deus, nem movemos o seu braço, nem na oração, antes é Deus quem nos convida soberanamente para mudarmos o que ele quer mudar e mover o que ele quer mover por meio da oração.
Então eu oro não para mudar uma situação, mas oro porque Deus vai mudá-la. Eu não oro para Deus curar alguém, oro porque Deus vai curar esse alguém. Somos movidos por Deus e dele somos instrumentos. Toda a glória somente pertence a ele, unicamente – I Co 10.31. As nossas inclinações para o bem não vem de nós mesmos, malignos, mas do Espírito de Deus. Carne nenhuma quer saber de Deus, apenas o espírito.
O novo espírito seria o Espírito de Deus, que transformaria aqueles em quem habitasse e os capacitaria a obedecer à lei divina. Compare com Rm 7.6; 8.2-18: 12.1; Cl 5.16-18.22; 1Jo 3.24.
Resumidamente, vs 26 ao 30, Deus:
§   Daria a eles um coração novo,
§   Poria dentro deles um espírito novo;
§   Tiraria da carne deles o coração de pedra,
§   Daria a eles um coração de carne.
§   Ainda poria dentro deles o seu Espírito,
§   Faria que andassem nos seus estatutos,
§   Faria que guardassem as suas ordenanças e as observassem.
§   Faria eles habitarem na terra que deu a seus pais,
§   Assim, eles seriam o seu povo,
§   E ele seria o seu Deus.
§   Livraria eles de todas as suas imundícias;
§   Seria o supridor que chamaria o trigo, e o multiplicaria,
§   Afastaria definitivamente a fome deles.
§   Multiplicaria o fruto das árvores, e a novidade do campo, para jamais receberem novamente o opróbrio da fome entre as nações.
Quando isso ocorresse, então habitariam na terra que Deus deu aos seus pais e assim seriam o seu povo e Deus lhes seria o seu Senhor. E lembrariam dos seus maus caminhos, dos seus feitos ruins, teriam nojo de si mesmos e de suas iniquidades e abominações.
O verso 32 deixa de forma muito clara porque Deus estava agindo daquela maneira. Não era por amor deles, isso fica muito realçado. Eles deveriam ficar envergonhados, confundidos por causa de seus caminhos ruins.
Deus ainda lhes dizia que quando fossem purificados e as cidades fossem habitadas e edificadas, a terra assolada seria lavrada e em lugar de desolação, seria louvada aos olhos de todos os que por ela passariam. Seria interessante neste momento comparar o vs. 33 com Is 44.26; 51.3; 58.12; 61.4.
Imaginem os povos dizendo, como Deus estava prevendo, que a terra assoalhada agora parecia como o Éden. A terra de Israel se tornaria o paraíso de Deus - 28.13-14; 40.16; 47.1-12.
Então aconteceria que as nações iriam reconhecer e saber que o Senhor é Deus – vs. 36 -, Deus que reedificou as cidades destruídas e que plantou o que estava devastado. O Senhor fala que disse isso e proclama, declara, que isso ele fará! Glórias a Deus!
Ez 36:1 Tu, ó filho do homem, profetiza aos montes de Israel, e dize:
Montes de Israel, ouvi a palavra do Senhor.
Ez 36:2 Assim diz o Senhor Deus:
Pois que disse o inimigo contra vós: Ah! ah! e:
As alturas antigas são nossas para as possuirmos;
Ez 36:3 portanto, profetiza, e dize:
Assim diz o Senhor Deus:
Porquanto, sim, porquanto vos assolaram
e vos devoraram de todos os lados,
para que ficásseis feitos herança
do resto das nações,
e tendes andado em lábios paroleiros,
e chegastes a ser a infâmia do povo;
Ez 36:4 portanto, ouvi, ó montes de Israel, a palavra do Senhor Deus:
Assim diz o Senhor Deus
aos montes e aos outeiros, às correntes d'água e aos vales,
aos desertos assolados e às cidades desamparadas,
que se tornaram presa e escárnio
para o resto das nações que estão ao redor delas;
Ez 36:5 portanto, assim diz o Senhor Deus:
Certamente no fogo do meu zelo falei contra o resto das nações,
e contra todo o Edom, que se apropriaram da minha terra,
com toda a alegria de seu coração,
e com menosprezo da alma,
para a lançarem fora a rapina;
Ez 36:6 portanto, profetiza sobre a terra de Israel,
e dize aos montes e aos outeiros, às correntes d'água e aos vales:
Assim diz o Senhor Deus:
Eis que falei no meu zelo e no meu furor,
porque levastes sobre vós o opróbrio das nações.
Ez 36:7 Portanto, assim diz o Senhor Deus:
Eu levantei a minha mão, jurando:
Certamente as nações que estão ao redor de vós
levarão o seu opróbrio sobre si mesmas.
Ez 36:8 Mas vós, ó montes de Israel, vós produzireis os vossos ramos,
e dareis o vosso fruto para o meu povo de Israel,
pois já está prestes a vir.
Ez 36:9 pois eis que eu estou convosco,
e eu me voltarei para vós, e sereis lavrados e semeados;
Ez 36:10 e multiplicarei homens sobre vós,
a toda a casa de Israel, a toda ela;
e as cidades serão habitadas,
e os lugares devastados serão edificados.
Ez 36:11 Também sobre vós multiplicarei homens e animais,
e eles se multiplicarão, e frutificarão.
E farei que sejais habitados como dantes,
e vos tratarei melhor do que nos vossos princípios.
Então sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 36:12 E sobre vós farei andar homens, o meu povo de Israel;
eles te possuirão, e tu serás a sua herança,
e nunca mais os desfilharás.
Ez 36:13 Assim diz o Senhor Deus:
Visto como vos dizem:
Tu devoras os homens, e tens desfilhado a tua nação;
Ez 36:14 por isso tu não devorarás mais os homens,
nem desfilharás mais a tua nação, diz o Senhor Deus.
Ez 36:15 Não te permitirei ouvir mais a afronta das nações;
 e não levaras mais sobre ti o opróbrio dos povos,
nem farás tropeçar mais a tua nação, diz o Senhor Deus.
Ez 36:16 Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 36:17 Filho do homem, quando a casa de Israel
habitava na sua terra, então eles a contaminaram
com os seus caminhos e com as suas ações.
Como a imundícia de uma mulher em sua separação,
tal era o seu caminho diante de mim.
Ez 36:18 Derramei, pois, o meu furor sobre eles,
por causa do sangue que derramaram sobre a terra,
e porque a contaminaram com os seus ídolos;
Ez 36:19 e os espalhei entre as nações, e foram dispersos pelas terras;
conforme os seus caminhos, e conforme os seus feitos,
eu os julguei.
Ez 36:20 E, chegando às nações para onde foram,
profanaram o meu santo nome, pois se dizia deles:
São estes o povo do Senhor,
e tiveram de sair da sua terra.
Ez 36:21 Mas eu os poupei por amor do meu santo nome,
que a casa de Israel profanou entre as nações para onde foi.
Ez 36:22 Dize portanto à casa de Israel:
Assim diz o Senhor Deus:
Não é por amor de vós que eu faço isto, o casa de Israel;
mas em atenção ao meu santo nome,
que tendes profanado entre as nações
para onde fostes;
Ez 36:23 e eu santificarei o meu grande nome,
que foi profanado entre as nações,
o qual profanastes no meio delas;
e as nações saberão que eu sou o Senhor,
diz o Senhor Deus,
quando eu for santificado aos seus olhos.
Ez 36:24 Pois vos tirarei dentre as nações,
 e vos congregarei de todos os países,
e vos trarei para a vossa terra.
Ez 36:25 Então aspergirei água pura sobre vós,
e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias,
e de todos os vossos ídolos, vos purificarei.
Ez 36:26 Também
vos darei um coração novo,
e porei dentro de vós um espírito novo;
e tirarei da vossa carne o coração de pedra,
e vos darei um coração de carne.
Ez 36:27 Ainda porei dentro de vós o meu Espírito,
e farei que andeis nos meus estatutos,
e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis.
Ez 36:28 E habitareis na terra que eu dei a vossos pais,
e vós sereis o meu povo,
e eu serei o vosso Deus.
Ez 36:29 Pois eu vos livrarei de todas as vossas imundícias;
e chamarei o trigo, e o multiplicarei,
e não trarei fome sobre vós;
Ez 36:30 mas multiplicarei
o fruto das árvores, e a novidade do campo,
para que não mais recebais o opróbrio da fome
entre as nações.
Ez 36:31 Então vos lembrareis
dos vossos maus caminhos,
e dos vossos feitos que não foram bons;
e tereis nojo em vós mesmos das vossas iniqüidades
e das vossas abominações.
Ez 36:32 Não é por amor de vós que eu faço isto, diz o Senhor Deus,
notório vos seja;
envergonhai-vos, e confundi-vos
por causa dos vossos caminhos, ó casa de Israel.
Ez 36:33 Assim diz o Senhor Deus:
No dia em que eu vos purificar de todas as vossas iniqüidades,
então farei com que sejam habitadas as cidades
e sejam edificados os lugares devastados.
Ez 36:34 E a terra que estava assolada será lavrada,
em lugar de ser uma desolação aos olhos de todos
os que passavam.
Ez 36:35 E dirão:
Esta terra que estava assolada tem-se tornado
como jardim do Eden;
e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas,
estão fortalecidas e habitadas.
Ez 36:36 Então as nações que ficarem de resto
em redor de vós saberão que eu, o Senhor,
tenho reedificado as cidades destruídas,
e plantado o que estava devastado.
Eu, o Senhor, o disse, e o farei.
Ez 36:37 Assim diz o Senhor Deus:
Ainda por isso serei consultado da parte da casa de Israel,
que lho faça; multiplicá-los-ei como a um rebanho.
Ez 36:38 Como o rebanho para os sacrifícios,
como o rebanho de Jerusalém nas suas solenidades,
assim as cidades desertas se encherão de famílias;
e saberão que eu sou o Senhor.
O Senhor continua a falar nos versos finais deste capítulo, vs. 37 e 38, que ainda cederia à súplica da nação de Israel e que faria isso por eles, ou seja, tornaria o seu povo tão numeroso como as ovelhas, como os grandes rebanhos destinados às ofertas das festas fixas de Jerusalém.
Dessa forma, sendo ricamente abençoados as suas cidades antes desertas e assoladas se encheriam de famílias e, nesse momento, saberiam, novamente que Deus é o Senhor.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Ezequiel 35:1-15 - EDOM CONDENADA A SE TORNAR UM DESERTO ABANDONADO

Em nossa leitura, nos encontramos aqui, na terceira e última parte “III”, na seção “A”, na subseção “4”, no capítulo 35. O livro de Ezequiel é composto de 48 capítulos.
Ressaltamos que já vimos:
·         Os oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·         Uma seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição de outras nações.
E agora, estamos vendo a terceira e última parte de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas futuras bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio).
Parte III - FUTURAS BÊNÇÃOS PARA JUDÁ E JERUSALÉM (31.1-48.35).
A. A queda e a restauração de Judá (33.1-39.29).
Recapitulando, nós falamos que do capítulo 33 até ao capítulo 39, estaremos vendo a queda e a restauração de Judá a qual foi dividia em oito seções principais, que estão sendo nossas subdivisões: 1. Ezequiel novamente vocacionado como atalaia (33.1-20) – já vimos; 2. A queda de Judá e dois grupos de israelitas (33.21-33) – já vimos; 3. Pastores do passado e do futuro (34.1-31) – já vimos; 4. A condenação de Edom (35.1-15) – veremos agora; 5. Urna profecia aos montes de Israel (36.1-38); 6. A ressurreição dos ossos secos (37.1-14); 7. Junção de dois pedaços de madeira (37.15-28); e, 8. Vitória na batalha futura (38.1-39.29).
4. A condenação de Edom (35.1-15).
Este capítulo falará da condenação de Edom. Veremos um oráculo contra o monte Seir, isto é, Edom (Gn 32.3 36.8-9; Nm 24.18; 2Cr 20.2,10; 25,14). Novamente veio ao filho do homem a palavra do Senhor para ele dirigir o seu rosto contra o monte Seir e profetizar contra ele.
O monte Seir é um nome usado como sinónimo para Edom. Edom ficava localizado junto à margem da terra arável a sudeste do mar Morto. Seir era a cadeia de montanhas mais importante do país (35.15; Gn 32.3; 26.8,9; Dt 2.8; Jz 5.4; 2Cr 20.10,22-23; 25.14).
Dos versos de 3 ao 8, Ezequiel, falando pelo Senhor os exorta da gravidade de seus erros que iam se acumulando e que em consequência, o Senhor faria vir sobre eles terrível juízo. Deus faria desertas as suas cidades, as assolaria e saberiam quem é o Senhor – vs. 4.
Eles estavam guardando perpetua inimizade, entregando os filhos de Israel ao poder da espada no tempo da calamidade deles, nos tempos do seu castigo final, por isso o Senhor chega a jurar por si mesmo que os preparará para o sangue e este os perseguirá.
Do monte Seir faria Deus uma grande assolação, um espanto e exterminaria dele todo o que nele passasse e que por ele voltasse e assim encheria os seus montes com os seus mortos, nos outeiros, nos seus vales e em todas as suas correntes de água, cairiam os seus mortos à espada.
As suas desolações seriam perpétuas e não seriam mais habitadas as suas cidades, então, neste exato momento, saberiam que o Senhor é Deus – vs. 9.
Contrastando o vs. 10, com Dt 2.2-8, veremos que Israel fora proibido de tomar o território de Edom porque Deus o havia dado aos descendentes de Esaú, mas aqui, Esaú estava tendo a pretensão de tomar os dois povos do Senhor, Israel e Judá, mesmo sabendo que Deus estava ali.
Em função disso, o Senhor tomou as dores de Israel e Judá e se irou contra Edom e sua arrogância em querer subjugá-los. O Senhor haveria de proceder contra eles na mesma intensidade do ódio deles e da inveja que se desbotava.
Quando isso fosse acontecer, o Senhor daria a se conhecer a Israel e Judá enquanto eles iam sendo julgados pelo Senhor. Somente aqui é que virão a saber que o Senhor é Deus, quando não houvesse mais jeito algum de voltar atrás.
O Senhor não é surdo e está atento a tudo. Ele ouviu as blasfêmias deles que proferiram contra os montes de Israel dizendo que já estavam em suas mãos e que agora iriam ser pasto deles. Engrandeceram-se com suas bocas e o Senhor os ouviu e os julgou.
Edom seria assolada terrivelmente porque riram e se alegraram contra Israel que foi desolada. O Senhor haveria de fazer de Edom uma grande desolação e assolação. E novamente diz que eles saberão que é o Senhor quando tudo isso acontecesse – vs. 15.
Vejamos um pouco mais sobre Edom, sua localização antiga e atual.
Em Gênesis 36, a Bíblia nos relata que Esaú separou-se de seu irmão Jacó e habitou com sua família na montanha de Seir.
Seir era um Horeu da tribo dos Horeus, que habitavam a região sul do Mar Morto. O Monte Seir, que significa áspero, é uma cordilheira que se estende desde o sul do Mar Morto até o braço oriental do Mar Vermelho. Tem 160 km de comprimento por 32 km de largura. Sua altura média está a 600 metros acima do nível do mar. As suas rampas e vales foram primitivamente habitados pelos Horeus. Depois que Esaú chegou a este terra, ele deu origem a nação de Edom. Hoje, essa região pertence à Jordânia, e sua principal cidade é Petra, uma das sete maravilhas do mundo moderno.
Edom é o outro nome de Esaú, e significa Vermelho, pelo motivo da cor vermelha da sopa de lentilhas, pela qual ele vendeu a Jacó o seu direito de primogenitura. Edom primitivamente se chamava "Monte Seir" e era habitado pelos Horeus. É uma região de profundos vales e de férteis planícies, com um clima magnífico, mas o aspecto geral do país é áspero e inculto. No Novo Testamento, Edom era conhecida como Iduméia, e seus habitantes eram os Idumeus. Os Idumeus eram um povo guerreiro, habitantes das cavernas, como tinham sido os Horeus, a quem eles haviam afugentados daqueles sítios, sendo além disso idólatras. Eles recusaram aos hebreus a passagem pelo seu território e foram acusados de inveterado ódio para com o povo israelita.
Em tempos posteriores, o território de Edom (ou Iduméia) estendia-se desde o deserto da Arábia até o Mediterrâneo. Era Bozra (Bezer) a capital, mas a principal fortaleza era Petra (Sela).
As palavras dos profetas foram completamente cumpridas - "Edom se fará um deserto abandonado" (Jr 49.17; Jl 3.19). É hoje de tal sorte o deserto de Edom, que a gente se espanta, e pergunta como é que uma região tão estéril e acidentada pôde, em tempos antigos, ser adornada de cidades e habitada por um poderoso e opulento povo. O seu atual aspecto devia desmentir a sua história, se essa história não fosse confirmada por muitos vestígios de sua primitiva grandeza, pelos sinais de uma antiga cultura, isto é, pelas ruínas de cidades e fortificações, vendo-se ainda também os restos de muralhas e de estradas empedradas.[1]
Ez 35:1 Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 35:2 Filho do homem, dirige o teu rosto contra o monte Seir,
e profetiza contra ele.
Ez 35:3 E dize-lhe:
Assim diz o Senhor Deus:
Eis que eu estou contra ti, ó monte Seir,
e estenderei a minha mão contra ti,
e te tornarei em desolação e espanto.
Ez 35:4 Farei desertas as tuas cidades, e tu serás assolado;
e saberás que eu sou o Senhor.
Ez 35:5 Pois que guardaste perpétua inimizade,
e entregaste os filhos de Israel ao poder da espada
no tempo da sua calamidade,
no tempo do castigo final;
Ez 35:6 por isso vivo eu, diz o Senhor Deus,
que te prepararei para sangue,
e o sangue te perseguirá;
visto que não aborreceste o sangue,
por isso o sangue te perseguirá.
Ez 35:7 Farei do monte Seir um espanto e uma desolação,
e exterminarei dele o que por ele passar,
e o que por ele voltar;
Ez 35:8 e encherei os seus montes dos seus mortos;
nos teus outeiros, e nos teus vales,
e em todas as tuas correntes d'água cairão
os mortos à espada.
Ez 35:9 Em desolações perpétuas te porei,
e não serão habitadas as tuas cidades.
Então sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 35:10 Visto como dizes:
Estes dois povos e estas duas terras serão meus,
e havemos de possuí-los,
sendo que o Senhor se achava ali;
Ez 35:11 portanto, vivo eu, diz o Senhor Deus,
que procederei conforme a tua ira,
e conforme a tua inveja, de que usaste,
no teu ódio contra eles;
e me darei a conhecer entre eles, quando eu te julgar.
Ez 35:12 E saberás que eu, o Senhor,
ouvi todas as tuas blasfêmias,
que proferiste contra os montes de Israel, dizendo:
Já estão assolados, a nós nos são entregues por pasto.
Ez 35:13 Vós vos engrandecestes contra mim com a vossa boca,
e multiplicastes as vossas palavras contra mim.
Eu o ouvi.
Ez 35:14 Assim diz o Senhor Deus:
Quando a terra toda se alegrar, a ti te farei uma desolação.
Ez 35:15 Como te alegraste com a herança da casa de Israel,
porque foi assolada, assim eu te farei a ti:
assolado serás, ó monte Seir, e todo o Edom,
sim, todo ele;
e saberão que eu sou o Senhor.
Os povos pecam, passam dos limites, abusam da confiança e da oportunidade, não se arrependem, mesmo sabendo que o Senhor existe e que é fiel e julga todas as coisas. Preferem acreditar que tudo irá dar certo ao final, mesmo sendo os meios e os fins malévolos.
Na verdade, não se importam e desprezam o Senhor que não esquece e que a cada um retribui conforme as suas obras. Parece-me que a falta de punição tempestiva favorece um andar leviano ou revela a verdadeira natureza maligna de todos nós.
Todos iremos nos dobrar diante do Senhor, pena que tardiamente quando não houver mais jeito, nem oportunidade – “e saberão que eu sou o Senhor quando...”. No entanto, há ainda tempo e o dia de se arrepender se chama hoje! (Hb 3.7). Vai desprezar novamente? Melhor, não.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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domingo, 3 de maio de 2015

Ezequiel 34:1-31 - AI DOS PASTORES QUE APASCENTAM A SI MESMO ...

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veremos agora o capítulo 34.
Ressaltamos que já vimos:
·         Os oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·         Uma seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição de outras nações.
E agora, estamos na terceira e última parte de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas futuras bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio):
Parte III - FUTURAS BÊNÇÃOS PARA JUDÁ E JERUSALÉM (31.1-48.35) - continuação.
Também já dissemos que Ezequiel explicou que, depois que o exílio chegasse ao fim, o templo e Jerusalém seriam gloriosamente restaurados e o povo de Deus seria reunido e abençoado como nunca antes. Seriam as futuras bênçãos para Judá e Jerusalém.
Esta parte III, seguindo a estruturação proposta pela BEG, também dividiremos em duas partes principais: A. A queda e a restauração de Judá (33.1-39.29) – estamos vendo agora; e B. A visão de Jerusalém restaurada (40.1-48.35).
A. A queda e a restauração de Judá (33.1-39.29) - continuação.
Falamos que deste até o capítulo 39, estaremos vendo a queda e a restauração de Judá. Ezequiel desenvolverá o tema do futuro de Judá após o exílio em oito seções principais, que serão nossas subdivisões: 1. Ezequiel novamente vocacionado como atalaia (33.1-20) – já vimos;  2. A queda de Judá e dois grupos de israelitas (33.21-33) – já vimos; 3. Pastores do passado e do futuro (34.1-31) – veremos agora; 4. A condenação de Edom (35.1-15); 5. Urna profecia aos montes de Israel (36.1-38); 6. A ressurreição dos ossos secos (37.1-14); 7. Junção de dois pedaços de madeira (37.15-28); e, 8. Vitória na batalha futura (38.1-39.29).
3. Pastores do passado e do futuro (34.1-31).
Até o versículo 31 deste capítulo, veremos uma palavra profética dirigida aos pastores do passado e do futuro. Ezequiel chama a atenção para a terrível liderança do passado e para o plano de Deus de substituí-la pelo seu próprio cuidado direto por meio de um futuro filho de Davi (34.24). Essa profecia foi e será cumprida em Cristo, o grande pastor das ovelhas (Jo 10.11-14).
A palavra do Senhor veio ao seu profeta para se dirigir especificamente aos pastores de Israel. Ele deveria dizer-lhes uma série de exortações que começavam com um “Ai”.
Vamos relembrar o que já dissemos se tratar um “ai”, conforme a BEG:
Quando o julgamento de Deus era particularmente severo, os profetas expressavam ais.
Esses discursos normalmente eram bastante semelhantes aos oráculos de julgamento (identificação do destinatário, acusações e sentenças) com o acréscimo de um clamor de “ai”.
Advertiam sobre coisas terríveis que aconteceriam quando as maldições sobreviessem (Is 3.9-11; 5,8-22; Ez 13.3-18: Os 7.13; Na 3.1).
As ovelhas que estão fracas, machucadas ou doentes são objeto particular da atenção do pastor; é despendido considerável esforço para cuidar delas.
No mundo antigo, um ideal da monarquia era cuidar do povo como um pastor. O pobre e o oprimido eram objeto particular do cuidado real - 22.7. Entretanto, os reis de Jerusalém, em vez de aliviar a opressão e a exploração, com muita frequência eram achados entre os principais opressores.
Vejamos algumas características desses pastores infiéis.
·         Apascentavam a si mesmos!
·         Comiam a gordura, se vestiam da lã e abatiam os melhores animais.
·         A fraca não fortalecia, a doente não curava, a quebrada não ligava, a desgarrada não tornava a trazer, e a perdida não buscava.
·         No entanto, dominavam sobre elas com rigor e dureza.
Em consequência, as ovelhas que eram para ser pastoreadas e cuidadas:
·         Tornavam-se pasto a todas as feras do campo, porquanto se espalhavam.
·         Andavam desgarradas por todos os montes, e por todo alto outeiro; espalhadas por toda a face da terra.
·         Não tinham quem as procurasse, ou as buscasse.
Por causa disso, o Senhor jurou, verso oito, que porquanto suas ovelhas tinham sido entregues à rapina, e as suas ovelhas vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e, ainda porque os seus pastores não procuravam as suas ovelhas, pois estavam muito ocupados apascentando-se a si mesmos e não apascentando as suas ovelhas:
·         Deus seria contra os pastores.
·         Deus iria requerer de suas mãos as suas ovelhas.
·         Deus retiraria deles essa função de pastoreio para que assim não se apascentassem mais a si mesmos.
·         Deus iria agir em favor das ovelhas, livrando elas dos pastores vorazes e famintos.
Deus sempre teve cuidado por seu povo, desde o princípio foi assim. No tempo que ele levantou Noé, Abraão, Moisés, seu cuidado sempre foi com o seu rebanho e lhes suscitavam líderes que amavam o rebanho e eram capazes de até morrer por eles em intercessão.
Deus não levantou Moisés por causa de Moisés, mas por causa de seu povo! Já, por exemplo, Saul é um péssimo exemplo de liderança, pois que este desprezava o povo e Deus e somente queria as glórias e honras. Moisés, Josué, Davi e tantos outros são bem diferentes mesmo, pois tinham cuidado do povo de Deus.
Deus também acabou desprezando os pastores que desprezavam o rebanho de Deus e tendo colocado de lado os pastores infiéis, Deus tomou sobre si mesmo o papel de pastor. Compare com a parábola do bom pastor que procurava a sua ovelha perdida (Lc 15.3-7).
Quantos não foram os sermões e pregações, livros e comentários baseados nesse amor tão lindo que ele nos ensina nessa parábola que ele tem por suas ovelhas a ponto de ir atrás da desgarrada e juntá-la novamente ao rebanho.
Eu sempre vou me lembrar de minha mãe que entendeu e procura aplicar a palavra de Deus indo atrás da desgarrada. O Senhor agiria semelhantemente aos pastores de rebanho verdadeiros que cuidam mesmo das suas ovelhas e iria atrás delas livrando-as de todos os lugares por onde foram espalhadas no dia de nuvens e escuridão, ou seja, nuvens e escuridão aqui representam uma linguagem comumente associada ao dia do Senhor (JI 92. Sl 1.5; cf. Ex 25.18,21; Dt 4.11; 5.22-23; 1Rs 8.12: Sl 97.2; Is 60.2: Jr 13.16: 23.21; Am 5.18-20).
No cuidado de Deus, como pastor, ele nos ensina como pastorear o seu rebanho – vs. 13 ao 16:
·         Tirando-as para fora dos povos, e as congregando dos países.
·         Introduzindo-as na sua terra.
·         Apascentando-as sobre os montes de Israel, junto às correntes d'água, e em todos os lugares habitados da terra.
ü  Com bons pastos nos altos montes de Israel.
ü  Com bom curral onde seria ali o seu lugar de segurança e de repouso.
ü  Com bons pastos gordos nos montes de Israel.
Seria Deus mesmo que agora apascentaria as suas próprias ovelhas, o seu próprio rebanho onde também as faria repousar. Ele continua a nos ensinar o que deve um pastor de verdade fazer com as ovelhas dele, do Senhor:
·         Buscar a perdida.
·         Trazer de volta a desgarrada.
·         Curar a quebrada.
·         Fortalecer a enferma.
·         Vigiar a gorda e a forte.
·         Apascentá-las com justiça.
O Senhor diz para as ovelhas – vs. 17 - que o seu julgamento não estava restrito apenas aos pastores, mas incluiria também o rebanho, as suas próprias ovelhas.
Alguns dos que pertenciam ao rebanho haviam maltratado e oprimido outros; estes eram provavelmente os membros da classe poderosa e rica da sociedade de Jerusalém. Compare com a situação na restauração da comunidade (Ne 5).
As ovelhas estavam se ferindo e se atacando e as mais fortes e AS gordas atacavam as mais fracas e magras como que querendo as afastar dali para ficarem só para elas a boa ração. Deus promete então julgar entre ovelhas e ovelhas – vs. 22.
Essa promessa de restauração (6.10-16) do suscitamento de um só pastor para as apascentar olha além, para o reino messiânico que é a essência da mensagem bíblica, desde Gênesis.
O servo de Deus, alguém como Davi – vs. 23 e 24 -, reinaria em paz, justiça e prosperidade além do que fora conhecido durante o reinado do Davi histórico.
Nenhum descendente de Davi no período da restauração cumpriu a descrição profética de Ezequiel sobre o futuro de Israel; os escritores do Novo Testamento identificaram Jesus como sendo esse bom pastor.
Como os profetas repetiram muitas vezes, o futuro de Israel estava diretamente ligado ao futuro da linhagem de Davi. Depois do exílio, o grande Filho de Davi se levantaria e reinaria sobre Israel e, finalmente, sobre toda a terra (cf. Am 9.11-15).
Com elas, ele faria um pacto, uma aliança de paz – vs. 25. Isso, na verdade, era uma simbologia do Paraiso restaurado.
Os versículos que se seguem – vs. 25 em diante - especificam o que essa aliança acarretaria; ela incluiria segurança e abundância de alimento. Essa afiança após o exílio é idêntica a ‘nova aliança’ prometida por Jeremias (Jr 31.13).
Serão novas eras pelas quais temos aguardado há muito tempo e pela qual morreram muitas vidas sem ver o cumprimento dessa promessa de justiça na terra.
A subjugação dos animais selvagens era uma reminiscência do estado original da humanidade no jardim. Os animais selvagens representavam um perigo especial quando as maldições pactuais se realizaram e proteção contra elas era uma importante bênção da aliança (Lv 26.6; Dt 33.20; Jz 14.5-6: 1Sm 17.34-37; 1 Rs 13.24-28; 20.36; 2Rs 2.24; 17.25-26; Sl 7.2; 10.9: 17.12; Pv 28.15; Is 31.4; Jr 5.6; Lm 3.10; Os 13 8; Am 3.4,8 12; 5.19; Mq 5.8; cf. Is 11.6-9; 65.25). O mal então terá sido vencido e derrotado.
A prosperidade no campo (as chuvas a seu tempo; as chuvas de bênçãos; as árvores do campo dando o seu fruto, e a terra dando a sua novidade, e estando seguras na sua terra;) era um tema comum a respeito dos últimos dias (vs. 25-29).[1]
No verso 27, 30 e no verso 34, Deus diz que eles saberão que o Senhor é Deus, quando ele quebrar os canzis do seu jugo, livrando-os das mãos dos que a subjugavam. E promete:
·         Não servirão mais de presa aos gentios.
·         Não serão mais devorados pelos animais da terra.
·         Habitarão com segurança.
·         Ninguém haverá que os espante.
·         Levantará para eles uma plantação de renome.
·         Nunca mais serão consumidos pela fome na terra.
·         Nunca mais levariam sobre si o opróbrio das nações.
A aliança de Deus com os israelitas era de que ele seria o seu Deus e eles seriam o seu povo (11.20; 36.28; Ex 6.7; Lv 26.12; Dt 7.6; 14. 2.21; 27.9; 29.13; Sl 30.7; Is 51.22; Jr 7.23; 11.4; 30.22; Jl 2.27). Amor e lealdade mútuos ligavam Deus ao seu povo arrependido.
Ez 34:1 Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 34:2 Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel;
profetiza, e dize aos pastores:
Assim diz o Senhor Deus:
Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos!
Não devem os pastores apascentar as ovelhas?
Ez 34:3 Comeis a gordura, e vos vestis da lã;
matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.
Ez 34:4 A fraca não fortalecestes,
a doente não curastes,
a quebrada não ligastes,
a desgarrada não tornastes a trazer,
e a perdida não buscastes;
mas dominais sobre elas com rigor e dureza.
Ez 34:5 Assim se espalharam, por não haver pastor;
e tornaram-se pasto a todas as feras do campo,
porquanto se espalharam.
Ez 34:6 As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes,
e por todo alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram
espalhadas por toda a face da terra,
sem haver quem as procurasse, ou as buscasse.
Ez 34:7 Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor:
Ez 34:8 Vivo eu, diz o Senhor Deus, que porquanto as minhas ovelhas
foram entregues à rapina, e as minhas ovelhas
vieram a servir de pasto a todas as feras do campo,
por falta de pastor,
e os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas,
pois se apascentaram a si mesmos,
e não apascentaram as minhas ovelhas;
Ez 34:9 portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor:
Ez 34:10 Assim diz o Senhor Deus:
Eis que eu estou contra os pastores; d
as suas mãos requererei as minhas ovelhas,
e farei que eles deixem de apascentar as ovelhas,
de sorte que não se apascentarão mais a si mesmos.
Livrarei as minhas ovelhas da sua boca,
para que não lhes sirvam mais de pasto.
Ez 34:11 Porque assim diz o Senhor Deus:
Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas, e as buscarei.
Ez 34:12 Como o pastor busca o seu rebanho,
no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas,
assim buscarei as minhas ovelhas.
Livrá-las-ei de todos os lugares por onde foram espalhadas,
no dia de nuvens e de escuridão.
Ez 34:13 Sim, tirá-las-ei para fora dos povos,
e as congregarei dos países,
e as introduzirei na sua terra,
e as apascentarei sobre os montes de Israel,
junto às correntes d'água,
e em todos os lugares habitados da terra.
Ez 34:14 Em bons pastos as apascentarei,
e nos altos montes de Israel será o seu curral;
deitar-se-ão ali num bom curral,
e pastarão em pastos gordos nos montes de Israel.
Ez 34:15 Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas,
e eu as farei repousar, diz o Senhor Deus.
Ez 34:16 A perdida buscarei,
e a desgarrada tornarei a trazer;
a quebrada ligarei,
e a enferma fortalecerei;
e a gorda e a forte vigiarei.
Apascentá-las-ei com justiça.
Ez 34:17 Quanto a vós, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor Deus:
Eis que eu julgarei entre ovelhas e ovelhas,
entre carneiros e bodes.
Ez 34:18 Acaso não vos basta fartar-vos do bom pasto,
senão que pisais o resto de vossos pastos aos vossos pés?
e beber as águas limpas,
senão que sujais o resto com os vossos pés?
Ez 34:19 E as minhas ovelhas hão de comer o que haveis pisado,
e beber o que haveis sujado com os vossos pés.
Ez 34:20 Por isso o Senhor Deus assim lhes diz:
Eis que eu, eu mesmo, julgarei entre a ovelha gorda e a ovelha magra.
Ez 34:21 Porquanto com o lado e com o ombro dais empurrões,
e com as vossas pontas escorneais todas as fracas,
até que as espalhais para fora,
Ez 34:22 portanto salvarei as minhas ovelhas,
e não servirão mais de presa;
e julgarei entre ovelhas e ovelhas.
Ez 34:23 E suscitarei sobre elas um só pastor para as apascentar,
o meu servo Davi.
Ele as apascentará, e lhes servirá de pastor.
Ez 34:24 E eu, o Senhor, serei o seu Deus,
e o meu servo Davi será príncipe no meio delas;
eu, o Senhor, o disse.
Ez 34:25 Farei com elas um pacto de paz;
e removerei da terra os animais ruins,
de sorte que elas habitarão em segurança
no deserto, e dormirão nos bosques.
Ez 34:26 E delas e dos lugares ao redor do meu outeiro
farei uma bênção; e farei descer a chuva a seu tempo;
chuvas de bênçãos serão.
Ez 34:27 E as árvores do campo darão o seu fruto,
e a terra dará a sua novidade,
e estarão seguras na sua terra;
saberão que eu sou o Senhor,
quando eu quebrar os canzis do seu jugo
e as livrar da mão dos que se serviam delas.
Ez 34:28 Pois não servirão mais de presa aos gentios,
nem as devorarão mais os animais da terra;
mas habitarão seguramente,
e ninguém haverá que as espante.
Ez 34:29 Também lhes levantarei uma plantação de renome,
e nunca mais serão consumidas pela fome na terra,
nem mais levarão sobre si o opróbrio das nações.
Ez 34:30 Saberão, porém, que eu, o Senhor seu Deus,
estou com elas, e que elas são o meu povo,
a casa de Israel, diz o Senhor Deus.
Ez 34:31 Vós, ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto,
sois homens, e eu sou o vosso Deus, diz o Senhor Deus.
Todo pastor que tem um chamado de Deus deve decorar e estudar este capítulo e entendê-lo. Deus ama o seu povo e por ele enviou o seu Filho amado para salvá-lo e conduzi-lo a Deus.
Se você é pastor, negue-se a si mesmo, esqueça-se de si e vá cuidar do rebanho que Deus lhe confiou, buscando a perdida, trazendo de volta a desgarrada, curando a quebrada, fortalecendo a enferma, vigiando a gorda e a forte e as apascentando sempre com justiça.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br




[1] A BEG recomenda nesse momento a leitura de seu artigo teológico ''O plano das eras”, em Hb 7.
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sábado, 2 de maio de 2015

CONVITE PARA FEIRA CULTURAL DOS CORREIOS

                                    ### CONVITE ###
Acontecerá a Feira Cultural Alusiva ao Dia Nacional das Comunicações no período de 05/05 a 07/05, no Edifício Sede dos Correios. Dentro da programação, está prevista a exposição de trabalhos e produtos dos Talentos Internos, que acontecerá nos dias 06 e 07/05, de 11h30 às 14h00, na Área Externa do Edifício Sede dos Correios.

Esta ação é  coordenada pela Gerência Corporativa de Gestão das Ações de Bem-Estar no Trabalho – GBEM, que visa descobrir e valorizar as diversas formas de expressão artístico-cultural dos empregados.

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