Continuamos na parte II de cinco de nossa
divisão proposta, que vai tratar do diálogo entre Jó e os seus amigos. Jó se
defendendo e seus amigos o acusando ao invés de consolá-lo – Jó 6:14.
Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E
SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
B. O primeiro ciclo de discursos
– 4:1 – 14:22.
Nessa primeira série de discursos, como já
dissemos, se fará referência a muitas perspectivas diferentes e possíveis
explicações, mas todas serão insuficientes.
Dividimos essa parte “B”, como na BEG, em seis:
1. Elifaz – 4:1 – 5:27 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 6:1 – 7:21 –
estamos vendo agora. 3. Bildade – 8:1 – 22. 4. A resposta de Jó a Bildade – 9:1
– 10:22. 5. Zofar – 11:1 – 20. 6. A resposta de Jó a Zofar – 12:1 – 14:22.
2. A resposta de Jó a Elifaz – 6:1 – 7:21 - continuação.
Jó, na primeira parte de sua resposta ao
primeiro discurso de seu amigo Elifaz, se defendeu das acusações e se
justificou alegando a sua inocência, ou seja, não via ele, Jó, motivos naturais
para tanto sofrimento.
Vimos que não havia necessidade, como nunca
haverá de tantas explicações, no entanto, elas são boas para o leitor e para
nós que estudamos a Bíblia por conhecer a mente de um homem de fé, que não
abria mão de sua consciência de jeito nenhum.
Tendo falado a Elifaz, agora Jó se volta
para Deus em seu discurso e começa falando da sua temporalidade.
Se nos atentarmos ao Salmos 8 e ao Salmos
90:12, veremos, considerando que Jó foi escrito primeiro que Salmos, que ambos
os autores se inspiraram nesse capítulo ao escrevê-lo para nós.
A vida de Jó passava muito rapidamente como
a vida de cada um de nós. De forma mais veloz ainda para os que se envolvem ou
são envolvidos com a guerra que o homem faz sobre a terra desde que é homem e
aprendeu a guerrear.
As disputas das guerras entre os homens sempre
envolvem bens, terras, posses, conquistas, o egoísmo, a vaidade, o orgulho e,
principalmente, a maldade dentro dos corações, pois com a morte do outro, quem
questionará alguma coisa?
Tiago fala porque os homens fazem guerra e
assim tornam sua vida que já é breve, mais breve ainda.
Tiago 4:1 De onde vêm as guerras e pelejas
entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos
vossos membros guerreiam?
Tiago 4:2 Cobiçais, e nada tendes; matais,
e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada
tendes, porque não pedis.
Tiago 4:3 Pedis, e não recebeis, porque
pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.
Jó está falando com Deus, em orações, buscando
entender ou saber porque seu sofrimento, mas Deus permanece calado, mudo, nada
lhe diz, nem envia a ele qualquer alívio ou socorro nesse sentido. Jó se sente
só, mas não desiste em momento algum de sua fé, apesar de sua dor grande.
Ele compreende também que os seus dias, que
são breves, são cheios de vaidade e de trabalho para sustentar essa vaidade. É tudo
canseira e enfado, como o autor de Eclesiastes diz que tudo é vaidade e correr
atrás do vento – Ec 1:2.
Para Jó a noção do tempo é de fato relativa
por causa de sua dor. A noite já não dura cerca de 8 horas, mas parece durar
uma eternidade. Para quem está no prazer e na alegria nem vê o tempo passar,
mas para o que está em suspense ou em prova cada segundo tem o peso de horas.
Por um lado, eles são velozes e se acabam
sem esperança, por outro, eles são eternos e trazem muita dor.
Na sua oração, pede ao Senhor que o
contemple e veja que ele passa e sua vida vai se passando diante dele. Pede então
alívio para que possa desfrutar do pouco tempo que lhe resta de forma saudável
e boa.
Pode-se notar que os seus olhos estão
postos no Senhor e sabe que a sua vida, embora não esteja entendendo nada, está
no controle de Deus que tudo tem noção e conhecimento, inclusive de sua dor e
oração diante de sua face.
Jó nos impressiona por essa sua cosmovisão
naquela época, onde muitos já o teriam abandonado certamente. Jó insiste em
permanecer fiel apesar de tudo.
Jó sabe que Deus está no controle de tudo,
por isso insistem em suas orações e em sustentar os eu discurso.
Jó 7:1 Porventura não tem o homem guerra
sobre a terra?
E
não são os seus dias como os dias do jornaleiro?
Jó
7:2 Como o servo que suspira pela sombra,
e
como o jornaleiro que espera pela sua paga,
Jó
7:3 Assim me deram por herança meses de vaidade;
e
noites de trabalho me prepararam.
Jó
7:4 Deitando-me a dormir, então digo:
Quando me levantarei? Mas comprida é a noite,
e
farto-me de me revolver na cama até à alva.
Jó
7:5 A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó;
a
minha pele está gretada, e se fez abominável.
Jó
7:6 Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão,
e
acabam-se, sem esperança.
Jó
7:7 Lembra-te de que a minha vida é como o vento;
os
meus olhos não tornarão a ver o bem.
Jó
7:8 Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais;
os
teus olhos estarão sobre mim, porém não serei mais.
Jó
7:9 Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce
à
sepultura nunca tornará a subir.
Jó
7:10 Nunca mais tornará à sua casa,
nem
o seu lugar jamais o conhecerá.
Jó
7:11 Por isso não reprimirei a minha boca;
falarei
na angústia do meu espírito;
queixar-me-ei
na amargura da minha alma.
Jó
7:12 Sou eu porventura o mar, ou a baleia,
para
que me ponhas uma guarda?Jó 7:13 Dizendo eu:
Consolar-me-á
a minha cama;
meu
leito aliviará a minha ânsia;
Jó
7:14 Então me espantas com sonhos,
e
com visões me assombras;
Jó
7:15 Assim a minha alma escolheria antes a estrangulação;
e
antes a morte do que a vida.
Jó
7:16 A minha vida abomino, pois não viveria para sempre;
retira-te
de mim; pois vaidade são os meus dias.
Jó
7:17 Que é o homem, para que tanto o engrandeças,
e
ponhas nele o teu coração,
Jó
7:18 E cada manhã o visites,
e
cada momento o proves?
Jó
7:19 Até quando não apartarás de mim,
nem
me largarás, até que engula a minha saliva?
Jó
7:20 Se pequei, que te farei, ó Guarda dos homens?
Por
que fizeste de mim um alvo para ti,
para
que a mim mesmo me seja pesado?
Jó
7:21 E por que não perdoas a minha transgressão,
e
não tiras a minha iniqüidade?
Porque
agora me deitarei no pó,
e
de madrugada me buscarás,
e
não existirei mais.
Jó sente o peso do pecado e manifesta em
sua fala a necessidade do Cristo, seu Salvador, que possa não justificá-lo, o
que seria um contrassenso, mas ser o justificador, àquele que se fará justiça
diante de Deus em seu lugar. Jó está pedindo e clamando por um remidor.
O seu apelo nos remete a Cristo e sua
oração já está sendo respondida a ele, embora ainda o Cristo viria muitos anos
depois dele, quase uns dois mil anos depois. É que a salvação e a justificação
em Cristo não é temporal, mas eterna.
Embora somente ocorra no tempo, em um dado
momento da história, o seu alcance é não temporal, ou seja tanto o passado
quanto o presente quanto o futuro são alcançados pelo seu sacrifício eterno,
tornando-se ele a nossa justiça para sempre!
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Estamos
na parte II de cinco de nossa divisão proposta, que vai tratar do diálogo entre
Jó e os seus amigos. Jó se defendendo e seus amigos o acusando ao invés de
consolá-lo – Jó 6:14.
Parte
II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
B.
O primeiro ciclo de discursos – 4:1 – 14:22.
Como
já dissemos, os discursos fazem referência a muitas perspectivas diferentes e
possíveis explicações, mas todas são insuficientes.
Como
na BEG, dividimos esta extensa parte em seis: 1. Elifaz – 4:1 – 5:27 – já
vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 6:1 – 7:21. 3. Bildade – 8:1 – 22. 4. A
resposta de Jó a Bildade – 9:1 – 10:22. 5. Zofar – 11:1 – 20. 6. A resposta de
Jó a Zofar – 12:1 – 14:22.
2. A resposta de Jó a
Elifaz – 6:1 – 7:21.
Serão
dois capítulos que falarão da resposta de Jó ao primeiro discurso. Para cada
discurso de um de seus amigos, haverá uma resposta de Jó.
Teremos
a oportunidade de ver que Jó repreenderá Elifaz por dizer palavras presunçosas
e insensíveis, além de falsas, a seu respeito 6:1-30. Em seguida, veremos que
ele dirigirá a sua queixa a Deus – 7:1-27.
Elifaz
foi o primeiro a discursar e agora Jó está respondendo a ele. A suma de sua
resposta pode ser notada no vs. 14 que explica nitidamente que um verdadeiro
amigo deveria estar consolando e não sendo peso naquele momento tão delicado e
de profundas dores.
Nem
Jó, nem os seus amigos, eram conhecedores e capazes de dar explicações corretas
sobre o que estava acontecendo, por isso que não tinham nem respostas, nem
sabiam quais seriam as perguntas certas a se fazer naqueles momentos.
A
resposta primeira de Jó é uma defesa das acusações insinuadas e das acusações
de forma direta contra ele. Não haveria necessidades, da parte de Jó, em se
defender, mas ao se defender, nos possibilitou conhecer a sua mente, sua vida,
seus pensamentos e a sua consciência as quais eram retas e perfeitas diante de
Deus.
Ninguém
tem dúvidas de que Jó era pecador como todos nós também o somos, mas havia algo
na vida dele que devemos igualmente viver.
A
sua fé era algo muito forte e sua aproximação com Deus algo invejável. Isso é
que dava forças a Jó para manter-se íntegro diante de sua consciência a despeito
das fortes e bem elaboradas acusações de seus amigos.
Jó
rejeitou cabalmente o que Elifaz lhe falou como algo que se aplicaria ao seu
sofrimento, principalmente aquele argumento perspicaz e agudo que parecia uma
espada afiada de dois gumes que estava penetrando lentamente em suas entranhas,
o ferindo gravemente.
Refiro-me
àquela fala, nos versos 6 e 7, do capítulo 5, de que nem a aflição brotava da
terra, nem a desgraça nascia do chão, isto é, que não haveria sofrimento sem
causa. Logo, se Jó estava sofrendo é porque ele tinha dado causa e isso era tão
certo como as faíscas das brasas que sempre voam para cima.
No
entanto, Jó sabia que sua aflição não estava fora do controle de Deus, por isso
que disse que as flechas do Todo-Poderoso estavam sobre ele – vs. 3 e 4.
No
vs. 25 ele exclama dizendo como eram persuasivas as palavras retas, ou seja, a
diferença entre Jó e seus amigos estava ali resumida.
Quando
lemos os discursos dos amigos, percebemos que eles diziam chavões que muitas
vezes estavam corretos na esfera abstrata, mas que não se aplicavam
necessariamente a Jó. Na verdade, eles o acusavam falsamente de ter levado uma
vida pecaminosa pela qual estaria sendo castigado.
Jó insiste em dizer palavras honestas sobre a sua
vida. Ele não havia abandonado Deus ou vivido de um modo libertino.
Jó
6:1 Então Jó respondeu, dizendo:
Jó 6:2 Oh! se a minha mágoa
retamente se pesasse,
e a minha miséria
juntamente se pusesse numa balança!
Jó 6:3 Porque, na verdade, mais
pesada seria,
do que a areia
dos mares; por isso é que as minhas palavras
têm
sido engolidas.
Jó 6:4 Porque as flechas do
Todo-Poderoso estão em mim,
cujo ardente
veneno suga o meu espírito;
os
terrores de Deus se armam contra mim.
Jó 6:5 Porventura zurrará o
jumento montês junto à relva?
Ou mugirá o boi
junto ao seu pasto?
Jó 6:6 Ou
comer-se-á sem sal o que é insípido?
Ou haverá gosto
na clara do ovo?
Jó 6:7 A minha alma recusa
tocá-las,
pois são para mim
como comida repugnante.
Jó 6:8 Quem dera que se
cumprisse o meu desejo,
e que Deus me
desse o que espero!
Jó 6:9 E que Deus quisesse
quebrantar-me, e soltasse a sua mão,
e me acabasse!
Jó 6:10 Isto ainda seria a minha
consolação, e me refrigeraria no meu
tormento, não me
poupando ele;
porque
não ocultei as palavras do Santo.
Jó 6:11 Qual é a minha força,
para que eu espere?
Ou qual é o meu
fim, para que tenha ainda paciência?
Jó 6:12 E porventura a minha
força a força da pedra?
Ou é de cobre a
minha carne?
Jó 6:13 Está em mim a minha
ajuda?
Ou desamparou-me a verdadeira sabedoria?
Jó 6:14 Ao que está aflito devia
o amigo mostrar compaixão,
ainda ao que
deixasse o temor do Todo-Poderoso.
Jó 6:15 Meus irmãos
aleivosamente me trataram, como um ribeiro,
como a torrente
dos ribeiros que passam,
Jó 6:16 Que estão encobertos com
a geada,
e neles se
esconde a neve,
Jó 6:17 No tempo em que se
derretem com o calor, se desfazem,
e em se
aquentando, desaparecem do seu lugar.
Jó 6:18 Desviam-se as veredas
dos seus caminhos;
sobem ao vácuo, e
perecem.
Jó 6:19 Os caminhantes de Tema
os vêem;
os passageiros de
Sabá esperam por eles.
Jó 6:20 Ficam envergonhados, por
terem confiado
e, chegando ali,
se confundem.
Jó 6:21 Agora sois semelhantes a
eles; vistes o terror, e temestes.
Jó 6:22 Acaso disse eu:
Dai-me ou
oferecei-me presentes de vossos bens?
Jó 6:23 Ou
livrai-me das mãos do opressor?
Ou redimi-me das
mãos dos tiranos?
Jó 6:24 Ensinai-me, e eu me
calarei; e fazei-me entender em que errei.
Jó 6:25 Oh! quão fortes são as
palavras da boa razão!
Mas que é o que
censura a vossa argüição?
Jó 6:26 Porventura buscareis
palavras para me repreenderdes,
visto que as razões
do desesperado são como vento?
Jó 6:27 Mas antes lançais sortes
sobre o órfão;
e cavais uma cova
para o amigo.
Jó 6:28 Agora, pois, se sois
servidos, olhai para mim;
e vede se minto
em vossa presença.
Jó 6:29 Voltai, pois, não haja iniquidade; tornai-vos, digo,
que ainda a minha
justiça aparecerá nisso.
Jó 6:30 Há porventura iniquidade na minha língua?
Ou não poderia o
meu paladar distinguir coisas iníquas?
No
último verso deste capítulo, Jó falou acerca das palavras dos seus amigos como
um alimento ruim e então ele pede a eles que mudem a comida com a qual estavam
se alimentando.
No
próximo capítulo, Jó se voltará para Deus e a ele apresentará as suas queixas
buscando alívio e respostas.
Estamos
na parte II de cinco de nossa divisão proposta, que vai tratar do diálogo entre
Jó e os seus amigos buscando entender o que aconteceu.
Parte
II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
B.
O primeiro ciclo de discursos – 4:1 – 14:22.
Como
já dissemos, os discursos fazem referência a muitas perspectivas diferentes e
possíveis explicações, mas todas são insuficientes. Como na BEG, dividiremos
esta extensa parte em seis: 1. Elifaz – 4:1 – 5:27. 2. A resposta de Jó a
Elifaz – 6:1 – 7:21. 3. Bildade – 8:1 – 22. 4. A resposta de Jó a Bildade – 9:1
– 10:22. 5. Zofar – 11:1 – 20. 6. A resposta de Jó a Zofar – 12:1 – 14:22.
1. Elifaz – 4:1 –
5:27 - continuação.
Sendo
Elifaz o primeiro amigo de Jó a se manifestar, vemos que ele não estava
preocupado com a situação de Jó, mas a situação de Jó muito o incomodava e ele
queria encontrar uma saída e uma explicação que pudesse entender.
A
explicação que ele buscava não estava firmada na verdade, mas em seus
pressupostos os quais defendiam a Deus e jogavam a culpa em Jó.
Jó
teria de estar em pecado ou algo teria de ter acontecido para que Jó tivesse
desagradado muito a Deus e este o estava retribuindo para que ele aprendesse.
Podemos
dividir essa sua parte de sua resposta, neste capítulo em três partes:
Primeira,
nos versos de 1 a 7, Elifaz faz um poema discursivo sobre o tolo, muitas vezes usado por Jó e seus conselheiros.
Elifaz tem Jó em mente, mas não diz isso de modo explícito.
Eu
vejo essa tentativa desses amigos em encontrar respostas um ato de desespero
diante de um fato que exigia, assim parece, uma explicação. Por que isso
aconteceu e aconteceu assim dessa maneira e com essa pessoa?
Eles
buscarão explicações e levantarão hipóteses, mas é como patinar no gelo sem
saber. Você se levanta e cai. Novamente se levanta e cai sem ao menos sair do
lugar.
Como
entender os fatos quanto não temos diante de nós a visão do todo para poder
entender e explicar? E como iremos nos relacionarmos com nosso ser depravado
que habita em nós e está em nós até o dia final? Eclesiastes fala disso, se não
vejamos:
De
natureza - eu creio na Depravação Total -, o homem, todo homem, já é depravado,
por causa do pecado! Para piorar a sua situação mais ainda, nem sempre – ou
quase nunca – é o juízo de Deus executado de imediato sobre ele e assim, seu
coração, já maligno, é ainda mais propenso ao mal e à violência, como diz o
sábio no verso 11 de Eclesiastes 8.
Graças
a Deus que seu fim – o fim do ímpio - está programado e nunca mais será ele
achado na face da terra. Esta é uma promessa sempre presente na maioria dos
livros e profecias bíblicas, principalmente nos Salmos.
Já
no verso 14, desse mesmo capítulo 8 de Eclesiastes, ele afirma algo terrível
que é a existência de justos a quem sucede segundo as obras dos ímpios e, pior
ainda, que há ímpios a quem sucede segundo as obras dos justos. Se juntarmos,
então, a este verso, o 11 comentado acima, meu Deus, que terrível!
Ec
8:11 Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra,
por isso o coração dos filhos dos homens está
inteiramente disposto para fazer o mal.
Ec 8:12 Ainda que o pecador faça o mal cem vezes,
e os dias se lhe prolonguem,
contudo eu sei com certeza,
que bem sucede aos que temem a Deus,
aos que temem diante dele.
Ec 8:13 Porém o ímpio não irá bem,
e ele não prolongará os seus dias,
que são como a sombra;
porque ele não teme diante de Deus.
Ec
8:14 Ainda há outra vaidade que se faz sobre a terra:
que há justos a quem sucede segundo as obras dos
ímpios,
e há ímpios a quem sucede segundo as
obras dos justos.
Digo que também isto é vaidade.
É
por isso que creio no juízo de Deus – eu sempre cri nisso, mesmo quando era
menino e mal sabia diferenciar a esquerda da direita. Volta logo Senhor!
Maranata!
É
somente Deus que tem as respostas certas e mesmo as perguntas certas. No caso
de Jó a ninguém foi dado conhecimento algum do certo, mas eles estavam vivendo
os fatos. Poderiam entender? Deus explicaria? O que eles poderiam fazer diante
disso? Como filtrar o pecado em suas vidas para poder estar livre e assim
entender e explicar?
Os
amigos deveriam estar ali juntos para consolá-lo, abraçá-lo e apoiá-lo nesse
momento e não para buscar explicações. Talvez num segundo momento, conforme
fosse o caso, sim, buscar as respostas, mas sabendo que somos limitados.
Em
nenhum momento do livro de Jó veremos Deus preocupado em querer explicar as
coisas para quem quer que seja, nem mesmo para Jó. Deus somente exigia, como
desde o início, fé e confiança nele de forma plena e cabal, independentemente
de quaisquer circunstâncias, sejam elas boas ou não.
Elifaz
dizia, nos versos 6 e 7 que nem a aflição brotava da terra, nem a desgraça nascia
do chão, isto é, que não haveria sofrimento sem causa. Logo, se estamos
sofrendo é porque o causamos e isso era tão certo como as faíscas das brasas que
sempre voam para cima.
Segunda,
em seguida, dos vs 8 ao 16, Elifaz faz um hino de louvor e confiança pela
bondade de Deus. Isso é muito louvável, mas percebe-se, mesmo aqui, Elifaz
tentando provocar a Jó com seu discurso.
Ele
fala coisas corretas e bem aplicadas, mas com a intenção de provocar a Jó e cutucá-lo
ou lançar-lhe indiretas.
Provérbios
15:23O homem se alegra em
dar resposta adequada, e a palavra, aseutempo, quão boa é!
Provérbios
25:11Como maçãs de ouro em
salvas de prata, assim é a palavra dita aseutempo.
É
bênção a palavra certa dita na hora certa, mas a certa dita na hora errada, é
terrível!
Terceira,
depois, Elifaz constrói um louvor pela disciplina divina. Ele alegra-se com o
modo pelo qual Deus abençoa aqueles a quem castiga. E ele somente castiga aos
que ama e quer corrigir. Já os que sobre eles está determinado o juízo, não há
correções, pelo contrário acumula ainda mais a ira de Deus que, no caso, será
sem misericórdia.
Essa
referência à natureza disciplinadora do sofrimento humano é a única ocorrência nos
discursos dos três conselheiros em que o assunto da disciplina divina é tocado.
Ninguém quer sofrer! Ninguém quer apanhar! E a disciplina funciona como uma boa
surra a fim de nos colocar novamente no caminho certo, no caminho da vida.
Atualmente,
em nosso país, existe a lei da palmada que impede o pai de bater corretivamente
em seu filho, mas não o impede de corrigi-lo e ai o pai terá de ser criativo
para saber lidar com essa nova realidade feita por homens que se dizendo
sábios, mal sabem que durante seus míseros 60 anos, produzirão cerca de 6
toneladas de excremento.
Com
Deus é diferente e as suas palmadas realmente doem e nos colocam nos eixos
novamente. Os que insistem no erro depois de terem sido corrigidos, correm o
risco de se tornarem cauterizados e réus do juízo de Deus.
Elifaz
acredita que essa disciplina é apenas temporária para os que temem a Deus – vs 18.
Com certeza todos cremos nessa temporariedade das correções.
Quão
bom é ser repreendido e corrigido pelo Deus, Pai, que nos ama e que nos corrigi
como nosso pai o faria. A Bíblia, a Palavra de Deus, está repleta de
ensinamentos exaltando as correções e as disciplinas e como isso é bom para
nós, pecadores, seres depravados e carentes da glória de Deus.
Salmos
50:17uma vez que aborreces
adisciplinae
rejeitas as minhas palavras?
Provérbios
3:11Filho meu, não
rejeites adisciplinado SENHOR, nem te enfades da sua
repreensão.
Provérbios
5:12e digas: Como aborreci
o ensino! E desprezou o meu coração adisciplina!
Provérbios
5:23Ele morrerá pela falta
dedisciplina, e, pela sua muita loucura,
perdido, cambaleia.
Provérbios
6:23Porque o mandamento é
lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões dadisciplina são o caminho da vida;
Provérbios
12:1Quem ama adisciplinaama
o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido.
Provérbios
13:24O que retém a vara
aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, odisciplina.
Provérbios
15:10Disciplinarigorosa há para o que deixa a
vereda, e o que odeia a repreensão morrerá.
Provérbios
15:32O que rejeita adisciplinamenospreza
a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento.
Provérbios
22:15A estultícia está
ligada ao coração da criança, mas a vara dadisciplinaa afastará dela.
Provérbios
23:13Não retires da
criança adisciplina, pois,
se a fustigares com a vara, não morrerá.
Provérbios
29:15A vara e adisciplinadão
sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe.
Deus,
ao contrário dos homens, nos disciplina
com amor; já os homens, por isso a lei das palmadas, as correções são muitas
das vezes carregadas com ódio, ignorância e maldade.
Jó
5:1 Chama agora; há alguém que te responda?
E para qual dos santos te
virarás?
Jó 5:2 Porque a
ira destrói o louco;
e
o zelo mata o tolo.
Jó 5:3 Bem vi eu o louco lançar
raízes;
porém logo
amaldiçoei a sua habitação.
Jó 5:4 Seus filhos estão longe
da salvação;
e são
despedaçados às portas, e não há quem os livre.
Jó 5:5 A sua messe, o faminto a
devora,
e até dentre os
espinhos a tira;
e o salteador
traga a sua fazenda.
Jó 5:6 Porque do pó não procede
a aflição,
nem da terra
brota o trabalho.
Jó 5:7 Mas o homem nasce para a
tribulação,
como as faíscas
se levantam para voar.
Jó
5:8 Porém eu buscaria a Deus; e a ele entregaria a minha causa.
Jó 5:9 Ele faz coisas grandes e
inescrutáveis,
e maravilhas sem
número.
Jó 5:10 Ele dá a chuva sobre a
terra, e envia águas sobre os campos.
Jó 5:11 Para pôr
aos abatidos num lugar alto;
e
para que os enlutados se exaltem na salvação.
Jó 5:12 Ele aniquila as
imaginações dos astutos,
para que as suas
mãos não possam levar
coisa
alguma a efeito.
Jó 5:13 Ele apanha os sábios na
sua própria astúcia;
e o conselho dos
perversos se precipita.
Jó 5:14 Eles de dia encontram as
trevas;
e ao meio dia
andam às apalpadelas como de noite.
Jó 5:15 Porém ao necessitado
livra da espada, e da boca deles,
e da mão do forte.
Jó 5:16 Assim há esperança para
o pobre;
e a iniqüidade
tapa a sua boca.
Jó
5:17 Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus repreende;
não desprezes, pois, a correção
do Todo-Poderoso.
Jó 5:18 Porque ele faz a chaga,
e ele mesmo a liga;
ele fere, e as
suas mãos curam.
Jó 5:19 Em seis angústias te
livrará; e na sétima o mal não te tocará.
Jó 5:20 Na fome
te livrará da morte;
e
na guerra, da violência da espada.
Jó 5:21 Do açoite da língua
estarás encoberto;
e não temerás a
assolação, quando vier.
Jó 5:22 Da assolação e da fome
te rirás,
e os animais da
terra não temerás.
Jó 5:23 Porque até com as pedras
do campo terás o teu acordo,
e as feras do
campo serão pacíficas contigo.
Jó 5:24 E saberás que a tua
tenda está em paz;
e visitarás a tua
habitação, e não pecarás.
Jó 5:25 Também saberás que se
multiplicará a tua descendência
e a tua
posteridade como a erva da terra,
Jó 5:26 Na velhice irás à
sepultura,
como se recolhe o
feixe de trigo a seu tempo.
Jó 5:27 Eis que isto já o
havemos inquirido, e assim é;
ouve-o,
e medita nisso para teu bem.
Elifaz
acabou esse seu discurso e agora veremos, no próximo capítulo a resposta de Jó.
Para cada discurso de seus amigos, basicamente o acusando e defendendo a Deus, uma
resposta de Jó se justificando, sem atacar a Deus.
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